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Departamento de Desenvolvimento Profissional ICMS - Substituição Tributária Samanta Pinheiro da Silva [email protected] Rio de Janeiro - RJ Julho – 2017 Rua 1º de Março, 33 Centro Rio de Janeiro/RJ Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] www.crc.org.br

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Departamento de Desenvolvimento Profissional

ICMS - Substituição Tributária

Samanta Pinheiro da Silva

[email protected]

Rio de Janeiro - RJ

Julho – 2017

Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000

Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] – www.crc.org.br

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Sumário

Primeira Parte – Noções do Sistema Tributário do ICMS

Previsão Constitucional e Legislação Complementar 04

Princípios Gerais do ICMS 07

Definição Termos Comuns à Matéria 07

Fatos Geradores do ICMS 08

Contribuintes 08

Base de Cálculo 09

Alíquotas 10

Técnica de Arrecadação 12

Segunda Parte – Análise de Documentos Fiscais

Procedimentos Gerais na Emissão/Recepção de Documentos 14

Terceira Parte – Considerações Gerais sobre o Regime de

Substituição Tributária

Considerações Iniciais 20

Antecipação do Imposto 21

Definições de Contribuinte Substituto e Substituído 21

Base de Cálculo do ICMS-ST e Responsabilidades 21

Compensação do Imposto 26

Alíquota 27

CFOP´S 27

Estabelecimento Industrial – Emissão do Doc.Fiscal e Escrituração 27

Estabelecimento Distribuidor ou Atacadista – Emissão e Escrituração 29

Estabelecimento Varejista – Emissão e Escrituração 30

Inaplicabilidade do Regime de Substituição Tributária 30

Fabricante em escala não relevante 31

Restituição e Ressarcimento 32

Inclusão de mercadorias no regime de Substituição Tributária 33

Saida de mercadorias do regime de Substituição Tributária 34

Devoluções – Tratamento Fiscal 35

Substituição no DIFAL

DESTDA

36

38

Anexo – Resolução SEFAZ 537/2012 39

Anexo – Resolução SEFAZ 720/2014 51

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Curso ICMS- Substituição Tributária

Este seminário objetiva esclarecer os procedimentos fundamentais para cumprimento das obrigações

principal e acessória do ICMS- Substituição tributária, de forma a capacitar o aluno a ter uma visão

crítica de situações que possam ensejar uma autuação fiscal ou permitir a empresa uma redução de

carga tributária.

Na primeira parte, iniciaremos com uma visão geral do funcionamento do ICMS – Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

e logo a seguir, na segunda parte, trataremos das normas específicas pertinentes ao ICMS –

Substituição Tributária.

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PRIMEIRA PARTE – Conceitos Básicos Estabelecidos na Legislação do ICMS

1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

O Inciso II do Art. 155 da CF, abaixo transcrito, permite aos Estados e ao Distrito Federal instituírem

o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Intermunicipal e

Interestadual e de Comunicação (ICMS).

“Art.155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir imposto sobre:

..............................................................................................................................................

II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte

interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem

no exterior;”

Já o § 2º e seus incisos, do mesmo Art. 155 da CF, define as regras gerais que regerão este tributo.

“§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação

de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro

Estado ou pelo Distrito Federal;

II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações

seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos

Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às

operações e prestações, interestaduais e de exportação;

V - é facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um

terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva

interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços

de seus membros;

VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no

inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas

prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;

VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final

localizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;

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b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;

VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final,

contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota

interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à

diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; (Redação

dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015) (Produção de efeito)

a) (revogada); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)

b) (revogada); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)

VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário

o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;

VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a

alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: (Redação dada pela

Emenda Constitucional nº 87, de 2015) (Produção de efeito)

a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 87, de 2015)

b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 87, de 2015)

IX - incidirá também:

a) sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado

a consumo ou ativo fixo do estabelecimento, assim como sobre serviço prestado no exterior, cabendo

o imposto ao Estado onde estiver situado o estabelecimento destinatário da mercadoria ou do serviço;

a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica,

ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como

sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio

ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;(Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 33, de 2001)

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não

compreendidos na competência tributária dos Municípios;

X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluídos os semi-

elaborados definidos em lei complementar;

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a

destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto

cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de

19.12.2003)

b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis

líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;

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c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;

d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e

imagens de recepção livre e gratuita; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos

industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à

industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;

XII - cabe à lei complementar:

a) definir seus contribuintes;

b) dispor sobre substituição tributária;

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das

operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos

além dos mencionados no inciso X, "a"

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação

para o exterior, de serviços e de mercadorias;

g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções,

incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez,

qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída

pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (Vide Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação

do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

HIERARQUIA DAS LEIS NO ICMS – ANÁLISE DA PIRÂMIDE DE KELSEN

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2. PRINCÍPIOS GERAIS DO ICMS

2.1. Imposto seletivo

O ICMS é norteado pelo Princípio da Essencialidade, o qual grava os produtos em função de sua

essencialidade, ou seja, há diferenças nas alíquotas do imposto em razão do grau de menor ou maior

necessidade, por parte da população, em consumir cada produto.

2.2. Imposto não cumulativo

O ICMS está sujeito ao princípio constitucional da não cumulatividade. Isto significa que o montante

do imposto devido resulta da diferença a maior em determinado período, entre o imposto devido sob

os produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele ingressados.

2.3. Princípio da incidência sobre a saída da mercadoria

O ICMS têm como momento de incidência o instante da saída da mercadoria, não interessando a

natureza da operação realizada.

É bem verdade que é exigido do contribuinte que a natureza da operação seja claramente indicada na

nota fiscal, contudo, a obrigação de pagar o imposto não decorre do tipo de operação realizada, mas

da saída da mercadoria (seja por venda, por doação, por transferência ou por qualquer outro motivo),

ou seja, o fato gerador e o momento de incidência do produto independem dos efeitos econômicos da

operação.

2.4. Princípio da incidência múltipla

O ICMS acompanha a mercadoria em todas as fases de sua circulação, desde sua origem (importação

ou produção) até sua entrega ao consumidor final.

2.5. Princípio documental

Em resposta a: função do sistema orgânico do ICMS, torna-se imprescindível para o controle das

operações a emissão de documentos fiscais, nos quais fiquem consignados os respectivos valores.

Mesmo para aquelas operações em que, por disposição legal, não ocorra o fato gerador ou não se

exija o tributo, a emissão de documentos (notas fiscais) é indispensável. Como regra geral, pode-se

afirmar que não pode haver saída de mercadoria sem documento fiscal que a acoberte. Assim como,

não pode haver entrada de mercadoria sem que fique em poder do seu recebedor cópia do documento

que suportou a saída.

2.6. Princípio da escrituração

Em decorrência do princípio da não cumulatividade e da forma como são documentadas as operações

realizadas com mercadorias, torna-se necessária a escrituração fiscal, de modo que, a qualquer tempo,

se possa conhecer com clareza e precisão a situação do contribuinte, de forma não só a se positivarem

as operações gravadas, como também o débito ou crédito do imposto.

3. DEFINIÇÃO TERMOS COMUNS A MATÉRIA

3.1. Não Incidência Em linhas gerais, por não incidência entende-se a não ocorrência do fato gerador, em virtude da

legislação não descrever a situação como hipótese de incidência.

3.2. Isenção É o próprio poder público competente para exigir o tributo que tem o poder para isentar.

Existirá um benefício fiscal que dispensará o pagamento do imposto. A isenção é um caso de

exclusão do crédito tributário (art. 175, I - CTN).

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3.3. Imunidade É uma não incidência qualificada, uma vez que a Constituição Federal suprime ao legislador a

competência ou o poder de tributar determinadas situações expressamente previstas pela Carta

Magna.

3.4. Diferimento do Imposto Nestes casos verifica-se a ocorrência do fato gerador do imposto normalmente, sendo apenas

postergado o recolhimento do imposto dele decorrente.

3.5. Suspensão do Imposto

Nestes casos a lei suspende a cobrança do imposto visando a ocorrência de determinado evento futuro,

em regra geral, esse evento futuro relaciona-se ao retorno das mercadorias em determinado prazo.

3.6. Substituição Tributária Processo pelo qual é transferida a obrigação de recolher o imposto de uma pessoa para outra,

geralmente a substituição tributária implica no reconhecimento antecipado da ocorrência do fato

gerador.

3.7. Fato Gerador É o fato real ou não, definido em Lei, necessário e suficiente à caracterização da ocorrência da

obrigação principal (obrigação de pagar o tributo).

4. FATOS GERADORES DO ICMS

Os fatos geradores do ICMS estão definidos no Art. 2º da LC. 87/96.

O Imposto incide sobre:

A. Operações relativas à circulação de Mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e

bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;

B. Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas,

bens, mercadorias e valores;

C. Prestações onerosas de serviços de comunicação;

D. Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência

tributária dos municípios, ou, quando sujeitos ao ISS, a lei complementar que trata deste imposto,

imponha a tributação separada do ICMS sobre as mercadorias empregadas;

E. Entrada de mercadoria importada, por pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bens

destinados a consumo ou ativo permanente do estabelecimento;

F. Sobre serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

G. Sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e

combustíveis derivados de petróleo e de energia elétrica, quando não destinados à

comercialização/industrialização.

5. CONTRIBUINTE (Artigo 15 - Livro I – RICMS/RJ)

Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que

caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de

transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se

iniciem no exterior.

É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade:

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A. Importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo permanente do

estabelecimento;

B. Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

C. Adquira em licitação de mercadoria apreendidas ou abandonadas;

D. Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo oriundos de outro

Estado, quando não destinados à comercialização.

6. BASE DE CÁLCULO (Artigos 4 a 13 - Livro I - RICMS/RJ)

A base de cálculo do ICMS será:

A) O valor da operação Nas saídas de mercadorias

Transmissão de propriedades de mercadorias depositadas;

Transmissão de mercadorias sem trânsito pelo transmitente.

B) O valor da operação, No fornecimento de alimentação e bebidas

incluindo mercadorias e

Serviço

C) O preço de serviço Na prestação de serviços de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação.

D) O preço corrente Nas saídas de mercadorias em prestação de serviços de

competência do Município.

E) Valor da Mercadoria + Na entrada de bens importados.

IPI + PIS+ COFINS

IOF + Despesas

Aduaneiras

F) O valor de que decorreu

A entrada Na entrada no território do Estado de destino, de

lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de

petróleo.

G) O valor, no Estado de

origem, do serviço prestado. Na utilização por contribuinte, de serviço iniciado em outro

Estado e não esteja vinculado a operação ou prestação

subseqüente.

INTEGRA A BASE TRIBUTÁVEL:

A. Seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como os descontos sob

condição;

B. Frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem e seja

cobrado em separado;

C. O IPI, quando a operação for realizada de contribuinte para não contribuinte ou entre contribuintes

e o produto não se destinar à industrialização ou comercialização.

Base de Cálculo Nas Transferências

Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo

titular, a base de cálculo do imposto é:

A O valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria;

B. O custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matéria-prima, material

secundário, mão-de-obra e acondicionamento;

C. Tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço corrente no mercado atacadista

do estabelecimento remetente.

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7. ALÍQUOTAS

7.1. Interna

A. Alíquota 7 %

Nas operações com mercadorias integrantes da cesta básica;

B. Alíquota 18%:

Nas operações:

a) Nas prestações com destino a consumidor final – ( não contribuinte )

b) Nas demais prestações ou operações internas.

Alteração do FECP de 1% para 2%

Pela Lei Complementar número 61/2015 - DOE RJ de 29.12.2015, foram promovidas diversas

alterações na legislação tributária do Estado do Rio de Janeiro, as quais produzem efeitos a

partir de 28.03.2016, tendo em vista que, dentre outras disposições, elevam a tributação do

ICMS.

Neste sentido, a alíquota geral do imposto passa, a partir da mencionada data, de 19% para

20%, pois o adicional referente ao Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais

(FECP) passou de 1% para 2%.

7.2. Importação (RJ)

As alíquotas nas operações de importação poderão variar em função do local em que a mercadoria

será desembaraçada.

7.3. Interestaduais

a. Com destino a não contribuinte do imposto: ( Nova Regra prevista EC 87/2015)

- Produtos de Origem Nacional:

- Nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Espírito Santo: 7%

- Nas regiões Sul e Sudeste,exceto Espírito Santo: 12%

- Produtos importados ou com Conteúdo de Importação: 4%

Passa a ser previsto por esta nova regra um recolhimento do diferencial de alíquota

( aliquota interna do Estado de destino – aliquota aplicada na operação interestadual ) que será

recolhido pelo emitente na forma do Convênio ICMS 93/2015.

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b. Com destino a contribuinte localizado:

- Produtos de Origem Nacional:

- Nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Espírito Santo: 7%

- Nas regiões Sul e Sudeste,exceto Espírito Santo: 12%

- Produtos importados ou com Conteúdo de Importação: 4%

c. Aquisições, em outro Estado, de mercadoria para uso/consumo ou ativo fixo por contribuinte

a diferença entre alíquota interna e a interestadual – Exigência do diferencial de alíquotas.

7.4. A Tributação do Diferencial de Alíquota

7.4.1 – Aquisições por Contribuintes do ICMS

Até o incremento da Lei Complementar 87/96, a aquisição de outro Estado, por estabelecimento

contribuinte do ICMS, para seu consumo próprio ou para o ativo imobilizado constituía fato gerador

do ICMS.

De se notar que o frete que acompanha essas mercadorias, e que sai tributado de outro estado sofre a

incidência de diferencial de alíquota por estar elencado nos art. 11, II c e 12, XIII e art. 13 § 3º da Lei

Complementar 87/96.

Será devido em situações de venda para contribuinte do ICMS.

7.4.2 – Vendas para Não Contribuinte do ICMS fora do Estado

Passa a ser previsto por esta nova regra um recolhimento do diferencial de alíquota (

aliquota interna do Estado de destino – aliquota aplicada na operação interestadual ) que será

recolhido pelo emitente na forma do Convênio ICMS 93/2015.

A parcela que DEVERÁ SER REPASSADA ao estado de destino geralmente o recolhimento será

em GNRE, sendo necessário observar a legislação de cada Estado.

Empresas optantes pelo Simples Nacional – Cláusula nona do Convênio ICMS 93/2015; ( suspensa

a cobrança até Decisão da ADI 5.464/2016)

O ICMS da Diferença da Alíquota não será somado diretamente ao valor total da Nota Fiscal, sendo

o recolhimento do diferencial de alíquotas referente à parcela do Estado de destino da mercadoria e

do FECP recolhido em GNRE separada com o código 10012-9 – Ajuste Sinief 11/2015

O pagamento da partilha do Diferencial de Alíquota entre os Estados no primeiro ano de 40% para o

Estado de destino geralmente será recolhido através da GNRE com o código 10010-2 - Ajuste Sinief

11/2015.

Exemplo do cálculo:

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Base de Cálculo(R$): 1.000,00 Produto Importado : Não

Estado Origem: Minas

Estado Destino: Rio de Janeiro

Fundo de Pobreza (%): 2% (Fundo de Pobreza do estado de destino)

Alíquota Interna do Produto (%): 18% (Alíquota interna no estado de destino)

ICMS Op. Interestadual (R$): 120,00 ( Est. Origem) Difal - PARTILHA : 6% ( 18% - 12% )

Estado Origem: 40% - R$ 24,00

Cálculo – (1.000*6%) *40%

Estado Destino: 60% - R$ 36,00

Cálculo – (1.000*6%) *60%

Fundo de Pobreza do Est.Destino (%): 2% - R$ 20,00

Cálculo – (1.000*2%)

8. TÉCNICA DE ARRECADAÇÃO ( DA NÃO CUMULATIVIDADE)

O Art. 19 da LC. 87/96 confirma a Constituição Federal dizendo que:

“O imposto é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à

circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de

comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.”

Basicamente, pode-se afirmar que os valores do ICMS pagos quando da aquisição de mercadorias e

serviços prestados, destinados a emprego no processo de industrialização ou comercialização de

mercadorias e serviços, cuja saída será sujeita ao imposto, constituem crédito do contribuinte. Esses

valores devem constar em destaque nas Notas Fiscais relativas as aquisições dos referidos produtos

e serviços.

Por outro lado, os valores do ICMS lançados nas notas fiscais correspondentes as mercadorias

comercializadas pelo contribuinte constituem débito desta em favor do Fisco.

O direito ao crédito de ICMS de mercadorias destinadas ao ativo imobilizado iniciou-se em

01/11/96 (na proporção de 1/48)

As entradas para uso e consumo do adquirente darão direito a crédito a partir de 01/01/2020.

8.1. Limitações do Direito ao Crédito

Ainda conforme o Art. 20 da LC. 87/96 e Artigo 26 do RICMS/RJ, são os seguintes os casos que não

direito a crédito do imposto:

“As entradas de mercadorias ou utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas

ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do

estabelecimento.

Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos de

transporte pessoal.

É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestação de serviços a ele

feita:

I. Para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída do

produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto nas exportações;

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II. Para comercialização ou prestação de serviços, quando a saída ou a prestação subseqüente não

forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as destinadas ao exterior.

8.2. Do Estorno do Crédito

De acordo com os artigos 37 a 40 do RICMS/RJ, deverá ser estornado o imposto que tiver sido

creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:

A. For objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta circunstância

imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço;

B. For integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto resultante

não for tributada ou estiver isenta do imposto;

C. Vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;

D. Vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

Em qualquer período de apuração do imposto, se bens do ativo permanente forem utilizados para

produção de mercadorias cuja saída resulte de operações isentas ou não tributadas ou para prestação

de serviço isentos ou não tributados, deverá ser feito o estorno dos créditos escriturados.

SEGUNDA PARDE – ANÁLISE DE DOCUMENTOS FISCAIS

1. PROCEDIMENTOS GERAIS DE EMISSÃO E RECEPÇÃO DE DOCUMENTOS

FISCAIS

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1.1. Conceito de Documento Fiscal

A Nota Fiscal é documento que serve aos fiscos municipal, estadual e federal para que se promovam

as fiscalizações inerente aos registros contábeis e fiscais do faturamento e da circulação de

mercadorias.

1.2. Cuidados na emissão e na recepção das Notas Fiscais

Ressaltamos que a Nota Fiscal é documento que deve está emitido dentro das regras legais, sem

rasuras ou acertos, perfeitamente identificando contribuinte destinatário, endereços, natureza de

operação, descrição de produtos e mercadorias, valores, destaques de tributos, expressões obrigatórias

quando necessária em função de isenções ou não incidência de tributos, transportador, dentre outras

informações.

Na recepção do documento fiscal, é de fundamental importância a verificação do correto

preenchimento, visto que se este for recepcionado e acatado estando irregular, o contribuinte

destinatário passa a responder solidariamente no tocante a recepção de documentos inidôneos.

1.3. Códigos Fiscais de Operações e Prestações – CFOP.

1.000 Entradas e/ou aquisições de serviços no Estado.

2.000 Entradas e/ou aquisições de serviços de outros Estados.

3.000 Entradas e/ou aquisições de Serviços do Exterior.

5.000 Saídas e/ou prestações de serviços para o Estado.

6.000 Saídas e/ou prestações de serviços para outros Estados.

7.000 Saídas e/ou Prestações de serviços para o Exterior.

1.4. Natureza das operações.

As operações de movimentação de mercadorias podem ser representadas pelas seguintes, não

impedindo a existência de outras em função da especificidade de determinadas atividades.

Vendas

Exportações

Remessas em consignações

Simples Faturamento.

Remessa para industrialização.

Remessa para concerto

Remessa para armazenagem

Compra de Produtor Rural

Entrada por Importações

Devoluções de remessas de...

Devoluções de vendas

1.5. Códigos de situação Tributária – CST.

O objetivo do CST é descrever, de forma clara, qual o tipo de tributação que o produto está sofrendo

naquela operação e qual sua origem, se nacional ou estrangeira.

Na utilização dos CST devem ser observadas as seguintes regras básicas:

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1.Nas operações sujeitas a mais de uma situação tributária constantes de uma mesma Nota Fiscal os

valores relativos ao mesmo código devem ser subtotalizados;

2. Para escolha do CST correto, os contribuintes não devem considerar o tratamento fiscal do IPI que

constar do respectivo documento fiscal. A análise para essa escolha deve limitar-se apenas ao

tratamento do ICMS.

É importante observar que o Código de Situação Tributária não é separado por ponto, traço ou barra.

Ele é uma sequência de 3 algarismos arábicos sem separação, uma combinação de 3 dígitos, um ao

lado do outro.

Tabela CST ICMS

Tabela A – Origem da Mercadoria ou Serviço (Ajuste SINIEF 20/12)

0 – Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3 a 5;

1 – Estrangeira – importação direta, exceto a indicada no código 6;

2 – Estrangeira – adquirida no mercado interno, exceto a indicada no código 7;

3 – Nacional, mercadoria ou bem com conteúdo de importação superior a 40% (quarenta por

cento);

4 – Nacional, cuja produção tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos

básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, a Lei federal nº 8.248,

de 23 de outubro de 1991, a Lei federal nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991, a Lei federal nº

10.176, de 11 de janeiro de 2001 e a Lei federal nº 11.484, de 31 de maio de 2007;

5 – Nacional, mercadoria ou bem com conteúdo de importação inferior ou igual a 40% (quarenta

por cento);

6 – Estrangeira – importação direta, sem similar nacional, constante em lista de resolução do

Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX);

7 – Estrangeira – adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de

resolução do CAMEX.

8 – Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 70%.

Notas:

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1. O código de Situação Tributária é composto de 3 (três) dígitos na forma ABB, sendo que o

primeiro dígito deve indicar a origem da mercadoria ou do serviço, com base na Tabela A; e os

segundo e terceiro dígitos, a tributação pelo ICMS, com base na Tabela B (Ajuste SINIEF 06/08).

2. O conteúdo de importação a que se referem os códigos 3 e 5 da Tabela A é aferido de acordo

com normas expedidas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) (Ajuste

SINIEF 20/12).

3. A lista a que se refere a resolução do CAMEX, de que tratam os códigos 6 e 7 da Tabela A,

contempla, nos termos da Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, os bens ou

as mercadorias importados sem similar nacional (Ajuste SINIEF 20/12).

Tabela B - Tributação pelo ICMS (Ajuste SINIEF 06/00)

00 - Tributada integralmente

10 - Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária

20 - Com redução de base de cálculo

30 - Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária

40 - Isenta

41 - Não tributada

50 - Suspensão

51 - Diferimento

60 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária

70 - Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária

90 – Outras

Nota: O código de Situação Tributária é composto de 3 (três) dígitos na forma ABB, onde o

1º dígito deve indicar a origem da mercadoria ou serviço, com base na Tabela A e os 2º e 3º

dígitos a tributação pelo ICMS, com base na Tabela B (Ajuste SINIEF 06/08).

Ex: Mercadoria Nacional em operação com suspensão de ICMS = 0 50

CSOSN - Código de Situação da Operação do Simples Nacional

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201

Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária

Classificam-se neste código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.

Nota ECONET: o código 201 será utilizado pelo contribuinte na condição de substituto tributário. Não vislumbramos na legislação possibilidade de utilização de crédito pelo destinatário da operação, sendo a

operação sujeita ao regime da substituição tributária - eis que, neste regime, em regra, o contribuinte substituído não apropria o crédito nas entradas, eis que também não terá o destaque do ICMS nas

operações subsequentes. Entendemos que o código 201 será utilizado na hipótese da operação ser destinada a revendedor que seja optante pelo regime normal de apuração. Assim, caso, posteriormente, o contribuinte substituído faça jus ao ressarcimento do ICMS, se a legislação do Estado permitir que tal procedimento seja por meio do aproveitamento do crédito, este já estará indicado no documento fiscal

relativo à operação realizada pelo contribuinte substituto.

202

Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária

Classificam-se neste código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos

códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.

Nota ECONET: o código 202 será utilizado pelo contribuinte na condição de substituto tributário. Em contraponto ao código 201, entendemos que o código 202 será utilizado nas hipóteses em que o destinatário não possa de modo algum aproveitar o crédito do ICMS pago pelo remetente. Como

exemplo, podemos citar os casos do destinatário optante pelo Simples Nacional; do emitente sujeito à tributação do ICMS, no Simples Nacional, por valores fixos mensais; e do emitente que apura os

impostos (inclusive o ICMS), no Simples Nacional, pelo regime de caixa.

203

Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e com cobrança do ICMS por substituição tributária

Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional contemplados com isenção para faixa de receita bruta nos termos da Lei Complementar nº 123, de

2006, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.

Nota ECONET: o código 203 será utilizado pelo contribuinte na condição de substituto tributário, caso este contribuinte enquadre-se na isenção do ICMS pela faixa de receita bruta. Alguns Estados, como, por exemplo, Paraná e Bahia, concedem isenção do ICMS para algumas faixas de receita bruta. No Paraná,

são isentos do ICMS os contribuintes cuja receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração não ultrapasse R$ 360 mil (artigo 3º do Anexo VIII do RICMS/PR). No Estado da

Bahia, as microempresas optantes pelo Simples Nacional cuja receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração não ultrapasse R$ 180 mil são isentas do ICMS (artigo 277 do RICMS/BA). Nestes casos, em que tenhamos a isenção do ICMS determinada pela receita bruta do

emitente, caso o contribuinte enquadre-se na condição de substituto tributário, será utilizado o código 203.

500 ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por antecipação Classificam-se neste código as operações sujeitas exclusivamente ao regime de substituição

tributária na condição de substituído tributário ou no caso de antecipações.

Nota ECONET: será utilizado o código 500 sempre que o contribuinte optante pelo Simples Nacional, emitente da nota, esteja na condição de substituído, tendo o ICMS referente à operação recolhido

anteriormente, por substituição tributária ou por antecipação.

900 Outros

Classificam-se neste código as demais operações que não se enquadrem nos códigos 101, 102, 103, 201, 202, 203, 300, 400 e 500.

Nota ECONET: o código 900 será utilizado nos casos que não se enquadrem nos códigos anteriores.

Fonte: site Econet

1.4 .CEST

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O Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ, por meio do Convênio ICMS nº 92/2015,

publicado no DOU de 24/08/2015, ( revogado pelo Convênio ICMS 52/2017) estabelece a sistemática

de uniformização e identificação das mercadorias e bens passíveis de sujeição aos regimes de

substituição tributária (ST) e de antecipação de recolhimento do ICMS com o encerramento de

tributação, relativos às operações subsequentes.

De acordo com o Convênio, poderão ser submetidos a esses regimes os bens e mercadorias listados

nos Anexos do referido convênio, que estão agrupados por segmentos com características

assemelhadas de conteúdo ou de destinação.

O Convênio cria o Código Especificador da Substituição Tributária (CEST), cuja finalidade é a de

identificar as mercadorias passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação

do recolhimento do imposto. O CEST deverá ser informado no documento fiscal que acobertar a

operação, independentemente de a operação, mercadoria ou bem estarem sujeitos aos regimes de

substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do imposto.

O CEST será composto por 7 (sete) dígitos, sendo que:

o primeiro e o segundo correspondem ao segmento da mercadoria ou bem;

o terceiro ao quinto correspondem ao item de um segmento de mercadoria ou bem;

o sexto e o sétimo correspondem à especificação do item.

A partir de 01/07/2017 com relação a obrigatoriedade do CEST (observar publicação do Convênio

ICMS 60/2017 que dispõe dos prazos de vigência da obrigatoriedade do CEST de acordo com o tipo

de atividade do estabelecimento).

1.5. NCM

O código da NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) é utilizado para identificar e classificar as

mercadorias.

Na NF-e/NFC-e, deve ser informado o código da NCM completo (8 posições) do produto.

Na hipótese de se tratar de item que não possa ser classificado (alimentos servidos nos restaurantes,

por exemplo), o campo deve ser preenchido com 8 zeros: “00000000” (Nota Técnica 2014/004).

Em caso de dúvidas sobre a correta classificação fiscal de mercadorias, o interessado deverá consultar

a unidade da Receita Federal do seu domicílio fiscal.

Cumpre salientar que o código NCM consta do XML, é impresso no DANFE NF-e, mas não é

impresso no DANFE NFC-e.

1.6. Carta de Correção.

Entretanto, este documento só poderá ser utilizado para corrigir determinados campos da Nota Fiscal,

desde que não modifiquem:

a) as variáveis que determinam o valor do imposto tais como: base de cálculo, alíquota, diferença de

preço, quantidade, valor da operação ou da prestação;

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b) a correção de dados cadastrais que implique mudança do remetente ou do destinatário;

(CNPJ/Inscrição)

c) a data de emissão ou de saída.

Nos casos que impliquem erro/ausência de valor no documento fiscal, reajustamento de preço,

regularização em virtude de diferença de preço ou quantidade, deve ser emitida uma Nota Fiscal

complementar/suplementar, conforme for o caso, consoante o disposto no artigo 32, Livro I do

Regulamento do ICMS – Rio de Janeiro.

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TERCEIRA PARTE – Conceitos Básicos Estabelecidos na Legislação do ICMS- Substituição

Tributária

1. Considerações Iniciais sobre o Regime de Substituição Tributária

Conforme já vimos anteriormente, a responsabilidade pelo pagamento do ICMS pode ser atribuído

à terceira pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação tributária.

Entende-se por substituição tributária a atribuição de responsabilidade conferida a contribuinte do

ICMS pela lei estadual, para reter e efetuar o pagamento do ICMS devido pelas operações

subseqüentes com uma mercadoria, devendo ser assegurada a imediata e preferencial restituição da

quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

O instituto da substituição tributária é amplamente utilizado pelos Estados e pelo Distrito Federal, e

caracteriza-se pelo fato de a legislação atribuir a uma terceira pessoa, vinculada ao fato gerador do

ICMS, a responsabilidade pelo recolhimento do imposto que seria devido pelo contribuinte que deu

saída à mercadoria naquele momento.

Com efeito, nos termos do artigo 6º da Lei Complementar Federal nº 87/1996, lei estadual poderá

atribuir a contribuinte do imposto a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá

a condição de substituto.

A aplicação da substituição tributária não representa somente um recolhimento antecipado do

imposto, vez que também altera o responsável pelo seu recolhimento. Ou seja, mesmo não tendo dado

causa à ocorrência do fato gerador, o Fisco cobrará do responsável tributário o imposto que seria

devido pelo contribuinte originário.

Em 28/04/2017 tivemos a publicação do Convênio ICMS n° 52/2017 que em linhas gerais consolida

as normas a serem aplicadas quanto ao regime de substituição tributária do ICMS, cujas regras se

estendem a todos os contribuintes do ICMS, optantes ou não pelo SIMPLES Nacional.

Diante do exposto, os principais convênios que até então disciplinavam sobre o tema estão sendo

revogados, são eles:

• Convênio ICMS 81/93 (normas gerais da ST);

• Convênio ICMS 70/97 (regras de determinação do MVA);

• Convênio ICMS 35/11 (uso do MVA original pelo SIMPLES NACIONAL);

• Convênio ICMS 92/15 (uniformização dos itens na ST);

• Convênio ICMS 149/15 (escala industrial não relevante).

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De acordo com o artigo 5° do Convênio ICMS 52/2017, as regras relativas à substituição tributária

serão tratadas em convênios específicos celebrados entre as unidades da federação em relação aos

segmentos, bens e mercadorias a seguir descritos:

I - energia elétrica;

II - combustíveis e lubrificantes;

III - sistema de venda porta a porta;

IV - veículos automotores cujas operações sejam efetuadas por meio de faturamento direto para

consumidor.

Ainda conforme Convênio ICMS 155/2017, os Convênios e Protocolos que versam sobre os

regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o

encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes, continuam a produzir efeitos,

naquilo que não forem contrários às disposições do Convênio ICMS 92/2015, de 20 de agosto

de 2015. ( a partir de 01/01/2018 Convênio 52/2017 revoga Convênio ICMS 92/2015)

2. Antecipação do Imposto

As mercadorias tributadas neste regime diferenciado, elencadas no Anexo I do Livro II do Decreto

27.427/2000, atual RICMS do Estado do Rio de Janeiro, submetem-se ao pagamento do ICMS de

forma antecipada, atribuindo a um contribuinte a condição de responsável pelo recolhimento desse

tributo, que seria devido e recolhido tão-somente na ocorrência das operações subseqüentes de

circulação.

3. Definições de Contribuintes Substituto e Substituído

Contribuinte substituto é aquele que promove a retenção do imposto (retenção do ICMS na fonte)

relativa às saídas subseqüentes com a mercadoria, bem assim o recolhe aos cofres do estado. Regra

geral, são contribuintes substitutos o industrial, o importador, e em determinados casos, os

atacadistas/ distribuidores, de acordo com art. 1º do Livro II do RICMS-RJ.

Os contribuintes substitutos tributários são assim eleitos nos Convênios e/ou Protocolos ICMS, bem

como em atos estaduais específicos, que, caso a caso, submetem determinadas mercadorias/produtos

a esse regime especial.

Já o contribuinte substituído é o que recebe a mercadoria com ICMS retido na fonte pelo contribuinte

substituto. Não se credita e nem se debita do imposto. São contribuintes substituídos o atacadista, o

distribuidor e o varejista.

4. Base de Cálculo do ICMS-ST e Responsabilidades

A qualidade de contribuinte substituto poderá ser atribuída, entre outros, ao industrial, comerciante,

importador ou qualquer outra categoria de contribuinte, ao produtor, extrator, gerador, inclusive de

energia, importador, industrial, distribuidor, comerciante ou transportador, pelo pagamento do

imposto devido nas operações ou prestações subseqüentes, ao depositário, a qualquer título, em

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relação à mercadoria depositada por contribuinte, bem como ao contratante de serviço ou terceiro que

participe da prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

A base de cálculo, dependendo de cada caso, será o valor das operações ou prestações anteriores,

preço máximo ou único de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou o valor da mercadoria

sobre o preço fixado de venda no varejo, incluindo-se os valores correspondentes a frete e carreto,

seguro, imposto, e outros encargos transferíveis ao destinatário, adicionado da parcela resultante da

aplicação, sobre o referido montante, de percentual de margem de valor agregado determinado pela

legislação, deduzindo-se do valor obtido o valor do imposto devido pela operação do próprio

fabricante, cumprindo-se, assim, o princípio da não-cumulatividade.

Margem de Valor Agregado

A margem de valor agregado é determinada com base em preços usualmente praticados no mercado,

obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros elementos

fornecidos por entidades representativas dos setores, adotando-se a média ponderada dos preços

coletados. A mercadoria submetida ao regime de substituição tributária em operação interestadual

possui a margem de valor agregado estabelecida em Convênio ou Protocolo.

Margem de Valor Agregado Ajustada

Os protocolos e convênios que tratam de operações sujeitas ao regime de substituição tributária

determinam como MVA original aquela aplicável às operações internas. A MVA ajustada é utilizada

em operações interestaduais. A denominação "ajustada" se dá em razão de a alíquota interestadual

ser variável de acordo com o estado destinatário e também quando se tratar de mercadoria importada.

Cumpre observar que as MVAs ajustadas a serem utilizadas constam do Anexo I do Livro II do

RICMS-RJ/00.

O contribuinte que receber, de dentro ou de fora do Estado, mercadoria sujeita à substituição

tributária, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, fica solidariamente

responsável pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido. Esse conceito também se

aplica em relação à mercadoria sujeita à substituição tributária apenas nas operações internas.

Sendo assim, o atacadista, o distribuidor e o varejista não podem eximir-se da penalidade, se deixar

de recolher o ICMS, na qualidade de responsável (contribuinte substituto de caráter eventual), quando

não retido anteriormente, alegando que o imposto deverá ser cobrado primeiro do industrial ou do

importador (contribuintes substitutos de caráter permanente).

Quanto à multa a ser aplicada, esta será de 25%, do valor do imposto que deixar de ser recolhido, na

qualidade de responsável, quando não retido anteriormente, na forma do art. 59,LV, ‘c’ da Lei n°

2.657/96.

A base legal do disposto acima encontra-se estabelecida nos arts. 1º, incisos I, II e III, 4º e 5º, incisos

I, II e III, do RICMS-RJ.

A partir de 01/01/2018, a base de cálculo do imposto retido passa a prever de acordo com o Convênio

ICMS 52/2017:

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Cláusula décima - A base de cálculo do imposto para fins de substituição tributária

em relação às operações subsequentes será o valor correspondente ao preço final a

consumidor, único ou máximo, fixado por órgão público competente.

Cláusula décima primeira - Inexistindo o valor de que trata a cláusula décima, a base

de cálculo do imposto para fins de substituição tributária em relação às operações

subsequentes corresponderá, conforme definido pela legislação da unidade federada

de destino, ao:

I - Preço Médio Ponderado a Consumidor Final (PMPF);

II - preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador;

III - preço praticado pelo remetente acrescido dos valores correspondentes a frete,

seguro, impostos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do

destinatário, ainda que por terceiros, adicionado da parcela resultante da aplicação

sobre o referido montante do percentual de Margem de Valor Agregado (MVA)

estabelecido na unidade federada de destino ou prevista em convênio e protocolo,

para a mercadoria submetida ao regime de substituição tributária, observado o

disposto nos §§ 1º e 2º.

§ 1º - Nas operações interestaduais com as mercadorias submetidas ao regime de

substituição tributária, quando o coeficiente a que se refere o inciso IV deste

parágrafo for maior que o coeficiente correspondente à alíquota interestadual, para

efeitos de apuração da base de cálculo com utilização de MVA, esta será ajustada à

alíquota interestadual aplicável, observada a fórmula "MVA ajustada = [(1+ MVA-

ST original) x (1 - ALQ inter) / (1 - ALQ intra)] -1 x 100", onde:

I - "MVA ajustada" é o percentual correspondente à margem de valor agregado a ser

utilizada para apuração da base de cálculo relativa à substituição tributária na

operação interestadual;

II - "MVA-ST original" é o coeficiente correspondente à margem de valor agregado

estabelecida na legislação da unidade federada de destino ou previsto nos respectivos

convênios e protocolos;

III - "ALQ inter" é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à

operação;

IV - "ALQ intra" é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou percentual de

carga tributária efetiva, quando este for inferior à alíquota interna, praticada pelo

contribuinte substituto da unidade federada de destino.

§ 2º - O disposto no § 1º não se aplica à operação que tenha como remetente

contribuinte optante pelo Simples Nacional.

§ 3º - Nos casos em que a base de cálculo seja o preço final a consumidor sugerido

pelo fabricante ou importador, ocorrendo alteração dos preços, a lista dos novos

preços deverá ser encaminhada à administração tributária da unidade federada de

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destino do bem e da mercadoria, nos termos do disposto na legislação da unidade

federada de destino.

§ 4º - Nas operações internas e interestaduais, as unidades federadas ficam

autorizadas a estabelecer como base de cálculo a prevista no inciso III do caput desta

cláusula quando o valor da operação própria praticado pelo remetente for igual ou

superior a percentual estabelecido pela legislação interna da unidade federada de

destino do valor do PMPF ou preço sugerido para o bem e a mercadoria.

§ 5º - Na hipótese do inciso II do caput e dos § § 3º e 4º, todos da cláusula nona, a

base de cálculo poderá ser definida conforme critérios estabelecidos pela unidade

federada de destino.

§ 6º - Nas operações de que trata o § 1º da cláusula nona destinadas ao Rio de Janeiro,

o valor inicial para a determinação da base de cálculo do imposto devido por

substituição tributária será o preço praticado pelo adquirente nas operações com o

comércio varejista, adotando-se a MVA-ST original.

§ 7º - As MVA-ST originais estabelecidas na legislação da unidade federada de destino

serão divulgadas pela Secretaria Executiva do CONFAZ, na forma prevista em Ato

COTEPE.

§ 8º - A MVA-ST original prevista em convênio ou protocolo produzirá efeito em

relação às operações destinadas à unidade federada de destino, a partir da data

estabelecida em sua legislação interna.

Cláusula décima segunda - Tratando-se de operação interestadual com bens e

mercadorias submetidas ao regime de substituição tributária, destinados a uso,

consumo ou ativo imobilizado do adquirente, a base de cálculo do imposto devido será

o valor da operação interestadual adicionado do imposto correspondente à diferença

entre a alíquota interna a consumidor final estabelecida na unidade federada de

destino para o bem ou a mercadoria e a alíquota interestadual.

Cláusula décima terceira - O imposto devido por substituição tributária integra a

correspondente base de cálculo, inclusive na hipótese de recolhimento do imposto

correspondente à diferença entre a alíquota interna da unidade federada de destino

e a alíquota interestadual.

Conforme demonstrado, o imposto retido passa a integrar a sua correspondente base de cálculo,

trazendo repercussões na formação de preços de produtos no mercado em condições de livre

concorrência.

Abaixo, exemplo de cálculo na sistemática atual e futura:

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Exemplo de Cálculo:

CÁLCULO ATÉ 31/12/2017

Vamos admitir, hipoteticamente, que determinada empresa industrial “A” tenha vendido 10 galões

de tinta para a empresa atacadista “B” , pelo preço unitário de R$ 400,00, a nota fiscal emitida pela

indústria “A” deverá apresentar os seguintes dados:

- Valor da mercadoria R$ 4.000,00

- Valor do IPI (10%) R$ 400,00

- Valor do frete R$ 500,00

- Valor do seguro R$ 300,00

- Total da Nota Fiscal: R$ 5.200,00

Valor do ICMS devido pela própria operação do fabricante (R$ 5.200,00 - R$ 400,00 x 20%)

5.200,00 - R$ 400,00 (IPI) x 20% ............................. R$ 960,00

Base de cálculo do ICMS retido na fonte (supondo a margem de lucro/valor agregado de 30%) (R$

5.200,00 + 1.560,00)..................... R$ 6.760,00

Valor do ICMS retido na fonte (R$ 6.760,00 X 20% - R$ 960,00) = R$ 392,00

Valor total a ser pago pelo atacadista (R$ 5.200,00 + R$ 392,00) = R$.5.592,00

O valor da parcela do adicional relativo ao FECP em razão da substituição tributária, será obtido, de

acordo com a Resolução SEFAZ 987/2016, artigo 3:

I - em operações internas, aplicando-se o percentual de 2% (dois por cento) sobre a diferença entre o

valor da base de cálculo de retenção do imposto e o valor da base de cálculo da operação própria;

II - em operações interestaduais que destinem mercadorias ao Estado do Rio de Janeiro, aplicando-se

o percentual de 2% (dois por cento) sobre o valor da base de cálculo de retenção do imposto.

No nosso exemplo, adotaremos o cálculo para operação interna:

Base de Cálculo ICMS Retido R$ 6.760,00

Base de Cálculo ICMS Op.Própria R$ 4.800,00

Diferença R$ 1.960,00

FECP a ser recolhido 39,20

Assim o contribuinte recolherá os R$ 392,00 apurado como ICMS retido em operações internas,

desmembrado conforme a seguir:

- R$ 352,80 , ICMS - ST; e

- R$ 39,20 - ICMS- FECP.

CÁLCULO A PARTIR DE 01/01/2018 ( EFEITOS DO CONVÊNIO ICMS 52/2017)

- Valor da mercadoria R$ 4.000,00

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- Valor do IPI (10%) R$ 400,00

- Valor do frete R$ 500,00

- Valor do seguro R$ 300,00

- Total da Nota Fiscal: R$ 5.200,00

Valor do ICMS devido pela própria operação do fabricante (R$ 5.200,00 - R$ 400,00 x 20%)

5.200,00 - R$ 400,00 (IPI) x 20% ............................. R$ 960,00

Base de cálculo do ICMS retido na fonte (supondo a margem de lucro/valor agregado de 30%) (R$

5.200,00 + 1.560,00)..................... R$ 6.760,00

R$ 6.760,00 -960,00= 5.800,00/0,80= 7.250,00

Valor do ICMS retido na fonte (R$ 7.250 X 20% - R$ 960,00) = R$ 490,00

Valor total a ser pago pelo atacadista (R$ 5.200,00 + R$ 490,00) = R$.5.690,00

O valor da parcela do adicional relativo ao FECP em razão da substituição tributária, será obtido, de

acordo com a Resolução SEFAZ 987/2016, artigo 3:

I - em operações internas, aplicando-se o percentual de 2% (dois por cento) sobre a diferença entre o

valor da base de cálculo de retenção do imposto e o valor da base de cálculo da operação própria;

II - em operações interestaduais que destinem mercadorias ao Estado do Rio de Janeiro, aplicando-se

o percentual de 2% (dois por cento) sobre o valor da base de cálculo de retenção do imposto.

No nosso exemplo, adotaremos o cálculo para operação interna:

Base de Cálculo ICMS Retido R$ 7.250,00

Base de Cálculo ICMS Op.Própria R$ 4.800,00

Diferença R$ 2.450,00

FECP a ser recolhido 49,00

Assim o contribuinte recolherá os R$ 490,00 apurado como ICMS retido em operações internas,

desmembrado conforme a seguir:

- R$ 441,00 , ICMS - ST; e

- R$ 49,00 - ICMS- FECP.

5. Compensação do Imposto - Princípio da Não-Cumulatividade

O regime de Substituição Tributária não fere ao princípio constitucional da não-cumulatividade, visto

que, no seu cálculo, deve ser efetuada a compensação, sob a forma de crédito, do imposto

normalmente incidente na operação realizada pelo substituto tributário.

6. Alíquotas

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O imposto retido será calculado mediante a aplicação da alíquota vigente nas operações internas

fixadas no artigo 14 da Lei 2.657/1996 e do RICMS/RJ, acrescidas do percentual relativo ao Fundo

Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais – FECP.

7. CFOP´S

Os Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOP) objetivam identificar as operações e

prestações realizadas pelos contribuintes do ICMS nos documentos ,livros fiscais, nas guias de

informações , inclusive as sujeitas ao Regime de Substituição Tributária .

Os CFOP´s sujeitos ao Regime de Substituição Tributária variam de acordo com a situação.

Vejamos os exemplos a seguir:

1) CFOP – SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - P. Estabelecimento que adquire, para revenda,

mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária com retenção do ICMS na fonte pelo

estabelecimento remetente situado no mesmo Estado deve lançar as Notas Fiscais no livro

Registro de Entradas com o código fiscal 1102 ou 1403?

R.: Deve lançar com o CFOP 1.403 – Compra para comercialização em operação com mercadoria

sujeita ao regime de substituição tributária.

CFOP – SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA INTERNA – RETENÇÃO PELO DESTINATÁRIO - P - Que Código

Fiscal de Operações e Prestações - CFOP deve ser utilizado nas compras de mercadorias

sujeitas à substituição tributaria apenas nas operações internas, em que a retenção será

efetuada pelo destinatário?

R: O remetente, localizado em outra unidade da Federação, de mercadoria sujeita ao regime de

substituição tributária apenas nas operações internas no Estado do Rio de Janeiro deve emitir a Nota

Fiscal com o CFOP 6.101 ou 6.102, conforme o caso. O destinatário deve registrar a Nota Fiscal

nos livros fiscais com o CFOP 2.403, e por ocasião da subseqüente saída interna, deve utilizar o

CFOP 5.403.

8. Estabelecimento Industrial – Emissão do Documento Fiscal

O contribuinte substituto, no desempenho desta função, deve emitir Nota Fiscal, por ocasião da saída

da mercadoria, que contenha, além das indicações exigidas na legislação, o valor que serviu de base

de cálculo para a retenção e o valor do imposto retido.

A retenção do ICMS devido por substituição tributária , em operação interestadual para o Estado do

Rio de Janeiro, deve ser feita pela alíquota de 20%.

Os prazos para pagamento do imposto retido pelo contribuinte substituto estão fixados na legislação

do Estado do Rio de Janeiro:

O pagamento do imposto retido deve ser feito:

– para contribuinte substituto deste estado – DARJ – vencimento dia 09;

– para remetentes localizados em outra unidade federada, inscrito ou não no CADERJ como

contribuinte substituto - GNRE específica para cada convênio ou protocolo ou em função de Termo

de Acordo firmado com este Estado.

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No caso de remetente, estabelecido em outro Estado, que tenha firmado "Termo de Acordo" com o

Estado do Rio de Janeiro para recolhimento do ICMS-ST, o prazo de recolhimento será o dia 9

(nove) do mês subsequente ao da saída da mercadoria. O documento de arrecadação a ser utilizado

para esse recolhimento é a GNRE, já que será realizado pelo remetente de outro Estado.

Não sendo o imposto recolhido dessa forma, será cobrado do remetente na entrada da mercadoria

no território fluminense, devendo ser efetuado no posto de fiscalização de fronteira ou no primeiro

município fluminense por onde transitar a mercadoria. ( Resolução SEF 537/2012)

O contribuinte fluminense destinatário de mercadoria ou bem sujeitos à substituição tributária,

quando proveniente de outra unidade da Federação, nos termos do caput e dos §§ 1º e 3º do artigo

3 da Resolução SEFAZ 537/2012, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, ou

quando esta for feita parcialmente, fica responsável pelo pagamento do imposto que deveria ter sido

retido, sendo exigível o montante integral ou parcial, conforme o caso, no momento da entrada da

mercadoria ou bem no território fluminense.

Identificada a falta de retenção a que alude o caput e os §§ 1º e 3º do referido artigo ou a inexistência

do pagamento de que trata o § 4º, todos deste artigo, no curso de fiscalização de trânsito da

mercadoria ou em barreira fiscal fluminense, lavrar-se-á auto de infração, exigindo-se o ICMS

devido:

I - do remetente, caso inscrito no SICAD;

II - do destinatário inscrito e localizado no Estado do Rio de Janeiro, caso o remetente não seja

inscrito do SICAD ou na hipótese em que, dispondo de inscrição, esta se encontre na situação

cadastral de paralisada, suspensa, baixada, impedida ou cancelada, nos termos da legislação

específica, devendo, nesses casos, a critério da autoridade fiscal, ser cientificado o autuado no

próprio local em que for constatada a infração, observado o disposto no § 9º do art. 4º desta

Resolução, ou por via postal, com prova de recebimento no domicílio tributário do sujeito passivo,

ou por meio eletrônico, nos termos previstos na legislação tributária.

Não sendo o imposto recolhido dessa forma, será cobrado do remetente na entrada da mercadoria

no território fluminense, devendo ser efetuado no posto de fiscalização de fronteira ou no primeiro

município fluminense por onde transitar a mercadoria.

Art. 4º Em operação com mercadoria proveniente de outro estado sujeita ao regime de substituição

tributária em que não há convênio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade de

contribuinte substituto ao remetente, fica atribuída ao contribuinte fluminense destinatário

localizado neste Estado a condição de substituto, responsável pela retenção e o pagamento do ICMS

devido nas saídas internas subsequentes àquela interestadual, nos termos do art 21, inciso VI da Lei

n 2.657/96, observado o disposto nos parágrafos deste artigo.

§ 1º Considera-se ocorrido o fato gerador no caso de que trata o caput deste artigo no momento da

entrada da mercadoria ou bem no território deste Estado, inclusive na hipótese de destinatário

varejista fluminense, em razão do disposto no art. 23, inciso IV, item 2, e §§1º, 2º e 3º do art. 39 da

Lei 2.657/96 devendo a autoridade fiscal exigir neste momento a apresentação do comprovante de

pagamento do ICMS devido, observado o disposto nos §§ 7º, 8º e 9º deste artigo.

§ 4º O valor do ICMS devido por substituição tributária de que trata este Capítulo IV, será obtido

por meio da multiplicação da alíquota aplicável às operações internas pela base de cálculo fixada

nos termos dos §§ 2º e 3º deste artigo, deduzido do imposto destacado pelo remetente em sua nota

fiscal.

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§ 5º O imposto apurado consoante o § 4º deste artigo será pago em DARJ único em separado, gerado

pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ- RJ na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a

natureza "Substituição Tributária por Responsabilidade", englobando o ICMS incidente nas saídas

internas subsequentes àquela interestadual, inclusive o percentual relativo ao Fundo Estadual de

Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP), apurado, separadamente, pela aplicação da

alíquota de 1% (um por cento) sobre a base de cálculo fixada nos termos do § 2º deste artigo.

§ 7º O pagamento do ICMS inclusive o relativo ao adicional relativo ao FECP devido nos termos

deste Capítulo deverá ser comprovado no posto de fiscalização interestadual, devendo uma das vias

do comprovante de recolhimento, junto com o DANFE de remessa, acompanhar o transporte da

mercadoria, observado o disposto no artigo 5º e ressalvada a hipótese de o remetente firmar Termo

de Acordo nos termos do art. 10, ambos desta Resolução.

§ 8º Caso seja constatado o descumprimento do disposto no caput e nos §§ 1º a 7º deste artigo, bem

como no art. 5º, II, "b", desta Resolução, a autoridade fiscal deverá lavrar auto de infração, exigindo

o total do imposto devido e demais acréscimos legais do contribuinte inscrito neste Estado

destinatário da mercadoria ou bem sujeitos à substituição tributária.

9. Estabelecimento Distribuidor ou Atacadista – Emissão da NF

O distribuidor ou atacadista deve, ao emitir a nota fiscal de venda, calcular o débito do ICMS pela

saída da mercadoria, deduzindo desse valor o crédito pela entrada, segundo as normas comuns de

tributação. O valor obtido não será repassado à fase seguinte de comercialização, constituindo-se no

imposto devido por sua própria operação, sendo preenchidos obrigatoriamente o campo “ Valor Total

dos Produtos” e “ Valor Total da NF”.

9.1. Exemplo prático

Vamos tomar para cálculo os dados hipotéticos constantes do item anterior, retro transcrito, supondo

que a empresa atacadista “B” tenha adquirido da empresa industrial “A” 10 galões de tinta pelo preço

unitário de R$ 400,00 a peça; e a revenda será por R$ 650,00 ( valor unitário) , assim, teremos os

seguintes cálculos:

Operação Interna R$

Valor da Operação R$ 6.500,00

Valor do ICMS destacado na Nota Fiscal de compra (1) R$ 960,00

Valor do ICMS sobre a venda (2) R$ 1.300,00

Valor do ICMS devido na operação (3) - (2-1) R$ 340,00

Valo do ICMS retido (4) ( ICMS retido na fase anterior ) R$ 392,00

Valor do ICMS a ser cobrado do varejista (4) – (3) 52,00

Valor Total da Nota Fiscal 6.552,00

10. Estabelecimento Varejista – Emissão

Na venda que o contribuinte varejista realizar ao consumidor final deve emitir Cupom Fiscal por

equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), indicando a situação tributária “F” (que quer dizer

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“fonte”), de acordo com o artigo 9, Inciso III, Livro VIII do RICMS/RJ. Na NFC-e, situação tributária

060( Regime Normal ) 500 ( Simples Nacional).

11. Inaplicabilidade do Regime de Substituição Tributária

O regime de substituição tributária do ICMS, não se aplica, como regra geral, à operação que destine

mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria, bem como às transferências

para outro estabelecimento, exceto varejista, pertencente ao próprio contribuinte por substituição

(substituto tributário), hipótese em que a responsabilidade pela retenção/recolhimento do imposto

recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino à empresa diversa

e à operação que destinar mercadoria para utilização em processo de industrialização consoante o

disposto no artigo 38, Livro II do RICMS/2000.

De acordo com a cláusula nona do Convênio ICMS n° 52/2017, a partir de 01/01/2018, o regime de

substituição tributária não se aplica:

I - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias submetidas ao regime de substituição

tributária a estabelecimento industrial fabricante do mesmo bem e mercadoria, assim entendido

aquele classificado no mesmo CEST;

II - às transferências interestaduais promovidas entre estabelecimentos do remetente, exceto quando

o destinatário for estabelecimento varejista;

III - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a estabelecimento industrial para

emprego em processo de industrialização como matéria-prima, produto intermediário ou material de

embalagem, desde que este estabelecimento não comercialize o mesmo bem ou mercadoria;

IV - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a estabelecimento localizado em

unidade federada que lhe atribua a condição de substituto tributário em relação ao ICMS devido na

operação interna;

V - às operações interestaduais com bens e mercadorias produzidas em escala industrial não relevante,

nos termos deste convênio.

§ 1º Ficam as unidades federadas de destino autorizadas a não aplicar o regime de que trata

o caput nas operações entre estabelecimentos de empresas interdependentes, exceto se o destinatário

for varejista, observado o disposto no § 6º da cláusula décima primeira.

§ 2º Em substituição ao inciso I do caput, não se aplica o regime de substituição tributária nas

operações interestaduais destinadas a estabelecimento industrial localizado no Estado de São Paulo

que seja fabricante de bem e mercadoria pertencentes ao mesmo segmento.

§ 3º Em substituição ao disposto no inciso II, nas transferências interestaduais destinadas aos Estados

de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Paraíba e Rio de Janeiro, o regime de que trata o caput não se aplica

quando promovidas entre estabelecimentos do industrial fabricante, exceto quando destinada a

estabelecimento varejista.

§ 4º Para aplicação do disposto no § 3º, em se tratando de transferência para estabelecimento

distribuidor, atacadista, depósito ou centro de distribuição, estes deverão operar exclusivamente com

produtos fabricados por estabelecimento industrial de mesma titularidade.

§ 5º O regime de que trata o caput não se aplica, também, às operações interestaduais promovidas por

contribuintes varejistas com destino a estabelecimento de contribuinte não varejista localizado no

Estado de São Paulo.

§ 6º Para os efeitos desta cláusula, não se considera industrialização a modificação efetuada no bem

ou na mercadoria pelo estabelecimento comercial para atender à especificação individual do

consumidor final.

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§ 7º Na hipótese desta cláusula, exceto em relação ao inciso V do caput, a sujeição passiva por

substituição tributária caberá ao estabelecimento destinatário, salvo disposição em contrário na

legislação da unidade federada de destino.

§ 8º Nas hipóteses de inaplicabilidade do regime de substituição tributária tratadas nesta cláusula, o

sujeito passivo indicará, no campo “Informações Complementares” da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)

que acobertar a operação, o dispositivo em que se fundamenta a referida inaplicabilidade.

Recomendamos especial atenção a obrigatoriedade de menção da situação na NF-e, a fim de se evitar

eventuais transtornos com as fiscalizações de fronteira dos Estados, sendo agora previsto na ausência

do dispositivo legal na NF-e acarretará para o responsável exigência do ST nos termos da legislação

do Estado de destino. Portanto, ressalta-se que é imprescindível uma revisão e eventualmente

adequação das parametrizações do sistema ERP / emissor de NFEs nas empresas.

12. Fabricante em escala não relevante

De acordo com a cláusula vigésima terceira do Convênio ICMS n° 52/2017, os bens e mercadorias

relacionados no Anexo XXVII serão considerados fabricados em escala industrial não relevante

quando produzidos por contribuinte que atender, cumulativamente, as seguintes condições:

I - ser optante pelo Simples Nacional;

II - auferir, no exercício anterior, receita bruta igual ou inferior a R$ 180.000,00 (cento e oitenta

mil reais);

III - possuir estabelecimento único;

IV - ser credenciado pela administração tributária da unidade federada de destino dos bens e

mercadorias, quando assim exigido.

§ 2º Não se consideram fabricados em escala industrial não relevante os bens e mercadorias

importados do exterior ou que possuam conteúdo de importação superior a 40% (quarenta por cento),

nos termos da Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012.

§ 3º O contribuinte que atender as condições previstas nos incisos I a III do caput desta cláusula e

desejar que os bens e mercadorias que fabricam, devidamente listados no Anexo XXVII, não se

subsumam ao regime de substituição tributária, deverá solicitar seu credenciamento à administração

tributária da unidade federada de destino dos bens e mercadorias, mediante a protocolização do

formulário previsto no Anexo XXVIII devidamente preenchido, quando for exigido o

credenciamento.

§ 4º A relação dos contribuintes credenciados, bem como as informações especificadas no Anexo

XXIX, serão disponibilizadas pelas respectivas administrações tributárias em seus sítios na internet

bem como no sítio do CONFAZ.

§ 5º Na hipótese de o contribuinte deixar de atender às condições previstas nesta cláusula, deverá

comunicar o fato imediatamente à administração tributária em que estiver localizado, bem como à

unidade federada em que estiver credenciado, a qual promoverá sua exclusão da relação de

credenciados, adotando os procedimentos previstos no § 4º.

§ 6º O credenciamento do contribuinte e a exclusão previstos nos §§ 4º e 5º produzirão efeitos a partir

do primeiro dia do mês subsequente ao da disponibilização no sítio na internet da administração

tributária relativa à unidade federada em que estiver credenciado.

§ 7º A administração tributária de qualquer unidade federada que constatar indícios de

descumprimento das condições previstas nesta cláusula, por contribuinte relacionado como fabricante

de bens e mercadorias em escala industrial não relevante, deverá encaminhar as informações sobre o

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fato à administração tributária de localização do estabelecimento, bem como à unidade federada em

que ele estiver credenciado, para verificação da regularidade e adoção das providências cabíveis.

§ 8º O documento fiscal que acobertar qualquer operação com bens e mercadorias fabricados em

escala industrial não relevante deverá conter, no campo Informações Complementares, a declaração:

“Bem/Mercadoria do Cód./Produto _____ fabricado em escala industrial não relevante pelo

contribuinte_______, CNPJ______”.

13. Restituição e Ressarcimento – Procedimentos Fiscais

13.1. Restituição

É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da

substituição tributária correspondente ao fato gerador que não se realizar, caracterizado pela

inocorrência de operação subseqüente por motivo de perda, roubo, quebra, extravio, inutilização ou

consumo de mercadoria.

A não-realização do Fato Gerador será comunicada à repartição fiscal de circunscrição do

contribuinte, no prazo de dez dias a contar da data em que ocorrer o evento que, no prazo máximo de

90 dias, efetuará as verificações cabíveis e autorizará o crédito correspondente ao imposto retido

atualizado, o qual será lançado no campo “007 - Outros Créditos do livro RAICMS”, consignando-

se a expressão “restituição de imposto retido”.

Em não havendo deliberação no prazo de 90 dias, o contribuinte substituído poderá efetuar o crédito

atualizado objeto do pedido, observando que, em havendo decisão contrária irrecorrível deverá

efetuar o estorno do crédito no prazo máximo de 15 dias da notificação também devidamente

atualizado, de acordo com os artigos 17, 18 e 19 do Livro II do RICMS-RJ.

É importante salientar que o foi concluído pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento do

Recurso Extraordinário (RE) 593849, com repercussão geral reconhecida, no qual foi alterado

entendimento do STF sobre o regime de substituição tributária do Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços (ICMS), sendo prevista a restituição da diferença do Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago a mais no regime de substituição tributária para

frente se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida.

Todavia, é entendimento do STF que a via é de mão dupla, da mesma forma que o contribuinte pode

ser ressarcido, também o Fisco pode cobrar a diferença se o valor presumido for menor do que o real.

É necessário que a legislação do Estado do Rio de Janeiro seja adequada para a possibilidade deste

direito, o que não aconteceu até a presente data.

13.2. Ressarcimento

O atacadista ou distribuidor que receber a mercadoria submetida ao regime de substituição tributária

com o imposto retido, e havendo a posterior revenda para fora do Estado, este

(atacadista/distribuidor) pode se ressarcir do imposto retido , mediante nota fiscal (de ressarcimento)

em nome do estabelecimento que tenha efetuado a retenção, pelo valor do imposto que lhe foi retido.

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Assim sendo, o estabelecimento que efetuou a primeira retenção poderá deduzir, do próprio

recolhimento à Unidade da Federação de localização do atacadista ou distribuidor, a importância do

imposto retido em questão.

O remetente (substituído-atacadista) pode creditar-se do imposto relativo à entrada daquela

mercadoria, na proporção da quantidade saída, calculando-o sobre o valor que serviu de base de

cálculo da operação própria do contribuinte substituto original, escriturando-o, no mesmo período de

apuração, no campo “007 - Outros Créditos”, do livro RAICMS.

A repartição fiscal visará a nota fiscal emitida para fim de ressarcimento, a qual virá acompanhada

de relação que discrimina as operações interestaduais, facultada a apresentação em meio magnético,

na forma estabelecida pela Secretaria de Estado de Fazenda e Controle Geral, não podendo o valor a

ser ressarcido ser superior ao valor retido na aquisição da respectiva mercadoria (art. 20, §§ 1º e 2º,

do RICMS-RJ).

A Resolução SEF nº 3.004, de 3/2/99 dispõe sobre os documentos que instruirão o pedido de

resssarcimento:

I. nota fiscal emitida pelo contribuinte para fim de ressarcimento;

II. relação discriminada das operações interestaduais de saída que deram origem ao ressarcimento

solicitado, acompanhada das respectivas notas fiscais;

III. relação discriminada das operações interestaduais de entrada vinculadas às supracitadas saídas

acompanhadas das respectivas notas fiscais;

IV. cópias da GNRE (Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais) relativas às operações

interestaduais vinculadas ao ressarcimento.

Os documentos referidos devem ser protocolados no Departamento Especializado de Fiscalização de

Substituição Tributária (DEF -06).

A possibilidade de ressarcimento também é prevista na cláusula décima sexta do Convênio ICMS nº

52/2017, cabendo cada Estado instituir procedimento específico.

14. Inclusão de mercadorias no Regime de Substituição Tributária (Levantamento de Estoque)

Conforme artigo 36 do Livro II do RICMS/RJ, em regra, quando é determinada a aplicação da

substituição tributária de uma mercadoria, pode ocorrer de o contribuinte comercial, considerado

como substituído, possuir essas mercadorias em estoque, tendo sido adquiridas antes da entrada em

vigor do regime da substituição tributária.

Assim, também são estabelecidos critérios para que ocorra o recolhimento do imposto devido pelas

operações subsequentes com essas mercadorias que se encontram no estoque de contribuintes

"substituídos". Assim, quando nova espécie de mercadoria for submetida ao regime de substituição

tributária, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

a) levantamento do estoque no dia anterior ao da entrada da mercadoria no regime de

substituição tributária, que deverá ser lançado no livro Registro de Inventário, com anotação de

quantidades e valores:

a.1) pelo distribuidor ou atacadista: pelo preço de aquisição mais recente da mercadoria;

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b.2) pelo varejista: pelo preço de venda a consumidor, da referida mercadoria no dia anterior

ao da implantação do regime de substituição tributária;

b) cálculo do imposto:

b.1) pelo distribuidor ou atacadista: mediante a aplicação da alíquota vigente nas operações

internas, sobre o valor do estoque apurado na forma da letra "a", acrescido da margem de valor

agregado prevista para cada mercadoria;

b.2) pelo varejista: mediante a aplicação da alíquota vigente nas operações internas sobre o

valor do estoque;

b.3) pela Microempresa (ME) e pela Empresa de Pequeno Porte (EPP) optantes pelo Simples

Nacional, mediante aplicação da alíquota vigente nas operações internas sobre o valor adicionado à

mercadoria em estoque, calculado conforme a margem de valor agregado definida para cada

mercadoria.

c) pagamento do imposto, calculado conforme previsto na letra "b", em quota única ou em até

6 (seis) parcelas mensais, iguais e consecutivas, mediante pedido de parcelamento dirigido à

repartição fiscal de circunscrição do contribuinte.

15. Saída de mercadorias no Regime de Substituição Tributária

O artigo 36 do Livro II do RICMS/RJ, quando da saída de mercadoria do regime de substituição

tributária, o contribuinte deve:

I - apurar o estoque da mercadoria existente após o encerramento das operações no último dia

do mês anterior, efetuando o respectivo lançamento no livro Registro de Inventário;

II - em relação à mercadoria inventariada, creditar-se proporcionalmente do ICMS retido e do

destacado no documento fiscal correspondente à aquisição mais recente; e

III - a partir do primeiro dia do mês, debitar-se normalmente do imposto por ocasião da saída

da mercadoria.

§ 1.º Caso a quantidade da mercadoria inventariada seja superior à discriminada no documento

fiscal referido no inciso II deste artigo, o crédito da parte remanescente será aproveitado

proporcionalmente ao imposto retido e destacado, em operações com a mesma mercadoria, na Nota

Fiscal imediatamente anterior, e assim sucessivamente até que todo o estoque mencionado seja levado

à crédito.

Quando da saída de mercadoria do regime de substituição tributária, o contribuinte enquadrado no

Simples Nacional ou em qualquer outro regime de tributação que não seja o regime normal de

apuração e pagamento do ICMS, deve:

I - apurar o estoque da mercadoria existente após o encerramento das operações no último dia

do mês anterior, efetuando o respectivo lançamento no livro Registro de Inventário;

II - em relação à mercadoria inventariada, calcular o montante passível de restituição

proporcional ao ICMS retido no documento fiscal correspondente à aquisição mais recente;

III - requerer restituição de indébito, observadas as normas aplicáveis;

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IV - a partir do primeiro dia do mês, recolher normalmente o imposto incidente por ocasião

da saída da mercadoria na forma do Simples Nacional ou de qualquer outro regime de tributação que

não seja o de apuração do ICMS pelo confronto entre débitos e créditos.

16. Devoluções – Tratamento Fiscal

Conforme artigo 35 , Anexo VIII – Resolução SEFAZ 720/2014 na operação realizada entre

contribuintes, o estabelecimento que devolver, total ou parcialmente, ou trocar mercadoria, deverá

emitir Nota Fiscal, na qual deverão constar, além dos demais requisitos exigidos:

I - a natureza da operação;

II - referência à Nota Fiscal emitida quando da remessa.

§ 1.º Na Nota Fiscal de devolução devem ser aplicadas a mesma base de cálculo e a mesma

alíquota constante do documento fiscal que acobertou a remessa da mercadoria.

§ 2.º O disposto neste artigo aplica-se também à devolução de mercadoria ou bem recebido

em transferência.

§ 3.º Na hipótese de devolução de mercadoria destinada a uso e consumo, quando da emissão

da Nota Fiscal de devolução da mercadoria, com destaque do imposto, o contribuinte poderá se

creditar de igual valor, lançando-o no RAICMS, a título de “outros créditos”, antecedido da expressão

"Devolução de mercadoria destinada a uso e consumo".

§ 4.º Na devolução de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária em que o imposto

tenha sido anteriormente retido pelo remetente, o contribuinte, além das disposições previstas no

caput deste artigo, deve informar nos campos próprios do documento fiscal a base de cálculo de

retenção e o valor do imposto retido.

§ 5.º Na hipótese do § .4º, deste artigo, deve ser observado o procedimento estabelecido no

inciso XXII da tabela “Normas relativas à EFD”, a que se refere o art. 11 do anexo VII da Parte II

desta Resolução.

No caso de recolhimento em nome do destinatário, aplica-se o procedimento abaixo:

De acordo com o Art. 16 da Resolução SEF 537/2012, no c

aso de devolução ou remessa interestadual de mercadoria de que trata o art. 4.º desta Resolução, cujo

imposto por substituição tributária tenha sido pago antecipadamente por DARJ pelo adquirente ou

pelo remetente em seu nome, este deve adotar o seguinte procedimento:

I - emitir nota fiscal com destaque do imposto, indicando no campo "Informações Complementares":

a) o número e a data da nota fiscal relativa à aquisição;

b) no caso de devolução, as razões que deram causa;

c) o valor do ICMS substituição tributária referente à entrada, calculado proporcionalmente à

quantidade que está sendo devolvida ou remetida para outra unidade federada;

d) o valor e a data da GNRE ou do DARJ referente à aquisição original;

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II - lançar a nota fiscal a que se refere o inciso anterior no livro Registro de Saídas em "Operações

com débito do ICMS", anotando na coluna "Observações" que se trata de "devolução/ST" ou "remessa

interestadual/ST";

III - utilizar como créditos fiscais, total ou proporcionalmente, conforme o caso, o imposto destacado

na nota fiscal de aquisição da mercadoria e ao pagamento antecipado constante no documento relativo

ao pagamento do imposto, escriturando-os no quadro "Crédito do Imposto

- Outros Créditos" do livro Registro de Apuração do ICMS, na mesma folha destinada à apuração

relacionada com as suas próprias operações.

§ 1.º Caso o contribuinte utilize a Escrituração Fiscal Digital (EFD), a nota fiscal a que se refere o

inciso I deverá ser informada no registro C100, sem o preenchimento dos campos 23 e 24, devendo

ser informados:

I - o Registro C113 com o número e a data da nota fiscal relativa à aquisição;

II - o Registro C112 com o valor e a data da GNRE ou do DARJ referente à aquisição original;

III - o Registro C197 com código RJ10100000 “Outros Créditos (devolução/ST ou remessa

interestadual/ST)”, com o valor total ou proporcionalmente, conforme o caso, do imposto destacado

na nota fiscal de aquisição da mercadoria e do pagamento antecipado constante no documento relativo

ao pagamento do imposto.

§ 2.º Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS pago por substituição tributária

quando da aquisição da respectiva mercadoria, tomar-se-á o valor do imposto pago por ocasião da

última aquisição do mesmo produto, proporcionalmente à quantidade saída.

17. Substituição Tributária no diferencial de alíquotas

Em operação interestadual, na entrada de mercadorias destinadas a uso, consumo ou ativo permanente

do adquirente, o valor a recolher será calculado mediante aplicação do percentual relativo à diferença

entre a alíquota interna e a interestadual sobre a respectiva base de cálculo. Exemplo:

CÁLCULO ATÉ 31/12/2017

Origem: MG

Destino – RJ

A) Valor de aquisição R$ 1.000,00

B) Base de Cálculo do ICMSr R$ 1.000,00

C) Cálculo do ICMS/ST (R$ 1.000,00 x (18-12%)) R$ 60,00

D) Cálculo do FECP referente à ST (R$ 1.000,00 x 2%) R$ 20,00

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E) Valor total do ICMS/ST (C+D) R$ 80,00

CÁLCULO A PARTIR DE 01/01/2018

Pela nova regra, tratando-se de operação interestadual com bens e mercadorias submetidas ao regime

de substituição tributária, destinados a uso, consumo ou ativo imobilizado do adquirente, a base de

cálculo do imposto devido será o valor da operação interestadual adicionado do imposto

correspondente à diferença entre a alíquota interna a consumidor final estabelecida na unidade

federada de destino para o bem ou a mercadoria e a alíquota interestadual, conforme fórmula abaixo:

“ICMS ST DIFAL = [(V oper – ICMS origem) / (1 – ALQ interna)] x ALQ interna – (V oper x ALQ

interestadual)”, onde:

1. a) “ICMS ST DIFAL” é o valor do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna a

consumidor final estabelecida na unidade federada de destino para o bem ou a mercadoria e a

alíquota interestadual;

2. b) “V oper” é o valor da operação interestadual, acrescido dos valores correspondentes a frete,

seguro, impostos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda

que por terceiros;

3. c) “ICMS origem” é o valor do imposto correspondente à operação interestadual, destacado no

documento fiscal de aquisição;

4. d) “ALQ interna” é a alíquota interna estabelecida na unidade federada de destino para as

operações com o bem e a mercadoria a consumidor final;

5. e) “ALQ interestadual” é a alíquota estabelecida pelo Senado Federal para a operação.

Na hipótese em que o remetente for optante pelo Simples Nacional, deverá ser deduzido, a título de

ICMS da operação própria, o resultado da aplicação da alíquota interestadual estabelecida pelo

Senado Federal.

Confira abaixo um exemplo de cálculo do diferencial de alíquotas nas operações interestaduais com

mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária e destinadas a uso, consumo ou ativo

imobilizado do adquirente:

Origem: MG

Destino - RJ

A) Valor da operação R$ 1.000,00

B) Base de Cálculo do ICMSr R$ 1.000,00-120,00=880,00

C) Cálculo do ICMS/ST (R$ 880,00/0,80) R$ 1.100 *20%-120,00

D) Valor total do ICMS/ST (C+D) * incluindo FECP R$ 100,00

18. DESTDA

Foi instituida nova declaração eletrônica para prestação de informações relativas ao ICMS devido

por substituição tributária, recolhimento antecipado e diferencial de alíquotas para optantes do

Simples Nacional, por meio de aplicativo único, gratuito e acessível por link disponível no Portal

do Simples Nacional, na forma disciplinada pelo CONFAZ, para fatos geradores ocorridos a partir

de Janeiro/2016.

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No estado do RJ, a matéria encontra-se disciplinada no Anexo IX-A , parte II, da Resolução SEFAZ

nº 720/2014, devendo ser entregue em base mensal, ainda que sem movimento, pelos contribuintes

do ICMS optantes do Simples Nacional.

RESOLUÇÃO SEFAZ N.º 537 DE 28 DE SETEMBRO DE 2012

Dispõe sobre a Substituição Tributária no Estado do Rio de Janeiro.

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O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 9.º da Lei Complementar n.º 87, de 13 de setembro de 1996, o Capítulo V da Lei n.º 2.657, de 26 de dezembro de 1996, e o contido nos Livros II e IV do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.º 27.427, de 17 de novembro de 2000, nos termos do Processo n.º E-04/008.832/2012,

R E S O L V E:

Capítulo I

Disposições Preliminares

Art. 1.º Esta Resolução disciplina a operacionalização e os procedimentos a serem realizados pelos contribuintes substitutos e demais obrigados, substituídos e transportadores, em operações internas e interestaduais com as mercadorias a seguir indicadas, sem prejuízo da aplicabilidade das demais normas específicas fixadas na legislação do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS):

I - aquelas de que trata o Anexo I do Livro II do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.º 27.427, de 17 de novembro de 2000 (RICMS/RJ); e

II - as mercadorias relacionadas no art. 1.º do Livro IV do RICMS/RJ.

Capítulo II

Do remetente designado contribuinte substituto nas operações internas

Art. 2.º Na saída interna das mercadorias a que se referem os incisos I e II do art. 1.º desta Resolução fica atribuída ao estabelecimento industrial localizado neste Estado a responsabilidade pela retenção e o pagamento do ICMS relativo às operações subsequentes destinadas a contribuinte do imposto, observadas as disciplinas específicas fixadas na legislação tributária, especialmente ao disposto nos §§1.º, 5.º e 6.º do art. 1.º, art. 19 e art. 45 do Livro IV do RICMS, no que se refere ao álcool etílico hidratado combustível (AEHC), ao óleo combustível e ao querosene de aviação (QAV), ao gás natural veicular (GNV), ao álcool etílico anidro combustível (AEAC) e ao óleo lubrificante acabado.

§ 1.º Na importação de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária fica o estabelecimento importador, na qualidade de contribuinte substituto, responsável pela retenção e o pagamento do ICMS relativo às operações subseqüentes, no momento da saída da mercadoria do seu estabelecimento.

§ 2.º O contribuinte fluminense destinatário de mercadoria, bem ou serviço sujeitos à substituição tributária em operação ou prestação originada no próprio Estado do Rio de Janeiro nos termos do caput deste artigo, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, fica solidariamente responsável pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido, nos termos do art. 25 da Lei n.º 2.657/96.

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§ 3.º Os sujeitos passivos de que trata este capítulo deverão observar, para a formação da base de cálculo do imposto devido por substituição tributária, quando inexistir o preço máximo, ou único, de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado do Estado do Rio de Janeiro, em condições de livre concorrência (PMPF) de que trata o § 10 do art. 24 da Lei n.º 2657/96, quando adotado expressamente pela legislação tributária, ou, na sua falta, alternativamente, a Margem de Valor Agregado aplicável às operações internas (MVA Original).

§ 4.º Considera-se devido o imposto por substituição tributária na hipótese do caput deste artigo na saída do estabelecimento do contribuinte substituto.

Capítulo III

Do remetente designado contribuinte substituto em operações interestaduais com destino ao Estado do Rio de Janeiro

Art. 3.º Na hipótese de contribuinte substituto, industrial ou não, localizado em outra unidade federada signatária de acordo firmado com o Estado do Rio de Janeiro (protocolo ou convênio), fica atribuída ao remetente na operação interestadual, ainda que o imposto já tenha sido retido anteriormente, a responsabilidade pela retenção e o pagamento do ICMS relativo às operações subsequentes destinadas a contribuinte do imposto localizado neste estado.

§ 1.º O disposto no caput deste artigo também se aplica na hipótese de o remetente firmar com o Estado do Rio de Janeiro Termo de Acordo a que se refere o Capítulo VI desta Resolução.

§ 2.º Nas hipóteses de que tratam o caput e o § 1.º deste artigo, a Secretaria de Estado de Fazenda poderá conceder ao sujeito passivo por substituição localizado em outra unidade da Federação inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro do ICMS (SICAD), nos termos do art. 21 do Livro II do RICMS/RJ e do artigo 31, II da Resolução SEF n.º 2.861, de 24 de outubro de 1997, observadas as disciplinas específicas fixadas na legislação tributária.

(§ 2.º do Art. 3.º, alterado pela Resolução SEFAZ n.º 538/2012 , vigente a partir de 05.10.2012)

[redação(ões) anterior(es) ou original]

§ 3.º Caso o remetente não possua inscrição no SICAD, o transporte da mercadoria deve estar acompanhado do comprovante do pagamento do imposto, nos termos do § 2.º do art. 21 do Livro II do RICMS/RJ e do demonstrativo de pagamento de que trata o § 3.º do art. 11 da Resolução SEFAZ n.º 468, de 27 de dezembro de 2011.

§ 4.º O contribuinte fluminense destinatário de mercadoria ou bem sujeitos à substituição tributária, quando proveniente de outra unidade da Federação, nos termos do caput e dos §§ 1.º e 3.º deste artigo, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, ou quando esta for feita parcialmente, fica responsável pelo pagamento do imposto que deveria ter sido retido, sendo exigível o montante integral ou parcial, conforme o caso, no momento da entrada da mercadoria ou bem no território fluminense.

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§ 5.º Identificada a falta de retenção a que alude o caput e os §§ 1.º e 3.º ou a inexistência do pagamento de que trata o § 4.º, todos deste artigo, no curso de fiscalização de trânsito da mercadoria ou em barreira fiscal fluminense, lavrar-se-á auto de infração, exigindo-se o ICMS devido:

I - do remetente, caso inscrito no SICAD;

II - do destinatário inscrito e localizado no Estado do Rio de Janeiro, caso o remetente não seja inscrito do SICAD ou na hipótese em que, dispondo de inscrição, esta se encontre na situação cadastral de paralisada, suspensa, baixada, impedida ou cancelada, nos termos da legislação específica, devendo, nesses casos, a critério da autoridade fiscal, ser cientificado o autuado no próprio local em que for constatada a infração, observado o disposto no § 9.º do art. 4.º desta Resolução, ou por via postal, com prova de recebimento no domicílio tributário do sujeito passivo, ou por meio eletrônico, nos termos previstos na legislação tributária.

§ 6.º .................................................................

(§ 6.º do Art. 3.º, revogado pela Resolução SEFAZ n.º 538/2012 , com vigência a partir de 05.10.2012)

[redação(ões) anterior(es) ou original]

§ 7.º Inexistindo preço máximo ou único de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, os sujeitos passivos de que trata este Capítulo III deverão utilizar o PMPF, quando expressamente adotado pela legislação estadual, ou, na sua falta, alternativamente, a Margem de Valor Agregado aplicável às operações interestaduais (MVA Ajustada) para a determinação da base de cálculo do imposto devido por substituição tributária.

§ 8.º Considera-se devido o imposto por substituição tributária na hipótese do caput deste artigo na saída do estabelecimento do contribuinte substituto.

Capítulo IV

Das aquisições realizadas em operações provenientes de outra unidade federada por contribuinte substituto localizado neste Estado com mercadoria sujeita à substituição tributária quando não há convênio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao remetente

Art. 4.º Em operação com mercadoria proveniente de outro estado sujeita ao regime de substituição tributária em que não há convênio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao remetente, fica atribuída ao contribuinte fluminense destinatário localizado neste Estado a condição de substituto, responsável pela retenção e o pagamento do ICMS devido nas saídas internas subsequentes àquela interestadual, nos termos do art. 21, inciso VI, da Lei n.º 2.657/96, observado o disposto nos parágrafos deste artigo.

§ 1.º Considera-se ocorrido o fato gerador no caso de que trata o caput deste artigo no momento da entrada da mercadoria ou bem no território deste Estado, inclusive na hipótese de destinatário varejista fluminense, em razão do disposto no art. 23, inciso IV, item 2, e §§1.º, 2.º e 3.º do art. 39 da Lei n.º 2.657/96, devendo a autoridade fiscal exigir neste

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momento a apresentação do comprovante de pagamento do ICMS devido, observado o disposto nos §§ 7.º, 8.º e 9.º deste artigo.

§ 2.º A base de cálculo na hipótese de que trata o caput deste artigo é o preço máximo, ou único, de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador.

§ 3.º Inexistindo os preços mencionados no § 2.º deste artigo, os sujeitos passivos de que trata este Capítulo IV deverão utilizar o PMPF, quando expressamente adotado pela legislação estadual, ou, na sua falta, alternativamente, a Margem de Valor Agregado aplicável às operações interestaduais (MVA Ajustada) para a determinação da base de cálculo do imposto devido por substituição tributária.

§ 4.º O valor do ICMS devido por substituição tributária de que trata este Capítulo IV, será obtido por meio da multiplicação da alíquota aplicável às operações internas pela base de cálculo fixada nos termos dos §§ 2.º e 3.º deste artigo, deduzido do imposto destacado pelo remetente em sua nota fiscal.

§ 5.º O imposto apurado consoante o § 4.º deste artigo será pago em DARJ único em separado, gerado pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a natureza “Substituição Tributária por Responsabilidade”, englobando o ICMS incidente nas saídas internas subsequentes àquela interestadual, inclusive o percentual relativo ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP), apurado, separadamente, pela aplicação da alíquota de 1% (um por cento) sobre a base de cálculo fixada nos termos do § 2.º deste artigo.

§ 6.º A responsabilidade prevista no caput deste artigo aplica-se também ao estabelecimento depositário, na operação de remessa de mercadoria para depósito neste Estado.

§ 7.º O pagamento do ICMS inclusive o relativo ao adicional relativo ao FECP devido nos termos deste Capítulo deverá ser comprovado no posto de fiscalização interestadual, devendo uma das vias do comprovante de recolhimento, junto com o DANFE de remessa, acompanhar o transporte da mercadoria, observado o disposto no artigo 5.º e ressalvada a hipótese de o remetente firmar Termo de Acordo nos termos do art. 10, ambos desta Resolução.

§ 8.º Caso seja constatado o descumprimento do disposto no caput e nos §§ 1.º a 7.º deste artigo, bem como no art. 5.º, II, “b”, desta Resolução, a autoridade fiscal deverá lavrar auto de infração, exigindo o total do imposto devido e demais acréscimos legais do contribuinte inscrito neste Estado destinatário da mercadoria ou bem sujeitos à substituição tributária.

§ 9.º A ciência da exigência do crédito tributário constituído nos termos do § 8º deste artigo deverá ser realizada:

I - pessoalmente, no próprio local da lavratura do auto de infração, por pessoa habilitada nos termos do ato constitutivo da sociedade e alterações contratuais;

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II - por meio de procurador, no próprio local da lavratura do auto de infração, exclusivamente na hipótese em que o instrumento de mandato atribua de forma expressa esta possibilidade;

III - por via postal, com prova de recebimento no domicílio tributário do sujeito passivo, ou por meio eletrônico, nos termos previstos na legislação tributária, na hipótese de não serem possíveis os meios indicados nos incisos I e II deste parágrafo;

§ 10. O destinatário da mercadoria a que se refere o caput deste artigo deve manter arquivada uma via do comprovante de recolhimento e uma via do demonstrativo de pagamento de que trata o artigo 11 da Resolução SEFAZ n.º 468/11, junto ao DANFE de remessa que acompanhou o transporte da mercadoria.

Capítulo V

Dos documentos de arrecadação para o pagamento do ICMS e do adicional do FECP devidos em operação com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária

Art. 5.º O pagamento do ICMS e do adicional relativo ao FECP, devidos por operação com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária de que trata esta Resolução, deverá ser efetuado:

I - por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE, gerada pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ, na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a natureza da receita “Substituição Tributária por Responsabilidade”, conforme Anexo II desta Resolução, na hipótese de se tratar de contribuinte substituto localizado em outra Unidade da Federação por força:

a) de convênio ou protocolo firmado entre o Estado do Rio de Janeiro e a Unidade da Federação onde o remetente está localizado, conforme caput do art. 3.º desta Resolução;

b) de Termo de Acordo firmado pelo contribuinte com o Estado do Rio de Janeiro, na hipótese de não haver convênio ou protocolo firmado entre o Estado do Rio de Janeiro e a Unidade da Federação onde está localizado o remetente, conforme § 1.º do art. 3.º desta Resolução;

II - por meio do Documento de Arrecadação do Estado do Rio de Janeiro - DARJ, gerado pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), no caso de o recolhimento ser efetuado:

a) pelo remetente industrial localizado no Estado do Rio de Janeiro, em operações internas, ou pelo importador, designados contribuintes substitutos, conforme artigo 2.º desta Resolução, utilizando-se a natureza “Substituição Tributária por Operação Própria”, conforme Anexo I desta Resolução;

b) pelo contribuinte fluminense destinatário de mercadoria ou bem proveniente de outra Unidade da Federação, na qualidade de contribuinte substituto, utilizando-se a natureza “Substituição tributária por Responsabilidade”, conforme Anexo II desta Resolução;

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c) nas demais hipóteses em que o imposto seja devido pelo adquirente ou destinatário localizado no Estado do Rio de Janeiro ou pelo transportador, por força de responsabilidade solidária ou por substituição, na forma do § 2.º do artigo 2.º, dos §§ 3.º a 7.º do art. 3.º e dos §§ 6.º e 7.º do artigo 4.º desta Resolução, utilizando-se a natureza “Substituição Tributária por Responsabilidade”, conforme Anexo II desta Resolução.

III - por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE ou meio do Documento de Arrecadação do Estado do Rio de Janeiro - DARJ, gerados pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ, na Internet (www.fazenda.rj.gov.br), utilizando-se a natureza “Substituição Tributária por Responsabilidade”, conforme Anexo II desta Resolução, na hipótese de pagamento efetuado pelo remetente localizado em outra Unidade da Federação, em nome do destinatário designado substituto tributário, na hipótese de que trata o Capítulo IV desta Resolução, conforme Anexo II desta Resolução.

Parágrafo único - O adicional relativo ao FECP deve ser calculado, na forma do art. 4.º da Resolução SEF n.º 6.556/03, e recolhido juntamente com o ICMS no mesmo DARJ ou na mesma GNRE, conforme o caso, devendo ser informado separadamente na emissão do documento de arrecadação.

Art. 6.º Ressalvadas as disciplinas específicas a que se referem os arts. 7.º e 17 desta Resolução, o ICMS devido deve ser pago até:

I - o dia 9 (nove) do mês subsequente ao da saída da mercadoria, nas hipóteses disciplinadas na alínea “a” do inciso II do art. 5.º desta Resolução e nas alíneas “a” e “b” do inciso I do mesmo artigo, exclusivamente na hipótese em que for cumprida a exigência fixada no § 2.º do art. 3.º;

II - a data da saída da mercadoria do estabelecimento:

a) do contribuinte substituto localizado em outra unidade federada por força de convênio ou protocolo, caso o remetente não providencie a sua inscrição no SICAD, descumprindo o disposto no art. 21 do Livro II do RICMS/2000, ou que, dispondo de inscrição, esta se encontre na situação cadastral de paralisada, suspensa, baixada, impedida ou cancelada, nas hipóteses de que tratam as alíneas “a” e “b”, do inciso I, do artigo 5.º desta Resolução;

b) do remetente localizado em outra unidade federada, na hipótese de que trata a alínea “c” do inciso II do art. 5.º desta Resolução;

III - a data entrada da mercadoria:

a) no estabelecimento do adquirente responsável, nos casos disciplinados no § 2.º do art. 2.º desta Resolução;

b) no território fluminense, em se tratando de operação interestadual, nas demais hipóteses de que trata esta Resolução.

§ 1.º Na hipótese de que trata o inciso II deste artigo, o sujeito passivo por substituição deve efetuar o pagamento do imposto devido a este Estado em relação a cada operação, devendo uma via do documento de arrecadação e uma via do demonstrativo de pagamento

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de que trata o art. 11 da Resolução SEFAZ n.º 468/11 acompanhar o transporte da mercadoria, GNRE ou DARJ, conforme o caso.

§ 2.º No caso previsto no § 1.º deste artigo deverá ser emitido um DARJ ou uma GNRE, conforme o caso, distinto para cada um dos destinatários, devendo constar no demonstrativo de pagamento de que trata o art. 11 da Resolução SEFAZ n.º 468/11, o tipo, a série, o número e a data de emissão da nota fiscal e o CNPJ de seu emitente.

§ 3.º O contribuinte de que trata o § 2.º do art. 3.º desta Resolução que, apesar de inscrito no SICAD e de consignar o total do imposto retido nas notas fiscais de saída destinadas ao Estado do Rio de Janeiro, estiver inadimplente com o fisco fluminense, poderá ter sua inscrição impedida pelo titular da repartição fiscal de circunscrição.

§ 4.º A partir da data do impedimento a que se refere o § 3.º deste artigo, o trânsito das mercadorias deve ser acompanhado pelo DARJ ou pela GNRE relativo à operação, conforme o caso, e pelo demonstrativo de pagamento de que trata o art. 11 da Resolução SEFAZ n.º 468/11.

§ 5.º Na hipótese de descumprimento do disposto no § 4.º deste artigo, será exigido o total do imposto devido do contribuinte destinatário inscrito neste Estado, observado o disposto no §9.º do art. 4.º desta Resolução.

Art. 7.º Nos termos do disposto no § 1.º do art. 14 do Livro II do RICMS/2000, exclusivamente nas hipóteses disciplinadas na alínea “a” do inciso II do artigo 5.º desta Resolução e nas alíneas “a” e “b” do inciso I do mesmo artigo, caso seja cumprida a exigência fixada no § 2.º do art. 3.º deste ato, o ICMS devido nas operações com cimento pode ser pago até o dia 10 (dez) do mês subsequente ao da saída da mercadoria.

Art. 8.º O DARJ e a GNRE de que trata esta Resolução devem ser emitidos exclusivamente pelo Portal de Pagamentos da SEFAZ-RJ, na Internet, no endereço www.fazenda.rj.gov.br.

Art. 9.º Fica a Superintendência de Arrecadação, Cadastro e Informações Econômico-Fiscais - SUACIEF - autorizada a instituir, alterar ou extinguir naturezas de receita e códigos de identificação internos de recolhimento e a baixar normas complementares visando à atualização dos Anexos desta Resolução.

Capítulo VI

Do "Termo de Acordo"

Art. 10. Fica facultado ao contribuinte estabelecido em outra unidade da Federação firmar "Termo de Acordo" para a retenção e o pagamento do ICMS na remessa para este Estado de mercadoria submetida ao regime de substituição tributária somente em operações internas, em que não haja Convênio ou Protocolo firmado pelo Estado do Rio de Janeiro.

§ 1.º O imposto de que trata o caput deste artigo, nos termos da alínea “b” do inciso I do artigo 5.º e do inciso I do artigo 6.º desta Resolução, será recolhido por meio de GNRE, até o dia 9 (nove) do mês subseqüente ao da saída da mercadoria do estabelecimento do remetente, excetuada a hipótese prevista no art. 7.º desta Resolução.

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§ 2.º Fica atribuída aos titulares das Inspetorias de Fiscalização Especializada correspondentes a competência para firmar o “Termo de Acordo”, cujo modelo será instituído por meio de Portaria a ser editada pelo Subsecretário Adjunto de Fiscalização.

§ 3.º A Subsecretaria Adjunta de Fiscalização editará ato, sempre que necessário, para divulgar relação consolidada dos termos de acordo firmados com a Secretaria de Estado de Fazenda.

§ 4.º O Termo de Acordo somente será firmado com contribuinte inscrito no SICAD, ou que solicite sua inscrição concomitantemente com a apresentação da proposta de sua assinatura.

Art. 11. São competentes para assinar os termos de acordo de que trata este Capítulo, no caso de sociedade anônima, seus diretores eleitos constantes da Ata de Assembléia mais recente e, nos demais casos, os sócios com poderes de gerência ou administração, conforme estabelecido no contrato social.

§ 1.º Na hipótese de o acordante se fazer representar por mandatário, a legitimidade deste comprovar-se-á pela juntada ao processo do respectivo instrumento de mandato, além de cópia do estatuto ou contrato social do outorgante e identidade e CPF do outorgado.

§ 2.º O instrumento de mandato deve ser específico para a assinatura de cada termo de acordo.

§ 3.º Consideram-se válidos os atos praticados por mandatário até o momento em que, no processo, o mandante declare, expressamente, a extinção do mandato.

Art. 12. O "Termo de Acordo" não será firmado, ou poderá ser cancelado a qualquer tempo, nas seguintes hipóteses, observadas em relação ao contribuinte:

I - for julgado insatisfatório elemento constante de seus documentos ou livros fiscais ou comerciais;

II - for enquadrado em qualquer das hipóteses previstas no art. 43, do Livro I, do Decreto n.º 27.427, de 17 de novembro de 2000;

III - for notificado para exibir livro ou documento, não o fizer no prazo concedido;

IV - utilizar, em desacordo com a finalidade prevista na legislação, livro ou documento, bem como alterar lançamento neles efetuado ou declarar valor notadamente inferior ao preço corrente da mercadoria ou de sua similar;

V - deixar de entregar, por período superior a 60 (sessenta) dias, documento ou declaração exigida pela legislação;

VI - deixar de recolher imposto devido em prazo estabelecido na legislação;

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VII - for constatado indício de infração à legislação, mesmo no caso de decisão final que conclua pela não existência de crédito tributário respectivo, por falta ou insuficiência de elemento probatório.

Art. 13. No caso de, por qualquer motivo, não ser efetuada a retenção de que trata o art. 10 ou quando houver retenção a menor, a responsabilidade pelo pagamento do imposto que deixou de ser retido, e demais acréscimos legais, caberá ao contribuinte destinatário da mercadoria ou bem proveniente de outra unidade da federação, aplicando-se à hipótese o disposto nos §§ 3.º a 7.º do art. 3.º desta Resolução.

Capítulo VII

Da escrituração fiscal a ser adotada por contribuinte que receba ou remeta mercadoria sujeita ao regime de Substituição Tributária

Art. 14. Observado o disposto nos Capítulos II e III do Título V Livro II do RICMS e da disciplina específica de que trata o art. 17 desta Resolução, o contribuinte que receber de dentro ou de fora do Estado mercadoria sujeita à substituição tributária, sem que a retenção ou o pagamento antecipado do imposto tenha sido feito, deve, na qualidade de responsável pelo pagamento do imposto relativo às operações subsequentes, escriturar o livro Registro de Entradas da seguinte forma:

I - a nota fiscal relativa à aquisição deve ser escriturada na coluna "Outras" de "Operações sem Crédito do Imposto";

II - a base de cálculo e o valor do ICMS relativo à substituição tributária devido pelo responsável devem ser escriturados na coluna "Observações", utilizando-se colunas distintas para tais indicações, sob o título comum "Substituição Tributária", na mesma linha do lançamento da nota fiscal correspondente à aquisição e totalizados no último dia do período previsto para apuração do ICMS substituição tributária.

§ 1.º Caso o contribuinte utilize o sistema eletrônico de processamento de dados, os valores relativos ao imposto retido e a respectiva base de cálculo devem ser escriturados na linha imediatamente abaixo a do lançamento da operação própria, sob o título comum "Substituição Tributária" ou o código "ST".

§ 2.º Caso o contribuinte utilize a Escrituração Fiscal Digital (EFD), deverá informar:

I - no registro C100, sem preenchimento dos campos 21 a 24, a nota fiscal relativa à aquisição;

II - nos campos 05 e 07 do registro C197, a base de cálculo e o valor do ICMS relativo à substituição tributária devido pelo responsável;

III - no campo 2 do registro C197, o código RJ71000001.

Art. 15. O valor total do ICMS devido por substituição tributária a que se refere o art. 14 desta Resolução e a respectiva base de cálculo devem ser escriturados no campo "Observações" do livro Registro de Apuração do ICMS, na mesma folha correspondente as

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da operação do próprio contribuinte, assim como, a data de pagamento dos respectivos DARJ.

Parágrafo Único - Caso o contribuinte utilize a Escrituração Fiscal Digital (EFD), deverá informar no campo 15 do registro E210 o valor total do ICMS devido por substituição tributária a que se refere o art. 14 desta Resolução.

(Párágrafo único do Art. 15., alterado pela Resolução SEFAZ n.º 775/2014 , vigente a partir de 31.07.2014)

[redação(ões) anterior(es) ou original]

Art. 16. No caso de devolução ou remessa interestadual de mercadoria de que trata o art. 4.º desta Resolução, cujo imposto por substituição tributária tenha sido pago antecipadamente por DARJ pelo adquirente ou pelo remetente em seu nome, este deve adotar o seguinte procedimento:

I - emitir nota fiscal com destaque do imposto, indicando no campo "Informações Complementares":

a) o número e a data da nota fiscal relativa à aquisição;

b) no caso de devolução, as razões que deram causa;

c) o valor do ICMS substituição tributária referente à entrada, calculado proporcionalmente à quantidade que está sendo devolvida ou remetida para outra unidade federada;

d) o valor e a data da GNRE ou do DARJ referente à aquisição original;

II - lançar a nota fiscal a que se refere o inciso anterior no livro Registro de Saídas em "Operações com débito do ICMS", anotando na coluna "Observações" que se trata de "devolução/ST" ou "remessa interestadual/ST";

III - utilizar como créditos fiscais, total ou proporcionalmente, conforme o caso, o imposto destacado na nota fiscal de aquisição da mercadoria e ao pagamento antecipado constante no documento relativo ao pagamento do imposto, escriturando-os no quadro "Crédito do Imposto

- Outros Créditos" do livro Registro de Apuração do ICMS, na mesma folha destinada à apuração relacionada com as suas próprias operações.

§ 1.º Caso o contribuinte utilize a Escrituração Fiscal Digital (EFD), a nota fiscal a que se refere o inciso I deverá ser informada no registro C100, sem o preenchimento dos campos 23 e 24, devendo ser informados:

I - o Registro C113 com o número e a data da nota fiscal relativa à aquisição;

II - o Registro C112 com o valor e a data da GNRE ou do DARJ referente à aquisição original;

III - o Registro C197 com código RJ10100000 “Outros Créditos (devolução/ST ou remessa interestadual/ST)”, com o valor total ou proporcionalmente, conforme o caso, do imposto

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destacado na nota fiscal de aquisição da mercadoria e do pagamento antecipado constante no documento relativo ao pagamento do imposto.

§ 2.º Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS pago por substituição tributária quando da aquisição da respectiva mercadoria, tomar-se-á o valor do imposto pago por ocasião da última aquisição do mesmo produto, proporcionalmente à quantidade saída.

Capítulo VIII

Das disposições finais

Art. 17. Fica o Subsecretário de Receita autorizado a editar os atos que se fizerem necessários ao cumprimento das normas estabelecidas nesta Resolução.

Art. 18. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogada a Resolução SER n.º 80, de 12 de fevereiro de 2004, a Resolução SEFAZ n.º 27, de 1.º de abril de 2007, a Resolução SEF n.º 6.470, de 29 de julho de 2002, a Resolução SEF n.º 6.475, de 5 de agosto de 2002, a Resolução SEF n.º 6.464, de 18 de julho de 2002 e os arts. 1.º a 5.º da Resolução SER n.º 119, de 6 de agosto de 2004.

Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2012

RENATO VILLELA

Secretário de Estado de Fazenda

ANEXO I

NATUREZA DA RECEITA E LISTA DE PRODUTOS

Para uso de contribuintes nas situações previstas no artigo 5.º, inc. II, alínea "a" da Resolução SEFAZ n.º 537/2012.

DARJ

Pagamento efetuado pelo REMETENTE (Industrial) ou pelo IMPORTADOR, localizados no Estado do Rio de Janeiro.

Natureza: Substituição Tributária por Operação Própria Produto Código Interno Bebidas 108 Cigarros e outros produtos derivados do fumo 116 Veículos e pneumáticos 124 Medicamentos e produtos farmacêuticos 132 Peças, partes e acessórios para veículos automotores 140 Material de construção 159 Produtos alimentícios 167 Cimento 175 Tintas e vernizes 183 Venda porta a porta 191 Material de limpeza doméstica 205 Outros 396

Nota: DARJ emitido em nome do REMETENTE.

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ANEXO II

NATUREZA DA RECEITA E LISTA DE PRODUTOS

Para uso de contribuintes nas situações previstas no artigo 5.º, inciso II, alíneas "a" e "c" da Resolução SEFAZ n.º 537/12.

DARJ E GNRE

Pagamento efetuado pelo REMETENTE, localizado em outra unidade da Federação, ou pelo DESTINATÁRIO, localizado no Estado do Rio de Janeiro

NATUREZA: SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA POR RESPONSABILIDADE

PRODUTO CÓDIGO INTERNO

Bebidas 400

Cigarros e outros produtos derivados do fumo 418

Veículos e pneumáticos 426

Medicamentos e produtos farmacêuticos 434

Peças, partes e acessórios para veículos automotores 442

Material de construção 450

Produtos alimentícios 469

Cimento 477

Tintas e vernizes 485

Venda porta a porta 493

Material de limpeza doméstica 507

Outros 698

Nota: O DARJ e GNRE emitidos em nome do DESTINATÁRIO ou do REMETENTE, conforme o caso.

(redação do Anexo II, alterada pela Resolução SEFAZ n.º 538/2012 , com vigência a partir de 05.10.2012)

[redação(ões) anterior(es) ou original]

Anexo à Resolução SEFAZ n.º 720/14

PARTE II

DOS PROCEDIMENTOS RELACIONADOS À OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA

ANEXO IX- A DA DECLARAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA, DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA E ANTECIPAÇÃO (DeSTDA)

(Ajuste SINIEF n.º 12/15)

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CAPÍTULO I DA OBRIGATORIEDADE (Anexo IXA acrescentado pela Resolução SFEAZ n.º 959/2015, vigente de 08.01.2016, com

efeitos retroativos a contar de 01.01.2016)

Art. 1.º A Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA) é o documento digital mediante o qual os contribuintes optantes pelo regime do Simples Nacional deverão informar ao Estado do Rio de Janeiro os resultados da apuração do ICMS previsto nas alíneas “a” e “h” do inciso XIII do § 1.º do art. 13 da Lei Complementar federal n.º 123/06, devendo sua elaboração e entrega mensal observar o disposto neste Anexo e, no que couber, no Ajuste SINIEF n.º 12/15. Art. 2.º A DeSTDA será apresentada ao Estado do Rio de Janeiro pelos contribuintes situados neste Estado ou em outras unidades federadas, optantes pelo regime do Simples Nacional, inscritos no CADICMS, a fim de declarar: I o ICMS retido ou recolhido como substituto tributário; II o ICMS apurado correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual incidente sobre as aquisições interestaduais por contribuinte deste Estado de bens ou serviços destinados a consumo ou ativo fixo; III o ICMS apurado correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual relativo às operações e prestações interestaduais que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do imposto. Art. 3.º Ficam obrigados a entregar a DeSTDA ao Estado do Rio de Janeiro: I todos os estabelecimentos do sujeito passivo situados neste Estado, inscritos no CADICMS, de empresa optante pelo regime do Simples Nacional; II todos os estabelecimentos de outros estados, de empresa optante pelo regime do Simples Nacional, inscritos no CADICMS como substitutos tributários ou como responsáveis pelo pagamento do diferencial de alíquota na remessa de bens e serviços a consumidor final não contribuinte localizado neste Estado, de acordo com os incisos I e III do caput do art. 2.º deste Anexo. § 1.º Os contribuintes mencionados no caput deste artigo estão obrigados à entrega da DeSTDA, ainda que sem movimento no período. § 2.º No caso de fusão, incorporação ou cisão, a obrigatoriedade de que trata o caput deste artigo se estende à empresa incorporadora, cindida ou resultante da cisão ou fusão. Art. 4.º Estão desobrigados da entrega da DeSTDA: I os Microempreendedores Individuais MEI;

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II os estabelecimentos impedidos de recolher o ICMS pelo Simples Nacional em virtude de a empresa ter ultrapassado o sublimite estadual, nos termos do § 1.º do artigo 20 da LC n.º 123/06. CAPÍTULO II DA ELABORAÇÃO E ENTREGA Art. 5.º O arquivo digital da DeSTDA será elaborado por meio de aplicativo próprio para sua geração e transmissão, disponível, gratuitamente, em sistema específico, no Portal do Simples Nacional e no Portal da Secretaria de Fazenda deste Estado, de acordo com as especificações do leiaute definido em ato COTEPE, contendo o valor do ICMS relativo à substituição tributária e diferencial de alíquota correspondente ao período de apuração, declarado pelo contribuinte. Parágrafo único Para o preenchimento da DeSTDA, o contribuinte deverá observar as orientações do Manual do Usuário, disponibilizado junto ao aplicativo de que trata o caput deste artigo. Art. 6.º O contribuinte que possuir mais de um estabelecimento, seja filial, sucursal, agência, depósito, fábrica ou outro qualquer, deverá prestar as informações relativas à DeSTDA em arquivo digital individualizado por estabelecimento. Paragrafo único O disposto no caput deste artigo não se aplica aos estabelecimentos localizados na mesma unidade federada, quando houver disposição em convênio, protocolo, ajuste ou regime especial que preveja escrituração fiscal centralizada. Art. 7.º Quando do envio da DeSTDA, será automaticamente expedida comunicação ao respectivo declarante quanto à ocorrência de um dos seguintes eventos: I falha ou recusa na recepção, hipótese em que a causa será informada; II recepção do arquivo, hipótese em que será emitido recibo de entrega. § 1.º O arquivo digital da DeSTDA será validado e assinado digitalmente pelo contribuinte ou seu representante legal, via certificação por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICPBrasil), antes de seu envio. § 2.º Considera- se recepcionada a DeSTDA no momento em que for emitido o recibo de entrega. § 3.º A recepção do arquivo digital da DeSTDA não implicará reconhecimento da veracidade e legitimidade das informações prestadas, nem homologação da apuração do imposto efetuada pelo contribuinte. § 4.º A forma de transmissão da declaração será regulamentada mediante portaria expedida pela Superintendência de Cadastro e Informações Fiscais (SUCIEF). Art. 8.º O arquivo digital da DeSTDA deverá ser enviado até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao encerramento do período de apuração ou, quando for o caso, até o primeiro dia útil imediatamente seguinte.

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CAPÍTULO III DA RETIFICAÇÃO DA DeSTDA Art. 9.º Os erros ou omissões na DeSTDA já entregue deverão ser corrigidos mediante apresentação de nova declaração. § 1.º O imposto declarado na DeSTDA e inscrito em Dívida Ativa será cobrado ainda que tenham sido apresentados requerimentos ou eventuais recursos que visem a impugnar o seu valor ou pleitear modalidades de extinção do crédito tributário. § 2.º A retificação de que trata este artigo será efetuada mediante envio de outra DeSTDA para substituição integral da declaração anterior regularmente recebida pela SEFAZ. § 3.º A elaboração e entrega da DeSTDA retificadora deverá observar o disposto nos arts. 5.º a 7.º. Art. 10. O fisco poderá exigir, mediante portaria da SUCIEF, que o contribuinte solicite prévia autorização para a entrega da DeSTDA retificadora. CAPÍTULO IV DAS PENALIDADES E SANÇÕES Art. 12. A falta de apresentação da DeSTDA, ou sua entrega após o prazo previsto, bem como a indicação de dados incorretos ou omissão de informações, sujeitará o contribuinte às penalidades previstas nos incisos I e II do art. 62B da Lei n.º 2.657/96. § 1.º A apresentação da DeSTDA retificadora realizada antes da ciência da intimação fiscal afasta a aplicação de penalidades. § 2.º Em todas as ações fiscais que envolverem exame de livros e documentos fiscais, o Auditor Fiscal designado deverá verificar se a DeSTDA foi devidamente preenchida e entregue, lavrando-se auto de infração se apurada qualquer irregularidade. CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 13. A partir de 01 de janeiro de 2016, os contribuintes obrigados à apresentação da DeSTDA não estarão sujeitos à entrega de GIAST, prevista no Ajuste SINIEF n.º 4/93,mantida a obrigatoriedade de apresentação dessa declaração em relação a exercícios anteriores. Art. 14. Aplicam-se ainda à DeSTDA, no que couber, as normas do Convênio SINIEF s/n.º, de 15 de dezembro de 1970.