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CCISS promove Fórum Empresarial entre Espanha e Cabo Verde para captação de Investimentos - Pág. 4 1º Encontro de Trabalho entre Sindicatos e Patronato - Pág. 3 CCISS efectua a sua 1ª Missão Empresarial ao Gana - Pág. 6 Perfil Empresarial: Importex - Pág. 8/9

Ideias & Negócios - Março 2014

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A edição nº30 o Ideias e Negócios destaca o Fórum Empresarial entre Espanha e Cabo Verde, promovido pela Câmara de Comércio de Sotavento em parceria com a Confederação Espanhola das Organizações Empresariais - CEOE, a Câmara de Comércio de Gran Canária e a Câmara de Turismo, em Madrid. Constitui também realce a 1ª Missão Empresarial da CCISS ao Gana, o encontro inédito ente o patronato e os sindicatos e o Perfil Empresarial com Empresário José Mário da Importex.

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CCISS promove Fórum Empresarial entre Espanha e Cabo Verde para captação de Investimentos - Pág. 4

1º Encontro de Trabalho entre Sindicatos e Patronato - Pág. 3

CCISS efectua a sua 1ª Missão Empresarialao Gana - Pág. 6

Perfil Empresarial:Importex - Pág. 8/9

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EDITORIAL

É com grande satisfação que recebemos os nossos novos Associados da CCISS, que com sua força particular, vêm reforçar a representatividade do patronato. Em nome do Presidente da CCISS e da Direcção recebam as boa vindas da Câmara de Comércio, Indústria e Serviço de Sotavento.

Encontro Empresarial Espanha Cabo Verde

Eko Travel S.ASector: Viagens e TurismoSantiago – Praia, PlateauContactos: 260 3750 / 996 5444 Fax: 260 0686 Email: [email protected] Office D & L, LdaSector: Material de escritórioSantiago – Praia, Achada S.FilipeContactos: 262 3060 / 590 7076 Email: [email protected] Cerâmica, Asfalto e Betões, SASector: Industria e betão e inertesSantiago – Praia, Achada Grande Trás Contactos: 263 4315 / 973 2165 Fax:2635242Email: [email protected]/[email protected] Fatima Fernandes SilvaSector: Comercio de Produtos Alimentares e BebidasSantiago – Tarrafal Contactos: 9162226 Estabelecimento GingaSector: Comercio de Produtos Alimentares e BebidasSantiago – Praia, Achada Grande Trás Contactos: 263 3151 / 991 9220 Email: [email protected]

Electrorock, LdaSector: Serviços de Canalização e Vendas e Materiais de Construção CivilSantiago – Praia, Achada S. Filipe Contactos: 997 5720

Caboswing PublishingSector: Gravação e Som e Edição de MusicaSantiago – Praia, Quebra Canela Contactos: 912 5187 Email: [email protected] / [email protected]

Entrevista Perfil: Importex Lda.

1ª encontro de trabalho entre Sindicatos e Patronato

CCISS efectua a sua primeira Missão Empresarial ao Gana

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Março mês da Mulher foi tam-bém um mês em cheio nas actividades da CCISS. Iniciamos o mês com dois encon-tros importantes com a UNTC-CS e a CCSL no âmbito da discussão sobre as alterações ao Código Laboral propostas pelo Governo. Pela primeira vez em Cabo Verde indepen-dente o patronato e os sindicatos estiveram frente-a-frente discutindo os problemas das suas classes e desanuviando o ambiente de crispação que se vinha desenvolven-do. O diálogo continua a nível do CCSL. Março foi também o mês dedi-cado á Missão Empresarial a Madrid. Por iniciativa da CCISS realizou-se na capital espanhola um encontro entre meia de-zena de empresas caboverdeanas e 150 empresas espanholas tendo em vista a captação de investimentos espanhóis para as diversas áreas da nossa eco-nomia. O encontro não poderia ter corri-do melhor e o seu eco na “media” espa-nhola confirma o sucesso da iniciativa. Foi neste mês também que fo-ram instalados os grupos de trabalho ten-do em vista a materialização das reco-mendações saídas do encontro entre os empresários e a Ministra das Finanças, a saber o funcionamento das alfândegas e a coordenação dos serviços centrais, Direcção das Contribuições e Impostos e Assuntos relacionados ao Patrimônio.O debate sobre o Ambiente de Negó-cios trouxe á CCISS várias instituições e associados ávidos de informações importantes sobre o seu dia-a-dia eco-

nómico. O ambiente de negócios e a competitividade, o financiamento da ac-tividade económica e o Ambiente Laboral foram os temas que animaram a tarde. No capítulo formativo temos a des-tacar a realização de uma formação sobre as alterações ao Código do IVA em 2014. Os associados e as empresas as-sistiram também a uma sessão de escla-recimentos sobre o Código de Benefícios Fiscais e o Regime Especial para regulari-zação das dívidas em parceria com a DGCI. Recebemos ainda uma delega-ção empresarial holandesa constituída por empresários de diversas áreas de negócios que foram acompanhados por duas instituições que apresentaram um Programa de Consultoria de Especialistas Seniores da Holanda (PUM) e as facili-dades do Centro para Promoção de Im-portações dos Países Emergentes (CBI). Terminamos o mês com três mis-sões à CEDEAO. Na primeira um membro do CD deslocou-se à Accra - Gana para participar na primeira Missão Empresa-rial àquele país. A segunda um grupo de empresários acompanhou a Ministra das Finanças à Nigéria na busca de finan-ciamento para projectos de imobiliária turística e a terceira à Costa do Marfim acompanhando o 1º Ministro numa visita de estado tendo em vista o estabeleci-mentos de contactos empresariais. Come-çamos desde já a preparar a assembleia geral ordinária para a apresentação do relatório de actividade e contas de 2013.

Formação - Alterações ao IVA 2014

CCISS organiza Seminário, Doing Business in CV com empresários Holandeses

Sessão de Esclarecimento aos Operadores Económicos dos Diplomas RERD e CBF

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Debate Empresarial sobre Ambiente de Negócios - Cont.

Debate Empresarial sobre Ambiente de Negócios

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Boletim da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

Eventos CCISS

A Câmara de Comércio de So-tavento reuniu-se no dia 18 de Fevereiro com as duas representantes da classe tra-balhadora Cabo-verdiana, nomeadamente a CCSL e a UNTC –CS em busca de um diálogo aberto com o objectivo de analisar questões que afectam a classe empresarial cabo-verdiana.Estes encontros servem para fortalecer o diálogo entre os representantes da classe empresarial e dos trabalhadores, na bus-ca de soluções alternativas e negociação sobre as questões básicas para a reforma do ambiente laboral e a implementação de uma legislação propícia ao desenvolvimen-to das micro e pequenas empresas.

De acordo com o Presidente da CCISS, Spencer Lima, o governo deve rever os quatro arti-gos da lei sobre as PME aprovada pelo Parlamento e chum-bada pelo Tribunal Constitucional. Suge-riu ainda que o parla-mento traga um novo artigo para aprova-ção, a medida que essa lei beneficia as micro e pequenas em-presas e é necessária para a consolidação

do tecido empresa-rial cabo-verdiano. O ambiente de negócios, o fundo de desemprego, a contratação colecti-va e a morosidade da justiça foram ou-tros pontos aborda-dos nos encontros. A CCISS consi-dera que historica-

mente o diálogo entre os representantes da classe empresarial é o ponto de partida para que o ambiente de negócios em Cabo Ver-de melhore. No entanto, a situação de crise que o país atravessa impõe aos parceiros a busca de soluções alternativas e a nego-ciação no que diz respeito as questões que estão na base da necessidade da reforma do ambiente laboral e da implementação de uma legislação propícia ao desenvolvimen-to das micro e pequenas empresas.“O patronato, os sindicatos e o Governo têm de ter aberta a porta do diálogo.” , afir-mou Spencer Lima.

1º Encontro de Trabalho entre Sindicatos e Patronato

Formação - Alterações Código ao IVA 2014

Encontro de trabalho com a UNTC-CS

Encontro de trabalho com a CCSL

O Código do IVA – Imposto so-bre Valor Acrescentado, o Modelo 106 e Anexos sofreram recentemente alterações significativas, com importantes reflexos na actividade das Empresas. Nesse contexto,

a CCISS realizou a formação - “ Alterações ao Código do IVA” que decorreu de 17 a 29 de Março, ministrada pela formadora Dra. Celina Lizardo Lopes - Inspectora Tri-butária Superior da Direcção das Contribui-

ções e Impostos. Aos participantes foram transmitidos conhecimentos relacionados com as alterações introduzidas ao IVA, as instruções de preenchimento dos anexos, a exigibilidade do IVA nas empreitadas e

subempreitadas de obras públicas, Pagamento e Reembolso. No total foram 49 os participantes, divi-didos em duas turmas. A primeira, com 29, decor-reu de 17 a 22 e a segun-da turma, com 20 forman-dos, de 24 a 29de Março.1ª Turma 2ª Turma

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Encontro Empresarial Espanha Cabo Verde

As Câmaras de Comércio de Cabo Verde em parceria com a Confede-ração Espanhola das Organizações Em-presariais - CEOE, a Câmara de Comércio de Gran Canária e a Câmara de Turismo, organizaram um Fórum Empresarial em Madrid no passado dia 13 de Março, tendo em vista a internacionalização das empre-sas Cabo-verdianas e a atracção do inves-timento para projectos já identificados em Cabo Verde. O Ministro do Turismo Indústria e Energia apresentou Cabo Verde como um mercado atractivo e ressaltou uma série de benefícios e incentivos fiscais para empre-sas espanholas em diferentes sectores da economia. O turismo foi reconhecido como o sector de maior investimento espanhol, em Cabo Verde, que mesmo com um grande

fluxo de investimento neste sector, conti-nua com mais oportunidades de investi-mentos. De acordo com os organizadores do fórum, já existem cerca de 40 empresas de Espanha e Canárias operando em di-versos sectores em Cabo Verde nomeada-mente no turismo e gestão da água, este último nos projectos de dessalinização. A Espanha é o primeiro parceiro comercial de Cabo Verde e o principal destino de ex-portação (76,3%). A delegação chefiada pelo Mi-nistro de Turismo e Energia, Humberto Brito, pelo Presidente da Cabo Verde In-vestimentos, Jorge Duarte, o Presidente da CCISS, Jorge Spencer Lima e vários empresários, estabeleceu contactos com as associações comerciais de forma a po-

tenciar o conhecimento mútuo e explorar oportunidades de negócio entre empresá-rios dos dois países Durante o fórum, que teve como parceiro organizador, a empresa Nexus, realizaram-se conferências com testemu-nho de casos de sucesso de empresas espanholas que já operam em Cabo Ver-de, reuniões B2B para a delegação institu-cional e empresarial Cabo-verdiana e um jantar de gala. Os participantes foram convida-dos com base no interesse demonstrado em relação ao nosso país (arquipélago) e foram tratados temas de relevância para o investimento nas diferentes áreas de ne-gócio, nomeadamente transportes aéreos, marítimo, turismo, energia, finanças, agro-indústria e imobiliária turística.

Assinatura do Protocolo de Cooperação entre a CEOE Internacional e a CCISS Ministro do Turismo, Indústria Energia de Cabo Verde, Sr. Humberto Brito e o seu congénere da Espanha, Sr. José Manuel Soria López

“A nossa economia está baseada essencialmente no sector de serviços, que representa cerca de 80% do PIB - Produto Interno Bruto. O turismo é talvez o maior motor da economia e a principal fonte de riqueza do país, e neste contexto, a Espa-nha tem sido um aliado estratégico para o nosso desenvolvimento. Cabo Verde tem uma visão para o futuro e uma estratégica de transformação que está sendo implementada com êxito, graças a um plano de desenvolvimento de portos, estradas e da própria Administra-ção pública.” - Humberto Brito - Ministro do Turismo, Indústria e Energia

Encontro Empresarial na Confederação Espanhola das Organizações Empresariais - CEOE

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Boletim da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

A Câmara de Comércio propôs-se a debater sobre a forma e a substância da participação do sector privado na promoção do desenvolvimento económico de Cabo Verde no contexto da redução do investi-mento público, já anunciado pelo governo. O debate realizou-se no dia 13 de Março às 15h na CCISS, com a participação de três oradores que explanaram em torno dos seguintes temas: O Ambiente de Negócios e a Competitividade: mudanças a intro-duzir e prioridades

O Ambiente de Negócios em Cabo Verde

Cont. Fotos

Apresentado pelo consultor, Sr. José Luis Lopes, este escolheu uma pers-pectiva macro económica para análise dos condicionamentos do ambiente de negó-cios. Na primeira parte da apresentação o Consultor traçou o perfil das finanças pú-blicas caracterizado os seus principais ele-mentos (predominância do investimento pú-blico, divida pública ascendente e trajectória ascendente do crédito ao sector público) e os seus efeitos na economia. Diagnosticou o sistema financeiro nas suas diferentes componentes (activos, passivos, resultado

liquido) e comparou os indicadores com os padrões internacionais. Na segunda parte o Consultor apresentou um benchmarking entre Cabo Verde, Maurícias e Senegal se-gundo o Índice de Competitividade Global destacando a posição de Cabo Verde entre indicadores como o funcionamento das ins-tituições públicas, infra-estruturas, ambien-te macro económico, educação superior e capacitação, eficiência do mercado laboral, desenvolvimento do mercado financeiro, preparação tecnológica, tamanho do mer-cado e inovação. Na terceira parte o Sr. José Luis Lopes apresentou um conjunto de conclu-sões e medidas para a melhoria da compe-titividade entre as quais destacam-se:1. A política económica contra cíclica do go-verno para responder à crise internacional aumentou o investimento público e a dívida pública já atinge os 95% do PIB, muito além do limite dos 60%;2. Aversão ao risco e necessidade de finan-ciamento do sector público leva os bancos a privilegiarem o financiamento a este últi-mo, em contraposição ao financiamento à economia e particulares;3. O sector privado enfrenta dificuldades acrescidas no acesso ao crédito, apesar de haver excesso de liquidez que tem de ser esterilizado pelo Banco Central. Propõe assim que o governo des-bloqueie o sistema de financiamento do sector privado através de linhas de crédi-to para o sector empresarial, promoção do investimento externo e atracção de indus-

Operadores Económicos e representantes de Associações presentes no debate

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trias, promoção de exportações para a CEDEAO, redução do déficit no Orçamen-to geral do Estado e a aceleração das re-formas estruturais como o código laboral, regime das micro e pequenas empresas e de um regime para recuperação das em-presas em dificuldades.

O Financiamento da Actividade Económica: a situação, as perspec-tivas e alternativas Apresentado pelo Economista e Presidente da AJEC, Sr. Paulino Dias este diagnosticou a situação actual identifican-do as fontes de financiamento da activida-de económica privada e os diferentes tipos de constrangimentos existentes. Especifi-camente em relação ao crédito bancário, o Consultor apresentou uma radiografia do sector bancário, a distribuição do crédito, a situação das remessas dos emigrantes e os grandes desafios que sector privado enfrenta no momento.

Nesse cenário o consultor deba-teu algumas tendências relevantes no con-texto da crise global dos mercados e apre-sentou um conjunto de recomendações para se resolver o impasse em relação ao financiamento da actividade económica privada entre as quais destacam-se:1. Criação de veículo de financiamento de

investimentos estratégicos e ou de grande porte;2. Implementação da Central de Informa-ção de crédito privada do Fundo de Ven-ture Capital para PME ́s e da Cabo Verde Garante;3. Transformar o Novo Banco numa insti-tuição de financiamento às IMF ́s;

O Ambiente Laboral: as mudanças necessárias e a profundidade das mesmas Apresentado pelo Professor Uni-versitário Sr. Salvador Varela este discor-reu sobre os pontos fundamentais de alte-ração do Código Laboral em vigor e numa perspectiva critica este defendeu que “A nova alteração só terá lógica e utilidade social e jurídica, se aprofundar o conteúdo das alterações, não só dos artigos existen-tes mas com introdução de novos artigos e regimes jurídicos de acordo com a nos-sa realidade social e juridico-laboral, bem como actualização de alguns diplomas que

regulam as relações laborais, nomeada-mente o Código do Processo de Trabalho e outras legislações.”O Professor Varela defendeu que as ne-gociações do CL deveria incidir sobre um conjunto de 10 propostas de alterações entre as quais destacam-se: 1. Processo de despedimento colectivo, In-demnização por despedimento sem justa causa, Contratos a prazo;2. Trabalho temporário, Promessa de con-trato de trabalho a Prazo do Contrato do Trabalhador estudante; Contrato do Traba-lhador estudante;;3. Local de Trabalho, Teletrabalho e Traba-lho a domicílio;4. Processo disciplinar sumário, Ajuste do Código do Processo do trabalho; Em síntese, o Professor Varela propõe que para haver um melhor ambien-te de negócio em Cabo Verde, é necessá-rio a contribuição de um código que regule as várias situações laborais em Cabo Ver-de, e para isso é importante o consenso

entre as partes e haver cedências razoá-veis das partes envolvidas. O legislador e o executivo devem reconhecer e respeitar o papel constitucio-nal de cada uma das partes interessadas (Patronato e sindicatos).Sugere ainda que não basta alterações pontuais, deixando de parte o essencial porque senão daqui a poucos meses ou anos, sentiremos necessidade de alte-rar de novo e iniciar a mesma discussão, quando podemos resolver grande parte do que o mercado laboral exige no momento.Recomendou assim aos parceiros sociais que é necessário uma maior divulgação das propostas de alteração, socialização das propostas e dos debates, entre empre-gadores, sindicatos, trabalhadores, empre-sários, sociedade civil, autoridades admi-nistrativas, estudiosos e técnicos. O debate contou ainda com forte participação de uma plateia com 51 parti-cipantes composta por empresários, técni-cos, representantes do sector bancário e das instituições públicas. No intervalo en-tre as apresentações seguiu-se uma curta sessão de perguntas onde os oradores pu-deram responder e aprofundar os tópicos de cada um dos temas. A sessão terminou depois de 3h de intenso debate tendo os presentes ma-nifestado interesse em debater isolada-mente cada um dos temas em pauta por forma a dissecar ainda mais os elementos que afectam o desenvolvimento do am-biente de negócios. Tratado-se de uma abordagem inicial de promoção de apresentações técnicas con-substanciadas que a CCISS pretende re-petir numa base regular a experiência do debate sobre o ambiente de negócio foi muito positiva quer a nível das apresen-tações assim como pela participação e in-teresse da audiência. As 3 apresentações permitiram aos presentes reflectir activa-mente sobre as questões chave que cons-trangem a dinâmica do desenvolvimento do sector privado permitindo um encadea-mento de questões macro e o seu impacto na actividade económica assim como dos elementos da mecânica do financiamento e da gestão laboral. Para o mês de Abril, a CCISS em parceria com o CPE e em antecipação do Fórum de Transformação de Cabo Verde que será realizado nos dias 14 a 16 de Maio está a preparar uma série de diálo-gos estratégicos com o objectivo de en-volver o sector privado e o sector público num diálogo estratégico com vista a uma análise mais profunda do contributo e do papel do sector privado na transformação de Cabo Verde e debater as oportunidades de negócio que derivam da organização dos sectores estratégicos no formato de clusters.

Sr. Paulino Dias

Sr. José Luis Lopes

Sr. Salvador Varela

Junte-se ao debate nas Redes Socais!

Cont.

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Boletim da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

CCISS efectua a sua primeira Missão Empresarial ao Gana

Projectando-se para ser a Singa-pura de África, o Gana afirma-se cada vez mais como um dos maiores centro eco-nómicos de África. A 18ª edição da Gana Trade Fair, a maior feira do país, reuniu representantes de vários países e é neste momento imperial no desenvolvimento do sector empresarial e económico daquele país. A CCISS esteve presente na fei-ra, nesta que é a primeira missão ao Gana. Nuno Levy, membro do CD da CCISS fez vários encontros com representantes da classe empresarial e do governo, tendo participado como representante oficial de Cabo Verde nas atividades da feira.

Como foi a participação da CCISS, nesta primeira missão ao Gana? Foi extremamente positivo, eles aguardavam há muito tempo a presença de Cabo Verde na feira. Já tinham sido feitos vários convites, especificamente da empre-sa que organiza a feira, a Gana Trade Fair, mas nunca ninguém tinha ido. Foi a 18ª edi-ção, de uma feira que é enorme, onde po-de-se encontrar empresas de vários países como Nigéria, Serra Leoa entre outros.Conseguimos ter contactos com a Câmara de Comércio e industrias do Gana, com a qual iremos assinar um protocolo - memo-rando de entendimento brevemente, com a missão empresarial que irá daqui a um ou dois meses. Tivemos também contacto com a Associação Industrial do Gana. Ac-tualmente o ambiente de negócios naquele país é muito positivo e há muitos investi-mentos directos em instituições bancárias. Eles têm tudo em recursos naturais, des-

de ouro a petróleo, constituindo um mar de oportunidades de investimento. Eles pro-jectam-se como a Singapura de África.

Quais são as bases deste protocolo? Como a partir de agora a CCISS vai fazer parte da gestão da FIC – Feira Internacional de Cabo Verde, o objectivo desse do protocolo é fazer com que em-presários da costa da África participem da nossa feira. Iremos disponibizar um espaço para eles na FIC e o mesmo irá suceder no sentido inverso, isto é, eles nos concederão um espaço na próxima edição da feira do Gana. Nós também vamos aproveitar para trocar experiências no âmbito industrial, já que não temos muitas industrias, e eles têm muito “know how” e recursos para desen-volvimento industrial.

Como descreveria o programa da Mis-são? Tivemos reuniões com as Câma-ras de Comércio, networking com os fei-rantes de vários países, numa feira que é multissectorial. Eles podem nos facilitar o acesso, e a estabelecer contactos com empresas multinacionais, que produzem cacau e derivados, bem como outros pro-dutos. É um potencial mercado de impor-tação, e podem também usar Cabo Verde como ponto de ligação para servir outros mercados, com um preços mais baixos.

Como foi a receptividade das institui-ções Empresariais e do Governo Ganen-se à CCISS? Foi fantástico! Assumiram a nos-sa visita. Dedicaram uma pessoa para me

acompanhar nas reuniões, das Câmaras de Comércio, associações e com represen-tantes das agências de promoção externa da Nigéria e da Serra Leoa. Foi hasteada a bandeira de Cabo Verde, entre as outras bandeiras e convidados para a mesa de honra de abertura da feira, juntamente com o Ministro e o Presidente da Câmara de Co-mércio local.

Que projectos ou parcerias que podem ser exploradas entre a classe empresa-rial dos dois Países e da ECOWAS? Várias áreas. Os nossos associa-dos têm interesse, seja em exportar seus serviços ou importar produtos para embalar e consumir internamente ou talvez mes-mo exportar. Então nesse sentido vamos disponibilizar todos os contactos feitos e conjuntamente na preparação da missão empresarial, que a CCISS irá realizar bre-vemente, para promover o “matchmaking” com as empresas do Gana e desenvolver parcerias.

Dos encontros realizados, qual a sua avaliação do ambiente de negócios e quais as oportunidades de investimento no Gana? Observei um aspecto muito impor-tante. Por onde passas há um serviço finan-ceiro, os bancos estão a “cair” em cima do Gana, o que significa que há dinheiro no país. Na cidade de Acra, capital do Gana, estão a construir estradas, vêm-se prédios em construção, portanto há oportunidades no sector de construção civil, e já existem empresas Cabo–verdianas a operar no Gana. Aliás, foi-nos confirmado pelas câ-maras de comércio e associações indus-triais que o Gana está estável nesse senti-do. Se nós queremos aproximarmos da CEDEAO, temos que começar a ter re-lações com pessoas e empresários locais. É assim que as coisas se iniciam, mas con-vém termos mais momentos de interacção para consolidar os contactos. Eles estão fe-lizes por ter Cabo Verde no campo de seus relacionamentos. Eles aguardam o convite oficial para participar na FIC, houve contac-tos com empresários que estavam presen-tes na feira, nesse sentido e demonstraram interesse. Portanto é uma questão de anun-ciar e mostrar as vantagens que podem ter em vir expor seus serviços na FIC.

Nuno Levy com os representantes da Gana Trade Fair

Entrevista Perfil: Importex Lda. Iniciando as suas actividades em 1994 com uma empresa de vendas, José Mário Lopes, sentiu um rápido crescimento das suas actividades. Em 2001 com a ne-cessidade de fazer Importações e de dividir o património pessoal da empresa criou a Importex. Hoje, a Importex é uma das maio-res empresas de importação e comercia-lização de produtos alimentícios, com 45 funcionários e que opera de forma segura e estável. Apesar da crise global e das dificul-dades do mercado interno, é uma empresa estável, que aproveita das Missões Empre-sariais da CCISS para trilhar os caminhos da internacionalização e apostar em novos mercados e produtos.

Quando é que iniciaram as acti-vidades? Iniciamos as actividades em 1994, mas só em 2001 abrimos oficialmente, quando mudamos o nome da empresa que era de José Mário Lopes para Impor-tex, com a finalidade de dividir o patrimó-nio pessoal do património da empresa. Foi nessa altura que começamos a nossa actividade de importação e hoje temos 45 funcionários. Como foi a entrada da Importex

no mercado nacional e como está hoje? Inicialmente tivemos algumas dificuldades, mas com esforço e dedicação, eu e meus parceiros, conseguimos ultra-passar a fase inicial da imple-mentação. As dificuldades eram de várias formas, desde os for-necedores que ficavam com um pé atrás por não conhecerem a empresa e não queriam dar créditos, com pagamentos que tinham de ser feitos antecipada-mente, precisamente por esta falta de confiança. Entretanto o bom relacionamento com eles serviu para mudar o rumo das coisas. Trabalhando sempre com honestidade, conseguimos transmitir confiança e fidelizar nossos clientes. Que avaliação faz da Importex e como tem sido estar no mercado, com muita concorrência neste sector? Actualmente considero a Importex uma empresa estável, com relações co-merciais muito estreitas com nossos forne-cedores, fazemos pagamentos na hora ou temos a flexibilidade de poder pagar 30 a 60 dias depois.

Há muitas ou-tras empresas con-correntes, outras mais antigas que a Importex, mas dado ao nosso desem-penho, determina-ção e forte atenção aos nossos clientes, conseguimos atingir sempre as nossas expectativas, porque tentamos satisfaze-los ao máximo com os nossos serviços e produtos, o que leva

a empresa a alcançar um

patamar bastante positivo, que é muito gra-tificante para nós. Quais as maiores dificuldades do sector? De uma forma geral são as barrei-ras comuns que existem na procura de pon-tos focais para um bom investimento, no-meadamente a busca de novos productos e parcerias. Mas, a principal dificuldade tem sido a crise financeira mundial. No decorrer desta situação estamos muito atentos para não fugir dos nossos objectivos e periodi-camente saber lidar com as dificuldades, tendo como meta ultrapassar todos os pre-juízos que consequentemente enfrentamos com a crise. Quem tem sido vossos clientes e qual a estratégia utilizada para satisfa-ze-los? Os nossos clientes são pessoas ligadas aos supermercados, mercearias, restaurantes, hotéis, quiosques e bares entre outros. Existem aqueles clientes que são pontuais e há alguns que surgem me-diante as suas necessidades. Nós procu-

José Mário Lopes - Proprietário e Gerente da Importex

Posto de venda a grosso, na sede da Importex em Achada Grande Frente

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ramos sempre dar respostas aos nossos clientes para fornecer uma vaga linha de produtos, tendo em conta as necessidades e a grande procura dos mesmos. Como foi ter percorrido o cami-nho para a internacionalização? Quando iniciamos nossos negó-cios, ainda não tínhamos associado com a CCISS, mas depois que tornamos sócios, sentimos mais conforto e confiantes com uma grande perspectiva que o nosso negó-cio iria melhorar. A Câmara de Comercio de Sotavento desde então tem impulsionado o desenvolvimento dos nossos funcioná-rios através das formações empresariais e missões empresariais. Isso tem sido muito lucrativo para nós e para os nossos fun-cionários, pois torna-os mais capacitados para atender os clientes, dominar as nego-ciações e saber controlar as mercadorias, dando sugestões para um bom funciona-mento da empresa. A CCISS mais uma vez contribuiu para que cada vez mais conse-guíssemos ser conhecidos lá fora e estar mais próximos dos fornece-dores estrangeiros. Que benefícios trouxeram as Missões Em-presariais da CCISS? Trouxeram uma grande mais valia para a Importex e para mim pes-soalmente. A primeira foi em Canárias, depois fomos para Paris (para participar na SIAL) com uma enor-me delegação, com muitos empresários. Ali estabele-cemos alguns contactos de negócios com fornecedores da França. Fomos também numa Missão à Índia, Portugal, Argentina, Turquia e Senegal. Neste último partici-pamos na FIDAK – Feira Internacional de Dakar, que aliás foi a nossa ultima com a CCISS, em Novembro. Participar nas mis-

Cont.

Parte do Armazém, na sede da Importex

Boletim da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

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sões realizadas pela CCISS só trouxe be-nefícios. Esteve em Dakar para opera-cionalizar os contactos estabelecidos durante a FIDAK e estará brevemente à Turquia na sequência da missão feita em Julho de 2013. A seu ver quais são as vantagens em participar de feiras inter-nacionais? Foi uma Feira razoável, tendo em conta as variedades de produtos expostos. Não conseguimos alcançar todos os nos-sos objectivos, mas fizemos alguns con-tactos, que favoreceram para viajarmos de novo a Dakar e dar a continuidade ao pri-meiro encontro. Neste momento estamos a desenvolver alguns negócios com em-presários Senegaleses e de outros países da CEDEAO. Andamos a fazer estudos de prospecção, independentemente de estar-mos centralizados no comércio de géneros alimentares e bebidas, o nosso objectivo é ampliar nossos negócios e alcançar outros sectores, tanto na área de construção civil

como também em transporte marítimo. Já desenvolvemos um mapa de apoio para esses projectos e creio que serão de curto prazo.

Durante a missão a Turquia do ano passa-do cheguei a fazer contactos com algumas empresas e fábricas, pelo que tenho previs-to viajar para Turquia entre os dia 26 ou 27 de Abril, para consolidar esses contactos e fechar negócios com essas empresas. Como sócio da CCISS, quais são as expectativas para este ano 2014? Estamos bastante optimistas e incentivados com essa nova gestão da CCISS, que tem estado a fazer um bom tra-balho. Acredito que o momento é este, de estar sempre em sintonia com as activida-des realizadas e começar a ver os benefí-cios que futuramente a CCISS possa trazer para a nossa empresa. A nossa empresa é associada desde Abril de 2002. Creio que este ano a Importex, em colaboração com a CCISS, poderão avançar e desfrutar o ano com um bom ambiente de negócios. Quais foram as mudanças in-ternas e externas notadas como mem-bro dos órgãos sociais da CCISS e como sócio desde a tomada de posse da nova

equipe de gestão? Considero que essa mu-dança foi muito positivo, porque estou vendo que a Câmara está mais próxima dos seus associados e dos empresários de um modo geral. Em contrapartida, os empresários estão mais abertos para debater as di-ficuldades enfrentadas pela classe empresarial, junta-mente com a CCISS. A insti-tuição tem estado a facilitar a comunicação entre os em-presários e no nosso caso, através da CCISS temos

estado mais próximos dos nossos fornece-dores. O empresário agora tem a possibili-dade de chegar aonde ele pretende ir.

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Propriedade: Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento - CCISSDirecção: CCISS Edição & Paginação: CCISS Colaboradores: Lisia Ramos, Rosindo Cardoso Distribuição: Gratuita Impressão: Tipografia Santos Tiragem: 1000 exemplaresContactos: Av. Oua, nº 39, CP 105 - Achada de Santo António - Praia - Cabo Verde / [email protected] / + 238 261 5352

www.facebook.com/camaracomerciodesotaventocciss.blogs.sapo.cv

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A CCISS recebeu na manhã Ter-ça- Feira, 24 de Março a visita de uma dele-gação empresarial Holandesa com o objec-tivo estreitar o relacionamento comercial, aumentar a rede de contactos entre os dois países, bem como criar divulgar as oportu-

nidades de investimentos existentes em Cabo Ver-de. O Presidente da CCISS Dr. Jorge Spencer Lima, recebeu o Minis-tro do Turismo, Indústria e Energia Sr. Humberto Brito e o Embaixador dos Países Baixos em Cabo Verde, Sr. Pieter Jan Klei-weg de Zwan.“Cabo Verde quer oferecer oportunidades enquanto

País que aposta no sector privado como também no investimento estrangeiro. Apre-sentamos um conjunto de condições no sentido de garantir as oportunidades de in-vestimento ” Afirmou o Ministro de Turismo

e Energia, Humberto Brito. De acordo com o Sr. Spencer Lima, Presidente da CCISS, aproximações como essas são fruto de relacionamentos de confiança e faz com que as empresas nacionais sejam mais produtivas e compe-titivas impulsionando o desenvolvimento do País. O Sr. Embaixador Pieter Jan Klei-weg de Zwan garante que a Holanda tem a oferecer à Cabo Verde o melhor do sector marítimo, da construção, agricultura ,Turis-mo, e tecnologias sustentáveis. “ sendo a Holanda actualmente o quarto parceiro co-mercial de Cabo Verde, estamos aqui para dar o primeiro passo para um relaciona-mento duradouro de parcerias empresariais entre os dois Países”.

CCISS organiza Seminário, “Doing Business in CV” com empresários holandeses

A CCISS em parceria com a Direc-ção das Contribuições e Impostos (DGCI), realizaram uma sessão de esclarecimentos com os operadores económicos da região Sul sobre o Regime Excepcional de Regu-larização de Dívidas e o Código de Benefí-cios Fiscais, no passado dia 18 de Março. O evento foi realizado na sede da Câmara de Comércio, atraindo represen-tantes de várias áreas do sector empresa-rial, com o objectivo de reforçar o diálogo com os operadores económicos, e promo-ver uma relação funcional e de confiança mútua, que consubstancia numa melhoria do ambiente de negócios em Cabo Verde.No decorrer do debate, os operadores ma-nifestaram o desagrado pela forma lhes foi

Sessão de Esclarecimento aos Operadores Económicos dos Diplomas RERD e CBF

comunicado o di-ploma do RERD, por parte da DGCI, alegan-do que houve pouco tempo de divulgação em relação à data de encerramen-to do período de Regulariza-ção de Dividas, pedindo um alargamento do timing para nor-malização das mesmas. Ainda os mesmos re-

clamaram da indisponibilidade da DGCI em fazer encontros de contas, que serviriam para aliviar a tesouraria das empresas e da actualização que é necessária na base de dados, em relação aos registos de dívidas. Em relação ao regime especial do Código de Benefícios Fiscais a Directora Geral da DGCI, Dr.ª Ana Rocha afirmou que tanto os contribuintes com dividas perante a contribuição fiscal como também aqueles têm por receber do Estado serão beneficia-dos. “As dívidas que os contribuintes têm com a DGCI ultrapassa o montante de 7 mil contos e o reembolso do IVA que o Ministé-rio das Finanças tem com os contribuintes ronda os 700 mil contos.” O Presidente da CCISS, Sr. Jorge

Spencer Lima afirmou ser imperial a reali-zação de eventos semelhantes com o intui-to de debater, prestar esclarecimentos e mi-nimizar as preocupações que tem afectado os empresários, por parte da CCISS.“O governo deve tomar medidas anti-crise temporal, adequadas ao momento de crise que o país está vivendo, de modo a auxiliar as empresas. É necessário que o Governo atribua incentivos às empresas, sendo es-tes a base de desenvolvimento económico do país”, salientou Spencer Lima. O Regime Excepcional de Regu-larização das Dívidas foi aprovado pelo Decreto-Lei, em 24 de Setembro de 2013, e tem como objectivo consentir aos con-tribuintes facilidades na regularização da sua situação fiscal. Salienta-se, ainda, que o referido regime é de aplicação temporá-ria e que estará em vigor até o dia 31 de Março de 2014. Já o Código de benefícios fiscais tem como objectivo, racionalizar os incentivos fiscais, estimular à economia e melhorar o ambiente de negócios e a com-petitividade do país. No final, o Presidente da CCISS solicitou a Directora Geral das Contribui-ções e Impostos que transmita os apelos da classe empresarial à Ministra das Finanças, ficando esperançoso de que os problemas referidos pelos empresários sejam ultra-passados.

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