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ideias solta

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Ideias SoltasPoemas, textos e

histórias...

Autores:Anderson Kubiaki

Andreza CasagrandeCaroline SouzaJéssica Perla

Marcelo RutshellThomas Cobain

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Prefácio

O que é um grupo? Uma união de pessoas com algum objetivo em comum, certo? Sim, também. Apenas mais uma definição... Mas um grupo é mais do que isso. Principalmente quando esse grupo “conta” uma história.

O grupo Escritores de Gaveta surgiu como plano de fundo de uma vontade que muitas pessoas anseiam: A de lançar um livro.

Todos os integrantes do Escritores De Gaveta tem algo em comum: Blogueiros, nascidos ou que moram em Guaíba/RS. Alguns já se conheciam da escola, outros se conheceram por algum amigo em comum ou de algum Domingo à beira do Lago Guaíba. Outros se conheceram na internet ou até mesmo através de seus blogs. E outros por fim, antes do grupo, ainda nem se conheciam.

Foi em uma noite do dia 20 de Julho (Coincidentemente ou não; dia do amigo) depois de muitas combinações via internet, que ocorreu a primeira reunião do nosso grupo. Escolheu-se o nome “Escritores de Gaveta” porque nos definimos como

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um grupo de escritores que geralmente escreviam coisas que eram guardadas em nossas gavetas ou na última folha de nossos cadernos. O blog serviu-nos então (acreditamos que pra todo mundo) como uma válvula de escape e uma forma de dar vazão a toda essa nossa criatividade que até então se encontrava aprisionada em nossas gavetas.

Enfim, já com nome definido e o grupo fechado, partimos logo ao livro, que nada mais é do que uma coletânea das nossas melhores postagens dos nossos blogs e também uma pequena publicação de algumas postagens inéditas ainda não publicadas em nossos blogs.

O nosso livro chama-se então “Ideias Soltas”, pois a nossa proposta é justamente essa: Soltar pelo mundo de uma forma irreverente, as nossas angústias, dores de cotovelo, as revoltas de um mundo cada vez mais complicado, as felicidades, alegrias e o prazer de um ombro amigo. Ideias essas que até então se encontravam presas em nossas mentes, blogs ou no fundo bagunçado de alguma gaveta.

Mas isso tudo é apenas o começo... Nossa verdadeira história está começando agora e dessa vez com você, que nesse momento lê as linhas desse livro... Então que tal seguir em frente e folheá-lo à vontade?

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Parte IAnderson Kubiaki.

“Um cara polido levando uma vida lascada.”

Olhando para o céu sem saber o que vai ser de mim se eu não mais me conhecer um dia. Isso tudo e

muito mais afunda minha mente quase sempre, e ai eu desabo e não sei mais o que fazer.

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E a maneira mais simples que eu encontro de me expressar, é escrevendo meus poemas de meia

tigela, que ás vezes eu gosto. A graça de viver esta toda na loucura de deixar o

nosso eu fazer e acontecer. E o amor esta dentro do meu coração e da minha consciência.

Faz-me continuar pela estrada

Tons púrpuros cobrem o céu anunciando o fim do dia e a chegada da noite. O alivio é um sentimento sublime, deixando a mente vazia apenas observando as sensações e as coisas que se movem. São tantas as coisas que se movem a nuvem que passa voando pelas nossas cabeças, as árvores que passam aos vultos pela janela, as pessoas movimentam-se mesmo estando paradas. Tão perto e tão distante adormecidos pelos embalos da estrada, a vida é uma rua de mão única, tem muitas curvas e quebra-molas por a frente, mas o fim

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dessa rua todos conhecem. Pessoas se distraem com as casas e pessoas do outro lado da janela, outros se distraem com o som da música, ligados em alguma estação de rádio. Mesmo lotado de pessoas estamos sozinhos, com nossos pensamentos, nossos sonhos que passam – Por favor, feche a janela um pouco – e não voltam mais. Cada dia um dia diferente em linha reta, curvilínea e constante.

Hoje

Tão longe que eu não podia verTão perto e eu não podia crer

Eu estava com os olhos fechadosSentimentos blindados

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Mas agora está tudo claroQuero você do meu lado

Segura-la nos meus braçosSentimento forte como o aço

Muros

Na quietude dos meus pensamentos, sereno, pleno, tentando entender o que se passa dentro de nós. São simples as lembranças que guardamos, mas totalmente significativas para nós, se não for isso o que será? Ainda não fui até o outro lado de lá.

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Nas esquinas que passei, na cidade suja que andei, sou mais eu do que você. Os muros da cidade me lembram o nosso obstáculo, toda cidade tem seu muro, vergonhoso e pichado, e o nosso está cada vez mais alto, intransponível, o muro que separa o físico do abstrato, o ser do conhecer e o espírito da alma. Um ciclo dentro de outro circulo, percorremos e acabamos no mesmo lugar, volta e meia estamos silenciosos, noites que passam, noites de inverno e verão. Nunca entendi bem se o fim é o recomeço ou se é o “meio” que faz toda a diferença. Desisti, insisti isso é bom, isso é ruim, mas faz parte de mim, uma variável invariável qualquer, muros são feitos para separar o ser humano um do outro, nossos vizinhos poderiam ser da mesma família se não fossem os muros seriamos uma grande e bela família coletiva. Mas muros são feitos também para manter presas pessoas que não queremos nas nossas vidas, muros da cadeia. Esqueça essa ultima alternativa, esse muro entre nós não faz sentido, o alicerce não foi bem construído, podemos derrubar-lo e voltarmos a nos ver.

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Dias de Inverno

Em tempos de inverno o sol reservava-se para alguns bons momentos. As flores orvalhadas da manhã de inverno eram como se fossem cristais. As manhãs frias inundavam as margens com uma neblina que transformava uma paisagem vulgar numa paisagem misteriosa. Eu sei, eu sei que agora acabou, mas invernos assim deixam saudades. Ficam lembranças, promessas e certezas.

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O Palhaço da Praça

Sentado no banco da praça um jovem observava atentamente a paisagem ao seu redor. Viu grandes pássaros voando pelo céu até pousarem sobre as arvores, folhas caiam da velha arvore do meio, folhas secas, sem cor e sem vida. Do outro lado no parquinho havia muita vida, crianças brincavam em balanços já enferrujados e desciam pelos escorregadores azuis, todas as crianças reluziam sorrisos inocentes e puros. Já ao lado do parquinho sentada em um banco largo uma senhora jogava sementes aos pássaros da praça, pobre senhora, aparentemente solitária e triste, esperava paciente o doce descanso eterno da vida, pois ela merecia já estava velha e fatigada. Atrás da senhora estava sentada uma mulher grávida, uma pessoa jovem prestes a gerar um ser mais novo ainda, que teria que amamentar cuidar e educar com amor e carinho, alguns minutos depois chegou um homem aparentemente jovem também, sentou-se do lado da mulher grávida e a beijou, provavelmente era seu marido a parte paterna que faltava naquela linda cena da vida. Em meio a todas essas figuras da praça o mais peculiar era o palhaço que vendia balões ao lado de um chafariz, usava botas maiores que seus pés e tinha o rosto pintado de uma forma melancólica, como se estivesse chorando e não vendera um balão sequer.

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O jovem acompanhava todos desde a hora que chegou à praça, estava sentado sozinho num banco onde tinha uma visão privilegiada da praça, o jovem então teve um momento reflexivo, percebeu que estava acompanhando a ordem da natureza e da vida. Todas as figuras que observou na praça faziam parte da ordem natural das coisas. A mulher grávida e seu marido, as crianças do parquinho, a velha que estava jogando sementes aos pássaros, todos faziam parte de uma cadeia geral da vida, o nascimento, a vivencia e a morte. A única figura que não se encaixava nos pensamentos do jovem era o palhaço que vendia balões - Que cargas d’água têm haver um palhaço no ciclo da vida? - Então ele se deu por conta que o palhaço era a própria figura da vida, que ligava todas as outras três figuras da praça, o palhaço pintado com o rosto triste era exatamente como a vida que, às vezes, nos proporciona momentos de felicidades e outros de tristeza, e os balões que o palhaço vendia eram nossas oportunidades e esperanças que a vida nos oferece. Passado algum tempo o jovem se levanta do banco e caminha até o palhaço que vendia balões, o palhaço sorri para ele com o rosto pintado como gotas de lagrimas, exatamente como a vida quando nos prega peças, o jovem então compra um balão vermelho e sai caminhando tranquilamente pela calçada, pois agora ele sabia que tinha uma grande oportunidade entre seus dedos e acima da sua cabeça.

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Encontro

Às vezes ando não sei por ondeSem destino, sem horas pra chegar

Sem ter a quem encontrarA não ser eu mesmo

Na velocidade em que caminho Não alcanço meus pensamentos

Que viajam em velocidade absurdaMe atropelam, me atrapalho

Tentando concretizar o que me escapaMas não a ele, o fator tempo

Minutos, segundos, fração, horas

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Dias, meses, semanas, anosSuficientes ou não, sufocam

E abrem janelas para outros ventosNorte, Sul, Leste, Oeste

E Abrem espaço para um novo tempoNovos caminhos, novos encontros

E me encontro...

Liberdade

Vi seus olhosE me perdi

Ouvindo sua vozAlgo aqui eu senti

Passa os diasE essa monotonia

Tudo está tão vazioEstou distante de ti

Percebi algo mudouQuando notei

Você voou

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Livre, livre... Agora esta o amor!

#1

A alma do poeta sangra, Mas será só de tristeza essa poesia?

A dor e agonia, O sorriso e a alegria. Cada pessoa é única,

Não há explicação para o sentimento.

#2

Acordei de um sono não dormido. Imagino como seria se você estivesse aqui

Perto do teu olhar, longe de mim.

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Queria ver as suas mãos E um sorriso poder receber.

Trocas de silêncios E num único gesto Mostrar o que sinto.

#3

Perdi-me em pensamentos Olhei tudo ao meu redor.

Tentei te achar, Mas você não estava aqui

De medo pensei Que tudo isso era mentira.

O Pânico da Calvície

Olho no espelho e vejo minha cara de tédio que não me diz nada. O que deixa meus cabelos em pé é a ideia de vir a enlouquecer. Sem mais nem menos passo o dia tentando entender minha mente involuntária, passando a observar a expressão de alguns textos que li, uns mais românticos, romantismo antigo e culto; a expressão textual da agonia e saudade; a amizade medíocre irônica de um amor mal respondido, tudo isso me faz pensar em meus cabelos que estão caindo na folha que escrevo, acho que é hereditário.

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24 de Maio de 2062

Vi homens sorrirem com a morte em seus olhos Antes de agoniarem pedindo o perdão da chama.Pessoas que venceram os seus medos mais profundos Mas não suportaram a ideia de um dia vir a falecerEla que tem o rosto angelical na sua ultima canção Vem te abraçar, com a voz doce e suave gentilmente

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diz: Chegaste tua hora e eu vim te buscar.Não faça dela uma tragédia, pois é só a ordem natural das coisas.A vida é a juventude da imortalidadeOu apenas o pressagio para os seus sonhos mais profundos.

Bitter

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Chocolate amargoAmargo amor.

Sentimento passadoQue no tempo parou.Um sorriso forçado

Que alguém te mandou.Um abraço apertado

Que alguém te roubou.Um pensamento acabado

O sonho terminadoO amargo, o amargo...

Le cœur a ses raisons que la raison ne connaît

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Aperta-nos, sufoca-nosDoloroso prazer

Às vezes vai sem direçãoSeguimos mesmo assimEntre todos os caminhos

Flores e espinhosSem sentido a razão.

A Última Folha

Um simples desenho rabiscado

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Ou bilhetinho do seu bem-amado.Algumas frases importantes

Ou simples anotações irrelevantes.Usada para fazer os temas

Ou para escrever meus poemas.