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Identificação do Estabelecimento · IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino Fundamental e Médio Código: 00174 Endereço : Rua Marechal Deodoro,

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PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

COLÉGIO ESTADUAL VITAL BRASIL

ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

MARINGÁ2006

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IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino Fundamental e Médio

Código: 00174

Endereço : Rua Marechal Deodoro, 865 – zona 07

Telefone/ fax: 44-3227-3314

Município: Maringá - Código: 1530

Dependência Administrativa: _______________________Código: __________

NRE: Maringá - Código: 019

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de autorização do Colégio:

Resolução nº 1379/75 de30/12/1975

Ato de reconhecimento do Colégio:

Resolução nº 2846/81 de 30/12/1981

Ato da renovação do reconhecimento do Colégio:

Resolução nº 1574/03 de 23/06/03

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: nº ___de

___/____/___

Distância do Colégio do NRE: ____________________________________

Localização do Colégio:

( X ) Urbana

( ) Rural – Ilhéus ( )

- Indígena ( )

- Itinerante ( )

- Quilombolas ( )

- Do Campo ( )

Site do Colégio: ______________________________________________________

5

e-mail : [email protected] [email protected]

APRESENTAÇÃO

Na escola pública brasileira, ou pelo menos na maioria dos estados, é

constate a implantação de propostas pedagógicas que demonstrem

preocupação com a efetiva aprendizagem dos alunos essa é, portanto, a

intenção do Projeto Político Pedagógico das escolas públicas do Estado de

Paraná.

Neste projeto o que se pretende é uma educação crítica que proporcione

a transformação social, com ênfase no trabalho coletivo de toda a

comunidade educativa, através de uma postura reflexiva e de respeito à

diversidade.

É importante ressaltar que o fundamental nesta proposta é que ela

realmente se efetive na prática cotidiana de todos os envolvidos com a

escola e que não se torne apenas um documento para atender a

orientação de ordem burocrática.

Ao conceber um a prática de construção coletiva e construída de forma

democrática, o que se pretende com este Projeto Político Pedagógica é

defender a idéia de sucesso escolar de todos os alunos, estimulando a

colaboração e não a competição na busca da qualidade, por meio de

valores éticos e humanistas distanciando-se das concepções neoliberais.

Entende-se a escola pública como a instituição social cuja função básica é

veicular e transformar o saber historicamente produzido nas relações

sociais e portanto, com o dever de considerar e valorizar as variedades, as

práticas culturais e os valores da comunidade do seu entorno. Conforme

Ilma Veiga:

A escola pública ao empreender essa tarefa, precisa perceber-se também

como local de manifestações das contradições sociais e para realmente

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legitimar-se como pública aperfeiçoar seus mecanismos de atuação,

democratizando suas práticas e abrindo-se de efetiva para todos aqueles

que a procuram (1998).

E essa é a meta de toda comunidade do Colégio Estadual Vital Brasil.

1.ORGANOGRAMA

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CONSELHO

ESCOLAR

DIREÇÃO

Conselhode

A.P.M.F.

Secretaria

Técnico Administrati

vo

PROFESSORES

Auxiliar de Serviços Gerais

Auxiliares de Biblioteca

PAISSOCIEDADE

ProfessorPedagogo

Grêmio

N.R.E.

S.E.E.D.

2.ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

Atualmente esta instituição de ensino oferta:

5ª a 8ª - noturno:

- Fundamental – Fase II

- Ensino médio

Segue quadro de turmas e turnos

Manhã 5ª série – 03 turmas

6ª série –02 turmas

7ª série – 02 turmas

8ª série – 4 turmasTarde 5ª série –03 turmas

6ª série – 03 turmas

7ª série - 03 turmas

8ª série – 02 turmasNoite – Educação de Jovens e

Adultos

4ª etapa – 01 turma (em cessação)

e

Matrícula por disciplinas,

abrangendo todas que compõem a

matriz curricular

Total de turmas: 23

Total de alunos: 1000

Diretora: 01

Direção Auxiliar: 01

Secretária: 01

Total de funcionários:19

Total de Pedagogos: 07

Total de Professores:

- lotados neste estabelecimento: 48

- aulas extraordinárias: 11

- aulas de REPR: 03

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Professores com lotação:

Língua Portuguesa:

- Eliane Marina Tirapelle Brasil

- Julcemara Zanineli

- Luciane Aparecida Justini

- Maria Rosvaine Barco Catto

Matemática

- Adriana Martins Schmitt

- Anderson Leandro Zulin

- Fabíola Martins da Silva

- Geni Tulske Herberlin

- Rozangela Lopes de lima

- Vildi Eloiza Piovezani Silva

Ciências

- Ana Gomes de Brito Silva

- Luiz Antonio Fantussi

- Maria Anunciata Albanez

- Roseli Ana Venturini

Geografia

- Cristina Afonso Vieira de Assis

- Maria de Fátima Pereira

- Raquel Pereira Dias

- Valkiria Trindade de Almeida

História

- Cleuza Tavares

- Jocilio Nunes de Albuquerque

- Maria Ângela Garcia

- Mauricio Antonio Dal Molin Filho

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- Neusa Junko Izaki

- Sandra Regina Franch

Educação Física

- Anderson Leandro Zulin

- Luciane Aparecida Lopes Justini

- Márcia Shiratsu

- Mª Alice Farinazzo Medeiros Araújo

- Simone Borges Machado

Educação Artística / Arte

- Antonio Carlos da Silva Lopes

- Eliane Marina Tirapelle Brasil

- Luciane Aparecida Lopes Justini

- Kimie Kanno Ywazaki

- Mara Silvia Ubeda de Castro

- Mirian Lago Silva Neves

Inglês

- Ivan Luiz de Oliveira

- Maria das Graças Gonzáles

- Valter Luiz Mesti

Ensino Religioso

Professores já relacionados

Química

- Eva Rodrigues Xavier

Física

- Professor já relacionado

Biologia

- Araci Rui

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Equipe pedagógica

- Adalgisa silva Rodrigues

- Elza Pereira dos Santos

- Isa Edna Santana

- Nilce Duenhas Sanches

- Selma Maria Garcia Sabaini

- Sueli Regina Lanaro

- Vânia Cristina de Rossi Garcia

Direção geral: - Sandra Lucia Prudencio Santana Garutti

Direção auxiliar: Jocílio Nunes de Albuquerque

3.AMBIENTES PEDAGÓGICOS

- Salas de aula: 11

- Sala de multi-uso: 01

- Sala para Laboratório de Informática: 01

- Biblioteca: 01

- Sala de professor: 01

- Sala para equipe pedagógica: 02

- Refeitório: 01

- Cantina: 01

- Depósito para merenda: 01

-Almoxarifado: 01

-Quadra esportiva descoberta: 03

-Sanitários:

02 masculino (01) e feminino (01) para alunos

02 Direção, professores e funcionários

Recursos tecnológicos para atendimento administrativo/pedagógico:

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- 07 computadores com acesso à internet

- 05 impressoras

- 02 retro –projetores

- 02 mimeógrafos a álcool

- 01 mimeógrafo elétrico à tinta

- 07 televisores

- 07 vídeos cassetes

- 03 micro systems

- 02 microfones

- 02 aparelhos de som

- 02 scanners

- 01 aparelho de fax

- 01 D.V.D

- 01 Xerox

4. DADOS HISTÓRICOS

O Colégio Estadual Vital Brasil localiza-se à rua Marechal Deodoro, 865 –

zona 07, foi criada em fevereiro de 1960, com a nomenclatura de Escola

Normal Regional Noturna para atender os alunos maiores de18 anos no

período noturno. Nesta época funcionava como extensão da Escola

Normal Regional “Eduardo Claparéd”, mas sem um local determinado

para seu funcionamento teve início no Grupo Escolar “Dr. Osvaldo

Cruz”,cedida pela direção 03 sala de aula à noite.

Em 15 de junho de 1960 foi indicada para Direção da Escolar Normal

Regional Noturna a professora France Luz Portaria 8297/90 e como

Secretária a professora Orieta Luz

Em 1961 houve mudança na nomenclatura, passando a denominar-se

Escola Normal Regional Noturna Vital Brasil. A escolha do nome Vital Brasil

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foi determinado por Curitiba passando a funcionar no Grupo Escolar

Visconde de Nácar.

No ano de 1962, a Escola Normal Regional Vital Brasil passou a funcionar

nas salas recém construídas pelo Instituto Filadélfia mudando assim sua

denominação Escola Normal Ginasial Vital Brasil.

No ano de 1963 a escola perdeu o espaço físico tendo que procurar outro

estabelecimento oficial para o funcionamento da escola. Após muita

insistência e empenho a diretora France Luz conseguiu o espaço físico

definitivamente a rua Marechal Deodoro, zona 07, no prédio do Grupo

Escolar Neo Alves Martins, onde funcionava a Escola Normal Secundária

Amaral Fontoura no período diurno.

Neste mesmo ano a escola contava com 10 turmas a mais no período

noturno havendo uma grande procura de vagas assim foi autorizado o

funcionamento de uma extensão no Grupo Escolar Ayrton Plaisant. Ainda

em 1963 formou-se a primeira turma da Escola Normal Ginasial Vital

Brasil.

A partir de 1967 com a saída da Escola Normal Secundária Amaral

Fontoura, a escola passou a funcionar nos 03 períodos: manhã, tarde e

noite. No final deste ano formava-se a quinta e última turma de Regentes

de Ensino, num total de 70 professores regionalistas. Com a extinção da

Escola Normal Secundária Amaral Fontoura, a Escola Normal Ginasial

passou a denominar-se Ginásio Estadual Vital Brasil.

Com a implantação da reforma do ensino de 1º grau lei 5692/71, em 1975

a escola passou a denominar-se Escola Estadual Vital Brasil – Ensino de 1º

grau pois atendia alunos de 5ª a 8ª série.

No final do ano de 1984 através da Resolução 8495 foi autorizado o

funcionamento do Ensino Supletivo Fase II, assim a escola passou a

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denominar-se Escola Estadual Vital Brasil Ensino de 1º grau Regular e

Supletivo o reconhecimento do Curso Supletivo foi no ano de 1986,

através Resolução 4969.

Com aprovação da Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional (LDB)

– 9394/96, a Escola passou a denominar-se Escola Estadual Vital Brasil –

Ensino Fundamental.

Em 1999 através da Resolução 765/99 foi autorizado o funcionamento do

Ensino Médio Supletivo, no período noturno, mudando novamente de

nomenclatura passando a denominar-se Colégio Estadual Vital Brasil –

Ensino Fundamental e Médio. O Reconhecimento do Curso aconteceu em

2000 através da Resolução 3434, e em 2001 a terminologia Ensino

Supletivo é substituída por Educação de Jovens e Adultos, atual

denominação.

5. DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO

ESTADO,

DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA.

O Brasil no final do século XX e início do século XXI ainda apresenta

muitos problemas de raízes históricas. Convivemos ainda com muitos

conflitos: a questão da terra, a péssima distribuição de renda, a fome, a

modernização e a globalização da economia, a cidadania e a questão da

educação, pois entramos no século XXI ainda com milhões de analfabetos.

Mas tudo isso vem mudando a cada dia. A educação no Brasil começa a

avançar de forma satisfatória através das políticas e do esforço da

comunidade em geral, este avanço tem repercutido num salto no número

de matrículas no ensino fundamental que repercute também no ensino

médio. O problema que se mantêm em nosso país ainda é a qualidade e a

conquista da aprendizagem para todos. Conseguimos universalizar o

acesso, e agora a escola assume o papel de ensinar as ferramentas para

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que o aluno possa acessar e processar informação e conhecimento,

assumindo também o compromisso com o aprendizado dessas crianças e

ainda, com a redução das desigualdades sociais.

O nosso Estado contribui muito para isso, pois estamos em quinto lugar

em importância econômica entre todos os estados brasileiros. As

diferentes características físicas e climáticas do Paraná propiciam a

existência de atividades agrícolas diversificadas em seu grau de

desenvolvimento econômico, permitindo a utilização de avançadas

técnicas agrícolas, que se traduzem nos mais altos índices de

produtividades do país.

Diante disso, o município de Maringá se consolida como um importante

pólo regional com pouco mais de 50 anos, possui uma população de

288.465(IBGE 2000). Atualmente é a terceira maior cidade do Paraná e o

66º município mais populoso do país, cidade constituída de diversas etnias

que forma um meio cultural múltiplo. Destacamos aqui também a

educação como uma responsabilidade de cada cidadão maringaense. Tem-

se como princípio que a educação é dever do Estado, mas isso não faz

com que a sociedade civil maringaense caia no imobilismo. Há uma

grande conscientização de que ela é dever de todos os envolvidos na

comunidade escolar.

Surge uma sociedade civil emergente, sobretudo em nível municipal, que

se realiza através de parcerias com empresas, pessoas físicas,

despontando como pólo educacional. O município de Maringá já conta com

cerca de dez Instituições de Ensino Superior, além de uma Universidade

Estadual e inúmeros cursos preparatórios para Magistratura, Ministério

Público e vestibulares.

O Colégio Estadual Vital Brasil situa-se na zona sete de Maringá em um

dos bairros mais populosos da cidade em cujo entorno encontram-se

shoppings, Universidades, centros educacionais, diversos

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estabelecimentos comerciais, Vila Olímpica, entre outros. É, portanto, um

bairro de classe média muito importante na dinâmica municipal. No geral,

a comunidade escolar atendida por este estabelecimento de ensino

provém deste bairro e de outros bairros e municípios.

6. PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DO

COLÉGIO

6.1 DIREÇÃO

A Direção responde pela administração da escola. Sua função principal é

pôr em ação, de forma íntegra e articulada, todos os elementos do

processo organizacional, envolvendo atividades de mobilização, liderança,

motivação, comunicação e coordenação com base em decisões tomadas

coletivamente.

A Direção é exercida pelo Diretor escolhido dentre os ocupantes de cargos

vinculados ao magistério da rede pública estadual, de acordo com a

legislação por meio de processo de eleição democrática.

À Equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de

ensino definidos na Proposta Pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a

ser desenvolvida pelo Estabelecimento. A Equipe de Direção é composta

por Diretor e Diretor Auxiliar, com designação por ato próprio.

O diretor exercerá a função de liderança na escola, com base no modelo

participativo, e deverá ser capaz de dividir o poder de decisão dos

assuntos escolares com toda a equipe, criando e estimulando a

participação de todos, o que requer um profissional que possua:

- comunicação;

- ética;

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- capacidade de reunir, analisar e socializar informações;

- acessibilidade;

- capacidade de construção de cadeias de relacionamentos;

- compromisso;

- capacidade de administração de conflitos;

- capacidade de desenvolvimento de trabalho coletivo.

- implementar o Projeto Político Pedagógico da escola

- convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do

Plano Anual de Trabalho do estabelecimento, submetendo-o à

apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

- coordenar a elaboração dos planos de aplicação financeira em conjunto

com os colegiados e posteriormente fazer a prestação de contas;

- elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes

específicas de administração deste estabelecimento, em consonância

com as normas e orientações gerais da Secretaria de Estado da

Educação;

- coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas,

procedimentos e medidas administrativas, de acordo com instruções da

Secretaria de Estado da Educação;

- supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e

pedagógico do estabelecimento;

- coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar;

- deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação;

- abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo

das práticas escolares;

- implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento

das responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo do

Estabelecimento de Ensino;

- coordenar toda a equipe escolar, tendo em vista o cumprimento dos

objetivos propostos para a EJA.

- coordenar a equipe pedagógica (diretor auxiliar, coordenadores,

professores pedagogos e professores) para a elaboração e

implementação do plano de trabalho;

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- administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a

estimular a participação desses serviços nos processos decisórios da

escola;

- negociar, com competência, para harmonizar interesses divergentes,

levando em conta as necessidades de todos os envolvidos direta ou

indiretamente;

- solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento de demanda de

funcionários e professores do estabelecimento, observando a legislação

vigente;

- administrar os recursos financeiros;

- velar pela freqüência de professores e funcionários;

6.2 SECRETARIA E APOIO ADMINISTRATIVO

A secretaria é o setor que tem a seu encargo todo registro de escrituração

escolar e correspondência do Estabelecimento de Ensino, sendo

coordenado e supervisionado pela direção, ficando a ela subordinado.

O cargo de Secretário(a) será exercido por um profissional devidamente

qualificado para o exercício desta função, indicado pelo Diretor do

estabelecimento de acordo com a legislação Vicente.

O Secretário será auxiliado por funcionários do quadro de apoio

administrativo tantos quantos permitidos pela mantenedora.

Cabe ao secretário (a):

- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus

auxiliares;

- organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,

ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

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- organizar o arquivo e registro de alunos de maneira que possa verificar

em qualquer época sua regularidade e sua autenticidade;

- coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à

matrícula, transferência, adaptação e conclusão de curso;

- participar das reuniões, curso, seminários e outros eventos para seu

aprimoramento;

- elaborar processos e relatórios a serem encaminhados aos órgãos

competentes;

6.3 EQUIPE PEDAGÓGICA

O professor pedagogo é a pessoa responsável pela integração,

articulação, monitoramento e auxílio permanente da prática pedagógica

dos professores, mediante procedimentos de reflexão e investigação que

visem à melhoria da aprendizagem, considerando o perfil dos educandos

jovens e adultos.

O Professor Pedagogo deve buscar a efetivação do currículo escolar, num

processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos demais

profissionais envolvidos, o desenvolvimento de um trabalho coletivo,

envolvendo toda a equipe pedagógica (pedagogos, coordenadores de

ações pedagógicas), para planejar, implementar e avaliar programa de

Formação Continuada para os docentes, a partir das necessidades

pedagógicas apresentadas.

Deverá proporcionar aos educandos juntamente com os docentes, reflexão

sobre a realidade social na qual estão inseridos, de tal forma que

compreendam os limites e possibilidades existentes, favorecendo-lhes

assim, o pleno desenvolvimento.

Cabe ao Professor Pedagogo:

- discutir com toda equipe pedagógica, alternativas de trabalho, que

motivem os educandos durante o seu processo escolar;

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- planejar alternativas de trabalho a partir de indicadores educacionais

(evasão, repetência, transferências expedidas e recebidas e outros);

- subsidiar na elaboração de plano de trabalho e ensino, a partir de

diagnóstico estabelecido;

- acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos

planos de trabalho;

- buscar aprimoramento profissional constante, seja nas oportunidades

oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento ou por iniciativa

própria;

- coordenar estudos para definição de apoio aos educandos que

apresentem dificuldade de aprendizagem, para que a escola ofereça

todas as alternativas possíveis de atendimento;

- coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à

matrícula, transferência, classificação e reclassificação, aproveitamento

de estudos e conclusão de cursos;

- participar de análise e discussão dos critérios de avaliação e suas

conseqüências no desempenho dos educandos;

- promover a participação do Estabelecimento de Ensino nas atividades

comunitárias;

- pesquisar e investigar a realidade concreta do educando

historicamente situado, oferecendo suporte ao trabalho permanente do

currículo escolar;

- integrar a presidência do Conselho Escolar, em caso da ausência do

Diretor, se não houver Diretor Auxiliar.

- coordenar reuniões sistemáticas de estudos junto à equipe;

- subsidiar a Direção, com critérios, para definição do Calendário Escolar,

de acordo com as orientações do NRE;

- analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos

de recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;

- participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, encontros e

grupos de estudos;

- coordenar a elaboração e execução da Proposta Pedagógica da escola;

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- acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos professores e

educandos, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem e

traçar planos de recuperação;

- organizar, acompanhar e validar a Avaliação de Apropriação de

Conteúdos por

Disciplina – na EJA ;

- Participar da Avaliação Institucional conforme orientação da

mantenedora.

6.4 DOCENTES

Discorrer acerca do papel, da função, do professor na sociedade hodierna

requer fazer uma retrospectiva da mesma ao longo dos anos, até para

compreender o porquê de alguns conflitos com que o professor se depara

hoje em sua ação pedagógica.

No século XVII, com o monopólio jesuítico, a Escola Tradicional, permeou a

Educação, fazendo parte da vertente católica até 1759, e de maneira um

pouco mais discreta até 1930. A ação do professor era altamente

autoritária, sendo ele o centro do processo, detentor do poder e do

conhecimento. Ao aluno cabia receber os conteúdos sem questionar

jamais. Tendo como característica a filosofia humanística tradicional,

utilizava-se do inatismo, e o diálogo entre professor e aluno se mantinha

apenas à aplicação do conhecimento científico.

Em decorrência desse processo a Escola Tradicional recebeu algumas

críticas. Segundo Saviani (1991), evidenciou por demasia a classe

dominante visto que apenas esta tinha acesso à escola A classe proletária

não conseguia ingressar nos bancos escolares e os que o faziam não se

ajustavam ao padrão imposto.

Surgiu na década de 1930 outra pedagogia da educação, a Escola Nova,

tentando restaurar os erros cometidos pela Escola Tradicional. Seu

21

principal objetivo era a equalização social, segundo a qual todos deveriam

ter acesso à escola.

O papel do professor nessa escola era o de facilitador da aprendizagem,

onde inversamente à Escola Tradicional, tinha a função de proporcionar ao

aluno a motivação para o processo educacional, estabelecendo o foco

principal no próprio aluno.Tendo como representante teórico Piaget, a

psicologia construtivista permeava tal processo, cabendo ao professor

estabelecer situações que favorecessem a descoberta do conhecimento

pelo aluno. A ênfase no método era a individualização, a liberdade e a

espontaneidade.

Porém, Saviani (op.cit.) nos coloca que a Escola Nova recebeu críticas por

ser uma pedagogia pseudo-científica”, deixando um pouco de lado o

conteúdo científico. O professor, por estar envolvido no método,

proporcionou um afrouxamento da disciplina. Para o mesmo autor, o

marginalizado aqui era o excluído. Mas, a aplicabilidade da Escola Nova foi

muito difícil, pois apesar de uma proposta de incluir todos à educação,

separou ainda mais a elite do proletariado, cabendo o acesso à educação

a população com maior poder aquisitivo, já que as escolas necessitavam

de ricos recursos didáticos e, para freqüentá-la era preciso fazer parte da

elite.

Já em meados da década de 1960 e 1970, o Tecnicismo chegou ao Brasil

com intuito de proporcionar ao aluno condições para ingressar no mercado

de trabalho, para atender às necessidades econômicas da época. O

professor aqui era apenas um elo entre o conhecimento científico e o

aluno. Não prevalecia uma interação de diálogo, o objetivo era

proporcionar conteúdos objetivos para um bom desempenho posterior no

mercado de trabalho, sendo este com produtividade e eficiência.

O aspecto pedagógico desviou-se, segundo o mesmo autor, pois a

preocupação com o sistema fabril, a educação pregada pelo método

tornou-se muito objetiva quanto ao aspecto do condicionamento pregado

22

por Skinner. O aluno era condicionado, cabendo ao professor a exposição

de métodos prontos.

Em meados da década de 1970, surgiu no Brasil as Teorias Crítico

Reprodutivistas que não possuíam pedagogia, pois o aspecto

reprodutivista da escola impediam que ela fosse diferente.

Sforni (2004) coloca que hoje o professor deve ser um mediador dentro

desta perspectiva e acrescenta que os conhecimentos empíricos do aluno

devem ser levados em consideração, sua realidade de vida, seus

conhecimentos valorizados pela escola. Através da narrativa, o professor

deve criar diálogos ao levantar questões pertinentes ao conteúdo proposto

até se chegar a aprendizagem efetiva do conceito.

De acordo com as necessidades de nossa escola, acreditamos que a

tendência Histórico-crítica é a que vai ao encontro da aspiração da nossa

comunidade escolar. Esta tem como objetivo os conhecimentos históricos

e socialmente acumulados por todos os participantes do processo de

ensino, além de proporcionar os conhecimentos científicos universais.

Advogamos a participação de todos os membros da comunidade escolar

para uma educação igualitária, tendo como ideal uma pedagogia

proporcionadora de atividades democráticas, onde raça, cultura e

identidade social não devem fazer a diferença.

Diante do exposto, fica evidenciado o papel do professor, de acordo com o

coletivo deste estabelecimento de ensino, qual seja: contribuir na

formação de um cidadão crítico, pensante, conhecedor dos saberes

universais acumulados historicamente pela sociedade além de:

- definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das

Diretrizes Curriculares Nacionais, das Diretrizes Curriculares Estaduais

conforme modalidade de atuação e da Proposta Pedagógica deste

Estabelecimento de Ensino;

23

- conhecer o perfil dos educandos (idade, ocupação, nível sócio-

econômico, expectativas, hábitos de estudo);

- utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos

disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de

ensino, que respeite o processo de ensino-aprendizagem de cada

jovem, adulto e idoso;

- organizar os conteúdos a serem abordados de forma interdisciplinar;

- estabelecer um processo de avaliação, a respeito do desempenho dos

educandos, tendo como princípio o acompanhamento contínuo da

aprendizagem;

- analisar sistematicamente o resultado do desempenho do educando,

obtido no processo de avaliação, para fins de planejamento;

- realizar a recuperação de conteúdos concomitante ao processo ensino-

aprendizagem;

- utilizar as tecnologias de informação e comunicação disponíveis;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com educandos, pais e com os diversos segmentos da

comunidade;

- realizar processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da

escola, tendo em vista uma avaliação reflexiva sobre o processo ensino

e aprendizagem;

- participar da realização de atividades extracurriculares do

estabelecimento de ensino;

- utilizar técnicas e instrumentos diversificados de avaliação;

- organizar, acompanhar e validar a Avaliação de Apropriação de

Conteúdos por Disciplina; (EJA);

- executar a Avaliação Institucional conforme orientação da

mantenedora.

Aos docentes que atuam na EJA cabe também:

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- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme

orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de

EJA e da proposta pedagógica deste Estabelecimento Escolar.

- Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.

- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-

pedagógicos disponíveis, tornando-os meios para implementar

uma metodologia de ensino que respeite o processo de aquisição

do conhecimento de cada educando .

- Organizar, acompanhar e validar a Avaliação da Apropriação de

Conteúdos por Disciplina

- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da

mantenedora.

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede

e nas ações pedagógicas descentralizadas a partir de 2007. Deverá atuar

em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e

individuais.

7. PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS

Filosofia, conforme a raiz etimológica filosofia (filein= amar / sophia=

sabedoria), significa amor pela sabedoria (Stabel, 2005).

Para Kants, 1974 (In texto seletos p.100)

“… a filosofia é fundamental, uma atitude de posicionamento

frente ao mundo a verdadeira filosofia não é a que se

aprende, mas a que se faz. É aquela que parte do que existe,

critica, coloca em dúvida, faz perguntas inoportunas, abre a

porta das possibilidades, faz-nos entrever outros mundos e

outros modos de compreender a vida, levanta dúvidas e

exige de cada um posicionamento em relação ao mundo e as

coisas”.

25

O mundo altamente tecnológico em que o homem está inserido leva-o a

uma busca incansável do saber. Para a aquisição desse saber, o pensar e o

indagar devem estar presentes no desejo pelo conhecimento.

7.1 FILOSOFIA DA ESCOLA

O exercício da reflexão e a introspecção fazem do homem um ser mais

cauteloso, mais comedido e menos agressivo. O pensar sobre a natureza

humana, a missão que cada um deve desempenhar e o questionamento

sobre o porquê das coisas, dos acontecimentos moldam um cidadão

melhor. Esta é a essência da filosofia desta escola, ou seja, estimular o

pensamento reflexivo em vista da função que a sociedade incumbiu à

mesma.

A principal função de toda escola é formar cidadãos críticos, participativos

e responsáveis por meio de uma educação de valores de acordo com a

sociedade em que estão inseridos. Desse modo, aprender a ser cidadão é,

entre outras coisas, aprender a agir com respeito, solidariedade,

responsabilidade, justiça e não violência. Utilizar o diálogo nas mais

diferentes situações, saber ouvir e comprometer-se com os

acontecimentos da vida comunitária, da região, do estado e do país,

comprometer-se com a preservação do meio ambiente, com o respeito à

diversidade de etnias, às diferenças individuais, são ações que refletem a

filosofia advogada por este estabelecimento de ensino e que devem ser

exercitadas cotidianamente nesta escola.

8. OBJETIVOS

26

• Garantir aos alunos apropriação do conhecimento produzido

historicamente pela humanidade viabilizando o acesso à produção

cultural (científica, tecnológica, jurídica, ética, estética, econômica e

política) sem relegar as experiências de vida e a realidade social

daqueles a quem deve educar;

• Promover igualdade e oportunidades ao acesso e permanência do

aluno na escola, sendo vedada qualquer forma de discriminação e

segregação, assegurando a qualidade do processo

ensino/aprendizagem.

• Propiciar aos alunos maior compreensão do contexto histórico atual,

possibilitando-lhes elevar o nível de consciência crítica para que

possam refletir e atuar de forma consciente e competente na

sociedade em que vivem.

• Compreender o trabalho escolar como construção coletiva.

• Desenvolver estratégias para efetivação de um ensino democrático

e de qualidade, atendendo a todos os alunos.

• Estabelecer propostas de ações para melhor organizar as atividades

a serem desenvolvidas pelo coletivo escolar.

• Tornar pública as ações de cada colegiado escolar.

• Participar ativamente dos colegiados do colégio propondo ações que

visem à melhoria da qualidade do ensino.

• Promover e efetivar a construção de projetos que se integrem

(articulem ) ao Projeto nuclear que consta neste Projeto Político

Pedagógico.

• Dinamizar a participação construtiva do aluno no processo de

aprendizagem.

• Propiciar aos alunos situações que desenvolvam a cooperação, a

participação, a co-responsabilidade e que se amplie a compreensão

das relações sociais que caracteriza a escola e sociedade.

• Buscar alternativas na tentativa de reduzir a reprovação e a evasão

escolar, sem diminuir o saber acumulado .

27

• Defender a avaliação como verificação e acompanhamento do saber

reelaborado e produzido, privilegiando a criatividade dos alunos e

não como processo classificatório dos resultados de ensino.

• Resgatar o estímulo da família com relação à aprendizagem e à

educação dos filhos.

• Fazer recuperação paralela de conteúdos no decorrer do ano letivo.

• Promover atividades cívicas, culturais e esportivas com a

participação de todos os alunos.

• Formar grupos de estudos entre os professores, promovendo a

formação continuada.

• Organizar com os alunos, gincanas, debates, concursos de poesias,

cantos, paródias e outras atividades culturais

• Avaliar continuamente os alunos, em todas as suas atividades

escolares e extra-escolares, possibilitando aos mesmos acompanhar

seu crescimento.

• Promover encontros com os pais para tratar de diferentes assuntos,

conseguindo assim um maior envolvimento dos mesmos com

relação à educação escolar

• Organizar salas ambientes na escola assegurando espaço

organizado por disciplina, possibilitando o desenvolvimento de

metodologias mais interessantes e diversificadas.

• Utilizar diariamente e sistematicamente a agenda escolar anual do

aluno, como forma de comunicação escola – família, promovendo o

intercâmbio de informação

9. PERFIL DD COMUNIDADE ESCOLAR

9.1 ALUNOS

Devido à diversidade sócio-econômica dos alunos, foi realizada uma

pesquisa (anexo 1) em que se detectou com maior segurança o perfil dos

28

educandos que estudam neste estabelecimento de ensino, conforme

dados abaixo:

• 80% aproximadamente estudam para se tornarem cidadãos

atuantes na sociedade; 15% aproximadamente justificam que

estudam porque gostam; 11% aproximadamente alegam que

estudam para obter certificados; 7% para progressão e 4%

aproximadamente por imposição familiar;

• 99% aproximadamente julgam que a Instituição Escolar é

importante para seu futuro;

• 63% aproximadamente não freqüentam cursos paralelos;

• 60% aproximadamente residem distantes desta Instituição de

Ensino;

• Dos 431 alunos que residem distante da escola,74%

aproximadamente utilizam transporte coletivo; dos 716 alunos, 35%

utilizam-se de transporte particular e 26% não necessitam de meio

de transporte;

76% aproximadamente residem com a família nuclear (pai, mãe e irmãos).

9.2 PAIS

Tendo em vista a necessidade de re-elaboração do Projeto Político

Pedagógico deste estabelecimento de ensino foi realizada uma pesquisa

com os pais (anexo 2) com o objetivo de coletar o grau de satisfação dos

mesmos em relação ao processo de ensino ofertado por este

estabelecimento.

Ficou evidenciado que muitos pais de nossos alunos economicamente

apresentam boa renda mensal. Muitos têm curso superior com pós

graduação, mas a grande maioria tem renda entre 2 e 4 salários mínimos

e até o ensino médio. Estes pais optaram pelo colégio tendo em vista o

bom processo de ensino aqui ofertado.

29

Os pais avaliaram os profissionais e demonstraram grande satisfação

tanto em relação aos professores como também elogiaram a direção,

secretaria e demais s funcionários.

Concordam com a continuidade da inclusão de educando com

necessidades especiais em nosso estabelecimento de ensino, visto que a

educação se faz necessária contemplando a formação humana,

valorizando o educando como pessoa.

O Colégio Estadual Vital Brasil é uma escola que oferta uma educação

dinâmica e criativa, e os pais confiam em toda equipe docente e

administrativa do colégio.

9.3 PROFESSORES

A maioria dos professores que atua neste estabelecimento de ensino

possui pós- graduação lato sensu. Eles são profissionais comprometidos

com a aprendizagem dos alunos, atendem prontamente às solicitações da

equipe diretiva e pedagógica, não medindo esforços para tornar suas

aulas atrativas, cativando, assim, os alunos.

Oitenta por cento (80%) são professores QPMs fixados no colégio, o que

contribui para a manutenção do compromisso com a qualidade do ensino

dispensado aos alunos, servindo de modelo, de incentivo, aos professores

recém chegados . Alguns desses professores moram nas imediações do

colégio, contudo a grande maioria vem ao colégio de carro próprio.

9.4 EQUIPE PEDAGÓGICA

O trabalho do pedagogo neste colégio prima-se pelo pronto atendimento

às solicitações da equipe diretiva. Dá suporte aos professores, conduz

juntamente com a direção as reuniões pedagógicas, conselhos de classe,

propõe alternativas visando à aprendizagem do aluno.

30

É uma equipe que procura auxiliar os professores no tocante à busca de

leitura e reflexão sobre a educação de um modo geral e os problemas que

emergem no cotidiano da escola.

9.5 FUNCIONÁRIOS

Neste estabelecimento de ensino, os profissionais da educação que dão

suporte externo ao bom desempenho do ensino e aprendizagem são

também educadores por contribuírem na formação do alunado que estuda

neste colégio. São pessoas educadas, solícitas e prontas a atender a

comunidade escolar com simpatia e educação.

10. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

10.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÂO

Falar de concepção de sociedade, de homem, de educação, de

conhecimento e de ensino-aprendizagem requer uma reflexão sobre

marcos filosóficos, sobre correntes e teorias pedagógicas, e

principalmente, sobre forças políticas que engendram conflitos sociais. A

noção de sociedade emerge dos acordos, das crenças, dos valores e das

relações sociais que grupos elegem entre si como necessários para a

convivência pacífica entre seus membros. Essa é, a priori, o nascedouro de

uma sociedade.

Hoje, porém, percebe-se que forças exógenas atuam mais fortemente

sobre os alicerces das sociedades fazendo com que seus membros vão aos

poucos perdendo suas identidades nacionais. De uma identidade fixa e

estável, própria do homem do Iluminismo (séc.XVII – XVIII) observa-se hoje

31

uma sociedade moderna, caminhando para a pós-modernidade de cujos

sintomas mais característicos são: consumismo exacerbado, corrupção da

alma, angústia pessoal, insegurança, ausência de valores morais e éticos

entre outros. Essa personalidade individualista, narcisista e materialista

decorrente de tais sintomas está despojando o homem de sua

espiritualidade e de seu humanismo.

O desenvolvimento da alta tecnologia produtiva e utilitarista aliado ao

apelo desenfreado da mídia em prol do consumismo vem gerando no

homem uma busca pela satisfação de suas necessidades físicas e sociais

como fim último de sua existência. Desse modo, o homem do século XXI

vem crescendo tecnologicamente, porém esse crescimento vem

acompanhado de uma regressão de valores éticos e morais. Sobre isto é

importante destacar a fala profética dita no início do século XX, por Moisés

Santiago Bertoni, sábio naturalista humanista de descendência suíço-

paraguaio:

Todo progresso material, que não responda ou não vá

acompanhado de um ideal de vida, é estéril para o verdadeiro

progresso da humanidade, quando não nocivo... A moral é

essencial a uma civilização. Está no altruísmo, todas as

escolas que admitiram o egoísmo fracassaram, bem como, as

nações. Encadeamento fatal: egoísmo – violência - riqueza –

decadência.

Nas discussões e práticas pedagógicas desenvolvidas pelos profissionais

de educação neste estabelecimento de ensino fica evidenciada que a

concepção de educação vai além de uma apropriação crítica e seletiva de

conceitos científicos básicos para fundamentar-se em uma concepção

humanística, de resgate de valores morais, éticos, mas também que

estimule a luta a favor da transformação de condições de dominação e

opressão pela via do conhecimento.

32

10.2 CONCEPÇÃO DE ENSINO –APRENDIZAGEM

Conceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito

implica desvalorizar o papel determinante da interação no contexto social

e particularmente na escola. Ao contrário, situações comunicativas, nas

quais os alunos e professores atuam como co-responsáveis são decisivas

para o êxito do processo ensino e aprendizagem.

A abordagem sócio-interacionista levanta questões relativas ao

desenvolvimento individual, coletivo e o papel da interação social na

formação de um cidadão. Nesse processo de desenvolvimento, a

aprendizagem de conhecimentos historicamente acumulados pela

sociedade abre possibilidades para a re-elaboração e construção de novos

conhecimentos. Daí a importância das interações desafiadoras entre

alunos e destes com parceiros experientes, professores, pais e outros

agentes educativos.

Uma aprendizagem significativa implica sempre alguma ousadia diante de

um problema para cuja solução o aluno precisa elaborar hipóteses e

colocá-las em prática. Fatores e processos afetivos, motivacionais e

relacionais são importantes nesse momento. Os conhecimentos

absorvidos na história pessoal da família têm um papel determinante na

expectativa que o aluno tem em relação à escola, aos conteúdos

trabalhados pelo professor e de si mesmo, suas motivações, interesses,

auto conceitos e auto-estima. Assim, os significados construídos pelo

aluno estão destinados a serem re-elaborados e mesmo substituídos por

outros no transcurso de sua vida escolar e pessoal também. È

fundamental, portanto, que a intervenção educativa escolar propicie

situações desafiadoras que levem a aprendizagens significativas.

No decorrer da História humana, foram criadas ciências e essas formam,

hoje, um conjunto de saberes seccionados em disciplinas tidas como

indispensáveis para entender o mundo e a sociedade, devendo ser

33

transmitidas aos mais jovens através da linguagem e em local específico.

Assim, a escola aos poucos tornou-se o espaço principal da transmissão de

saberes fundamentais àquela sociedade sendo que toda criança jovem,

adulto e idoso têm o direito garantido pela constituição a esses

conhecimentos enquanto ser humano herdeiro das gerações anteriores.

O que o grupo dos profissionais da educação deste colégio aponta como

possibilidade de trabalho com os alunos tendo o compromisso com uma

maior qualidade é a de fazer com que o aluno se aproprie dos

conhecimentos, consiga construir relações com os diferentes tipos de

linguagens e saberes relacionando-se com o outro e com o mundo. Para

isso é fundamental valorizar todas as formas de saberes que fazem parte

do patrimônio humano. Essa proposta de trabalho será viabilizada por

meio do envolvimento de toda a comunidade escolar.

10.3 CONCEPÇÂO DE CURRÍCULO – DE ENSINO – DE

APRENDIZAGEM

Para que a aprendizagem significativa realmente aconteça o professor

deve ter propostas claras sobre o que, quando e como ensinar e avaliar,

afim de possibilitar o planejamento de atividades de ensino para a

aprendizagem de maneira adequada e coerente com seus objetivos. É a

partir dessas determinações que o professor elabora a programação diária

da sala de aula e organiza sua intervenção de maneira a propor situações

de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos. Em

síntese, não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas sim o

ensino que deve potencializar a aprendizagem.

A conquista dos objetivos propostos para o ensino fundamental depende

de uma prática educativa que tenha como eixo a formação de um cidadão

autônomo e participativo. Nessa medida as orientações didáticas são

subsídios à reflexão sobre como ensinar.

34

10.4 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação neste estabelecimento de ensino acontece contínua e

sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do conhecimento

construído pelo aluno. Possibilita conhecer o quanto ele se aproxima ou

não da expectativa de aprendizagem que o professor tem em

determinados momentos da escolaridade em função da intervenção

pedagógica. Portanto, a avaliação das aprendizagens só pode acontecer se

for relacionada com as oportunidades oferecidas, isto é analisando a

adequação das situações didáticas propostas aos conhecimentos prévios

dos alunos e aos desafios que estão em condições de enfrentar.

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão

contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de

trabalho e a tomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou

reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem

individual ou de todo grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de

consciência e suas conquista, dificuldades e possibilidades para

reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola,

possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações

educacionais demandam maior apoio.

Tomar a avaliação nessa perspectiva e em todas essas dimensões requer

que esta ocorra sistematicamente durante todo o processo de ensino e

aprendizagem e não somente após o fechamento de etapas do trabalho,

como é o habitual isto possibilita ajustes constantes, num mecanismo de

regulação do processo de ensino e aprendizagem, que contribui

efetivamente para que a tarefa educativa tenha sucesso.

A avaliação durante o processo de aprendizagem do aluno - o professor

também contempla a observação dos avanços e da qualidade de

aprendizagem alcançada pelos alunos durante um período de trabalho,

avaliação contínua do processo acaba por subsidiar a avaliação final isto é

35

se o professor acompanha o aluno sistematicamente ao longo do

processo. Já a avaliação final acontece após o desenvolvimento de um

assunto ou de bloco de conteúdo.

Utilizar a avaliação como instrumento para o desenvolvimento das

atividades didáticas requer que ela não seja interpretada como um

momento estático, mas antes como um momento de observação de um

processo dinâmico de construção de conhecimento.

Uma concepção desse tipo pressupõe considerar tanto o processo que o

aluno desenvolve ao aprender como o produto alcançado. Pressupõe

também que a avaliação se aplique não apenas ao aluno, considerando as

expectativas de aprendizagem, mas às condições oferecidas para que isso

ocorra. Avaliar a aprendizagem, portanto implica avaliar o ensino oferecido

– se, por exemplo, não há a aprendizagem esperada significa que o ensino

não cumpriu com sua finalidade; a de fazer aprender.

Para obter informações em relação aos processos de aprendizagem, é

necessário considerar a importância de uma diversidade de instrumentos

e situações, para possibilitar, por um lado, avaliar as diferentes

capacidades e conteúdos curriculares , por outro lado, contrastar os dados

obtidos e observar a transferência das aprendizagens em contextos

diferentes.

Os critérios de avaliação do Colégio Vital Brasil são organizados por

disciplinas, traduzindo em notas bimestrais que são comunicadas aos pais

em reuniões bimestralmente. Inclui três momentos uma avaliação inicial

com o objetivo de diagnosticar os conhecimentos que os alunos já

possuem sobre o assunto a ser trabalhado e ela acontece sempre que o

professor propõe novos conteúdos ou novas seqüências de situações

didáticas. É avaliado também diferentes códigos, como o verbal, o oral, o

escrito, o gráfico, o numérico, o pictórico, de forma a se considerar as

diferentes aptidões dos alunos

36

O critério de avaliação bimestral decidido coletivamente neste colégio

será expresso através de notas, numa escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez)

sendo que rendimento mínimo exigido no ensino fundamental é a nota 6,0

(seis) por matéria.

A média bimestral é somatória e dividida da seguinte maneira:

6 pontos - provas escritas

4 pontos – atividades diversificadas específicas de cada área , exemplo:

produção textual, lista de exercícios, pesquisa e outros.

Deverão acontecer, no mínimo, duas provas escritas para formar os seis

pontos de cada bimestre. E após cada uma das provas deverá ser feita

recuperação paralela e uma nova avaliação se houver necessidade.

A repetência deve ser evitada para que esteja de fato a serviço da

escolaridade com sucesso. Se decisão for reprovar um aluno com

dificuldades, esta deve sempre ser acompanhada de encaminhamentos de

apoio e ajuda para garantir a qualidade das aprendizagens e o

desenvolvimento das capacidades esperadas.

O Colégio bem como as instituições de ensino regular do país estabelecem

uma série de instrumentos para registro e documentação da avaliação e

cria os atestados oficiais de aproveitamento. Assim, conceitos, ficha

cumulativa do aluno, promoção, retenção, certificados, etc.; fazem parte

das decisões que o professor deve tomar em seu dia-a-dia para responder

às necessidades de um testemunho oficial e social do aproveitamento do

aluno. O professor pode aproveitar os momentos de avaliação bimestral

quando precisa atribuir notas para sistematizar os procedimentos que

selecionou para o processo de avaliação. Este colégio não oferta a

progressão parcial de estudos.

37

Compete aos professores anotar e registrar as notas que correspondem as

avaliações em livro-registro.No entanto, é de competência da secretaria

registrar em documentos apropriados os registro ou informações que os

professores sistematizaram.

10.5 RECUPERAÇÃO PARALELA

A recuperação de estudos deve ocorrer durante o período normal de aula,

dentro do horário específico de cada disciplina e não dever acarretar perda

ou prejuízo para os alunos dos dias letivos ou horas de estudos, previsto e

amparado pela LDB.

A proposta de recuperação paralela ao colégio Vital Brasil é contemplada

no decorrer de todo ano letivo sempre que for observado que o aluno não

se apropriou de algum conteúdo. Esta é planejada e realizada no momento

exato em que se perceber a defasagem, com técnicas e instrumentos

diversificados, constituindo-se um conjunto integrado ao processo de

ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos. A recuperação

paralela poderá assumir várias formas.

11. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

De acordo com a visão de sociedade, das forças políticas, dos ideais a

serem perseguidos, dos valores e normas estabelecidos, são elaboradas as

diretrizes educacionais de um país a serem seguidas na educação de seu

povo.

Pode-se dizer que durante cerca de quatrocentos anos, aproximadamente,

os pressupostos para a educação brasileira, conforme o ideal comungado

pela sociedade, repousou na concepção tradicional de educação em que o

professor era o centro do processo educativo. Era ele o maestro a

comandar à frente, sua orquestra. A ele competia a transmissão do saber

38

historicamente acumulado pela humanidade (pela classe dominante),

conteúdos eleitos como necessários pela camada culta para serem

repassados às crianças e aos jovens incultos. Ao aluno era dado o direito

de ouvir passivamente os ensinamentos. Ao término de determinado

período, o professor avaliava o aluno em termos estritamente cognitivos.

Assim, é o professor quem controlava todo o processo pedagógico.

Observa-se que essa concepção nega totalmente o saber prático, extra-

curricular e assistemático que o aluno já possuía. A passividade, a

obediência e a anulação do sujeito-aluno são as marcas profundas da

pedagogia tradicional.

Outra visão não mais aceita hoje que essa concepção da pedagogia

tradicional faz é entre pensamento e ação cujo suporte é a concepção de

homem, na Grécia Antiga, em que às camadas inferiores da população

eram destinados os trabalhos manuais e braçais sendo que a de maior

poder econômico dedicava-se às artes, à filosofia.

Ainda hoje, na educação, busca-se a integração desse jogo dialético entre

pensamento ação, ação-pensamento, caminho este que conduz à

educação integral do homem. Assim, a educação e, conseqüentemente, a

escola constitue peças de uma engrenagem maior que é a sociedade.

O círculo vicioso que ainda hoje persiste e que precisa urgentemente ser

rompido é aquele em que os pobres são marginalizados pela escola do

mesmo jeito que seus pais são explorados no plano das relações de

trabalho e, assim, impedidos de participar de fato da vida política. A

democracia na escola é parcial, visto que a sociedade ainda não é

verdadeiramente democrática. Os donos do poder continuam a ser

também os donos do saber, com raras exceções.

Apesar de tudo e principalmente em razão disto, cabe àqueles que têm

essa consciência e que militam na educação contribuir para melhorar a

escola que aí está. É dever de todos serem sujeitos construtores de uma

39

nova sociedade – via educação escolar pública – fazendo com que as

camadas populares que freqüentam essa escola recebam, de verdade,

uma educação de qualidade que lhes possibilitem alterar o rótulo que a

sociedade ao longo dos anos lhes impingiu, quer seja: filho de pobre,

pobre será, negando-lhes todas as chances de ser um cidadão livre.

Ao longo da história, a escola, a educação, passou por mudanças face aos

avanços das ciências e às pressões político-sociais. Nesse processo,

inúmeros teóricos debruçaram-se sobre a questão ensino-aprendizagem. E

nessa seara a educação escolar brasileira perpassou pelas teorias que

deram suporte às escolas: Tradicional, Nova, Tecniscista

(comportamentalista), Aparelho Ideológico do Estado, Crítico –

Reprodutivista, Crítico Social dos Conteúdos; Histórico- Crítica até

adentrar neste século em que se vê um amálgama de todas essas,

tentando priorizar a dialético e o humanismo nas relações pedagógicas.

Segundo Demerval Saviani :

[...] um sistema educacional e uma escola voltados para os

interesses populações, preocupados com os destinos da

grande massa populacional brasileira, buscarão métodos de

ensino que estimulem a atividade e a iniciativa dos alunos,

sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulado

historicamente e os interesses, os ritmos de aprendizagem e o

desenvolvimento psicológico dos alunos. Nesse processo,

atenção especial deve ser dada à sistematização lógica dos

conteúdos, sua ordenação e gradação para efeito de

assimilação desses conteúdos visando à re-elaboração do

conhecimento pelo aluno.

Feitas tais considerações, esta instituição de ensino se propõe seguir as

orientações contidas nas Políticas Públicas do Estado e as Diretrizes

Curriculares. Há um consenso entre os profissionais de educação deste

estabelecimento de ensino de que todas as ações didático-pedagógicas

40

devem sempre estar voltadas para garantir aos alunos em idade escolar e

àqueles que não tiveram acesso na idade própria à escola, a permanência

nesta e a aprendizagem, valorizando os conhecimentos sistemáticos e os

saberes extra-curriculares, visto ser a educação elemento fundamental

para o enfrentamento das desigualdades sociais.

12. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

A organização do tempo escolar no ensino fundamental regular é feita por

série e por disciplinas. Já no ensino médio (noturno) na modalidade da

Educação de Jovens e Adultos, na organização do trabalho pedagógico o

tempo é seccionado em Etapas (em cessação). A partir do primeiro

semestre de 2006, a matrícula na EJA será por disciplina, no máximo em

até quatro, ficando a critério do aluno optar pelo atendimento coletivo ou

individual. Esta forma de atendimento respeita o tempo disponível do

aluno jovem, adulto e idoso.

A prática educacional é transversalizada e se organiza na prática social,

assim a compreensão das finalidades de educação passa pela análise da

sociedade, pois a educação não se configura como uma parte isolada da

sociedade. Desse modo, não é consciência que determina a realidade mas

a humanidade e o contexto social que, constitui-se uma unidade histórica.

A sociedade comporta dimensões: política, sociológica, econômica,

religiosa, epistemológica, histórica e filosófica. Portanto, é a partir das

mesmas que se fará o entendimento das relações sociais, bem como a

função da escola neste contexto, sem o qual não é possível compreender

os limites dos princípios da liberdade e dos ideais de solidariedade

expressos na lei. Entender assim o significado do preparo para a cidadania

e da qualificação do trabalho, expressos na lei d forma histórica e crítica

exige compreende a sociedade, com suas contradições, pois a realidade

coloca um mercado de trabalho seletivo, competitivo e excludente e

41

também, um conflito de interesses individuais e uma ação solidária e

ética.

Os séculos XX e XXI são marcados por grandes descobertas e progressos

científicos, como a microeletrônica, a microbiologia, a biotecnologia, a

robótica, os avanços de comunicação e na informática, assim grandes

mudanças estão ocorrendo de forma significativa nas relações de trabalho

onde grande parte das tarefas dos trabalhadores passa a ser substituída

por máquinas, contribuindo na interdependência entre as nações, para o

acúmulo de produção e para o livre desenvolvimento de capital em

contradição não propiciou a melhoria na qualidade de vida das pessoas.

Assim a globalização amplia o papel da educação nas capacidades de

pensar, decidir e pelo desenvolvimento humano. A educação por si só não

dá conta de transformar a sociedade, mas cabe a ela refletir sobre as

problemáticas, implica compreender o homem concreto.

Nesta perspectiva, o professor tem papel fundamental com uma educação

democrática, que deve propor “desmascarar os fundamentos neoliberais”

que têm como base a liberdade para competição cada vez mais acirrada e

o desenvolvimento do individualismo exacerbado O professor precisa

perceber que é necessário uma revisão crítica de sua prática, pois muitas

vezes o ele deseja dar mais qualidade a prática escolar, mas continua

reproduzindo o velho como verdade absoluta e não como entendimento da

construção histórica do saber.

O professor deve estar comprometido politicamente com a aprendizagem

do aluno, e planejar seu trabalho com conteúdos significativos. “Toda a

ação deve ser acompanhada de reflexão”. Dessa forma, o professor tem o

papel de extrema relevância, pois é ele que vai mediar o processo de

aprendizagem e organizá-lo de forma que a prática não seja

descontextualizada da realidade social, cabe ao professor levar o aluno a

compreender a realidade social. Por isso é necessário maior

42

embasamento, informação, domínio dos conteúdos a serem trabalhados,

das metodologias e técnicas pertinentes a sua prática, de forma que torne

acessível ao aluno o saber científico produzido pela humanidade,

promovendo a interação entre os alunos e destes como conhecimento da

realidade, isto é, parte-se da realidade do dia-a-dia para o saber

elaborado.

Nesse sentido, a aprendizagem acelera o processo de desenvolvimento,

não é necessário esperar o educando se desenvolver para depois fazê-lo

aprender, o ensino deve vir a frente, pois o aluno necessita da

intervenção, da colaboração de outras pessoas culturalmente mais

experientes para avançar na aprendizagem.

O conhecimento não é algo pronto e acabado, é produto das relações

sociais, construído e apropriado historicamente e contínuo em que

transformações e mudanças são elementos essenciais.

O processo educativo é um compromisso com a socialização do

conhecimento científico, parte-se da realidade vivida pelos alunos

(pesquisando, objetivando, debatendo, analisando refletindo sobre as

questões sociais) e ao mesmo tempo, oferecendo condições de se

tornarem leitores e escritores competentes e autônomos, assim a escola

contribui para que os alunos possam desenvolver e compreender a

sociedade, bem como as relações e contradições nela existente. Dentro

deste parâmetro, o processo pedagógico pressupõe planejamento,

metodologias e avaliações, elementos estes imprescindíveis numa ação

educativa.

13. GESTÃO DEMOCRÁTICA

Alguns princípios norteadores serão perseguidos neste Projeto Político

Pedagógico e serão definidas por uma Gestão Democrática objetivando,

43

no trabalho coletivo, ao acesso, permanência e sucesso do aluno na

escola.

Para construir e consolidar a gestão democrática no colégio, nosso Projeto

Político Pedagógico parte da sua realidade e singularidade, procurando

assegurar a participação de todos, incentivando a criatividade e a

produção dos grupos e tendo como compromisso a qualidade do ensino. É

preciso garantir a participação efetiva e responsável de grupos que

tenham objetivos comuns com numa nova visão da cultura escolar, onde

o aluno obtenha sucesso através da democratização de acesso e da

permanência na escola evitando a evasão e a repetência.

Pretende-se no Colégio Estadual Vital Brasil criar espaços para que a

comunidade discuta o significado de cidadania e que, a partir da reflexão,

se renove a cada dia a cultura do sucesso escolar.

A partir das discussões sobre a prática pedagógica, os profissionais da

educação que atuam no colégio percebem a sua importância e a

valorização de seu trabalho enquanto sujeitos do processo escolar, e

redimensionem a prática pedagógica coletiva.

É necessário que a comunidade escolar não limite sua reflexão aos

problemas do dia-a-dia, mas pense e proponha ações a serem

desenvolvidas a curto, médio e longo prazo, viabilizando, assim, a

construção coletiva do Projeto Político Pedagógico.

14. FORMAÇÃO CONTINUADA

Os avanço científicos nas sociedades pós-modernas vêm exigindo uma

nova postura do profissional de educação frente ao saber historicamente

acumulado pela humanidade A certeza, a solidez, que até o final do século

XX davam suporte aos saberes escolares estão ruindo frente aos avanços

nas pesquisas e a rapidez com que as informações chegam até o público.

44

A busca permanente pela atualização do conhecimento é exigência

fundamental a todos os profissionais que atuam na educação.

Para a formação continuada, os docentes de nossa Unidade Escolar, além

de buscarem conhecimentos através de matérias, como livros, vídeos,

revistas (Veja), jornais, Internet, contará também com a própria Equipe

Pedagógica da Escola, com profissionais de outras instituições e outros

profissionais habilitados que disponibilizarão todo material didático e

recursos disponíveis para que se efetive a formação continuada.

A Unidade Escolar oportunizará ao corpo docente condições para

participar dos cursos de capacitação, de acordo com a disponibilidade de

cada um, sendo que na Hora Atividade do professor pretende-se

desenvolver o Projeto de Formação Continuada que consta no item

PROJETOS deste P.P.P.

15. ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA

O envolvimento da família aumenta de forma significativa a efetivação do

processo de aprendizagem para os alunos, assim o Colégio Estadual Vital

Brasil tem a preocupação em envolver os familiares por meio das

seguintes ações que serão desenvolvidas:

• Reunião por série com todos os pais/ou responsáveis no início do

período letivo para conscientizá-los sobre o funcionamento e os

encaminhamentos pedagógicos;

• Reunir bimestralmente os pais/responsáveis com os professores para

acompanhar o rendimento e freqüência escolar de seus filhos;

• Proporcionar aos pais momentos culturais, apresentação de corais,

de teatro, de dança, mostra de talentos, palestras educativas, enfim

momentos formativos e lúdicos;

• Proporcionar grupos de estudos aos pais com temas variados:

sexualidade, drogas, desenvolvimento da aprendizagem, limites,

45

déficit de aprendizagem e outros assuntos sugeridos pelos próprios

pais,

• Promover palestras e encontros com profissionais de diferentes

áreas: pedagogos, psicólogos, psiquiatras, ginecologistas etc;

• Promover gincanas de pais e filhos para promover a integração

escola-família;

• Incentivar os pais/responsáveis a participar dos colegiados da escola

É essencial a busca constante na parceria da família-escola com

responsabilidade compartilhada com todos os envolvidos: pais,

professores, alunos, equipe pedagógica para que os estudantes sintam

parte de uma “família escolar”, onde eles recebam atenção

individualizada propiciando a melhoria na aprendizagem e

“encantamento” em aprender.

16. PROPOSTA DE INCLUSÃO

A visão que se tem das pessoas com necessidades educacionais especiais

tem se modificado ao longo da história e da transformação social e é

muito diferente daquele em que se acreditava que eram pessoas

possuidoras de espíritos ruins, sendo muitas vezes, eliminadas da

sociedade, custando-lhes a vida como acontecia na Idade Média.

A partir do século XIX, com a evolução dos conhecimentos da medicina, o

deficiente passou a ser tratado como “doente”, de natureza incurável.

Geralmente estas pessoas passavam suas vidas em asilo ou hospitais

recebendo medicações e privando-se da educação e da socialização com o

seu grupo comunitário.

As primeiras escolas especiais surgiram por acreditarem que se fossem

“treinados”, poderiam ser produtivos. No Brasil, por exemplo, o

atendimento especializado iniciou por volta de 1860, quando foi fundado

por D.Pedro II, o Instituto dos Meninos Cegos do Rio de Janeiro.

46

Na década de 70 o MEC, reconheceu que havia um grande número de

alunos especiais necessitando de atendimento com profissionais da

educação.

Ao chegar o século XX com outros ideais de educação, a sociedade inicia

uma nova visão sobre as diferenças, hoje tida como diversidade pensando

então, em educação inclusiva onde a escola e aluno mutuamente se

adaptam.

Conforme consta no art .208 da Constituição da República Federal do

Brasil, segundo o qual “o dever do Estado com a educação será efetivado

mediante a garantia de: inciso III – atendimento educacional especializado

aos portadores de deficiência preferencialmente na rede regular de

ensino”, e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, art. 4º, o

Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino fundamental e Médio assumiu o

compromisso de fazer cumprir as leis às quais está subordinado,

respeitando, valorizando e acolhendo os portadores de necessidades

especiais que a essa escola vierem buscar o acesso ao conhecimento

científico.

Retomando um pouco fatos históricos: a Declaração Universal dos Direitos

Humanos (1948) uniu os povos do mundo todo no reconhecimento de que

“todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em

direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para os outros

em espírito de fraternidade”.

Baseando nesta declaração, e levando em conta a necessidade de

estabelecermos uma “sociedade igualitária”, torna-se necessário termos

uma visão de uma sociedade inclusiva, o qual passa valorizar diversidade,

antes denominada de diferenças, e que dá a todos o direito de acesso a

oportunidade, independentemente de suas peculiaridades.

47

A constituição Federal também baseia-se no princípio da igualdade: “todos

iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se o

acesso aos brasileiros e a estrangeiros, residentes no país, a

inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a igualdade, à segurança e a

prioridade”. (CF Brasil – 1988).

De acordo com este princípio, a consciência ao direito de construir uma

identidade própria e do reconhecimento da identidade do outro se traduz

no direito da igualdade e no respeito às diferenças, assegurando

oportunidades diferenciadas equidade, tantas quantas forem necessárias

com vista à busca da igualdade”. ( MEC/ SEESP- 2001).

Para Barroco (2004, p.23) a proposta de uma sociedade e de uma

educação inclusiva apresenta-se como fenômeno histórico, o qual

devemos respeitar as diferenças suscitadas pelas etnias nível sócio-

econômico, credo religioso, opção sexual, idade e deficiência ou

necessidades educativas especiais.

Desta forma, a escola ao adotar tal proposta, se faz necessário que se

prepare para o atendimento aos “indivíduos diferenciados”.

Assim, podemos ressaltar a importância de a escola trabalhar com as

diversidades culturais e raciais, possibilitando aos educandos mediante

atitudes reflexivas , a eliminação das feridas provocadas pela diversidade

e as dificuldades em aceitá-las, favorecendo a formação do educando, de

forma que ele consiga transformar a hipocrisia do preconceito na

construção de uma sociedade mais justa.

A partir destes dados, o Colégio Estadual Vital Brasil passa a cumprir o

princípio de promoção da cidadania oferecendo oportunidades a todos, ao

adotar uma educação inclusiva, favorecendo as pessoas com

necessidades educacionais especiais a conquista de “ Dignidade, direito e

cidadania” quando para a inserir as pessoas com necessidades

educacionais em salas regulares.

48

Esta escola, adotando uma educação inclusiva, advoga uma sociedade

para todos, respeitando a diversidade humana, atendendo às

necessidades de todos que a ela recorrem em busca do saber escolar.

17. SALA DE APOIO

Para enfrentarmos o problema da repetência de alunos da 5as séries, o

Colégio Estadual Vital Brasil, pretende ofertar no próximo ano a Sala de

Apoio para alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem em

leitura, escrita e cálculo, a SEED prevê a abertura dessas turmas quando

esse problema existe numa escola conforme a Resolução 208/04.

Em nosso Colégio, uma dificuldade a ser enfrentada é a pouca

disponibilidade de salas, porém pretendemos organizar o horário de forma

que na mesma sala possam funcionar o CELEM e a sala de apoio.

As turmas são compostas por até 20 alunos e seu funcionamento será em

contra-turno, no próprio colégio, contemplando as disciplinas de Língua

Portuguesa e Matemática, com cronograma de atendimento por disciplina

durante 4 horas semanais cada uma.

O professor da sala de apoio à aprendizagem assume o compromisso de

desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que

atendam as diferenças individuais dos alunos, com intuito de contribuir

decisivamente para a superação das dificuldades de aprendizagem.

O encaminhamento dos alunos à Sala de Apoio será feito pelos professores

regentes de sala que são assessorados pela equipe pedagógica.

O planejamento do trabalho a ser realizado na sala de apoio será

elaborado pelo professor responsável pela mesma, pelo professor regente

de sala e equipe pedagógica.

49

Nas salas de apoio, a avaliação será diagnóstica, processual e descritiva,

observando o avanço de cada aluno, para que os professores, em

conjunto, possam decidir sobre a necessidade de o aluno continuar

freqüentando essa sala ou ser dispensado dela.

Acreditamos que esse trabalho contribua bastante na redução das

reprovações nas 5as séries e principalmente no desenvolvimento dos

alunos que a freqüentam.

18. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

18.1- MATRIZ CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL 5ª A 8ª SÉRIE

ESTABELECIMENTO:

COLÉGIO ESTADUAL VITAL BRASIL – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

LOCALIDADE: MARINGÁ NRE:

MARINGÁ

IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA TURNO:MANHÃ

ANO: 2006 MÓDULO:40

BA

SE N

AC

ION

AL C

OM

UM

DISCIPLINAS SÉRIES

5ª 6ª 7ª 8ªCIÊNCIAS 3 3 3 4EDUCAÇÃO ARTÍSTICA 2 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2ENSINO RELIGIOSO * 1 1 -- --GEOGRAFIA 3 3 4 3HISTÓRIA 3 3 3 4LINGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4

SUB-TOTAL22 22 23 23

50

PA

RTE D

IVER

SIF

ICA

DA

Língua Estrangeira Moderna - Inglês2 2 2 2

SUB-TOTAL2 2 2 2

TOTAL GERAL24 24 25 25

* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800

horas

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E MÉDIO

ENSINO FUNDAMENTAL - NOTURNO

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: Col.Est.Vital Brasil – Ensino Fundamental e MédioENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO:Maringá NRE:MaringáANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2006 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS

DISCIPLINASTotal de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272EDUCAÇÃO ARTÍSTICA 54 64

LEM - INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

51

MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192

HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192

TOTAL 1200 1440

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

ENSINO MÉDIO -NOTURNO

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: COL.EST.Vital Brasil – Ensino Fundamental e MédioENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO:Maringá NRE: MaringáANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2006 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS

DISCIPLINASTotal de

Horas

Total de

horas/aula

L. PORTUGUESA E

LITERATURA186 224

LEM – INGLÊS 120 144ARTE 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 186 224

QUÍMICA 120 144FÍSICA 120 144

BIOLOGIA 120 144HISTÓRIA 120 144

GEOGRAFIA 120 144

TOTAL 1200 1440

52

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

19. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO

CALENDÁRIO

ESCOLAR

A elaboração do calendário escolar leva em consideração:

A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 de 20/12/96

artigo 56 da Lei complementar 07 de 23/12/76 do Estatuto do Magistério

do Paraná.

A política de autonomia escolar adotada pelo Governo do Paraná, garante

ao estabelecimento de ensino a elaboração de calendário próprio para

atender as necessidades da comunidade onde a escola está inserida,

desde que cumpridas as exigências da legislação educacional em vigor.

Este estabelecimento de ensino propõe seu calendário com base no que

determina a LDBEN/96 a qual estabelece um mínimo de 800(oitocentas)

horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo

trabalho escolar, entendendo por efetivo trabalho escolar todas as

atividades pedagógicas, programadas pela escola, cuja participação dos

alunos seja obrigatória. Compete a escola, adotar procedimentos que

possibilitem a permanência efetiva dos alunos, ativamente envolvidos em

atividades educacionais.

O calendário deve ser resultado de ampla discussão realizada pelo Diretor,

equipe pedagógica e professores, precisa ser aprovado pelo Conselho

Escolar, que deve levar em consideração as peculiaridades locais da

comunidade escolar, inclusive característica climática, econômica e

53

histórica, em total consonância com o art. 23, parágrafo 2º da LDBEN/96,

beneficiando assim alunos, professores, pais e comunidade em geral.

O calendário deve contemplar:

Início das atividades escolares para os professores;

Início do ano letivo para os alunos;

Planejamento;

formação continuada (capacitação);

período de férias para os alunos;

período de férias para os professores;

encontros para conselho de Classe;

feriados oficiais;

recessos escolares;

término do ano letivo.

Os encontros pedagógicos (planejamento e conselho de classe), são

destinados para avaliar o resultado do trabalho escolar, caracterizando

pelo desempenho dos alunos, e para estabelecer estratégias de melhoria

dos resultados, de acordo com as necessidades educacionais individuais e

coletivas dos alunos.

A deliberação nº 02/02 –CEE, que inclui, no período letivo, dias destinados

a atividades pedagógicas:

“Art. 2º - São consideradas como efetivo trabalho escolar as

reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir

da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no

seu planejamento anual.

Ar. 3º - Pode o estabelecimento considerar, como dias de

efetivo trabalho escolar, os dedicados ao trabalho docente

organizado, também, em função do seu aperfeiçoamento,

conquanto não ultrapassem cinco por cento (5%) do total

54

de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez(10) dias

no decorrer do ano letivo.

Parágrafo único – O estabelecimento deverá organizar o

ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas as

oitocentas (800) horas de efetivo trabalho escolar previstas

em lei.”

A observância do calendário proposto por este colégio e homologado pelo

Núcleo Regional de Educação é de competência do Diretor, que responde

legalmente e administrativamente pelo colégio em todos os âmbitos,

zelando principalmente pelo cumprimento do mínimo de 800 horas de

efetivo trabalho escolar por ano letivo.

20. ÓRGÃOS COLEGIADOS

20.1 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar, fazendo a

articulação entre os segmentos da comunidade, e os setores da escola,

sendo ele de natureza deliberativa, consultiva e fiscal, com a finalidade de

garantir a eficiência e a qualidade do funcionamento da unidade escolar.

O Conselho Escolar é constituído pelas seguintes categorias, diretor,

representante da equipe pedagógica, representante da equipe

administrativa, representante de professor, representante de aluno que

seja maior de idade, representante de pais, representante do segmento

organizado da sociedade. Essa representação só terá validade se obedecer

ao critério de paridade.

O Conselho Escolar deverá, portanto, favorecer a aproximação de cada

segmento da escola e da comunidade, pois rompe com as relações

burocráticas e formais, permite a comunicação vertical e também

55

horizontal. O Conselho possibilita a delegação de responsabilidades e o

envolvimento de diversos participantes. É um gerador de

descentralização. E, como órgão máximo de decisão da escola tem por

meta defender uma nova visão de trabalho.

O Conselho assim, é espaço de debate e tomada de decisões, onde

professores, funcionários, pais e alunos, diretor e pedagogos tomem

ciência de todo andamento da escola para melhoria e busca da qualidade

no ensino aprendizagem.

20.2 APMF

A APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual

Vital Brasil – Ensino Fundamental e Médio é um órgão representado pelos

pais, mestres, funcionários deste Estabelecimento de Ensino. Não tem

caráter político-partidário, religioso, racial ou fins lucrativos. Em

consonância com o Projeto Político Pedagógico deste Estabelecimento, a

APMF tem como objetivo participar e discutir sobre ações relacionadas a

assistência do aluno no aprimoramento do ensino e na integração família

– escola – comunidade, sugerindo e se envolvendo nas questões

pertinentes.

Dessa forma, a APMF representa os reais interesses da comunidade Vital

Brasil, discutindo a política educacional e contribuindo para a melhoria da

qualidade de ensino. Para que haja integração entre escola e comunidade,

a APMF do Colégio Estadual Vital Brasil promove juntamente com a

Direção e Equipe Pedagógica, atividades tais como: palestras, eventos,

passeios, atividades culturais e desportivas entre outras. Administra

também os recursos financeiros próprios e colabora de forma efetiva com

a manutenção e conservação do prédio escolar, suas instalações e

equipamentos, conscientizando as demais instâncias colegiadas deste

estabelecimento sobre suas necessidades.

56

20.3 GRÊMIO

Uma educação democrática está comprometida com a construção do seu

dia-a-dia mais participativo e saudável, utilizando meios que possam

incentivar a atuação dos educandos na escola. Para que isso ocorra, o

Colégio Estadual Vital Brasil apóia e valoriza o fortalecimento do Grêmio

Estudantil. Mas o que é Grêmio Estudantil?

O Grêmio Estudantil trata-se de um movimento que envolve os educandos

de forma organizada, para representar os interesses dos estudantes da

escola. Dando oportunidade a eles para contribuírem, criarem inúmeras

possibilidades de ações de forma participativa no ambiente escolar.

A atuação dos educandos no Grêmio Estudantil é considerada importante,

por tornar um espaço de aprendizagem, responsabilidade e de luta por

direitos, bem como de consciência dos seus deveres no meio escolar.

A participação dos educandos, neste movimento, é considerada um

exercício de cidadania, por favorecer a valorização da cultura, que envolve

o respeito de valores, diferenças sociais, necessidades e interesses.

O Grêmio contribui com a rede de relações existentes com outros grupos

da comunidade por envolver pessoas comprometidas com o que se

pretende realizar no ambiente escolar. Sabe-se, contudo que com a

participação de mais pessoas envolvidas poderão ser ampliadas as

chances de se atingir metas estabelecidas, facilitando a resolução dos

problemas e oportunizando iniciativas.

A atuação do Grêmio na escola promove duas ações importantíssimas, a

participação e a transformação, em que uma depende da outra para

chegar às conquistas. Se tivermos, por exemplo, alunos insatisfeitos no

57

meio escolar, é através da ação do Grêmio que poderá ser elaborada

propostas e/ou alternativas para a situação ser transformada.

É importante ser observado que com a experiência adquirida pelos

educandos, atuando no Grêmio Escolar, automaticamente a sociedade e

principalmente a comunidade onde vivem poderá ser beneficiada.

Para o fortalecimento do Grêmio, é importante que a escola favoreça aos

alunos a participação em eventos, cursos, seminários, congressos, fóruns,

debates, que envolvem assuntos da comunidade escolar. Contudo, o

próprio grêmio tem a oportunidade de promover seus eventos, tais como

campeonatos, gincanas, debates, etc.

Entretanto, o Grêmio deve ser orientado, pela direção, equipe pedagógica,

professores e até mesmo pelos pais, sobre alguns pontos que auxiliarão no

fortalecimento e credibilidade do movimento, entre eles:

- a necessidade de organização do grupo;

- aprender a negociar.

- estabelecer vínculos com a direção, equipe pedagógica, professores

e pais.

- dar oportunidade para que a equipe escolar possa auxiliá-los na

elaboração de projetos.

- estimular a criação de meios de comunicação para divulgação das

atividades e acontecimentos do meio escolar, bem como das

próprias ações do Grêmio (jornais, panfletos, mural, etc.);

- ser orientados quanto a possibilidade da realização de parcerias com

instituições sociais, esportivas, estabelecimentos comerciais,

promoção de eventos (gincanas, campanhas, ações sociais, culturais

e políticas);

- orientar que as reuniões não devem ser agendadas em horários das

aulas, para não prejudicar o rendimento dos alunos que

representem a turma;

58

- orientar como pode ser angariado recursos financeiros, bem como,

que os mesmos podem ser aplicados;

- cessão de um espaço para a realização das reuniões, caso houver

local disponível;

- fornecer informações legais que apóiam a atuação do Grêmio;

- orientar sobre a necessidade do grupo a prestar contas, à

comunidade escolar e planejamento com o uso e aplicação dos

recursos angariados;

- orientar que os alunos que podem participar da diretoria do Grêmio

devem estar devidamente matriculados;

- orientar que para o seu funcionamento, o Grêmio se faz necessário

a realização de eleição;

- orientar, que para o funcionamento do Grêmio, se faz necessário a

elaboração de um estatuto, o qual deve ser devidamente registrado

em cartório, para estar regulamentado;

- esclarecer onde começa e onde termina a autonomia do Grêmio

dentro da escola;

- orientar sobre a necessidade da elaboração do regimento para o

registro de suas funções e princípios básicos.

20.4 CONSELHO DE CLASSE

Toda comunidade escolar deste estabelecimento de ensino tem uma

preocupação muito grande com a melhoria qualitativa do processo Ensino-

aprendizagem. Esta preocupação vem sendo traduzida por reflexões

constantes e pela adoção de medidas que visam a aperfeiçoar o trabalho

educativo do colégio.

59

Dentre estas medidas, está o Conselho de Classe, instrumento de

transformação da cultura escolar sobre a avaliação e, conseqüentemente,

da prática da avaliação em sala de aula. É o momento e o espaço de uma

avaliação diagnóstica e da ação pedagógica educativa do colégio. Ajuda o

grupo a programar ações coletivas. Cada professor tem oportunidades de

avaliar suas ações face aos resultados da aprendizagem dos alunos,

buscando novas alternativas pedagógicas, novos meios de superação das

dificuldades para que haja crescimento do grupo.

Conforme Veiga (p.117)

[...]. o Conselho de Classe pode ser concebido como

uma instância colegiada que, ao buscar a superação da

organização prescrita e burocrática, se preocupa com

processos avaliativos capazes de re-configurar o

conhecimento, de rever as relações pedagógicas

alternativas e contribuir para alterar a própria

organização do trabalho pedagógico.

Assim, o Conselho de Classe deverá realizar bimestralmente por turma, de

forma participativa e conjunta com a presença dos professores, equipe

pedagógica, diretor, representante de alunos e pais, cumprindo a função

de “articular os diversos segmentos da escola e tem por objetivo de

estudo o processo de ensino que é o eixo central em torno do qual se

desenvolve processo de trabalho escolar”. (Dalben, 1995 p.16) tendo em

vista a aprendizagem do aluno e a formação de sua subjetividade.

Neste estabelecimento de ensino, o Conselho Escolar funciona da seguinte

maneira: a princípio o professor, líder de turma coordena, em sala, a

avaliação da prática escolar, nesse momento os alunos e o professor

coordenador têm oportunidade de se auto-avaliar em vários aspectos e

também opinar sobre os aspectos que compõem o processo ensino-

aprendizagem.

60

No momento do Conselho propriamente dito, com base nos problemas e

necessidades levantadas junto aos alunos, é realizado um diagnóstico da

turma, levantando problemas, sugerindo alternativas para que se possam

propor ações concretas ou atitudes que possam produzir as modificações

desejadas nesse momento estarão presentes representantes de alunos e

pais de cada turma.

Em seguida, apenas o corpo docente do estabelecimento ficará reunido

para analisar individualmente o desenvolvimento da aprendizagem dos

alunos de a cada turma.

O próximo passo é se deter na análise dos casos mais significativos de

cada turma, tentando ver o aluno como um todo, pesquisando o porquê

das atitudes dele e não simplesmente relatando casos ocorridos durante o

bimestre, sabendo distinguir, e propor ações concretas mais adequadas

para os casos mais complexos, sendo que essa tarefa requer reflexão

conjunta de todos os envolvidos no processo educativo. Os

encaminhamentos pós Conselho são assumidos pelo coletivo escolar no

que compete a cada membro.

A cada conselho são analisados os avanços alcançados, os problemas

ainda existentes e as mudanças que deverão ocorrer para a melhoria do

processo educativo.

21. PROJETOS

O desenvolvimento pessoal do aluno e a construção de sua autonomia

intelectual exigem da escola um outro posicionamento acerca da

compreensão de ensino-aprendizagem.

A aprendizagem remete sempre a algo com significado aprende-se aquilo

que fez e que faz sentido. Isso implica uma relação profunda entre quem

61

aprende e o que é aprendido. Sabe-se que o objetivo do processo de

ensino deve sempre transcender a experiência imediata.

É fato que o ponto de partida de qualquer aprendizagem sistemática deve

ser o mundo dos alunos, é necessário pesquisar a respeito de suas

preferências sobre os mais variados temas e manifestações artísticas e

culturais e a partir daí em diálogo com eles são elencados temas que

darão origem aos projetos.

Segundo Luzia, et. all.

[...] Um projeto gera situações de aprendizagem, ao mesmo

tempo reais e diversificadas. Favorece assim a construção da

autonomia e da autodisciplina por meio de situações criadas

em sala de aula reflexão, discussão, tomada de decisão,

observância de combinados e críticas em torno do trabalho

em andamento, proporcionando ao aluno, ainda, a

implementação do seu compromisso com o social, tornando-o

sujeito do seu próprio conhecimento (1997).

Assim, a construção de projetos se dá no coletivo e proporciona reflexão e

incentivo à prática de valores, como respeito às diferenças e à

solidariedade. Ele possibilita a avaliação diferenciada, a auto-avaliação, o

trabalho em parcerias prazeroso e estimulante em que professor e alunos

estreitam os laços de amizade, a interação entre si e demais colegas,

tornando todos pesquisadores.

Diante do exposto, este estabelecimento de ensino, motivado pela prática

já existente de trabalhar com projetos e convicto de que todos os cidadãos

precisam se conscientizar acerca da busca por uma melhor qualidade de

vida em toda sua amplitude propõe um Projeto nuclear, cujo tema será

Qualidade de Vida, e em torno deste aglutinarão projetos menores, a

serem desenvolvidos de maneira interdisciplinar ou por áreas, envolvendo

todas as disciplinas e séries, perpassado de teatro, a jornal, a dança, a

62

mostra cultural, a artesanato, a fóruns, etc, tendo sempre como foco o

Projeto nuclear.

21.1 AGENDA 21

Título: “ A escola que temos & a escola que queremos!”

Introdução:

O desenvolvimento da Agenda 21 em nossa escola esteve mais voltado

para os problemas do cotidiano escolar, tendo em vista que a mesma se

localiza na parte central da cidade, embora trabalhemos as questões

ambientais (nascentes, lixo, clima, etc), notamos que a ânsia geral, se deu

na criação de um ambiente favorável para uma melhor qualidade de vida,

onde todos estejam integrados num objetivo comum.

Objetivo Geral:

Construir através da escola um ambiente propício para o desenvolvimento

da prática escolar, bem como para uma vivência digna, com qualidade de

vida e infra-estrutura adequadas. Respeitando os direitos e deveres de

cada um. Minorando a produção de lixo. Resgatando a solidariedade. E,

criando campanhas de conscientização ambiental, para os pais e a

comunidade escolar.

Objetivos Específicos:

• Construção da quadra coberta;

• Reforma nos banheiros e sala de merenda;

• Reforma no teto (construção de um teto novo, já que no atual chove

dentro);

63

• Palestras constantes para despertar novos conhecimentos e

conscientização nos pais e comunidade;

• Seleção do lixo.

• Implantação da sala de informática;

• Ação conjunta entre direção e alunos nos objetivos a serem

alcançados dentro da escola;

• Aquisição de materiais de apoio (data-show).

Orçamento:

*Quadra –coberta: R$ 100.000,00

• Data –Show: R$ 4.000,00.

• Reformas em geral: R$ 50.000,00.

Observações levantadas sobre o meio ambiente de nossa região:

• Necessita-se de calçadas ecológicas para viabilizar o retorno da

água para o lençol freático;

• Plantio de mata ciliar no Rio Pirapó, já que o mesmo está bastante

poluído;

• Tratamento das árvores que estão doentes na cidade (cupim);

• O número de habitantes está crescendo a cada dia, e infelizmente a

cidade ainda não conseguiu absorver todos, principalmente na

geração de empregos, saúde e habitação.

• Necessita-se de ônibus mais próximo a escola, as crianças vão longe

para pegar o ônibus e atravessam avenidas perigosas, como São

Paulo e Colombo;

• A saúde em nossa cidade está precária, demora nos atendimentos,

consultas proteladas, filas para cirurgia;

• Ampliação da coleta do lixo reciclável, para maior quantidade de

dias.

• Falta de força política em nossa região, porque das estradas do

Paraná, as nossas estão em péssimas condições de conservação;

64

• Deveria existir maior sinalização próxima das escolas;

• Patrulhamento constante;

• Passarela na avenida Colombo (próximo Fiat Sala), facilitando a

travessia dos alunos para outros bairros, pois já ocorreram muitos

atropelamentos nessa área.

21.2 FORMAÇÂO CONTINUADA

Objetivos:

- Incentivar a busca pelo saber;

- Propor leitura e reflexão de textos de autores contemporâneos

sobre educação, qualidade de vida, recreação, auto- estima e

outros;

- Estimular a troca, o diálogo acerca de metodologias,

estratégias e alternativas de recursos didáticos;

Conteúdos:

Textos de autores contemporâneos como:

- Sacristán,J. Gimeno, Gómez, A.J. Pérez. Compreender e

transformar o Ensino. Porto Alegre: Art Méd,1998.

- Stuart, Half. A identidade Cultural na pós-modernidade.Rio de

Janeiro: DP8A,2000.

- Steiner, George. Lições dos Mestres. Rio de Janeiro:

Record,2005.

- Morin, Edgar. Os sete Saberes Necessários à Educação do

Futuro>São Paulo; Cortez. Brasília (DF): UNESCO, 2003.

- Lück, Heloisa. Pedagogia Interdisciplinar: Fundamentos teórico-

metodológicos. Petrópolis: Rio de Janeiro. Vozes.

65

- Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e

terra,2005.

- E outros...

Responsáveis:

- Direção e equipe pedagógica

Cronograma:

• Dentro do possível, seguir-se-á a orientação do Núcleo Regional de

Ensino acerca da distribuição das disciplinas por dia da semana.

SEGUNDA-FEIRA CIÊNCIAS E BIOLOGIATERÇA-FEIRA EDUCAÇÃO FISICA E ED. ARTÍSTICAQUARTA-FEIRA PORTUGUÊS E INGLÊSQUINTA-FEIRA MATEMÁTICASEXTA-FEIRA GEOGRAFIA, ENS.REL. , FILO. E SOCIOLOGIA

21.3 PROJETO DE LEITURA E ESCRITA

JUSTIFICATIVA

A escola é um espaço programado para que o aluno adquira a habilidade

de fazer leituras variadas e com isso oportuniza sua leitura de mundo, a

ler e escrever diferentes tipos de texto com diferentes conteúdos e

perspectivas. Textos que chegam à sala de aula através dos livros

didáticos e de outros livros e publicações impressas, que apóiam e

contribuem para o trabalho dos professores e para a aprendizagem dos

alunos.

66

Quando avaliamos o material didático impresso (livros, revistas, etc.) com

os quais o aluno se defronta durante a vida escolar, verificamos que é

grande o volume de textos informativos com o qual tem que trabalhar.

Assim, aprender a trabalhar com textos informativos é fundamental para a

formação escolar.

Esse trabalho planejado pelo professor, fica mais real e contextualizado

quando incorpora reportagens atuais publicados em jornais, revistas,

periódicos e quando envolve curiosidades sobre os assuntos estudados,

pois os mesmos são instrumento de transmissão de informações e

conhecimentos e devem ser uma presença constante na vida escolar.

A leitura de reportagens e jornais pode ajudar o aluno a perceber

diferentes perspectivas e enfoques sobre um mesmo assunto levando-o

assim a assumir uma postura crítica de leitor maduro atribuindo

significado aos mesmos e possibilitando-o a recontar o texto lido

oralmente e por escrito.

OBJETIVOS

- Formar leitores maduros e críticos;

- Desenvolver o gosto pela leitura de textos informativos;

- Conhecer os assuntos mais urgentes e importantes ocorridos no

mundo;

- Perceber a composição, elementos e estrutura de um texto jornalístico;

- Compreender e interpretar textos jornalísticos;

- Integrar e sintetizar informações expressando-as oralmente ou por

escrito por meio de diferentes tipos de texto demonstrando clareza de

idéias.

METODOLOGIA

67

Os momentos de leitura acontecerão semanalmente em uma aula ou

parte dela, seguindo a um cronograma previamente estabelecido

organizado de tal forma que não coincida na mesma aula ou dia na

mesma série.

Os textos serão atuais, de acontecimentos relevantes ou do

interesse do grupo. No início serão escolhidos textos pelos professores e

reproduzidos pela escola para que todos os alunos tenham o mesmo texto

e posteriormente, pretende-se atingir o aluno de forma que os mesmos

tragam os textos que julgarem interessantes para serem reproduzidos e

lidos por todos.

A leitura acontecerá em toda a escola no mesmo momento e todos os

componentes do estabelecimento de ensino (funcionários, professores,

direção e equipe pedagógica) participarão.

O professor partirá sempre da leitura silenciosa e em seguida fará

diferentes técnicas de leitura. Em seguida será feita interpretação oral e

discussão do assunto.

Após a etapa descrita a turma fará o registro do texto lido de diferentes

maneiras (Cartazes, desenhos, anúncios, reescrita e outras produções)

que serão expostas no pátio seguindo, também um cronograma

previamente organizado.

AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua observando o interesse e envolvimentos de todo

o grupo neste projeto expressado principalmente através de organização

de materiais e realização das atividades previstas.

68

Em relação especialmente ao aluno observar-se-á se o mesmo:

• Demonstra compreensão de textos e consegue interpretá-los

oralmente.

• Atribuir sentido a textos escritos posicionando-se criticamente.

• Sintetiza as informações contidas no texto.

• Consegue reproduzir textos lidos.

21.4 PROJETO EDUCAÇÃO FISCAL

JUSTIFICATIVA:

No Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino Fundamental e Médio

desenvolverá o Programa de Educação Fiscal do Paraná, cujo objetivo é

estimular a mudança de valores e atitudes, de forma a oportunizar ao

cidadão o pleno exercício da cidadania.

Assim sendo, a comunidade escolar deste estabelecimento tem como

compromisso levar aos cidadãos de nossa sociedade conhecimento sobre

a administração pública, fazê-los tomar conhecimento dos tributos

estabelecidos sobre o preço final dos produtos adquiridos e serviços

contratados e qual a função socioeconômica desses impostos, visando

sensibilizar e incentivar todos a fazer um acompanhamento da aplicação

dos recursos públicos.

Julga-se muito importante que as pessoas saibam o quanto pagam ao

Estado em forma de impostos e exijam a contrapartida em serviços

públicos de qualidade.

DESENVOLVIMENTO:

69

Para a execução do projeto um grupo de alunos fará uma peça teatral

misturando dramatização, dança e canto que num primeiro momento será

apresentada a todos os alunos da escola, cujo objetivo será promover a

reflexão sobre o exercício da cidadania e sobre as questões éticas que

envolvem a correta aplicação dos tributos.

A partir da encenação os alunos criarão frases sobre o tema e em seguida

será realizada uma mostra das melhores frases construídas pelos alunos

que será aberta à comunidade.

Estarão atreladas ao Plano de Ação todas as comunidades escolares:

direção, professores, funcionários, pais e alunos e será proposto a todos

que sempre peçam a nota fiscal.

Para finalizar os alunos farão um concurso de redações nas 7ªs e 8ªs séries.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO:

PERÍODO ATIVIDADES EXECUTADAS

2º BimestreApresentação da peça teatral para os alunos

Concurso de frases e exposição de frases.

3º Bimestre Concurso de redações para 7ªs e 8ªs séries

22. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

Tendo em vista a avaliação e as inovações propostas neste trabalho, é

importante ressaltar a necessidade de se refletir sobre todos os seus

70

aspectos no decorrer de 2007, verificando as possíveis alterações para os

próximos anos.

Essas necessidades deverão ser levantadas num processo coletivo, assim

como foi realizada a elaboração dessa proposta pedagógica, priorizando

nas discussões de cada segmento os interesses e necessidades da

comunidade escolar.

A qualidade da atuação da escola não pode depender somente da vontade

do diretor, de um ou de outro professor. É preciso a participação conjunta

dos profissionais da educação para a tomada de decisões sobre aspectos

da prática didática, bem como de sua execução.

As metas propostas não se efetivarão em curto prazo. É necessário que a

comunidade escolar esteja comprometida e que disponha de tempo e

recursos. Mesmo em ótimas condições de recursos, dificuldades e

limitações sempre estarão presentes, pois na escola se manifestam os

conflitos existentes na sociedade.

A reflexão no decorrer da execução deste Projeto Político Pedagógico

pretende auxiliar na prática e na reelaboração do projeto educativo da

escola. Não são regras a respeito do que se deve ou não fazer. No entanto,

é necessário estabelecer acordos na escola em relação às estratégias

didáticas mais adequadas. A qualidade da intervenção do professor, os

materiais didáticos, horários, espaço, organização e estrutura das classes,

a seleção dos conteúdos e a proposição de atividades concorrem para que

o caminho seja percorrido com maior sucesso.

Para realizarmos a avaliação do nosso Projeto Político Pedagógico

pretendemos:

- utilizar instrumentos como caixa de sugestões para que todos os

alunos façam sua contribuição;

71

- no final do terceiro bimestre enviaremos um questionário às famílias

para que as mesmas avaliem os itens que foram contemplados

nesta proposta;

- realizar duas reuniões, uma a cada semestre do Conselho Escolar,

Grêmio Estudantil e APMF para avaliarmos coletivamente o trabalho

desenvolvido e propormos ajustes necessários;

Para que esta proposta de ensino se concretize com êxito é fundamental

que receba o apoio dos órgãos competentes da educação do estado e da

federação, além do total envolvimento da comunidade.

23. PLANO DE AÇÃO

PLANO DE AÇÃO – 2006/2007

ASSUNTO METAS AÇÕES RESPONSÁVEI

S

DURAÇÃ

O

Órgãos

colegiados

Assegurar a

implantação e atuação

política das instâncias

colegiadas da escola

(APMF, Conselho

Escolar, Grêmio

Estudantil, Conselho

de Classe).

Divulgar a toda

comunidade escolar a

função e o regimento de

cada órgão colegiado.

Direção

Equipe

pedagógica

Durante

o ano

•Possibilitar amplo acesso

da comunidade às

informações (cursos,

seminários, prestação de

contas, etc após reunião

dos colegiados).

Direção e

membros do

Conselho

Escolar

Durante

o ano

•Escolha do aluno

representante de turma e

suplentes para atuarem

Professor

Monitor e

alunos

Março

72

rotineiramente e nos

Conselho de Classe.Melhor clareza dos

recursos aplicados

•Descrição mensal

“informativo” –

Divulgação (fundo

rotativo cantina, xerox,

doações – parcerias) em

mural específico.

Direção Constant

e

(mensal)

Melhoria Biblioteca •Melhor visibilidade do

material (forma

disposição) do que a

escola possui;

•Campanha de doação de

livros de literatura pela

comunidade;

•Solicitação a editoras.

Bibliotecárias,

Direção,

Equipe

pedagógica e

professores

Constant

e

Conselho

de Classe

1. Analisar

coletivamente o

aproveitamento dos

alunos, propondo

soluções para sanar as

dificuldades.

1.1Promover o

conselho

participativo.

1. Reunião com alunos,

por turma, para

elencar dados

relacionados a cada

disciplina naquele

bimestre.

1.1.Pré-conselho com

professores da

turma, por

disciplina:

analisando;

comportamento e

aprendizagem e

relatando as

colocações da

turma.

1.2.Realizar conselho

coletivo e

participativo para

propor soluções

Um professor

da turma,

alunos,

equipe

pedagógica e

direção.

Bimestral

73

dos problemas

observados.

Organizaçã

o do

espaço

escolar

Promover a

participação de todos

os profissionais da

escola na construção

das normas de

funcionamento do

colégio e no

cumprimento das

mesmas.

•Conscientizar os

professores novos da

escola sobre a proposta

pedagógica para que se

corresponsabili-zem pela

mesma durante o período

que atuarem neste

estabelecimento;

•Fazer a escolha de

professor representante

de cada turma e eleição

semestral de alunos líder

e vice-líder de turma;

•Organizar coletivamente

o contrato pedagógico do

colégio;

•Utilizar diariamente a

agenda como veículo de

informações e anotações

família, pais e

professores.

Todos os

integrantes

da

comunidade

escolar.

No início

do ano

letivo

Aprendizage

m

Promover apropriação

dos conteúdos básicos

do Ensino

Fundamental e Médio

de forma prazerosa.

Proporcionar o

pensamento reflexivo

através da troca de

experiências, debates,

leituras, argüições,

valorizando a vivência

e a diversidade de

idéias dos alunos.

(EJA)

•Detectar e encaminhar

os alunos com

dificuldades de

aprendizagem;

•Discutir com professores

estratégias de apoio aos

casos detectados que

possam reverter as

dificuldades de

aprendizagem;

•Encaminhamentos para

alunos com maiores

dificuldades:

Professores,

Equipe

Pedagógica e

Direção.

Professores

Durante

o ano

letivo.

74

Valorizar e articular a

experiência social do

aluno com o saber

científico. (EJA)

•Sala de apoio – para a 5ª

série.

•Sala de recursos para

alunos de 6ª a 8ª série

em outros

estabelecimentos de

ensino no contra-turno;

•Buscar parcerias junto a

universidades para

montar oficinas e

monitorias;

•Discussão com os pais.

•Trabalhos de monitoria e

em grupo da própria sala

em horário contrário.

•Manipulação de mapas,

globo, dicionários e

outros.

•Produção de peça teatral

referente aos períodos

literários,às diversas

formas de linguagem e à

diversidade cultural do

povo brasileiro.

•Manuseio de jornais e

revistas como exercício, a

priori, de argumentação

nos debates e textos

escritos;

•Filmes, documentários

visando à análise crítica;

•Trabalho com gráficos,

tabelas, tangran, música,

paródia, declamação de

poemas e outros;

Professores

No início

do ano

Durante

o ano

letivo

75

•Respeito ao meio

ambiente: incentivo à

coleta seletiva de lixo,

adubagem orgânica;

•Perseguir como prática

em sala de aula. O

conhecimento dos alunos

através de questionário e

entrevista no início do

ano. Investigar o que os

alunos sabem de

determinado assunto

quando iniciá-lo.

•Início do ano:

Diversificar, sempre que

possível, as atividades em

sala.

•utilizar os resultados da

avaliação no sentido de

retomar os conteúdos e

ajustar as aprendizagens.

Promover um

ambiente favorável à

permanência do aluno

na escola.

Promover

constantemente o

diálogo para que num

ambiente acolhedor

dos educandos;(EJA)

Firmar laços de

afetividade dando vez

e voz para os

educandos,

valorizando-os como

1) Acompanhamento da

freqüência do aluno

por todos os

professores;

2) Preenchimento das

fichas – FICA;

3) Comunicação aos pais

e Conselho Tutelar pela

Equipe Pedagógica.

4) Abordagem pelos

professores de temas

sociais que vão ao

encontro dos anseios

dos adolescentes

Professores,

Equipe

Pedagógica e

alunos

representante

de turma

Durante

o ano

letivo

76

seres humanos,

trabalhadores,

reconhecendo e

tentando sanar suas

dificuldades de

aprendizagem.(EJA)

Ter paciência para dar

atendimento especial

àqueles que

apresentam

necessidades

especiais.(EJA)

Propiciar aulas

diversificadas com uso

de recursos

audiovisuais: filmes,

documentários,

transparências,

jornais, revistas,

músicas, mapas,

globo, Internet e

outros.(EJA)

(sexualidade, saúde e

qualidade de vida,

cidadania);

5) Utilização pelos

professores de

técnicas e

metodologias

diferenciadas que

promovam a

integração e

participação de todos

(seminários, debates,

teatros);

6) Encontros mais

freqüentes com os pais

para valorizar a escola

e os alunos.

Evasão,

repetência

e

assiduidad

e dos

alunos

Diminuir e se possível

erradicar a evasão e

repetência.

Acolher o aluno em

sala de aula, resgatar

sua auto-estima, fazer

com que o mesmo

retome o gosto pelo

estudo propiciando a

ele um local de estudo

agradável.

•Comunicação entre

família e escola sobre a

vida escolar do aluno.

•Diálogo de

conscientização.

•Que a recuperação

paralela seja eficaz.

•Diariamente, no início do

período/aula, com os

educandos para resgate

da auto-estima.

Professor e

equipe

pedagógica

Durante

o ano

letivo

Avaliação

dos alunos

Submeter a escola

como um todo a um

processo de avaliação

1) Promoção de

processos auto-

avaliativos (com

Direção,

Equipe

Pedagógica e

Durante

o ano

letivo.

77

coletiva com a

finalidade de reverter

o quadro de evasão e

repetência e investir

na qualidade de

ensino.

critérios) envolvendo

os alunos e

professores.

2) Análise dos resultados

no Conselho de Classe.

3) Divulgação dos

resultados por

gráficos.

4) Retomada dos

conteúdos através de

recuperação paralela

rotineiramente.

Professores

Pesquisa

na escola

Que os alunos

aprendam a pesquisar

•Ensinar os alunos em

sala de aula como fazer

uma pesquisa, fazendo

com os mesmos.

Professor Durante

o ano

letivo

Formação

continuada

Proporcionar

atualização dos

conhecimentos e

trocas de experiências

entre os profissionais

da escola, objetivando

a qualidade de ensino.

•Encontros entre os

docentes das áreas

correlatas para leitura e

debates de temas

pertinentes ao trabalho

pedagógico, escolhido

pela própria área.

•Encontros entre

funcionários da escola

para leitura e discussões

sobre assuntos

pertinentes a auto-

estima, relacionamentos

interpessoais, formação e

atendimento ao público,

etc.

- Equipe

Pedagógica

.

- Equipe

Pedagógica

e/ou

professores

e/ou

convidados

.

- Durante

a hora

atividade

, uma

vez por

bimestre.

-

Encontro

bimestral

78

Ambiente

educativo

Resgatar o vínculo

entre a comunidade e

a escola através de

atividades extraclasse

que proporcionem

maior envolvimento

entre os mesmos.

Viabilizar uma vez ao

ano, um momento

cultural

interdisciplinar.

•Realizar um chá-bingo

com apresentação de

talentos de cada série,

envolvendo os turnos.

Comissão

formada por

integrantes

da escola e da

comunidade.

Final do

semestre

– sábado

à tarde e

no final

do ano

outro

evento.

Propiciar momentos de

integração entre

alunos e professores.

Promover atividades

diferenciadas como:

teatro, músicas,

declamação de

poesias de autoria

própria e de outros

autores e outros,

viabilizando uma vez

ao ano um momento

cultural interdisciplinar

(EJA).

•Gincana – Promover a

integração entre

professores e alunos e

funcionários melhorando

o relacionamento entre

todos do colégio.

•Jogos escolares

•Torneio

• Interdisciplinaridade

(uma vez ao ano) como

incentivo à criatividade e

a talentos.

Professor-

monitor com

um professor

auxiliar,

alunos, pais e

funcionários

1 (um)

dia no 2º

bimestre

•Confraternização(ões).

Reuniões entre os

professores e funcionários

(coquetel, jantar,

comemoração dos

aniversariantes).

Direção, uma

pedagoga em

cada evento e

um grupo de

professores e

funcionários.

1 (uma)

por

Bimestre

Filmes e/ou palestras

para professores e

funcionários

•Assistir a filmes ou ouvir

a palestras que sejam do

interesse do grupo.

Direção e

Equipe

Pedagógica,

Professor e

funcionários.

1 (uma)

por

bimestre

•Viagens turísticas - Professor 1 (um)

79

dia•Passeios - Aluno ½ (meio)

período •Comemoração recreativa

do dia do

estudante/aluno.

- Direção

com

participaçã

o de todos

os

professores

e

funcionário

s.

1 (um)

por

período

Avaliação

do Colégio

Verificar o

funcionamento da

qualidade dos diversos

setores da escola,

visando a melhoria

dos serviços

prestados.

•Aplicação de

questionários objetivos,

em todos os segmentos

da escola e tabulação dos

resultados e divulgação

dos mesmos.

Formar uma

equipe

envolvendo

um

representante

de cada

segmento no

2º semestre.

Ao final

do ano

24. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, L.R; PLANO, V.M.N. (orgs). O coordenador pedagógico e o

espaço de mudança. São Paulo: Loyola, 2001.

BATALLOSO, Juan Miguel. É possível uma avaliação democrática? Ou

sobre a necessidade de avaliar educativamente. In: BALLESTER,

Margarita; et al. (trad. Valério Campos) Avaliação como apoio à

aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2003, p. 47-56. (Coleção Inovação

Pedagógica, n.8)

CHARLOT, Bernard. Disponível em

fmet.terra.com.Br/painéis/Bernard/charlot.pdf

80

ESTIGARRIBIA, Ricardo Velásquez. Éditica, Fundamentos Filosóficos e

Antropológicos, Assunção: Marben, 2004.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-

crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2ª ed., 2003.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós modernidade. Tradução:

Tomaz Tade da Silva e Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP & a, 2000.

Leis de Diretrizes e Bases da Educação – Lei nº 9394/96 – de

23/12/96, Brasília, 2004.

Lucia Maria G. (org). Escola do Projeto Político Pedagógico. Campinas,

SP: Papirus, 1998.

LUZ, France. O fenômeno urbano numa zona pioneira: Maringá.

Prefeitura, 1997.

PILLETTI, Claudino. Filosofia da Educação. São Paulo, SP: Editora Ática,

1991.

PIMENTA, Selma Garrida. (in) A organização do trabalho na escola.

PUC/SP: Mimeo.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: teorias da educação

curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. 33ª ed.

Revisada. Campinas: autores associados, 2000.

SEVERINO, Antonio Joaquim. O projeto Político Pedagógico: a saída

para a escola. Revista da AEC. Brasília, V. 27, 1998.

Tourane, Alaim. Crítica da modernidade. Trad. Elia Ferreira Edel.

Petrópolis, RG: Vozes, 1994.

81

VASCONCELOS, Celso dos S. Avaliação, concepção didática –

Libertadora do processo de Avaliação Escolar, São Paulo: Libertad,

1994 v.3.

VEIGA, Ilma Passo. Perfectivas para reflexão em torno do Projeto

Pedagógico. Escola: Espaço do Projeto Político. Ilma P. Veiga (org).

Campinas, SP: Papirus, 1998.

VEIGA, Ilma Passos e FONSECA, M (org). As dimensões do Projeto

Político Pedagógico: novos desafios para a escola. Campinas, SP:

Papirus, 200l.

25. PROPOSTAS CURRICULARES

As Propostas Curriculares foram desenvolvidas em diferentes momentos a

partir do ano 2004 com o objetivo de refletirmos sobre a necessidade de

reafirmação das áreas do conhecimento. As discussões que foram

realizadas oportunizaram a análise de nossa prática pedagógica e a

organização do planejamento curricular. Nesses diferentes momentos os

professores trocaram experiências com seus colegas para reverem suas

concepções e darem continuidade a sua formação em serviço, atualizando

e dando destaque à sua área, o que implicou em conhecer as teorias que

fundamentam as práticas. O professor foi o pesquisador da sua própria

área de conhecimento e estabeleceu relações com o desenvolvimento

científico e tecnológico, buscou conhecer as diferentes linhas de pesquisa

em educação e suas relações com a prática pedagógica e com o conteúdo

universal.

Ressaltou-se a importância do professor ter o pleno domínio do conteúdo,

conhecer e desenvolver a prática pedagógica com diferente metodologia

de ensino para formar um aluno reflexivo e crítico, respeitando a

diversidade cultural e utilizando as diferentes formas de ensinar e avaliar.

82

O professor assim, identifica e trabalha as dificuldades que os alunos

apresentam, assumindo uma postura que permita aos alunos a

investigação, exploração, reflexão, questionamento e a organização ou

suas vivências atendendo as reais necessidades de aprendizagem numa

relação de valorização humana.

As diretrizes curriculares definidas para o estado do Paraná e para o

Colégio Vital Brasil têm como foco a aprendizagem efetiva de todos os

alunos, valorizando os conhecimentos sistematizados e os saberes

escolares a partir da realidade da comunidade a qual a escola pertence

contribuindo assim, para o enfrentamento das desigualdades sociais

visando uma sociedade mais justa.

24.1 PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO

FUNDAMENTAL

PROPOSTAS CURRICULARES DE CIÊNCIAS

EMENTA

É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a

fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os

seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio

do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário

possibilitar ao educando perceber os aspectos positivos e negativos da

ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar de forma consciente em

seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores

sociais, morais e políticos que sustentam a vida.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

83

• Reconhecer a Ciência como um fazer humano, e, portanto, histórico,

fruto da integração de fatores sociais políticos, culturais, religiosos e

tecnológicos.

• Identificar relações entre o conhecimento científico, produção da

tecnologia e condições de vida no mundo de hoje e sua evolução

histórica.

• Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano

parte integrante e agente das transformações do mundo, em relação

essencial com os demais seres vivos e outros componentes do

ambiente.

CONTEÚDOS

QUINTA SÉRIE

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

I – Inter-relação entre os seres vivos e o ambiente

Conhecimento físicoConhecimentos

químicos

Conhecimentos

biológicos• População; fatores

que influenciam a distribuição.

• Ciclos biogeoquímicos

• Ciclagem de energia• Fotossíntese

• Biosfera, ecossistema, comunidade , população, habitat e nicho;

• Teias e cadeias alimentares

II – Água no Ecossistema

Conhecimentos

físicos

Conhecimentos

químicos

Conhecimentos

biológicos

• Estados físicos e mudanças de estado da água

• Pressão e temperatura

• Densidade e empuxo

• Composição da água• Água como solvente

universal• Pureza

• Ciclo da água• Disponibilidade na

natureza• Água e os seres vivos• Preservação e

contaminação da água

84

• Água como fonte de energia.

III – Ar no Ecossistema

Conhecimentos

físicos

Conhecimentos

químicos

Conhecimentos

biológicos

• Existência do ar• Camadas da

atmosfera• Pressão atmosférica• Formação dos ventos• Meteorologia• Energia eólica

• Composição do ar• Átomos e moléculas• Poluição do ar• Gases nobres e suas

aplicações

• O ar e os seres vivos• Pressão atmosférica e

audição• Contaminação do ar e

as doenças• Combate à poluição

IV – Solo no Ecossistema

Conhecimentos

físicos

Conhecimentos

químicos

Conhecimentos

biológicos

• Tecnologia e preparo do solo para o cultivo

• Composição do solo• Tipos do solo• Adubação orgânica e

inorgânica• Queimadas• Poluição

• Combate a erosão• Contaminação do solo e

doenças• Rotação de culturas• Curvas de nível• Culturas associadas

V – Poluição e contaminação da água, ar e solo

Conhecimentos

físicos

Conhecimentos

químicos

Conhecimentos

biológicos

• Poluição térmica• Fontes alternativas

de energia

• Chuva ácida• Efeito estufa• Buraco na camada

de ozônio• Aquecimento do

planeta

• Doenças pela falta de Saneamento básico

• Prevenção e tratamento de doenças

• Saneamento básico (ETA e ETE)

VI – Astronomia e Astronáutica

85

Conhecimentos físicosConhecimentos químicos

Conhecimentos biológicos

• Instrumentos construídos para estudar os astros (astrolábio, lunetas, telescópios, satélites, foguetes, estações espaciais, radiotelescópio)

• Movimento de rotação e translação

• Sol – composição química

• Efeitos de sua radiação na Terra

• Movimentos da Terra e suas conseqüências (ritmos biológicos, influência sobre a biosfera, marés)

• A lua como satélite natural da Terra

SEXTA SÉRIE

I – Biodiversidade – características básicas dos seres vivos

Conhecimentos físicosConhecimentos químicos

Conhecimentos biológicos

• Equilíbrio térmico• Transmissão de calor• Isolamento térmico

• Metabolismo – transformação de matéria e energia

• Diferenças entre seres vivos e não-vivos.

• Relação de interdependência

• Adaptação de temperatura

II – Biodiversidade – Características básicas dos seres vivos.

Conhecimentos físicosConhecimentos químicos

Conhecimentos biológicos

• Capilaridade• Fototropismo• Geotropismo• Locomoção

• Osmose• Absorção fotossíntese• Respiração• Transpiração, gutação• Fermentação

• Classificação dos 5 Reinos

• Vírus• Adaptação dos seres

vivos• Biotecnologia• Organismos

geneticamente modificados

• Partes dos vegetais • Animais (relação com

o ambiente, evolução dos grupos e estudo comparativo dos principais sistemas em ordem evolutiva)

86

• Grupos de interesse médico-veterinário

III – Níveis de organização dos seres vivos

Conhecimentos físicosConhecimentos químicos

Conhecimentos biológicos

• Microscopia• Descrição de célula

animal e vegetal

• Substâncias orgânicas e inorgânicas

• Diferenças entre células animais e vegetais

• Aspectos morfo-fisiológicos básicos dos tecidos animais e vegetais

• Níveis de organização – átomo até biosfera

SÉTIMA SÉRIE

I – Corpo humano como um todo integrado

Conhecimentos físicosConhecimentos químicos

Conhecimentos biológicos

• Ação mecânica da digestão

• Transporte de nutrientes

• Pressão arterial• Inspiração e

expiração• Tecnologia de

reprodução in vitro e inseminação artificial

• Tecnologia associada ao diagnóstico

• Instrumentos e aparelhos que substituem para corrigir deficiências físicas (Próteses)

• Tecnologias que causam problemas no sistema nervoso (radiação, metais pesados, armas de fogo, auto medicação e acidentes de

• Nutrição (necessidades nutricionais, hábitos alimentares, alimentos diet e light)

• Ação química da digestão (transformação dos alimentos, aproveitamento dos nutrientes)

• Eliminação de resíduos e hemodiálise

• Sabores, odores e texturas

• Reações que ocorrem no organismo com liberação de hormônios como a adrenalina

• Composição química do álcool e teor alcoólico

• Morfo-fisiologia dos sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor, ósseo, nervoso, endócrino, muscular, reprodutor e sensorial

• Disfunção e prevenção de doenças dos sistemas

• Gravidez na adolescência e métodos anticoncepcionais (ação, causa e conseqüência)

• Doação de sangue e órgãos

• Tecnologia associada ao diagnóstico e tratamento de DSTs, inclusive a AIDS

• Manipulação genética (células tronco,

87

trânsito)• A luz e a visão (o olho

humano como instrumento óptico e o modelo físico do processo da visão)

• O som e a audição

clonagem)• Aspectos éticos sobre

a biotecnologia

II - Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo

Conhecimento físicoConhecimentos químicos

Conhecimentos biológicos

• Diagnóstico e tratamento (radioterapia, intoxicação por agentes físicos, elementos radioativos, pilhas e baterias)

• Imunização artificial (soro e vacina)

• Tratamento quimioterápico

• Intoxicação por agentes químicos, agrotóxicos, inseticidas e metais pesados

• Diagnósticos• Tratamentos (alopatia

e homeopatia), fitoterapia

• Sistema imunológico (glóbulos brancos, anticorpos e imunidade)

OITAVA SÉRIE

I – Astronomia e Astronáutica

Conhecimentos físicosConhecimentos químicos

Conhecimentos biológicos

• Sol: fonte de luz e calor

• Medidas de tempo (instrumentos construídos pelo homem, como relógio do sol, relógios digital analógicos, digitais e calendários

• Imunização artificial (soro e vacina)

• Tratamento quimioterápico

• Intoxicação por agentes químicos, agrotóxicos, inseticidas e metais pesados

• Diagnósticos• Tratamentos (alopatia

e homeopatia), fitoterapia

• Sistema imunológico (glóbulos brancos, anticorpos e imunidade)

88

• Telecomunicações: satélites, internet, ondas, fibras, ópticas

II – Segurança no trânsito

Conhecimentos físicosConhecimentos químicos

Conhecimentos biológicos

• Movimento, deslocamento, trajetória e referencial

• Velocidade, velocidade média e aceleração

• Distância: tempo• Inércia: resistência do

ar, força de atrito, aerodinâmica equipamentos de segurança dos meios de transporte; A relação entre força, massa aceleração

• Máquinas simples• Magnetismo e

eletricidade

• Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências no trânsito

• Acidentes de trânsito • Uso de drogas (álcool) • Tempo de reação e

reflexo (efeitos do álcool) comparado entre um organismo que ingeriu drogas e álcool

• Prevenção de acidentes;

III – Transformação da matéria e da energia

89

Conhecimentos físicosConhecimentos químicos

Conhecimentos biológicos

• Energia (condutores, fontes, aplicações e transformações)

• Segurança e prevenção

• Eletricidade (condutores, fontes, aplicações e transformação)

• Magnetismo (imãs e bússola)

• Fotossíntese• Fermentação• Respiração• Combustão

• Energia na célula (produção, transferência, utilização e armazenamento)

• Nutrientes (tipos e funções)

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A partir dos objetivos de Ciências e dos elementos do movimento C.T.S.

da descrição dos conteúdos, propõe-se que os conteúdos específicos

sejam encaminhados metodologicamente numa abordagem articulada,

seguindo uma perspectiva crítica e histórica entre os conhecimentos

físicos, químicos e biológicos.

Para que essa proposta do currículo de Ciências se efetive na escola é

preciso que os participantes do ensino-aprendizagem partilhem da

concepção da Ciência como construção humana, cujos conhecimentos

científicos são passíveis de alterações ao longo da história da humanidade

e marcado por interesses de poder. A partir dessa compreensão, os

conteúdos de Ciências na escola, exige o conhecimento científico de

outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que

ocorrem no mundo, como a química, a física, a biologia, a geociência e a

astronomia.

Assim, esta proposta de encaminhamento orienta-se por uma abordagem

crítica, que considera a prática social do sujeito histórico, priorizando os

conteúdos estruturais e específicos de 5ª a 8ª séries do ensino

90

fundamental de uma forma articulada, superando o engessamento dos

conteúdos tradicionais no âmbito escolar.

Nesse sentido, os conteúdos específicos elencados, nesta proposta devem

ser tratados ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, respeitando

o nível cognitivo do aluno, a realidade local, a diversidade cultural, as

diferentes formas de apropriação dos conteúdos por parte dos alunos e

adotando uma linguagem coerente com a faixa etária, aumentando

gradativamente e aprofundando a abordagem desses conteúdos.

Nestas diretrizes pretende-se que os conteúdos de física, química e

biologia, estejam inseridos de modo articulado em todas as séries do

ensino fundamental.

AVALIAÇÃO

A avaliação, como parte dos processos de ensino e de aprendizagem, não

é uma mera classificação de alunos, mas sim um processo de verificação

das dificuldades desses alunos que permite ao professor intervir de modo

a fazer com que possam progredir. A avaliação tem ainda a função de

propiciar ao professor que verifique o alcance do seu próprio trabalho e, se

necessário, reformula-lo.

Como os alunos possuem ritmos e muitas outras características diferentes

uns dos outros, devemos diversificar os instrumentos de avaliação.

A avaliação deve verificar se os alunos investigam, elaboram e testam

hipóteses; se expõem e debatem diferentes opiniões e conclusões; se

comunicam oralmente e/ou por escrito os produtos dos trabalhos

realizados e se confiam na sua própria capacidade de enfrentar desafios.

Então, o aluno será avaliado por meio de leituras, observações,

experimentações e coleta de dados, pesquisas, esquemas, tabelas,

91

produção de textos, ilustrações e relatórios. Podendo ser oral ou escrita,

individual ou em grupo.

A avaliação das atividades realizadas pelos alunos terá valor 4,0, e as

provas valor 6,0. A média bimestral será a somatória das atividades e das

provas, ou seja, 10,0.

Ao aluno que não conseguir atingir a média, será realizada uma

recuperação paralela de cada avaliação, com revisão dos conteúdos dados

durante o bimestre.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VALLE, Cecília. Tecnologia e Sociedade, Coleção Ciência

CRUZ, Daniel. Coleção, Ed. Ática

LEITE, Eduardo Canto do. Ciências Naturais.

PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES

EMENTA

O objeto de estudo da disciplina de Artes contempla o conhecimento

estético, o conhecimento artístico e o conhecimento contextualizado.

Norteado pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do

conhecimento em Arte se efetiva na inter-relação de saberes que se

concretiza na experimentação estética por meio da percepção, da análise,

da criação/produção e da contextualização histórica.

OBJETIVOS

• Valorizar a arte como parte da vida do ser humano enquanto ser

social, descobrindo seu próprio potencial de criação artística;

92

• Aprimorar a sensibilidade para apreciação de expressões artísticas

nas diversas linguagens da arte, nas suas mais variadas formas;

• Examinar diversas manifestações artísticas, inferindo o que possuem

de comum e diferenciado como expressões de cultura em diversas

épocas;

• Construir conhecimento quanto à história da arte, centrando

atenção em determinado período artístico (ver conteúdo conforme a

série);

• Análise crítica da imagem e de sua natureza estática e dinâmica;

• Conhecer, reinterpretar diversas formas de produções sonoras de

diferentes épocas;

• Consciência corporal como forma de comunicação e expressão –

Reflexão crítica acerca de conceitos do corpo e da dança;

• Reconhecimento e consciência corporal através da representação –

percepção da ação e do movimento enquanto fator de interação

com o mundo;

• Levar o aluno a compreender a importância do Patrimônio Histórico

e cultural e das manifestações da cultura popular;

• Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos para

adquirir e construir conhecimento no campo das artes.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Partindo da constatação que: “Não há povo sem arte, da mesma maneira

que não há arte sem povo”, serão examinados alguns períodos artísticos,

desde as remotas origens pré-históricas até a época contemporânea numa

abordagem ampla de várias expressões da arte, como pintura, escultura,

arquitetura, música, teatro, dança, etc.

Através de aulas expositivas dialogadas, com utilização de recursos de

ensino: material impresso (livros, textos, figuras, telas), áudios-visuais,

será feito a articulação entre a teoria e a prática e as realidades sociais,

93

levando em conta os saberes acumulados (experiência construída

historicamente).

Priorização de atividades pedagógicas que valorizem o pensamento

reflexivo e a articulação entre teoria e prática.

- Debates, pesquisas, discussão de textos, leitura de imagens (fotos,

obras de arte, imagens televisivas, propagandas, moda)

- Estímulo à criatividade com atividades significativas, tendo como base

a investigação e problematização – prática da Arte:

- Estudo do meio, entrevista, álbum temático, trabalho artístico (da

prática imitativa à prática criadora), Exposição – valorização da

produção artística dos alunos, apresentações de grupos de dança,

música, teatro, artes literárias.

AVALIAÇÃO

Pela adoção dos encaminhamentos teórico-metodológico apresentados,

exige-se a superação da forma tradicional, estanque e às vezes arbitrária

de avaliação que se limitam à classificação dos alunos em talentosos ou

incapazes, a partir do resultado de suas produções ou expressões.

Será avaliado o processo de elaboração e análise das manifestações

artístico-culturais dos alunos, identificando na medida em que expressam

a apropriação de noções e conceitos específicos da arte, bem como da

produção, levando em conta que a avaliação é um meio e não um fim em

si mesmo.

O processo será contínuo, diagnóstico, dialético, tratado como parte

integrante das relações de ensino-aprendizagem.

94

A avaliação na disciplina de Artes não será utilizada como mecanismo

para classificar, excluir ou promover o aluno, mas como um parâmetro da

práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos

sinalizadores do replanejamento tendo em vista os objetivos propostos da

disciplina.

Alguns critérios de avaliação em Artes:

• Estabelecer relações com o trabalho de arte produzido por si, por

seu grupo sem discriminações estéticas, étnicas e de gênero, no

entanto pelos conhecimentos da linguagem, deverá ser levada em

conta a relação entre criador e o que foi criado com fundamentação

e apontamento de caminhos para possíveis redimensionamentos das

práticas pedagógicas, levando o educando a sair do lugar comum,

do gosto pessoal e do espontaneísmo, sendo, portanto uma

avaliação centrada no conhecimento.

• Identificar os elementos da linguagem visual e suas relações em

trabalhos artísticos e na natureza;

• Criar formas artísticas por meio de poéticas pessoais (textos,

poesias, roteiros);

• Conhecer e apreciar trabalhos e objetos de arte por meio das

próprias emoções, reflexões e conhecimento (dança, música, teatro);

• Leitura e interpretação das produções/manisfestações, a elaboração

de trabalhos artísticos e o estabelecimento de relações entre esses

conhecimentos e o dia a dia do educando, evidenciadas tanto no

processo, quanto na produção individual e coletiva.

• Pesquisa, participação em sala de aula, leitura de obras, relatórios.

• Mostrar conhecimento da História da Arte de forma contextualizada.

• Conferência das atividades realizadas em sala de aula.

CONTEÚDOS:

95

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DAS QUATRO SÉRIES:

1 – Elementos básicos das linguagens artísticas

2 – Produções/manifestações artísticas

3 – Elementos contextualizadores

A disciplina de Artes no Ensino Fundamental contempla as linguagens das

artes visuais, da dança, da música e do teatro e os conteúdos

estruturantes selecionados por essa disciplina vem constituir a base para

a prática pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes

compreendem todos os aspectos do objeto de estudos e oferecem

possibilidades de organização dos conteúdos específicos.

Tais conteúdos são basilares na organização da disciplina de Artes e

apresentam uma unidade interdependente, além de permitir uma

correspondência entre as linguagens.

Os elementos básicos das linguagens artísticas estarão presentes em

todas as linguagens artísticas desdobrando-se em conteúdos específicos

em cada uma delas.

1 – Elementos básicos da linguagem:

- Das Artes Visuais - Imagem: forma; superfície; espacialidade; volume;

ponto; linha texturas; movimento; luz; cor.

- Da Dança: Movimento e não movimento: corpo; espaço; ações;

dinâmicas/ritmo; relacionamentos.

- Da Música: Som: sons sucessivos – melodia; ritmo; sons simultâneos –

harmonia; qualidade do som – intensidade; duração; altura; timbre;

estruturas musicais – densidade.

- Do Teatro: Personagem: Expressão corporal; expressão gestual;

expressão vocal; expressão facial; caracterização de personagens.

Espaço cênico: cenografia; iluminação; sonoplastia. Ação Cênica:

enredo; roteiro. Texto dramático.

96

2 – Produções/Manifestações Artísticas:

- Nas Artes Visuais: Imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura,

fotografia, propaganda visual); Imagens tridimensionais (esculturas,

instalações, construções arquitetônicas; Imagens virtuais (cinema,

televisão, computação gráfica, vídeo-arte)).

- Na Dança: Composições coreográficas; improvisações coreográficas;

- Na música: Composições musicais, improvisações musicais,

interpretações musicais.

- Do Teatro: Representação teatral direta e indireta; improvisação cênica:

dramatização.

3 – Elementos contextualizadores:

Contextualização histórica (social, política, econômica e cultural)

autores/artistas; gêneros; estilos; técnicas; correntes artísticas; relações

identitárias locais/regionais/globais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE

5ª SÈRIE

História da Arte: Pré-História aos nossos dias. Uma visão geral dos

períodos com ilustração em gráfico, observação de imagens, vídeo.

Ponto, linha e plano;

Arte com pontos e linhas – Classificação de linhas - criatividade com

linhas;

Cor e natureza;

Cor forma e movimento;

Cores: primárias, secundárias, monocromia, policromia.

Pintores primitivos;

Pintura: monocromática, policrômica, com cores primárias, secundárias,

Pintura com as mãos, cores riscos e rabiscos;

Arte Indígena – Pintura indígena, trama.

97

Letras e números - A arte com letras e números;

Simetria na arte

Reta e segmento, semi-reta e ângulos, concorrentes e paralelas;

Ângulos, triângulos, quadriláteros, circunferência e círculos;

Arte com triângulos, decoração com ângulos, os quadriláteros na pintura,

circunferências e círculos na arte.

Op art – Fundamentação e observação de obras

Recortes e colagens – rendados de papel, bonecos de papel recortados,

máscaras de papel, máscaras em nossa arte;

Quadro-colagem, mosaico, Técnicas de colagens-criatividade

Folclore – fonte de origem do folclore brasileiro, manifestações do folclore

brasileiro (festas música, dança, artesanato)

Patrimônio Histórico Cultural-Valorização e preservação

Reconhecimento do Patrimônio Histórico e Cultural do município de

Maringá

Teatro: jogos teatrais

Portinari – Sua vida, sua obra. Portinari e as brincadeiras de criança.

Hinos Pátrios: letra, música e ilustração. Projeto Interdisciplinar

6ª SÉRIE

Arte o que é? Pra que existe? (texto-vídeo)

O artista, a obra artística, o período artístico.

Observação de obras de Arte (Referência à História da Arte)

Artes Plásticas: Definição

Elementos da composição plástica;

Elementos essenciais:

Ponto, Linha, Forma (modificação de formas, composição decorativa,

desenho do natural, estilização), Cor – Cores terciárias,Harmonia análoga e

complementar; Escala cromática.

Elementos racionais da composição plástica – observação de estilos

Composição dos elementos;

Unidade, Harmonia, Equilíbrio – Simétrico e assimétrico Ritmo, Movimento

98

O artista

Luz e sombra – arte em branco e preto

Técnicas de pintura e desenho – a arte de desenhar

Desenho de observação, desenho criativo

Monotipia e Xilografia: histórico e prática

Recortes e colagens – A colagem na escola:

Colagem-inversão,Técnica mista, Papel rasgado, Papel rendado, Colagem

cômica e absurda, colagem vitral, colagens abstratas e figurativas com

figuras geométricas.

Cultura Afro-descendente- aspectos gerais - slides, documentário, filme

Folclore - manifestações da cultura popular (arte de caminhão, tecelagem,

modelagem, mestre Vitalino, artesanato brasileiro, festas, danças e

música)

Histórias em quadrinhos - Leitura das histórias

Ilustrações: textos e músicas

História da Arte: Abstracionismo, Cubismo, Impressionismo, Alfredo Volpi

- sua vida, sua arte.

Elementos geométricos na arte: ângulos na escultura, a linha na

arquitetura, triângulos na pintura, losangos na decoração, arte com

trapézios, circunferências na arte.

Patrimônio Histórico e Cultural: Reconhecimento, valorização e formas

de Preservação.

Teatro: História do teatro – teatro no Brasil

Mímica e expressão corporal

Música – Audição, identificação de estilos, Apresentação cênica

relacionada à música.

Paródia

Dança: Artista que pintaram a Dança

Montagem coreográfica de Dança

Hinos Pátrios – Letra, música. Projeto Interdisciplinar

99

7º SÉRIE

Arte o que é? Pra que existe? A natureza do belo, da percepção e do

prazer estético

O artista, a obra artística, o período artístico.

Observação de obras de Arte (Referência à História da Arte)

A comunicação natural do brasileiro: formas de comunicação

Meios de comunicação; Teatro, circo, cinema, televisão, o rádio, jornais,

revistas, escolas de samba, a propaganda etc..

Propaganda e publicidade: definição, as bases da propaganda,

classificação dos veículos.

A comunicação da cor nos objetos: Teoria das cores, estudo de

harmonia de cores (cor luz, cor pigmento)

Publicidade e propaganda através de:

Cartazes

Slogan

Logotipos

Embalagens

Capas

Música: Geração Coca-Cola – Legião Urbana

Criação de propaganda publicitária

Leitura de imagens publicitárias

História da Arte: Leitura de os grandes mestres - Observação de Obras

de Arte

Dinâmica de grupo – Leitura coletiva e em grupo de obras dos grandes

mestres da pintura.

A cor na Obra de Arte – Estudo das cores de forma contextualizada, cor

e contraste, mutação cromática.

Pop Arte - Arte da propaganda e publicidade

Romero Brito – sua vida, sua obra.

Trabalho prático - pintura Pop arte – inspiração nas obras de Romero Brito(

Explorar: linhas, formas texturas, cores)

Figurativo, Abstrato

100

História da Arte - artistas abstracionistas - Cândido Portinari e Alfredo

Volpi – vida e obras- atividade prática

Leitura de Obras

Releitura - Desenho e pintura

Técnica de desenho e pintura – grafite, lápis de cor, guache, carvão.

Folclore – manifestações da cultura popular (música, dança, festas

populares, artesanato, cerâmica no Brasil...)

Artistas que pintaram brinquedos de crianças

Prática de brinquedos cantados e brincadeiras de crianças

Dísticos de caminhão, provérbios, parlendas...

Colagens: A geometria na arte (composições com formas

geométricas):Figurativo, Abstrato - Exploração de cores

Patrimônio Histórico e Cultural – Reconhecimento, valorização e

Preservação.

Museu – Características e importância .

Visita a Museu e ao Patrimônio Histórico e cultural do município de

Maringá

Teatro: história e evolução - O teatro moderno

Exercícios de expressão corporal

Representação teatral através da observação de obras de arte (estudo das

telas)

A arte da música – Pesquisa MPB

Apresentação cênica relacionada à música

Dança: Apresentação de telas de pintores consagrados e mestres da

pintura relacionados à dança.

Texto – Quem dança é mais feliz

Montagem coreográfica de Dança – seleção de estilos (trabalho em grupo).

Hinos Pátrios – Letra e Música – Projeto Interdisciplinar

8ª Serie

Arte o que é? Pra que existe? Vídeo: A Arte através dos tempos - narração

Douglas Tufano

101

O artista, a obra artística, o período artístico.

Observação de obras de Arte (Referência à História da Arte)

Leitura de obras de Arte - roteiro prévio

Releitura de obras de arte (exploração de linhas, formas cores,

movimento, ritmo, harmonia).

Técnicas de desenho e pintura – gravura, Manga, estilização,

ilustração, comunicação visual, as cores nas artes gráficas(pintura), os

gravadores e a xilografia

Literatura de Cordel

Caricaturas, caricaturistas, cartum, cartunistas – atividade prática

Ampliação, redução

Desenho – Figura humana

Cultura Afro-descendente e Africana – Heitor dos Prazeres, Tarsila do

Amaral, Portinari e outros artistas

Leitura de obra de arte (negros)

Releitura de obras de artistas que retrataram negro

Folclore: manifestações da cultura popular ( máscaras afros, peças de

cerâmica, música, dança, comidas típicas, artesanato..)

História do telejornalismo brasileiro - Texto, seleção de notícias.

Apresentação de notícias selecionadas em grupo através de fantoches.

Criação de notícias e apresentação em linguagem televisiva

O jornal na escola – programação visual

Arte abstrata, tachismo, concretismo. – conceitos, observação de

obras, artistas.

Prática - colagem

As artes plásticas e a semana de Arte moderna - Modernismo no

Brasil

Tarsila do Amaral: slides - biografia, obras, trabalho prático – leitura de

obras e releitura.

Teatro: história e evolução (elementos: Ação, ator, cenário, figurino,

personagem, roteiro, texto)

Representação corporal através da observação de obras de arte

Patrimônio Histórico Cultural – Paraná e Brasil.

102

Teatro – espaço físico – visita a um teatro da cidade de Maringá.

Música: Evolução de estilos – tendências contemporâneas

Apresentações em grupos.

Hinos Pátrios: Letra e música. Projeto Interdisciplinar

BIBLIOGRAFIA:

OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. Editora campus, 1989.

PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática, 1994.

Diretrizes Curriculares de Arte Para o Ensino Fundamental,Versão

Preliminar. SEED-PR.

COSTA,Cristina. Questões de Arte. Editora Moderna,1999.

TELMA, Vasconcelos, LEONARDO, Nogueira. Reviver Nossa Arte. Editora

Scipione, 1991.

PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

EMENTA:

A Educação Física direcionada para a formação do homem contemporâneo

com ênfase no desenvolvimento de suas múltiplas dimensões humanas ao

atribuir uma educação crítica com atributos éticos e expressivos.

OBJETIVOS GERAIS:

1. Garantir o acesso dos alunos às práticas da corporalidade;

2. Favorecer a construção de indivíduos críticos e criativos;

3. Contribuir para a formação de indivíduo com uma visão omnilateral,

superando uma perspectiva fragmentada de homem;

4. Propiciar momentos educativos onde haja simbiose entre os saberes

do professor e dos alunos.

CONTEÚDOS

5ª Série

103

• Noções Antropometria (crescimento corporal);

• Qualidade de vida (importância do sono, higiene corporal – conceito,

vestimenta adequada para a prática esportiva, malefícios do cigarro,

importância da postura correta);

• Tênis de mesa (noções básicas de regras e fundamentos);

• Ginástica (alongamento das articulações);

• Noções de ritmo (movimentos rítmicos sem música);

• Handebol, basquetebol, futsal e voleibol – histórico, origem e evolução;

• Domínio de bola, fundamentos básicos de cada modalidade;

• Xadrez (iniciação – histórico, movimentações básicas das peças).

6ª Série

• Handebol, basquetebol, futsal e voleibol (fundamentos técnicos, jogos

pré-desportivos);

• Xadrez (histórico e movimentações básicas das peças);

• Primeiros socorros (definição, transporte dos acidentados, hemorragias

e fraturas);

• Qualidade de vida (obesidade e importância do sono, postura correta);

• Tênis de mesa (desenvolvimento do jogo e regras básicas);

• Ginástica (alongamento das articulações).

7ª Série

• Handebol, basquetebol, futsal e voleibol (fundamentos técnicos, jogos e

principais regras);

• Aprimoramento dos fundamentos técnicos do jogo;

• Primeiros Socorros (hemorragias interna e externa, fraturas, luxação,

entorse e distensão);

• Qualidade de vida (sedentarismo, importância do sono, drogas);

104

• Tênis de mesa (principais regras, desenvolvimento do jogo);

• Ginástica (aquecimento das articulações);

• Xadrez (iniciação às jogadas ensaiadas).

8ª Série

• Handebol, basquetebol, futsal e voleibol (fundamentos táticos, sistema

ofensivo e defensivo, aprimoramento técnico e arbitragem);

• Primeiros socorros (asfixia, método de respiração artificial, desmaio,

queimadura e envenenamento);

• Qualidade de vida (a importância da atividade física, drogas –

conseqüências para a saúde, alimentação e atividade física);

• Tênis de mesa (regras e desenvolvimento do jogo);

• Ginástica (alongamento das articulações);

• Xadrez (jogadas ensaiadas).

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os conteúdos serão desenvolvidos, através de atividades práticas e

teóricas.

Depois da explicação feita pelo professor, o aluno deverá executar do

simples para o mais complexo as atividades propostas, seguindo sempre a

observação de trabalhos teóricos em grupo e individual, podendo ser

utilizado os mesmos recursos das aulas teóricas tais como revistas,

jornais, vídeo, DVD e internet.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

O aluno será avaliado através da realização dos conteúdos referentes a

cada bimestre e seu desempenho nas aulas.

O padrão técnico nos desportos não será considerado para formação de

atletas e sim para manutenção da qualidade de vida como uma prática.

Valores: realização das atividades práticas – 60

realização das atividades teóricas – 40

105

BIBLIOGRAFIA

- Teixeira de Oliveira, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de

Educação Física na Escola Básica. Pensar a Prática – Goiânia, 2:1-23,

junho/julho 1998.

- Radespiel, Maria – Alfabetização sem segredos novos tempos Educação

Física – Editora Temar.

PROPOSTAS CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO

EMENTA:

O Ensino Religioso como disciplina escolar do Ensino Fundamental,

abordará durante o ano letivo os seguintes eixos estruturantes: Paisagem

Religiosa, Símbolo e Texto Sagrado.

OBJETIVOS GERAIS:

•Conhecer na evolução da estrutura religiosa a formação da idéia do

transcendente no decorrer dos tempos, analisando as diferentes

mudanças culturais que determinam as ideologias religiosas que

perpassam a redação dos textos sagrados para um determinado grupo;

•Compreender o respeito à diversidade cultural religiosa em suas relações

éticas e sociais diante da sociedade fomentando medidas de repúdio à

toda e qualquer forma de preconceitos e discriminação;

•Reconhecer que todos nós somos portadores de singularidades e

respeitarmo-nos nas nossas diferenças como cidadãos.

CONTEÚDOS

O objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do

Sagrado. Esse fenômeno religioso será analisado pelas instâncias

Paisagem Religiosa, Símbolo e Texto Sagrado nas diversas tradições

religiosas (Africana, Oriental, Ocidental, Afro-brasileiras, Ameríndios,

etc.).

106

5ª SÉRIE

107

CO

NTEÚ

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◄►

O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA PÚBLICA

- Orientações Legais;

- Objetivos;

- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o

Ensino Religioso como disciplina escolar.

I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e

Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa;

- Direito a professar fé e liberdade de opinião e

expressão;

- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;

- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

II LUGARES SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares

de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade,

principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.

- Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas,

cachoeiras, etc.

- Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

III TEXTOS PRAOS E ESCROTPS – SAGRADOS

- Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e

escrita pelas diferentes culturas religiosas;

- Leitura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas,

orações, etc.)

IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos

organizados institucionalmente. Serão tratadas como

conteúdos, destacando-se as suas principais características

de organização, compreensão e de relações com o sagrado.

- Fundadores e/ou líderes religiosos;

108

6ª SÉRIE

109

CO

NTEÚ

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RELIG

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A

S

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O◄►

◄►

I UNIVERSO SIMBOLICO RELIGIOSO

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e

textos:

- Nos ritos;

- Nos mitos;

- No cotidiano.II RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações

religiosos, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser

compreendidos como a recapitulação de um acontecimento

sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à

preservação da identidade de diferentes

tradições/manifestações religiosas e também podem

remeter a possibilidades futuras a partir de transformações

presentes.

- Ritos de passagem;

- Mortuários;

- Propiciatórios;

- Outros.

III FESTAS RELIGIOSAS

São os eventos organizados pelos diferentes grupos,

religiosos, com objetivos diversos: confraternização,

rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.

- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos,

datas comemorativas.

IV VIDA E MORTE

- Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e

escrita pelas diferentes culturas religiosas;

- Leitura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas,

orações, etc.)

IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As respostas elaboradas para vida além da morte nas

110

METODOLOGIA

Com o compromisso de superar toda forma de proselitismo e ou a

discriminação de qualquer expressão do sagrado, o processo educativo da

disciplina de Ensino Religioso fomentará o respeito às diversas

manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos

alunos. Com esse objetivo, as abordagens de manifestações religiosas ou

expressões do sagrado, partirá das menos conhecidas e ou desconhecidas

dos alunos, para posteriormente, inserir os conteúdos que tratam de

manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo

cultural dos mesmos, evitando assim, a redução dos conteúdos da

disciplina às manifestações religiosas hegemônicas.

A abordagem das tradições e manifestações religiosas mais conhecidas e

ou majoritários serão objeto de estudo ao final de cada conteúdo tratado,

de modo que os conhecimentos aprendidos de outras manifestações

religiosas, constituam-se em novas referências para se analisar e

aprofundar os conhecimentos a respeito das manifestações já conhecidas

e ou praticadas pelos alunos e ou na comunidade.

AVALIAÇÃO

O aluno será avaliado e irá se auto avaliar a partir do seu envolvimento e

participação nas atividades realizadas em sala e em casa.

BIBLIOGRAFIA

Currículo Básico para Escola Pública do Paraná, 1990.

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental,

2006.

Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental Ensino Religioso, 2005.

111

Diversidade religiosa e direitos humanos. Coordenadora Regina Maria da

Rocha Loures Bueno, Círculo de Cooperação da URI Curitiba, Gráfica da

Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, 2005.

GUILOUSKI, Borres; COSTA, Diná D.; SCHOGL, Ermile. Ensino Religioso:

Sugestões Pedagógicas, ASSINTEC. Curitiba/Pr, 2002.

Informativos da ASSINTEC, Associação Interconfessional de Educação,

2004.

Informações sobre Tradições Religiosas, ASSINTEC, 2003.

JORDAK, Dora M. Coleção Religiões do Mundo, Ed. Brasileitura, 2003.

JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo; ALVES, Luiz Alberto Sousa. “O

contexto pluralista para a formação do professor de Ensino Religioso. In:

Revista Diálogo Educacional, Curitiba. V.5, n. 16, p. 229 – 246, set./dez.

2005.

SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica, Ed. Nova Geração, 2003.

PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

EMENTA:

O ensino da Geografia numa abordagem crítica com ênfase na dimensão

econômica da produção do/no espaço, a dimensão sócio-ambiental, a

dinâmica cultural demográfica e a questão geopolítica, considerando os

conceitos sociedade: natureza, território, região, paisagem e lugar.

Objetivo Geral:

Cabe hoje à geografia e ao ensino de geografia, abordar as relações de

poder que constituem território nas mais variadas escalas.

Objetivos Específicos:

112

• Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da geografia

(mapas, gráficos, tabelas etc.), considerando-os como elementos de

representação de fatos e fenômenos espaciais e/ou espacializados.

• Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica,

como formas de organizar e conhecer a localização, distribuição e

freqüência dos fenômenos naturais e humanos.

• Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação

e interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de

cada lugar, paisagem ou território.

• Selecionar e elaborar esquemas de investigação que desenvolvam a

observação dos processos de formação e transformação dos

territórios, tendo em vista as relações de trabalho, a incorporação de

técnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais.

• Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre

preservação e degradação da vida no planeta, tendo em vista o

conhecimento de sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos

culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a

natureza, nas diferentes escalas – local, regional, nacional e global.

• Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço

geográfico atual a sua essência, ou seja, os processos históricos,

construídos em diferentes tempos, e os processos contemporâneos,

conjunto de práticas dos diferentes agentes, que resultam em

profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço.

• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da

Geografia.

• Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais,

sociais, econômicas, culturais e políticas no seu “lugar no mundo”,

comparando e sintetizando a densidade das relações e

transformações que tornam concreta e vivida a realidade.

• Perceber-se como parte do espaço e como sujeito social.

113

• Conhecer e compreender a organização do lugar em que vive,

reconhecendo o espaço geográfico como resultante das relações

entre os indivíduos e destes com a natureza.

• Perceber que a organização do espaço reflete a dinâmica do modo

de vida dos grupos humanos dando ênfase ao estado do Paraná.

• Conhecer as dinâmicas e interações dos fenômenos geográficos.

• Reconhecer as desigualdades sócio-econômicas, compreender suas

causas e sua inserção no espaço, tendo em vista o desenvolvimento

de ações que objetivam as transformações sociais necessárias a

uma sociedade mais justa.

• Compreender e valorizar a sociodiversidade entre povos e

indivíduos.

• Reconhecer a interação da Geografia com outras áreas do

conhecimento.

• Ler e compreender diversas fontes textuais, documentais e

imagéticas, interpretando, analisando, relacionando e localizando

informações sobre o espaço geográfico.

• Conhecer a linguagem cartográfica e utiliza-la na obtenção de

informações sobre fenômenos espacializados, assim como saber

representa-los espacialmente.

Conteúdos para 5ª Série:

• Espaço e tempo: duas noções importantes.

• Aprendendo a orientar-se.

• Aprendendo a localizar: os paralelos.

• Aprendendo a localizar: os meridianos e as coordenadas geográficas.

• A linguagem cartográfica.

• O movimento de rotação da Terra: a base da divisão do tempo em

dias e horas.

• As fases da lua: a base da divisão do tempo em semanas e meses.

• O movimento de translação da Terra: a base da divisão do tempo em

anos ( as estações do ano).

114

• A natureza é a fonte da vida: portanto não pode ser destruída.

• O trabalho humano.

• A natureza é transformada em produto pelo trabalho humano.

• A interdependência e a integração do trabalho humano.

• O mercado consumidor.

• Revolução Industrial: impactos nas sociedades e na natureza.

• A agropecuária e as condições ambientais (clima, solo e relevo).

• O extrativismo mineral

Conteúdos para 6ªSérie:

A Produção do Espaço Geográfico Brasileiro

• O Brasil indígena já existia antes do Brasil português e do Brasil

brasileiro.

• A apropriação do espaço indígena e a construção de espaços

geográficos no Brasil, destacando o Paraná.

• A construção de espaços geográficos no Brasil.

• Nordeste: a construção de espaços geográficos.

• A construção dos espaços geográficos do Agreste, do Sertão e do

Meio-Norte.

• Sudeste: a mineração e a cafeicultura como “motores” da

construção dos espaços geográficos.

• Sul e Centro-Oeste: a construção e a reconstrução de espaços

geográficos, dando ênfase ao estado do Paraná.

• Norte ou Amazônia: a construção de espaços geográficos.

Da Sociedade Agrária para a Urbano-Industrial (mudanças na Economia e

no Espaço Geográfico)

• Brasil: país de industrialização tardia ou retardatária.

• As fontes de energia utilizadas na produção e nos transportes.

115

• A urbanização brasileira no século XX e seus problemas.

• Panorama da agropecuária no Brasil.

O Território Brasileiro e as Condições Ambientais

• Domínios morfoclimáticos.

• Domínios morfoclimáticos e o ambientalismo.

• A população brasileira.

• População e cultura do Paraná.

Conteúdos para 7ª Série:

Um Só Mundo e Muitos Cenários Geográficos.

• A Geografia da diversidade de paisagens naturais e a regionalização.

• A formação e a distribuição dos continentes resultam da história da

natureza.

• Os países ou Estados resultam da história das sociedades humanas.

• Na diversidade étnica ou cultural está a unidade da humanidade.

• O cenário paranaense no contexto nacional.

Sociedade, Globalização e Regionalização.

• A Geografia da diversidade socioeconômica espacial

(regionalizações).

• Globalização e regionalização.

• O mercado desenhando novas fronteiras (regionalização em blocos

econômicos).

A Formação do Mundo Desenvolvido e do Mundo Subdesenvolvido

• As bases históricas do subdesenvolvimento.

• Subdesenvolvimento: idéias falsas e fatores internos.

O Mundo Subdesenvolvido

• A América: regionalizações e países de industrialização tardia.

116

• Países americanos com economia baseada na exportação de

produtos primários.

• África: um continente sofrido e explorado.

• África: economia e regionalização.

• A Ásia subdesenvolvida e o estudo de Israel.

• A Ásia subdesenvolvida.

Conteúdos para 8ª Série:

Modernização, Globalização e Sociedade de Consumo

• O desenvolvimento técnico-científico-informacional e as mudanças

na geografia mundial.

• O espaço geográfico e os fluxos da globalização.

• A era do consumo e a globalização dos costumes.

• A Geografia das Cidades Globais.

• Problemas ambientais urbanos.

• Modernização, agropecuária e fome.

• Problemas ambientais nas áreas rurais.

• Os acordos internacionais sobre o meio ambiente e as mudanças

climáticas.

As Potências do Atlântico Norte, A Europa Oriental e a CEI

• O Canadá: espaço integrado ao dos Estados Unidos.

• Os Estados Unidos: a potência mundial.

• A Europa Ocidental: em busca de sua unidade.

• A Europa Oriental e a Comunidade dos Estados Independentes(CEI):

espaços em transição.

• O mercado consumidor.

• Revolução Industrial: impactos nas sociedades e na natureza.

• A agropecuária e as condições ambientais (clima, solo e relevo).

• O extrativismo mineral

117

METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Os conteúdos serão trabalhados através de exposição oral; leitura e

interpretação de textos, mapas, gráficos e tabelas; atividades de

aprendizagem; atividades de campo; trabalhos em sala de aula; produções

de texto; trabalhos com mapas/ Atlas em grupo, em duplas e

individualmente partindo sempre do conhecimento que os alunos possuem

sobre cada assunto.

AVALIAÇÃO

Cada vez mais, a avaliação escolar deixa de ser considerada um

instrumento de controle, de vigilância e de punição, concentrada em

períodos determinados, para se tornar um procedimento dinâmico,

intensivo e global. A avaliação deve ser diferenciada e contínua, ou seja,

deve contemplar as especificidades e habilidades prévias dos alunos

durante todo o processo de ensino-aprendizagem.

Em vez de classificar o aluno e definir se ele será aprovado ou reprovado,

a avaliação é um instrumento que permite ao educando reconhecer suas

conquistas e dificuldades, clareando os desafios a serem vencidos e as

possibilidades de vence-los. Para o professor, ela possibilita repensar sua

prática pedagógica e ajusta-la às necessidades do processo de

aprendizagem de alguns alunos ou de toda a classe. Dessa forma, a

avaliação não só permite verificar se os conteúdos estão sendo

aprendidos, mas também perceber os avanços e as fragilidades do ensino

oferecido e, principalmente, criar condições para que os alunos aprendam

da melhor forma possível.

A avaliação será processual, diagnóstica e somativa. Como função

diagnóstica, pretende-se resgatar a compreensão constitutiva da

avaliação educacional, visto que possibilita uma tomada de decisão sobre

o objeto avaliado e permite repensar a prática e a ela retornar.

118

Como função processual avaliando o desenvolvimento do educando

durante o processo, tais como: participação no decorrer das aulas,

trabalhos, criatividade, provas objetivas e subjetivas, interpretação de

textos, reportagens, gráficos, tabelas e mapas.

A avaliação serve para acompanhamento cotidiano da aprendizagem.

Ajuda o professor a emitir juízos de valor mais adequados sobre o

aproveitamento escolar dos alunos. A avaliação investigativa e diagnostica

vista como acompanhamento de aprendizagem é continua, é uma espécie

de mapeamento que irá identificando as conquistas e os problemas em

seu desenvolvimento. Dessa forma, tem caráter investigativo e

processual.

Vários serão os parâmetros a serem utilizados e considerados no momento

da avaliação:

• Participação dos trabalhos em grupos com atividades escritas e

leitura;

• Capacidade de criar alternativas para a resolução dos problemas;

• Avaliação escrita, avaliações em grupo ou qualquer outra atividade

de caráter avaliativo sempre terá atribuição de índices que

representam o percentual o qual o aluno esteja inserido. Quando o

aluno apresentar dificuldade ou baixo rendimento será realizada

recuperação paralela das avaliações.

BIBLIOGRAFIA

OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. Para onde vai o ensino de

Geografia?São Paulo: Contexto, 1988. p. 141.

VESENTINI, Vesentini W. O ensino de Geografia no século XXI. In:

Caderno Prudentito de Geografia. N. 17, jul. 1995., Presidente Prudente:

AGB. P. 15.

______. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo: Contexto,

1997.

119

CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). A Geografia na sala de aula. São

Paulo: Contexto, 1999.

CORRÊA, Roberto Lobato. Espaço, um conceito – chave da

Geografia. In: CASTRO, Iná Elias de et al. (orgs). Geografia, conceitos e

temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

VERNIER, Jacques. O meio ambiente. Campinas: Papirus, 1994.

BRIGADÃO, Clóvis, RODRIGUES, Gilberto. Globalização a olho nu: o

mundo conectado. São Paulo: Moderna, 1998.

PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA

EMENTA:

O ensino da História como disciplina escolar no Ensino Fundamental

abordará durante o ano letivo o conteúdo estruturante.: Política,

Econômico-social e Cultural Dimensões.

OBJETIVOS GERAIS:

• Formar a consciência histórica do indivíduo, que é sujeito de uma

sociedade marcada por diferenças e desigualdades múltiplas

(identidade política, cidadã, cultural);

• Promover a edificação da capacidade de pensar historicamente;

• Propiciar informações, idéias e conceitos históricos aos alunos,

permitindo que estes atribuam sentido ao tempo e à História de forma

mais eficiente e adaptação ao mundo contemporâneo;

• Contribuir para a construção do conhecimento e respeito à diversidade

cultural.

120

CONTEÚDO:

5ª série

O estudo da História:

- Qual a origem do homem e da mulher;

- Como viviam os primeiros homens e mulheres;

- Como aprendemos a plantar e criar animais;

- O que sabemos sobre a Pré-História da América.

- Os povos indígenas no Brasil e no Paraná.

Antiguidade Oriental:

- Como as comunidades agrícolas

- Mesopotâmia

- Egito

- Hebreus

- Fenícios

Antiguidade Oriental:

- Persas

- As primeiras civilizações da África

- Civilizações Clássicas

- O mundo grego

Civilizações Clássicas – O mundo romano

6ª série

A Europa Medieval e o Oriente:

- A Alta Idade Média, século V a X;

- Império Bizantino;

- Império islã;

- A Baixa Idade Média, século XI a XV;

- Arte e Ensino – Idade Média.

A Europa Medieval e o Oriente:

- povos do oriente – séculos X a XVI

121

A Expansão Marítima e Comercial:

- Portugal no fim da Idade Média;

- As grandes navegações;

- Maias, Astecas e Incas;

- O encontro entre europeus e povos do novo mundo.

A Europa Moderna:

- Renascimento;

- Reformas Religiosas;

- O Antigo Regime.

A Colonização do Brasil:

- Por que e como o Brasil foi colonizado;

- Ciclo açucareiro

A Colonização do Brasil:

- Como ficou o Brasil;

- Rebeliões coloniais;

- Ciclo do ouro;

- Tempo dos bandeirantes.

A Colonização do Paraná:

- Os primeiros habitantes;

- As primeiras expedições exploradoras;

- A Colonização espanhola;

- Entradas e Bandeiras;

- Exploração do ouro;

- Tropeirismo.

Sob o domínio da burguesia:

- Período Imperial no Brasil;

- Ascensão da Burguesia Liberal na Europa;

- A segunda Revolução Industrial.

A expansão Imperialista:

- O Imperialismo e o neocolonialismo;

- Escravidão no Brasil;

- Imperialismo no Brasil;

- República do Brasil;

122

- I Guerra Mundial.

Expansão Paranaense:

- Comarca de Paranaguá e Curitiba;

- Província do Paraná;

- Desenvolvimento econômico.

8ª série

A Eclosão dos Movimentos Sociais:

- Primeira República no Brasil;

- Rebeliões no Brasil – República;

- Rebeliões em outros países;

- Revolução Russa;

- Socialismo e Anarquismo;

- Guerra do Contestado;

- Revolução de 1930.

O Poder do Estado (1920/1945):

- Mudanças no mundo na década de 1920;

- Tenentismo;

- A crise de 1929;

- Nazi-fascismo

- Estado Novo;

- II Guerra Mundial.

O mundo bipolarizado (1945/1989):

- A Guerra Fria;

- Período democrático no Brasil;

- - “Os Anos Dourados”;

- Regime Militar;

- A crise nas décadas de 1970 e 1980.

O mundo globalizado:

- Redemocratização no Brasil;

- Fim da Guerra Fria;

- O Brasil atual;

- Globalização e Neoliberalismo;

123

- Paraná: tendências atuais.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Quando se compreende que o ensino de História contribua para a

construção da consciência histórica é imprescindível que os alunos

compreendam os limites do livro didático, as diferentes interpretações de

um mesmo acontecimento histórico, a necessidade de ampliar o universo

de consultas. Para tanto, portanto, caberá ao professor problematizar , a

partir do conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento

histórico, considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é

processual, e deste modo exigirá que seja constantemente retomado.

O encaminhamento metodológico contemplará as seguintes

habilidades:

• Discussão coletiva e individual da historicidade dos conteúdos

(argumentação);

• Postura investigativa de grandes variedades de fontes: escritas,

iconográficas, orais, objetos (análise);

• Leitura de fontes historiográficas, jornalísticas, literárias, etc.;

• Organização de pesquisas, entrevistas;

• Construção de sínteses interpretativa e narrativa;

• Análises cartográficas;

• Construção de painéis, imagens, história em quadrinhos, cartazes,

charges, maquetes.

• Atividades em grupo e individual.

CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO:

124

A avaliação deve ser concebida como um processo a serviço de

formação, uma maneira de favorecer a aprendizagem.

A avaliação não deve priorizar o caráter classificatório e excludente.

A escola pública tem como compromisso diminuir as desigualdades sociais

visando uma sociedade mais justa e humana.

A avaliação diagnóstica permite ao professor e ao aluno verificar a

aprendizagem e suas lacunas possibilitando planejamentos e

encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.

No ensino da História, os critérios da avaliação seguirão a proposta

contida no Projeto Político Pedagógico, que segue abaixo:

•Duas avaliações escritas;

•Trabalhos em grupos e individuais;

•Tarefas e produção em sala;

•Recuperação paralela.

BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental. Versão

Preliminar – julho/2006.

CAMARGO, João Borba de, História do Paraná (1500-1889).

DIVALTE, História Geral.

JÚNIOR, Alfredo Baulos, História Geral – Moderna e Contemporânea.

BARSA.

Almanaque – 2006.

Atlas.

Delta Larousse – Veja – Super Interessante

PROPOSTA CURRICULAR DE PORTUGUÊS

EMENTA

A disciplina de Língua Portuguesa tem por finalidade de desenvolver a

oralidade, a leitura, a escrita e a gramática, em diferentes situações.

125

Promovendo através dos vários meios de comunicação (tais como: TV,

rádio, internet, gibi, revistas, jornais, panfletos, livros literários e didáticos)

a interação verbal necessária para que o aluno compreenda o universo

gramatical oral e escrito, para que possa se tornar um cidadão capaz de

escolher suas próprias leituras e caminhos a seguir.

CONTEÚDOS

DOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL:

Objetivo Geral: Desenvolver a expressão oral no sentido da adequação da

linguagem ao assunto, ao objetivo e aos interlocutores.

5a 6a 7a 8a Relatos (experiências pessoais, histórias familiares,

Brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos

(literários ou informativos), programas de tv,

filmes, entrevistas, etc.

X X X X

Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações

polêmicas contemporâneas, filmes, programas,

etc.)

X X X X

Criação (histórias, quadrinhas, piadas, charadas,

adivinhações

X

a) No que se refere às atividades da fala:

- clareza na exposição de idéias;

- seqüência na exposição de idéias;

- objetividade na exposição de idéias;

- consistência argumentativa na exposição de

idéias;

- adequação vocabular.

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

b) No que se refere à fala do outro:

- reconhecer as intenções e objetivos;

- julgar a fala do outro na perspectiva da

adequação às circunstâncias, da clareza e

consistência argumentativa.

X

X

X

X

X

X

X

X

c) No que se refere ao domínio da norma

padrão:

- concordância verbal e nominal;

X

X

X

X

X

X

X

X

126

- regência verbal e nominal;

- conjugação verbal;

- emprego de pronomes, advérbios e conjunções.

X

X

X

X

X

X

X

X

CONTEÚDOS:

DOMÍNIO DA LEITURA:

Objetivo Geral: Reconhecer em qualquer atividade da leitura a presença

do outro, bem como a sua intenção.

5a 6a 7a 8a Prática da leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos:

a) No que se refere à interpretação: - identificar as idéias básicas apresentadas no

texto;

X X X X

- reconhecer nos textos as suas especificidades

(texto narrativo ou informativo);

X X X X

- identificar o processo e o contexto de produção; X X X- confrontar as idéias contidas no texto e

argumentar com elas;

X X X

- atribuir significados que extrapolem o texto lido; X X X X- proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre

o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens

diferentes; o mesmo tema tratado em épocas

diferentes; o mesmo tema sob perspectivas.

X X

b) No que se refere à análise de textos lidos: - avaliar o nível argumentativo; X X X X- avaliar o texto na perspectiva da unidade

temática;

X X X X

- avaliar o texto na perspectiva da unidade

estrutural (paragrafação e recursos coesivos).

X X X X

c) No que se refere à mecânica da leitura: - ler com fluência entonação e ritmo,

percebendo o valor expressivo do texto e sua

relação com os sinais de pontuação.

X X X X

CONTEÚDOS:

DOMÍNIO DA ESCRITA:

127

Objetivo Geral: Desenvolver a noção de adequação na produção de textos,

reconhecendo a presença do interlocutor e as circunstâncias da produção.

5a 6a 7a 8a a) No que se refere à produção de textos:

- produção de textos ficcionais (narrativos); X X X X- produção de textos informativos; X X X X- produção de textos dissertativos. X X X

b) No que se refere ao conteúdo: - clareza; X X X X- coerência; X X X X- argumentação. X X X Xc) No que se refere à estrutura: - processos de coordenação e subordinação na

construção das orações;

X X

- uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios,

pronomes, etc.);

X X X

- a organização de parágrafos; X X X X- pontuação. X X X Xd) No que se refere à expressão: - adequação à norma padrão (concordância verbal

e nominal, regência verbal e nominal, conjugação

verbal);

X X X X

e) No que se refere à organização gráfica dos textos: - ortografia; X X X X- acentuação; X X X X- recursos gráficos – visuais (margem, título, etc.); X X X X

CONTEÚDOS:

DOMÍNIO DA GRAMÁTICA:

Objetivo Geral: Capacitar o aluno para o domínio da língua padrão, como

veículo de comunicação no o meio acadêmico e social;

5a 6a 7a 8a a) No que se refere aos aspectos gramaticais:- reconhecer e refletir sobre a estruturação do X X

128

texto: os recursos coesivos, a conectividade

seqüencial e a estruturação temática; - refletir e reconhecer as funções sintáticas

centrais: sujeito, objeto direto, objeto indireto e

predicativo;

X X X

- reconhecer as categorias sintáticas – os

constituintes: sujeito e predicado, núcleo e

especificadores;

X X X X

- a posição na sentença do sujeito, verbo e objeto,

e as possibilidades de inversão;

X X X

- a estrutura da oração com verbos: ser, ter e

haver;

X X X X

- sintagma verbal, nominal e sua flexão; X X- a complementação verbal: verbos transitivos e

intransitivos;

X X X

- as sentenças simples e complexas; X X X X- a coordenação e subordinação. X X

METODOLOGIA:

Trabalhar-se-á o ensino da Língua Portuguesa envolvendo os quatro eixos

fundamentais: a oralidade, a leitura, a escrita e a gramática. Todas essas

modalidades deverão ser desenvolvidas em conjunto, como suporte para o

ensino-aprendizagem.

• Quanto à oralidade incluirá a expressão corporal do aluno, isto é:

exposição de seminários, debates, dramatizações, etc.

• Quanto à leitura deverão ser abordados aspectos referentes: à

dinâmica da pré-leitura, à leitura mecânica, à análise da estrutura

textual, às técnicas de resumo, à interpretação e à análise textual

desenvolvendo a criticidade e experiência de vida do aluno

• Quanto à escrita serão trabalhadas várias tipologias textuais através de

produções e reestruturações textuais envolvendo técnicas de coesão e

coerência, bem como, expressão da norma padrão e da organização

gráfica dos textos.

129

• Quanto à gramática promover-se-á aulas expositivas, pesquisas em

gramáticas, dicionários e livros didáticos com o auxílio do professor,

análises em textos e reestruturações textuais

AVALIAÇÃO:

A avaliação será contínua através de tarefas, atividades em sala, trabalhos

literários e produção textual que somarão 4,0 pontos; duas provas

bimestrais valor 3,0 cada, totalizando 10,0 pontos. Após cada prova será

feita a recuperação paralela. A avaliação levará em conta a sua função

diagnóstica e será usada como subsídio para a revisão do processo ensino-

aprendizagem, como instrumento de análise do trabalho realizado.

BIBLIOGRAFIA:

Bordini & Aguiar. A formação do leitor: alternativas metodológicas.

Porto Alegre: UFRS, 1988.

Currículo Básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: Imprensa

Oficial Paraná, 1992.

PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

EMENTA

O ensino da Matemática trata a construção do Conhecimento Matemático,

por meio de uma visão histórica em que os conceitos são apresentados,

discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do

pensamento humano e na produção de sua existência por meio das idéias

e das tecnologias.

OBJETIVOS:

130

Resolver problemas, estimulando o raciocínio e a construção de

conceitos matemáticos;

Compreender conceitos e procedimentos matemáticos, a partir dos

conhecimentos sociais;

Desenvolver formas de raciocínio matemático;

Desenvolver estratégia para cálculo mental;

Desenvolver capacidades relativas a investigações matemáticas;

Estabelecer relações entre a matemática e sua realidade;

Estabelecer relações entre a matemática e outras áreas do

conhecimento;

Comunicar-se usando linguagem matemática;

Manter uma relação positiva com o aprendizado matemático;

Valorizar o conhecimento matemático;

Desenvolver atitudes de cooperação;

Iniciar uma educação tecnológica.

CONTEÚDOS POR SÉRIE

5ª série

Formas tridimencionais;

Operações fundamentais;

Formas planas;

Múltiplos e divisores;

Frações e porcentagem;

Construções geométricas;

Medidas e números decimais;

131

Estatística;

Áreas e perímetros;

Simetria.

6ª série

Números;

Construções geométricas;

Padrões numéricos;

Cálculos com números decimais;

Frações;

Medidas;

Números negativos;

Proporcionalidade;

Estatística;

Áreas e volumes;

Equações;

Geometria tridimencional.

7ª série

Números primos;

Operações com frações;

Construções geométricas;

Álgebra;

Ângulos, paralelas e polígonos;

Potencias e raízes;

132

Simetrias;

Estatística e possibilidades;

Figuras espaciais;

Áreas e volumes;

Sistemas de equações.

8ª série

Semelhança;

Potencias e raízes;

Equações e fatoração;

Medidas;

Estatística;

Equações e Sistemas de equações de 2º grau

Geometria dedutiva;

Regra de três simples e composta e juros

Trigonometria;

Construções geométricas;

Circulo e cilindro;

Conjuntos numéricos;

Álgebra.

METODOLOGIA

O trabalho desenvolvido defende a construção do conhecimento, a

autonomia e a formação do cidadão. O ensino centra-se no dialogo, na

133

troca de idéias, no trabalho em dupla ou em grupo, em atividades

cooperativas e interativas, no estudo individual, pesquisas,

experimentações, jogos, leitura, interpretação de texto e na resolução de

problemas.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação deve ser concebida como um processo a serviço da formação,

uma maneira de favorecer a aprendizagem.

Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação

encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão

de métodos avaliativos, isto é:

2 avaliações escritas;

trabalhos em grupo e individuais;

observação do trabalho em sala de aula, seguido de reflexão;

testes escritos individuais ou em duplas com ou sem consulta;

tarefas orais que envolvam argumentações;

recuperação paralela.

BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental

– Versão Preliminar – julho/2006.

D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática: teoria à prática.

POLYA, G. A arte de resolver problemas.

PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA -

INGLÊS

EMENTA:

134

O aprendizado de uma Língua Estrangeira concorre para o

desenvolvimento social do educando que se dá através do contato com a

língua e culturas estrangeiras, o que amplia sua visão de cidadania, os

valores culturais de seu país e de sua língua. É através da comparação das

culturas envolvidas que o educando, percebe e eventualmente muda, sua

concepção de mundo, tornando-o um ser mais crítico e reflexivo.

OBJETIVOS GERAIS:

• Ter uma experiência de se expressar e de ver o mundo, ampliando a

compreensão de seu próprio papel como cidadão de seu país e do

mundo.

• Reconhecer que a aquisição de uma ou mais línguas permite acessar

bens culturais da humanidade.

• Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer.

• Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em

situações diversas.

• Experimentar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação

que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e

coletivas.

• Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita.

• Compreender que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

• Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.

• Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural,

constatando seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

• Fazer uso da língua inglesa em situações concretas.

• Compreender aspectos sócio-culturais da língua-inglesa e a sua

influência em nossa cultura.

135

CONTEÚDOS:

Os níveis de organização lingüística (fonético-fonológico, léxico-semântico

e de sintaxe) devem servir ao uso da linguagem na compreensão e na

produção escrita, oral, verbal e não verbal.

Esses níveis serão trabalhados a partir de textos com fins educativos,

apresentando possibilidades de tratamento em sala de aula de assuntos

polêmicos adequados à faixa etária e com diferentes graus de

complexidade da estrutura lingüística.

Os textos devem ser capazes de: possibilitar o trabalho com a língua em

situações de comunicação oral e escrita, possibilitar relações entre ações

individuais e coletivas, abranger significados sociais e historicamente

construídos, abranger o papel das línguas e a diversidade lingüística e

cultural.

Assim, propomos como conteúdos a serem desenvolvidos ao longo das

quatro séries do ensino fundamental:

PRÁTICAS DISCURSIVAS:

- Leitura

- Oralidade

- Escrita

- Gramática contextualizada

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O professor deve tornar o estudo de uma língua estrangeira cada vez mais

real e dinâmico.

Nenhuma metodologia é completa em si mesma. Uma abordagem

metodológica não deve impor limites ao professor.

136

As características próprias de uma região, de uma unidade escolar ou de

uma turma requerem reflexão, estudo e adequação às necessidades, aos

objetivos e aos níveis variados de interesses.

Cabe ainda considerar que:

- É imprescindível sensibilizar o aluno para o estudo de Língua

Estrangeira, valorizando-a no contexto social atual.

- É preciso que os conteúdos se liguem, de forma indissociável, a sua

significação humana e social;

- Não deve a abordagem metodológica se limitar à essa ou àquela

direção, para que não haja visão incompleta da língua proposta.

- Deve-se trabalhar a compreensão e a produção orais, fundamentais

para se vivenciar mais plenamente a Língua Estrangeira.

- Deve-se enfatizar essa ou aquela atividade (leitura, prática oral,

produção escrita etc...) de acordo com a turma, com os objetivos de

ensino, com o nível de interesse dos alunos e grau de profundidade dos

conteúdos.

- É necessário utilizar textos autênticos, mesmo que estejam em

linguagem simplificada.

- O aluno precisa vivenciar o aspecto oral da Língua Estrangeira

compreendendo-o, reconhecendo-o e, sempre que for possível

produzindo-o.

- É fundamental que o professor esteja sempre receptivo às mudanças

propostas pela turma, para adequar-se a elas e buscar novas

estratégias de ação, a fim de melhor atingir seus objetivos.

É importante que o aluno tenha diante de si diferentes textos. É preciso

que o professor tenha um material paralelo, recortes de jornais, revistas,

prospectos, na língua ensinada para propor aos alunos. Poderá utilizar

também imagens, fotos, anúncios publicitários dos países onde se fala o

idioma. As atividades comunicativas devem proporcionar ao aluno

oportunidade para trazer o seu cotidiano para a sala de aula. Mais

137

importante do que o professor tentar transmitir todo o programa é fazer

com que o aluno aprenda a usar o que aprendeu.

O professor também pode propor a elaboração de novos textos a partir de

modelos apresentados. No início um slogan publicitário, uma manchete de

jornal, para depois tentar um parágrafo, uma notícia curta etc. Assim o

aluno estará tentando entrar novamente num sistema complexo,

desconhecido até então para ele.

AVALIAÇÃO

Avaliar não se resume apenas a constatar um certo nível de aprendizagem

do aluno, nem a distribuir conceitos. É um instrumento para orientar a

ação pedagógica e detectar como melhorar o ensino. Para o aluno, um

retorno de seu desenvolvimento.

No caso de Língua Estrangeira, outro fator entra em cena: a dimensão

afetiva. Em contraste com outras disciplinas, o ensino de idiomas envolve

vários fatores que podem dificultar a aprendizagem, como a frustração

pela não comunicação e a reação emocional pelo estranhamento do novo

idioma.

O ato avaliativo não é um momento isolado, mas faz parte do conjunto de

atividades docentes, que devem ser coerentes entre si, ou seja, a

avaliação deve estar centrada na tendência pedagógica que direciona a

prática escolar e, conseqüentemente, no enfoque curricular coerente com

esta tendência, e que se resume na postura pedagógica que direciona o

planejamento, a execução e a avaliação do processo evidenciado.

Testes que tenham como objetivo apenas verificar, por exemplo, o domínio

de um ponto específico de gramática, são ineficazes para verificar o

conteúdo aprendido.

138

O trabalho com textos deve ser seguido ao longo de todo ano e o

professor deve verificar se a compreensão e leitura vão se tornando

práticas comuns na vida do estudante: para isso, professor deve sempre

estudar os textos profundamente com os alunos, desde a leitura global até

o estudo de detalhes da estrutura da língua, reforçado com a proposta de

exercícios.

Quanto a produção de textos, deve-se verificar se os mesmos tem unidade

significativa. Os erros de concordância e ortografia devem ser corrigidos.

Em relação a compreensão escrita e oral espera-se que o aluno seja capaz

de demonstrar compreensão geral de textos, fazendo uso de elementos

visuais (fotografias, gráficos, desenhos e outras imagens) e das palavras

conhecidas. Espera-se também que o aluno compreenda que para

entender o texto não é preciso conhecer todas as palavras. É importante

também que o aluno selecione informações do texto.

A avaliação não pode ser uma “tarefa” perdida, sem ligação com o que se

está efetivamente trabalhando com os alunos. Além disso, ela deve ser

contínua e cumulativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• COSTA, D.M. Porque ensinar língua estrangeira na escola de 1º grau.

São Paulo: EPU/EDUC, 1987.

• Revista do Professor. Porto Alegre, 1996.

• Revista Escola. Editora Abril, 1999

• Revista Interação, 1986. “Diversificação da Língua Estrangeira”, Jorge,

Marilei.

• Currículo Básico do Paraná.

• Parâmetros Curriculares Nacionais “Língua Estrangeira”.

• Proposta de Língua Estrangeira.

• EJA Consultoras. Lúcia P. Cherem e Beatriz Maria M. Zétola Bez.

139

• DCE. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental: Língua Estrangeira

Moderna. Língua Inglesa.

24.2 PROPOSTAS CURRICULARES DA EJA

LÍNGUA PORTUGUESA – FUNDAMENTAL E MÉDIO

A) EMENTA

Considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares

Estaduais da Educação de Jovens e Adultos que propõem o

compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura

geral, bem como o respeito à diversidade cultural, à inclusão e ao

perfil do educando, o estudo da linguagem na organização da

proposta pedagógica do ensino de Língua Portuguesa está pautado

na concepção sócio-interacionista, a qual dá ênfase ao uso social

dos diferentes gêneros textuais.

A linguagem como interação propõe estudar as relações que se

constituem entre os sujeitos no momento em que falam, e não

simplesmente estabelecer classificações e dominar os tipos de sentenças.

Portanto, o objeto de estudo da língua deve ser o texto oral e escrito

produzido nas diversas situações de interação social.

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

a. Considerar a Língua Portuguesa como fonte para manifestar as

diferentes formas de pensar, sentir e agir;

b. Comunicar-se na escrita e na oralidade usando adequadamente a

norma culta da língua;

c. Oportunizar ao educando a reflexão sobre os textos que lê, escreve,

fala, intuindo de forma contextualiza os elementos gramaticais

empregados na organização do discurso.

140

C) CONTEÚDO

Variedades lingüísticas

• Norma culta, dialetos, gírias, regionalismos, outras formas de registros.

• Funções da linguagem.

• Linguagem verbal e não-verbal.

Gêneros textuais ou discursivos

Elementos da construção dos diferentes gêneros discursivos e tipos de

textos (informativo, instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete, sinopse,

etc.).

Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo,

ideologia, posição do autor, ideologia, contexto histórico, social,

econômico, político, entre outros.

Elementos coesivos e coerência textual: unidade temática, elementos

lógico-discursivos, tese, organização dos parágrafos, contexto discursivo,

interlocutor, idéia central, seqüência lógica, progressão, retomada dos

elementos coesivos, título como elemento coesivo entre outros.

Discurso direto e indireto.

Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc.

Relações referenciais: elipse, repetição, sinais de pontuação.

Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia,

paragrafação, título, legibilidade, aceitabilidade, entre outros.

Ambigüidade como recurso de construção do texto.

Ambigüidade como problema de construção do texto.

Informações explícitas, implícitas e intertextualidade.

Relações entre imagem e texto.

Elementos Gramaticais na construção do texto

Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula,

ponto-e-vírgula, ponto final, ponto de interrogação, exclamação, dois

pontos, aspas, parênteses, travessão, reticências, entre outros.

Emprego da crase na construção do texto.

Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, preposição, conjunção,

artigo, numeral, pronome, advérbio e interjeição na construção do texto.

141

Sujeito e predicado na construção do texto.

Vozes do verbo na construção do texto.

Adjunto adnominal e complemento adnominal na construção do texto.

Aposto e vocativo na construção do texto.

Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na

construção do texto.

Concordância verbal e nominal na construção do texto.

Colocação pronominal na construção do texto.

Figuras de linguagem na construção do texto.

Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e composição.

Literatura – Ensino Médio

Arte literária e as outras artes.

História e literatura.

Os gêneros literários e os elementos/recursos que os compõem.

Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo

brasileiro (literatura de informação), Barroco, Arcadismo, Romantismo,

Realismo e Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, vanguarda européias,

Pré-Modernismo, Modernismo, Pós-Modernismo.

Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o

cotidiano.

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações

pedagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica,

reflexiva, engajada na realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-

prática, na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação do

saber. Nesse sentido, a organização do planejamento pedagógico

pressupõe a reflexão sobre a linguagem a partir de temáticas que

exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o

objetivo de analisar as práticas de linguagem, ou seja, leitura, análise

lingüística e produção textual.

142

A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja na

forma verbal ou não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes,

charges, outdoors, entre outros), cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e

gustativa) e alfabética, nos diferentes níveis.

Os diferentes níveis de leitura constituem-se num meio para identificar,

nos diversos gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as

informações explícitas, subentender as implícitas, fazer ligação entre o

conhecimento do educando e o texto, bem como estabelecer relações

intertextuais.

Os gêneros textuais apresentados aos educandos precisam contemplar as

possíveis situações de uso social da linguagem nas atividades propostas,

tendo por objetivo identificar a finalidade do texto, a posição assumida

pelo autor, o contexto social, político, histórico, econômico, filosófico,

entre outros, com destaque para as variedades lingüísticas, os

mecanismos gramaticais e os lexicais na construção do texto.

E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA

• Respeito às necessidades individuais e o tempo de cada

educando;

• Respeito à cultura de cada educando;

• Leitura, interpretação e compreensão de forma crítica os diversos

tipos de textos;

• Interesse e participação em sala de aula.

F) REFERÊNCIAS:

BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da

linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins

Fontes, 1992.

143

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes

Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do

Paraná (versão preliminar), Curitiba, 2004.

FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria

lingüística que fundamente o ensino de língua materna (ou de

como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom). In:

Educar, n.15, Curitiba: UFPR, 1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à

prática pedagógica educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins

Fontes, 1989.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) – INGLÊS

A) EMENTA

A Língua Estrangeira Moderna - LEM - é um espaço em que se pode

ampliar o contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a

realidade, tendo em vista que a percepção do mundo está, também,

intimamente ligada às línguas que se conhece. Ela se apresenta também

como um espaço de construções discursivas contextualizadas que

refletem a ideologia das comunidades que a produzem. Desta maneira, o

trabalho com LEM parte do entendimento do papel das línguas nas

sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à

informação: as LEM são também possibilidades de conhecer, expressar e

transformar modos de entender o mundo e construir significados. (SEED,

2005)

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

144

• Compreender a importância do conhecimento da Língua Inglesa

nas relações sócio-econômicas do mundo atual;

• Conhecer e praticar a estrutura da língua;

• Despertar o interesse pelo conhecimento da língua, visto que a

mesma faz parte do cotidiano do educando.

C) CONTEÚDO

ENSINO FUNDAMENTAL

No caso do ensino da Língua Inglesa na EJA, dadas as suas características,

o trabalho parte da exploração de diversos gêneros textuais que propiciam

a exposição do educando à língua dentro de um contexto, possibilitando a

análise e estudo de sua estrutura, servindo também como ponte para o

criar a interação entre as habilidades em cada contexto.

1. Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)

- Identificação de diferentes gêneros textuais, tais como: informativos,

narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de

remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, etc.

- Identificação da idéia principal de textos. (skimming)

- Identificação de informações específicas em textos. (scanning)

- Identificação de informações expressas em diferentes formas de

linguagem (verbal e não verbal).

- Inferência de significados a partir de um contexto.

- Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc

1.1. Foco lingüístico

Substantivos.

Adjetivos.

Pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos e interrogativos.

Verbo to be e there to be. (afirmativa, interrogativa e negativa).

Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples

(regular e irregular de verbos mais comuns) e futuro com will.

Imperativo: afirmativa e negativa

Preposições (in, on, at, from, to…)

145

Advérbios de tempo, lugar e freqüência.

1.2. Vocabulário básico

saudações, apresentações, horas, família, partes do corpo, cores, dias

da semana, meses do ano, estações do ano, profissões, roupas,

animais, locais públicos, condições do tempo (rainy, sunny, windy,

cloudy / cold, hot, cool, warm), partes da casa, refeições, adjetivos,

numerais (cardinal e ordinal).

ENSINO MÉDIO

1. Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)

- Identificação de diferentes gêneros textuais tais como: informativos,

narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de

remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, etc.

- Identificação da idéia principal de textos. (skimming)

- Identificação de informações específicas em textos. (scanning)

- Identificação de informações expressas em diferentes formas de

linguagem (verbal e não verbal).

- Inferência de significados a partir de um contexto.

- Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc

- Inferência de significados das palavras a partir de um contexto.

(cognatos, etc...)

1.1. Foco Lingüístico:

- Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e

irregular) e contínuo e futuro com will e going to, nas formas afirmativa,

interrogativa e negativa.

- Comparativo e superlativo. (graus dos adjetivos)

- Verbos Modais: Can, may, could, should, must.

- Substantivos contáveis e incontáveis.

- Some, any, no e derivados.

1.2. Vocabulário

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

146

O trabalho a ser desenvolvido com a língua segue uma abordagem onde a

língua é vista como instrumento de interação, investigação, interpretação,

reflexão e construção, norteada pelos três eixos articuladores: cultura,

trabalho e tempo. Nessa concepção, levar-se-á em consideração a

realidade do educando, valorizando sua bagagem de conhecimentos e

respeitando suas necessidades e características individuais na certeza de

que o adulto aprende melhor e desenvolve maior autonomia e

responsabilidade quando se vê envolvido no processo ensino-

aprendizagem.

Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida como

algo fechado ou abstrato, na forma de uma gramática, onde toda a

transformação, o aspecto vivo da LEM, sua capacidade de se transformar

em contextos diferentes, toda diversidade da LE se perde.

Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta,

principalmente, o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com

as necessidades regionais, que levem o educando a criar significados,

posto que estes não vêm prontos na linguagem.

E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA

• Resgate do conhecimento prévio dos educandos por meio de

leitura, compreensão e produção de pequenos textos

• Exploração de atividades gramaticais visando à elaboração de

texto.

F) REFERÊNCIAS

PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of Colonialism.

London: Routledge. 1999.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares

da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do

Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Versão Preliminar.

2005.

147

GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental:

Línguas Estrangeiras Modernas – Questões para Debate. In: PARANÁ.

Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado

do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.

EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E ARTE

A) EMENTA

Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde o século XVI, com

a ação dos jesuítas. A Arte era parte dos ensinamentos, cujo objetivo

principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam e que incluía

a Retórica, a Literatura, a Escultura, a Pintura, a Música e as Artes

Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal e a

posterior Reforma Educacional Brasileira (1792-1800) – Reforma

Pombalina - o ensino da Arte tornou-se irrelevante e o Desenho, por

exemplo, foi associado à Matemática na forma de Desenho Geométrico.

A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana –

revela a realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão

artística é concretizada utilizando-se de sons, formas visuais, movimentos

do corpo, representação cênica, dentre outras, que são percebidas pelos

sentidos. Isso contribui para outras possibilidades de leituras da realidade

e, portanto, com mais subsídios para repensá-la. O objetivo dessa

proposta é gerar um ser reflexivo, autônomo e inserido criticamente na

realidade em que vive. A Arte nos ajuda nesse processo, na medida em

que nos fornece uma simbologia própria e portanto, outras leituras do

148

mundo que nos cerca. Segundo Isabel Marques1: “Um dos elementos

essenciais que caracteriza o ensino da Arte no ambiente escolar é o fato

de que, na escola, temos a possibilidade de relacionar, questionar,

experimentar, refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que

façam sentido em nossas próprias vidas e na construção da sociedade

brasileira.”

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Expressar-se oralmente através de formas diversas;

• Estimular a criatividade do educando deixando fluir a leveza de

sua alma e o belo conforme sua visão de mundo e das cores.

A) CONTEÚDOS

ARTES VISUAIS

a) Forma

Composição, Experimentação (como os elementos da linguagem

visual se articulam?);

Suportes (onde está proposta a idéia imagética?);

Espacialidade – bidimensionais e tridimensionais (como está

projetada, composta ou representada no espaço?);

Texturas / acabamentos (como se apresenta?);

Movimento: dinâmica, força, fluência e equilíbrio (como se alternam,

ritmo?).

b) Luz

Decomposição da luz branca;

Cor /pigmento / percepção da cor

Tons

Valores / classificação das cores;

Sombras e luz;

Contraste.

1

149

MÚSICA

a) distribuição dos sons de maneira sucessiva (intervalos melódicos/

melodia).

b) distribuição dos sons de maneira simultânea (intervalos

harmônicos/ harmonia),

c) qualidades do som e suas variações:

- intensidade (dinâmica)

- duração (pulsação/ ritmo)

- altura (grave/ agudo)

- timbre (fonte sonora/ instrumentação)

d) estruturas musicais (organização e articulação dos elementos da

linguagem musical/ forma musical).

TEATRO

a) Elementos dramáticos:

- a personagem: agente da ação;

- enredo: como desdobramento de acontecimentos, desenvolvidos

pela personagem;

- espaço cênico: local onde se desenvolve a ação cênica.

b) Signos da Representação Teatral:

- da personagem:

- visuais: figurinos, adereços, gestual;

- sonoros: fala (entonação)

- do espaço cênico:

visuais: cenário, adereços de cena, iluminação;

sonoros: sonoplastia;

c) Gêneros Teatrais:

- Tragédia e suas características: a fatalidade, o sofrimento, o pesar;

- Comédia e suas características: o riso, a sátira, o grotesco;

- Drama e suas características: o conflito.

DANÇA

Elementos do Movimento:

- corpo : articulações, superfícies, membros, tronco, quadril, cabeça.

150

- espaço : kinesfera (amplitudes), progressões espaciais, tensões

espaciais, projeções espaciais, orientação espacial, forma.

- ações : torcer, gesticular, inclinar, deslocar, rodar, parar, cair,

expandir, recolher, saltar.

- dinâmicas : peso, espaço, tempo, fluência.

relacionamentos.

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O encaminhamento metodológico para a disciplina de Artes do

ensino fundamental e médio da Educação de Jovens e Adultos da

rede pública do Estado do Paraná está fundamentado nas Diretrizes

Curriculares Estaduais de EJA, onde estão identificados três eixos

articuladores: cultura, trabalho e tempo. Com base nesses eixos que

norteiam o currículo na EJA, elegemos arte e estética, arte e

identidade e arte e sociedade e como eixos específicos da disciplina

de Artes, dos quais derivarão as temáticas propostas e os conteúdos

que serão desenvolvidos em células de aula.

ARTE E ESTÉTICA

ARTE E IDENTIDADE

ARTE E SOCIEDADE

E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA

• Organização,

• Interesse;

• Criatividade

• Propensão à aprendizagem e respeito à diversidade

A) REFERÊNCIAS

CAMPOS, Neide P. A construção do olhar estético crítico do

educador. Florianópolis: UFSC, 2002

CANDAU, Vera Maria (org.). Sociedade, educação e cultura: questões

e propostas. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

151

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.

BAKHTIN, Mikhail (Volochínov). Marxismo e filosofia da linguagem.

Trad. Michel Lahud e Yara F. Vieira. 7ª ed. São Paulo: Hucitec, 1995.

BOURO, S.B. Olhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da

arte. São Paulo: Educ/Fapesp/Cortez, 2002.

FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de Arte. 2ª ed. São

Paulo: Cortez, 1993.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua

Portuguesa. 3ª ed. Curitiba: Positivo, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12ª ed. Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 1983.

_____________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à

prática educativa. 8ª ed. São Paulo: Terra e Paz, 1998.

_____________, A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1995.

EDUCAÇÃO FÍSICA

A) EMENTA

Vivenciamos nos últimos quinze anos a afirmação gradativa do

ensino da Educação Física numa perspectiva cultural e é a partir

desse referencial que se propõe essa disciplina como área de estudo

da cultura humana, ou seja, que estuda e atua sobre o conjunto de

práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao

longo de sua história. Trata-se, portanto, privilegiar nas aulas de

Educação Física além da aprendizagem de movimentos, a

aprendizagem para e sobre o movimento.

Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ, 2005,

p.10) os objetivos da Educação Física devem estar voltados para a

humanização das relações sociais, considerando a noção de corporalidade,

entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das

152

manifestações corporais historicamente produzidas. Esse entendimento

permite ampliar as possibilidades da intervenção educacional dos

professores de Educação Física, superando a dimensão meramente motriz

de uma aula, sem no entanto negar o movimento como possibilidade de

manifestação humana e, desse modo contemplar o maior número

possível de manifestações corporais explorando os conhecimentos já

trazidos pelos educandos e a sua potencialidade formativa.

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Compreender a Educação Física não apenas como prática

esportiva mas também como forma de manutenção da

qualidade de vida, saúde.

C) CONTEÚDO

- a relação entre o conhecimento social e escolar do educando;

- a identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na

proposição das praticas educativas;

- ensino com base na investigação e na problematização do

conhecimento;

- as diferentes linguagens na medida em que se instituem

como significativas na formação do educando;

- as múltiplas interações entre os diferentes saberes;

- articulação entre teoria, prática e realidade social;

- atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.

Baseado na perspectiva dos educadores, propomos a articulação do

trabalho docente em torno dos seguintes conteúdos: saúde,

esportes, jogos, ginástica, dança e lazer.

O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de

esportes “da escola” e não “na escola”, como valores educativos para

153

justificá-lo no currículo escolar da EJA. Se aceitarmos o esporte como

prática social, tema da cultura corporal, devemos questionar suas normas

resgatando os valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, o

compromisso da solidariedade e respeito humano, que se deve jogar com

o outro e não contra o outro. Por isso esse conteúdo deve ser apresentado

aos alunos de forma a criticá-lo, promovendo a sua re-significação, e sua

adaptação a realidade que a prática cria e recria, colocando-o como um

meio e não fim em si mesmo.

Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar

atividades prazerosas, que envolvam partilhas, negociações e

confrontos que estimulem o exercício de reflexão sobre as relações

entre as pessoas e os papéis que elas assumem perante a

sociedade, bem como a possibilidade de resgatar as manifestações

lúdicas e culturais.

O estudo da ginástica pretende favorecer o contato do

educando com as experiências corporais diversificadas, seu caráter

preventivo, modismo, melhora da aptidão física, tem o objetivo de

conscientizar os educandos de seus possíveis benefícios, bem como

os danos causados pela sua prática inadequada ou incorreta.

A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o

desenvolvimento, conhecimento e ritmo do corpo. Ao relacionar-se

com o outro, cada gesto representa sua história, sua cultura, como

manifestação de vida, por meio de um processo continuo de

integração e relacionamento social.

O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso

do tempo livre, com atividades que lhe propiciem prazer,

descontração, alegria, socialização, conscientização clareza das

necessidades e benefícios que serão adquiridos e que contribuam

para o seu bem estar físico, mental e social.

SAÚDE

(Ensino

Fundamental

)

- Definição de saúde.

- Atividade física na produção de saúde.

- Sedentarismo.

154

- Postura.

- Anabolizantes e suas conseqüências.

- Controle de freqüência cardíaca.

SAÚDE

(Ensino

Médio)

- Definição de saúde.

- Obesidade.

- Stresse.

- Hábitos alimentares.

- LER e DORT.

- Ergonomia.

- Corpo do trabalhador e seus sacrifícios.

- Controle de freqüência cardíaca.

- Envelhecer com saúde.

ESPORTES

(Ensino

Fundamental

e Médio)

- Definições de esporte.

- História e origem.

- Princípios básicos (fundamentos).

- Táticas e regras.

- Esporte como fenômeno global.

- Atividades práticas.

JOGOS

(Ensino

Fundamental

e Médio)

- Definição de jogo.

- Aspectos históricos sociais.

- Tipos de jogos: jogos cooperativos, jogos recreativos/ jogos

lúdicos, jogos intelectivos, jogos de dramatização e jogos

pré-desportivos.

- Diferentes manifestações culturais.

- Atividades práticas.GINÁSTICA - História e origem.

155

(Ensino

Fundamental

e Médio)

- Tipos de ginástica: ginástica artística, ginástica rítmica,

ginástica laboral e ginástica de academia.

- Princípios básicos.

- Atividades práticas.

DANÇA

(Ensino

Fundamental

e Médio)

- História e origem

- Tipos de dança: danças folclóricas, danças circulares,

danças de salão, danças criativas.

- Expressão corporal/atividades rítmicas.

- Danças da cultura local.

- Atividades práticas.LAZER

(Ensino

Fundamental

e Médio)

- Definição de lazer.

- Aproveitamento do tempo livre.

- Lazer e benefícios para saúde.

B) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, atende um público diverso

(jovens, adultos, idosos, povos das florestas, ribeirinhos, indígenas,

populações do campo, entre outros) que não teve acesso ou não pode dar

continuidade à escolarização mesmo por fatores, normalmente, alheios a

sua vontade. Esses educandos possuem uma gama de conhecimentos

adquiridos em outras instâncias sociais, visto que, a escola não é o único

espaço de produção e socialização de saberes. O atendimento a esses

alunos não se refere, exclusivamente, a uma determinada faixa etária mas

a diversidade sócio-cultural dos mesmos.

É, portanto, imprescindível que tempo, cultura e trabalho se

manifestem na prática pedagógica do educador, expressando idéias

e ações relacionadas a: seqüenciação (organização do conteúdo em

função do tempo escolar), comprometimento na condução do

processo ensino-aprendizagem (efetivação da aprendizagem dos

conteúdos) e avaliação do trabalho pedagógico (critérios de

acompanhamento das conseqüências do processo ensino-

aprendizagem), conforme representados na figura 1:

156

Cultura

Seqüênciação

É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal

de movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um auto-conhecimento e

uma análise possível das etapas já vencidas no sentido de alcançar os

objetivos propostos.

E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA

• A avaliação será de forma continua por meio da observação da

participação do educando nas atividades práticas e teóricas, vivências

e interesses;

• Elaboração de trabalhos escritos;

• Apresentação de seminários .

F) REFERÊNCIAS

BETTI, M.; ZULIANI. L.R. Educação Física: uma proposta de

diretrizes pedagógicas . Revista Mackenzie de Educação Física e

Esporte. Guarulhos I(I): 73-81.2002

COLL, C. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à

elaboração do currículo escolar. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

157

Figura 1: relação dos eixos tempo, cultura e trabalho com a intervenção pedagógica.

Tempo Comprometiment

o

COLL, C.; POZO, J.I.; SARABIA, B.; VALLS, E. Os conteúdos na

reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e

atitudes. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

CORBIN, C.B. The field of Physical Education: common goals, not

common roles. JOPERD, Reston, p.79-87, 1993.

FREIRE, J.B.; SCAGLIA, A . J. Educação como prática corporal. São

Paulo: Scipione, 2003.

LOVISOLO, H. Educação Física: a arte da mediação. Rio de Janeiro:

Sprint, 1995.

NEIRA, M.G.; MATTOS. Educação Física na Adolescência:

construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte, 2004.

NETO, L.P.X. ; ASSUNÇÃO, J.R. Saiba mais sobre Educação Física.

Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares

da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do

Estado do Paraná: Educação Física. Versão Preliminar. 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares

da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do

Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Versão Preliminar.

2005.

SANTO, D. L. Tendências e expectativas da educação física escolar. In:

I Semana de Educação Física, 1993, São Paulo. Anais... São Paulo:

Universidade São Judas Tadeu - Departamento de Educação

Física,1993. v. 1.

158

SAVIANI, D. Escola e democracia. 35.ed. Campinas: Autores

Associados, 2002.

MATEMÁTICA

A) EMENTA

A Educação Matemática é um importante ramo do conhecimento humano.

A sua origem remonta à Antigüidade clássica greco-romana. Os gregos

conceberam a Matemática como um dos conteúdos da filosofia, portanto,

como um dos instrumentos da arte de conhecer o mundo em sua

totalidade..

Na atual proposta pedagógica para a EJA, procura-se a interação entre o

conteúdo e as formas. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma

relação dialética - teoria e prática - entre o conhecimento matemático

aplicado no processo de produção da base material de existência humana

e as manifestações teórico-metodológicas que estruturam o campo

científico da própria Matemática. Dessa forma, o ensino da Matemática

deve ser concebido de modo a favorecer as necessidades sociais, tais

como: a formação do pensamento dialético, a compreensão do mundo

social e natural, a ciência como obra decorrente do modo de cada

sociedade - Grega, Feudal, Moderna – produzir a vida.

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Apropriar-se dos conhecimentos da Matemática e aplica-los para

planejar, executar e avaliar ações de intervenção no cotidiano;

• Entender a relação entre a relação das ciências exatas e o

desenvolvimento tecnológico, associando as diferentes tecnologias aos

problemas que de propõe solucionar;

159

• Compreender conceitos e estratégias matemáticas e aplica´-á-lo as

situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das

atividades cotidianas.

D) CONTEÚDO

ENSINO FUNDAMENTAL

Números e Operações

Construção do conceito de número (IN, Z, Q, I e R): classificação e

seriação.

Conjuntos numéricos: abordagem histórica.

Algoritmos e operações.

Raciocínio Proporcional.

Porcentagem.

Grandezas diretas e inversamente proporcionais.

Regra de três.

Juros simples e composto.

Expressar generalizações sobre propriedades das operações

aritméticas.

Potenciação e radiciação.

Traduzir informações contidas em tabelas e gráficos em linguagem

algébrica e vice-versa.

Operações com monômios e polinômios.

Equações de 1º e 2º graus.

Sistema de equações de 1º grau – com duas variáveis.

Cálculo Mental e Estimativa.

Geometria

• Conceitos de: direção e sentido; paralelismo e perpendicularismo.

• Reconhecimento dos sólidos (faces, arestas e vértices).

• Classificação dos sólidos (poliedros e corpos redondos)

• Conceituação dos poliedros.

160

• Identificar poliedros e polígonos:cubo – quadrado.paralelepípedo –

retângulo.pirâmide – triângulo.

• Trabalhando a relação de figuras espaciais e percepção espacial.

• Noção de planificação (espaço para o plano).

• Planificação – construção das figuras espaciais (plano para o

espaço).

• Identificar - faces, arestas e vértices.

• Identificar figuras planas.

• Classificação dos polígonos.

Ângulos - construção

Soma dos ângulos internos de um polígono.

Classificação de triângulo quanto aos lados e ângulos.

Ampliação e redução de figuras (percepção e criatividade).

Ângulos notáveis (articulado com simetria e a construção de gráficos

de setores).

Relações entre figuras espaciais e planas.

Decomposição e composição de figuras.

Congruência e semelhança: figuras planas, triângulos.

Simetria (conceitos/aplicações).

Teorema de Tales.

Teorema de Pitágoras.

Medidas de

Tempo: calendário, relógio e relações com o sistema de

numeração decimal

uso das medidas de tempo e conversões de Temperatura

(Corporal e Climática).

Sistema Monetário e sua relação com SND.

conversões e relação entre as principais moedas: real, dólar, euro,

pesquisa de mercado.

161

Medidas de:

- ângulos.

- comprimento.

- superfície.

- capacidade.

- volume.

Razão entre áreas de figuras semelhantes.

Perímetro e área de figuras planas.

Cálculo de volume de alguns sólidos geométricos.

Medidas de Massa.

Tratamento de Informação

Probabilidade: experimentos e situações-problema.

Estatística: problematização, coleta, organização, representação e análise

de dados

Medidas de posição.

Análise Combinatória: agrupamentos e problemas de contagem.

Porcentagem, linguagem gráfica com análise quantitativa.

ENSINO MÉDIO

Números e Álgebra

Organização dos Campos Numéricos.

Razão e Proporção.

Regra de três simples e composta.

Possibilidade de diferentes escritas numéricas envolvendo as relações

entre as operações:

números decimais em forma de potência de 10, notação

científica e potências de expoente negativo.

Radicais em forma de potência.

A potenciação e a exponenciação.

Propriedades da potenciação.

162

A linguagem algébrica: fórmulas matemáticas e as identidades

matemáticas.

Decodificação, codificação e verificação de equações de 1º e 2º

graus.

Sistema de Equações (com duas variáveis).

Funções

Função afim.

Função quadrática.

Seqüências.

Progressão Aritmética.

Progressão Geométrica.

Noções de:

- Matrizes;

- Determinantes;

- Sistemas Lineares (3x3).

Geometria e Trigonometria

Relações entre formas:

- espaciais e planas;

- planas e espaciais.

Representação geométrica dos números e operações.

Geometria Espacial e Plana:

- Relações entre quadriláteros quanto aos lados e aos ângulos,

paralelismo e perpendicularismo.

- Congruência e semelhança das figuras.

- Propriedades de lados, ângulos e diagonais em polígonos.

- Ângulos entre retas e circunferências e ângulos na circunferência.

- Reta e plano no espaço, incidência e posição relativa.

- Sólidos geométricos: representação, planificação e classificação.

- Cilindro, cone, pirâmide, prismas e esfera.

- Cálculo de volumes e capacidades.

Geometria Analítica:

o ponto (distância entre dois pontos e entre ponto e reta)

a reta (distância entre retas)

163

a circunferência.

Trigonometria:

Ângulos, processo de triangulação, triângulo retângulo, semelhança de

triângulos.

As razões trigonométricas e o triângulo retângulo.

Leis do seno e coseno.

Tangente como a razão entre o seno e o coseno.

Construção de tabelas de senos, cosenos e tangentes de ângulos.

Cálculos de perímetros e áreas de polígonos regulares pela trigonometria.

Ciclo Trigonométrico – Trigonometria da 1ª volta.

Gráfico de funções trigonométricas.

Tratamento de Informação

Estatística:

- Gráficos e tabelas

- Medidas e tendência central

- Polígonos de freqüência

- Aplicações

- Análise de dados

- Sistematização da contagem:

- Princípio multiplicativo;

- Análise Combinatória;

- Probabilidade:

- Probabilidade de um evento;

- União e intersecção de eventos;

- Probabilidade condicional

- Relação entre probabilidade e estatística

Noções de Matemática Financeira:

- Porcentagem;

- Juro composto;

- Tabela Price (aplicação e construção).

164

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para dimensionar o papel da Matemática na formação do jovem,

adulto e idoso é importante que se discuta a natureza desse

conhecimento, suas principais características e seus métodos particulares,

e ainda, é fundamental discutir suas articulações com outras áreas do

conhecimento.

O processo de seleção dos conteúdos matemáticos escolares,

envolve um desafio, que implica na identificação dos diversos campos da

Matemática e o seu objeto de estudo; processo de quantificação da

relação do homem com a natureza e do homem com o próprio homem.

Os conteúdos matemáticos presentes no ensino fundamental, a

serem ensinados nas escolas de EJA, estão organizados por eixos. são

eles: números e operações, geometria, medidas e tratamento de

informação, que compreendem os elementos essenciais da organização

curricular.

Os eixos e seus respectivos conteúdos deverão ser trabalhados de

forma articulada. esta relação pode ser viabilizada entre os eixos e/ou

entre os conteúdos.

A) CRITERIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA

• Leitura e interpretação de problemas;

• Organização no desenvolvimento das atividades;

• Discussão de idéias e produção de argumentos convincentes;

• Raciocínio lógico no desenvolvimento das atividades sem a utilização

de calculadora.

B) BIBLIOGRAFIA

Matemática: livro do estudante: ensino fundamental/coordenação

Zuleika de Felice Murrie. – Brasília: MEC: INEP, 2002

165

Matemática: matemática e suas tecnologias: livro do professor:

ensino fundamental e médio/ coordenação Zuleika de Felice Murrie. –

Brasília: MEC: INEP, 2002

BICUDO, M. A. V. e GARNICA, V. M. Filosofia da educação matemática.

Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

BOYER, C. B. História da matemática. Tradução: Elza F. Gomide. São

Paulo> Edgard Blucher, 1974

BRASIL, Ministério da Educação. Secretária de Educação Fundamental,

2002 – Proposta Curricular para a educação de jovens e adultos:

segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª série: introdução.

DUARTE, Newton. O ensino de matemática na educação de adultos.

São Paulo: Cortez, 1994.

FONSECA, Maria da Conceição F.R. Educação Matemática de Jovens e

Adultos: especificidades, desafios e contribuições. Belo Horizonte:

Autêntica, 2002.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

CIÊNCIAS NATURAIS E BIOLOGIA

A) EMENTA

A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de

acordo com suas Diretrizes Curriculares e em consonância com as

discussões realizadas com os professores da rede pública estadual de

ensino, apresenta os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos

do ensino de Ciências, que norteiam a elaboração da proposta curricular

desta disciplina.

166

Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Ciências na EJA é a

reflexão sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção

das relações históricas, biológicas, éticas, sociais, políticas e econômicas,

assim como, a responsabilidade humana na conservação e uso dos

recursos naturais de maneira sustentável, uma vez que dependemos do

Planeta e a ele pertencemos.

É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento

científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o

ambiente, os seres vivos e o universo, numa concepção flexível e

processual, por meio do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma,

se faz necessário possibilitar ao educando perceber os aspectos positivos

e negativos da ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar de forma

consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a

ética e os valores sociais, morais e políticos que sustam a vida.

O conjunto de saberes do educando deve ser considerado como

ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem,

estabelecendo relações com o mundo do trabalho e com outras dimensões

do meio social.

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Entender os espaços, o tempo, fenômenos naturais, a preservação do

ambiente e as forma de manutenção de vida no Planeta Terra;

• Reelaborar os conceitos científicos historicamente acumulados para

contestar o que pode ser mudado;

• Compreender a natureza como um todo dinâmico sendo o homem

agente transformador do mundo em que vive

• Identificar relações entre o conhecimento cientifico e a produção de

tecnologia e condições no mundo de hoje e sua evolução histórica.

C) CONTEÚDO

Os conteúdos essenciais da disciplina de Ciências, contemplam:

Universo.

Sistema Solar.

167

Planeta Terra.

Matéria e Energia.

Materiais, Átomos e Moléculas.

Ligações, Transformações e Reações Químicas.

Tipos de Energia, Movimentos, Leis de Newton.

Calor, Ondas, Luz, Eletricidade e Magnetismo.

Água, Ar e Solo.

Desequilíbrios Ambientais.

Biosfera.

Ecossistemas.

Seres Vivos.

Organismo Humano.

Saúde e Qualidade de vida.

Biotecnologia.

Ciência, Tecnologia e Sociedade.

ORGANIZAÇÃO E

DISTRIBUIÇÃO

DOS SERES VIVOS

BIODIVERSIDADE

PROCESSO DE

MODIFICAÇÃO

DOS

SERES VIVOS

IMPLICAÇÕES

DOS AVANÇOS

BIOLÓGICOS NO

CONTEXTO DA

VIDAOrganização

celular

e molecular:

- membrana,

- citoplasma e

núcleo

- divisão celular

- tecidos

Os seres vivos e o

Ambiente

Saúde

Biomas terrestre e

Aquáticos

Ecossistemas

Ciclos

Biogeoquímicos

Desequilíbrio

ambiental urbano

e

rural

Origem e evolução

da Vida

Origem das

espécies

Genética,

Embriologia,

Fisiologia

comparada

Ciência e saúde

Pesquisas

científicas

Biológicas

Bioética

Biotecnologia

168

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente pelos

educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da

aprendizagem, considerando

- que o educador é mediador e estimulador do processo,

respeitando, de forma real, como ponto de partida, o conjunto

de saberes trazidos pelos educandos;

- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;

- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do

educando, ainda, o tempo pedagógico e o tempo físico;

- as relações entre o cotidiano dos educandos e o

conhecimento científico.

Nesse aspecto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de

Ciências de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam

ao educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos dos conteúdos

com as diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa

contextualização pode acontecer a partir de uma problematização, ou

seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas

situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo

que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma

dúvida que não pode deixar de ser dissipada" (SAVIANI, 1993, p.26). As

dúvidas são muito comuns na disciplina de Ciências, devendo ser

aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim,

para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização,

sem reduzir os conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de

lado o saber acadêmico.

Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia- Ensino

Médio – SEED-PR, “ na escola, a Biologia deve ir além das funções que já

desempenha no currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens

169

instrumentalizando-os para resolver problemas que atingem direta ou

indiretamente sua perspectiva de futuro”.

É importante propiciar aos educandos, a compreensão dos conceitos

científicos de forma significativa, ou seja, que o conhecimento possa estar

sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente nos afazeres

diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe

permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e

autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes

adquiridos previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio

de construção da aprendizagem, considerando

- que o educador é mediador e estimulador do processo,

respeitando, de forma real, como ponto de partida o conjunto de

saberes trazidos pelos educandos;

- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;

- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando,

o tempo pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem

na sua “formação” científica;

- as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento

científico.

O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo

tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o

processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá

condições de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo

com enfoque metodológico diferenciado e estratégias diversificadas,

sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de

partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o

processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um

exercício de aprendizagem.

E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA

170

• Partindo do conhecimento cultural do aluno, leva-lo a criar uma nova

mentalidade ampliando seus horizontes. Nesse contexto a avaliação

servirá para que o conteúdo seja direcionado de forma que ele possa

compreender e interpretar as relações entre os seres vivos e a

interação com o meio.

F) REFERÊNCIAS

BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

BORGES, R. M. R. Em debate: cientificidade e educação em

Ciências. Porto Alegre: SE/CEC/RS, 1996.

CANIATO, R. O céu. São Paulo: Ática, 1990.

_____. O que é astronomia. São Paulo: Brasiliense, 1981.

_____. A terra em que vivemos. Campinas: Papirus, 1985.

CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. Ijuí:

Editora Unijuí, 1994.

_____. Para que(m) é útil o ensino? Canoas: Editora da ULBRA,

1995.

_____.A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994.

CHASSOT, A. I. & OLIVEIRA, R. J. (Org.) Ciência, ética e cultura na

educação. São Leopoldo: Unisinos, 1998.

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de

Ciências. São Paulo: Cortez, 1992.

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. .A.; PERNAMBUCO, M. A. Ensino de

Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

GASPAR, Alberto. Experiências de Ciências para o Ensino

Fundamental. São Paulo: Ática, 2003.

GIL-PEREZ, D. & CARVALHO, A. M. P. Formação de professores de

ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez.

171

FÍSICA

A) EMENTA

Os princípios que norteiam a proposta da elaboração do currículo da

disciplina de Física para a Educação de Jovens e Adultos – EJA, baseiam-se

na Fundamentação Teórico-Metodológica, contida na parte da “Introdução”

das “Orientações Curriculares de Física – Texto Preliminar - Ensino Médio”,

da Secretaria de Estado da Educação do Paraná– SEED – PR.

O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas

por aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Parece

haver um certo consenso que "... a preocupação central tem estado na

identificação do estudante com o objeto de estudo. Em outras palavras, a

questão emergente na investigação dos pesquisadores está relacionada à

busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na educação

básica - ensino médio" (ROSA & ROSA, 2005, p.2).

Entendemos, então, que a Física deve educar para cidadania, contribuindo

para o desenvolvimento de um sujeito crítico, "... capaz de compreender o

papel da ciência no desenvolvimento da tecnologia. (...) capaz de

compreender a cultura científica e tecnológica de seu tempo" (CHAVES &

SHELLARD, 2005, p. 233).

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Promover o reconhecimento da presença de elementos da Física em

ocorrências na vida do cotidiano do educando e em fenômenos

naturais

• Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia, percebendo

o seu papel na vida humana em diferentes épocas e na capacidade

humana de transformar o meio.

172

C) CONTEÚDO

INTRODUÇÃO À FÍSICA

Campo de estudo e atuação da Física.

História da Física.

A Física contemporânea e suas aplicações tecnológicas.

MECÂNICA

Movimento retilíneos.

Movimentos curvilíneos.

Movimento circular uniforme.

Queda-livre.

Os Princípios da Mecânica (Leis de Newton).

Energia. Trabalho. Potência.

Impulso e quantidade de movimento.

A Gravitação Universal.

A Hidrostática.

FÍSICA TÉRMICA

Fenômenos térmicos.

O calor e a temperatura.

O fenômeno da dilatação nos sólidos, líquidos e gases.

As mudanças de estado físico da matéria.

Trocas de calor. Transmissão de calor.

Comportamento térmico dos gases.

As Leis da Termodinâmica.

ONDULATÓRIA

Fenômenos ondulatórios.

Ondas mecânicas e eletromagnéticas.

Natureza ondulatória e quântica da luz.

ÓPTICA

Fenômenos luminosos.

Princípios da Óptica Geométrica.

Aplicações do fenômeno da reflexão e refração da luz.

Lentes e instrumentos ópticos de observação.

Espelhos.

173

A óptica e o olho humano.

ELETRICIDADE E MAGNETISMO

Fenômenos elétricos e magnéticos.

Aspectos estáticos e dinâmicos da eletricidade.

A Lei de Coulomb.

O campo elétrico . Potencial elétrico.

A corrente elétrica.

Geradores e circuitos elétricos.

O campo magnético.

Indução magnética.

ENERGIA

Energia e suas transformações.

Fontes e tipos de energia.

Energia, meio ambiente e os potenciais energéticos do Brasil.

A energia elétrica nas residências.

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Na reflexão desenvolvida com professores de Física da Educação de

Jovens e Adultos, identificou-se algumas estratégias para o

desenvolvimento metodológico da disciplina de Física, considerando que

essas estratégias metodológicas podem contribuir para o ensino e a

aprendizagem dos educandos. Dessa forma, deve ser levado em conta a

formação do professor, o espaço físico, os recursos disponíveis, o tempo

de permanência do educando no espaço escolar e as possibilidades de

estudo fora deste, para que as estratégias metodológicas possam ser

efetivadas. Os indicativos discutidos com os professores contemplam:

A abordagem da Física enquanto construção humana

No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância da

Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento

enquanto construção humana e a constante evolução do pensamento

174

científico, assim como, as relações das descobertas científicas com as

aplicações tecnológicas na contemporaneidade.

O papel da experimentação no ensino de Física

O uso da experimentação é viável e necessário no espaço e tempo da EJA,

mesmo que seja por meio de demonstração feita pelo educador, ou da

utilização de materiais alternativos e de baixo custo, na construção ou

demonstração dos experimentos. Assim, “quando o aluno afirma que um

imã atrai todos os metais, o professor sugere que ele coloque essa

hipótese à prova com pedaços de diferentes metais. Por mais modesta

que pareça esta vivência, é rica em ensinamentos” (AXT, s/d, p.78).

O lúdico – Brinquedos e jogos no ensino de Física

Por meio desta estratégia de ensino o educando será instigado a pesquisar

e propor soluções, visto que a ludicidade “... decorre da interação do

sujeito com um dado conhecimento, sendo portanto subjetiva. Seu

potencial didático depende muito da sensibilidade do educador em gerar

desafios e descobrir interesses de seus alunos.” (RAMOS; FERREIRA, 1993,

p.376)

O cotidiano dos alunos/contextualização

O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e

as experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem

ser aproveitadas no processo da aprendizagem.

O papel do erro na construção do conhecimento

Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser

considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos

conceitos e melhor compreensão dos conteúdos. Cabe ao educador

administrar este processo no qual os educandos da EJA necessitam de

apoio, principalmente pelo processo diferenciado de estudo e o tempo que

175

permanecem no espaço escolar. É essencial valorizar os acertos e tornar o

erro como algo comum, caracterizando-o como um exercício de

aprendizagem.

O incentivo à pesquisa e a problematização

A problematização consiste em lançar desafios que necessitem de

respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a

necessidade.(...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade

que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser

dissipada” (SAVIANI, 1993, p.25-26). As dúvidas são ocorrências muito

comuns na Física, porém, poderão ser aproveitadas para as reflexões

sobre o problema a ser analisado.

Os recursos da informática no ensino da Física

O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada

vez mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas

teóricas e à melhor compreensão dos estudos elaborados. A familiarização

do educando com o computador se faz necessária dentro da escola, visto

que a tecnologia se faz presente nos lares, no trabalho e aonde quer que

se vá. É necessário o mínimo de entendimento sobre as tecnologias usuais

e como utilizar-se desta ferramenta para ampliar os conhecimentos.

O uso de textos de divulgação científica em sala de aula

Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites e em outros

meios de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao

ensino de Física e serem explorados de diversas formas. Deve-se ter o

cuidado de estar selecionando textos validados por profissionais da área e

que tenham cunho científico, observando a existência de erros conceituais

ou informações incorretas.

E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA

• Resgate do conhecimento prévio do aluno

176

• Leitura e compreensão de texto relacionada à vida cotidiana e

posterior resolução de problemas.

F) REFERÊNCIAS

ALVARES. B.A. Livro didático – análise e reflexão. In: MOREIRA, M. A.;

AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991,

p.18-46.

ARROYO, M. G. Educação e exclusão da cidadania. In: BUFFA, Ester;

ARROYO, Miguel G.; NOSELLA, PAULO. Educação e cidadania: quem

educa o cidadão? 5 ed. São Paulo: Cortez, 1995. (Coleção questões de

nossa época)

AXT, Rolando. O Papel da Experimentação no Ensino de

Ciências. In: MOREIRA,

Marco Antonio. AXT, Rolando. Tópicos em Ensino de Ciências.

Porto Alegre: Sagra, s/d.

BARROS, Henrique Lins.In: BEM-DOV, Yoav. Convite à física. Rio de

Janeiro: Jorge Zahar ed., 1996. Prefácio da obra.

BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

CHAVES, A.; SHELLARD, R.C. Física para o Brasil: pensando o futuro.

São Paulo: Sociedade Brasileira de Física, 2005.

DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 2. ed.,Campinas: Autores

Associados, 1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à

prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção

Leitura)

GARCIA, N. M. Dias ; ROCHA,V. Jazomar ; COSTA, R. Z. Visneck.

Física. In: KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo

uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo:

Cortez, 2000.

MOREIRA, M.A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.

SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica.

Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28.

177

DISCIPLINA DE QUÍMICA

EMENTA

A Química como ciência está inserida nas ações e nos recursos utilizados

nas diversas atividades diárias das pessoas e fundamenta-se como uma

ciência que permite a evolução do ser humano nos aspectos ambientais,

econômicos, sociais, políticos, culturais, éticos, entre outros, bem como o

seu reconhecimento como um ser que se relaciona, interage e modifica,

positiva ou negativamente, o meio em que vive. É uma ciência que

contempla as tradições culturais e as crenças populares e desperta a

curiosidade, estimulando o educando à busca para compreender

fenômenos químicos presentes em seu entorno e em constante

transformação. É importante que o ensino desenvolvido na disciplina de

Química na EJA possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos

prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da análise,

reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente

frente a fatos que intrigam o saber popular.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Compreender a Química como um recorte da cultura presente no

cotidiano das pessoas;

• Promover a aprendizagem da Química a partir de vivências, fazendo

uso de diferentes recursos tecnológicos;

• Despertar no educando o olhar crítico sobre os fatos do cotidiano por

meio do saber científico.

178

CONTEÚDOS

O programa de Química contempla os seguintes conteúdos, considerados

essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio na

modalidade Educação de Jovens e Adultos.

Matéria e substâncias

Reações Químicas

Funções Orgânicas e Inorgânicas

Ligações Químicas

Ligações entre as moléculas

Tabela periódica e periodicidade

Estrutura atômica

Estequiometria

Estudo dos Gases

Radioatividade

Propriedades coligativas

Eletroquímica

Equilíbrio Químico

Soluções

Termoquímica

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para o trabalho metodológico com essa disciplina, deve-se partir da

seqüência:“fenômeno–problematização–representação-explicação”

(MALDANER, 2000, p.184). Para o autor,

179

episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no

processo de ensino e aprendizagem e não obstáculo a ser superado

(...) O importante é identificar situações de alta vivência comuns ao

maior número possível de alunos e a partir delas começar o trabalho

de ensino. (MALDANER, 2000, p. 184)

Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas,

classificações, regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar

conteúdos com os quais o educando venha a apropriar-se dos

conhecimentos de forma dinâmica, interativa e consistente, respeitando

os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando condições para que o

mesmo perceba a função da Química na sua vida. É importante ressaltar

que, a partir da investigação dos conhecimentos informais que os

educandos têm sobre a Química, o professor sistematiza as estratégias

metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada um dos

conteúdos mencionados anteriormente, qual a intensidade de

aprofundamento, bem como a articulação entre os mesmos ou entre os

tópicos de cada um.

A problematização é fundamental como encaminhamento metodológico

cujo objetivo consiste em gerar um tema para contextualização. Os temas

são baseados em fatos locais, regionais, nacionais ou mundiais, que

possam refletir sobre os acontecimentos que relacionam a Química com a

vida, com o ambiente, com o trabalho e com as demais relações sociais.

A partir do contexto abordado, devem ser selecionados os conteúdos que

possam ser trabalhados, independentemente da seqüência usual presente

nos livros didáticos da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os

conteúdos, bem como, a forma como serão desenvolvidas as atividades

para aprofundamento e avaliação, o educador terá condições de

desenvolver metodologias que visem evitar a fragmentação ou a

desarticulação dos conteúdos dessa disciplina.

180

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA

A avaliação na disciplina de Química vem mediar a práxis pedagógica,

sendo coerente com os objetivos propostos e com os encaminhamentos

metodológicos, onde os erros e os acertos devem servir como meio de

reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. É essencial

valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que

o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de

construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de

aprendizagem.

Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é repleta

de falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso.

A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda

avaliação supõe um processo de obtenção e utilização de

informações, que serão analisadas diante de critérios estabelecidos

segundo juízos de valor. Portanto, não se pode pretender que uma

avaliação seja um processo frio e objetivo; ele é, em si, subjetivo,

dependente da valorização de apenas uma parcela das informações

que podem ser obtidas. Essas características são importantíssimas

para que possamos compreender a utilidade e os limites da

avaliação e como ela pode ser utilizada pelo próprio professor para

reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61)

Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo

e o ato de avaliar como objeto de punição, perpassando por vários

caminhos, fundamentados na concepção teórica e no encaminhamento

metodológico da disciplina de Química, estabelecendo uma perspectiva de

181

torná-la reflexiva, crítica, que valoriza a diversidade e reconhece as

diferenças, voltada para a autonomia do educando jovem, adulto e idoso.

REFERÊNCIAS

BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de

Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática

educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de

professores de química. Ijuí: Editora Unijuí, 2000.

RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a

constituição da educação de jovens e adultos como campo

pedagógico. Educação & Sociedade. v.20, n. 68, Campinas:

UNICAMP, dez, 1999.

SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica.

Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28

HISTÓRIA

A) EMENTA

182

A História é um conhecimento construído pelo ser humano em diferentes

tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral,

expressão das relações de poder. De acordo com BEZERRA, (2003 pg.

42) “o objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos

processos e dos sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se

estabelecem entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços”.

Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de

sua visão de mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim

aquela que foi tecida por um grupo social. Trata-se de um conhecimento

científico, que precisa ser interpretado.

Hoje, por exemplo a História busca os diversos aspectos que compõem a

realidade histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado

uma História que a partir do século XIX privilegiava o fato político, os

grandes feitos e os heróis em direção a um progresso pautado pela

invenção do estado-nação que precisava ser legitimado. Nesse contexto, é

criada a disciplina de História que tinha como função legitimar a

identidade nacional.

Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato de

que os seus educandos possuem maior experiência de vida e que essa

modalidade tem como finalidade e objetivos o compromisso com a

formação humana e o acesso à cultura geral. A diversidade presente na

sala de aula, a partir dos diferentes perfis sociais, deve ser utilizada a favor

do trabalho pedagógico no ensino de História. Pode-se recorrer às

diferenças para estabelecer comparações, levantar diferentes concepções

de mundo e ainda buscar trabalhar com o respeito e a aceitação das

diferenças.

183

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Formar a consciência histórica do individuo, sujeito de uma sociedade

marcada por diferenças e desigualdades múltiplas

• Promover a edificação da capacidade de pensar historicamente

• Propiciar informações, conceitos históricos permitindo que os

educandos atribuam sentido ao tempo como agente de transformação

• Contribuir na construção do conhecimento em respeito ao próximo

• Favorecer o respeito à diversidade e ao caráter multicultural da

sociedade brasileira

• Dominar o conhecimento histórico escolar a partir da síntese dos

saberes científicos com os saberes cotidianos, oriundos da experiência

familiar, pessoal e religiosa.

A) CONTEUDOS

Ensino Fundamental e Médio

EIXOS

ORIENTA-

DORES

TEMASCONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL

184

CU

LTU

RA

TR

AB

ALH

O T

EM

PO

IDEN

TID

AD

EC

ULT

UR

AL

CONSTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o homem um

sujeito histórico, atuação do sujeito histórico-memória.

PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO:

conceito de ciência histórica, como o historiador

reconstrói a história?

diferentes temporalidades, fontes históricas,

patrimônio cultural, a origem do homem e o começo

dos tempos.

ENCONTRO ENTRE DIFERENTES CULTURAS: o Paraná

no Século XV, ocupação do espaço paranaense, o

domínio cultural e político europeu, principais etnias,

dominação e resistência, patrimônio cultural

paranaense.

TER

RA

E P

RO

PR

IED

AD

E N

OS

DIF

ER

EN

TES PER

ÍOD

OS

HIS

RIC

OS

DIFERENTES MODOS DE DISTRIBUIÇÃO DA TERRA:

Capitalista, socialista, primitiva, feudal e escravista.

CONCENTRAÇÃO DE TERRAS NO BRASIL:

Capitanias hereditárias, sesmarias, reduções,

engenhos, rendeiros/meeiros

Quilombos, comunidades indígenas, leis de terras,

imigração européia.

TENTATIVAS DE REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL

REPÚBLICA:

Plano de metas, reforma de base, ditadura militar,

proposta de Tancredo Neves, a questão da terra nos

governos; Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula

da Silva.

CONFLITOS AGRÁRIOS PELA TERRA NO BRASIL:

Canudos, Contestado, ligas camponesas, demarcação

das terras indígenas, luta dos povos da floresta,

movimento dos trabalhadores rurais sem terra.

ESTADO NEOLIBERAL: origem, emprego,

flexibilização dos direitos sociais, neoliberalismo no

Brasil .

185

EIXOS

ORIENTA-

DORES

TEMASCONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO

186

CU

LTU

RA

TR

AB

ALH

O T

EM

PO

DIV

ER

SID

AD

E C

ULT

UR

AL

CONSTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o

homem/mulher como sujeitos históricos, formação da

identidade e alteridade, História local.

PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: história

como ciência, natureza e cultura, diferentes

temporalidades, fontes históricas, as primeiras

civilizações, patrimônio cultural.

DIFERENTES CULTURAS: dominação e resistência na

formação da sociedade brasileira, o mundo árabe, a

cosmovisão africana., cultura oriental, os diversos

Brasis.

RELA

ÇÕ

ES D

E P

OD

ER

E M

OV

IMEN

TO

S S

OC

IAIS

A RELAÇÃO COLONIZADOR/COLONIZADO NA AMÉRICA:

dominio cultural e político europeu, assimilação e

aculturação.

HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL E NOS ESTADOS

UNIDOS: trabalho escravo,

Formas de resistência, movimentos abolicionistas,

guerra de secessão.

LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO: Estado liberal

clássico, as idéias iluministas, a partilha do mundo,

Primeira Guerra Mundial.

SÉCULO XX MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS:

formação dos estados totalitarios, o mundo em guerra,

descolonização afro-asiática, movimentos sociais no

pós-guerra, conflitos culturais na América espanhola.

FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: emancipação

política das colônias americanas, a construção do

estado brasileiro, o período republicano.

LUTAS PELA POSSE DA TERRA: conflitos agrários pela

posse da terra no Brasil e na América espanhola,

conflito árabe-israelense.

CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: Conceitos de Cidadania

e trabalho, direitos civis, políticos e sociais.

187

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da

cultura, optou-se por três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo,

que também orientam o documento das Diretrizes Curriculares para EJA no

Estado do Paraná. Esses eixos estabelecem relações entre si e articulam-se

às temáticas que por sua vez articulam-se aos conteúdos, sendo que o

eixo Tempo, presente nessa concepção, refere-se ao tempo histórico.

Os conteúdos selecionados, foram organizados em quatro temas plurais no

Ensino Fundamental: Identidade e Cultura; Estado e Relações de Poder;

Terra e Propriedade; Cidadania e Trabalho e três temas para o Ensino

Médio: Diversidade Cultural; Relações de Poder e Movimentos Sociais;

Mundo do Trabalho e Cidadania. É importante que na abordagem desses

conteúdos o educador crie situações de aprendizagem, que respeitem o

perfil dos educandos da EJA e possibilitem o diálogo entre os conceitos

construídos cientificamente e a cultura do educando, considerando a sua

História de vida, o ambiente cultural e a identidade do grupo.

A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido

ou do conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem

ser trabalhados de forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se

dar de forma abrangente no tempo e no espaço, como por exemplo, no

que refere as questões sociais, as contradições, a Histórica local,

conteúdos estes que estabeleçam relação entre o local e o global e

possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças e diferenças, as

permanências e as rupturas do contexto histórico.

E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA

Nas diversas formas de avaliação será avaliada a capacidade de

argumentação, criticidade, interpretação, organização da idéias, seleção

de imagens, de textos etc bem como a contextualização do saber

sistemático com o saber assistemático.

188

F) REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula.

São Paulo: Contexto, 1998.

BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa, Portugal: Europa-

América, 1997.

CABRINI, Conceição et. al. O ensino de história: revisão urgente.

São Paulo: Brasiliense, 1986.

DAVIES, Nicholas (Org.). Para além dos conteúdos no ensino

de história. Niterói: Eduff,

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à

prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1987.

KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo:

Contexto, 2003.

GEOGRAFIA

A) EMENTA

Atualmente, a grande velocidade com que vêm ocorrendo as

transformações no espaço planetário, tem levado a escola a rever

conceitos e metodologias, pois esses refletem diretamente nos elementos

fundamentais do ensino da Geografia.

Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais

importantes. Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias

hidrográficas, redes fluviais e tudo o que se refere ao mundo das águas); o

189

relevo (planícies, planaltos, serras – ou seja, as formas da superfície

terrestre); o clima ( calor, frio, geada, neve e estados do tempo em geral);

e a vegetação (florestas, campos, cerrados, caatinga e temas relacionados

à distribuição das espécies vegetais pela superfície terrestre).

Os aspectos humanos referem-se ao homem “inserido” no quadro natural,

como se a paisagem tivesse sido moldada para recebê-lo e fornecer-lhe

suas “dádivas”, ou seja, seus recursos: solo, água, animais, vegetais e

minerais, por exemplo.

Por fim, na parte econômica busca-se explicar como o homem explora e

transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas

pela seguinte ordem: extrativismo, agricultura, pecuária, indústria,

comércio, serviços e meios de transporte – a circulação no território.

A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto

indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e

sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como quadro

único no qual a história se dá”, Santos (1996, p.51), propõe uma

concepção de geografia que possibilite ao educando desenvolver um

conhecimento do espaço, que o auxilie na compreensão do mundo,

privilegiando a sua dimensão sócio espacial. Para MORAES (1998, p.166),

“formar o indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dando-

lhe não uma explicação pronta do mundo, mas elementos para o próprio

questionamento das várias explicações. Formar o cidadão democrático

implica investir na sedimentação no aluno do respeito à diferença,

considerando a pluralidade de visões como um valor em si”.

B ) OBJETIVOSGERAIS DA DISCIPLINA

• Compreender que o espaço geográfico é produto de uma

organização sócio-econômica que se transforma a partir de uma

190

história constituída por contradições e conflitos que se resolvem

e se repõem continuamente;

• Compreender as relações homem X natureza

• Compreender que o espaço é modificado pelo trabalho humano

afim de atender as necessidades do ser humano, o seu bem-estar

A) CONTEÚDO

Ensino Fundamental e Médio

Os conteúdos propostos são os mesmos para o Ensino Fundamental e para

o Ensino Médio. A abordagem dos conteúdos, deve ser diferenciada nos

níveis de ensino a partir do grau de aprofundamento e de complexidade

dos textos.

Os conteúdos devem ser trabalhados em diferentes escalas: local,

regional, nacional e mundial.

Porém é necessário que o educador perceba que o espaço geográfico só

pode ser entendido em sua totalidade, sendo que os recortes de análise

espacial, devem ser apenas procedimentos operacionais para decompor o

espaço, para depois recompô-lo, sobretudo para facilitar a compreensão

do educando.

EIXOS TEMÁTICA CONTEÚDOS

191

ESPA

ÇO

RELA

ÇÕ

S S

OC

IAIS

NATU

REZ

A

RELA

ÇÃ

O C

IDA

DE–C

AM

PO

OR

GA

NIZ

ÃO

SO

CIO

ESPA

CIA

L C

IDA

DA

NIA

DEMOGRAFIA: dinâmica da

população, pirâmide etária, padrão de

vida, movimentos migratórios,.

ATIVIDADES ECONÔMICAS: cadeias

produtivas, redes de distribuição,

transporte e comunicação, espaço

agrícola, fontes de energia, comércio,

indústria, turismo, circuitos

produtivos, Divisão Internacional do

Trabalho, flexibilização do trabalho,

economia solidária.

POLÍTICAS PÚBLICAS: agricultura

familiar, reforma agrária, assistência

social, educação, meio ambiente,

habitação, cultura, saúde.

URBANIZAÇÃO: expansão urbana,

infra-estrutura, plano diretor urbano.

AGRÁRIA: estrutura fundiária,

modernização do campo, conflitos no

campo, agricultura familiar, políticas

agrárias.

GEOPOLÍTICA: organização

socioespacial, fronteira, estado,

nação, território, territorialidade.

REPRESENTAÇÃO SOCIOESPACIAL:

Planeta Terra, localização espacial,

orientação, coordenadas geográficas,

cartografia.

QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS:

degradação ambiental,

desenvolvimento sustentável,

qualidade de vida.

192

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia deve

tornar os conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se

busque explicitar e oportunizar a observação, a análise e a reflexão,

categorias essenciais para o desenvolvimento de “um olhar geográfico” da

realidade, ou seja, do mundo vivido.

Nessa perspectiva a problematização surge como metodologia para a

abordagem dos conteúdos ou temas. Problematizar significa levantar

questões referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos, o que implica

em expor as contradições que estão postas, buscar explicações e relações

e construir conceitos. Exemplo: ao trabalhar o tema “Indústrias no Brasil”,

escolher uma indústria local e questionar:

1- Qual a necessidade de termos uma indústria na nossa cidade?

2- Quais mudanças foram provocadas por sua instalação?

3- Qual a sua importância para o município, estado, país?

4- Qual sua importância para a população?

5- Por que ela se instalou nessa região?

6- Como é seu processo produtivo?

7- Quais impactos vem causando no ambiente?

Urge considerar os saberes que os educandos trazem consigo, vinculados

a sua história de vida, optou-se pela organização do currículo de

Geografia, em três grandes eixos: Espaço, Relações Sociais e Natureza.

Esses eixos estabelecem relações entre si e permitem a compreensão da

totalidade do espaço geográfico. Vale ressaltar, que a totalidade aqui não

é a soma, mas o conjunto da formação sócio espacial. A compreensão da

migração campo-cidade, por exemplo, só ganha sentido quando a ela se

relaciona a estrutura fundiária, a questão da má distribuição das terras, a

industrialização das grandes metrópoles, a periferização e a qualidade de

vida em si.

193

O conjunto dos eixos, o Espaço, as Relações Sociais e a Natureza articula-

se as temáticas expostas no quadro de conteúdos. Dessa maneira, os

conteúdos selecionados, devem ser trabalhados nas suas inter-relações,

rompendo-se com a compartimentalização e com a linearidade do

conhecimento geográfico, possibilitando a explicitação do processo de

produção do espaço pelas sociedades.

A) CRITERIO DE AVALIAÇÃO ESPECIFICO DA DISCIPLINA

• organização, seqüência, ordenação

• preenchimento dos quesitos solicitados

• esclarecimento sobre normas, tipos, valores, temas e tempo

• elaboração de pesquisa: fontes, estética e grau de criticidade

F) BIBLIOGRAFIA

CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões.

São Paulo: Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, (org.) Geografia em sala de aula:

Práticas e Reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul/AGB, 1999.

CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos.

Campinas: Papirus, 1998.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo:

Hucitec, 1993.

194