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IDH do Brasil é inferior à média da América Latina em educação Média de anos de estudo na região é de 7,9 anos, informa relatório da ONU. No Brasil, média é de 7,2 anos e expectativa de vida é um ano menor. Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília O Relatório de Desenvolvimento Humano divulgado nesta quinta-feira (23) pela Organização das Nações Unidas (ONU), informa que o Brasil está abaixo da média da América Latina em educação e expectativa de vida. O estudo das Nações Unidas calcula o Índice de Desenvolvimento Humano dos países com base em indicadores de educação, saúde e renda. O Brasil avançou uma posição no ranking mundial, passando do 80º lugar em 2012 (IDH de 0,742) para o 79º em 2013 (IDH 0,744) no ranking do desenvolvimento humano. O índice do Brasil coloca o país na faixa das nações com “elevado desenvolvimento humano”. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado é o IDH (veja na tabela abaixo).

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IDH do Brasil é inferior à média da América Latina em educaçãoMédia de anos de estudo na região é de 7,9 anos, informa relatório da ONU.No Brasil, média é de 7,2 anos e expectativa de vida é um ano menor.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília

O Relatório de Desenvolvimento Humano divulgado nesta quinta-feira (23) pela Organização das Nações Unidas (ONU), informa que o Brasil está abaixo da média da América Latina em educação e expectativa de vida. O estudo das Nações Unidas calcula o Índice de Desenvolvimento Humano dos países com base em indicadores de educação, saúde e renda.O Brasil avançou uma posição no ranking mundial, passando do 80º lugar em 2012 (IDH de 0,742) para o 79º em 2013 (IDH 0,744) no ranking do desenvolvimento humano. O índice do Brasil coloca o país na faixa das nações com “elevado desenvolvimento humano”. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado é o IDH (veja na tabela abaixo).

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Apesar da melhora no ranking, os dados da ONU não revelam avanço significativo em educação e expectativa de vida. A média de estudo na América Latina é de 7,9 anos; no Brasil, 7,2 anos. O número é o mesmo desde 2010.A coordenadora do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Andreia Bolzon, minimizou o fato de os números permanecerem inalterados. Segundo ela, a ONU teve que usar dados mais antigos para a média de anos de estudo porque eram os números passíveis de serem comparados com a evolução dos demais países.Segundo ela, levantamentos mais atuais revelam que o Brasil avançou para uma média de 7,6 anos de estudo, ainda abaixo, porém, da média da América Latina. A expectativa de vida do brasileiro teve um ligeiro aumento, de 73,7 anos em 2012 para 73,9 anos em 2013. Mas segue abaixo da média latino-americana, de 74,9 anos.De acordo com o relatório das Nações Unidas, os países da América Latina com maior grau de desenvolvimento humano são Chile (41º no ranking), Cuba (44º) e Argentina (49º). Os três países são classificados como de “muito elevado desenvolvimento”.Outros 29 países da região estão classificados como de “elevado desenvolvimento” ou “médio desenvolvimento”. Somente o Haiti permanece no grupo de “baixo desenvolvimento humano”.Apesar desses indicadores, a melhora nos índices da América Latina desacelerou nos últimos anos.De acordo com as Nações Unidas, o crescimento anual do IDH na região caiu pela metade nos últimos cinco anos em comparação com o crescimento verificado entre 2000 e 2010.O relatório atribui a desaceleração à crise financeira internacional e sugere a criação de um Fundo Monetário Latino-Americano para completar reservas internacionais que servem de auxílio para países em situação de vulnerabilidade financeira.De acordo com a ONU, 45 milhões de pessoas da América Latina e Caribe correm risco de cair na chamada “pobreza multidimensional”, quando há a carência de condições mínimas para a sobrevivência digna, como alimentos e saneamento básico.

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Desigualdade aumenta e volta ao patamar de 2011, afirma PnadRegião Nordeste apresentou o maior nível de renda desigual.Concentração teve leve alta ao se considerar todas as rendas.Cristiane CardosoDo G1, no Rio(ATUALIZAÇÃO IMPORTANTE: na sexta-feira, 19, dia seguinte à divulgação desta Pnad, o IBGE informou que dados da pesquisa estavam incorretos. Saiba mais em "IBGE admite 'erros graves' na Pnad e diz que desigualdade caiu". Abaixo segue o texto da forma como publicado no dia 18.)O Índice de Gini, que mede a distribuição da renda, passou de 0,496 em 2012 para 0,498 em 2013. Embora a variação seja pequena, o índice voltou para o mesmo patamar de 2011, interrompendo uma trajetória de queda desde 2001.A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na manhã desta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Esse índice é uma medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima).A Região Nordeste apresentou o maior nível de desigualdade na distribuição do rendimento do trabalho (0,523). No Piauí, foi registrado o pior resultado do país: 0,566.“Se observou que de 2013 para 2012 teve aumento do rendimento e certa estabilidade do Índice de Gini. E viu que as variações maiores se deram nos rendimentos mais elevados", afirma Maria Lucia Vieira, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren), do IBGE.Em 2013, os 10% mais pobres receberam, em média, R$ 235 por mês, valor 3,5% superior ao registrado no ano anterior. Por outro lado, os 10% mais ricos concentraram 41,2% do total de rendimento de trabalho – eles ganharam, em média, R$ 6. 930, valor 6,4% maior do que em 2012.De maneira geral, a renda dos trabalhadores subiu 5,7% de um ano para o outro, chegando a 1.681 por mês.

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Números do Brasil

Veja resultados de 2013 da Pnad

Analfabetismo e educação Perfil da população Estado civil da população Desigualdade Internet e celular Bens materiais Saneamento básico e luz

Ocupação e emprego Todas as fontes de rendaConsiderando os rendimentos de todas as fontes (incluindo, além da renda do trabalho, outras como patrimônios e investimentos), o Índice de Gini caiu continuamente, mas em patamares diferentes: ficou estável em 2001 e 2002 – 0,569; diminuiu para 0,504 em 2012; mas, no ano passado, também voltou ao patamar de 2011, de 0,505.O Índice de Gini de todas as fontes em 2013 foi menor na Região Sul (0,463), onde Santa Catarina foi o destaque nacional (0,438). A região que apontou a maior desigualdade, nesse caso, foi a Centro-Oeste (0,519). Este índice foi puxado pelo resultado do Distrito Federal (0,570), que apresentou a maior concentração de renda do país.

 

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"O que pudemos observar é que de rendimento do trabalho, o Nordeste tem o Gini mais elevado quando olhamos de ‘todas as fontes', passa a ser a Centro-Oeste”, diz Maria Lucia Vieira.'Estabilidade'A presidente do IBGE, Wasmália Bivar, diz que a concentração de renda ainda é alta, mas há uma tendência da estabilidade da desigualdade. "Tendência de queda não existe, porque ele [o Índice de Gini] cresceu ligeiramente do trabalho enquanto que de outras fontes se manteve constante. Se você for olhar a série, vai ver que a série vinha reduzindo o Gini. Ele ultrapassou uma fronteira importante que foi do 0,5, abaixo do 0,5 no caso do trabalho, e ainda se mantém, mas ele mostra uma certa instabilidade”.Segundo Wasmália Bivar, a estabilidade da concentração de renda é "historicamente importante" para um país como o Brasil. "Nenhum país, acho, fez essa transição tão rapidamente. Encontrar agora uma estabilidade quer dizer que de algum modo você obteve bastante ganho com as políticas que foram adotadas. [...] Mas chega uma hora em que realmente você precisa diversificar as suas políticas, pensar em outras políticas, focadas na distribuição de renda."Para que o índice mude, explica a presidente do IBGE, é preciso que os mais pobres, os que estão na base da pirâmide, tenham aumentos de renda numa velocidade maior do que quem está no topo.Mulheres e homensO Índice de Gini também indicou que a distribuição de renda foi mais desigual entre os homens (0,503) do que entre as mulheres (0,477).O maior nível de concentração da renda entre homens ocupados foi observado no Piauí (0,572), e o menor nível, no Amapá (0,432).Entre as mulheres ocupadas, o maior nível de desigualdade no rendimento foi encontrado no Maranhão (0,564), e o menor nível, em Santa Catarina (0,381).

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ÍNDICE IDH - O que é:O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi desenvolvido pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen em 1990 e desde 1993, que tem por incumbência promover a eliminação da pobreza e o desenvolvimento em substituição ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que avalia apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.

O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total), sendo os países classificados deste modo:

Quando o IDH de um país está entre 0 e 0,499, é considerado baixo.Quando o IDH de um país está entre 0,500 e 0,799, é considerado médio.Quando o IDH de um país está entre 0,800 e 1, é considerado alto.Em 2010, o IDH brasileiro foi de 0,699, numa escala de 0 a 1. O relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado em 2010 apresenta o Brasil na 73ª posição entre 169 países, indicando "tendência de crescimento sustentado ao longo dos anos".Colocação no Ranking de IDH de alguns países:(Dados referente ao PNUD de 2010)

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Posição País IDH 2010

1º Noruega 0,938

2º Austrália 0,937

3º Nova Zelândia 0,907

4º Estados Unidos 0,902

5º Irlanda 0,895

9º Suécia 0,885

10º Alemanha 0,885

13º Japão 0,884

65º Rússia 0,719

73º Brasil 0,699

89º China 0,663

110º Àfrica do Sul 0,663

119º Índia 0,519

169º Zimbabwe 0,140

* Média Mundial: 0,624

 

O IDH foi criado para contrapor a lógica puramente econômica do PIB, leva em consideração 3 fatores:

O próprio PIB per capita, que é toda riqueza produzida pelo país, dividida por habitante e mensurado em dólar; a EDUCAÇÃO em todos os níveis, através do índice de analfabetismo e taxa de matrícula e LONGEVIDADE, a expectativa de vida e taxa de mortalidade infantil. 

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ÍNDICE GINI - O que é:Desenvolvido pelo matemático italiano Corrado Gini, o Coeficiente de GINI é um parâmetro internacional usado para medir adesigualdade de distribuição de renda entre os países.O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero menor é a desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de renda. Quanto mais próximo do um, maior a concentração de renda num país. O índice Gini é apresentado em pontos percentuais (coeficiente x 100).

 

O Índice de Gini do Brasil é de 54,4 (ou 0,544 relativo ao ano de 2008) o que demonstra que nosso país tem uma alta concentração de renda.

Índice de GINI do Brasil e de alguns países:

 

PAÍS INDICE GINI INDICE GINI ANO

Noruega 0,25 25 2008

Alemanha 0,27 27 2006

França 0,33 32,7 2008

Portugal 0,39 38,5 2008

Estados Unidos 0,45 45 2007

China 0,47 47 2007

México 0,48 47,9 2006

Argentina 0,49 49 2007

Brasil 0,54 54,4 2008

Paraguai 0,57 56,8 2008

 

 

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Bom então o IDH prega a eliminação da pobreza e o desenvolvimento humano calcado nas variáveis EDUCAÇÃO eLONGEVIDADE além do PIB.Considerando que o Brasil possui a quinta maior população do mundo com 190 milhões de habitantes e 8,5% desta população vivem em situação de extrema pobreza, temos 16 milhões de brasileiros que sofrem muito com a falta de saúde, educação e rendae o quesito educação é o que mais pesa na pobreza.Pelo IDH vemos que é necessário dar mais importância à educação no Brasil. 

Já o GINI mede a desigualdade da distribuição de renda nos países.Considerando que no Brasil 46,9% da renda nacional concentram-se nas mãos dos 10% mais ricos e os 10% mais pobres ficam com apenas 0,7% desta renda, não me surpreende sermos o país com o 3º pior Índice GINI do mundo, com 0,54, concentração de renda pior só se encontrada na Bolívia, Camarões e Madagascar, com 0,60; seguidos de África do Sul, Haiti e Tailândia, com 0,59.Na América Latina, os países onde há menos desigualdade são Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai, com Gini inferior a0,49. 

Bom e o Brasil onde está neste quadro do GINI?

Entre 2006 e 2008, a queda do GINI no Brasil foi de 2,4%, de 0,5623 para 0,5486, uma redução muito expressiva para um período de apenas dois anos.

A desigualdade de renda no Brasil caiu fortemente nos últimos anos, e no final de 2008 o índice já estava em 0,515, atingindo a mínima histórica do Brasil da década de 60.

Considerando que o período da Ditadura foi de 1964 à 1985, vinte e um anos se passaram para que voltássemos a respirar democracia e o muito que se avançou em políticas sociais nos oito anos do Governo LULA é pouco para o acúmulo de desigualdades num país que ainda não completou 200 anos de independência.

Os estudiosos da ONU utilizando dados extraídos do GINI dizem que a concentração de renda no Brasil e America Latina é influenciada pela falta de acesso aos serviços básicos e de infraestrutura, baixa renda, além da estrutura fiscal injusta e dafalta de mobilidade educacional entre as gerações. 

O que podemos extrair desta engenharia numérica toda é que devemos manter e ampliar o gasto social por habitante, provendo serviços para manter a mobilidade educacional entre a população e a as futuras gerações. 

Em se tratando de projeto político é evidente que a melhora nos índices econômicos e sociais no Brasil no último período, só se deu por conta do papel do Estado como provedor e indutor das políticas necessárias para melhora da vida do povo brasileiro.

 

Entre 2001 e 2008, a renda dos 10% mais pobres no Brasil cresceu seis vezes mais rápido do que a dos 10% mais ricos, dando um bom início à redistribuição de renda no país.

 

As políticas de valorização do salário mínimo, ampliação do credito, obras de infraestrura, PAC 1 e 2, geração recorde de empregos com carteira assinada, contribuíram para isto.

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A mobilidade social foi grande neste período, 21 milhões de brasileiros migraram da Classes De E para Classe C.

Hoje 53% da população brasileira (101 milhões) pertencem a Classe C, cabe agora passarmos da mobilidade social paramobilidade educacional.Projetos como Pró-UNI, Plano Nacional de Banda Larga, Protec, Fundeb, serão a mola propulsora para conduzirmos a mobilidade educacional necessária para atender o país que em breve poderá se tornar a quinta economia do planeta.

O Projeto Brasil sem Miséria promoverá a erradicação da pobreza?

Os números mostram que é possível, se em 8 anos, 21 milhões migraram para Classe C, o desafio agora é atender aos 16 milhões de brasileiros que ainda vivem em situação de extrema pobreza.

Oxalá amanhã possa tratar da fome pelo conhecimento e não mais pela falta de alimento.

Para isto apostamos no Pré-Sal e o investimento de 7% do PIB em Educação nos próximos 20 anos e ter o IDH e GINI a altura deste país e de seu povo.