Upload
tcc-trabalhos-academicos
View
219
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
1
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL
ANDREA P. DOS SANTOS
DIREITO DOS IDOSOS
SALVADOR/BAHIA
Maio/2014
2
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL
ANDREA P. DOS SANTOS
DIREITO DOS IDOSOS
Monografia apresentada ao Curso serviço social da
UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a
obtenção do titulo de bacharel em serviço social
Orientador: Prof. xxxx
SALVADOR/BAHIA
Maio/2014
3
FICHA CATALOGRÁFICA
SANTOS, ANDREA P,
A Economia Solidária no Assentamento Itamarati I e II, Município de Ponta
Porã/MS: Rodrigues, Maria Cândida. Ponta Porã/MS- Universidade Norte do
Paraná –Ponta Porã-UNOPAR, 2010.
Orientador: Msc.
Monografia: (Graduação em Serviço Social – UNOPAR,SALVADOR/BAHIA).
1. Pesquisa Bibliográfica. 2. Pesquisa de Campo
4
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL
ANDREA P DOS SANTOS
DIREITO DOS IDOSOS
AVALIAÇÃO DA BANCA
____________________________________________________________
Prof.º ( a)
XXX
____________________________________________________________
Prof.º ( a)
XXXX
___________________________________________________________
Prof.º (a)
XXXX
SALVADOR/BAHIA
Maio/2014
5
AGRADECIMENTOS
.
XXXXXXXX
6
“.Artigo 8º
O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente.
Estatuto do Idoso
7
RESUMO
xxxxx
PALAVRAS-CHAVE: idoso, estatuto, politicas, direitos
8
LISTA DE ABREVIATURAS
.
9
LISTA DE FIGURAS
10
1 INTRODUÇÃO
Até 2025, segundo a OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número
de idosos.
O crescente aumento e longevidade e expectativa de vida, elevou o numero
da população idosa em diversas sociedades, consequência do controle das doenças
infecto contagiosas, redução das doenças cardiovasculares, acesso à saúde,
mudança de comportamento e estilo de vida, levando a uma melhora da qualidade
de vida. Uma das principais mudanças no estilo de vida que contribuiu significativa
foi uma maior participação da população em atividades físicas, ocorreu um
crescimento da atividade física regular, principalmente no grupo da terceira idade.
O processo de envelhecimento provoca no organismo modificações
biológicas, psicológicas e sociais; porém, é na velhice que este processo aparece de
forma mais evidente (SANTOS 2010).
Assim como ao surgimento de doenças crônico-degenerativas advindas de
hábitos de vida inadequados (tabagismo, alimentação, ausência de atividade física
regular), que levam na redução da capacidade para as atividades da vida diária
(TRIBESS S & VIRTUOSO Jr, 2005).
Ainda é grande a desinformação sobre a saúde do idoso e as particularidades
e desafios do envelhecimento populacional para a saúde pública em nosso contexto
social. Entre 1980 e 2000 a população com 60 anos ou mais cresceu 7,3 milhões,
totalizando mais de 14,5 milhões em 2000. O aumento da expectativa média de vida
também aumentou acentuadamente no país. Este aumento do número de anos de
vida, no entanto, precisa ser acompanhado pela melhoria ou manutenção da saúde
e qualidade de vida.
11
No Brasil, a legislação de proteção social avançou muito em anos recentes e,
certamente, o marco desse processo foi a promulgação do Estatuto do Idoso (Lei
10.741 de 1º de outubro de 2003).
Na saúde, pode-se considerar como um marco no Sistema Único de Saúde a
Portaria 399 de 22 de fevereiro de 2006 que divulga o Pacto pela Saúde 2006 –
Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Em
uma de suas dimensões, o Pacto pela Vida estabelece seis áreas prioritárias de
atuação, dentre as quais se situa a saúde da população idosa. Nesse documento,
pela primeira vez na história do SUS, a saúde da população idosa consta como
prioridade das três esferas de governo e são destacadas sete ações estratégicas
para que essa prioridade se efetive.
Esta Política tem por propósito trabalhar em dois grandes eixos, tendo como
paradigma a capacidade funcional da população idosa: as pessoas idosas
independentes e a parcela frágil desta população.
Este trabalho se desenvolve em quatro partes distintas e complementares.
Num primeiro momento, é apresentando aspectos biopsicossociais dos idosos. A
seguir, na segunda parte, é apresentado um breve um relato histórico sobre o
desenvolvimento das politicas públicas e serviço social; na terceira parte é
apresentada uma visão geral do assunto no Brasil, onde são apresentadas as
principais lei e politicas desenvolvidas para os idosos.
12
1.1 Objetivos2
a) Objetivo Geral
Refletir sobre os direitos da pessoa idosa respaldados pela PNI – Política
Nacional do Idoso.
b) Objetivos específicos
Descrever aspectos biológicos e psicossociais relacionados ao idoso.
Demonstrar a importância das políticas publicas e serviço social para a
garantia dos direitos.
Analisar as principais leis de proteção aos idosos em vigor no país
13
1.2 JUSTIFICATIVA
Valida a elaboração deste estudo à relevância do tema uma vez que o
numero da população idosa é crescente, mostrando a necessidade em se
aprofundar as questões que norteiam esse grupo e medidas que garantam um
envelhecimento saudável de forma que ele possa viver e não sobreviver. O
crescente aumento no numero de idosos a importância da atividade física para a
saúde e a grande quantidade de idosos com sedentários que buscam a atividade
física por questões de saúde e lazer, trazendo a necessidade do profissional de
educação física conhecer os aspectos inerentes a pratica da atividade.
A necessidade de se conhecer para proteger e preservar o direito dos
idosos, permitindo o livre exercício da cidadania e o papel o profissional de serviço
social neste contexto.
14
1.3 METODOLOGIA
A metodologia implementada no trabalho será a qualitativa, de contexto exploratório e fundo bibliográfico a partir de material já publicado, em geral livros, artigos de periódicos e materiais disponíveis na Internet, referentes ao assunto com o objetivo de levantar dados, analisar e compilar todo o conhecimento necessário para elaboração deste trabalho.
Lakatos e Marconi (2001,) afirmam que a pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias “trata-se do levantamento de toda a bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas em imprensa escrita, documentos eletrônicos. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações.”.
Qualquer tipo de pesquisa em qualquer área do conhecimento supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia, quer para o levantamento da situação em questão, quer para a fundamentação teórica. CERVO e BERVIAN (1976).Esta confere uma análise de conhecimento, um exercício a reflexão, levando o pesquisador a se aprofundar em determinado conhecimento. Conforme Lakatos e Marconi (1987) a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado em livros, enciclopédias, revistas, jornais, folhetos, boletins, monografias, teses, dissertações e material cartográfico.
Rowley e Slack (2004) apud Rodriguez et al (2011) afirmam que uma importante ferramenta para a seleção de artigos de periódico científicos é o uso da base de dados on-line, para isto foi realizada uma pesquisa no período de abril a maio de 2013, ao acervo da biblioteca faculdade São Salvador, pesquisa on-line a artigos e peri
Constitui-se para a identificação da bibliografia pertinente à temática, realizar o levantamento e a organização de referências bibliográficas tendo como base de dados: LILACS, Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Google acadêmico, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, entre os anos de 2000 a 2013.
A pesquisa bibliográfica, segundo LAKATOS& MARCONI (2010), utiliza material existente sobre o tema e tem por finalidade colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito sobre determinado assunto. Já SANTOS (2003) comenta que na pesquisa descritiva é feita a descrição das características de
15
uma determinada população, estudo descritivo de determinado fenômeno com suas variáveis.
Os descritores utilizados estão de acordo com os Descritores em Ciências da saúde (DECS), a conhecer: “idoso”, “direitos”, “políticas píblicas”, “estatuto”.
A fim de se analisar os dados obtidos serão realizados uma leitura criteriosa dos artigos selecionados, considerando-se a concordância e discordância entre os autores quanto aos direitos dos idosos, assim como também.
A aplicação do método é feita de acordo com cada categoria da ciência, exigindo, portanto, processos diferenciados. O método a ser trabalhado em uma ciência depende da natureza do objeto daquela área do saber. Com isso, GIL (2010) mostra que “o objetivo fundamental da pesquisa científica é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. Segundo SANTOS (2003), a pesquisa pode ser classificada ou dividida de duas maneiras: a primeira com base nos procedimentos técnicos utilizados pelo pesquisador, e a segunda se baseia nos objetivos pretendidos.
Plano de desenvolvimento:
Escolha do tema;
Pesquisa bibliográfica a livros, revistas, jornais e internet;
Analise dos dados coletados;
Conclusão.
16
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O processo de envelhecimento provoca no organismo modificações
biológicas, psicológicas e sociais; porém, é na velhice que este processo aparece de
forma mais evidente (SANTOS 2010).
Nos últimos anos, a população a partir dos 60 anos de idade, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS) APUD Nunciato & PEREIRA (2012), cresceu
significativamente, e a estimativa para o número de idosos em 2050 aponta um
contingente de aproximadamente 1,9 bilhões de pessoas.
Estimativas do Fundo das Nações Unidas para a População (IBGE, 2005
apud Rocha, 2008) mostram que, em 2050, a expectativa de vida nos países
desenvolvidos será de aproximadamente 87,5 anos para os homens e 92,5 anos
para as mulheres (contra 70,6 e 78,4 anos em 1998), enquanto que, nos países em
desenvolvimento, será de 82 anos para homens e 86 anos para mulheres, ou seja,
21 anos a mais do que hoje, que é de 62,1 e 65,2 anos, respectivamente.
Apesar deste aumento da longevidade se traduzir em aspectos positivos, é
também importante refletir que este processo de envelhecimento está ligado a
perdas importantes em inúmeras capacidades físicas, as quais culminam,
inevitavelmente, no declínio da capacidade funcional e da independência do idoso
(MATSUDO et al., 2001 APUD ROCHA, 2008).
A saúde funcional do idoso tem sido associada à qualidade de vida (QV), ao
convívio social, à condição intelectual, ao estado emocional e às atitudes perante o
indivíduo e o mundo (VIDMAR & POTULSKI, 2011).
O processo de envelhecimento ocasiona alterações consideráveis no
individuo, no qual são destacados os aspectos físicos, psicológicos e sociais, que de
certa maneira um está relacionado com o outro e caminham juntos conforme afirma
Zanini et al (2003) apud Miranda & Rabelo (2006), dentre os fatores físicos,
alterações em todos os órgãos e sistema do organismo, intracelulares, que
prejudicam não somente sua função como também sua multiplicação (MIRANDA &
RABELO, 2006).
17
No Brasil, considera-se idoso o indivíduo que tem 60 anos ou mais de idade.
É uma fase da vida em que as pessoas tiveram muito ganhos, mas também muitas
perdas, dentre as quais se destaca a saúde como um dos aspectos mais afetados
nos idosos (RODRIGUES & DIEGO, 1996 apud SILVERIA & PASQUALOTTI, 2010).
A Organização Mundial de Saúde identifica como idoso todos que atingem
os 60 anos de idade nos países subdesenvolvidos. Contudo, esta faixa é ampliada
para os 65 anos nos países desenvolvidos (SAAD, 1990 apud SILVA, 2008).
Acerca do processo de envelhecer percebe-se que ao rejeitar a morte como
rejeita, recusando-a com todas as suas forças, o ser humano tende a rejeitar
também a velhice, talvez por esta fase da vida ser a que mais se aproxima da morte
e assim, torna a velhice (SANTOS, 2010).
Para Passerino & Pasqualotti (2006), o envelhecimento humano
compreende todos os processos de transformação do organismo, tanto físicos
quanto psicológicos e sociais, envolvendo, principalmente, papéis sociais
desempenhados pelos indivíduos.
Conforme Vale (2004) à medida que aumenta a idade cronológica, as
pessoas tornam-se menos ativas e a sua capacidade funcional diminui, contribuindo
para que a sua independência seja reduzida.
ASPECTOS DO ENVELHECIMENTO
Segundo Rigo et al (2005) citado por Vidmar e Potulski et al (2011) o
envelhecimento é um processo que afeta todos os indivíduos de forma lenta e
gradativa, provocando alterações biológicas e socioambientais.
A intensidade dessas modificações inerentes ao processo de senescência
varia de indivíduo para indivíduo (VIDMAR e POTULSKI et al, 2011)
Para Alves et al (2004) o sedentarismo, que tende a acompanhar o
envelhecimento, é um importante fator de risco para as doenças crônico-
18
degenerativas, especialmente as afecções cardiovasculares, principal causa de
morte nos idosos.
Santos (2010) aponta que os fenômenos do envelhecimento e da velhice e a
determinação de quem seja idoso, muitas vezes, são considerados com referência
as modificações que ocorrem no corpo, na dimensão física.
Neste sentido, Prado et al (2010) destaca que a prática regular de atividade
física tem sido recomendada como meio de atenuar os efeitos deletérios do
envelhecimento na dimensão biológica de cada indivíduo.
2.1 Conceitos
Para Meirelles (1999) citado por Miranda & Rabelo (2006) o envelhecimento
é um processo dinâmico e progressivo, no qual há alterações morfológicas,
funcionais e bioquímicas, que alteram progressivamente o organismo, tornando-o
mais suscetível às agressões.
No Brasil, conforme Silveira et al (2010) é considerado idoso a pessoa com
60 anos ou mais de idade. É a fase da vida em que as pessoas tiveram muito
ganhos, e perdas, dentre as quais se destaca a saúde como um dos aspectos mais
afetados nos idosos (RODRIGUES & DIEGO, 1996 citado por SILVEIRA &
PASQUALOTTI, 2010).
A Organização Mundial de Saúde identifica como idoso todos que atingem
os 60 anos de idade nos países subdesenvolvidos. Contudo, esta faixa é ampliada
para os 65 anos nos países desenvolvidos (SAAD, 1990 apud SILVA, 2008).
Para Papaléo Netto (2002) apud Miranda & Rabelo (2006), o organismo
humano passa por diversas fases, sendo elas o desenvolvimento, puberdade,
maturação e envelhecimento, este ultimo manifesta-se por declínio das funções dos
diversos órgãos que, tende a ser linear em função do tempo, não se conseguindo
definir um ponto exato de transição.
19
Spirduso et al.( 2005) citado por Rocha (2009) O envelhecimento é um
processo multifatorial, sendo influenciado pelo tempo cronológico, por aspectos
psicológicos, sociais, biológicos e funcionais.
O envelhecimento é uma etapa do ciclo vital, marcado por mutações
biológicas visíveis e cercado por determinantes sociais que tornam as concepções
sobre velhice variáveis de indivíduo para indivíduo, de cultura para cultura, de época
para época (MARTINS & BARRA et al, 2007).
Assim, para ou autores acima, é impossível dar significado à palavra “velho”
fora de um contexto cultural e histórico.
Para Vidmar & Potulski et al, ( 2011) a forma pela qual a pessoa envelhece
não depende apenas da sua constituição genética, mas também da vida que leva.
Algumas teorias propõem que o ritmo está associado à vitalidade que os
indivíduos trazem consigo ao nascer e a sua capacidade de mantê-la durante toda
vida (HEIKKINEN, 1998 apud VIDMAR & POTULSKI et al, 2011).
Apesar de ser dos menos preciso, o critério cronológico é um dos mais utilizados para estabelecer o ser idoso, até na delimitação da população de um determinado estudo, ou análise epidemiológica, ou com propósitos administrativos e legais voltados para desenho de políticas públicas e para o planejamento ou oferta de serviços (SANTOS, 2010).
A Organização Mundial de Saúde (World Health Organization -OMS) (2005)
considera o envelhecimento ativo um processo de otimização das oportunidades de
saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à
medida que as pessoas ficam mais velhas.
Envelhecimento Ativo segundo a OMS (2005) refere-se à participação
contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não
somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de
trabalho.
20
2.2 Características do Envelhecimento
O processo de envelhecimento ocasiona alterações consideráveis no
individuo, no qual são destacados os aspectos físicos, psicológicos e sociais, que de
certa maneira um está relacionado com o outro e caminham juntos conforme afirma
Zanini et al (2003) citado por Miranda & Rabelo (2006), dentre os fatores físicos,
alterações em todos os órgãos e sistema do organismo, intracelulares, que
prejudicam não somente sua função como também sua multiplicação (MIRANDA &
RABELO, 2006).
Acerca do processo de envelhecer percebe-se que ao rejeitar a morte como
rejeita, recusando-a com todas as suas forças, o ser humano tende a rejeitar
também a velhice, talvez por esta fase da vida ser a que mais se aproxima da morte
e assim, torna a velhice (SANTOS, 2010).
Para Passerino & Pasqualotti (2006), o envelhecimento humano
compreende todos os processos de transformação do organismo, tanto físicos
quanto psicológicos e sociais, envolvendo, principalmente, papéis sociais
desempenhados pelos indivíduos.
Conforme Vale (2004) à medida que aumenta a idade cronológica, as
pessoas tornam-se menos ativas e a sua capacidade funcional diminui, contribuindo
para que a sua independência seja reduzida.
Segundo Hayflick (1996) apud Miranda & Rabelo (2006), o ritmo de perda de
fibras musculares nos seres humanos se acelera, dos vinte aos sessenta anos, o
que os torna mais fracos, diminuindo a capacidade aeróbica cerca de 1% ao ano.
Conforme Vidma & Potulski (2011) a forma pela qual a pessoa envelhece
não depende apenas da sua constituição genética, mas também da vida que leva.
21
Algumas teorias propõem que o ritmo está associado à vitalidade que os
indivíduos trazem consigo ao nascer e a sua capacidade de mantê-la durante toda
vida (HEIKKINEN, 1998 apud VIDMA & POTULSKI 2011).
Spirduso et al., (2005) os aspectos biológicos são constituídos,
principalmente, pelas alterações negativas no sistema cardiovascular, respiratório e
neuromuscular e, na composição corporal, que por sua vez, diminuem as
capacidades físicas, podendo comprometer a performance das atividades da vida
diária (SPIRDUSO, 1995; MOREY ET AL. APUD ROCHA, 2009).
As modificações biológicas, como aparecimento de rugas, cabelos brancos e
outras; as fisiológicas, relacionadas às alterações das funções orgânicas; as
bioquímicas, ligadas às transformações das reações químicas que se processam no
organismo (SANTOS 2010).
De acordo com Wagorn et al. (1991) apud Miranda & Rabelo (2006), o
envelhecimento causa no sistema cardiovascular as seguintes alterações:
diminuição do número de batimentos Cardíacos em repouso; um rápido aumento
dos batimentos cardíacos durante a atividade física; um aumento da pressão arterial;
respiração mais curta; decréscimo na função de alguns órgãos, entre outros.
A partir dos 40 anos, a estatura começa a se reduzir em torno de um centímetro por década – isso se deve à redução dos arcos plantares, ao aumento da curvatura da coluna vertebral, à redução do volume dos discos intervertebrais, o que, por sua vez, ocorre porque o volume de água do corpo diminui através de perda intracelular (SILVEIRA &PASQUALOTTI, 2010).
Conforme Okuma, 2002 apud Miranda & Rabelo (2006) o processo de
envelhecimento ocasiona uma diminuição da capacidade aeróbia máxima, um dos
componentes da aptidão física relacionada à saúde.
Santos (2010) destaca que as modificações psicológicas ocorrem quando,
ao envelhecer, o ser humano precisa adaptar-se a cada situação nova do seu
cotidiano.
22
Wagorn et al.(1991) apud Miranda & Rabelo (2006) o envelhecimento causa
no sistema cardiovascular as seguintes alterações: diminuição do número de
batimentos cardíacos em repouso; um rápido aumento dos batimentos cardíacos
durante a atividade física; um aumento da pressão arterial; respiração mais curta;
decréscimo na função de alguns órgãos, entre outros.
Matsudo (2002) diz que em relação ao envelhecimento existem mudanças principalmente na estatura, no peso e na composição corporal. Muitas mudanças físicas que ocorrem com a idade afetam a aparência, ganho de gordura generalizado, perda dos músculos, perda da estatura, má postura, pele seca, renovação mais lenta das células lubrificantes, pele pálida devido à perda de pigmentos da pele, manchas na pele muito exposta ao sol, os vasos sanguíneos se tornam mais evidentes devido ao afinamento da pele e outras no sistema funcional (VERDERI, 2004, pg 32).
Segundo Santos (2010) percebe as modificações sociais quando as relações
sociais tornam-se alteradas em função da diminuição da produtividade e,
principalmente, do poder físico e econômico, sendo a alteração social mais evidente
em países de economia capitalista.
Para Velardi (2003) a imagem negativa do envelhecimento associada às
perdas fisiológicas, psicológicas e sociais, que é predominante na sociedade
brasileira contemporânea, pode provocar a diminuição ou o enfraquecimento da
autonomia e isso pode diminuir a saúde e a qualidade de vida percebida.
Silveira & Pasqualotti (2010, p. 54) destacam que, acontecem lentamente
com o passar de décadas devido a alguns fatores, como os patológicos, os
traumáticos ou os degenerativos, ou ainda decorrentes de alterações
musculoesqueléticas e neurológicas primárias.
As mudanças decorrentes do avanço da idade manifestam-se principalmente no plano sagital e incluem algumas características, como o aumento da curvatura cifótica da coluna torácica, a diminuição da lordose lombar, o aumento do ângulo de flexão do joelho, o deslocamento da articulação coxofemoral para trás e a inclinação do tronco para diante, acima dos quadris (KENDALL , 1995 apud SILVEIRA & PASQUALOTTI, 2010, pg. 55).
23
2.3. População Idosa
Em 2025, existirá um total de aproximadamente 1,2 bilhões de pessoas com
mais de 60 anos. Até 2050 haverá dois bilhões, sendo 80% nos países em
desenvolvimento (OMS, 2005) vide gráfico a seguir:
Figura 1 Piramide da população Mundial em 2002 e em 2025
Fonte: Nações Unidas (2001 apud OMS 2005).
Projeção a partir dos dados do Censo Demográfico de 1980, a população
idosa, composta por pessoas de 60 anos ou mais, alcançou a marca dos 12.674
milhões em 1999 e representa 7,7% da população brasileira 2 , assim distribuída
pelos seguintes grupos de idade ( ARAÚJO & ALVES, 2000).
Em 1997, segundo o IBGE (1997) 55% dos idosos declararam um estado de
saúde regular ou ruim (comparando com os 19,4% declarados pelo total da
população).
24
Havia pouca diferença entre homens e mulheres, mas a proporção de idosos
pretos e pardos que declararam um estado de saúde regular ou ruim (60,8% e
68,1%, respectivamente) era mais elevada do que a dos brancos (48,6%) (ARAÚJO
& ALVES, 2000).
Conforme os indivíduos envelhecem, as doenças não-transmissíveis (DNTs)
transformam-se nas principais causas de morbidade, incapacidade e mortalidade em
todas as regiões do mundo, inclusive nos países em desenvolvimento, como mostra
a figura 2 (OMS, 2005).
Figura 2 Principais causas de carga de doenças em ambos os sexos 1998
Segundo projeções populacionais baseada no Censo de 2010 divulgadas
pelo IBGE o número de brasileiros acima de 65 anos deve praticamente quadruplicar
até 2060. A população com essa faixa etária deve passar de 14,9 milhões (7,4% do
total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060. A expectativa média
de vida do brasileiro deve aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos. (Jornal BBC
Brasil, 2013).
25
26
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo buscou
27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADORNO, R. de C. Ferreira, ALVARENGA Augusta T. de. Jovens trajetórias, masculinidades e direitos. Ed. USP, 2005. 294 páginas
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação da Saúde da Criança e do Adolescente. Programa Saúde do Adolescente. Bases Programáticas. Edição. Brasília; Ministério da Saúde, 1996. Brasil - Ministério da Saúde
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do SUS. Política Nacional Informação e Informática em Saúde: proposta versão 2.0 (inclui deliberações da 12ª Conferência Nacional de Saúde). Brasília: O Ministério; 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
CAVALCANTE, Alcilene; XAVIER, Dulce. Em defesa da vida: aborto e direitos humanos. São Paulo: Católicas pelo Direito de Decidir. 2006.
DALFOVO, Michael Samir; LANA, Rogério Adilson; SILVEIRA, Amélia. Métodos quantitativos e qualitativos: um resgate teórico. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.2, n.4, p.01-13, Sem II. 2008 ISSN 1980-7031
FRANÇA T. Sistema de informação da atenção básica: um estudo exploratório [dissertação]. São Paulo: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; 2001.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos da Metodologia Cientifica. 7ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MACHADO FN, Meira DC, Madeira AMF. Percepções da Família Sobre a forma como a Adolescente Cuida do Filho. Rev. Esc. Enfermagem USP 2003 março; 37(1):11-8.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação da Saúde da Comunidade. SIAB: manual do sistema de informação de atenção básica. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 1998.
PEDROSA, Anabela Araújo. Gravidez e transição para a maternidade na adolescência determinantes individuais e psicossociais da ocorrência de gravidez e da adaptação. Estudo com adolescentes da Região Autónoma dos Açores. Tese de Doutoramento de (2009).
SILVA, Anderson S. da; LAPREGA Milton R. Avaliação crítica do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) e de sua implantação na região de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(6):1821-1828, nov-dez, 2005
28
RAMOS, Lusitânia de Paula. Gravidez na adolescência: proposta de um plano de intervenção. Governador Valadares, 33f., 2011. Monografia (Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família)
SOARES, Enio Silva e MENEZES, Greice Maria de Souza Fatores Associados à Mortalidade Neonatal: Análise da Situação no Nível Local Enio Silva Soares. Epidemiol. Serv. Saúde . [Online]. Março 2010, vol.19, no.1 [citado 18 de janeiro de 2014], p.51-60. Disponível em World Wide Web: ISSN 1679-4974.