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IFPI INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA IARA MARIA BARROS DE DEUS LEAL ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO DA COZINHA DO IFPI - TERESINA CENTRAL TERESINA PI 2018

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IFPI – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO PIAUÍ

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

IARA MARIA BARROS DE DEUS LEAL

ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO DA

COZINHA DO IFPI - TERESINA CENTRAL

TERESINA – PI

2018

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IARA MARIA BARROS DE DEUS LEAL

ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO DA

COZINHA DO IFPI - TERESINA CENTRAL

Monografia, apresentada ao Instituto

Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia do Piauí, como parte das

exigências para a obtenção do título de

Bacharel em Engenharia Mecânica.

Orientador: Prof. Msc. Francisco José

Patrício Franco

TERESINA

2018

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Dedico o presente trabalho a Deus pela

essência e equilíbrio da vida em todos os

momentos.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu companheiro e amado esposo José Hamilton pelo apoio e amor

dedicado em todos os momentos.

A minha Mãe avó Mariêta, ao meu avô Raimundo Nonato e minha mãe por

serem a base de tudo.

Ao meu orientador Francisco José Patrício Franco pela dedicação, apoio,

paciência e ensinamentos que contribuíram para realização deste trabalho. Serei

eternamente grata por todo o conhecimento compartilhado durante essa etapa final da

minha graduação, por acreditar e me dar a segurança que tudo dará certo.

Ao meu pai científico Brandim por me estender a mão no início dessa jornada,

sou grata por seus ensinamentos, pelo apoio, incentivo, por compartilhar o seu

conhecimento comigo e por me ajudar a ser uma pesquisadora, meu muito obrigada.

Ao professor Abimael que me incentivou nos momentos mais difíceis, pôr

fim aos demais docentes que colaboraram com a minha formação acadêmica.

A minha irmã Iarla, por sempre acreditar em mim, pelo apoio e incentivo em

todos os meus desafios.

Aos amigos, Moacir Júnior que é um amigo e irmão mais velho que o IFPI

me deu para vida, Wesley Resende por disponibilizar a melhor biblioteca, André Vale e

Lucas Costa por toda ajuda, Dyecks Rocha por sempre disponibilizar um tempo para me

ajudar, Benedito Neto pela ajuda sendo nosso fluente nato, Nauro Neves e Heitor Ayres

pela casa sempre aberta para virarmos a noite ou o dia estudando, enfim, a todos da turma

2013.1 por sempre estarem presentes.

A Elza Sampaio, Juliana e toda a sua família pelo acolhimento e apoio

sempre que precisei durante esses anos de graduação.

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“Se uma pessoa fizesse apenas o que

entende, jamais avançaria um passo”

Clarice Lispector

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RESUMO

As cozinhas são ambientes para preparação de refeições, os processos de preparação de

alimentos, cozimento e frituras produzem uma grande geração de calor, substâncias

químicas, fumo, vapor de água e odores que afetam o ambiente térmico e a qualidade do

ar, pondo em riscos as condições de trabalho dos seus profissionais. Assim torna-se

imprescindível a retirada dos agentes poluentes originados pela cocção dos alimentos e a

normalização da temperatura ambiente. Utiliza-se a ventilação industrial aliada ao campo

da higiene do trabalho para exaurir o ar interior e renovar o ar para o ambiente. A

ventilação poderá ser mecânica, combinada ou natural. Para cozinhas industriais a

ventilação mecânica é a mais recomendada pois garante a pressurização do ambiente, pois

as mesmas devem encontrar-se com pressão negativa, para evitar a propagação dos

poluentes para outros ambientes. A presente monografia tem como objetivo a análise da

situação atual e um novo dimensionamento dos sistemas de ventilação geral e local

exaustora instalados na cozinha do restaurante do Instituto Federal do Piauí-IFPI, Campus

Teresina Central. Para verificar se a mesma atende a legislação pertinente, com

componentes e equipamentos projetados para remoção das emissões de contaminantes,

bem como, a correta renovação do ar no ambiente de trabalho. A coleta de dados foi

realizada por observações diretas, registros manuscritos e fotográficos, com aferição das

dimensões dos equipamentos de cocção, da localização e distribuição dos fornos,

fritadeiras, fogões e coifas instalados. Quanto à análise do sistema existente, os resultados

obtidos mostraram que os captores (coifas) apresentam deficiência desde seu

dimensionamento e instalação, não realizam a captura de ar necessário para remoção das

emissões provenientes dos equipamentos de cocção e não foi projetada nem instalada a

rede de dutos, não atendendo a norma NBR 14518(ABNT, 2000). Deste modo, foi

elaborado o projeto englobando o dimensionamento e a escolha de coifas, cálculo de

velocidades e perda de carga, dimensionamento dos dutos, bem como a seleção dos

equipamentos componentes do sistema de ventilação atendendo as normas e legislações

pertinentes de ventilação local exaustora e ventilação geral diluidora capaz de remover as

emissões dos poluentes provenientes dos fogões, forno e fritadeiras, para tornar o

ambiente confortável e salubre para os trabalhadores.

Palavras-chave: Cozinha, NBR 14518, Ventilação Local Exaustora, Ventilação Geral.

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ABSTRACT

Kitchens are food preparation environments, food preparation, cooking and frying

processes produce a large generation of heat, chemicals, smoke, water vapor and odors

that affect the thermal environment and the quality of the air, putting at risk the working

conditions of its professionals. This makes it essential to remove pollutants from cooking

and standardize the ambient temperature. Industrial ventilation combined with the field

of occupational hygiene is used to exhaust the indoor air and renew the air to the

environment. Ventilation may be mechanical, combined or natural. For industrial

kitchens the mechanical ventilation is the most recommended because it guarantees the

pressurization of the environment, since they must be with negative pressure, to avoid the

propagation of the pollutants to other environments. This monograph aims to analyze the

current situation and a new dimensioning of general ventilation systems and local exhaust

installed in the kitchen of the Federal Institute of Piauí-IFPI, Teresina Central Campus.

To verify that it meets the pertinent legislation, with components and equipment designed

to remove emissions of contaminants, as well as, the correct renovation of the air in the

work environment. Data collection was performed by direct observation, manuscript and

photographic records, with measurements of the dimensions of the cooking equipment,

the location and distribution of the ovens, fryers, stoves and installed hoods. Regarding

the analysis of the existing system, the results showed that the captors (faeces) have been

deficient since their design and installation, they do not capture the air necessary to

remove emissions from the cooking equipment, and the power grid has not been designed

or installed ducts, not meeting the standard NBR 14518 (ABNT, 2000). In this way, the

design was elaborated, including the dimensioning and choice of hoods, velocity and load

loss calculations, pipeline design, as well as the selection of the components of the

ventilation system, complying with the relevant local exhaust ventilation and general

dilution ventilation capable of removing the emissions of pollutants from stoves, kilns

and fryers, to make the environment comfortable and wholesome for workers.

Key words: Kitchen, NBR 14518, Ventilation Local Exhaust, General Ventilation.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Fluxograma da Classificação dos Sistemas de Ventilação............................19

Figura 2 – Casos Típicos de Ventilação natural em galpões..........................................20

Figura 3 – Movimento do ar e a diferença de temperatura em uma edificação...............21

Figura 4 – Tipos de Ventilação Geral Diluidora.............................................................22

Figura 5 – Componentes do sistema de ventilação local exaustora................................23

Figura 6 – Perdas de Cargas de uma rede de dutos........................................................25

Figura 7 – Ventiladores...................................................................................................26

Figura 8 – Fatores que influenciam o conforto térmico..................................................27

Figura 9 – Coifa central ou ilha......................................................................................30

Figura 10 – Nódoas de gorduras no teto da cozinha industrial do IFPI..........................35

Figura 11 – Disposição dos Equipamentos de Cocção....................................................36

Figura 12 – Acesso a Cozinha.........................................................................................36

Figura 13 – Layout da cozinha atual com os equipamentos de Cocção..........................37

Figura 14 – Layout da cozinha atual com a disposição das coifas .................................38

Figura 15 – Cálculo de carga térmica simplificada.........................................................44

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Taxa de renovação de ar em cozinha.............................................................34

Tabela 2 – Equipamentos da cozinha do IFPI ................................................................37

Tabela 3 – Dimensões das coifas.....................................................................................38

Tabela 4 – Vazões volumétricas do Sistema de Ventilação Industrial............................39

Tabela 5 – Dimensões dos dutos.....................................................................................39

Tabela 6 – Tabela das Perdas de Cargas do Sistema.......................................................41

Tabela 7 – Dados dos Ventiladores ................................................................................42

Tabela 8 – Distâncias mínimas possíveis de fontes de poluição.....................................43

Tabela 9 – Dados dos Gabinetes de Ventilação..............................................................43

Tabela 10 – Dados das Grelhas de Insuflamento e Retorno............................................43

Tabela 11 – Carga Térmica.............................................................................................44

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas

ASHRAE - American Society of Heating Refrigeration and Air Conditions

HAP - Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos

IFPI - Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia Do Piauí

NBR - Norma Brasileira

VGD - Ventilação Geral Diluidora

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 15

2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 18

2.1 VENTILAÇÃO DE COZINHAS PROFISSIONAIS .............................................. 18

2.2 SISTEMA DE VENTILAÇÃO ................................................................................ 18

2.2.1 Ventilação Natural .......................................................................................... 19

2.2.2 Ventilação Geral Diluidora ............................................................................. 21

2.2.3 Ventilação Local Exaustora ............................................................................ 23

2.2.3.1 Captores ....................................................................................................... 24

2.2.3.2 Rede de Dutos .............................................................................................. 24

2.2.3.3 Ventiladores ................................................................................................. 25

2.2.4 Ventilação para Conforto Térmico ................................................................. 26

2.3 CLIMATIZAÇÃO ............................................................................................. 27

3 METODOLOGIA ...................................................................................................... 29

3.1 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO ................................. 29

3.1.1 Dimensionamento dos Captores ..................................................................... 29

3.1.2 Dimensionamento dos Dutos .......................................................................... 31

3.1.3 Perda de Carga nos Acessórios ....................................................................... 31

3.1.4 Perda de Carga na tubulação do Sistema ........................................................ 32

3.1.5 Taxa de Renovação de ar ................................................................................ 34

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 35

4.1 REGISTROS FOTOGRÁFICOS ............................................................................. 35

4.2 EQUIPAMENTOS PRESENTES NA COZINHA .................................................. 37

4.3 LAYOUT DA COZINHA ........................................................................................ 37

4.4 DIMENSIONAMENTO DAS COIFAS .................................................................. 38

4.5 CÁLCULOS DA VAZÃO VOLUMÉTRICA ......................................................... 39

4.6 TAXA DE RENOVAÇÃO DO AR ......................................................................... 40

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4.7 PERDAS DE CARGA NO SISTEMA ..................................................................... 40

4.8 VENTILADORES E GABINETES DE VENTILAÇÃO ........................................ 41

4.10 SISTEMA DE CLIMATIZAÇÃO ......................................................................... 43

5 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 45

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 46

ANEXOS ........................................................................................................................ 50

ANEXO A – MEMORIAL DESCRITIVO .................................................................... 51

ANEXO B - PLANTA BAIXA DO PROJETO DE VENTILAÇÃO ............................ 63

ANEXO C - CURVAS DE DESEMPENHOS DOS VENTILADORES OTAM ......... 66

ANEXO D - CURVAS DE DESEMPENHOS DOS GABINETES DE VENTILAÇÃO

OTAM ............................................................................................................................ 69

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1 INTRODUÇÃO

A preocupação com o conforto térmico e a qualidade do ar nos ambientes de

trabalho tem refletido na sociedade, houve um crescimento das exigências das leis e

regulamentações. A legislação brasileira tem enfatizado através das Normas

Regulamentadoras o estabelecimento das medidas que garantam a saúde, segurança e a

qualidade de vida dos trabalhadores nas atividades desenvolvidas.

Para Baptista (2011), o conhecimento dos riscos associados à atividade

laboral e a minimização dos seus efeitos sobre a saúde e a segurança dos trabalhadores

são tarefas que exigem uma intervenção específica adequada. A engenharia torna-se uma

aliada fundamental, no planejamento, na organização das necessidades básicas e na

análise dos problemas que envolvem o conforto térmico, acústica, qualidade do ar interior

dentre outros problemas que afetam a saúde e segurança dos trabalhadores.

A cocção de alimentos é uma atividade que gera várias substâncias com

propriedades poluentes, aderentes e combustíveis. Nessas substâncias são encontradas

partículas de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAH) dispersos e

aerotransportados em partículas de óleo animal e vegetal, monóxido de carbono, dióxido

de carbono, fluoretano, pireno dentre outros (ABNT, 2000).

Para intervir na dispersão de contaminantes no ambiente de cozinhas

profissionais, bem como para diluir concentrações de gases, vapores e promover o

conforto térmico dos trabalhadores, utiliza-se a ventilação aliada ao campo da higiene do

trabalho. A ventilação é um método utilizado para evitar doenças profissionais oriundas

da concentração de pó em suspensão no ar, gases tóxicos ou venenosos, vapores, etc.

(CHAVEZ, 2012).

A norma NBR 14518 (ABNT, 2000) estabelece os parâmetros gerais para o

projeto, instalação, operação e manutenção de sistemas de cozinhas profissionais,

enfatizando o conforto de operação, salubridade, segurança contra incêndio e controle de

poluentes atmosférico.

As normas e legislações raramente são observadas e seguidas pelos

instaladores, resultando em instalações de sistema de baixa eficiência, sem plano de

manutenção preventiva, contribuindo para a degradação das condições de trabalho,

agravado com a falta de limpeza do sistema, pode promover o crescimento e proliferação

de bactérias, além do acúmulo de gorduras, que aumenta o risco de incêndio (BAPTISTA,

2011).

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Para melhoria das condições de trabalho nas cozinhas profissionais, tornam-

se necessários sistemas de ventilação (geral diluidora e local exaustora) projetados e

instalados, capazes de retirar os vapores dispersos no ambiente e os gases provenientes

dos processos de frituras e cozimentos dos alimentos, a fim de mantê-las livre de odores,

fumaças e substâncias poluentes originados do processo de cocção, proporcionando

conforto térmico no recinto de trabalho (MARQUES, 2017).

Esta monografia tem como objetivo a análise da situação atual e um novo

dimensionamento dos sistemas de ventilação geral e local exaustora instalados na cozinha

do restaurante do Instituto Federal do Piauí-IFPI, Campus Teresina Central. Para verificar

se a mesma atende a legislação pertinente, com componentes e equipamentos projetados

para remoção das emissões de contaminantes, bem como, a correta renovação do ar no

ambiente de trabalho. Com isso, os objetivos específicos traçados para o trabalho foram:

Análise dos equipamentos para captação de partículas e seleção dos equipamentos

mais adequado para a cozinha do IFPI;

Determinar a vazão de ar necessária e o esquema de distribuição do ar no recinto

a ser ventilado;

Dimensionar os captores e a rede de dutos;

Selecionar os ventiladores mais adequados para o sistema;

Elaborar o projeto do sistema de ventilação local exaustora e ventilação geral

diluidora.

Este estudo foi motivado pela necessidade de tornar a cozinha do Instituto

Federal do Piauí- IFPI um ambiente confortável e salubre para os trabalhadores. Além

disso, tornar o ambiente da cozinha e do refeitório livre dos odores. Segundo Viera

(2007), há evidências, mostradas em estudos sob condições controladas, que

determinados odores podem induzir a alterações fisiológicas e morfológicas, sobretudo

no sistema respiratório cardiovascular.

As etapas que constituí esse trabalho são: na primeira etapa a revisão

bibliográfica a partir de uma literatura específica em ventilação industrial e no âmbito de

cozinhas profissionais; em segunda etapa: a escolha da metodologia adequada para o

projeto descrito, que, inclui a aplicação dos equacionamentos e a análise dos resultados,

que gerou o dimensionamento do sistema de ventilação e na terceira etapa: o

dimensionamento dos equipamentos para a execução do projeto elaborado.

Esta monografia está dividida em 6 capítulos sendo o primeiro capítulo a

introdução, que contém as informações gerais sobre o conteúdo da monografia. O capítulo

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2 trata do referencial teórico, onde estão inseridas as informações imprescindíveis para a

compreensão do projeto a ser elaborado. No capítulo 3 serão apresentados os materiais e

métodos utilizados para desenvolver e solucionar o problema abordado. No capítulo 4

(em resultados e discussões), será discutido os resultados encontrados. O No capítulo 5

trata da conclusão, que apresenta a solução para o problema objeto da monografia. No

capítulo 6 encontra-se todas as referências utilizadas para o desenvolvimento desta

monografia.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 VENTILAÇÃO DE COZINHAS PROFISSIONAIS

Os processos industriais em sua maioria geram resíduos que podem afetar o

ambiente de trabalho, desde poeiras, gases, vapores e também o aumento de temperatura

no ambiente, tornando assim, o ambiente insalubre para os trabalhadores. Para controlar

agentes poluidores gerados no ambiente e ainda, controlar a temperatura, (auxiliar na

distribuição do ar), adota-se a ventilação industrial. (MACINTYRE, 1990).

A ventilação nas cozinhas industriais é um requisito para que o local seja um

ambiente confortável e seguro para os trabalhadores. Além de possibilitar a renovação do

ar no recinto, a ventilação retira através da exaustão, fumos, vapores e calor resultante do

processo de confecção dos alimentos (BAPTISTA, 2011).

As cozinhas industriais possuem equipamentos, tais como, fritadeiras, fogões,

fornos, caldeirões, etc., que em sua grande maioria exercem ação térmica sobre os

alimentos, provocando a emissão de calor, vapores com ou sem gorduras, fumaça, gases

e odores que devem ser captados localmente. Esses poluentes devem ser transportados e

tratados de forma contínua, enquanto perdurar sua geração, assegurando a descarga do ar

livre de poluentes para o meio ambiente (ABNT, 2000).

É preferível a ventilação mecânica em cozinhas industriais, pois assim torna-

se mais confiável o controle dos poluentes, evitando a entrada de ar não filtrado

provenientes de correntes de ar de áreas sujas. A ventilação adotada pode ser geral e

localizada, onde a distribuição do ar deve garantir a ventilação da zona ocupada

(BAPTISTA, 2011).

2.2 SISTEMA DE VENTILAÇÃO

Na concepção de Mesquita, Guimarães e Nefussi (1977), a ventilação consiste

na movimentação de ar que por meios natural ou mecânico, denominado de insuflação

quando o ar entra no ambiente e de exaustão quando o ar é retirado do ambiente.

Para Costa (2005), a ventilação é o processo de renovação do ar em um

recinto, tendo como objetivo controlar a pureza e o deslocamento do ar em um ambiente

fechado.

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Dessa forma tem-se que a utilização de ventilação industrial em ambientes é

adotada para manter conforto térmico, torná-los salubre e movimentar o ar de forma

planejada, visando preservar a saúde dos trabalhadores.

A ventilação industrial apresenta várias formas para sua aplicação em um

ambiente. A figura 1 ilustra um fluxograma que apresenta suas diferentes formas de

atuação.

Figura 1 - Fluxograma da classificação dos sistemas de ventilação

Fonte: Adaptado Oliveira (2013)

2.2.1 Ventilação Natural

Segundo Oliveira (2013), a ventilação natural é o movimento de ar num

ambiente provocado pelos agentes físicos, pressão dinâmica e/ou temperatura, podendo

ser controlado por meio de aberturas no teto, nas laterais e no piso. O sistema de

ventilação natural pode ser aplicado em vários ambientes: garagens, edifícios

habitacionais, comerciais, industriais e públicos.

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A ventilação natural pode variar com as variações climáticas, ser intensificada

pelas ações dos ventos, quando tem um ambiente com aberturas de portas, janelas,

alocadas em paredes opostas e nas direções dos ventos (COSTA, 2005).

De acordo com Borré (2013), o fluxo de ar que entra ou sai de um edifício

por ventilação natural depende dos seguintes fatores: movimento de ar devido à ação do

vento, movimento de ar devido à diferença de temperaturas e movimento de ar pela ação

combinada do vento e da diferença de temperaturas. As saídas de ar devem estar

localizadas em regiões de baixa pressão exterior (MACINTYRE, 1990), como por

exemplo:

Nas paredes laterais à fachada, que receba ação dos ventos

predominantes;

Na parede oposta àquela que recebe a ação dos ventos

predominantes. A figura 2 representa casos de ações do vento em galpões.

Figura 2 - Casos típicos de ventilação natural em galpões.

Fonte: Macintyre (1990)

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A ventilação natural deve ser considerada no projeto arquitetônico,

verificando os fatores tais como a diferenças de pressões no interior e exterior do prédio,

a resistência à passagem do ar pelas aberturas, superfície de iluminação natural do

ambiente, a área de ventilação natural e a diferença de elevação entre altura das saídas e

tomadas de ar (BORRÉ, 2013). A figura 3 exemplifica o movimento do ar pelo efeito

combinado.

Figura 3 – Movimento do ar e a diferença de temperatura em uma edificação

Fonte: Bortolaia (2012)

Quando não houver a possibilidade de adotar o sistema de ventilação natural,

devido as especificidades das atividades, seja por presença de agentes poluentes, seja por

imposição arquitetônica que não aceite lanternins ou outras aberturas, ou o ambiente

necessita permanecer fechado, adota-se a ventilação mecânica.

2.2.2 Ventilação Geral Diluidora

Segundo Chavez (2012) a ventilação geral diluidora é o método de insuflar ar

em um ambiente ocupacional, de exaurir ar desse ambiente, ou ambos, a fim de promover

uma redução na concentração de poluentes nocivos.

De acordo com Macintyre (1990), uma das finalidades da ventilação geral é

reestabelecer as condições térmicas de um ambiente de trabalho provocadas pelo

aquecimento devido a equipamentos ou a condições climáticas; ou pelo resfriamento do

ar devido a certas instalações ou ao clima.

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A VGD por insuflamento é utilizada para manter o conforto térmico de um

ambiente, pois é capaz de renovar o ar interno do recinto através da diferença de pressão

provocada, ocasionando a circulação do ar e consequentemente a saída do mesmo pelas

aberturas. Na VGD por exaustão, um ventilador succiona o ar contaminado para fora do

ambiente ventilado. Ocorre uma diferença de pressão, tornando o ambiente com pressão

negativa, isso faz com que o ar externo possa entrar através das aberturas específicas

(CLEZAR; NOGUEIRA, 2009). A figura 4 ilustra os tipos de VGD.

Figura 4 - Tipos de Ventilação Geral Diluidora

a) VGD por insuflamento b) VGD por exaustão

Fonte: IFPR (2013)

Para executar um projeto de ventilação geral diluidora são necessários

especificar os componentes da instalação de acordo com a finalidade da aplicação do

sistema. Os componentes básicos para um sistema de ventilação são: tomadas de ar

exterior, ventilador de insuflamento, dutos para condução do ar, bocas de exaustão e

insuflamento, e ventilador para exaustão (BURGESS, ELLENBECKER E TREITMAN

2004; CLEZAR e NOGUEIRA, 2009).

Para elaborar um projeto de VGD deve-se incorporar conhecimento sobre as

propriedades físicas do contaminante, taxa de geração do poluente, diretrizes de risco para

a saúde (por exemplo, valor limite de tolerância), pontos de emissão, áreas de Trabalho,

pontos de exaustão, ventilação natural e mecânica existente (BURGESS,

ELLENBECKER e TREITMAN, 2004).

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2.2.3 Ventilação Local Exaustora

A ventilação local exaustora capta os poluentes no local de geração, evitando

a dispersão do poluente no ambiente, e que atinja as vias respiratórias do trabalhador

(MESQUITA, GUIMARÃES e NEFUSSI, 1977).

O sistema de ventilação local exaustora é uma das medidas de engenharia que

é predominante quando se trata do processo de captação de resíduos particulados a partir

da fonte geradora, após captação os resíduos são direcionados para um ciclone onde é

realizada a separação dos particulados da massa de ar e podem ser armazenados até serem

coletados para o descarte adequado. Uma instalação de ventilação local exaustora possui

basicamente as seguintes partes (FURIERI e CASTILHO, 2009):

Captor: dispositivo de captura do ar contaminado;

Ventilador: produz a rarefação do ar causando o deslocamento do ar

do captor até a entrada do ventilador;

Rede de Dutos: conduzem o ar contaminado do ponto de captura ao

ventilador e deste ao exterior ou equipamentos de controle;

Equipamentos de Controle: retém as partículas ou dissolvem as

partículas impedindo que sejam lançados livremente na atmosfera.

(FURIERI e CASTILHO, 2009, p.32).

A figura 5 ilustra a composição de um Sistema de Ventilação Local

Exaustora.

Figura 5 - Componentes do sistema de ventilação local exaustora

Fonte: Oliveira (2016)

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2.2.3.1 Captores

O captor é o ponto de entrada dos poluentes no sistema de exaustão, para

escolha correta da sua geometria e do tipo, depende dos fatores ambientais e das

atividades exercidas pelos trabalhadores (SOBRINHO, 1996).

Para Oliveira (2016) há uma grande diversidade de tipos de captores.

Contudo, de acordo com sua forma e posição em relação à fonte poluente. Segundo Costa

(2005), os principais captores são:

Capelas: são armários montados sobre mesa de laboratório;

Coifas: são captores adotados para arrastar gases quentes ou vapores produzidos

por fogões, tanques, fornos, forjas e etc.;

Fendas: são captores para gases ou vapores emitidos por tanques;

Captores de esmeris e politrizes: são os captores que envolvem os rotores dessas

máquinas;

Campânulas: caixa que envolve os equipamentos mantendo apenas a abertura de

captação.

2.2.3.2 Rede de Dutos

A rede de dutos de exaustão é responsável pela condução do ar e poluentes

desde o ponto de geração do contaminante até o local de liberação para atmosfera. De

acordo com a NBR 14518 (ABNT, 2000), a rede de dutos “deve ser projetada

minimizando o seu desenvolvimento em direção ao ponto de descarga, reduzindo o seu

percurso no interior da edificação, mantendo afastamentos mínimos de outras instalações,

de forma a possibilitar acesso para adequada manutenção e limpeza dos dutos. ”

Nos sistemas de ventilação são utilizados dutos de geometria retangular e

circular, no entanto os dutos circulares são os mais empregados quando comparados com

os retangulares, pois são capazes de suportar maior variação de pressão e por serem mais

leves, menor área e retém menos resíduos (OLIVEIRA, 2016).

A velocidade do ar na tubulação para sistemas de exaustão, deve ser capaz de

transportar as partículas contaminantes e mantê-las suspensas.

O projeto do sistema da rede de dutos deve ter o menor percurso e uma

redução na quantidade de singularidades como por exemplo, curvas, reduções, cotovelos,

junções, dentre outros, pois os mesmos ocasionam variações na velocidade, aumento das

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turbulências, perdas de cargas do sistema (OLIVEIRA 2016, HEISLER, 2015). A figura

6 ilustra as perdas de cargas dos trechos da rede de dutos.

Figura 6 - Perdas de cargas de uma rede de dutos

Fonte: Oliveira (2016)

2.2.3.3 Ventiladores

Em um sistema de ventilação os ventiladores são responsáveis por insuflar o

ar para o ambiente refrigerando-o, movimentar as partículas nocivas para a entrada do

captor e saída do sistema. Segundo Furieri e Castilho (2009), o objetivo geral dos

ventiladores é gerar condições de pressão estática em valores suficientes para vencer

todas as perdas de carga do sistema e uma pressão dinâmica para manter o ar em

movimento. Os ventiladores podem ser classificados de acordo com vários critérios. A

seguir serão mencionados os critérios mais usuais, segundo Furieri e Castilho (2009):

O nível energético que estabelecem: baixa pressão (até 200

mmH₂O), média pressão (entre 200 e 800 mmH₂O), alta pressão (entre 800 a 2500

mmH₂O), altíssima pressão (entre 2500 a 10000 mmH₂O);

A modalidade construtiva: centrífugos, helicoidais e axiais;

A forma das pás: radiais retas, inclinadas para trás, inclinadas para

frentes, curvas de saída lateral;

O número de entradas de aspiração no rotor: simples aspiração e

dupla aspiração;

O número de rotores: de simples estágio (um rotor) e de duplo

estágio (dois rotores).

A direção e movimentação do fluxo do rotor de um ventilador classifica-os

em: axiais ou centrífugos. Os ventiladores axiais são utilizados em sistema de baixa

pressão ou médias, são menos eficientes do que os centrífugos e provocam um maior

nível de ruído. Os ventiladores centrífugos de pás são os mais utilizados, pois tanto os de

pás para frente quanto o de pás para trás tem uma eficiência elevada, no entanto o segundo

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tem uma vantagem diferenciada que é autolimitação da potência, ou seja, o motor não

será sobrecarregado em casos de alta pressão e vazões (FURIERI e CASTILHO, 2009).

A Figura 7 mostra os exemplos de modelos de ventiladores.

Figura 7 - Ventiladores

Ventilador Axial Ventilador Centrífugo

Fonte: Oliveira (2016)

2.2.4 Ventilação para Conforto Térmico

A ASHRAE define conforto térmico como sendo o estado da mente que

expressa satisfação do homem com o ambiente. O conforto térmico está relacionado com

variáveis físicas, ambientais, subjetivas ou pessoais, cada organismo apresentará uma

reação diferente estando em um mesmo ambiente. A figura 8 apresenta os fatores que

influenciam o conforto térmico humano.

Figura 8 – Fatores que influenciam o conforto térmico

Fonte: Pizzeti (1970)

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Dessa forma a importância do efeito da movimentação do ar, pois auxilia o

corpo a dissipar o calor fornecido por condução na camada de ar, auxilia na aceleração

da perda de calor por convecção e na perda de calor por transpiração, proporcionando o

ser humano a suportar temperaturas elevadas até determinado período (BORRÉ, 2013).

Quando a atividade laboral expõe os trabalhadores a temperaturas elevadas

ocorre uma excessiva transpiração, esse esforço acentuado para regular a temperatura do

corpo pode ocasionar uma sobrecarga no organismo, isso pode afetar na produtividade,

além do desconforto, em alguns casos danos à saúde do trabalhador. A exposição dos

trabalhadores ao calor em diferentes tipos de atividades e a redução da exposição para

respostas excessivas do organismo, estão estabelecidos pela Norma Regulamentadora

NR-15 Atividades e Operações Insalubres Anexo 3, que se trata dos limites de tolerância

para exposição ao calor, quando ultrapassa o limite, classifica-se como atividade

insalubre.

Deste modo entende-se a necessidade da ventilação industrial não apenas para

fins de remoção de agentes poluentes, mas também como forma de proporcionar o

conforto térmico ao ser humano a fim de manter o ambiente saudável.

2.3 CLIMATIZAÇÃO

A finalidade da climatização ou condicionamento do ar de um ambiente é o

conforto ambiental e industrial. A Climatização ou condicionamento do ar, é definida

como o tratamento do ar, através do ajuste da temperatura, controle da pressão interna,

umidade relativa e pureza do ar (PENA, 2002).

A norma NBR 16401-2 (ABNT, 2008) – Instalações de ar-condicionado -

Sistemas centrais e unitários, estabelece as condições de conforto térmico para o verão de

22,5 °C a 25,5 ºC para umidade de 65% e, 23 ºC a 26 °C para umidade de 35%, para

inverno de 21 °C a 23,5 °C para umidade de 60% e, 21,5 °C a 24 °C para umidade de

30%.

Nas cozinhas industriais tem sido adotado o uso de climatização devido a

intensa geração de calor ocasionado pelos equipamentos de cocção e a intensa circulação

de pessoas, nesses ambientes torna-se indispensável o controle da temperatura, pois além

de afetar o rendimento do trabalho, pode deteriorar os alimentos. Quando se trata de

temperatura recomenda-se que, nas áreas de manipulação de alimentos seja de 15 ºC, e

26 ºC nas áreas de cocção, e a umidade relativa do ar entre 50% e 60% (ABERC, 2008).

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Ao implantar sistemas de climatização em uma cozinha industrial, deve-se

garantir que atenderá as normas dos órgãos de fiscalização, além de um plano de

manutenção que garanta a higienização adequada, evitando a contaminação e proliferação

de fungos e bactérias no ambiente.

Para realizar a climatização de um ambiente deve-se conhecer a carga

térmica. Define-se carga térmica como o calor a ser fornecido ou retirado do ar no

ambiente a fim de manter a temperatura nesse meio constante. A carga térmica varia, pois,

sofre influência de fatores como: insolação, número de pessoas, temperatura externa,

materiais construtivos e etc.

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3 METODOLOGIA

Para analisar o sistema atual e dimensionar um novo sistema de ventilação

geral diluidora e ventilação local exaustora, para ser utilizado na cozinha do restaurante

do IFPI, fez-se necessário conhecer todas as vazões de ar a ser empregadas no sistema, as

perdas de cargas da rede de dutos, e nos equipamentos, etc. Para estabelecer os princípios

gerais para o projeto, instalação, operação e manutenção do sistema de ventilação, foi

utilizada a norma NBR 14518 (ABNT, 2000) “Sistemas de ventilação para cozinhas

profissionais”, além da utilização de tabelas e equações descritas neste trabalho.

Para conhecer as instalações da cozinha do IFPI e o funcionamento do

processo produtivo, bem como, coletar os dados quantitativos e qualitativos necessários,

foram realizadas diversas visitas ao restaurante do Instituto Federal de Educação, Ciência

e Tecnologia do Piauí, Campus Teresina Central. A coleta de dados foi realizada por

observações diretas, registros manuscritos e fotográficos, com aferição das dimensões dos

equipamentos de cocção, da localização e distribuição dos fornos, fritadeiras, fogões e

coifas instalados.

3.1 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO

De acordo com a NBR 14518 (ABNT, 2000) para elaborar um projeto de

exaustão de cozinhas profissionais é necessário verificar às necessidades de remoção das

emissões e à consequente renovação de ar destes ambientes sendo que, um sistema de

ventilação industrial deve ser composto por:

Captores, atendendo ao disposto em 5.1;

Rede de dutos e acessórios, atendendo ao disposto em 5.2;

Ventiladores, atendendo ao disposto em 5.3;

Dispositivos e Equipamentos para tratamento do ar exaurido,

atendendo ao disposto em 5.4;

Elementos de prevenção e proteção contra incêndio, atendendo ao

disposto em 5.5;

Compensação do ar exaurido, atendendo ao disposto em 5.6.

(ABNT, 2000, p.4).

3.1.1 Dimensionamento dos Captores

A norma da NBR 14518 (ABNT, 2000) fundamenta-se em estabelecer os

padrões mínimos de velocidade de face pela área aberta do captor, de maneira a garantir

a captação adequada dos poluentes, e apresenta as equações para o dimensionamento dos

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diversos tipos de captores. A vazão de ar a ser exaurida pela coifa deverá garantir que

todos os poluentes gerados pela fonte sejam captados, e que não haverá interferência no

processo industrial, como por exemplo arrasto de matéria prima (CHAVES, 2012).

Na Figura 9, é apresentada uma representação esquemática de uma coifa

(captor) central ou ilha, sua construção prismática ou tronco-piramidal, posicionada sobre

o equipamento de cocção com os quatro lados integralmente abertos para a admissão de

ar.

Figura 9 – Coifa central ou ilha

Fonte: ABNT (2000)

O cálculo da vazão de aspiração do captor tipo coifa central ou ilha é dado

pelas Equações (1 e 2) devendo prevalecer o maior valor entre qv₁ e qv₂ (ABNT, 2000):

111 AvQv (1)

bLA 1 , smv /64,01

222 AvQv

hbLA )(22 , smv /25,02 (2)

Onde:

a) 1Qv e 2Qv ,é a vazão de ar, em m³/s;

b) 1A e 2A , é a área da coifa de forno, em m²;

c) 1v , é a velocidade de face, em m/s;

d) 2v , é a velocidade do perímetro da coifa, em m/s;

e) L , é o comprimento da coifa central, em m;

f) b , é a largura da coifa central, em m;

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g) h , é altura da coifa central até o equipamento de cocção.

3.1.2 Dimensionamento dos Dutos

O método adotado para dimensionamento do sistema de dutos, deve

considerar que as vazões a serem utilizadas na ventilação industrial são elevadas, o que

justifica o uso de magnitude de velocidades mais elevadas, pois o contrário os diâmetros

dos dutos seriam grandes (GELESKI, 2015).

Segundo Macintyre (1990) “o dimensionamento, qualquer que seja o método

adotado, baseia-se na Equação de Continuidade e no Princípio de Conservação da Energia

para os fluidos em escoamento, traduzida pela equação de Bernoulli’’.

AvQ (3)

a) Q , a vazão, expressa em m³/s;

b) A , a área transversal da seção de escoamento em m²/s;

c) v , a velocidade média de escoamento do arem m/s;

Para realizar o transporte dos resíduos industriais no sistema de exaustão,

utilizam normalmente os dutos circulares, pois oferecem velocidades mais uniformes,

minimizando o acúmulo de materiais dentro dos dutos. Para o cálculo dos diâmetros é

necessário conhecer as vazões e velocidades em cada trecho do sistema de ventilação, em

sistemas de dutos de seção retangular utiliza-se o conceito de diâmetro equivalente, a

equação 4 define o cálculo.

2,0)(

6,0)](3,1[

babaDeq

(4)

a) Deq , diâmetro do duto em m;

b) a , base do duto retangular em m;

c) b , altura do duto retangular em m.

3.1.3 Perda de Carga nos Acessórios

A passagem do fluído pode ser realizada através de vários acessórios, que

pode mudar a direção do escoamento, esses acessórios podem ocasionar perdas de energia

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e consequentemente diminuição nas colunas de pressão do escoamento (CLEZAR e

NOGUEIRA, 2009).

Essas perdas podem ser calculadas a partir da equação 5:

2

²vkp (5)

a) p , é a perda de carga no acessório em N.m²;

b) k , é Coeficiente da perda de carga;

c) v , a velocidade em m/s;

d) , a massa específica do ar em Kg/m³.

3.1.4 Perda de Carga na tubulação do Sistema

A perda de carga no sistema é realizada após a escolha do material de

construção dos dutos. A análise de todos os pontos da tubulação, seus acessórios e curvas

são fundamentais para calcular as perdas de cargas.

O cálculo da perda de carga em dutos pode ser realizado com o auxílio da

equação de Darcy-Weisbach, a qual é aplicada tanto para os escoamentos laminares

quanto para escoamentos turbulentos.

2

2v

D

Lfhf (6)

a) hf ,perda de carga ao longo do comprimento do duto em Pa;

b) f , fator de atrito de Darcy-Weisbach (adimensional);

c) L , comprimento do duto em m;

d) D , diâmetro interno do tubo em m;

e) , velocidade do líquido no interior do duto em m/s);

f) , massa específica do fluído em Kg/m³.

O tipo de escoamento seja laminar ou turbulento e o coeficiente de atrito

podem ser determinados pelo diagrama de Moody em função do número de Reynolds e a

rugosidade relativa da parede do duto, através das equações 7 e 8 (GELESKI, 2015).

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D.Re (7)

a) Re , número de Reynolds;

b) , a velocidade em m/s;

c) D , o diâmetro do duto em m;

d) , o coeficiente de viscosidade cinemática em m²/s.

Equação da Rugosidade Relativa da parede do duto

D

(8)

a) , a rugosidade absoluta da parede do duto;

b) D , o diâmetro do duto.

Para o número de Reynolds menor do que 2.300, o escoamento será laminar,

se for maior do que 4.000, o escoamento será turbulento e o coeficiente de atrito tem

determinação experimental.

De acordo com Clezar e Nogueira (2009) no escoamento turbulento o

coeficiente de atrito tem determinação experimental e depende do número de Reynolds e

da rugosidade relativa da superfície interna das paredes dos dutos. Através da equação 9,

pode ser encontrado o coeficiente do fator de atrito.

Cbaf Re* (9)

Onde:

225,0

*094,0*53,0

DDa

44,0

*88

Db

134,0

*62,1

Dc

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3.1.5 Taxa de Renovação de ar

A taxa de renovação do ar no ambiente é a relação entre o volume do ar de

ventilação que entra em (m³/h) e o volume deste recinto em (m³), representando o número

de vezes que o ar do ambiente, é renovado em uma hora (COSTA, 2005). A equação (10)

representa a taxa de renovação.

V

QT (10)

Onde:

a) T, é a taxa de renovação de ar, em horas;

b) Q, é a vazão volumétrica, em m³/h;

c) V, é o volume do ambiente, em m³.

Na Tabela 1, representa o número de trocas de ar (taxa de renovação)

necessária para uma pessoa.

Tabela 1: Taxa de renovação de ar em cozinha

Área funcional Taxa de renovação (troca/hora) ft³/min por pessoa

Cozinha 10-30 -

Fonte: Adaptado ASHRAE (2001)

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta seção serão apresentados os resultados da análise e dimensionamento

do sistema de ventilação, sendo que, a seção está dividida em subitens: Registros

Fotográficos, Layout, Equipamentos presentes na cozinha do IFPI, Dimensionamento das

Coifas, Cálculos das Vazões volumétricas, Taxa de renovação de ar, Perdas de carga no

Sistema, Ventiladores e Gabinetes de Ventilação e Sistema de Climatização.

4.1 REGISTROS FOTOGRÁFICOS

Segundo Carneiro (2012), um sistema de ventilação insuficiente induz a

formação de um depósito de uma película, resultante da mistura de vapor e gordura, em

paredes, teto e outras superfícies, criando assim condições ideais para o desenvolvimento

e multiplicação de bactérias na cozinha. A figura 10 ilustra o problema de deficiência do

sistema de exaustão do IFPI.

Figura 10 - Nódoas de gorduras no teto da cozinha do IFPI

Fonte: Acervo da autora

Na Figura 11, é possível visualizar que uma das coifas tem um dos lados

encostado na parede e a outra possui dois lados encostados na parede. Através das

medições realizadas, pode-se verificar as dimensões de largura e profundidade das coifas:

(5,10 x 1,60 m) e (3,60 x 1,60 m), apesar das dimensões, o sistema de exaustão não está

atendendo a norma pois é necessário que a coifa ultrapasse os equipamentos de cocção

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em pelo menos 0,15 m em cada lado para eficiência na captação dos efluentes, essa não

conformidade pode ser observada na figura 11.

Figura 11 - Disposição dos Equipamentos de cocção

Fonte: Acervo da Autora

A cozinha do IFPI possui uma área total de 90,64 m², com um pé direito de

2,87 m, sendo composta de 3 janelas e 1 porta e uma abertura. A figura 12 mostra que

existe uma abertura e uma porta que dão acesso a cozinha, a partir dessa figura constata-

se que o sistema de exaustão da mesma é inoperante pois, a norma NBR 14518 (ABNT,

2000) estabelece que “a pressão no interior da cozinha deve ser mantida negativa em

relação aos ambientes adjacentes, de modo a evitar a propagação de odores para estes. ”

Figura 12 - Acesso a cozinha

Fonte: Acervo da Autora

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4.2 EQUIPAMENTOS PRESENTES NA COZINHA

A cozinha industrial analisada é constituída pelos equipamentos de cocção

descritos de acordo com a Tabela 2:

Fonte: Autora

4.3 LAYOUT DA COZINHA

Na Figura 13, é mostrado o layout da cozinha e a disposição dos

equipamentos presentes (conforme a Tabela 2), portas, aberturas e janelas. A figura 14

apresenta o layout da cozinha com as dimensões das coifas e áreas conforme medições

realizadas.

Figura 13 - Layout da Cozinha atual com os equipamentos de cocção

Fonte: Acervo da Autora

Tabela 2: Equipamentos da cozinha do IFPI

Equipamento de cocção Descrição Quantidade Dimensões

Fogão industrial 4 bocas 2 1m x 1m

Fogão industrial 8 bocas 1 2m x1.25m

Fritadeira

1 1m x 0,93m

Forno industrial marca PRATICA 1 1m x 0.75m

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Figura 14 - Layout da cozinha atual com a disposição das coifas

Fonte: Acervo da Autora

4.4 DIMENSIONAMENTO DAS COIFAS

Para início do dimensionamento do sistema de exaustão é necessário escolher

o tipo de captor a ser empregado. O captor escolhido foi tipo coifa ilha ou central, a

escolha justifica-se pelo layout da cozinha, da concentração de emissão dos poluentes,

equipamentos de cocção utilizados e para obter uma eficiente captura do material. A partir

da equação 1 as coifas calculadas e dimensionadas apresentam os seguintes dados da

tabela 3:

Tabela 3: Dimensões das coifas

DIMENSÕES DAS COIFAS ( m)

COIFA 01 COIFA 02

3,30 x 1,55m 3,30 x 1,30m

Fonte: Autora

As coifas selecionadas para o projeto são Lavadoras “WASH PULL”:

captores patenteados que incorporam a função de lavar os gases no ponto de captação,

através de circuito hidráulico interno com aspersores de líquido detergente, dispensam os

filtros e a captação é realizada por fresta de aspiração. Dispõe de tanque de líquido

circulante interno ou externo e apresentam as vantagens de manter a linha de dutos limpa

de gorduras com drástica queda da manutenção requerida, dispensam limpeza de filtros e

não ocupam o espaço adicional requerido pelos depuradores. O fabricante de referência

escolhido é a MELTING, de acordo com a mesma as principais vantagens são:

Sistema de lavagem e condensação contínua dos gases integrada à coifa, evitando

acumulo excessivo de gordura nos dutos e exaustor;

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Alta eficiência na retenção dos vapores gordurosos de modo a garantir baixos

níveis de gordura e odores descarregados na atmosfera;

Maior proteção contra propagação de incêndio no sistema de exaustão garantido

pelo grande volume de agua aspergido contra fluxo, superfícies internas molhadas

e queda de temperatura dos gases por condensação;

Sistema automático de dosagem de detergente, reposição de água externa e

drenagem dos condensados, que garante maior autonomia na lavagem.

4.5 CÁLCULOS DA VAZÃO VOLUMÉTRICA

As vazões volumétricas das coifas foram encontradas pela equação (1) e as

demais vazões pela equação 3. A tabela 4 apresenta as vazões utilizadas para o

dimensionamento do sistema de exaustão e de compensação do ar exaurido.

Tabela 4: Vazões volumétricas do Sistema de Ventilação Industrial

VAZÕES VOLUMÉTRICAS ( m³/h)

Coifa 01 Coifa 02 Ins. CF 01 Ins. CF 02

Ins.

Higienização Retorno

11785 9885 10600 8897 1000 1100

Fonte: Autora

Em um projeto de um sistema de ventilação, a dimensão dos dutos é

estabelecida após o cálculo da vazão volumétrica, além disso deve-se considerar a

economia, o espaço disponível, a geração de ruído e a eliminação do poluente. A partir

dos dados obtidos da tabela 4, iniciou-se o cálculo de dimensionamento da tubulação,

substituindo os valores da tabela 4 na equação (4) obteve-se as dimensões dos dutos de

cada setor. Estes valores são mostrados na tabela 5.

Tabela 5: Dimensões dos dutos

CÁLCULO DAS DIMENSÕES DOS DUTOS

Coifa 1 Coifa 2

Insuflamento

CF1

Insuflamento

CF 2

Ins.

Higienização Retorno

1. Vazão (m³/h) 11785 9885 10600 8897 1000 1100

2. Velocidade (m/s) 12 12 10 10 8 10

3. Área do Duto (m²) 0,23 0,23 0,29 0,25 0,03 0,03

4. Altura do duto

retangular (mm) 350 350 350 350 200 200

5. Largura do duto

retangular (mm) 800 650 1000 880 300 300

6. Área Real (m²) 0,280 0,230 0,350 0,310 0,06 0,06

7. Diâmetro Equivalente

do Duto (m) 0,567 0,515 0,626 0,591 0,266 0,266

Fonte: Autora

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Quanto aos aspectos construtivos e de instalação dos dutos a NBR

14518(ABNT, 2000) estabelece que:

Os dutos devem ser fabricados com chapa de aço-carbono com no mínimo

1,37 mm de espessura (número16 MSG) ou aço inoxidável com no mínimo

1,09 mm de espessura (número 18 MSG). Outros materiais são permitidos,

desde que proporcionem resistência mecânica ao fogo e à corrosão,

estanqueidade e rugosidade interna equivalentes aos dutos de aço, e estejam

em conformidade com 5.2.3. (ABNT, 2000, p.10).

Para o projeto foi selecionado a opção de fabricação mais econômica dutos

de aço carbono número 16 MSG.

4.6 TAXA DE RENOVAÇÃO DO AR

A NBR 14518 (ABNT, 2000), estabelece que os somatórios de todas as

vazões dos captores devem assegurar no mínimo 60 renovações por hora do volume da

área de operacional de cocção da cozinha. Não se aplica para cozinhas com ar

condicionado e com coifas com função de aspiração e insuflação (push-pull ou make-up

air).

Através da equação (1), determinou-se o valor da vazão volumétrica dos

captores, Q = 21.670 m³/h, e o volume do recinto, V = 259,33 m³, resultante das

dimensões da cozinha analisada. A taxa de renovação de ar obtida foi de 83,56

trocas/hora. Comparando este valor com o recomendado pela norma NBR 14518 (ABNT,

2000) observou-se que a renovação de ar está dentro do recomendado.

4.7 PERDAS DE CARGA NO SISTEMA

Para o dimensionamento do sistema de exaustão e insuflamento foram

utilizados vários acessórios que apresentam diferentes valores de coeficiente de perda de

cargas. As curvas e acessórios escolhidos nesse projeto foram os que apresentavam menor

coeficiente de perda de carga. Após a aplicação dos cálculos teóricos de ventilação,

chegou-se ao resultado do dimensionamento do sistema global, conforme está descrito na

Tabela 6.

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Tabela 6: Perdas de Cargas do Sistema

CÁLCULO DAS DIMENSÕES DOS DUTOS E PERDA DE CARGA

Coifa 1 Coifa 2

Insuflamento

CF1

Insuflamento

CF 2

Ins.

Higienização Retorno

Vazão (m³/h) 11785 9885 10600 8897 1000 1100

Velocidade (m/s) 12 12 10 10 8 10

Área Real (m²) 0,280 0,230 0,350 0,310 0,06 0,06

Diâmetro Equivalente do

Duto (m) 0,567 0,515 0,626 0,591 0,266 0,266

Velocidade Real (m/s) 11,69 11,94 8,41 7,97 4,63 5,09

Comprimento Trecho

Reto (m) 18,1 13,5 23,2 19,1 2,5 1,2

Comprimento Total do

Trecho (m) 18,1 13,5 23,2 19,1 2,5 1,2

Fator (a) 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

Fator (b) 1,38 1,44 1,32 1,36 1,93 1,93

Fator (c ) 0,46 0,46 0,45 0,45 0,51 0,51

Reynolds (Re) 370049 343677 294.093,03 263.352,62 68.903,07 75.793,38

Coeficiente de atrito (f) 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

Coeficiente de Perda de

Carga no Acessório 5,69 5,39 2,13 2,86 2,82 1,88

Perda de Carga Unitária

(Pa/m) 2,00 2,33 0,96 0,93 0,89 1,06

Perda de Carga

Contínua (Pa) 36,23 31,61 22,28 17,73 2,24 1,22

Perda de Carga nos

acessórios (Pa) 424,66 419,44 82,31 99,25 33,00 26,62

PERDA DE CARGA

TOTAL (Pa) 810,89 801,06 160,59 200,98 71,25 35,84

Fonte: Autora

4.8 VENTILADORES E GABINETES DE VENTILAÇÃO

A escolha do ventilador adequado para o projeto deve-se as características do

sistema de exaustão. Foi selecionado um ventilador de um estágio, visto que o sistema

possui baixa pressão de até 200 mmH₂O. Optou-se por ventiladores que possuem rotores

de pás retas para trás chamados de “limit load”, ou “carga limite”. Pois os mesmos

apresentam características de consumo de potência praticamente constante para uma

mesma rotação de operação.

Para a seleção do modelo adequado de ventilador, algumas características

foram consideradas, o mesmo deve gerar uma vazão volumétrica maior ou igual as

calculadas para o sistema e vencer a perda de carga. Para a escolha do modelo as

seguintes condições foram consideradas: fluido de operação ar, pressão atmosférica 760

mmHg, temperatura do ar 50º C. Na tabela 7 encontram-se os modelos de cada ventilador

considerando os que possuíam maior eficiência:

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Tabela 7: Dados dos Ventiladores

Fonte: OTAM

As curvas características dos ventiladores encontram-se no Anexo B.

4.9 SISTEMA DE INSUFLAMENTO

A compensação do ar exaurido é imprescindível para que a pressão negativa

da sala não se torne tão acentuada e possa ocasionar a diminuição do rendimento da

instalação. Essa compensação é realizada através do sistema de insuflamento empregados

para injetar ar fresco e tratado no ambiente. O ar é ventilado através de um exaustor

centrífugo de dupla aspiração com rotor tipo Siroco. Esse gabinete de ventilação deve

possuir filtros do tipo G4 para a captação de ar. O ar atmosférico é aspirado e distribuído

no ambiente através da rede de dutos e grelhas de insuflamento, fendas, grades ou outras

aberturas.

A NBR 16401-3(ABNT, 2008) informa no subitem 7.1 como devem ser

realizadas as tomadas de ar exterior:

7.1.1. A captação do ar exterior deve obrigatoriamente ser na parte externa da

edificação.

7.1.2. Deve-se prever na fase de projeto ponto adequado para instalação de

meio ou dispositivo para determinação inequívoca e simplificada da vazão de

ar exterior, de forma a possibilitar a sua verificação a qualquer momento, de

forma rápida, pela equipe de manutenção ou fiscalização.

7.1.3. No posicionamento da captação de ar exterior deve ser observado o

sentido de ventos predominantes do local e a propagação inerente de cada

poluente, para evitar o arraste no sentido da tomada de ar externo respeitando-

se as distâncias da Tabela 6. (ABNT, 2008, p.12).

A tabela 8 representa as distâncias mínimas de possíveis fontes poluentes para

realizar as tomadas de ar exterior.

Tabela 8: Distâncias mínimas possíveis de fontes de poluição

Fonte: ABNT (2008)

CARACTERÍSTICAS DOS VENTILADORES

Modelo Rotação Pressão Estática Rendimento Potência Absorvida

RLS 560 classe I 1452 rpm 66,1 mmca 74,36% 4,08 CV

RLS 560 classe II 1333 rpm 66,1 mmca 77,75% 3,14 CV

RLS 200 classe I 3183 rpm 22 mmca 47,55% 0,21 CV

Entrada de garagens estacionamentos ou “drive-in” 5 m

Docas de carga e descarga estacionamento de ônibus 7,5 m

Estradas, ruas com pouco movimento 1,5 m

Estradas, ruas com tráfego pesado 7,5 m

Telhados, lajes, jardins ou outra superfície horizontal 1,5 m

Depósitos de lixo e área de colocação de caçambas 5 m

Locais reservados a fumantes (fumódromos) 4 m

Torres de resfriamentos 10 m

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A compensação da exaustão da cozinha profissional do IFPI pode ser feita de

várias formas, tendo em vista aspetos construtivos e de eficiência. A forma escolhida para

esse projeto foi captar o ar exterior através de gabinetes de ventilação e insuflar o ar para

o ambiente através um sistema de grelhas, solução que satisfaz a compensação do ar

exaurido. A tabela 9 apresenta os gabinetes de ventilação utilizados no projeto.

Tabela 9: Dados dos Gabinetes de Ventilação

Fonte: OTAM

As curvas de rendimento dos gabinetes de ventilação encontram-se no Anexo

C. A tabela 10 apresenta as dimensões das grelhas utilizadas no projeto para insuflamento

e retorno de ar.

Tabela 10: Dados das Grelhas de Insuflamento e Retorno

Fonte: TROX

4.10 SISTEMA DE CLIMATIZAÇÃO

Trata-se da instalação de ar condicionado para conforto térmico no verão,

com a finalidade manter a cozinha do IFPI campus Teresina Central, em condições de

temperatura, umidade, salubridade, renovação e purificação de ar, de acordo com a norma

NBR 16401(ABNT, 2008). O sistema de climatização será instalado conforme projeto

em anexo.

Para o dimensionamento dos aparelhos de climatização foi realizado através

de cálculo teórico e dimensionador virtual fornecidos pela Carrier, Springer e Inovar Ar

Condicionado para o mesmo recinto. O método aplicado pelo dimensionador virtual da

Inova Ar condicionado obtém resultados mais próximos para a potência frigorífica do

equipamento em relação ao teórico, sendo ainda o resultado encontrado mais

rapidamente.

A carga térmica pode ser calculada pode ser calculada segundo dados da

Springer conforme mostra figura 15.

CARACTERÍSTICAS DOS VENTILADORES

Modelo Rotação Pressão Estática Rendimento Potência Absorvida

RLD Q 450 classe I 1170 rpm 22 mmca 69,32% 1,43 CV

RLD Q 400 classe I 1368 rpm 22 mmca 67,28% 1,27 CV

RLD Q 200 classe I 2018 rpm 22 mmca 68,39% 0,11 CV

CARACTERÍSTICAS DAS GRELHAS

Fabricante Modelo Dimensões (L x H) Vazão

TROX VAT 625mm x 325mm 2.600 m³/h

TROX VAT 525mm x 325 mm 2.200 m³/h

TROX VAT 325mm x 125mm 250m³/h

TROX VAT 625mm x 125mm 1100 m³/h

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Figura 15 - Cálculo de carga térmica simplificado

Fonte: Carvalho (2009)

Os resultados encontrados para climatizar a cozinha do restaurante do IFPI-

Campus Teresina Central está na tabela 11.

Tabela 11: Carga Térmica

Fonte: Autora

Através do resultado encontrado foi adotado o sistema de condicionamento de ar

com expansão direta, quando o ar é diretamente resfriado pelo fluido refrigerante

(“freon”), sendo 4 (quatro) Split tipo piso teto da marca CARRIER modelo SPACE de

2,0 TR (24.000 BTU/h e 1090 m³/h vazão de ar).

MÉTODO CARGA TÉRMICA (Btu/h) SETOR

Carrier 35.000 Cozinha

Springer 58.000 Cozinha

Inova Ar Condicionado 71.314 Cozinha

Teórico 84.000 Cozinha

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5 CONCLUSÕES

O projeto foi elaborado atendendo todas as especificações e normas vigentes

sobre cozinhas profissionais. O dimensionamento dos dutos foi realizado através de

recomendações da literatura no que diz respeito a configuração de curvas, coifas e outros

acessórios presentes no sistema, buscando a maior eficiência possível dentro das

restrições do layout.

Os resultados apresentados mostram que o projeto do sistema de ventilação

exaustora e geral diluidora é possível de ser implementado em seus aspectos principais:

o dimensionamento da rede de dutos, as coifas, o sistema de refrigeração e as

especificações do ventilador e gabinete de ventilação. Sendo um método eficaz para a

redução dos riscos ocupacionais retirando os gases, vapores e calor oriundos do processo

de cocção, assim tende-se a atingir o conforto térmico das maiorias das pessoas no

ambiente e prevenir contra incêndios.

Para o funcionamento adequado do sistema de ventilação desenvolvido neste

projeto, deve-se priorizar o rigor técnico aplicado na fase de projeto de cozinhas:

Realizar levantamento minucioso das condições locais em confronto com

o projeto apresentado;

Certificar-se de que os cálculos apresentados estão compatíveis com os

produtos fabricados;

Conferir o dimensionamento de todo o projeto apresentado, contestando-

o por escrito onde encontrar, caso exista problemas de dimensionamento,

ou má aplicação de equipamentos.

Por fim o descuido na fase de orçamento ou na execução, por vezes, resulta

em sistemas deficientes que podem expor a segurança alimentar e as condições de

trabalho.

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ANEXOS

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ANEXO A – MEMORIAL DESCRITIVO

1. MEMORIAL DESCRITIVO

O presente projeto foi elaborado com base nas normas técnicas e

recomendações da ABNT – NBR 16401 – “Instalações centrais de ar condicionado para

conforto”, RE-09 da ANVISA, ASHRAE “American Society of Heating Refrigeration

And Conditioning Engineers”e ABNT – NBR 14518 – “Sistemas de ventilação para

cozinhas profissionais”.

É facultado, sob justificativa, a adoção de procedimentos das seguintes normas

estrangeiras:

ANSI: - American National Standards Institute;

ARI - Air Conditioning and Refrigeration Institute;

ASHRAE - American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning

Engineers;

ASTM - American Society for Testing and Materials;

DIN - Deutsch Industrie Normem;

NEMA - National Electrical Manufacturers Association;

NFPA - National Fire Protection Association;

SMACNA - Sheet Metal and Air Conditioning Contractors National

Association

2. - BASES DE CÁLCULOS

No cálculo da carga térmica levou-se o seguinte em consideração:

2.1- Condições externas

Local: Teresina - Piauí

Latitude: 05o 05” Sul

Elevação: 79 m

Temperatura de bulbo seco externa: 38o. C

Temperatura de bulbo úmido externa: 28 º C

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Ocupação: variável

2.2- Condições Internas

Temperatura de bulbo seco: 24o +/- 2o

Umidade relativa: 55+/- 5%

2.3- Condições do Projeto

Classe de filtragem: G4

Iluminação: 60 W/m²

2.4 - COZINHA – (área climatizada: 90.64 m²)

3. - DESCRIÇÃO GERAL DA INSTALAÇÃO

O sistema de ar condicionado e de Exaustão foi projetado para atender as

necessidades da cozinha INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO PIAUÍ-IFPI nos ambientes representados em projeto, garantindo

temperatura, umidade e filtragem adequadas às condições de conforto e higiene das

pessoas que ali trabalham. O sistema de climatização será instalado conforme projeto em

anexo.

a. Foi adotado sistema de condicionamento de ar com expansão direta, utilizado

04 (quatro) Split tipo Piso Teto da marca CARRIER modelo SPACE de 2,0

TR (24.000 BTU/h e 1090 m³/h vazão de ar).

b. O ar de retorno será insuflado para através de aberturas (grelhas) e o ar de

renovação será insuflado para a cozinha.

c. A cozinha deverá ser dotada de uma coifa lavadora para a exaustão dos

poluentes (gordura, fumaça, vapor de água, etc), não sendo utilizado lavadora

de gases.

d. Todos os equipamentos estão com suas características listadas abaixo.

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4. FINALIDADES

O presente Memorial Descritivo refere-se ao dimensionamento de um

Sistema de Exaustão e Ventilação mecânica, a ser instalado na cozinha do restaurante do

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, campus Teresina-Central.

5. DESENHOS

Faz parte do presente Memorial uma Planta baixa e cortes com um conjunto

de desenhos conforme segue anexo afim de repassar todos os dados técnicos de execução

e funcionalidade.

6. MEMORIAL DE CÁLCULO

De acordo com a norma ABNT NBR 14518 – “Sistemas de Ventilação Para Cozinhas

Profissionais”

7. GENERALIDADES

7.1.1.1 Classificação do sistema de Exaustão:

- Cozinha em Edificação de Economia Múltipla

- Sistema tipo I - Leve – Forno a Gás

- Sistema tipo II – Moderado – Fogões e Fritadeira

7.1.1.2 Especificações básicas dos requisitos para estes tipos de exaustão:

• Os dutos dever ser de aço-carbono com espessura mínima de 1,37 mm ou aço

inoxidável com 1,09 mm, soldados e flangeados;

• Os Captores devem dispor de filtros;

• Selagem nas travessias;

• Requer damper corta-fogo;

• Requer sistema fixo de extinção de incêndio.

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7.1.1.3 Fonte Térmica de aquecimento.

- Gás Liquefeito de Petróleo - GLP

8. DESCRIÇÃO GERAL DA INSTALAÇÃO

Trata-se de uma instalação para um Sistema de Exaustão e Ventilação

Mecânica, cujos serviços deverão obedecer a norma técnicas da ABNT - NBR 14518 –

“Sistemas de ventilação para cozinhas profissionais”.

O sistema será composto de Captor (coifa) tipo lavadoras, filtro de inércia de

gordura, damper corta-fogo, duto, exaustor (Limt-load) e ventilador sirocco. O Sistema

de Exaustão Mecânica para coifas dotadas de desprendimento de gordura deverá ser

composto basicamente de:

a. Ventilador centrífugo de simples aspiração, instalado na cozinha;

b. Precipitador eletrostático ou hidrodinâmico, instalado na cozinha;

c. Sistema de combate a incêndio a base de CO2;

d. Rede de dutos de captação de ar de exaustão (isolada termicamente);

e. Coifas de captação de ar de exaustão, dotadas de filtros inerciais;

f. Rede de dutos de descarga de ar de exaustão (isolada termicamente);

g. Rede de dutos para insuflamento de ar;

9. SELECIONAMENTO

9.1 COIFA (exaustão) 1

Equipamentos: Fogão industrial com 8 bocas e Fritadeira

Coifa tipo ilha com quatro lados abertos.

Dimensões:

L = 3,30 m

b = 1,55 m

h = 0,90 m

Altura da coifa ao fogão e fritadeira: 0,90 m

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9.1.2 - CÁLCULO DA VAZÃO COIFA 1

qv1 = v1 x A1

A1 = L x b = 3,30 x 1,55 = 5,115 m²

V1 = 0,64 m/s

qv1 = 5,115 m² x 0,64 m/s = 3,2736 m³/s

qv1 = 11.785 m³/h

qv2 = v2 x A2

A2 = 2(L+ b) h = 2(3,30+1,55) x 0,9 = 8,73 m²

v1 = 0,25 m/s

qv2 = 8,73 m² x 0,25 m/s = 2,1825 m³/s

qv2 = 7.857 m³/h

Q1 = 11.785 m3/h, valor considerado para instalação para Coifa 1

9.2. COIFA (exaustão) 2

Equipamentos: Fogões com 4 bocas e Forno

Coifa tipo ilha com quatro lados abertos.

Dimensões:

L = 3,30 m

b = 1,30 m

h = 0,90 m

Altura da coifa ao fogão e fritadeira: 0,90 m

9.2.1 - CÁLCULO DA VAZÃO COIFA 2

qv1 = v1 x A1

A1 = L x b = 3,30 x 1,30 = 4,29 m²

V1 = 0,64 m/s

qv1 = 4,29 m² x 0,64 m/s = 2,7456 m³/s

qv1 = 9.884 m³/h

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qv2 = v2 x A2

A2 = 2(L+ b) h = 2(3,30+1,30) x 0,9 = 8,28 m²

v1 = 0,25 m/s

qv2 = 8,28 m² x 0,25 m/s = 2,07 m³/s

qv2 = 7.452 m³/h

Q2 = 9.884 m3/h, valor considerado para instalação para Coifa 2

Qtotal = 21.669 m³/h

9.3 - AR DE REPOSIÇÃO

Esta compensação tem como objetivo a reposição do ar arrastado via captores

juntamente com os efluentes provenientes do equipamento de cocção como também

viabiliza o conforto de temperatura, sendo assim de fundamental importância a

permanência de uma pressão negativa nas áreas de captação.

Para manter uma pressão negativa na área de captação da coifa,

estabelecemos uma compensação em valor inferior de 10 % do efluente exaurido. O ar

exterior deverá ser captado no meio externo, através de rede de dutos específicos e

distribuídos nos ambientes beneficiados através de difusores e/ou grelhas.

Reposição definida = 19.498 m3/h

10. ESPECIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

10.1. - COIFAS LAVADORA “WASH PULL”

10.2.1.1 Tipo: Ilha

Construção: Material Aço inoxidável 18,8 tipos AISI 304, acabamento externo

escovado, totalmente soldada em atmosfera de gás inerte argônio;

Vazões de ar: 11.785 m³/h. e 9.884 m³/h;

Perda de carga: 35 mmca/

Sistema de proteção contra incêndio.

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10.2.1.2 EXAUSTORES

Modelo: Ventilador centrífugo

Construção: Ventilador dotado de rotor de pás retas para trás chamados de

«limit load», ou «carga limite». Carcaça construída em chapa de aço SAE 1010/1020,

reforçada com perfis para dar maior rigidez ao conjunto. As bases para mancais ou motor

são dimensionadas para suportar os esforços estáticos e dinâmicos que excitam a estrutura

do equipamento.

10.2.1.3 EXAUSTOR 01

Vazão de ar: 11.785 m³/h;

Perda de carga: 60 mmca.;

Potência: 4,08 CV;

Rotação: 1452 rpm;

Eficiência: 74,36%;

Tensão: 3F/380V/60Hz;

Arranjo: 9;

Modelo RLS 560 Classe I (OTAM)

10.2.1.4 EXAUSTOR 02

Vazão de ar: 9.885 m³/h;

Perda de carga: 60 mmca.;

Potência: 3,14 CV;

Rotação: 1333 rpm;

Eficiência: 77,75%;

Tensão: 3F/380V/60Hz;

Arranjo: 9;

Modelo RLS 560 Classe I (OTAM)

10.2.1.5 EXAUSTOR 03

Vazão de ar: 1100 m³/h;

Perda de carga: 20 mmca.;

Potência: 0,21 CV;

Rotação: 3.183 rpm;

Eficiência: 47,55%;

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Tensão: 3F/380V/60Hz;

Arranjo: 9;

Modelo RLS 200 Classe I (OTAM)

10.2.2 VENTILADOR RLD-Q

Modelo: Ventilador centrífugo Dupla aspiração

10.2.2.1 GABINETE DE VENTILAÇÃO 01

Vazão de ar: 10.600 m³/h.

Perda de carga: 20 mmca;

Potência: 1,43 CV;

Rotação: 1170 rpm;

Eficiência: 69,32%;

Tensão: 3F/380V/60Hz;

Modelo RLD-Q 450 Classe I (OTAM).

10.2.2.2 GABINETE DE VENTILAÇÃO 02

Vazão de ar: 8898 m³/h.

Perda de carga: 20 mmca;

Potência: 1,27 CV;

Rotação: 1368 rpm;

Eficiência: 67,28%;

Tensão: 3F/380V/60Hz;

Modelo RLD-Q 400 Classe I (OTAM).

10.2.2.3 GABINETE DE VENTILAÇÃO 03

Vazão de ar: 1000 m³/h.

Perda de carga: 20 mmca;

Potência: 0,11 CV;

Rotação: 2018 rpm;

Eficiência: 68,39%;

Tensão: 3F/380V/60Hz.

Modelo RLD-Q 200 Classe I (OTAM)

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11. REDES DE DUTOS DE EXAUSTÃO

1. Dutos. Os dutos devem ser fabricados com chapa de aço-carbono com no

mínimo 1,37 mm ( 16 MSG ) de espessura ou aço-inoxidável com no mínimo

1,09 mm (18 MSG) de espessura. Outros materiais são permitidos, desde que

proporcionem resistência mecânica ao fogo e á corrosão, estanqueidade e

rugosidade interna equivalentes aos dutos de aço, e estejam em conformidade com

5.5.2 da 14518.

2. Juntas: As juntas longitudinais e as seções transversais devem ser soldadas e

totalmente estanques a vazamentos de líquidos.

3. Conexões: As conexões de dutos com captores e equipamentos, bem como as

seções transversais de dutos, também poderão ser executadas através de flanges

soldados aos dutos, utilizando-se junta de vedação estanque com material não

combustível.

4. Flanges: Os flanges devem ter espessura mínima igual ao do duto e as junções

devem permanecer aparentes, permitindo a imediata detecção de vazamentos.

5. Sustentação: Deve ser feita por perfilados metálicos dimensionados para atender

ás necessidades estruturais e da operação de limpeza nos mesmos.

6. Os dutos devem ser fabricados sem veias direcionais internas e de preferência com

curvas de raio longo. Caso seja necessária a regulagem da vazão do captor, poder

ser utilizados registros de regulagem no caminho da mesma.

7. Sempre que possível, os dutos devem ser montados de modo a manter declividade

no sentido dos captores, de forma a facilitar a operação de limpeza. Devem ser

evitadas depressões que favoreçam o acúmulo de gordura.

8. Portas de Inspeção. Os dutos devem ser providos de portas de inspeção

construídas com material de especificação idêntica á do duto, sendo providas de

junta de vedação (amianto grafitado de ¼”) estanques e não combustível e

instaladas nas laterais ou superfície superior do duto com espaçamentos e

dimensões mínimas de 0.30m x 0,60m e distanciadas no máximo 3m, capazes de

permitir a inspeção e uma completa limpeza interna dos dutos.

9. Terminal de Descarga. Os dutos terminais em telhados devem ser verticais,

descarregando o ar diretamente para cima, sendo observada a distância mínima de

1,0 m acima da superfície do telhado.

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10. Se a terminação for o próprio ventilador instalado sobre o telhado, deve ser

previsto instalação elétrica apropriada para exposição ao tempo, sendo instalada

de modo que a linha inferior da sua boca de sução se situe a uma distância de 0,50

m acima do telhado. Deve ser provido de um acesso seguro para inspeção e

manutenção.

11. Ventiladores. Dever ser do tipo centrífugo (Limit-Load), construção metálica,

pás virada para trás, simples aspiração, transmissão mecânica direta ou através de

polia-correia e nunca com ligações elétricas e equipamentos de transmissão

diretamente ao fluxo de efluentes.

12. O conjunto motor ventilador deve ser montado sobre amortecedores de vibração

que garantam a absorção e o isolamento da vibração para a estrutura de apoio em

níveis que não comprometam a integridade da estrutura e que não causem

incômodos a terceiros.

13. Entre as coifas e os dutos será instalado damper corta fogo, modelo FK-A da

TROX.

14. NOTA. Ventiladores do tipo axial onde o fluxo de ar incide diretamente sobre

o motor não é permitido sua instalação em sistemas de captação de efluentes

provenientes de equipamentos de cocção sobre pena de queima com causa de

incêndio no sistema. Sendo assim todo e qualquer equipamento ou material

empregado na construção das instalações de Ar condicionado como exaustão que

não estejam determinados neste memorial ou determinados pela norma e mesmo

assim foi empregado nas instalações.

12. REDES DE DUTOS DE AR DE REPOSIÇÃO

Os dutos de insuflamento de ar de reposição para a cozinha deverão ser

confeccionados em chapa galvanizada nas bitolas recomendadas pela ABNT NBR-16401

para sistemas de baixa pressão utilizando sistema de flangeamento tipo POWERMATIC

ou TDC.

12.1.2 Material: Aço galvanizado - Cristal Normal

Lado maior: Chapa

1. ate 30 cm..........................# 26

2. de 31 a 75 cm...................# 24

3. de 76 a 140 cm.................# 22

4. de 141 a 210 cm...............# 20

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Os dutos de insuflamento de ar de reposição deverão ser isolados

termicamente com manta de lã de vidro 38mm de espessura e densidade de 20 Kg/m³,

revestida em uma das faces com filme de alumínio tipo ISOFLEX, colada com adesivo

apropriado e protegido por cantoneiras conforme detalhe em projeto.

Os acoplamentos flexíveis entre equipamentos e rede de dutos deverão ser

executados em lona de vinil reforçado tipo, fabricante MULTIVAC ou similar. As

interligações dos dutos com a unidade condicionadora deverá ter no mínimo 15 cm.

13. GRELHAS E DIFUSORES

a. Os difusores de insuflamento deverão ser fornecidos em alumínio anodizado

natural, providos de registros reguladores de ar e caixa plenum com

equalizador. As grelhas deverão ser fabricadas em alumínio anodizado

natural, providas de registros reguladores de vazão de ar, os quais deverão ser

lubrificados com graxa antes da montagem, de fabricação TROX ou

TROPICAL.

14. SUPORTES DOS GABINETES, CONDENSADORES E EXAUSTORES

Os suportes deverão ser fixados na parede com o uso de cantoneiras

galvanizadas.

15. A CARGO DA INSTALADORA

Efetuar levantamento minucioso das condições locais em confronto com o projeto

apresentado.

Certificar-se de que os cálculos apresentados estão compatíveis com seus produtos

de fabricação própria.

Conferir o dimensionamento de todo o projeto apresentado, contestando-o por

escrito onde achar que existem problemas de dimensionamento, ou má aplicação

de equipamentos.

As responsabilidades técnicas das instalações serão assumidas pela empresa

instaladora bem como toda e qualquer alteração executada por determinação da

mesma ou do proprietário.

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Não executar modificações nas especificações de cálculos, equipamentos, sem a

autorização por escrito do PROPRIETÁRIO ou do Projetista.

Montar toda instalação com pessoal Habilitado e supervisão da mesma por

Engenheiro/Técnico habilitado.

Testar na presença do Proprietário ou responsável pela operação da Loja toda

operação dos equipamentos realizando os ajustes necessários.

Iara Maria Barros de Deus Leal

Orientador: Msc. Francisco José Patrício Franco

Engenheiro Mecânico – 3.026D/DF

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DE

SC

ED

ES

CE

DE

SC

ED

ES

CE

HID

RA

NT

E

HID

RA

NT

E

ELEVADOR ELEVADOR

HALL ESCADA

HALL ELEVADORES

ELEVADOR ELEVADOR

A=36.47m²

A=15.34m²

100x35

HID

RA

NT

E

SANIT. MASC.

VEST. FEM.

VEST. MASC.

SANIT. FEM.

NUTRICIONISTA

REFEITÓRIO

CAIXA

RECEBIMENTO

CIRCULAÇÃO

A=89.44m²

A=467.44m²

A=8.64m²

A=11.28m²

80x35

COZINHA

A=90.64m²

88x35

65x35

90x70x40

80x30x40

65x35

30x20

90x70x40

80x35

80x35

100x35

85x35

PLANTA BAIXA SISTEMA DE VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO

ESCALA................ 1/75

30x20

HIGIENIZAÇÃO

A=17.88m²

INS.

2200

02

02

02

02 02

04

INS.

2600

03

INS.

2600

03

INS.

2600

03

INS.

2600

03

INS.

2200

04

INS.

2200

04

INS.

2600

03

INS.

250

05

RET.

1100

06

02

88x35

PLANTA BAIXA 5º PAVIMENTO

ESCALA................ 1/500

AREA DA INTERVENÇÃO

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PLANTA DE COBERTURA

ESCALA................ 1/500

AREA DA INTERVENÇÃO

ESPAÇO RESERVADO PARA EVAPORADORES

A =

1

38

.2

5 m

2(L

AJE

IM

PE

RM

EA

BIL

IZ

AD

A)

rufo

ru

fo

CALHA IMPERMEABILIZADA

A =

1

38

.2

5 m

2(L

AJE

IM

PE

RM

EA

BIL

IZ

AD

A)

rufo

90x75x40

90x70x40

80x30x40

PLANTA BAIXA COBERTURA - LOCAÇÃO EQUIPAMENTOS

ESCALA................ 1/75

TELHA METÁLICA INC. 7%

TELHA METÁLICA INC. 7%

ABERTURA NA LAJE

08

08

08

08

09

09

09

09

10

10

10

10

10

10 10

88x35

10

100x35

10

65x35

88x35

80x35

80x35

02

02

02

10

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CORTE AA

ESCALA....1/75

Forno Fogão Fritadeira

CALHA IMPERMEABILIZADA

02

0101 01

02

02

02

70x35

70x35

70x30

CORTE BB

ESCALA....1/75

Forno Fogão Fritadeira

CALHA IMPERMEABILIZADA

80x30

80x30

70x35

FORRO DE GESSO FORRO DE GESSO

LAJE COBERTURA

COZINHA

ESCALA....1/75

CORTE CC

REFEITÓRIO

RECEBIMENTO

A=8.64m²

COZINHA

A=90.64m²

HIGIENIZAÇÃO

A=17.88m²

INS.

2200

04

INS.

2600

03

INS.

2600

03

INS.

2600

03

INS.

2600

03

INS.

2200

04

INS.

2200

04

INS.

2600

03

INS.

250

05

RET.

1100

06

EVAP.

1090

07

EVAP.

1090

07

EVAP.

1090

07

EVAP.

1090

07

PLANTA BAIXA DE LOCAÇÃO DOS AR-CONDICIONADOS

ESCALA....1/75

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ANEXO C - CURVAS DE DESEMPENHOS DOS VENTILADORES OTAM

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ANEXO D - CURVAS DE DESEMPENHOS DOS GABINETES DE VENTILAÇÃO

OTAM

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