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QUINTA-FEIRA • 11 DE JUNHO DE 2015 Diário do Minho Este suplemento faz parte da edição n.º 30701 de 11 de Junho de 2015, do jornal Diário do Minho, não podendo ser vendido separadamente. Mães Primavera, vidas antecipadas Reportagem

Igreja Viva 11 de Junho

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Igreja Viva 11 de Junho

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  • QUINTA-FEIRA 11 DE JUNHO DE 2015

    Dirio do MinhoEste suplemento faz parte da edio n. 30701

    de 11 de Junho de 2015, do jornal Dirio do Minho, no podendo ser vendido separadamente.

    Mes Primavera,vidas antecipadas

    Reportagem

  • 2 IGREJA INTERNACIONAL IGREJA VIVA

    AIS relata drama humanitrio de 100 mil pessoasO Alto Comissariado das Naes Unidas para Refugiados (ACNUR) denunciou um drama humanitrio com a fuga de mais de 100 mil pessoas devido aos combates no Sudo do Sul, informou a Fundao Ajuda Igreja que Sofre (AIS). A AIS referiu que as regies mais afectadas so os estados Unidade e Alto Nilo e as populaes tm--se refugiado sobretudo no Sudo, Etipia e Uganda. O ACNUR estima que exista cerca de milho e meio de deslocados desde que o conflito comeou em Dezembro de 2013.

    Critas leva ajuda s montanhas do NepalA Critas Nepalesa tem ajudado as comunidades mais remotas e devastadas em Gorkha, o epicentro do recente terramoto, para que a populao tenha acesso a cuidados mdicos. Segundo a organizao, a equipa enquanto est no terreno fica alojada em tendas como a maioria da populao. Em trs dias a equipa viu 250 pacientes, deu formao em higiene sem abastecimento de gua corrente e ensinou os habitantes a usar comprimidos de purificao de gua por causa de doenas identificadas.

    Papa: eucaristia escola de solidariedade

    O Papa Francisco afirmou no passado Domingo, durante o Angelus, que a festa do Corpo de Deus evoca uma mensagem solidria, no permitindo a indiferena perante quem no tem po. Segundo o Santo Padre, a eucaristia fonte de amor para a vida da Igreja e tem de ser tambm escola de caridade e de solidariedade. Francisco recordou ainda que amanh, dia 12 de Junho, se celebra a Solenidade do Corao de Jesus e se assinala a Jornada Mundial contra o trabalho infantil.

    PAPA FRANCISCO@pontifex_pt

    02 Junho 2015A luz do Evangelho guia para toda a pessoa que se puser ao servio da civilizao do amor.

    04 Junho 2015 preciso construir a sociedade luz das Bem-aventuranas, caminhar para o Reino na companhia dos ltimos.

    09 Junho 2015No sacramento da Eucaristia, encontramos Deus que Se d a Si mesmo.

    percursos: uma exposio no seminriode nossa senhora da conceioO Seminrio de Nossa Senhora da Conceio inaugurou ontem uma exposio no mbito das comemoraes do 90 aniversrio. Da autoria de Salgado Almeida, a mostra incide na fotografia, pintura e escultura e estar patente at ao dia 30 de Junho.O cnego Avelino Amorim, director do Seminrio Menor, sublinhou que este tipo de iniciativas tem como objectivo

    dar rosto diversidade de caminhos de quem ao longo de nove dcadas passou pelo seminrio. A pluralidade e diversidade do o mote ao programa de comemoraes que revela de igual modo o impacto da instituio na sociedade e igreja, mostrando no s o trabalho do clero mas tambm daqueles que passaram pela instituio e no seguiram a vida eclesial.

    Calendrio Actividade

    SETEMBRO/JULHO Suplemento Voz de Esperana

    13/14 SETEMBRO II Frum UASP

    14 NOVEMBRO Aniversrio / Viglia

    ADVENTO/NATAL Exposio de Prespios

    S/D Seminrio em Notcia (Aco Catlica)

    08 DEZEMBRO Festa das FamliasTeatro Obra em Trnsito

    13 DEZEMBRO Assembleia da ASSASB

    201503/08 MARO FlumenFest

    13/14MARO Colquio Discernir e Formar

    QUARESMA/PSCOA Exposio Vida de Cristo

    Calendrio Actividade

    MAIO Microsite 90 ANOS

    JUNHO Arquivo Digital dos Alunos

    JUNHO Exposio de pintura Salgado Almeida

    JULHO Exposio de pintura Pe. Jos Torres

    16 SETEMBRO Selo Comemorativo

    26 SETEMBRO Dia do Antigo Aluno

    Exposio de carros antigos

    Concerto Musical

    Momento Cultural

    OUTUBRO Exposio de pintura Pe. Moreira

    11 OUTUBRO Sesso Solene Oratio Sapientiae

    Cunhagem de moeda

    Calendrio Actividade

    20/21 NOVEMBRO Frum UASP Arte/F/Nova Evangelizao

    Exposio de pintura e escultura

    NOVEMBRODEZEMBRO Exposio Retrospectiva

    06 DE DEZEMBRO Dedicao da Capela

    Oratria Teresa Salgueiro

    Apresentao Livro Crnicas

    08 DE DEZEMBRO Festa das Famlias

    Inaugurao Obras do Seminrio

    Vdeo Quotidiano Seminrio

    18 DE DEZEMBRO Sarau Recreativo

    S/D Seminrio em Notcia (Dirio do Minho)

    Publicao Textos Silva Pereira

    O sacerdote revelou ainda que a receptividade do pblico s diversas inciativas tem sido muito boa, com cerca de duas mil pessoas a visitarem a exposio de prespios no Natal e perto de mil a exposio Vida de Cristo. Para os prximos meses esto j agendadas outras actividades. O Dia do Antigo Aluno comemora-se no dia 26 de Setembro e pretende reunir o

    maior nmero de antigos alunos do Seminrio. Uma exposio de carros antigos, propriedade de um antigo aluno, um concerto e um momento cultural assinalam o dia.Joaquim Salgado Almeida licenciado em Artes Plsticas, rea em que leccionou durante vrios anos, em escolas pblicas e superiores privadas. autor de obras escultricas pblicas, cartoonista e ilustrador.

  • OPINIOIGREJA VIVADirio do Minho QUINTA-FEIRA, 30 de ABRIL de 2015 3IGREJA DE BRAGAIGREJA VIVA 3QUINTA-FEIRA, 11 de JUNHO de 2015Dirio do Minho

    No dia 08 de Junho, a Arquidiocese de Braga e o Centro Missionrio (CMAB) realizaram no Centro Pastoral uma conferncia de imprensa com o objectivo de apresentar o processo de

    candidaturas para o voluntariado missionrio a ter lugar na diocese de Pemba em 2015/2016.O projecto surge na sequncia do acordo que pretende levar a um conhecimento e entendimento mtuos entre as duas dioceses, atravs de um esprito de partilha de bens materiais e experincias humanas, assinado em Outubro de 2014.D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, usou da palavra logo no incio da conferncia para explicar o contexto histrico da misso, que se prende com o prximo ano pastoral.Nos ltimos trs anos aprofundmos a temtica da f com os anos da f professada, celebrada e vivida. Chega agora a altura da f anunciada.O prelado afirmou ainda que os

    ltimos anos se tm pautado por uma concretizao da f nos mais variados ambientes, com ateno s dificuldades vividas pelas diferentes pessoas. Se temos olhado mais para dentro, agora chegou a altura de

    sair, ir para fora, percorrer o mundo inteiro, sublinhou o Arcebispo de Braga. Aludindo a uma comunho com a Igreja Universal, D. Jorge Ortiga disse ainda que a conscincia de pertena Igreja algo de fundamental. Sobre o acordo de cooperao, afirmou que se trata de uma iniciativa biunvoca, em que os missionrios no tm apenas algo a oferecer, mas tambm a receber.Queremos concretizar o acordo atravs de pessoas e ajuda material. Tambm teremos muito para receber da diocese de Pemba, atravs dos sacerdotes que vm para c estudar, por exemplo. Os nossos horizontes so sempre o mundo, no nos fechamos a outras interpelaes se houver outras dioceses a solicitar a nossa ajuda, concluiu.

    CMAB abre inscries para voluntariado missionrio em pemba

    Marta Vilas Boas, membro do CMAB, elucidou de seguida os presentes sobre os principais objectivos do Centro e do novo projecto.O CMAB nasceu da sequncia da Carta Pastoral Como vos fiz, fazei vs tambm, dos bispos portugueses, e quis dinamizar a diocese para o sentido missionrio que era necessrio dar s comunidades. Com o projecto de cooperao Braga-Pemba, alm das restantes actividades que j tm sido dinamizadas, foi aberto um novo caminho, referiu.Foi a Sara Poas, coordenadora do projecto, que coube explicar os prximos passos da iniciativa.Em Maro deste ano realizou-se uma misso de diagnstico, uma espcie de radiografia scio-religiosa de Pemba. O acesso aos servios bsicos em Moambique muito limitado. Esta misso pretende que ambas as dioceses fiquem a ganhar e que consigam partilhar aprendizagens e a forma de ser igreja, afirmou.

    A equipa, que partir pelo perodo de um ano para a diocese de Pemba, dever ser constituda por um sacerdote e dois a quatro leigos que tero como meta trabalhar em trs

    grandes valncias: educao, sade e pastoral. Os interessados devem comparecer no encontro inicial a 27 de Junho, pelas 10h00, no Centro Pastoral. De seguida haver uma formao em data e local a designar. S depois do processo formativo estar concludo que haver uma triagem dos candidatos, que devem ter mais de 23 anos. A equipa partir para Moambique nos finais do ano civil e pretende-se que seja posteriormente renovada com novos elementos.

  • 4 REPORTAGEM IGREJA VIVA

    Vidas retomadas

    Quem permanece no CAPV no tem uma histria de vida comum. As jovens chegaram pela mo de terceiros: foram encaminhadas pelo Tribunal, pela Segurana Social ou mesmo pela Proteco wde Menores.No fcil fazer o nosso trabalho quando quem est do outro lado no quer estar connosco. Mas insistimos sempre, porque o nosso objectivo ajud-las, a elas e aos filhos, por muito que a princpio no consigam ver isso. Mas com o tempo reconhecem que estamos do lado delas, sorri Elizabete Mota, Psicloga no CAPV desde h dez anos.A maior parte das mes carece de apoio familiar: o pai da criana no est presente e a famlia alargada no consegue sustentar a nova vida que entretanto se formou. Na Associao encontram o apoio fundamental no apenas para um desenvolvimento emocional e fsico, como as condies necessrias para que, paralelamente maternidade, consigam ter uma vida que lhes permita um futuro estvel.Algumas das jovens continuam o habitual percurso escolar, outras enveredam pela formao profissional, outras procuram trabalho. A sada da instituio d-se, habitualmente, quando renem todas as condies para existir equilbrio familiar. Quando se autonomizam, a Associao tem um papel fundamental no perodo de transio. Durante algum tempo, as jovens continuam a ser acompanhadas e avaliadas em relao autonomia e independncia financeiras: tarefas rotineiras como o pagamento de contas e manuteno da nova casa so supervisionadas pela equipa tcnica. Os nmeros apontam vrios casos de sucesso ao longo do tempo: em 2011, a instituio estimava que 65%

    recebe e nos explica o funcionamento de toda a instituio. Neste momento, a Associao constituda pela Creche, Pr-escolar, Centro de Actividades de Tempos Livres e Centro de Apoio Vida (CAPV), diz. neste ltimo que se encontram as jovens mes. Onze, no total, juntamente com os filhos. J tivemos capacidade para mais, mas quando fizemos a remodelao do edifcio, e atendendo a novas problemticas a que fomos assistindo, chegmos concluso que o universo de mes e filhos no poderia ir para alm dos 25.At hoje j passaram pelo Lar de S. Jos centenas de jovens, com idades compreendidas entre os 12 e os 24 anos. Em 2011, a instituio apontava para 105 jovens acolhidas s na ltima dcada.

    Uma mo pequena e gordinha estica-se na nossa direco, acompanhada de um olhar curioso e um sorriso tmido. Sorrimos tambm. Pouco

    a pouco, mais olhos pequeninos e brilhantes pram em ns. Olham--nos com um misto de curiosidade e vergonha. Os mais ariscos dizem adeus. Que esto aqui a fazer? O que isso?, pergunta uma menina. No ter mais do que quatro anos. prontamente encaminhada por uma educadora para um local fora da nossa viso. Estamos na Associao de S. Jos, em Braga, uma IPSS que nasceu do trabalho desenvolvido pela Legio de Maria com o intuito de ajudar adolescentes grvidas ou com filhos que no tm possibilidades por si mesmas de proporcionar um ambiente adequado s crianas.

    Gerao a gerao

    O Lar abriu a 09 de Maro de 1968 e, nos primeiros anos, viveu apenas de donativos, caridade e trabalho voluntrio. At assentar em Real, onde se encontra agora, mudou de local por vrias vezes. O objectivo parecia simples: proporcionar um ambiente de maior qualidade s mes de forma a que estas pudessem educar e criar os filhos da melhor forma possvel. Em 1989, as instalaes deixam de ser provisrias e o Lar instala-se no terreno cedido pela Cmara Municipal de Braga. Alm de melhores infraestruturas, a instituio tem a oportunidade de inaugurar uma nova valncia, uma creche aberta comunidade, onde os filhos das jovens permanecem durante o dia em conjunto com outras crianas. exactamente por a que comeamos a nossa visita. As crianas preparam-se para sair para um passeio. A directora tcnica, Lcia Castro, quem nos

    Ad o l escentesMese

  • 5REPORTAGEMIGREJA VIVADirio do Minho QUINTA-FEIRA, 11 de JUNHO de 2015

    privilgios como o uso de telemvel ou uma sada extra. uma forma de as motivar, isto no uma priso, sublinha a Directora.Desde o primeiro momento em que as jovens ingressam no CAPV -lhes dito que o grande objectivo que consigam sair dali. Tm, portanto, os dias contados: quanto mais depressa e melhor conseguirem atingir os objectivos delineados, mais depressa podem abandonar a instituio. Para cada uma das mes traado um perfil individual, adequado e adaptado s suas necessidades e caractersticas.

    Perseguir os sonhos

    Margarida (nome fictcio) tem 20 anos e est na Associao h dois, pela altura em que foi me de um menino. As mos denunciam o nervoso: vai entrelaando os dedos enquanto aguarda as nossas perguntas. Est procura de emprego no est fcil e espera j no estar muito mais tempo no Lar. Com o filho gosta de brincar, de fazer construes de legos. A vida na associao o normal: fazer as tarefas, passar tempo com as outras meninas, cuidar do beb. No consegue evitar rir-se quando lhe perguntamos qual o maior sonho: tirar a carta de conduo!, atira, prontamente.Falamos de seguida com Snia (nome fictcio), me de uma beb de dez meses. Fala rpido, sem hesitaes, sorri muito. Est na fase do processo de autonomia: a trabalhar, com um emprego aparentemente seguro, prepara-se agora para sair da instituio. A beb sossegadinha: dorme a noite toda desde os quatro meses e bastante pacata, fora as birras habituais da idade. Tambm perguntamos a Snia qual o seu maior sonho. A resposta to rpida quanto a de Filipa: sair daqui!, ri-se. Rimo-nos em conjunto. Logo a seguir, o sorriso esmorece e o olhar fica bao. O meu maior sonho mesmo ter os meus dois filhos comigo..., confessa. Snia tambm me de um menino com trs anos, acolhido numa instituio de outra cidade.

    Nem todos os dias so fceis na Associao de S. Jos. Nem para as jovens, nem para a equipa que as acompanha e que as v partir depois de terem sido criados laos indelveis. H quem regresse para partilhar alegrias, mostrar os novos rebentos ou apenas para matar saudades. H tambm quem nunca mais d sinal. Mas o que importa que estejam bem. E para ns, saber que contribumos para criar alternativas para vidas que pareciam condenadas, extremamente gratificante, concluem Lcia e Elizabete.

    das jovens da ltima dcada tinha regressado ao agregado familiar de origem, famlia nuclear ou alargada. 30% formou famlia ou autonomizou--se e apenas 5% das jovens foram transferidas para outras instituies.No Lar de S. Jos so muitas as competncias a trabalhar: sociais, humanas, maternais, domsticas. Algumas destas meninas no sabiam sequer o que era uma refeio em famlia. Muito menos tratar das suas roupas ou cozinhar. Aqui aprendem de tudo, e o nfase est sempre na relao da me com o beb, continua Lcia.

    Dias contados

    Os quartos no so muito grandes, mas so acolhedores. Em cada um h uma cama para a me e uma cama ou bero para o filho. Nos diferentes quartos vamos vendo fragmentos da vida de cada uma das jovens: h quem tenha livros sobre o amor, sobre bebs, sobre a vida h quem tenha fotografias, h cartas, peluches e recordaes.Cruzamo-nos com uma das jovens no corredor. O filho, Daniel (nome fictcio), vai hoje cortar o cabelo. alegre, balbucia enquanto segura uma bola e tenta fugir me, que no desvia os olhos dele por um instante. Com desenvoltura pega em Daniel ao colo, enquanto o convence com voz doce a no fugir. No conhecemos as suas histrias, mas a cena que vemos faz-nos sorrir: nada fora do vulgar, os tpicos gestos entre me e filho.

    No Centro de Apoio Vida todas as jovens tm tarefas a desempenhar. Rotativamente cozinham, passam a ferro, estendem e apanham a roupa, pem e levantam a mesa. Na rea de acesso aos quartos h um quadro com avisos que as relembra de consultas, tarefas, coisas importantes de que no se podem esquecer. A comunicao com a equipa tcnica contnua: todos os meses, as competncias a desenvolver so avaliadas. Em casos de sucesso, as jovens recebem

    At hoje j passaram pelo Lar de S. Jos centenas de jovens, com idades compreendidas entre os 12 e os 24 anos

    VEJA O VDEO DA REPORTAGEM EM www.igrejaviva.diariodominho.ptwww.youtube.com/diocesebraga

  • 6 LITURGIA IGREJA VIVA

    LEITURA I Ez 17, 22-24Leitura da profecia de Ezequiel

    Eis o que diz o Senhor Deus: Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos mais altos, Eu prprio arrancarei um ramo novo e vou plant-lo num monte muito alto. Na excelsa montanha de Israel o plantarei e ele lanar ramos e dar frutos e tornar-se- um cedro majestoso. Nele faro ninho todas as aves, toda a espcie de pssaros habitar sombra dos seus ramos. E todas as rvores do campo ho-de saber que Eu sou o Senhor; humilho a rvore elevada e elevo a rvore modesta, fao secar a rvore verde e reverdeo a rvore seca. Eu, o Senhor, digo e fao.

    SALMO RESPONSORIAL Salmo 91 (92)Refro: bom louvar-Vos, Senhor.

    bom louvar o Senhore cantar salmos ao vosso nome, Altssimo,proclamar pela manh a vossa bondadee durante a noite a vossa fidelidade.

    O justo florescer como a palmeira,crescer como o cedro do Lbano;plantado na casa do Senhor,florescer nos trios do nosso Deus.

    Mesmo na velhice dar o seu fruto,cheio de seiva e de vigor,para proclamar que o Senhor justo:nEle, que o meu refgio, no h iniquidade.

    LEITURA II 2 Cor 5, 6-10Leitura da Segunda Epstola do apstolo S. Paulo aos Corntios

    Irmos: Ns estamos sempre cheios de confiana, sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo, vivemos como exilados, longe do Senhor, pois caminhamos luz da f e no da viso clara. E com esta confiana, preferamos exilar-nos do corpo, para irmos habitar junto do Senhor. Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradveis, quer continuemos a habitar no corpo, quer tenhamos de sair dele. Todos ns devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que receba cada qual o que

    tiver merecido, enquanto esteve no corpo, quer o bem, quer o mal.

    EVANGELHO Mc 4, 26-34Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo So Marcos

    Naquele tempo, disse Jesus multido: O reino de Deus como um homem que lanou a semente terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque j chegou o tempo da colheita. Jesus dizia ainda: A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parbola o havemos de apresentar? como um gro de mostarda, que, ao ser semeado na terra, a menor de todas as sementes que h sobre a terra; mas, depois de semeado, comea a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do cu podem abrigar-se sua sombra. Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parbolas como estas, conforme eram capazes de entender. E no lhes falava seno em parbolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discpulos.

    LITURGIA da palavra

    xi domingocomum b

    tema

    TUDO EXPLICAVA AOS SEUS

    DISCPULOS

    Atitude de vidaEsta semana somos convidados a estar particularmente atentos s pessoas que so mais vulnerveis em razo da sua falta de conhecimento ou da sua iliteracia. Podemos aproximar--nos de algum e ao jeito de Jesus, fazer-lhe sentir que considerada e amada por Deus.

    ILUSTRAO DA ARQ. MARIA TAVARES

  • 7LITURGIAIGREJA VIVADirio do Minho QUINTA-FEIRA, 11 de JUNHO de 2015

    O dcimo primeiro Domingo (Ano B), na proximidade do Vero, oferece-nos belas imagens da natureza: para anunciar o Reino de Deus, Jesus Cristo socorre-se de vrias parbolas (evangelho). Neste Domingo, prope as parbolas da semente que germina e cresce por si mesma e a do gro de mostarda que se torna a maior de todas as plantas da horta. Entretanto, j o profeta Ezequiel (primeira leitura) tinha feito um anncio idntico como sinal de salvao. E o salmista compara o justo a tais rvores: florescer como a palmeira, crescer como o cedro do Lbano. Ento, como escreve Paulo (segunda leitura), em todas as circunstncias, vivamos sempre cheios de confiana em Deus.

    Tornar-se- um cedro majestoso

    Ezequiel um profeta do tempo da primeira deportao para a Babilnia: Nabucodonosor conquistou Jerusalm e condenou ao exlio a casa real e a aristocracia judaica. Depois, quando j parecia improvvel o regresso Terra Prometida, Deus envia o profeta para reanimar a esperana.A alegoria do cedro, proposta na primeira leitura, est relacionada com a promessa messinica feita por Nat ao rei David (cf. Segundo Livro de Samuel, captulo 7) sobre a sua descendncia. Depois da deportao de Jeconias para a Babilnia e da colocao de Sedecias no trono por Nabucodonosor, o que se poder esperar da dinastia de David?A resposta do profeta remete para Deus: arrancar um ramo novo do cedro frondoso, plant-lo- num monte muito alto, tornar-se- um cedro majestoso. Por

    outras palavras, um resto do povo humilde e desprezado permanecer fiel; desse resto, Deus renovar a promessa feita a David.No so os reis poderosos que determinam o sentido da histria. A segunda parte da profecia, mantendo a imagem da rvore, recorda que a aco determinante conduzida pelo prprio Deus: humilho a rvore elevada e elevo a rvore modesta, fao secar a rvore verde e reverdeo a rvore seca. Por isso, a dinastia de David reinar, para sempre, em Jesus Cristo, com a rvore da cruz que se tornar em rvore da vida.Eis o ser e agir de Deus: serve-se de um ramo, algo sempre incerto e delicado, para anunciar um futuro novo, cheio de esperana e de vida. Deus surpreendente: no usa os modos habituais, nem se rege pelos critrios esperados. O paradoxo que coloca em atitude de abertura h novidade, faz parte de Deus.

    O cristo tem de aprender a ter um olhar sempre novo, renovado. Trata-se de olhar para alm do visvel, pois o essencial invisvel aos olhos (Saint-Exupry). No se pode desapreciar o pequeno ou o aparentemente mutilado. H que ter esperana, saber esperar o tempo necessrio para ver os frutos que nascem da ao de Deus. O prazer de esperar. [] Precisaramos talvez dizer a ns prprios, e uns aos outros, que esperar no necessariamente uma perda de tempo. Muitas vezes o contrrio. reconhecer o seu tempo, o tempo necessrio para ser; tomar o tempo para si, como lugar de maturao, como oportunidade reencontrada (J. Tolentino Mendona).

    Reflexo preparada por Laboratrio da F | in www.laboratoriodafe.net

    Reflexo

    elemento celebrativo a destacar

    A homilia com o particular cuidado de seguir o caminho pedaggico de Jesus nas parbolas do Reino.Para o envio sugerimos a entrega de uma pequena poro de sementes que cada fiel poder levar consigo.Bno solene Tempo Comum V (Missal Romano p. 562)

    Sugesto de cnticos Ent: Sede a rocha, M. Simes (CEC - II, p. 33) Kyrie: M. Carneiro (IC, p. 18 / NRMS 32) Santo: F. Silva (IC, p. 50 / NRMS 38) Cordeiro de Deus: F. Silva (IC, p. 58 / NRMS 8-II) Comunho: A semente a palavra, C. Silva (CEC I, pp. 79-80) Ps-comunho: Dai graas ao Senhor, F. Santos (NCT 610) Final: Confiarei no meu Deus, F. Silva (IC, p. 417; NRMS 106)

    _MATERIAL: Durante esta segunda fase do Tempo Comum, prosseguimos o caminho do ano litrgico ao sabor das obras de misericrdia. Este Domingo XI traz- -nos a bela e boa notcia do Deus todo poderoso que nos manifesta, por Jesus, nas parbolas do Reino (sementeira e gro de mostarda), a Sua forma de estar e agir. E tudo Graa! Queremos viver esta celebrao e esta semana assumindo-nos envolvidos pela lgica da discrio eficaz do Reino, ao ritmo das obras de misericrdia que nos levam a estar mais atentos queles que so mais vulnerveis por falta de conhecimento, assumindo o desafio da misericrdia e ensinar os ignorantes.Assumimos, como representao simblica, uma poro de terra com sementes.

    itinerrio simblico

    Orao Universal Carssimos cristos:Aqui reunidos no Esprito Santo, oremos com toda a confiana a Deus Pai, pela mediao de seu Filho Jesus Cristo, dizendo (ou: cantando):

    R. Escutai, Senhor, a nossa orao.

    1. Pelo Papa Francisco, que preside a toda a Igreja, pela nossa Conferncia Episcopal e pela coragem de todos os bispos e presbteros, oremos.

    2. Pelos cristos que perderam a f, pelo povo judeu, vinha que Deus plantou, e pelos crentes de todas as religies, oremos.

    3. Pela semente lanada terra por Jesus, pelo crescimento da f na Igreja de hoje e por todas as misses e missionrios, oremos.

    4. Por aqueles que perderam a esperana, pelos que foram injustamente condenados e pelos que vivem no exlio, longe da ptria, oremos.

    5. Pela nossa assembleia celebrante, por toda a comunidade (paroquial) e pelos nossos pais e irmos que Deus chamou, oremos.

    6. Por todos os nossos familiares e amigos, que deixaram o nosso convvio terreno e por todos aqueles que no tm quem se lembre deles, oremos.

    Senhor Jesus Cristo, que alimentais continuamente a vossa Igreja com o mistrio do vosso Corpo e Sangue, concedei--lhe a graa de encontrar a verdadeira alegria na riqueza infinita dos vossos dons. Vs que viveis e reinais por todos os sculos dos sculos.

    Eucologia

    Oraes prprias da Missa do Domingo XI do Tempo Comum (Missal Romano, p. 405)Orao Eucarstica V/C (Missal Romano, 1169)

    ADMONIO INICIAL

    Temos j o hbito de vir quase sempre aqui a este espao ou a um espao semelhante, celebrar a Eucaristia dominical! Podemos correr o risco de ficar marcados pelos hbitos adquiridos, pela rotina.Hoje somos desafiados a redobrar a nossa ateno. A Palavra do Senhor, ao mesmo tempo que nos mostra o Seu rosto, instrui-nos sobre a sua forma de estar e agir! Vamos abrir o nosso corao novidade que Deus nos aponta, para que a Sua semente possa germinar na nossa vida.

  • 8 ACTUALIDADE IGREJA VIVA

    AGENDA

    FICHA TCNICADirector: Damio A. Gonalves PereiraCoordenao: Departamento Arquidiocesano da Comunicao Social (Pe. Tiago Freitas, Pe. Paulo Terroso, Eduardo Madureira, Ana Pinheiro, Joana Arajo), Flvia BarbosaDesign: Romo FigueiredoFontes: Agncia Ecclesia e Dirio do MinhoContacto: [email protected]

    15% *Desconto

    Livraria do Dirio do Minho

    * Na entrega deste cupo. Campanha vlida de 11 a 18 de Junho de 2015.

    14.06.2015

    EUCARISTIA DE ENCERRAMENTO DA VISITA DA IMAGEM PEREGRINA18h30 / Igreja Matriz de Esposende

    PVP

    21,98Francisco, O Grande Reformador uma obra focada na tenso entre a viso inovadora do Papa para a Igreja e os obstculos que enfrenta. O autor, Austen Ivereigh, escritor e jornalista especializado em assuntos polticos e religiosos, apresenta a histria de Jorge Bergoglio, explicando ainda como e por que razes a Igreja o escolheu como seu lder. este livro cruza o cerne do papado com a infncia de Jorge Bergoglio em Buenos Aires, a sua formao jesuta e os dramticos eventos ocorridos durante o Peronismo e o governo militar na Argentina da dcada de 1970.

    Austen Ivereighfrancisco, o grande reformador

    concerto solidrio cruz vermelha

    17.06.2015

    FRUM INTERDISCIPLINAR DE PROFESSORES21h00 / Centro Pastoral Universitrio

    O A Delegao de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa est a promover um concerto solidrio no mbito dos 150 anos da organizao, no dia 14 de Agosto.A iniciativa tem lugar na rea exterior da Discoteca Pacha de Ofir, em Esposende, e conta com a participao de Daniela Mercury. Na apresentao do encontro, o Presidente da CVP de Braga,

    Armando Osrio, adiantou que os fundos angariados sero aplicados nas diversas reas em que intervm a organizao. As restantes delegaes do Norte esto tambm a ajudar Braga na preparao do concerto. O bilhete geral custa 10 at dia 31 de Julho e pode ser adquirido nas delegaes da CVP ou atravs da Ticketline. A partir desse dia, o custo do ingresso de 15.

    frias corais em seia

    O Orfeo de Seia encontra-se a organizar as II Frias Corais em Seia, iniciativa a ter lugar na Quinta da Carvalha, Casa So Jos, em Seia, de 03 a 09 de Agosto de 2015.A programao das frias conta com duas partes distintas. De manh, das 09h00 at s 13h00, decorre a parte cultural com Ateliers de Etnomusicologia, Gregoriano, Musicoterapia, Dana e Canto nas instalaes do Conservatrio de Msica de Seia.

    A tarde, das 15h00 s 19h00, fica reservada para o lazer atravs de visitas a vrios locais e museus emblemticos da regio.As inscries podem ser feitas atravs do e-mail [email protected] at ao final de Junho e tm um custo de 370 que inclui a participao em todas as actividades, refeies e alojamento na Quinta da Carvalha, em Seia.As participaes podem ser feitas a nvel individual.

    18.06.2015

    CONSELHO ARQUIDIOCESANO PARA A PASTORAL CATEQUTICA21h00 / Centro Pastoral Universitrio

    10.06.2015 a 30.06.2015

    EXPOSIO DE SALGADO ALMEIDASeminrio Nossa Senhora da Conceio