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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU “ INSTRUMENTOS DE GESTÃO PARA ORGANIZAÇÕES PÚBLICA” MÓDULO III ORÇAMENTO E FINANÇAS NO SETOR PÚBLICO PARTE III EXECUÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 1

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU “ INSTRUMENTOS DE GESTÃO PARA ORGANIZAÇÕES

PÚBLICA”

MÓDULO III ORÇAMENTO E FINANÇAS NO SETOR PÚBLICO

PARTE IIIEXECUÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

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PROFESSOR: FERNANDO FREITAS MELO

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Sumário

I – Executando o Orçamento .........................................................................................

03

1 – Execução da Despesa ..................................................................................................

03

1.2 – Descentralização de Créditos ...............................................................................

03

a) Descentralização Externa de Créditos .............................................................

03

b) Descentralização Interna de Créditos ..............................................................

04

1.3 – Estágios da Despesa ...............................................................................................

04

a) Empenho ...... .......................................................................................................

04

- Modalidades de Empenho............................................................................

05

b) Liquidação ............................................................................................................

05

c) Pagamento ............................................................................................................

06

1.4 – Casos Excepcionais ................................................................................................

06

a) Restos a Pagar .....................................................................................................

06

- Restos a Pagar Não Processados ...............................................................

06

- Restos a Pagar Processados ........................................................................

06

b) Despesas de Exercício Anteriores .................................................................

07

1.5 – Mecanismos Retificadores do Orçamento ..........................................................

07

- Créditos Acionais ................................................................................................

08

a) Abertura dos Créditos Adicionais ............................................................

08

b) Vigência dos Créditos Adicionais .............................................................

08

c) Fontes de Financiamento para os Créditos Adicionais..........................

09

1.6 – Divida Passiva .........................................................................................................

10

2 – Execução da 11

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Receita .................................................................................................... 2.1 – Estágios da Receitas ...............................................................................................

11

- Previsão .....................................................................................................................

11

- Lançamento...............................................................................................................

11

- Arrecadação ..............................................................................................................

11

- Recolhimento ...........................................................................................................

11

2.2 – Divida Ativa..............................................................................................................

11

II – Executando a Programação Financeira ..............................................................

12

1 – Elaboração da Programação Financeira ...................................................................

12

2- Transferências de Recursos ..........................................................................................

13

- Cota ............................................................................................................................

13

- Repasse .......................................................................................................................

13

- Subrepasse .................................................................................................................

13

3 – Conta Única ..................................................................................................................

14

4 – Tipos de Ordem Bancárias .........................................................................................

14

III – Execução Orçamentária e Financeira Segundo a LRF ................................

16

- Do Planejamento......................................................................................................

16

- Da Gestão Patrimonial ...........................................................................................

17

IV – Sujeição dos Administradores Públicos às Normas do TCU ......................

17

V – Controle Interno e Externo.......................................................................................

20

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- Preâmbulo ...................................................................................................................

20

- Avaliação da Gestão Pública ....................................................................................

20

- Eficácia ........................................................................................................................

21

- Eficiência ....................................................................................................................

22

- Tomada de Contas ....................................................................................................

23

- Prestação de Contas...................................................................................................

24

VI – Organização do Tribunal de Contas da União ................................................

25

- Missão Institucional .................................................................................................

25

- Competência ........................................................................................................

25

Glossário – Conceitos Básicos ............................................................................................

27

- Termos mais usados na Execução Orçamentária ...............................................

28

Bibliografia .............................................................................................................................

35

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I - EXECUTANDO O ORÇAMENTO

Segundo Giacomoni, as organizações empresariais privadas, como regra geral, mantêm a execução financeira (receitas e despesas) de forma autônoma em relação ao orçamento. Este cumpre o papel de orientador geral, andando, porém, num circuito paralelo. É aceitável, naturalmente, que o orçamento empresarial sofra mudanças de rumo, adequando-se, por assim dizer, ao comportamento real das finanças.

O autor continua comentando que na finança pública não há semelhante flexibilidade. O orçamento público não é apenas uma peça de orientação, mas, sim, o “comandante” da execução financeira. O comportamento financeiro público é produto da execução de determinado programa, o qual se reveste de forma orçamentária.

Para compreensão da execução orçamentária, optou-se por segregar o estudo dos mecanismos de execução da despesa e da receita.

1 – Execução da Despesa

1.1- Registro dos Créditos e Dotações

Como é a programação de trabalho constante do orçamento que condiciona a administração financeira da instituição pública, a providência preliminar são os registros que possibilitam a classificação e o lançamento de cada despesa nos títulos orçamentários apropriados.

O primeiro passo da execução orçamentária trata de registrar créditos orçamentários e respectivas dotações na unidade orçamentária (UO)1 de forma que possibilitem o acompanhamento da evolução dos saldos dessa dotação e, assim, da própria programação do orçamento.

A execução ocorre quando a Unidade Gestora Executora (UGE)2, detentora dos Créditos Orçamentários (UO), os descentraliza (consultar item 1.2) a outra UGE ou quando uma UGE efetua a emissão de empenho. A execução da despesa obedece a três estágios, quer sejam, empenho, liquidação e pagamento (consultar item 1.3).

1 Consultar glossário para mais informações.2 Idem.

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1.2 - Descentralização de Créditos

Consiste na transferência do poder de utilizar créditos orçamentários que estejam sob sua supervisão ou lhe tenham sido dotados ou transferidos, de uma unidade gestora para outra.

As dotações descentralizadas serão utilizadas integralmente na consecução do objeto previsto pelo programa pertinente, respeitada fielmente a classificação funcional. A descentralização pode ser Externa ou Interna.

A) Descentralização Externa de Créditos

Esta descentralização é também conhecida como Destaque. É a operação descentralizadora de crédito orçamentário em que um Ministério ou Órgão transfere para outro Ministério ou Órgão, o poder de utilização dos créditos que lhes foram dotados.

B) Descentralização Interna de Créditos

Esta descentralização é também conhecida como Provisão. A descentralização interna consiste na movimentação de créditos orçamentários entre Unidades Gestoras Executoras dentro do próprio Ministério ou Órgão.

Tanto a descentralização ou transferência externa como a interna podem ser anuladas, total ou parcialmente. A anulação só poderá ocorrer se a unidade beneficiada não tiver utilizado o crédito , ou seja, se a mesma ainda não empenhou ou descentralizou. Caso o crédito tenha sido utilizado, a unidade deverá adotar os procedimentos necessários para viabilizar a devolução do mesmo, quando do recebimento indevido.

1.3 – Estágios da Despesa

A) Empenho

É o primeiro estágio da despesa. É o ato emanado da autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento, pendente ou não, de implemento de condição. 3

3 Lei 4.320. Comentada por J. Teixeira Machado Jr. e Heraldo da Costa Reis.25ª.ed.ver.atual. Rio de Janeiro: IBAM, 1993.p. 58.

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O empenho da despesa é ato de autoridade, legalmente autorizada para tal fim. Não se deve confundir, empenho da despesa com nota de empenho; este é a materialização daquele.

O empenho é prévio, ou seja, precede à realização da despesa e está restrito ao limite do crédito orçamentário, conforme determina a Lei 4.320/64, em seu artigo 60.

Giacomoni comenta que o empenho é o principal instrumento com que conta a administração pública no acompanhamento e controle da execução de seus orçamentos. Empenhar a despesa significa enquadrá-la no crédito orçamentário adequado e deduzi-la do saldo da dotação do referido crédito. Além de possibilitar tal controle, o empenho constitui uma garantia ao credor de que os valores empenhados têm respaldo orçamentário.

Modalidades de Empenho

Ordinário – Modalidade para atender a despesa, com montante previamente conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez. Exemplo: compra de material de consumo ou permanente.

Estimativo – Será emitido empenho por estimativa quando não se puder determinar o montante da despesa. Exemplo: água, luz, telefone.

Global – É o empenho emitido para atender as despesas contratuais, cujo montante é conhecido, todavia a sua liquidação e o seu pagamento está sujeito a parcelamento. Exemplo: contratos de prestação de serviços e aluguel, pagamento de pessoal, convênios, etc.

Através do Decreto nº 2.439, de 23/12/97, foi instituído o Empenho com Garantia de Pagamento Contra Entrega, que é o tipo de empenho utilizado pela Administração Pública, tendo por finalidade a realização de despesas com prestação de serviços ou compras, cujo valor limite obedecerá ao teto fixado para dispensa de licitação, e ainda, para os serviços de fornecimento de água e esgoto, energia elétrica e comunicações, independentemente do seu valor. Esta sistemática deverá ser adotada pelas UGE que utilizam o sistema SIAFI na modalidade total, em relação aos fornecedores de pequenas compras e serviços, inscritos no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF. Compete à STN viabilizar o pagamento mediante a emissão de ordem bancária, pelas respectivas UGE "on-line", dispensando a transferência de recursos da Conta Única do Tesouro Nacional por intermédio dos Órgãos setoriais de programação financeira.

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B) Liquidação

A liquidação é o segundo estágio da despesa e consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, ou seja, é a comprovação de que o credor cumpriu todas as obrigações constantes do empenho.

A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata e a quem se deve pagar para extinguir a obrigação.

O estágio da liquidação da despesa envolve, portanto, todos os atos de verificação e conferência, desde a entrega do material ou a prestação do serviço até o reconhecimento da despesa. Ao fazer a entrega do material ou a prestação do serviço, o credor deverá apresentar a nota fiscal, fatura ou recibo correspondente, acompanhada da primeira via da nota de empenho, devendo o funcionário competente atestar o recebimento do material ou a prestação do serviço , no verso da nota fiscal, fatura ou recibo.

Somente após a apuração do direito adquirido pelo credor, a UGE providenciará o pagamento da despesa. Evidentemente, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar devidamente liquidada.

C) Pagamento

Constitui o terceiro e último estágio da despesa e consiste na entrega do numerário ao credor do Estado, extinguindo-se o débito ou obrigação.

1.4 – Casos Excepcionais

A) Restos a Pagar

Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até 31 de dezembro do ano a que pertençam, podendo ocorrer da seguinte forma:

- Restos a Pagar Não Processados - referem-se aos empenhos não liquidados até 31 de dezembro.

- Restos a Pagar Processados - referem-se aos empenhos liquidados e não pagos até 31 de dezembro.

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O Decreto 93.872, de 23.12.96, em seu art. 35 determina que o empenho da despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando:

- ainda vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor;

- quando for de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;

- se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; e

- compromisso assumido no exterior.

Os empenhos não anulados, bem como os referentes a despesas já liquidadas e não pagas, são automaticamente inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício pelo SIAFI.

A inscrição de valores em Restos a Pagar terá validade até 31 de dezembro do ano subseqüente ao da emissão do empenho. Após esta data, os saldos remanescentes serão automaticamente cancelados pelo SIAFI, permanecendo em vigor, no entanto, o direito do credor por até 5 (cinco) anos, a partir de sua inscrição.

Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101 de 04/05/2000), em seu artigo 42, “ É vedado ao titular de Poder ou Órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.”

B) Despesas de Exercícios Anteriores

São as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores àqueles em que ocorrerem os pagamentos.

Deverão ser pagas na rubrica orçamentária “Despesas de Exercícios Anteriores” as dívidas de exercícios encerrados devidamente reconhecidas pelas autoridades competentes.

As dívidas de que trata o parágrafo anterior compreende as seguintes categorias4:

4 Lei 4.320. Comentada por J. Teixeira Machado Jr. e Heraldo da Costa Reis.25ª.ed.ver.atual. Rio de Janeiro. IBAM, 1993 e Decreto nº 93.872/86.

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- Despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, e que não tenham sido processadas na época própria;

- Despesas de Restos a Pagar com prescrição interrompida; e- Compromissos reconhecidos pela autoridade competente,

após o encerramento do exercício.

As categorias acima serão pagas à conta de dotação específica consignada no Orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.

Exemplo de Rubrica de Despesa de Exercício Anterior

3 3 90 92

1.5 – Mecanismos Retificadores do Orçamento

O Orçamento anual é produto de um processo de planejamento, que incorpora as intenções e prioridades da sociedade. Durante a execução da Lei Orçamentária Anual, podem ocorrer situações ou problemas não previstos na fase de sua elaboração. Portanto, há que se criar instrumentos que possibilitem retificar o Orçamento durante a sua execução. Esses mecanismos retificadores são conhecidos como Créditos Adicionais e são previstos na Lei nº 4.320/64.

Os Créditos Adicionais classificam-se em:

- Suplementares - São os créditos insuficientemente dotados na Lei do Orçamento, destinando-se, portanto, ao reforço de dotações já existentes.

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Despesa de Exercícios Anteriores

Modalidade de Aplicação Direta

Outras Despesas Correntes

Despesas Correntes

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- Especiais - São os créditos não computados na Lei do Orçamento, ou seja, aqueles destinados a despesas para as quais não haja dotação específica.

- Extraordinários - São os créditos destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, tais como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

A) Abertura Dos Créditos Adicionais

Os Créditos Suplementares e Especiais são autorizados por Lei e abertos por Decreto do Poder Executivo5.

Os Créditos Extraordinários são abertos por Decreto do Poder Executivo que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo6.

O artigo 7º da Lei 4.320/64 e o art. 167 da Constituição Federal autorizam a inclusão no orçamento de dispositivo que permite ao Executivo abrir Créditos Suplementares até determinado limite que varia de 20 a 25% do total da despesa fixada no orçamento.7Tal medida visa a agilizar e desburocratizar os procedimentos administrativos. Já a autorização para a abertura de Crédito Especial poderá ser concedida por meio de lei própria . No caso do Crédito Extraordinário, a dispensa de manifestação legislativa prévia justifica-se plenamente dada a urgência requerida. A necessidade de informar o Legislativo imediatamente após a abertura do Crédito Extraordinário impede que o Executivo possa cometer qualquer abuso nessa área, possibilitando os ajustes necessários.

B) Vigência dos Créditos Adicionais

Suplementares – por serem destinados a atender insuficiência do orçamento anual acompanham a sua vigência, ou seja, extinguem-se no final do exercício financeiro.

Especiais e Extraordinários – poderão ter vigência até o final do exercício subseqüente, quando o ato da autorização for promulgado nos últimos quatro meses do exercício. Estes créditos serão reabertos, por meio de novo Decreto, nos limites de seus saldos, no exercício subseqüente.

O procedimento para reabertura dos Créditos Especiais e Extraordinários tem uma explicação lógica, em razão de que os 5 Lei 4.320/64 . Comentada por J. Teixeira Machado Jr. e Heraldo da Costa Reis.25ª.ed.ver.atual Rio de Janeiro: IBAM, 1993.6 Idem7 GIACOMONI, James. Orçamento Público.6ª.ed. São Paulo: Atlas, 1996.

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Créditos abertos após 31/08 não constam do Orçamento para o exercício seguinte, uma vez que este já foi elaborado e encaminhado ao Congresso Nacional para apreciação, devendo o programa de trabalho dar continuidade no próximo exercício.

Com a reabertura desses créditos, deve a autoridade providenciar, de imediato, recursos suficientes para cobrir as referidas despesas, podendo ser utilizado, na seqüência, o superávit financeiro, o excesso de arrecadação ou anulação total ou parcial de dotações.

C) Fontes de Financiamento para os Créditos Adicionais

Para abertura de Créditos Suplementares e Especiais, torna-se necessária a existência de fontes de recursos para financiá-los. No caso dos Créditos Extraordinários, não há necessidade de fonte específica. As fontes de recursos legítimas para abertura de Créditos Suplementares e Especiais são:

Superávit Financeiro - é a diferença positiva entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, apurado em Balanço Patrimonial, conjugando-se, ainda, os saldos dos Créditos Adicionais transferidos e as operações de créditos a eles vinculadas.

Exemplo: se o ativo financeiro fosse de $ 100 e o passivo de $ 80, teríamos um saldo positivo de $ 20; se no exercício fossem reabertos $ 12 de Créditos Adicionais, teríamos que subtrair esse valor de $ 20, resultando $ 8 disponível. Se, além disso, houvesse $ 5 de operações de crédito vinculados a esses créditos reabertos, ainda a realizar, teríamos que somá-los aos $ 8, resultando o superávit financeiro apurado de $ 13, valor do recurso disponível líquido.

Excesso de arrecadação - é o saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada.

Anulação parcial ou total de dotação - é o cancelamento total ou parcial de dotações consideradas excedentes com o objetivo de adicioná-las àquelas consideradas insuficientes.

Operações de créditos - são empréstimos obtidos pelo Estado, podendo ser internas ou externas. Serão internas quando contraídas dentro do próprio País; e externa quando contratada fora deste.

Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante

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Créditos Especiais ou Suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

1.6 – Dívida Passiva

Entende-se por dívida passiva toda e qualquer obrigação registrada nas unidades. Na dívida passiva estão incluídas todas as obrigações de curto e longo prazos.

A dívida passiva desdobra-se em :1 – dívida flutuante2 – dívida fundada

A dívida flutuante compreende os compromissos com exigibilidade inferior a doze meses. De acordo com a Lei 4.320/64, são considerados dívida flutuante:

1 – os restos a pagar2 – os serviços da dívida a pagar3 – os depósitos4 – os débitos de tesouraria

A dívida fundada compreende todos os compromissos de exigibilidade superior a doze meses (longo prazo). A dívida fundada representa aos compromissos assumidos para atender os desequilíbrios orçamentários ou aos financiamentos de obras e serviços.

2 – Execução da Receita

Giacomoni comenta que a execução da receita orçamentária apresenta número bem menor de questões de interesse. Conforme já comentado neste material, a legislação consagra um regime contábil misto: de caixa para as receitas e de competência para as despesas. São, portanto, consideradas receitas do exercício aquelas efetivamente arrecadadas no exercício. Continua o autor afirmando que a maior parte da receita orçamentária é do tipo tributária, principalmente impostos e taxas, cujo disciplinamento corre por conta da legislação tributária.

Segundo tais normas, a autoridade administrativa (órgãos fazendários) deve proceder ao lançamento do crédito tributário contra o sujeito passivo (contribuinte) quando da concorrência do fato gerador, que determine a matéria tributável e calcule o

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montante do tributo devido. Deve-se observar, ainda, que tal lançamento nada tem a ver com o processamento contábil convencional, que só é acionado quando o tributo for pago. Se o tributo não for pago no exercício em que se der o lançamento, o próprio órgão fazendário inscreverá o crédito tributário como dívida ativa.

É praxe dos órgãos fazendários aprovarem “um calendário fiscal” por meio do qual os contribuintes são orientados sobre os prazos de recolhimento dos diversos impostos e taxas em cada nível de governo. Além de sua evidente utilidade para o contribuinte, o calendário permite organizar o fluxo das receitas públicas, compatibilizando-se com a Programação Financeira de Desembolso.

2.1 - Estágios da Receita

A receita orçamentária passa por quatro fases denominadas estágios, que são:

1 - Previsão – é a estimativa do que se espera arrecadar, durante o exercício.

2 - Lançamento – é a identificação do devedor ou da pessoa do contribuinte. A Lei 4.320/64 e o Código Tributário Nacional definem lançamento como sendo o ato de pessoa competente que verifica a procedência do crédito fiscal, a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. A partir do lançamento surge o crédito tributário.

3 - Arrecadação – é o momento em que o contribuinte recolhe ao agente financeiro (arrecadador) o débito devido à Fazenda Pública.

4 - Recolhimento – é o momento em que o agente financeiro (arrecadador) repassa o valor arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual, Distrital ou Municipal.

2.2 - Dívida Ativa

A Lei nº 4.320/64 trata da dívida ativa no art. 39, caput e parágrafos, de onde se pode extrair o seguinte conceito: créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento.

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A dívida ativa de natureza tributária é o crédito da Fazenda Pública proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas.

A dívida ativa de natureza não-tributária é representada pelos demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou outras obrigações legais. É o que estabelece a parte final do § 2º do art. 39 da Lei nº 4.320/64.

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II– EXECUTANDO A PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

A Programação Financeira compreende um conjunto de atividades que tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução do orçamento-programa ao fluxo provável de recursos financeiros, de modo a assegurar a execução dos programas anuais de trabalho.

O instituto da programação financeira de desembolso veio a tornar-se um dos instrumentos financeiros básicos da ação governamental e se integra no processo de planejamento-orçamento-programa.

Na área federal, a programação da despesa é tratada pelo Decreto-lei nº 200/67 que define a programação financeira de desembolso como instrumento básico do planejamento: “Para ajustar o ritmo da execução do orçamento-programa ao fluxo provável de recursos, o Ministério do Planejamento e Coordenação-Geral e o Ministério da Fazenda elaborarão, em conjunto, a programação financeira de desembolso de modo a assegurar a liberação automática e oportuna dos recursos necessários à execução dos programas anuais de trabalho.” (art. 17)

A forma e a sistemática de acompanhamento e controle do cumprimento da programação de desembolso varia de acordo com o tamanho e o grau de descentralização das organizações. No caso das organizações de pequeno e médio porte, o próprio órgão de contabilidade controla a observância das cotas, utilizando para tal a própria ficha de acompanhamento da execução da despesa.

Desde a edição do Decreto n.º 64.441, de 30 de abril de 1969, ratificado em seus aspectos organizacionais por legislação posterior, as atividades de programação financeira do Tesouro Nacional foram organizadas sob a forma de sistema, cabendo a uma Unidade no Ministério da Fazenda o papel de Órgão Central, e às Unidades de Administração dos Ministérios e dos Órgãos equivalentes da Presidência da República e dos Poderes Legislativo e Judiciário o papel de Órgãos Setoriais.

Ao Órgão Central compete elaborar e executar a programação financeira do Tesouro, fixar os limites globais mensais a serem desembolsados para os Órgãos Setoriais, observada a legislação pertinente, e exercer orientação normativa, supervisão técnica e fiscalização específica em relação aos Órgãos encarregados das atividades de programação financeira.

O Órgão Central de Programação Financeira Federal é a Secretaria do Tesouro Nacional, por meio da Coordenação-Geral de Programação Financeira - COFIN, enquanto que os Órgãos Setoriais

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de Programação Financeira - OSPF são as Subsecretarias de Planejamento e Orçamento e Unidades equivalentes das Secretarias da Presidência da República e dos Poderes Legislativo e Judiciário.

1 - Elaboração da Programação Financeira

Após a aprovação da LOA, a STN, por meio de fita magnética elaborada pela SOF, registra no SIAFI os limites orçamentários da dotação inicial, com reflexo automático nas contas dos OSPF, onde se registra a cota financeira a receber, em função do crédito orçamentário autorizado.

A solicitação de recursos financeiros dos OSPF ao Órgão Central se realiza mediante registro específico, no SIAFI, da Proposta de Programação Financeira - PPF, por meio da transação >PF.

No início de cada mês, a COFIN/STN, de posse das PPF dos OSPF, elabora a Proposta de Programação Financeira consolidada, com observância dos critérios indicados a seguir, por ordem de prioridade:

volume de arrecadação dos recursos, de forma que o montante a ser liberado fique limitado ao efetivo ingresso dos recursos no caixa do Tesouro Nacional;

existência de dotação orçamentária nas categorias de gasto, para utilização dos recursos nos OSPF;

vinculações constitucionais e legais das receitas arrecadadas, bem como os respectivos prazos legais de repasse dos recursos;

prioridade de gasto, previamente estabelecida por Decreto do Presidente da República; (pessoal e encargos sociais; aposentadorias e pensões da previdência social; serviço da dívida pública federal ; e contrapartida de empréstimos externos).

demanda apresentada pelos Órgãos, Ministérios e Entidades; sazonalidade de alguns gastos; e política fiscal estabelecida para o período ( déficit ou superávit

fiscal ).

Após aprovação da programação financeira, é efetuada a liberação de recursos financeiros, de acordo com o Cronograma de Desembolso.

2 – Transferência de Recursos

A movimentação de recursos entre as unidades do sistema de programação financeira é executada através de liberações de cotas,

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de repasses e de sub-repasses, através da utilização de Ordem Bancária (OB).

COTA - É a figura pela qual a Secretaria do Tesouro Nacional coloca à disposição das autoridades dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo os limites de autorização de saques de recursos aprovados previamente por lei, para execução das atividades dos órgãos e entidades.

REPASSE - É a liberação de recursos financeiros de um Órgão Setorial de Programação Financeira para outro Órgão de Programação Financeira e destes para as Entidades da Administração Indireta e entre estas, se de órgãos diferentes. Define-se, portanto, como Repasse a transferência financeira entre órgãos.

SUB-REPASSE - É a transferência de recursos financeiros pelas UGE dos Órgãos Setoriais de Programação Financeira para as UGE de sua jurisdição, ou seja, é a transferência financeira de recursos entre UGE de um mesmo órgão.

3 – Conta Única

A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil, tem por finalidade acolher as disponibilidades financeiras da União a serem movimentadas pelas Unidades Gestoras – UG da Administração Federal dos Órgãos e entidades integrantes do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI, na modalidade “on line”.

A operacionalização da Conta Única do Tesouro Nacional será efetuada por intermédio do Banco do Brasil ou, excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda, através da Secretaria do Tesouro Nacional.

4 – Tipos de Ordem Bancária

a) Ordem Bancária de Crédito - OBC – este tipo de documento deverá ser utilizado para pagamentos por meio de crédito em conta corrente do favorecido na rede bancária e transferência entre contas de UG (INTRA-SIAFI).

b) Ordem Bancária para Banco - OBB – é o documento utilizado para pagamentos a diversos credores ou folha de pessoal, com lista de credores; para pagamento de documentos em que o agente financeiro deva dar quitação e contratação de cambio com outros bancos. Para possibilitar a quitação dos documentos pelo

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agente financeiro até o vencimento, a UG deverá emitir a OB com pelo menos 2 (dois) dias de antecedência.

c) Ordem Bancária de Pagamento - OBP – é o documento utilizado para disponibilização imediata dos recursos a pessoa física, junto a agência de relacionamento da UG ou quando for necessária a efetivação de pagamento a pessoa jurídica desde que comprovada a inexistência de domicílio bancário, cadastrado no SIAFI.

d) Ordem Bancária de Sistema - OBS – este documento é utilizado para cancelamento de OB pelo agente financeiro com devolução dos recursos correspondentes, bem como pela STN para regularização das remessas não efetivadas.

e) Ordem Bancária de Aplicação - OBA – este tipo de OB é utilizado pelos Órgãos autorizados para aplicações financeiras de recursos disponíveis na Conta Única.

f) Ordem Bancária de Cambio - OBK – é utilizada para pagamento de operações de contratação de cambio, no mesmo dia de sua emissão e pagamentos de diárias em moeda estrangeira, tendo como destinatário o Banco do Brasil.

g) Ordem Bancária para Pagamentos da STN - OBSTN – é utilizada pelas UG’s da Secretaria do Tesouro Nacional e por outras, por ela autorizada, para pagamentos específicos de responsabilidade do Tesouro Nacional, no mesmo dia de sua emissão, tendo. como destinatário o Banco do Brasil.

h) Ordem Bancária Avulsa - OB Avulsa – este tipo de OB é utilizado em situações extraordinárias, a critério da Secretaria do Tesouro Nacional (Manual SIAFI, Assunto 02.11.28).

i) Ordem Bancária de Depósito Judicial - OBJ – é utilizada por qualquer UG, destina-se a pagamentos oriundos de decisões judiciais, não transitadas em julgado, que exijam efetivação imediata, ou seja, no mesmo dia de emissão da respectiva OB, os quais deverão ser comprovados com documentação junto a agência de relacionamento da UG. Todo e qualquer pagamento que não obedeça a estas condições deverá ser efetivado, observando-se as demais regras de emissão de ordem bancária disponíveis no SIAFI.

j) Ordem Bancária para Crédito de Reservas Bancárias - OBR – é utilizada pelas UG’s, autorizadas pela COFIN/STN, será indicada a possibilidade ou não de uso, na transação ATUUG, para realizar pagamentos por meio de crédito às contas Reservas Bancárias dos bancos, bem como outras mantidas no Banco

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Central do Brasil sendo obrigatória a indicação do Código de Finalidade STN, constante da transação CONFINSPB.

k) Ordem Bancária de Cartão - OBCartão – é utilizada para registro de saque, efetuado pelo portador do Cartão Corporativo do Governo Federal, em moeda, observado o limite estipulado pelo Ordenador de Despesas. Os procedimentos estão descritos na Macrofunção 02.11.33.

l) Ordem Bancária de Processo Judicial - OBH – este tipo de OB é utilizado para pagamento parcial ou integral de sentenças judiciais transitadas em julgado, após o cadastramento prévio do processo judicial por meio da transação ATUPROCJUD.

m) Ordem Bancária de Folha de Pagamento - OBF – é utilizada para pagamento de despesas relacionadas com pessoal apropriadas por meio de folha de pagamento.

n) Ordem Bancária SPB - OBSPB – é utilizada para pagamento de despesas diretamente na conta corrente do beneficiário, em finalidade específica autorizada pela STN, por meio do Sistema de Pagamentos Brasileiro.

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III – EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA SEGUNDO A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000.Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a

responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

CAPÍTULO II

DO PLANEJAMENTO

Seção IV

Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das Metas

Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.

§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 3o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar

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os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4o Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.

§ 5o No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços.

Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio de sistema de contabilidade e administração financeira, para fins de observância da ordem cronológica determinada no art. 100 da Constituição.

CAPÍTULO VIII

DA GESTÃO PATRIMONIAL

Seção I

Das Disponibilidades de Caixa

Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação serão depositadas conforme estabelece o § 3o do art. 164 da Constituição.

§ 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral (INSS) e próprio dos servidores públicos (PSSS), ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira.

§ 2o É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata o § 1o

em:

I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis relativos às empresas controladas pelo respectivo ente da Federação;

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II - empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, inclusive a suas empresas controladas.

IV – SUJEIÇÃO DOS ADMINISTRADORES PÚBLICOS ÀS NORMAS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - TCU

As contas dos administradores e responsáveis pela administração dos valores e bens públicos serão anualmente submetidas ao julgamento do Tribunal, sob forma de Tomada ou Prestação de Contas. No caso das Universidades, a Prestação de Contas, por tratar-se de órgão da Administração Indireta (Autarquia/Fundação), deverá ser organizada de acordo com as normas estabelecidas em Instrução Normativa editada pelo TCU - atualmente em vigor a IN/TCU n.º 12/96 .

“Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.” (parágrafo único do art. 70 da CF).

A decisão em processo de Tomada ou Prestação de Contas pode ser preliminar, definitiva ou terminativa (art. 10 da Lei n.º 8.443, de 16.07.92).

Preliminar é a decisão pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar-se quanto ao mérito das contas, resolva sobrestar o julgamento, ordenar a citação ou a audiência dos responsáveis ou, ainda, determinar outras diligências necessárias ao saneamento do processo.

Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares com ressalva, ou irregulares.

Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas que foram consideradas iliquidáveis, nos termos dos arts. 20 e 21 da Lei nº 8.443, de 16.07.92.

Verificada irregularidade nas contas, o Relator ou o Tribunal:

a) definirá a responsabilidade individual ou solidária pelo ato de gestão qualificado;

b) se houver débito, ordenará a citação do responsável para, no prazo estabelecido no Regimento Interno do TCU (quinze dias), apresentar defesa ou recolher a quantia devida;

c) se não houver débito, determinará a audiência do responsável para, no prazo estabelecido no Regimento Interno do Tribunal, apresentar razões de justificativa;

d) adotará outras medidas cabíveis.

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O responsável cuja defesa for rejeitada pelo Tribunal será cientificado para, em novo e improrrogável prazo estabelecido no Regimento Interno, recolher a importância devida.

As contas são julgadas irregulares quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:

a) omissão no dever de prestar contas;

b) prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial;

c) dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico;

d) desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos.

O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no descumprimento de determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita em processo de Tomada ou Prestação de Contas.

No caso das ocorrências das letras c) e d), o Tribunal providenciará a imediata remessa de cópia da documentação pertinente ao Ministério Público da União, para ajuizamento das ações civis e penais cabíveis.

Quando julgar as contas irregulares, havendo débito, o Tribunal condenará o responsável ao pagamento da dívida atualizada monetariamente, acrescida dos juros de mora devidos, podendo, ainda, aplicar-lhe a multa prevista no art. 57 da Lei nº 8.443/92, sendo o instrumento da decisão considerado título executivo para fundamentar a respectiva ação de execução.

Não havendo débito, mas comprovada qualquer das ocorrências previstas nas letras a), b) e c), o Tribunal aplicará ao responsável a multa prevista no inciso I do art. 58 da Lei nº 8.443/92 (Lei orgânica do TCU).

Expirado o prazo determinado pelo TCU para o réu efetuar e comprovar o recolhimento da dívida (débito ou multa), sem a manifestação do responsável, o Tribunal poderá:

a) determinar o desconto integral ou parcelado da dívida nos vencimentos, salários ou proventos do responsável, observados os limites previstos na legislação pertinente; ou

b) autorizar a cobrança judicial da dívida por intermédio do Ministério Público junto ao Tribunal, na forma prevista no inciso III do art. 81 da Lei nº 8443/92.

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Sem prejuízo das sanções previstas acima e das penalidades administrativas, aplicáveis pelas autoridades competentes, por irregularidades constatadas, o Tribunal de Contas da União, por maioria absoluta de seus membros, poderá considerar o réu impedido, por um período que variará de cinco a oito anos, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública.

O Tribunal poderá, ainda, por intermédio do Ministério Público, solicitar à Advocacia-Geral da União ou, conforme o caso, aos dirigentes das entidades que lhe sejam jurisdicionadas, as medidas necessárias ao arresto dos bens dos responsáveis julgados em débito, devendo ser ouvido quanto à liberação dos bens arrestados e sua restituição.

V – CONTROLE INTERNO E EXTERNO

- AVALIAÇÃO DE RESULTADOS NO CONTEXTO DE ATUAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO NO PODER EXECUTIVO FEDERAL

PREÂMBULO

Um dos grandes desafios enfrentados pelo Controle Interno do Poder Executivo, enquanto sistema constitucionalmente organizado, refere-se ao cumprimento integral da competência intronizada pelo inciso II, artigo 74 da Lei Maior, que estabelece, in verbis:

“II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;” (os grifos são nossos)

Uma hermenêutica efetuada neste item constitucional, embora simples e literal, demonstra que ao controle interno está reservada a competência de avaliar os resultados produzidos, alcançados ou gerados pelos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal. A avaliação deve considerar, in totum, os atributos ou dimensões do desempenho da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, ou seja, sua eficácia e eficiência.

AVALIAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA

A avaliação deverá ser efetuada, levando-se em consideração os atributos de eficiência e eficácia, consiste em análise de controle de mérito ou de resultados. Ela é processada ex-post ( a posteriori) da consecução dos atos e fatos de gestão e dos impactos deles decorrentes. Nesse contexto, a preocupação fundamental é saber se a gestão pública é eficaz e eficiente no desempenho de sua missão institucional, bem como se a mesma está comprometida com a produção de resultados que garantam a satisfação de sua clientela direta. Assim, uma das ferramentas mais utilizadas para o

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desenvolvimento desse tipo de gestão é a mensuração e a avaliação do desempenho institucional por meio de um conjunto de indicadores. A Elaboração de Indicadores de Desempenho, “... um sistema de informação regular sobre gestão e desempenho abre a possibilidade de maior eficiência na alocação de recursos físicos, humanos e financeiros, incrementa a autonomia e a responsabilidade dos dirigentes, pois estes contarão com bases sustentáveis de informação para a tomada de decisões e, do ponto de vista central, ajuda a melhorar os sistemas de controle sobre os serviços públicos... um sistema de indicadores de desempenho oferece a possibilidade de um grau maior de compromisso com resultados durante a discussão e a execução de programas mediante a determinação de metas de desempenho que expressem os sucessos esperados em termos da quantidade e qualidade dos serviços prestados à comunidade e da efetividade e eficiência com que são oferecidos. “.

Para o estabelecimento dessa ferramenta gerencial de controle de mérito, muitos óbices podem ser identificados, dentre os quais, estão aqueles relacionados ao inibimento orçamentário e financeiro, que muitas vezes tolhe o desempenho da gestão; a ausência de parâmetros de comparação de dados relacionados ao desempenho de instituições semelhantes ou similares; e, por fim, a incipiência do assunto que o torna um campo vasto e ao mesmo tempo possuidor de um incrível potencial a ser, ainda, explorado.

EFICÁCIAA definição de eficácia não é um consenso, quer seja á nível acadêmico

quer seja a nível técnico profissional. A eficácia é o tipo de dimensão de desempenho mais complicado e difícil de medir, haja vista seu caráter subjetivo de avaliação, qual seja, a verificação de alcance e atingimento de objetivos ou resultados que se esperam com determinada atividade. Assim, antes mesmo de apresentar a definição de eficácia, faz-se necessário aduzir alguns considerações relevantes sobre o que venha a ser insumos, produtos e resultados. Os insumos são os recursos que a organização pública dispõe para cumprir sua missão institucional. A título de exemplo, temos os recursos humanos, financeiros e orçamentários; equipamentos, materiais e instalações; informações; energia; terrenos; tempo; capacidade organizacional; fatia de mercado; etc.

Os produtos são os bens e serviços produzidos para responder as necessidades de um cliente. Os produtos se definem em termos de quantidade e qualidade e são elaborados em função de parâmetros relativos ao nível de serviço. Dessa forma, produto está relacionado à movimentação dos insumos para a confecção de um elemento demandado por um ente qualquer.

Por fim, o resultado de uma determinada ação ou atividade, a qual movimentou insumos e produziu um elemento final, é o grau de alcance dos objetivos que tenham sido anteriormente estabelecidos através do planejamento ou programação, definidos segundo as políticas e diretrizes governamentais.

Com esta propedêutica, pode-se introduzir o conceito de eficácia, que consiste no grau em que se alcançam os objetivos e metas do plano, em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados, considerando os impactos produzidos pelos resultados gerados. Atingiu-se os objetivos, alcançando os resultados necessários, daí torna-se fundamental verificar os impactos, em todos os níveis e

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magnitudes, conseguidos com os mesmos. O conceito de eficácia não implica o questionamento de mérito intrínseco da escolha de qualquer objetivo, de qualquer meta, ou da adequação de planos de ações. A avaliação da eficácia se aplica ao cumprimento de qualquer tipo de meta, seja de qualidade dos serviços, como de eficiência no uso de insumos. Pode-se dizer que a eficácia está associada ao produto gerado em relação ao resultado esperado.

EFICIÊNCIA

Ao contrário da eficácia, a eficiência refere-se à relação direta entre a quantidade de insumos e os produtos gerados. O conceito de eficiência pode ser considerado a partir de duas perspectivas complementares: se a quantidade de produto está predeterminada, procura-se minimizar o custo total ou meio que se requer para sua geração; se o gasto total está previamente fixado, procura-se otimizar a combinação de insumos para maximizar o produto. Em resumo, como diz Quintela, in Programação Orçamentária e Avaliação de Desempenho, “o conceito de eficiência descreve a relação entre duas magnitudes físicas: a produção física de um bem ou serviço e os insumos utilizados para alcançar esse nível de produto. Em geral, ante a carência de um sistema de preços pode—se recorrer a medições de produtividade física, relacionado a nível de atividade, expressada como número de benefícios ou prestações outorgadas, e dotação de recursos do serviço, sejam estes financeiros, humanos e de capital”.

Ser eficiente é usar harmoniosamente os recursos de que a instituição dispõe para realizar um conjunto de ações/operações que visam atingir um propósito de trabalho previamente programado. Assim, o conceito de eficiência sempre vai estar associado ao uso dos recursos disponíveis em relação aos produtos e serviços finais elaborados. O ser eficiente envolve, necessariamente, o ser econômico, ou seja, realizar atos e fatos de gestão revestidos de economicidade. Não há como ser eficiente sem ser, primeiramente, econômico.

Outro conceito importante para eficiência e que na verdade diz a mesma coisa já referenciada, conforme a seguir transcrito:

“é a quantidade de recursos (input) empregados por unidade de produto (output) gerado. Matematicamente é o inverso da produtividade, que corresponde à quantidade de produto (output) gerado por unidade de recurso (input) empregado; pode ser considerada tanto pela sua expressão física como econômica, ou ambas.”

Em síntese, a eficiência indica a que ponto uma organização utiliza corretamente seus recursos para a produção de bens e serviços.

ART. 70 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial daA fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, serálegitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será

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exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema deexercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada poder.controle interno de cada poder.

Parágrafo ÚnicoParágrafo Único. Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que. Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ouutilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de naturezapelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.pecuniária.

ART..78..DA..LEI..4.320/64ART..78..DA..LEI..4.320/64

Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada defim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores Públicos.contas de todos os responsáveis por bens ou valores Públicos.

ART. 93. DECRETO-LEI 200/67ART. 93. DECRETO-LEI 200/67

Quem quer que utilize dinheiros públicos terá de justificar seu bom e regularQuem quer que utilize dinheiros públicos terá de justificar seu bom e regular emprego na conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das autoridadesemprego na conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das autoridades administrativas competentes.administrativas competentes.

ART. 74 ...DA CONSTITUIÇÃO FEDERALART. 74 ...DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

§ 2§ 2o o Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.União.

ART. 80...DECRETO LEI 200/67ART. 80...DECRETO LEI 200/67 Os órgãos de contabilidade inscreverão como responsável todo o ordenador da Os órgãos de contabilidade inscreverão como responsável todo o ordenador da despesa, o qual só poderá ser exonerado de sua responsabilidade após julgadas regularesdespesa, o qual só poderá ser exonerado de sua responsabilidade após julgadas regulares suas contas pelo Tribunal de Contas.suas contas pelo Tribunal de Contas.

8.7 - ATUAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNOAbrange:Abrange:

Todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos àTodos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos à fiscalização por expressa disposição de lei;fiscalização por expressa disposição de lei;

As instituições responsáveis pela aplicação de quaisquer recursos transferidos pelaAs instituições responsáveis pela aplicação de quaisquer recursos transferidos pela União ou suas entidades da administração indireta; eUnião ou suas entidades da administração indireta; e

Os administradores de fundos especiais e constitucionais, constantes dosOs administradores de fundos especiais e constitucionais, constantes dos orçamentos da União.orçamentos da União.

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- TOMADA DE CONTAS

Processo preparado pelos órgão de contabilidade analítica da administração direta, referente aos atos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial e à guarda de bens e valores públicos sob a responsabilidade de agente responsável

- PRESTAÇÃO DE CONTAS

Processo organizado pelo próprio agente responsável ou pelo órgão deProcesso organizado pelo próprio agente responsável ou pelo órgão de contabilidade analítica das entidades da contabilidade analítica das entidades da administração indiretaadministração indireta, referentes aos atos de, referentes aos atos de gestão praticados pelos respectivos dirigentesgestão praticados pelos respectivos dirigentes

O papel o Controle Interno não é mais a de apontar falhas e irregularidadesO papel o Controle Interno não é mais a de apontar falhas e irregularidades cometidas pelo gestorcometidas pelo gestor

O Controle Interno deve direcionar o conhecimento dos seus servidores paraO Controle Interno deve direcionar o conhecimento dos seus servidores para uma função pro-ativa, isto é, agregar valor para a gestão da coisa pública.uma função pro-ativa, isto é, agregar valor para a gestão da coisa pública.

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FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA EFISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIAORÇAMENTÁRIA

ART. 70 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL - SEÇÃO IXART. 70 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL - SEÇÃO IX

Tipos deTipos defiscalizaçãofiscalização

contábilcontábilfinanceirafinanceiraorçamentáriaorçamentáriaoperacionaloperacionalpatrimonialpatrimonial

Quem fiscaliza?Quem fiscaliza?ÓrgãosÓrgãos

EntidadesEntidadesAdm. DiretaAdm. Diretae Indiretae Indireta

Aspectos daAspectos dafiscalizaçãofiscalização

LegalidadeLegalidadeLegitimidadeLegitimidadeEconomicidadeEconomicidade

Aplicação dassubvenções e subvenções e Renúncia de receitasRenúncia de receitas

QUEM EXERCERÁ A FISCALIZAÇÃO?QUEM EXERCERÁ A FISCALIZAÇÃO?

- O CONGRESSO NACIONAL - MEDIANTE CONTROLE EXTERNO - O CONGRESSO NACIONAL - MEDIANTE CONTROLE EXTERNO- O SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DE CADA PODER- O SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DE CADA PODER

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VI- ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

O Tribunal de Contas da União tem sede no Distrito Federal e jurisdição em todoO Tribunal de Contas da União tem sede no Distrito Federal e jurisdição em todo o território nacional. É integrado por nove ministros e dispõe de uma secretaria parao território nacional. É integrado por nove ministros e dispõe de uma secretaria para atender as suas necessidades de apoio técnico e administrativo. Os ministros sãoatender as suas necessidades de apoio técnico e administrativo. Os ministros são substituídos em seus impedimentos por auditores em número três.substituídos em seus impedimentos por auditores em número três.

Nos termos do artigo 130 da Constituição Federal, funciona junto ao Tribunal oNos termos do artigo 130 da Constituição Federal, funciona junto ao Tribunal o Ministério Público especializado, autônomo e independente, composto, segundo o artigoMinistério Público especializado, autônomo e independente, composto, segundo o artigo 80 da Lei 8,443/92, por um Procurador-Geral, três Subprocuradores Gerais e quatro80 da Lei 8,443/92, por um Procurador-Geral, três Subprocuradores Gerais e quatro Procuradores.Procuradores.

1 - MISSÃO INSTITUCIONAL

A missão institucional do Tribunal de Contas da União é exercer, em auxílio aoA missão institucional do Tribunal de Contas da União é exercer, em auxílio ao Congresso Nacional, o controle externo da administração pública federal e dos recursosCongresso Nacional, o controle externo da administração pública federal e dos recursos públicos federais, zelando pela legalidade e legitimidade, bem como pela eficiência,públicos federais, zelando pela legalidade e legitimidade, bem como pela eficiência, eficácia e economicidade no uso destes recursos.eficácia e economicidade no uso destes recursos.

1.1. - Competência

Compete ao Tribunal, para o exercício pleno de sua missão institucional:Compete ao Tribunal, para o exercício pleno de sua missão institucional:- apreciar as contas prestadas pelo Presidente da República, mediante Parecer que- apreciar as contas prestadas pelo Presidente da República, mediante Parecer que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento. (C.F., artigo 71, I)deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento. (C.F., artigo 71, I)

Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens eJulgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedadesvalores da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantida pelo Poder Público Federal, e as contas daqueles que derem causainstituídas e mantida pelo Poder Público Federal, e as contas daqueles que derem causa e perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao Erário (C.F., art. 71,e perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao Erário (C.F., art. 71, II)II)

- apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer- apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidastítulo, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão,pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como as das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas asbem como as das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório (C.F. art.melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório (C.F. art. 71, III)71, III)

- realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, Senado Federal, de- realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, Senado Federal, de Comissão Técnica ou de Inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,Comissão Técnica ou de Inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dosfinanceira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso IIPoderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II (C.F., art. 71, IV).(C.F., art. 71, IV).

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- fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a- fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo (C.F.,União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo (C.F., art. 71, V).art. 71, V).

- fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio,- fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outro instrumento congênere, ao Estado ao Distrito Federal ouacordo, ajuste ou outro instrumento congênere, ao Estado ao Distrito Federal ou Município (C.F., art. 71, VI).Município (C.F., art. 71, VI).

- prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas- prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil,Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias efinanceira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas (C.F., art. 71, VII).inspeções realizadas (C.F., art. 71, VII).

- fiscalizar a entrega, pela Administração Federal, das cotas dos fundos de participação,- fiscalizar a entrega, pela Administração Federal, das cotas dos fundos de participação, constitucionais, especiais e de compensação. (C.F., art. 161, parágrafo único, c/c art. 1constitucionais, especiais e de compensação. (C.F., art. 161, parágrafo único, c/c art. 1 oo,, VI, da Lei nVI, da Lei noo 8.443, de 16/07/92, e art. 2 8.443, de 16/07/92, e art. 2oo da Lei Complementar no 61, de 26/12/89. da Lei Complementar no 61, de 26/12/89.

Cabe assinalar que a fiscalização da regularidade e da legalidade da aplicação deCabe assinalar que a fiscalização da regularidade e da legalidade da aplicação de subvenções por entidades privadas, sem fins lucrativos, compete ao Controle Interno dosubvenções por entidades privadas, sem fins lucrativos, compete ao Controle Interno do órgão reparador dos recursos por força de disposição órgão reparador dos recursos por força de disposição in finein fine do inciso II do art. 74 da do inciso II do art. 74 da CF. No entanto, o Tribunal vem intensificando sua atuação nessa área com vistas aCF. No entanto, o Tribunal vem intensificando sua atuação nessa área com vistas a proporcionar o acompanhamento tempestivo da aplicação das subvenções sociais,proporcionar o acompanhamento tempestivo da aplicação das subvenções sociais, buscando um controle mais eficaz dessa modalidade de transferência de recursos.buscando um controle mais eficaz dessa modalidade de transferência de recursos.

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GLOSSÁRIO - CONCEITOS BÁSICOS

1 - Unidade Orçamentária - UO

A Lei nº 4.320/64, no seu artigo 14, e seu parágrafo único, define Unidade Orçamentária como “o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo Órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. Portanto, é o agrupamento de serviços sob a responsabilidade de determinado Órgão e contemplado na lei orçamentária.”

2 - Unidade Administrativa - UA

A alínea “D”, item 103 da IN/SECIN/MF nº 004, de 30 de agosto de 1982, define Unidade Administrativa como sendo: “A repartição pública da administração direta não contemplada nominalmente no Orçamento da União e que depende de destaques ou provisões para executar o seu programa de trabalho. Em casos excepcionais serão consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo Órgão.”

A Secretaria Federal de Controle é um exemplo típico de uma Unidade Administrativa, pois, não sendo uma Unidade Orçamentária, necessita de transferências orçamentárias (provisão e destaque) da Unidade Orçamentária 25101 – Ministério da Fazenda, para execução de seus programas de trabalho.

3 - UNIDADE GESTORA - UG

É a unidade que administra e/ou executa os créditos orçamentários de determinada Unidade Orçamentária, realizando atos de gestão orçamentária, financeira ou patrimonial, cujo titular, em conseqüência, está sujeito à tomada de contas anual, na conformidade dos artigos 81 e 82 do Decreto-Lei 200 de 20.2.1967.

3.1 – Unidade Gestora Responsável - UGR

É a Unidade que responde pela realização da parcela do programa de trabalho contida num crédito orçamentário do Órgão.

3.2 – Unidade Gestora Executora - UGE

É a Unidade que realiza atos de gestão orçamentária, financeira e/ou patrimonial, cujo titular, em conseqüência, está

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sujeito à tomada ou prestação de contas anual. Possui Ordenador de Despesas e Gestor Financeiro.

3.3 – Unidade Gestora “Off – line”

Quanto à forma de acesso, a UG “Off-line” é a Unidade que não possui condições técnicas de acesso ao SIAFI. Para entrada de dados e dispor de informações esta UG se utiliza de sua Unidade Polo de Digitação.

3.4 – Unidade Gestora “On – line”

Quanto à forma de acesso, a UG “On-line” é a Unidade que tem acesso direto às informações do SIAFI, seja para consultas ou para entrada de dados, por seus próprios operadores.

- TÊRMOS MAIS USADOS NA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

É imprescindível os executores conhecerem as conceituações dos

termos usualmente empregados na gestão orçamentária e financeira.

DOTAÇÃO - Limite de crédito consignado na Lei de Orçamento ou crédito adicional,

para atender determinada despesa.

CRÉDITO - disponível para aplicação de determinado montante de recursos, na

linguagem técnica orçamentária designa o Lado Orçamentário.

ORÇAMENTO - Um plano de ação expresso em termos financeiros.

ORÇAMENTO PÚBLICO - Lei de iniciativa do Poder Executivo que estima a

Receita e fixa a despesa da administração pública. É elaborada em um exercício para

depois de aprovada pelo poder Legislativo, vigorar no exercício seguinte.

ABERTURA DE CRÉDITO ADICIONAL - Acréscimo nos créditos iniciais, com

base em autorização Legislativa específica.

COBERTURA ORÇAMENTÁRIA - Dotação orçamentária para atender despesas

com subprojeto ou subatividade, proveniente de Lei Orçamentária ou Créditos

Adicionais.

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REMANEJAMENTO DE CRÉDITO - Alteração do Quadro de Detalhamento da

Despesa QDD, que consiste na transferência de crédito de uma natureza de despesa para

outra, de uma modalidade de aplicação para outra, grupo de despesa ou fonte.

DETALHAMENTO DE CRÉDITO - Forma de se detalhar o crédito orçamentário por

fonte, UGR e PI, cuja transação utilizada no SIAFI é “DETACRED”

ESFERA ORÇAMENTÁRIA - Especifica se a dotação orçamentária pertence ao

Orçamento Fiscal, orçamento da Seguridade social ou orçamento de Investimento. O

código da classificação é composto por dois algarismos, sendo:

10 - Orçamento Fiscal

20 - Orçamento da Seguridade Social

30 - Orçamento de Investimento.

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA - Repartição da Administração Direta a que o

Orçamento Geral da União, consigna dotações específicas para realização de seus

programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição. É, também,

considerada Unidade Orçamentária a entidade da Administração Indireta supervisionada

cujo orçamento próprio é publicado em complemento ao Orçamento Geral da União,

nos termos do art. 109 da Lei nº 4.320/64.

financeiros.

DEFICIT ORÇAMENTÁRIO - Despesas maior do que receita, havendo distinção

entre déficit previsto ou déficit da execução orçamentária.

DESCENTRALIZAÇÃO DE CRÉDITO - Transferência de uma unidade

orçamentária ou administrativa para outra, do poder de utilizar créditos orçamentários

ou adicionais que estejam sob a sua supervisão, ou lhe tenham sido dotados ou

transferidos. São operações descentralizadoras de crédito: o destaque e a provisão.

DESPESA EMPENHADA - Valor do crédito orçamentário ou adicional utilizado para

fazer face a compromisso assumido.

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA - Utilização dos créditos

consignados no orçamento e nos créditos adicionais, visando a realização dos

subprojetos e/ou subatividades atribuídos às Unidades Orçamentárias.

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GESTÃO - Ato de gerir a parcela do patrimônio de uma Unidade Gestora, Entidade

Supervisionada, Órgão ou Fundo que, tendo ou não personalidade jurídica própria

requeira demonstrações, acompanhamentos e controles distintos.

GESTOR - Quem gere ou administra orçamento e finanças, bens e serviços.

NATUREZA DA DESPESA - Organização do orçamento segundo critérios que

possibilitem a compreensão geral das funções deste instrumento, propiciando

informações para a administração, a gerência e a tomada de decisões.

MODALIDADE DE APLICAÇÃO - Classificação da despesa que traduz a forma

como os recursos serão aplicados pelos órgãos/entidades, podendo ser diretamente pelos

mesmos ou sob a forma de transferência a outras entidades públicas da execução das

ações.

ÓRGÃO - Identifica uma entidade integrante do sistema, podendo ser do Governo

Federal, Estadual, Municipal ou Privado. Representa a divisão interna dos poderes,

podendo ser igual à Unidade Orçamentária

ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - Integra a Lei Orçamentária Anual, e

abrange todas as entidades, fundos e Fundações da Administração direta e indireta

instituídas e mantidas pelo Poder Público, vinculados à seguridade social.

ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO - Integra a Lei Orçamentária Anual e refere-se

ao Orçamento de Investimento das Empresas em que a União, Estado e Município,

direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a voto.

ORÇAMENTO FISCAL - Integra a Lei Orçamentária Anual e refere-se ao Orçamento

dos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta

inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público.

PLANO INTERNO - (P.I) - Instrumento de planejamento e de acompanhamento das

ações do Órgão, usado como forma de detalhamento do Projeto ou Atividade, de uso

exclusivo de cada Órgão.

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PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA - Previsão de receita e fixação de despesa para um

exercício, com os respectivos quadros e justificativas. No caso da União, materializa o

Projeto de Lei Orçamentária encaminhado pelo Poder Executivo ao Congresso

Nacional.

ATIVIDADE - Conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e que

concorrem para a manutenção da ação do Governo, vinculado ao produto dos quais

resulta um produto necessário à manutenção da ação governamental.

PROJETO - Instrumento cuja programação deve ser articulada e compatibilizada com

outros, para alcançar os objetivos de um programa envolvendo um conjunto de

operações limitadas no tempo, dos quais resulta um produto que concorre para a

expansão ou aperfeiçoamento da ação do Governo.

QUADRO DE DETALHAMENTO DE DESPESA- Instrumento que detalha a nível

operacional, os subprojetos e subatividades constantes da Lei Orçamentária Anual,

especificando os elementos de despesa e respectivos desdobramentos. É o ponto de

partida

para a execução orçamentária. Atualmente, no nível federal, a Lei não prevê a

publicação do Q.D.D, tendo em vista que a publicação da LOA traz o orçamento a

nível de modalidade de aplicação.

RECEITA-ORÇAMENTÁRIA - Valores constantes do orçamento, caracterizada

conforme o artigo 11 da Lei 4.320/64.

RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA - Valores provenientes de toda e qualquer

arrecadação que não figure no orçamento e, consequentemente, toda arrecadação que

não constitue renda do Estado. O seu caráter é de extemporaneidade ou de

transitoriedade nos orçamentos.

RECEITA PRÓPRIA - As arrecadações pelas entidades públicas em razão de sua

atuação econômica no mercado. Estas receitas são aplicadas pelas próprias Unidades

Gestoras.

RECEITA VINCULADA - Receita arrecadada com destinação específica estabelecida

na Legislação vigente. Se a receita vinculada é instrumento de garantia de recursos à

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execução do planejamento, por outro lado, o aumento da vinculação introduz maior

rigidez na programação orçamentária.

RESERVA DE CONTINGÊNCIA - Dotação Global não especificamente destinada a

determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos

recursos serão utilizados para abertura de crédito adicionais.

JANELA ORÇAMENTÁRIA - Destinação de recursos na Lei Orçamentária em valores significativamente inferiores aos custos das ações correspondentes, com a finalidade de facilitar futuras suplementações. Dotação Simbólico

DISPONIBILIDADE FINANCEIRA - Representa o limite de saque de cada unidade.

ORDENADOR DE DESPESA - Qualquer autoridade de cujos atos resultem emissão

de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de recursos ou pelos

quais responda.

ITEM DA DESPESA - È o nível mais analítico na classificação da despesa.

APROPRIAÇÃO DA DESPESA - È a classificação a nível de item das despesas.

LIQUIDAÇÃO DA DESPESA - É a segunda fase da despesa Pública que consiste na

verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos

comprobatórios do respectivo crédito. Na contabilidade deve estar registrado tal estágio.

CONTA ÚNICA DO TESOURO NACIONAL - Representa a unificação de todas as

contas bancárias existentes no Banco do Brasil S.A, das Unidades Gestoras

participantes do SIAFI, na modalidade “ON LINE”.

DEFICIT FINANCEIRO - Maior saída de numerário em relação a entrada, em um

determinado período.

DESPESAS CORRENTES - As realizadas com a manutenção dos equipamentos e

com o funcionamento dos órgãos.

DESPESAS DE CAPITAL - As realizadas com o propósito de formar e/ou adquirir

ativos reais, abrangendo, entre outras ações, o planejamento e a execução de obras, a

compra de instalações, equipamentos, material permanente títulos representativos do

capital de empresas ou entidades de qualquer natureza, bem como as amortizações de

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dívida e concessões de empréstimos.

DESPESAS DE CUSTEIO – São as dotações para a manutenção de serviços

anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e

adaptação de bens imóveis..

GRUPO DE DESPESA - Classificação da despesa quanto à sua natureza,

compreendendo 6 grupamentos, a saber:

1 - Pessoal e Encargos Sociais;

2 - Juros e Encargos de Dívidas;

3 – Outras despesas correntes;

4 - Investimento;

5 – Inversões Financeiras, incluídas quaisquer despesas referentes à constituição

ou aumento de Capital de Empenho;

6 Amortização de Dívida;

LIMITE DE SAQUE - Disponibilidade financeira da unidade gestora, para a

realização de pagamentos.

LIBERAÇÃO DE COTAS - Transferência dos recursos financeiros do órgão central

do sistema de Programação Financeira para os órgãos Setoriais.

PLANO DE CONTAS - Estrutura ordenada e sistematizada das contas utilizáveis

numa entidade. O Plano contém diretrizes técnicas gerais e específicas que orientam a

leitura dos registros dos atos praticados e dos fatos ocorridos na entidade.

TABELA DE EVENTOS - Instrumento utilizado pelas unidades gestoras no

preenchimento das telas e/ou documentos de entrada no, SIAFI e SIAFEM, para

transformar os atos e fatos administrativos rotineiros em registros contábeis

automáticos.

SIAFI - Modalidade de acompanhamento das atividades relacionadas com a

administração financeira dos Recursos da União, que centraliza e uniformiza o

processamento da execução orçamentária, recorrendo a técnicas de elaboração

eletrônica de dados, com o envolvimento das unidades executoras e Setoriais, sob a

supervisão do Tesouro Nacional e resultando na integração dos procedimentos

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concernentes, essencialmente, à programação financeira, à contabilidade e à

administração orçamentária.

PRESTAÇÃO DE CONTAS - Demonstrativo organizado pelo próprio agente,

entidade ou pessoa designada, acompanhado ou não de documentos comprobatórios das

operações de receita e despesa os quais, se aprovados pelo ordenador de despesa,

integrarão a sua tomada de contas; é preparada pelo serviço de contabilidade analítica

das entidades da Administração Indireta, inclusive das fundações instituídas e

mantidas pelo poder

público.

PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA - Atividades relativas ao orçamento de caixa,

compreendendo a previsão do comportamento da receita, a consolidação dos

cronogramas de desembolso e o estabelecimento do fluxo de caixa.

SUPERAVIT FINANCEIRO - Diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo

financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais e as operações de

créditos a eles vinculados.

TOMADA DE CONTAS - Levantamento organizado pelos serviços de contabilidade

analítica, baseado na escrituração dos atos e fatos praticados na movimentação de

créditos, recursos financeiros e outros bens públicos, por um ou mais responsáveis pela

gestão financeira e patrimonial, a cargo de uma Unidade Administrativa da

Administração Direta e seus agentes, em determinado exercício ou período de gestão.

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