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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL / PET-ENFERMAGEM III CICLO DE SEMINÁRIOS: CAMPOS DE ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM TEMAS: 1. URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CRIANÇAS (Larissa, Mayara e Rafaela) 2. TERAPIAS NATURAIS 3. HOME CARE: A ENFERMAGEM NO DOMICÍLIO 4. CUIDADOS NA TERAPIA INTRAVENOSA Maringá, 2012

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL / PET-ENFERMAGEM

III CICLO DE SEMINÁRIOS: CAMPOS DE ATUAÇÃO DA

ENFERMAGEM TEMAS: 1. URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CRIANÇAS (Larissa, Mayara e Rafaela)

2. TERAPIAS NATURAIS 3. HOME CARE: A ENFERMAGEM NO DOMICÍLIO 4. CUIDADOS NA TERAPIA INTRAVENOSA

Maringá, 2012

SEMINÁRIOS ABERTOS

PET-ENFERMAGEM

Acadêmicas: Larissa Drozino

Mayara Marçola Rosalen

Rafaela Ferreira de Oliveira

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

EM CRIANÇAS

Você já esteve diante

de uma emergência

envolvendo crianças?

Soube o que fazer?

Em crianças é raramente um evento súbito, e as causas não

cardíacas predominam;

A etiologia da parada cardíaca em lactentes e crianças varia

conforme a idade, local, e as condições de base de saúde da

criança;

A média de sobrevivência é de 10% conforme relatos

científicos;

O atendimento precoce pode evitar a evolução para uma parada

cardiorrespiratória (PCR), choque, insuficiência respiratória ou

piora do quadro clinico vigente;

O treinamento do profissional de saúde para o reconhecimento

dos sinais e sintomas de gravidade e prioritário. Muitas vezes a

demanda para o atendimento e grande e pequenos detalhes

podem passar despercebidos.

É da responsabilidade dos profissionais de

saúde:

•Identificar uma criança com potencial maior de evento cardíaco

primário, treinar seus responsáveis a chamar o SME(serviço

médico de emergência) antes de fornecer SBV;

•Transmitir mais conhecimentos com relação a "telefonar

primeiro", quando provavelmente se tratar de uma parada

cardíaca por arritmia (isso é, colapso súbito, em qualquer idade) e

"telefonar rápido" nas outras circunstâncias (isso é, trauma,

acidentes por submersão ou sufocamento).

CAUSAS MAIS COMUNS

Lesões intencionais;

Doenças respiratórias;

Obstrução de vias aéreas;

Acidentes comuns na infância;

• Em 2010, após 3 anos de debates, a AHA(associação

Americana de Saúde) incluiu, além de alterações na

reanimação de parada cardiorrespiratória em adultos,

medidas específicas para cada faixa etária pediátrica,

do recém-nascido ao adolescente.

Rapidez, exatidão e controle emocional

RESSUSCITAÇÃO PARA

CRIANÇAS

“No caso das crianças, você tem de levar em

consideração a dimensão corporal e a fragilidade

óssea. Isso requer cuidado especial na ressuscitação,

principalmente nas compressões torácicas”;

Sinais de parada: Inconsciência. (criança não

responde ao nome); Ausência de respiração.

(ausência de movimentos respiratórios); Ausência

de pulso central palpável. (braquial [braço], femoral

[fêmur] e carotídeo [pescoço]).

MUDANÇA NA ORDEM DA SEQUÊNCIA :

• A-B-C (via aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B (compressões torácicas, via aérea, respiração);

• O primeiro ciclo de 30 compressões torácicas durará aproximadamente 18 segundos;

• Priorizar a circulação;

• Levar em consideração número de socorristas envolvidos;

• A frequência das compressões, que passa a ser de no mínimo 100 massagens por minuto;

• Procedimento é repetido até que haja o retorno da circulação espontânea;

COMPRESSÕES C

(COMPRESSIONS)

• A aplicação de compressões C-compressions apoie a

criança sobre superfície rígida para que as compressões

sejam eficazes;

• Caso não haja superfície rígida, envolva o tórax da criança

com as mãos e aplique as contrações com a popa das

digitais dos dois dedos polegares;

• Em bebês mais frágeis, como os prematuros, recomenda-se

o uso dos dedos anelar e médio, que têm menos força que

o indicador, de modo a evitar fraturas nos ossos (costelas);

• Apoie totalmente o dedo ou região hipotenar da mão sobre

o osso esterno. Nunca espalme a mão sobre o peito da

criança.

Pode-se usar uma ou duas mãos entrelaçadas (apoiando apenas

a região hipotênar);

Durante as compressões mantenha o braço completamente

estendido;

Permita o retorno (reexpansão) do tórax à posição inicial antes

de proceder à próxima compressão;

Minimize as interrupções das compressões;

Profundidade de contrações:

No bebê afunda-se o peito no máximo 4 centímetros. Em

crianças maiores de 1 ano, em torno de 5 centímetros.

A (AIRWAYS): ABERTURA DE VIAS AÉREAS

Coloca-se uma mão na região frontal (testa) e a

outra na região mentoniana (queixo) e eleva-se o

pescoço da criança. Isto libera a via aérea e

facilita a respiração.

B (BREATHING): VENTILAÇÕES

Cubra nariz e boca com a máscara facial;

Eleve o pescoço ligeiramente, segure e ventile com

oxigênio 100% através da bolsa-valva-máscara.

Em caso de via aérea avançada (criança

entubada): O socorro ótimo é feito por dois

socorristas. Não deve haver ciclos de

compressão com pausas para ventilação. Um

profissional realiza compressões

interruptamente (compressor) e outro aplica

ventilações de resgate, em uma frequência de 8

ventilações por minuto (1 ventilação a cada 6 a

8 segundos) para lactentes, crianças e adultos.

Após parada cardiorrespiratória, e após

manobras de ressuscitação, se a criança evoluir

para o coma, as novas diretrizes passaram a

recomendar o uso da hipotermia terapêutica.

Esta consiste em manter a criança à

temperatura de 32ºC a 34ºC por 12 a 24 horas

para preservar sua função neurológica e

minimizar lesões.

Exceção: para recém-nascidos permanece a ordem A-

B-C. A principal causa de parada cardiorrespiratória

nesta faixa etária (até 28 dias de vida) é insuficiência

respiratória;

A equipe hospitalar ótima para socorrer uma criança é

composta por 3 enfermeiros, 1 médico e 2 auxiliares

de enfermagem.

AFOGAMENTO

Os acidentes por submersão são causa

importante de mortalidade e morbidade em

crianças e adolescentes em todo o mundo. A

mais importante consequência desse tipo de

acidente e a hipóxia.

Submersão – Vitima que necessita de transporte para

a unidade de emergência para observação e

tratamento.

Afogamento – Acidente por submersão onde ha morte

na cena, na sala de emergência, durante o resgate ou

nas primeiras 24 horas do evento.

Se ocorrer óbito apos 24 horas do evento, o termo

afogamento e substituído por morte relacionada a

afogamento; caso haja sobrevida, a vitima deve ser

considerada como vitima de acidente por submersão.

Principais locais de afogamento: banheiras, piscinas, rios...

CONDUTA INICIAL

• Iniciada o mais rápido possível;

• Considerar possibilidade de traumatismo raqui-medular;

• Não e recomendada a manobra de HEIMLICH (complicações como vômito e aspiração);

• Atentar para grande possibilidade de vômitos durante a ressuscitação; caso ocorra, a vitima deve ser posicionada em decúbito lateral.

FORMAS DE PREVENÇÃO

Grades protetoras em piscinas.

Supervisão rigorosa da criança.

Remoção de aguas paradas em baldes, bacias,

tanques, banheiras.

Mergulho em águas rasas.

Treinamento da população/Suporte Básico de

Vida.

OBSTRUÇÃO DE VIAS

AÉREAS

90% dos óbitos secundários a aspiração de

corpo estranho na população pediátrica

ocorrem em crianças menores de cinco anos,

sendo que 65% das vitimas são lactentes;

Alimentos sólidos, pequenos objetos e

brinquedos são responsáveis pela maioria dos

episódios de aspiração de corpo estranho.

A obstrução de vias aéreas deve ser suspeitada em

lactentes e crianças que demonstrarem desconforto

respiratório de início súbito associado a tosse, náuseas,

estridor ou sibilância;

Se a aspiração de corpo estranho for presenciada ou

fortemente suspeitada, o socorrista deve estimular a

criança a continuar tossindo espontaneamente enquanto a

tosse for eficaz;

Manobras para desobstrução de vias aéreas devem ser

realizadas somente se são observados sinais de obstrução

completa.

TRASPORTE DE PACIENTES GRAVES

O transporte intra-hospitalar consiste em basicamente três

fases:

PREPARO:

Estabilizar o paciente:cuidado com a hemodinâmica e a

ventilação.

Equipe de transporte:Auxiliar ou técnico de enfermagem,

médico e fisioterapeuta devem acompanhar pacientes em

ventilação mecânica.

Equipamentos e acessórios:maca de transporte,vias aéreas

e ventilação,monitorização (estetoscópio,monitor de

eletrocardiograma,oxímetro de pulso).

Medicação para animação

cardiorrespiratória(adrenalina,atropina).

Cateteres e Drenos (observar sempre

obstrução,esvaziar coletores de urina,gástricos

e outros).

Cuidado com o dreno torácico em selo d’água:

fechá-lo quando não estiver em posição inferior

à do paciente.

Comunicação (com elevador e setor de destino,

para evitar atrasos durante o trânsito).

CHEGADA

Estabilizar o paciente (verificar os sinais

vitais, reconectar ao monitor da UTI, acoplar

ao ventilador, considerar gasometria arterial).

Prevenir complicações.

ASPECTO ÉTICO EM URGENCIAS E

EMERGENCIAS EM CRIANÇAS

GRAVES

(CEM) - artigo 103, que veda ao médico revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente.

(ECA) - artigo 12, os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.

Estatuto da criança e do adolescente-Lei 8099

(13.07.1990) Infração Administrativa - Artigo 245.

"Deixar o médico, professor ou responsável por

estabelecimento de atenção à saúde e de ensino

fundamental,pré-escolar ou creche, de comunicar à

autoridade competente os casos de que tenha

conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de

maus tratos contra acriança ou adolescente"15.

CONCLUSÃO

O atendimento na urgência e emergência

exige total responsabilidade por parte do

profissional de saúde.Dentro disto é

importante que ele se prepare e saiba

todos os procedimentos necessários para

o atendimento integral da criança,sem que

ela sofra danos, decorrentes de atuações

nocivas por parte do profissional de saúde.

REFERÊNCIA

Sociedade Brasileira de Pediatria. 2011. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_categoria=21&id_detalhe=2919&tipo_detalhe=s >. Acesso em: 12 de set. 2012.

MALTA, C.D ; MASCARENHAS, M.D.M ; SILVA, A.M.M ; MACÁRIO, M.E. Perfil dos atendimentos de emergência por acidentes envolvendo crianças menores de dez anos-Brasil,2006 a 2007. Ciências e Saúde Coletiva.s/c,V.14,N.5,P.1669-1679.2009.

MELO, B.C.M ; VASCONSELLOS, C.M ; OLIVEIRA, S.L.M.A ; RODRIGUES, F.A ; SILVA, S.C.A ; ABBAS, P.A ; VALANTE, C.S.A ;SPUZA, F.C; DRUMMOND, D.A ; COSTA, M.D ; TAVARES, C.E ; GUERRA, A.F ; SILVEIRA, B.G ; ARAÚJO, B.G ; NERY, S.G ; JÚNIOR, M.M.H ; TONELLI, F.A.H ; QUEIROS, N.J ; SIQUEIRA, M.A.J ; MOTA, C.A.J ; CAMPOS, A.J ; FILHO, B.J ; ANCHIETA, M.L ; LEÃO, L.L ; FILHO, C.C.L ; GAUZZI, V.D.L ; BRAGA, P.H.L ; MIRANDA, E.M. Atenção às urgências e emergências em pediatria.Belo Horizonte.

Disponível em: http://enfermagemurgenciaemergencia.blogspot.com.br/2011/10/novas-diretrizes-de-ressuscitacao.html Acesso em 12 de set. 2012.