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Ill anno DOMINGO, 18 -DE OUTUBRO DE 1903 N.° 118 IV SEM A NA RIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRICOLA AssigitiUara h Anno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. í] para o Brazil, anno. 2S5oo réis (moéda for e;. A Avulso, no dia da publicação, 20 réis. H EDITOR— José Angus loSaloio M i.° — RUA DIREITA — 19, i.° ú Publicações íi Annuncios— i.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, (S 20 réis. Annuncios na 4.» pag:na, contracto espícial. Os auto- i , graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados. fj PROPRIETÁRIO José Auguslo Saloio EXPEDIENTE llogamos aos nossos estimáveis asslgnautes a fineza de nos participa- reni qualquer falta na re messa «lo Jornal, para de prompto p ro v £ <1 eneia r- nios. Acceitam-sè eotn grati dão quaesquer notieias (|(ic sejam «le inéeresse |)!ll)IÍCO. . O MAR Desde o começo do mun do que elle é o flagello das màes e das esposas, a quem arrebata os entes queridos no seu vórtice medonho; desde o começo do mundo que ellè semeia por toda a parte a desgraça, o luto e a devastação. Os homensdominam-n’o por um momento; conse guem caminhar-lhe sobre o dorso em frágeis barqui nho» ou em vapores da mais alta lotação; vão des- > / cobrir por elle os mundos desconhecidos, as terras inhospitas onde espalham a civilisacão ou levam na » ponta das espadas e das baionetas, os horrores da guerra; mas elle, o gigan te que por vezes se curva â vontade humana, tem tambem as suas coleras ter ríveis, os seus momentos dc desespero e de raiva, e então nada ha que o con tenha, não ha diques que se lhe possam oppòr. Ainda ha pouco o nau- fragio que se deu na praia da Torreira deixou na mi séria e na orphandade bas tantes familias, por falta dos braços vigorosos que as amparavam. Felizmente, porém, a caridade nunca se extingue nos corações portuguezes, e essas fami lias hão de ter em breve o conchego no lar e o pão na arca. O que ninguém pode é restituir-lhes as vidas que o mar lhes roubou. Mas se a saudade lhes faz verter lagrimas amargas, as dadi vas abençoadas das.almas bondosas hão de l.e\>ir-lhes aos corações amargura dos o balsamo da resigna ção. Bem hajam os seus bem- feitores. JOAQIJIM DOS ANJOS. .V camara municipal A camara municipal d’es- te concelho deliberou or- ganisar uma postura sobre vehiculos, que mandou affi- xar por todo o concelho. Custa-nos vêr transgredir a maior parte dos artigos de que se compõe essa pos tura, e, muito especialm en te, os artigos 2.0, &.°, <).° e io.°. Lembramos, pois, á digna camara a convenien- cia de os fazer cumprir ri gorosamente, afim de evi tai- clamnos e sobretudo al gum desastre. •Jesus. e iPaaa Da Livraria Kdilora de José Figueirinhas Junior, rua das Oliveiras, 75, Por to, recebemos um interes sante livrinho de poesias de Teixeira de Pascoaes. Não temos duvida em recommendal-o aos nossos leitores e tanto mais que o seu custo é apenas de 400 réis, revertendo o seu pro- ducto a favor duma Avsz.s- lencia a creanças doentes que se vae fundar em Ama- rante. Agradecemos 0 exem plar otferecido. O Concelho «fBSstarreja Entrou no terceiro anno de publicação este nosso presado e bem redigido collega, orgão do partido progressista, que se publi ca em Pardilhó, Estarreja. Cordiaes felicitacões. O Vargas Conforme noticiámos, ef- fectuou-se no domingo ul timo no salão do Novo Club, com regular concor rência de socios, o espectá culo promovido pelo dis tincto actor-imitador Var- gas. Vargas foi muito applau dido. AGRICULTURA Os mastruço vulgar Ha duas plantas nas hor tas a que dão o nome vul- gar'de mastruço. CJma é a chaga Troce- lum inajus , uma soberba planta trepadora, de largo effeito ornamental, cujos fructos verdes servem pa ra preparar de conserva em vinagre, como as alca parras, e as pétalas das flores para misturar com as saladas, que ornamen tam, e a que dão um sabôr similhante ao dos agriões. A esta tropaeoleácea dão o nome vulgar de Mastru ço do Perú. O mastruço, porém, de que nos vamos occupar, é o mastruço vulgar, uma uuufci.u a jLepídiiim òcicí- 1 - 7 / 777 , planta annual de ori gem duvidosa, que, segun do uns, é originaria da Persia, segundo outros, da índia, da Grecia, da Russia e do Egypto. Vinda seja d’onde fòr, o caso é que foi introduzida na Europa desde os mais remotos tempos, sendo, ao presente, pouco cultivada em virtude de uma das muitas injustiças da moda que, depois cie ter justa mente consagrado o mas truço vulgar, e de 0 ter fei to ser prato obrigatorio nas mesas dos opulentos, o dei xou cair pouco a pouco no indevido esquecimento em que ao presente jaz. E’ uma planta muito rús tica, de caufe de o,n‘ 3 o a 0,45 de altura, glabro, de folhas glaucas oblongas e pinna-partidas; as flores, pequenas e brancas, estão dispostas em cacho na ex tremidade dos ramos. Desenvolve-se quasi sem cuidados e em todas as ex posições. Semeia-se todo o anno e, mais em especial, em agosto e setembro’ ou março e abril, a lanço ou em canteiro, á sombra. As sementes germinam em 24 horas e a planta produz fo lhas aproveitaveis alguns dias após 0 nascimento. Quem quizer ter sempre folhas e rebentos tenros, carece de semear o mas truço de quinze em quinze dias. Se o terreno onde se fi zer a sementeira fôr sec- co é indispensável régal-o abundantemente e sachal-o com frequencia, para que as plantas se desenvolvam bem e sejam tenras e sabo rosas. A rapida germinação do mastruço faz com que as sementes sejam muito utili- sadas no extrange ro para, no inverno, cob ir de ver dura vasos, jarras, garra fas, eíc. Para isto vestem- se os vasos com musgo, fragmentos de esponja, ou tiras de panno de tecido fi no, que se embebem em agua e depois se lhe pou sam em cima as sementes do mastruço. Por este pro cesso obtem-se, em meia Uu/.ict diu, uma qual quer vasilha da fórma mais caprichosa, fique completa mente vestida com um lin do invólucro vegetal. O mastruço, assim como nasce rapidamente, tam bem espiga e se inutilisa de prompto, para fins culiná rios. Convém não deixar perder as sementes, que carecem de ser cuidadosa mente aproveitadas para frequente utilisação. As es pigas colhem-se logo que as hastes começarem a mu dar de côr, e dispõem-se sobre um panno, que se es tende ao sol. Quando co meçarem a seccar, saco- dem-se fortemente para que as sementes cáeam so bre o panno, onde se apa nham e guardam. Estas se mentes conservam todo o seu vigor vegetativo du rante cinco annos. As folhas novas e os re bentos tenros do mastruço, pelo seu sabor ácre um pouco similhante ao do das folhas da mostarda, servem para ornamentar assados e ser proveitosamente mistu rados com as saladas. Na medicina utilisam-se para combater 0 escorbuto. O mastruço não tem si do até ao presente atacado por doença criptogamica alguma, e, do reino animal, só é devorado pela áltica, que faz destroço nas folhas tenras. Das numerosas varieda des de mastruço as princi paes são: Mastruço dourado — De folhagem verde desbotado passando quasi ao amar.el- io. E’ muito apreciado pelo seu grande vigor e extraor- dinaria rusticidacfe. Mastruço de folha larga — E’ uma variedade muito saborosa, pouco picante, de folhagem muito abun dante, e folhas, como o no me indica, largas e pouco dentadas. Mastruço frisado — De folhas numerosas, profun damente recortadas, quasi lanciniadas, torcidas. Mastruço anão muitof r i sado — Produz um formoso tufo de folhas muito frisa das, 4LIC m<e uau um iujuu effeito decorativo. EDUARDO SEQUEIRA. Da Gazeta das Aldeias). —<co— — Armazéns Círandella Acabamos de receber o supplemento ao n.° 67 do Passatempo, interessante Revista Illustrada da capi tal. Contém o Catalogo das novidades para a estação de inverno illustrado com cer ca de 800 gravuras de tu do o que a moda impõe de mais recente criação. As facilidades que os Ar mazéns Grandella de Lis boa proporcionam ás pes soas de fóra da capital que li queiram fazer as suas compras são taes, que o movimento de expedições para a provinda tem na quella importante casa, tor nado, nestes últimos tem pos um desenvolvimento colossal. O interessante livrinho de modas é enviado de gra ça a quem o pedir aos srs. Grandella & C.a— Rua do Ouro, 21 5 — Lisboa, e nós lembramos a conveniencia que todos terão em adqui- ril-o porque nada lhes cus ta e é de grande utilida de.

Ill DOMINGO, 18 -DE OUTUBRO DE 1903 N.° · a saudade lhes faz verter ... gar'de mastruço. CJma é a chaga Troce- lum inajus, uma soberba planta trepadora, de largo effeito ornamental,

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Ill anno DOMINGO, 18 -DE OUTUBRO DE 1903 N.° 118

I VSEM A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R IC O L A

AssigitiUara hAnno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. í] para o Brazil, anno. 2S5oo réis (moéda for e; . AAvulso, no dia da publicação, 20 réis. H

EDITOR— José A ngus lo Saloio M i.° — RUA DIREITA — 19, i.°

ú Publicaçõesí i Annuncios— i. a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, (S 20 réis. Annuncios na 4.» pag:na, contracto espícial. Os auto-i , graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados.

f j P R O P R I E T Á R I O — José Auguslo Saloio

EXPEDIENTEllogamos aos nossos

estimáveis asslgnautes a fineza de nos participa- reni qualquer falta na r e ­messa «lo Jornal, para de prompto p ro v £ <1 eneia r- nios.

Acceitam-sè eotn g r a t i ­dão q u a e sq u e r no tie ias (|(ic sejam «le in ée resse |)!ll)IÍCO. .

O M A RDesde o começo do mun­

do que elle é o flagello das màes e das esposas, a quem arrebata os entes queridos no seu vórtice medonho; desde o começo do mundo que ellè semeia por toda a parte a desgraça, o luto e a devastação.

Os homensdominam-n’o por um momento; conse­guem caminhar-lhe sobre o dorso em frágeis barqui­nho» ou em vapores da mais alta lotação; vão des-> /cobrir por elle os mundos desconhecidos, as terras inhospitas onde espalham a civilisacão ou levam na »ponta das espadas e das baionetas, os horrores da guerra; mas elle, o gigan­te que por vezes se curva â vontade humana, tem tambem as suas coleras ter­ríveis, os seus momentos dc desespero e de raiva, e então nada ha que o con­tenha, não ha diques que se lhe possam oppòr.

Ainda ha pouco o nau- fragio que se deu na praia da Torreira deixou na mi­séria e na orphandade bas­tantes familias, por falta dos braços vigorosos que as amparavam. Felizmente, porém, a caridade nunca se extingue nos corações portuguezes, e essas fami­lias hão de ter em breve o conchego no lar e o pão na arca.

O que ninguém pode é restituir-lhes as vidas que o mar lhes roubou. Mas se a saudade lhes faz verter lagrimas amargas, as dadi­vas abençoadas das.almas bondosas hão de l.e\>ir-lhes aos corações amargura­

dos o balsamo da resigna­ção.

Bem hajam os seus bem- feitores.

JOAQIJIM DOS ANJOS.

.V cam ara m u n ic ip a l

A camara municipal d’es- te concelho deliberou or- ganisar uma postura sobre vehiculos, que mandou affi- xar por todo o concelho. Custa-nos vêr transgredir a maior parte dos artigos de que se compõe essa pos­tura, e, muito especialm en­te, os artigos 2.0, &.°, <).° e io.°. Lembramos, pois, á digna camara a convenien- cia de os fazer cumprir ri­gorosamente, afim de evi­tai- clamnos e sobretudo al­gum desastre.

•Jesus. e iPaaa

Da Livraria K dilora de José Figueirinhas Junior, rua das Oliveiras, 75, Por­to, recebemos um interes­sante livrinho de poesias de Teixeira de Pascoaes.

Não temos duvida em recommendal-o aos nossos leitores e tanto mais que o seu custo é apenas de 400 réis, revertendo o seu pro- ducto a favor duma Avsz.s- lencia a creanças doentes que se vae fundar em Ama- rante.

Agradecemos 0 exem­plar otferecido.

O Concelho «fBSstarreja

Entrou no terceiro anno de publicação este nosso presado e bem redigido collega, orgão do partido progressista, que se publi­ca em Pardilhó, Estarreja.

Cordiaes felicitacões.

O Vargas

Conforme noticiámos, ef- fectuou-se no domingo ul­timo no salão do Novo Club, com regular concor­rência de socios, o espectá­culo promovido pelo dis­tincto actor-imitador Var- gas.

Vargas foi muito applau­dido.

AGRI CULTURAOs m a s t ru ç o v u lg a r

Ha duas plantas nas hor­tas a que dão o nome vul- gar'de mastruço.

CJma é a chaga Troce- lum inajus, uma soberba planta trepadora, de largo effeito ornamental, cujos fructos verdes servem pa­ra preparar de conserva em vinagre, como as alca­parras, e as pétalas das flores para misturar com as saladas, que ornamen­tam, e a que dão um sabôr similhante ao dos agriões. A esta tropaeoleácea dão o nome vulgar de Mastru­ço do Perú.

O mastruço, porém, de que nos vamos occupar, é o mastruço vulgar, uma u u u f c i . u a jLepídiiim òcicí-

1-7 /7 77, planta annual de ori­gem duvidosa, que, segun­do uns, é originaria da Persia, segundo outros, da índia, da Grecia, da Russia e do Egypto.

Vinda seja d’onde fòr, o caso é que foi introduzida na Europa desde os mais remotos tempos, sendo, ao presente, pouco cultivada em virtude de uma das muitas injustiças da moda que, depois cie ter justa­mente consagrado o mas­truço vulgar, e de 0 ter fei­to ser prato obrigatorio nas mesas dos opulentos, o dei­xou cair pouco a pouco no indevido esquecimento em que ao presente jaz.

E’ uma planta muito rús­tica, de caufe de o,n‘3o a0,45 de altura, glabro, de folhas glaucas oblongas e pinna-partidas; as flores, pequenas e brancas, estão dispostas em cacho na ex­tremidade dos ramos.

Desenvolve-se quasi sem cuidados e em todas as ex­posições. Semeia-se todo o anno e, mais em especial, em agosto e setembro’ ou março e abril, a lanço ou em canteiro, á sombra. As sementes germinam em 24 horas e a planta produz fo­lhas aproveitaveis alguns dias após 0 nascimento.

Quem quizer ter sempre folhas e rebentos tenros, carece de semear o mas­

truço de quinze em quinze dias.

Se o terreno onde se fi­zer a sementeira fôr sec- co é indispensável régal-o abundantemente e sachal-o com frequencia, para que as plantas se desenvolvam bem e sejam tenras e sabo­rosas.

A rapida germinação do mastruço faz com que as sementes sejam muito utili- sadas no extrange ro para, no inverno, cob ir de ver­dura vasos, jarras, garra­fas, eíc. Para isto vestem- se os vasos com musgo, fragmentos de esponja, ou tiras de panno de tecido fi­no, que se embebem em agua e depois se lhe pou­sam em cima as sementes do mastruço. Por este pro­cesso obtem-se, em meia Uu/.ict diu, u m a q u a l­quer vasilha da fórma mais caprichosa, fique completa­mente vestida com um lin­do invólucro vegetal.

O mastruço, assim como nasce rapidamente, tam­bem espiga e se inutilisa de prompto, para fins culiná­rios. Convém não deixar perder as sementes, que carecem de ser cuidadosa­mente aproveitadas para frequente utilisação. As es­pigas colhem-se logo que as hastes começarem a mu­dar de côr, e dispõem-se sobre um panno, que se es­tende ao sol. Quando co­meçarem a seccar, saco- dem-se fortemente para que as sementes cáeam so­bre o panno, onde se apa­nham e guardam. Estas se­mentes conservam todo o seu vigor vegetativo du­rante cinco annos.

As folhas novas e os re­bentos tenros do mastruço, pelo seu sabor ácre um pouco similhante ao do das folhas da mostarda, servem para ornamentar assados e ser proveitosamente mistu­rados com as saladas. Na medicina utilisam-se para combater 0 escorbuto.

O mastruço não tem si­do até ao presente atacado por doença criptogamica alguma, e, do reino animal, só é devorado pela áltica, que faz destroço nas folhas tenras.

Das numerosas varieda­des de mastruço as princi­paes são:

Mastruço dourado — De folhagem verde desbotado passando quasi ao amar.el-io. E’ muito apreciado pelo seu grande vigor e extraor- dinaria rusticidacfe.

Mastruço de folh a larga— E’ uma variedade muito saborosa, pouco picante, de folhagem muito abun­dante, e folhas, como o no­me indica, largas e pouco dentadas.

Mastruço frisa d o — De folhas numerosas, profun­damente recortadas, quasi lanciniadas, torcidas.

Mastruço anão muito f r i ­sado— Produz um formosotufo de folhas muito frisa­d a s , 4 L IC m<e u a u u m i u j u u

effeito decorativo.

ED U A RD O S E Q U E IR A .

Da Gazeta das Aldeias).

—<co— —

A rm azén s Círandella

Acabamos de receber o supplemento ao n.° 67 do Passatempo, interessante Revista Illustrada da capi­tal.

Contém o Catalogo das novidades para a estação de inverno illustrado com cer­ca de 800 gravuras de tu­do o que a moda impõe de mais recente criação.

As facilidades que os Ar­mazéns Grandella de Lis­boa proporcionam ás pes­soas de fóra da capital que

li queiram fazer as suas compras são taes, que o movimento de expedições para a provinda tem na­quella importante casa, tor­nado, nestes últimos tem­pos um desenvolvimento colossal.

O interessante livrinho de modas é enviado de gra­ça a quem o pedir aos srs. Grandella & C .a — Rua do Ouro, 215 — Lisboa, e nós lembramos a conveniencia que todos terão em adqui- ril-o porque nada lhes cus­ta e é de grande utilida­de.

Page 2: Ill DOMINGO, 18 -DE OUTUBRO DE 1903 N.° · a saudade lhes faz verter ... gar'de mastruço. CJma é a chaga Troce- lum inajus, uma soberba planta trepadora, de largo effeito ornamental,

Sloeidade

Subordinada a esta epi-g.raphe acabamos da rece­ber. ,uma interessante poe­sia do nosso amigo, sr. Antonio Mendes Freire Ma­neira, a que não damos hoje publicidade por ter já chegado tarde. Será publi­cada no proximo numero.

Continuação da relação das pessoas mais antigas desta villa, que actualmen te aqui existem.

Maria Izabel de Almei­da, nasceu em 28 de agos­to de 1810, tem 88 annos; Manuel Rodrigu.es Pinto, nasceu em 28 de 1824, tem 79; Gertrudes de Jesus Moiteira, nasceu em 2 de junho de 1824, tem 79; José Matoquis Gasp ir, nas ceu em 6 de setembro de 1825, tem 78; José da Vei­ga Magdalena, nasceu em 14 de dezembro de 1825, tem 77; Domingos Tava­res, nasceu em 22 de fe­vereiro de 1828, tem y5 ; Joaquim Marques Catita, nasceu em 3 i de dezem­bro de 18 3 1, tem 71.

Acham-se affixados edi-taes annunciando para odia 8 do proximo mezde novembro, pela uma nora aa tarde, o seguinte:

Renda da casa para ven­da do peixe, imposto no vinho, rendimento do guin­daste e terrenos no Caes em Aldegallega; imposto' no vinho e adjudicação da illuminação em Ganha; imposto no vinho e adjudi­cação da illuminação em Sarilhos Grandes.

são de 12 do corrente, pa­ra fazerem parte da com­missão do recenseamento militar, os seguintes indivi­duos:

Effeclivos— Antonio dos Anjos Bello, Emilio de Je­sus Bisca, José Antonio da Silva e Antonio Luiz Sal-

<Supplenles— Antonio Lei­

te, Antonio Vicente Nunes Marques, Antonio Joaquim Pereira Nepomuceno e Joa­quim Duarte Pereira Rato.

gado.

«JtaaeixasManuel Malhão, traba­

lhador, natural e residente nesta villa, queixou-se na administração do concelho de que, cerca das 9 horas e meia da noite de domingo ultimo, na taberna de João Soares Canastreiro, na rua de S. Sebastião, nesta vil­la, foi cobardemente ag- gredido com duas facadas, uma no hombro esquerdo e outra no mamillo esquer­do, por José Maria Frade, tambem trabalhador e na­tural desta villa. Foram-lhe prestados todos os soccor- ros médicos na pharmacia Maneira. O aggressor re- fjgiou-se, não tendo ainda sido preso.

— Tambem se queixou Jayme José Antonio Pedro ou Jayme Enguiço de que,p i cxt) 1 0 l-i o r c to • ^ n i c i a vlicinoite, no largo da Palma, fòra aggredido com uma facada na cara por Francis­co da Silva Calceteiro com uma pedrada nas cos­tas por José Mamede, am­bos naturaes e residentes nesta villa.

A

Foram ao banquete offe- recido em i 5 do corrente ao presidente do conselho d e' ministros sr. Ernesto Rodolpho Llintze Ribeiro, representando este conce­lho, os ex.n,os srs. Domin­gos Tavares, presidente da camara, e Francisco da Sil­va, vice-presidente.

--------- ;-------«o— ---------------------- -----------

Foram nomeados pela camara municipal, em ses­

A i s u i re r s a r io sPassa hoje o anniversa­

rio natalicio da sr.a D. An­gelina Gusmão da Silva, esposa do nosso amigo, sr. Antonio José da Silva, con­ceituado commerciante da praça de Lisboa.

Parabéns..— Tambem o sr Felicia-

no da Costa, .empregado- no commercio, Lisboa, faz ámanhã o seu 35 .° anniver­sario natalicio.

Os nossos parabéns.

C O F R E B I F E 1 0 L 1 S

ANDALUZIA(Por occasião dos terramotos)

P o r que esids abalida, anniquilada,Tu, que eras como a luz da madrugada, .

A estrella da manhan?Parece que, movido á crua guerra,N 'u m momento le f o i lançar p o r terra

0 braço d ’um litan!

0 calaclysmo horrivel e sombrio Faz perder d ’uma idéa o p ro p rio f io

Que existe em cada craneo;E num a dura, atroz monotonia,Dom ina sempre os grilos da agonia

Um estrondo subterrâneo!»

Abalem as famosas calhedraes,Poemas d ’aiie, as obras immortaes

D'altíssimo 'Valor;Foge p r a 0 campo o povo desolado,Ouve-se em toda a parte 0 mesmo brado

De gélido pavor!

Vêem-se as mães, em doloroso anceio, Apertarem os filh o s contra o seio,

N 'u m soluçar pungente,E beijando essa face estremecida,Defenderam a vida da sua vida

D'aquelle abalo ingente!

E um quadro medonho e pavoroso;A esposa e mãe lamenta filho e esposo,

Com uma angustia estranha;E a Natureza, sem p a ra r jamais.Continua espalhando o luto e os aes

P o r sobre a pobre Hespanha!

! T

Se agora o fatal anjo d'azas negras Levou alli a m orle, o isolamento,E u vejo d'ou Iro anjo as niveas azas Que brilham como o sol no firmamento.

E " seu nome form oso a Caridade,O uro e luz semeando a plenas mãos;Reune toda a lerra n um abraço E os povos faz universaes irm ãos!

JOAQ UIM DOS ANJOS.

A N E C D O T A S

— E certo, minha senhora, que v. ex:' disse que eu não tinha talento?

— Não, senhor. Posso ju ra r-lh e que é esta a prim eira vez e,n cl ue ouvi falar do seu talento.

u m i i i i i i i i i i i i i i i i t i i

Professor— Valha-le Deus, rapaz! Cada vez sabes me­nos! L u quando tinha a tua edade, já lia correctamente, efazia as quatro operações. . .

Discípulo— E que naturalmente o senhor teve melhor mestre do que eu.

LITTERATURAA torre de vidro

fContinuado d o n .° 117J

Teugoh voltou, calculan­do o valor do que tomára aos seus visinhos e o valor dos destroços que ia en- contrar junto da torre de vidro.

Olhou para o Oceano e viu á popa de um navio Thogarma que lhe enviava com a mão um signal de despedida. Ouviu o canto de Horvada, e este canto era a melodia da despedi­da; Viarna por meio dn espelho, dirigia um raio de sol sobre T eugoh...

E o chefe de coração du­ro julgou morrer de colera, Os navios desapareceram, e elle pensou:

— A construcção da tor­re chamou sobre mim a desgraça!

E quiz destruir o edificio de vidro.

Ordenou aos escravos que derrubassem as pare­des com pesados martellos, Mas os martellos partiram- se ao baterem no vidro. A resonancia da torre parecia uma sequencia de soluços.

Teugoh quiz que ella fosse derrubada por meio de blóc-os lançados por catapultas; mas os blocos deslisavam pelas paredes, mais lisas que o marfim... E a resonancia da torre pareci am ga rgal hadas zom- beteiras.

Disse elle então:-— Os esforços dos ho­

mens não podem destruir a torre de vidro. As tem­pestades se encarregarão d’isso.. . e o fogo do céo reduzil-a-ha a cinzas...

Mas na mais forte das tempestades, as ondas pa­reciam abrir-se, para não arruinarem a torre, e os raios pareciam afastar-se delia. . .

Um anno decorreu.Certa manhã, Teugoh

viu no horisonte tres na­vios, de vélas ao vento, de pavilhões multicolores.

40 FOLHETIM

Traduccão de J. DOS ANJOS

1)3 P E C C A D OL iv ro p r im e i ro

IV

E lle, vendo-a alli, comprehendeu que a máe não se oppunhu ao casa­mento e sahiu-lhe dos labios um gri­to de gratidão.

O’ minha mãe, exclamou inclinan­do-se, obrigado!

— P o r que me agradeces? pergun­tou cila surprehedida.

— Não consente em auxiliar a mi­nha felicidade?

— Consinto por que sou obrigada a isso. E <c enten "es por felicidade o

teu casamento com esta menina, não tenhas muita pressa de me agradecer. Esse casamento não póde ser já, a não ser que . ..

Não acabou e passou as mãos pela testa, como para desviar uma visão imp rtuna; mas o Adriano adivinhou o que ella receiava e baixou os olhos. Ella tornou:

— Não, não consentirei n'es<e cass- mento antes de ter estudado o cara­cter da mulher que escolheste sem me consultar e que, depois de a se­duzires, me vens agora impêr. Antes de a deixar casar comtigo, quero es- tudal-a, saber o que ella vale, saber sobretudo se e digna de ti; quero en­sinar-lhe os deveres que ella ignora.

— Mas depois do que se passou, mi­nha mãe, não lem o direito de demo­rar a nossa união, objectou o Adria­no.

— A mãe tem tod >s osd reitos, meu filho, replicou severamente a sr.a Her­vey. Ouçam. po s. ambo; docilmente a minha vontade, porque só pela obe diencia podem alcançara minha con­fiança e o meu affecto. Desde hoje vão separar-se para nunca mais se reunirem senão no dia do seu casa­mento. cuja data eu fixarei. \té en­tão a’ Magdalena fie. rá aqui ao pé de mim, para receber as minhas lições. T u , Adriano, alugarás um quarto no interior de Faris e morarás n’elle em- quanto eu não resolver outra coisa.

— Mas isso é uma separação, minha mãe! exclamou o Adriano; não con­tente com adiar o nosso casamento, ainda exige que não nos possamos vêr e que amando-nos. ..

— E xijo que renunciem a viver no crime, interrompeu friamente a sr.a H ervey . Por uma fraqueza culpável,

comprometteram a sua felicidade fu ­tura; não podem vêr se a merecem por meio do soflrimento? Mas não queio tambem que du-ante esse tem­po deixem absolutamente de se vêr. virás aqui todas as semanas algumas vezes, Adriano, se quizeres e poderás falar com a Magdalena, mas sempre na minha presença.

O Adriano não respondeu; olhava com tristeza para a sua amada, com- movido pelas lagrimas que lhe via brilhar nos cilios negros.

Comtudo náo quiz combater rs idéas ua mãe. Sabia que nada conse­guiria.

A Magdalena tambem se resignava, mas na apparencia.

No fundo do seu coração erguia-se uma rebellião violenta.

Não deixou, porém, transparecer nada do que sentia e quando depois

do almoço, a que o Adriano assistiu, este se despediu d’ella, disse-lhe ape­nas estas palavras ao ouvido:

— Adriano, náo me deixe aqui, lon­ge de si; sou capaz de morrer.

Logo no dia seguinte a Magdalena foi iniciada na existencia que a mãe do Adriano lhe traçara e continuou-a regularmente durante algumas sema­nas.

A’s seis horas começava a trabalhar, como se fosse um.1 criada. A sr.a Her­vey queria primeiro fazer d’ella uma boa dona de casa.

— E ’ pobre, dizia-lhe ella, e o Adria­no tambem náo é rico. E ’ preciso queT emquanto seu marido trabalhar, a me­nina esteja em estado de dirigir a sua casa com economia.

(Continua).

Page 3: Ill DOMINGO, 18 -DE OUTUBRO DE 1903 N.° · a saudade lhes faz verter ... gar'de mastruço. CJma é a chaga Troce- lum inajus, uma soberba planta trepadora, de largo effeito ornamental,

Dirigiam-se para a tor­re.' A’ prôa do primeiro, via- se de pé uma mulher ves­tida de escarlate e de ouro e tinha nos braços uma creança loura e formosa como o mais bello dos che- rubins.

Teugoh reconheceu V i­arna, e sentiu-se perturba­do até ao fundo dalma.

A' prôa do segundo na­vio via-se uma princeza vestida de azul e de prata. Dava o seio a uma creança e cantava.

Teugoh reconheceu Hor­vada.

A’ prôa do terceiro na­vio vinha urna mulher tão bella que deslumbrava o proprio sol. Toda vestida de branco, os seus braços formavam o berço de uma creança.

Teugoh reconheceuTho- gàrma.

O chefe chorou então de contentamento. E sen­tiu-se satisfeito por que a torre de vidro tivesse resis­tido aos esforços dos ele­mentos, pois que ella po­dia abrigar dignamente as filhas e os netos de Teugoh.

E este, que nunca na sua vida orára, ajoelhou, sup- plicando aos deuses, se­nhores dos destinos, que penuittissem que a torre de vidro nunca se abysmas- se nas ondas tempestuosas.

— Que ella cante, ao menos durante séculos, de envolta cora as lyras das mulheres, com os clarins guerreiros, e com os gri­tos das creanças!

A voz feminina, o som beliicoso da guerra e a ta­garelice duma creança re­jubilam divinamente o co­ração dos homens!

E é tão bom viver na antiga casa onde as pró­prias pedras parecem as­sociar-se ás nossas alegrias!

publicação, editada pelos Grandes Armazéns Gran- aella, da capital, e ficámos encantados, pois que o seu summario ardstíeo e litte­rario é de primeira ordem. Traz, em continuação, uma notável monographia do Mosteiro da Batalha de­vido á critica de Fag. O Passatempo distribuirá pe­lo proximo Natal e por meio de Tombola, brindes no valor de 400^000 réis. Assigna-se nos Grandes Arnazens Grandella ao preço de 5 00 réis o semes­tre. Basta enviar, em carta, esta importancia dirigida a Grandella & C .a, Lisboa, para logo se principiar re­cebendo o Passaíe/npo e ficar com direito á Tom­bola.

---co-

FFeséejos ajss. S ebas tião

Acha-se já contratada para os pomposos festejos' a S. Sebastião, a distincta phylarmonica Fstrella M oi- tense, da Moita, que pela primeira vez aqui vem to­car.

T o u ra d a

A commissão promoto­ra dos grandes festejos a S. Sebastião, foi no dia 16 pedir ao ex.mo sr. Estevam Augusto d’01iveira, gado para uma tourada que te­rá logar na tarde de 27 do corrente na praça desta villa. S. ex.a da melhor von­tade se promptificou a aju­dar a commissão dos feste­jos, cedendo-lhe generosa­mente gado para uma tou­rada.

Tomam parte nesta tou rada os amadores mais dis­tinctos desta villa, coadju­vados pelo eximio banda- rilheiro Augusto Salgado

' ‘Passatempo..

Acabamos de receber 0 numero 67 desta luxuosa

S ssiaaosa

Falleceu em ifSdeoutu- bro<ipelas 7 horas da noite, Maria Carmina, desta villa, com a edade de 29 annos.

Paz á sua alma.

í ra je <l’is s e n h o ra s esS S B í l i i S

Na provincia, outrora, era convicção que uma se­nhora casada, mãe de fa­milia se devia considerar velha. O seu tempo tinha passado, dziam: devia re­nunciar a enfei.ar-se e era elegante consagrar-se por completo ao marido, aos íilhos ao governo da sua casa; abandonar todos os cuidados da toilette, não attender ás regras da mo­da, esperar as rugas e os cabellos brancos, precipi­tando mesmo a sua chega­da por falta de cuidados, de medidas preventivas e de regras hygienicas.

Esse tempo porém pas­sou, o que está sobejamen­te provado pelo costume com que todas as senho­ras na actualidade procu­ram esconder os estragos causados pelos annos.

Quasi que não ha mu­lheres de edade; comtudo é impossivel destruir a lei natural.

O correr dos annos não se póde evitar, nem tão pouco o declinar da vida

Cada estacão tem os se­us encantos, cada edade os seus attractivos. O que eu desejo aconselhar ás mi nhas leitoras é a fórma de evitar que se precipitem os

estragos da edade, sem re­correr ás tinturas, aos arti­fícios e aos irinumeros sub- terfugios empregados.

Todos se inclinam com respeito deante de um;i se­nhora, bem vestida, corre­cta, coroada de cabellos brancos, mas com a pelle macia e lisa, sem pinturas nem artifícios; mas todos olham de fórma bem di­versa para a mulher da mesma edade pintada, fri­zada como qualquer meni­na com a cara cheia de cosméticos e os olhos de traços.

As senhoras de certa eda­de devem abster-se de fri­sar os cabellos em anneis ondeando-os apenas.

Quando uma senhora ti­ver falta de cabello e ne­cessitar cabelleira deve mandal-a fazer com cabel­los brancos.

As cores dos vestidos pa­ra as senhoras de mais de cincoenta annos devem ser escuras: preto, violeta, cin­zento, azul-escuro. As fa­zendas ricas, são preferidas, como veliudo, seda, da­masco, moirée, seda de ris­cas, etc.

A L IC E DE A T I IA YD E.

O D O M I N G O

Sftosairhfilio

Começaram hontem no pittoresco logar do Rosai- rinho, as tradicionaes fes­tas á Senhora do Rosário e terminarão' ámanhã

Estes festejos são abri­lhantados pela phylarmo­nica Estrella Moitense, da villa da Moita.

Pedimos licença para lembrar á ex.ma camara a conveniencia de fazer umas reparações na rua que con­duz á ponte dos vapores. E’ de péssimo effeito para quem entrane-ta villa,que tão boas condições tem pa­ra agradar, o estado de abandono a que aquella rua se acha votada.

3

pequena pitada de pedra hume; põe-se outra agua ao lume, e fervendo, es­preme-se nella um limão; tira-se a flor de larangeira da primeira agua com es- cumadeira, deixando-a es­correr um pouco, e ferve- se na agua de limão, até que esteja bem tenra e depois lança-se por meia hora em agua fresca com um pou­co de sumo de limão; pas- sa-se por um panno para lhe tirar a massa, e pisa-se em um almofariz para a reduzir a massa.

Põe-se tudo a fogo bran­do e deita-se o assucar por muitas vezes. Sem deixar levantar fervura, deita-se nos vasos, e depois de fria polvilha-se com assucar re­finado.

ARTE CULINARIA

M arm elada de flor dc Ia­ra u g e ira

Ponham-se a ferver, e escumem-se bem, 62b gr. de assucar em um quarto de litro dagua; a fervura deve durar até que, mo­lhando-se a escumadeira, sacudindo-a sobre o assu­car e soprando nos bura­cos, saiam pequenas fitas de assucar. Então junta-se- lhe a flor de larangeira, preparada deste modo: fervem-se meio quarto de hora, em agua, 25o gram­mas de flor de larangeira escolhida, tira-se a agua do fogo e deita-se-lhe uma

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Impressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luetas entre inglezes e boers, «illustrada» com numerosas zinc o-gravuras de «homens celebres» do 1 ransvaal e do Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruentas da

G U E R R A A N G L O - B O E R Por um funccionario da Cruz Vermelha ao serviço

do Transvaal.Fasciculos semanaes de 16 pagin as. *............ 3o réisTom o de 5 fa scicu lo s ..................................... i 5o »A G U ERRA ANG LO BO ER é a obra de mais palpitante actualidade.

N'ella sáo descriptas, «por uma testemunha presencial», as differentes phases e acontecimentos emocionantes da 'terrível guerra que tem espantado o mundo inteiro.

A G U ER R A ANGLO -' O ER faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes batalhas, combates» e «escaramuças» d'esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, tra isvaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios de heroismo e tenacidade, em que são egualmente admiravéis a coragem e de­dicação p.'triotica de vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d’esta contenda e _tre a poderosa Inglater ra e as duas pequenas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras perpecias, po rtal maneira dramaticas e pittorescas,que dão á G U ER ­RA A N G LO -BO ER. conjunctamente com o irresistível attractivo d’uma nar rativa histórica dos nossos d:as, o encanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do DIARIO DE N O TICIASapresen:ando ao publico esta obra em «esmerada edição.» e por um preço di­minuto. julga prestar um serviço aos numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos successos que mais interessam o mundo culto na actualidade.

Pedidos d Emprega do D IA R IO D E N O T IC IA S P,ua do Diario de Noticias, i io — LISBOA

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Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes á sua arte.

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MOURA Z. BRANOOOs proprietários d'este estabelecimento acabam de

receber um importante sortimento de casimiras, cha­péos, calçado, bombasinas, sedas, chitas, brocados, en­feites, rendas, etc., taes como;

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nhora e creanças;

U LTIM A NOVIDADELindas cassas muito finas e largas a 3oo réis;Finas sedas a 5oo réis;.Setins muits largos de primeira qualidrde a i$ 3oo;Panninhos de todas as côres, largos, a n o réis;Chapéos de sol automáticos, de seda, a 3 $000 réis;Cotins em phantasia para fato de creança,desde :26o;Laços de seda, modernos, a 100 réis;Lindos meltons para capas a 1.S200 réis;Chapéos para homem desde 700 réis;Piugas com canhão de cores para creança desde 120;Piugas para homem desde 3o réis;Rendas, enfeites, entremeios, bordados, grande sor­

timento a preços baratíssimos.Pedimos uma vi-ita ao nosso estabelecimento para

que possam apreciar o grande sortimento de cassas de iino gosto que acabam de chegar e que se vendem pelo preço de 160 réis o metro.

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mento, palpitem os preços nos antros para assim poberem vêt quem venòe mais barato* (lanhar pouco para nenber muito.

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Cotins, riscados, chitas e tudo quanto diz respeito a fa­zendas.

Neste estabelecimento só se annuncia o que ha e pelo minimo preço por que se pó­de vender; não se annuncia o que não ha por que não é lo­ja mista, unicamente tem fa­zendas, e não como outras

que apenas teem umas amostras para illudir o publico.Quando, por qualquer eventualidade, haja alguma casa que se queira pôr a

par desta eguaiando-lhe os preços, o proprietário do Grande Arm arem do Commercio, péde que confrontem as qualidades.

N esta casa nao se fazem milagres; limitS-se o seu proprietário a ganhar muito pouco para assim dar grande desenvolvimento ao seu

commercio.c v v j\ x a \ : x \ r o ò s t ív t x \ r : x c - x v : -x n : x v ? -x n t x v : . \ v 7 \ \ r x \ : c w c c c - t o c cvyr, - x \ r c w r .x n s t c c t o c cvs r c s x r c v v - x v x v : x c

!! IIA PE LA IIIA R I B E I R O »-_:>£<=>---

7 em tido esta casa um desenvolvimento exlraordinario devido d solide^ com que teem sido feitos todos os trabalhos concernentes a chapelaria. Todos os trabalhos são executados nesta casa com a maxim aperfeição, rapide^e mo­dicidade de preços, tanto nos d2 encommenda como nos concertos, para o que tem pessoal habilitado.

A Pt-.içít Pi„fo - A fJM G A L lE S A IM RIBA T H ®t ííõlJiõ) j Ir#J

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bres machinas SINGER para coser.

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1, R a a do Poço. 1- AJJ*Gftll£O A129

Estabelecimento com m aior sortido, que mais van­tagens offerece, e que tem p o r norma vender a todos os seus fregueses pela mesmo preço sem illu d ir COM MILAGRES!...

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Todas as transaccões se fa^em com serhdade. Visitem o C O M M E R C IO DO P O V O .

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OS D R A M A S DA CORTE

'Chronica do reinado de Luiz XV)Romance historico par

E. LADOUCETTEOs amores trágicos de Manon Les-

raut com o celebre caválleiro de Grieux. formam o entrecho deste romame, rigorosamente historico, a que Ladoucette imprimiu um cunho de originalidade deveras encantaiíor.

A côrte de Luiz xv. com todos os seus esplendores e misérias, é escri- pta magistralmente pelo auctor d'0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar entre nós exito egual áquelle com que foi recebido em Pa- ris, onde se contavam por milhares os exemplares vendidos.

A edição portugueza do popular e commovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, de grande formato, illustrados com soberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.

2 0 ré is o fa sc ícu loSOO ré is o tonio

2 valiosos brindes a todos os assignantes

Pedidos á Bibliotheca Popular, hiti-presa Editora, 162, Rua da Rosa,— Lisboa.