47
DOCUMENTO DE REFERÊNCIA Janeiro de 2011

Iluminação Pública

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Iluminação Pública

Citation preview

  • DOCUMENTO DE REFERNCIA Janeiro de 2011

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia

    NDICE 1. INTRODUO ............................................................................................................ 1

    1.1. Enquadramento ............................................................................................................... 1

    1.2. Objectivo .......................................................................................................................... 2 1.3. mbito de Aplicao ........................................................................................................ 2

    2. DEFINIES ............................................................................................................... 3 2.1. Viso ................................................................................................................................ 3

    2.2. Luminotecnia ................................................................................................................... 4

    2.3. Electrotecnia .................................................................................................................. 18

    3. CLASSIFICAO DA VIA E NVEIS MNIMOS DE REFERNCIA ......................... 22 3.1. Iluminao Pblica Funcional ......................................................................................... 22

    3.2. Zonas de Conflitos ......................................................................................................... 26

    3.3. Zonas Pedonais e reas com Baixa Velocidade de Trfego .......................................... 27

    4. SELECO DE CLASSES EM DIFERENTES PERODOS NOCTURNOS ................ 31

    5. POLUIO LUMINOSA ............................................................................................ 33

    6. VISO MESPICA ................................................................................................... 33

    7. TEMPERATURA DE COR ........................................................................................ 33

    8. FACTOR DE UTILIZAO DA INSTALAO ........................................................ 34 8.1. Factor de Manuteno da Luminosidade da Lmpada (FMLL) ...................................... 34 8.2. Factor de Sobrevivncia da Lmpada/fonte de luz (FSL) ............................................... 35 8.3. Factor de Manuteno da Luminria (FML) ................................................................... 35 8.4. Factor de Manuteno Global (Fm)................................................................................ 36

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia

    9. EFICINCIA ENERGTICA DE UMA INSTALAO .............................................. 38

    10. PROJECTO E OBRA .............................................................................................. 41

    10.1. Documentao a Incluir na Fase de Projecto ............................................................... 41 10.2. Documentao a Entregar Aps a Concluso da Obra ................................................ 42

    11. MEDIO PARA VALIDAO .............................................................................. 43

    12. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 44

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 1

    1. INTRODUO O consumo de energia est na origem de 80% das emisses de gases com efeito de estufa na Unio Europeia (UE). Consequentemente, reduzir as emisses de gases com efeito de estufa implica um menor consumo de energia e uma maior utilizao de energia limpa.

    nesta ptica que surge a denominada Estratgia 20-20-20 para 2020 cujo objectivo reduzir 20% do consumo de energia, reduzir 20% das emisses de GEE (Gases com Efeito de Estufa) e que 20% da energia consumida seja de fonte renovvel. Por outro lado, a Estratgia Nacional para a Energia 2020 (ENE 2020), estabelecida na Resoluo do Conselho de Ministros n. 29/2010, de 15 de Abril, enquadra as linhas de rumo para a competitividade, o crescimento e a independncia energtica do pas, atravs da aposta nas energias renovveis e na promoo integrada da eficincia energtica, garantindo a segurana de abastecimento e a sustentabilidade econmica e ambiental do modelo energtico.

    Em desenvolvimento do Plano Nacional de Aco para a Eficincia Energtica (PNAEE) e da ENE 2020, o Programa de Eficincia Energtica na Administrao Pblica ECO.AP (Resoluo do Conselho de Ministros n. 2/2011, de 12 de Janeiro), visa obter at 2020, nos servios pblicos e nos organismos da Administrao Pblica, um nvel de eficincia energtica na ordem dos 20% em face dos actuais valores.

    Nestes objectivos enquadra-se tambm a utilizao racional de energia e a eficincia energtico-ambiental em equipamentos de iluminao pblica (IP).

    1.1. Enquadramento

    O presente Documento de Referncia para a Eficincia Energtica na Iluminao Pblica surge na sequncia de uma proposta apresentada pela RNAE Associao das Agncias de Energia e Ambiente (Rede Nacional), em parceria com o CPI Centro Portugus de Iluminao, e a Ordem dos Engenheiros, Secretaria de Estado da Energia e da Inovao do Ministrio da Economia, da Inovao e do Desenvolvimento (SEEI/MEID). A consonncia da proposta, e do seu potencial, com os objectivos da estratgia energtico-ambiental actualmente em curso para Portugal, fomentou que o MEID promovesse a criao de um Grupo de Trabalho para o desenvolvimento do referido documento.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 2

    Coordenado pela RNAE o Grupo de Trabalho contou ainda com a colaborao e envolvimento de outras entidades relevantes para o sector da IP em Portugal, nomeadamente, a ADENE Agncia para a Energia, a EDP Distribuio e o Lighting Living Lab, entre outras que prestaram tambm o seu contributo para o enriquecimento do documento.

    1.2. Objectivo O presente documento tem como objectivo estabelecer, como referncia, uma srie de parmetros tcnicos que deve seguir um projecto de IP de modo a se obter uma maior eficincia energtica desta tipologia de instalaes e, consequentemente, conduzir a uma diminuio das emisses de CO2 durante o perodo de utilizao das mesmas.

    O documento apontar para a classificao energtica de uma instalao de IP com recurso a um cdigo de letras (como acontece j em alguns electrodomsticos e tambm nos edifcios, por exemplo) e referenciar o modo e o contedo de apresentao de um projecto de IP eficiente do ponto de vista energtico e lumnico.

    1.3. mbito de Aplicao Este documento insere-se num quadro de utilizao de materiais normalizados pelas autarquias, concessionrias das redes e/ou entidades com responsabilidade de implementar, operar e manter redes de IP. Aplica-se a novos projectos de iluminao pblica ou a remodelaes completas (conjuntos de luminrias e/ou apoios com rede de alimentao) de instalaes existentes.

    O disposto neste documento no se deve aplicar a:

    Remodelaes parciais, processos de manuteno ou operao das redes existentes;

    Zonas especiais de interveno, assim classificadas pelos Municpios, iluminao ornamental/decorativa, iluminao monumental, instalaes militares, tneis, iluminao de segurana, zonas histricas ou outras que sejam objecto de regulamentao especfica.

  • Eficincia Energtica na Iluminao PblicaDocumento de Referncia

    2. DEFINIES Seguidamente enumeram-se algumas definies relevantes no mbito do objecto deste documento, nomeadamente no qelectrotecnia.

    2.1. Viso

    2.1.1. Acuidade Visual

    A acuidade visual relaciona-depende da densidade dos receptores na retina e do poder pticas. Por outras palavras, a acuidade visual a capacidade que o olho tem de reconhecer separadamente, com nitidez e preciso, objectos muito pequenos e prximos entre si.As distncias na retina so referidas em termolho em distinguir dois pontos est associada a um certo valor de ngulo visual. Quantitativamente pode afirmarqual os olhos conseguem distinguir

    Existem vrios factores que influenciam a acuidade visual, tais como:

    Adaptao capacidade que o olho humano possui para se ajustar a diferentes nveis de intensidade luminosa, mediante os quais a pupila ir dilatar ou contrair.

    Acomodao o ajustamento das lentes do cristalino do olho de modo a que a imagem esteja permanentemente focada na retina.

    Contraste a diferena de luminncia entre um objecto que se observa e o seu espao envolvente.

    Eficincia Energtica na Iluminao Pblica

    se algumas definies relevantes no mbito do objecto deste documento, nomeadamente no que diz respeito aos conceitos de viso, de luminotecnia e de

    -se com a capacidade de resoluo espacial de dois pontos e depende da densidade dos receptores na retina e do poder de refraco do sistema das lentes pticas. Por outras palavras, a acuidade visual a capacidade que o olho tem de reconhecer separadamente, com nitidez e preciso, objectos muito pequenos e prximos entre si.As distncias na retina so referidas em termos de ngulo visual (). Assim, a capacidade do olho em distinguir dois pontos est associada a um certo valor de ngulo visual. Quantitativamente pode afirmar-se que a acuidade visual o inverso do ngulo mnimo sob o qual os olhos conseguem distinguir um pormenor.

    Existem vrios factores que influenciam a acuidade visual, tais como:

    capacidade que o olho humano possui para se ajustar a diferentes nveis de intensidade luminosa, mediante os quais a pupila ir dilatar ou contrair.

    o ajustamento das lentes do cristalino do olho de modo a que a imagem esteja permanentemente focada na retina.

    a diferena de luminncia entre um objecto que se observa e o seu

    3

    se algumas definies relevantes no mbito do objecto deste ue diz respeito aos conceitos de viso, de luminotecnia e de

    se com a capacidade de resoluo espacial de dois pontos e de refraco do sistema das lentes

    pticas. Por outras palavras, a acuidade visual a capacidade que o olho tem de reconhecer separadamente, com nitidez e preciso, objectos muito pequenos e prximos entre si.

    ). Assim, a capacidade do olho em distinguir dois pontos est associada a um certo valor de ngulo visual.

    se que a acuidade visual o inverso do ngulo mnimo sob o

    capacidade que o olho humano possui para se ajustar a diferentes nveis de intensidade luminosa, mediante os quais a pupila ir dilatar ou contrair.

    o ajustamento das lentes do cristalino do olho de modo a que a

    a diferena de luminncia entre um objecto que se observa e o seu

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 4

    Idade A capacidade visual de uma pessoa diminui com a idade, uma vez que, com o passar dos anos, o cristalino endurece, perdendo a sua elasticidade, tornando mais complicada a tarefa de focalizao das imagens dos objectos.

    2.2. Luminotecnia

    2.2.1. Absoro ( ) Relao entre o fluxo luminoso absorvido por um corpo e o fluxo recebido. A unidade %.

    =

    2.2.2. Coeficiente de Utilizao ( ) Relao entre o fluxo luminoso recebido por um corpo e o fluxo total emitido por uma fonte de luz. A unidade %.

    =

    2.2.3. Curva de Sensibilidade do Olho

    Define a sensibilidade do olho ao longo do dia.

    A curva define desde as condies de boa iluminao (> 3 cd/m) que ocorrem durante o perodo diurno, onde a viso mais ntida, detalhada e as cores se distinguem perfeitamente, (denominada de viso fotpica, atingindo um valor mximo aos 555nm amarelo-esverdeado). Quando os nveis de luminncia so inferiores a 0,25 cd/m, a sensao de cor no existe e a viso mais sensvel aos tons azuis e luz (denominada de viso escotpica, com um valor mximo aos 493nm azul-esverdeado). Nas situaes existentes entre estes valores, a capacidade para distinguir as cores diminui em conformidade com a diminuio da quantidade da luz, variando a sensibilidade aos tons amarelados para os tons azuis (denominada de viso mespica).

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 5

    Nota:

    Viso fotpica: a designao dada sensibilidade do olho em condies de intensidade luminosa que permitam a distino das cores. Na generalidade corresponde viso diurna. No olho humano a viso fotpica faz-se principalmente pela activao dos cones que se encontram na retina.

    Viso escotpica: a viso produzida pelo olho em condies de baixa luminosidade. No olho humano os cones no funcionam em condies de baixa luminosidade (nocturna), o que determina que a viso escotpica seja produzida exclusivamente pelos bastonetes, o que impossibilita a percepo das cores.

    Viso mespica: a designao dada combinao da viso fotpica e da viso escotpica, que ocorre em situaes de luminosidade baixa, mas no to baixa que elimine de todo a componente fotpica da viso.

    Efeito de Purkinje: consiste no deslocamento do mximo de sensibilidade da viso em ser sensvel s cores, para o mximo de sensibilidade luz, com a diminuio da luz recebida pelo olho.

    2.2.4. Encandeamento incomodativo ( G ) Corresponde perda de faculdades de visualizar os objectos, agudeza visual, provocando simultaneamente fadiga ocular, em condies dinmicas:

    = + Legenda:

    G = ndice de deslumbramento incomodativo

    IEL = ndice especfico da luminria

    VRI = valor real da instalao

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 6

    2.2.5. Encandeamento perturbador ( TI ) Tambm chamado incremento limite (TI) uma medida que permite quantificar a perda de visibilidade causada pelo encandeamento das luminrias de iluminao pblica.

    Neste caso, um objecto que est no limite da visibilidade deixa de ser visvel devido ao encandeamento. Caso se pretenda que o objecto seja visvel nestas condies, h que aumentar o nvel de contraste. Este incremento corresponde ao TI.

    = 65, %

    = 10 =

    !! +

    + +

    + +

    ##

    #

    $!

    Legenda:

    Luminncia mdia da estrada (cd/m2). Luminncia encandeante (veiling luminance) equivalente (cd/m2).

    Iluminncia (em lux, baseada no fluxo inicial da lmpada em lumens) produzida pela luminria k, num plano normal linha de viso e altura do olho do observador .

    ngulo, em graus, do arco entre a linha de viso e a linha desde o observador ao centro da luminria k.

  • Eficincia Energtica na Iluminao PblicaDocumento de Referncia

    2.2.6. Rcio de Sada do Fluxo Luminoso

    O rcio de sada do fluxo luminoso (LOR) pode ser entendido como o quocienteluminoso () total de uma luminria (medido em condide luz e equipamento auxiliar) e a soma dos fluxos luminosos individuais dessas mesmas fontes de luz, quando operadas fora da luminria com o mesmocondies prticas.

    Para a realizao de um projecto de IP eficiente convm conhecerdo LOR, ou seja:

    Rcio de Sada do Fluxo Luminoso Ascendente

    Rcio de Sada do Fluxo Luminoso Descendente (DLOR).

    O ULOR de uma luminria o rcio entre o fluxo emitido para cima, pela luminria, com a soma dos fluxos luminosos individuais dessas mesmas fontes de luz quando operadas fora da luminria.

    O DLOR de uma luminria o rcio entre o fluxo emitido para baixo, pelasoma dos fluxos luminosos individuais dessas mesmas fontes de luz quando operadas fora da luminria.

    Eficincia Energtica na Iluminao Pblica

    2.2.6. Rcio de Sada do Fluxo Luminoso Light Output Ratio (LOR) O rcio de sada do fluxo luminoso (LOR) pode ser entendido como o quociente

    ) total de uma luminria (medido em condies prticas especficas com a sua fonte de luz e equipamento auxiliar) e a soma dos fluxos luminosos individuais dessas mesmas fontes de luz, quando operadas fora da luminria com o mesmo equipamento auxiliar e

    % = &') ) +,-.#0. &23#4 ) +,5 .#)..),+

    Para a realizao de um projecto de IP eficiente convm conhecer-se dois conceitos derivados

    do Fluxo Luminoso Ascendente Upward Light Output Ratio

    Rcio de Sada do Fluxo Luminoso Descendente Downward Light Output Ratio

    de uma luminria o rcio entre o fluxo emitido para cima, pela luminria, com a soma dos fluxos luminosos individuais dessas mesmas fontes de luz quando operadas fora da

    de uma luminria o rcio entre o fluxo emitido para baixo, pelasoma dos fluxos luminosos individuais dessas mesmas fontes de luz quando operadas fora da

    7

    (LOR) O rcio de sada do fluxo luminoso (LOR) pode ser entendido como o quociente entre o fluxo

    es prticas especficas com a sua fonte de luz e equipamento auxiliar) e a soma dos fluxos luminosos individuais dessas mesmas

    equipamento auxiliar e

    se dois conceitos derivados

    Upward Light Output Ratio (ULOR).

    Downward Light Output Ratio

    de uma luminria o rcio entre o fluxo emitido para cima, pela luminria, com a soma dos fluxos luminosos individuais dessas mesmas fontes de luz quando operadas fora da

    de uma luminria o rcio entre o fluxo emitido para baixo, pela luminria, com a soma dos fluxos luminosos individuais dessas mesmas fontes de luz quando operadas fora da

  • Eficincia Energtica na Iluminao PblicaDocumento de Referncia

    2.2.7. Rcio Envolvente Surround

    Um dos principais objectivos na IP providenciar uma boa iluminao na superfcie das restradas de modo a que os obstculos sejam facilmente identificveis.No entanto, a parte superior de objectos mais altos na estrada, e os objectos que se encontram nas laterais das faixas de rodagem (particularmente em seces curvas), so vistos existir uma boa iluminao na envolvncia da estrada, ou seja, na sua vizinhana.Com efeito, uma iluminao adequada da zona envolvente estrada possibilita ao condutor uma melhor percepo da sua situao, fazendo ajustamentos devidos de veloctrajectria a tempo. A funo do rcio envolvente (SR) assegurar que o fluxo luminoso direccionado para a periferia das estradas seja suficiente para tornar perfeitamente visvel os corpos a existentes.Assim, incrementa-se, por exemplo, a segur

    O SR definido como sendo a iluminncia mdia horizontal nas duas faixas longitudinais exteriores aos limites laterais de uma faixa de rodagem de viaturas, dividida pela iluminncia mdia horizontal de duas faixas longitudinai

    A largura de cada uma dessas faixas longitudinais definidas, para o clculo do rcio envolvente, ter de ser a mesma. O seu valor ser o mnimo dos valores das seguintes trs hipteses:

    5 metros

    Eficincia Energtica na Iluminao Pblica

    Surround Ratio (SR) Um dos principais objectivos na IP providenciar uma boa iluminao na superfcie das restradas de modo a que os obstculos sejam facilmente identificveis. No entanto, a parte superior de objectos mais altos na estrada, e os objectos que se encontram nas laterais das faixas de rodagem (particularmente em seces curvas), so vistos existir uma boa iluminao na envolvncia da estrada, ou seja, na sua vizinhana.Com efeito, uma iluminao adequada da zona envolvente estrada possibilita ao condutor uma melhor percepo da sua situao, fazendo ajustamentos devidos de veloc

    A funo do rcio envolvente (SR) assegurar que o fluxo luminoso direccionado para a periferia das estradas seja suficiente para tornar perfeitamente visvel os corpos a existentes.

    se, por exemplo, a segurana dos pees nos passeios.

    O SR definido como sendo a iluminncia mdia horizontal nas duas faixas longitudinais exteriores aos limites laterais de uma faixa de rodagem de viaturas, dividida pela iluminncia mdia horizontal de duas faixas longitudinais dessa estrada, adjacentes aos seus limites.

    A largura de cada uma dessas faixas longitudinais definidas, para o clculo do rcio envolvente, ter de ser a mesma. O seu valor ser o mnimo dos valores das seguintes trs

    8

    Um dos principais objectivos na IP providenciar uma boa iluminao na superfcie das ruas e

    No entanto, a parte superior de objectos mais altos na estrada, e os objectos que se encontram nas laterais das faixas de rodagem (particularmente em seces curvas), so vistos apenas se existir uma boa iluminao na envolvncia da estrada, ou seja, na sua vizinhana. Com efeito, uma iluminao adequada da zona envolvente estrada possibilita ao condutor uma melhor percepo da sua situao, fazendo ajustamentos devidos de velocidade e

    A funo do rcio envolvente (SR) assegurar que o fluxo luminoso direccionado para a periferia das estradas seja suficiente para tornar perfeitamente visvel os corpos a existentes.

    ana dos pees nos passeios.

    O SR definido como sendo a iluminncia mdia horizontal nas duas faixas longitudinais exteriores aos limites laterais de uma faixa de rodagem de viaturas, dividida pela iluminncia

    s dessa estrada, adjacentes aos seus limites.

    A largura de cada uma dessas faixas longitudinais definidas, para o clculo do rcio envolvente, ter de ser a mesma. O seu valor ser o mnimo dos valores das seguintes trs

  • Eficincia Energtica na Iluminao PblicaDocumento de Referncia

    Metade da largura da estrada

    Largura da faixa exterior ao limite da estrada que no esteja obstruda

    Em qualquer um dos casos o rcio envolvente

    iluminncia mdia (E ) das vrias faixas, pela seguinte expresso:

    2.2.8. Factor de Manuteno (FM) O factor de manuteno (FM) de uma instalao o rcio da iluminncia num determinado momento (E(t)), com a iluminncia inicial (E0).

    Eficincia Energtica na Iluminao Pblica

    largura da estrada

    Largura da faixa exterior ao limite da estrada que no esteja obstruda

    Em qualquer um dos casos o rcio envolvente (SR) poder ser calculado atravs da

    ) das vrias faixas, pela seguinte expresso:

    6 = 1 + 42 + 3

    2.2.8. Factor de Manuteno (FM) O factor de manuteno (FM) de uma instalao o rcio da iluminncia num determinado momento (E(t)), com a iluminncia inicial (E0).

    9

    Largura da faixa exterior ao limite da estrada que no esteja obstruda

    poder ser calculado atravs da

    O factor de manuteno (FM) de uma instalao o rcio da iluminncia num determinado

  • Eficincia Energtica na Iluminao PblicaDocumento de Referncia

    O valor do factor de manuteno poder afectar significativamente a potinstalar, bem como o nmero de luminrias necessrias para alcanar os valores de iluminncia/luminncia especificados.

    2.2.9. Factor de Manuteno da Luminosidade da Lmpada (FMLL) O factor de manuteno da luminosidade da lmpada (fonte de luz) dado pelo rcio entre o fluxo luminoso da lmpada num dado momento da sua vida ((t)) e o fluxo luminoso inicial (0). [EN 12665:2002] Ou seja:

    2.2.10. Factor de Sobrevivncia da Lmpada (FSL) O factor de sobrevivncia da lmpada definido pela fraco do nmero total de lmpadas que continuam a funcionar num dado momento e sob determinadas condies. [EN 12665:2002]

    O factor de sobrevivncia de uma lmpada depende bastante da quantidade de horas de funcionamento.

    Eficincia Energtica na Iluminao Pblica

    O valor do factor de manuteno poder afectar significativamente a potinstalar, bem como o nmero de luminrias necessrias para alcanar os valores de iluminncia/luminncia especificados.

    :; = :

  • Eficincia Energtica na Iluminao PblicaDocumento de Referncia

    2.2.11. Factor de Manuteno da Luminria (FML)O factor de manuteno da luminria o rcio do LOR de uma luminria num dado momento (LOR(t)), com o LOR dessa mesma luminria no seu incio de vida (LOR0).

    2.2.12. Factor de Utilizao (FU) O factor de utilizao (FU) de uma instalao o rcio do fluxo luminoso recebido pela superfcie que se pretende iluminar (fluxo til cada fonte de luz da instalao.

    2.2.13. Fluxo Luminoso () a quantidade de luz emitida em todas as direces por uma fonte de luz. A unidade o lmen (lm).

    2.2.14. Iluminncia (E) A iluminncia tem como unidade o lux (lx) e, segundo a norma EN 12665, o quociente entre o fluxo luminoso () incidente num elemento daOu seja, a quantidade de fluxo luminoso recebido pela unidade de rea iluminada:

    Legenda:

    E Iluminncia.

    L Luminncia num dado ponto nas vrias direces dos raios

    Eficincia Energtica na Iluminao Pblica

    2.2.11. Factor de Manuteno da Luminria (FML) O factor de manuteno da luminria o rcio do LOR de uma luminria num dado momento (LOR(t)), com o LOR dessa mesma luminria no seu incio de vida (LOR0).

    2.2.12. Factor de Utilizao (FU) O factor de utilizao (FU) de uma instalao o rcio do fluxo luminoso recebido pela superfcie que se pretende iluminar (fluxo til - &4.+), com a soma dos fluxos individuais de cada fonte de luz da instalao.

    ntidade de luz emitida em todas as direces por uma fonte de luz. A unidade o

    A iluminncia tem como unidade o lux (lx) e, segundo a norma EN 12665, o quociente entre o ) incidente num elemento da superfcie e a rea (A) desse elemento.

    Ou seja, a quantidade de fluxo luminoso recebido pela unidade de rea iluminada:

    = >&>? = @ . . BCD. > F'0

    Luminncia num dado ponto nas vrias direces dos raios elementares incidentes do ngulo slido.

    11

    O factor de manuteno da luminria o rcio do LOR de uma luminria num dado momento (LOR(t)), com o LOR dessa mesma luminria no seu incio de vida (LOR0).

    O factor de utilizao (FU) de uma instalao o rcio do fluxo luminoso recebido pela ), com a soma dos fluxos individuais de

    ntidade de luz emitida em todas as direces por uma fonte de luz. A unidade o

    A iluminncia tem como unidade o lux (lx) e, segundo a norma EN 12665, o quociente entre o A) desse elemento.

    Ou seja, a quantidade de fluxo luminoso recebido pela unidade de rea iluminada:

    elementares incidentes do ngulo slido.

  • Eficincia Energtica na Iluminao PblicaDocumento de Referncia

    ngulo slido.

    ngulo entre qualquer um dos raios incidentes e a normal superfcie num dado ponto.

    Existem quatro medidas de iluminncia possveis:

    Horizontal (Eh), vulgarmente designada apenas por

    Vertical (Ev).

    Semi-cilndrica (Esc)

    Hemisfrica (Ehem)

    Nota: Deduz-se que quanto maior for o fluxo luminoso incidente sobre uma superfcie, maior ser a iluminncia. Do mesmo modo, mantendomenor for a rea a iluminar.

    2.2.15. Iluminncia Mdia (Emed) Mdia aritmtica de todos os pontos de iluminncia calculados sobre a superfcie da via. A unidade Lux.

    2.2.16. Iluminncia Mnima (Emin) o valor mnimo de iluminncia calc

    Eficincia Energtica na Iluminao Pblica

    ngulo entre qualquer um dos raios incidentes e a normal superfcie num dado ponto.

    Existem quatro medidas de iluminncia possveis:

    , vulgarmente designada apenas por Iluminncia (E).

    cilndrica (Esc).

    Hemisfrica (Ehem).

    se que quanto maior for o fluxo luminoso incidente sobre uma superfcie, maior ser a iluminncia. Do mesmo modo, mantendo-se o fluxo luminoso, a iluminncia ser tanto

    2.2.15. Iluminncia Mdia (Emed) Mdia aritmtica de todos os pontos de iluminncia calculados sobre a superfcie da via. A

    2.2.16. Iluminncia Mnima (Emin) o valor mnimo de iluminncia calculado sobre a superfcie da via. A unidade Lux.

    12

    ngulo entre qualquer um dos raios incidentes e a normal superfcie num dado ponto.

    Iluminncia (E).

    se que quanto maior for o fluxo luminoso incidente sobre uma superfcie, maior ser a se o fluxo luminoso, a iluminncia ser tanto maior quanto

    Mdia aritmtica de todos os pontos de iluminncia calculados sobre a superfcie da via. A

    ulado sobre a superfcie da via. A unidade Lux.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 13

    2.2.17. ndice de Reproduo de Cor (IRC) a capacidade de reproduo cromtica do objecto iluminado por uma fonte de luz, sendo por isso um valor indicativo da capacidade da fonte de luz para reproduzir cores, em comparao com a reproduo obtida por uma fonte de luz padro, tomada como referncia.

    Nota: A fonte de luz que se toma como referncia a luz solar.

    2.2.18. Intensidade Luminosa (I) A intensidade luminosa de uma fonte de luz igual ao fluxo emitido numa direco por unidade de ngulo slido nessa direco. A unidade a candela (cd).

    = G H;/6J

    Nota: a candela pode ser definida como sendo a intensidade luminosa, numa certa direco, de uma fonte de luz que emite uma radiao monocromtica de frequncia 540x10 Hz e cuja intensidade energtica nessa direco 1/683 Watts por estereorradian.

    2.2.19. Luminncia (L) A luminncia (L) uma medida da densidade da intensidade da luz reflectida numa dada direco, que descreve a quantidade de luz que atravessa ou emitida de uma superfcie, segundo um ngulo slido (). Tem como unidade SI a candela por metro quadrado (cd/m2), igualmente conhecida por nit (nt).

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 14

    A luminncia (L) pode ser entendida como o quociente entre a intensidade luminosa (I) e a rea (A) que a reflecte segundo uma determinada direco (), ou seja:

    = ?. BCD BK/;

    Ao denominador desta equao, d-se o nome de rea aparente, que no mais do que a rea projectada na direco do observador, correspondente rea da superfcie iluminada.

    O clculo da luminncia (L), num ponto da estrada, pode ser efectuado atravs da expresso:

    = J &

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 15

    2.2.20. Luminncia Mdia (Lmed) Mdia aritmtica de todos os pontos de luminncia calculados sobre a superfcie da via. A unidade cd/m.

    2.2.21. Rcio S/P

    Rcio do output luminoso da fonte de luz, avaliado de acordo com a funo de eficincia luminosa do espectro escotpico da CIE [V()], e o output luminoso da fonte de luz, avaliado de acordo com a funo de eficincia luminosa do espectro fotpico da CIE [V()].

    2.2.22. Poluio Luminosa

    Pode ser definida como sendo qualquer efeito adverso causado ao meio ambiente pela luz artificial excessiva, ou mal direccionada, nomeadamente quando a luz artificial emitida horizontalmente e pelo hemisfrio superior.

    Nota: Dependendo do conceito inicial do projecto, uma possvel soluo o uso de fontes de luz direccionadas, que sejam emitidas somente pelo hemisfrio sul (para baixo da horizontal), de tal forma que a prpria fonte de luz no seja visvel pelos lados.

    Uma luminria eficiente deve iluminar o cho at um pouco alm da metade de sua distncia ao prximo poste. Assim, ao dirigir a luz apenas para onde ela necessria, requerida menos iluminao. Outra vantagem desse tipo de luminria que a nossa viso da rea iluminada se torna muito mais ntida quando no recebemos luz vinda directamente das lmpadas sobre os olhos.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 16

    2.2.23. Reflexo () Relao entre o fluxo reflectido por um corpo (com ou sem difuso) e o fluxo recebido. A unidade %.

    R =

    2.2.24. Rendimento dum Ponto de Luz (%) Relao entre o fluxo luminoso emitido pelo aparelho de iluminao e o fluxo luminoso da(s) respectiva(s) fonte(s) de luz, em iguais condies de funcionamento.

    2.2.25. Rendimento luminoso () O rendimento de uma fonte de luz a relao entre o fluxo luminoso emitido pela mesma e a unidade de potncia elctrica consumida para o obter. A unidade lm/W.

    O = P H;/T

    Nota: para uma fonte de luz que transforma, sem perdas, toda a potncia elctrica consumida em luz num comprimento de onda 555 nm, ter o maior rendimento possvel no valor 683 lm/W.

    2.2.26. Temperatura de Cor (K) A temperatura de cor uma caracterstica da luz visvel, determinada pela comparao da sua saturao cromtica com a de um corpo negro radiante ideal.

    Ou seja, a temperatura a que um corpo negro irradiaria a mesma cor da fonte luminosa (usualmente medida em Kelvin K). Nota: Quanto mais alta a temperatura de cor, mais clara a tonalidade de cor da luz.

    O conceito de luz quente ou fria relaciona-se com a tonalidade de cor que a fonte de luz apresenta ao ambiente.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 17

    As fontes luminosas podem variar entre 2.000 K at mais de 10.000 K. Do ponto de vista tcnico a tonalidade da luz que irradia uma fonte de luz conhece-se pela sua temperatura de cor.

    Temperatura (K) Aparncia

    T < 3300 Quente (branco alaranjado)

    3300 < T < 5000 Intermdio (branco)

    T > 5000 Fria (branco azulado)

    2.2.27. Uniformidade extrema (Ue) Relao entre o valor de iluminncia mnima e o valor de iluminncia mxima, de uma instalao de iluminao. A unidade %.

    U = -.#/-V

    2.2.28. Uniformidade Geral (Uo) Relao entre o valor de luminncia mnima e o valor de luminncia mdia, de uma instalao de iluminao. A unidade %.

    U = -.#/-)

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 18

    2.2.29. Uniformidade Longitudinal (UL) No sentido de deslocao do observador, a relao entre o valor de luminncia mnima e o valor de luminncia mxima longitudinal, de uma instalao de iluminao. A unidade %.

    U = -.#/-V

    Nota: Pode ser calculada para toda a superfcie da via, ou no eixo da faixa de rodagem do sentido de circulao.

    2.2.30. Uniformidade Mdia (UM) Relao entre o valor de iluminncia mnima e o valor de iluminncia mdia, de uma instalao de iluminao. A unidade %.

    U- = -.#/-)

    2.3. Electrotecnia

    2.3.1. Aparelho de Iluminao

    um equipamento que utilizado como suporte de ligao rede elctrica das fontes de luz que o equipam, segundo determinadas caractersticas pticas, mecnicas e elctricas.

    2.3.2. Eficincia Luminosa

    A eficincia luminosa () de uma fonte a relao entre o fluxo luminoso total emitido pela fonte () e a potncia por ela absorvida (P). A unidade SI o lm/W (lmen por Watt).

    = P lm/W

    Os equipamentos fotomtricos e os medidores de luz so geralmente calibrados conforme a sensibilidade espectral dos cones, ou seja, na viso fotpica. Assim, o fluxo luminoso das fontes de luz avaliado somente em termos da sua resposta fotpica.

    Este rcio tambm muitas vezes utilizado como o ndice de Eficincia Energtica.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 19

    2.3.3. Fonte de Luz

    Define-se como sendo o elemento fsico, slido ou gasoso que, quando alimentado por energia elctrica, emite radiaes visveis ao olho humano.

    Nota: Exemplos de fontes de luz: lmpadas de filamento ou descarga e LEDs.

    2.3.4. Ponto de Luz

    Define-se como um elemento que permite a iluminao de uma rea, sendo constitudo por um aparelho de iluminao, fonte de luz e apoio.

    2.3.5. Regulador de Fluxo Luminoso

    um equipamento previsto para controlar o processo de arranque, estabilizao e reduo do consumo da potncia instalada, referente a uma instalao de iluminao, funcionando aps a aplicao de uma ordem com origem local ou remota.

    O processo pode ser efectuado atravs da regulao, por tenso, por corrente ou variao da frequncia, atravs de equipamentos electromecnicos ou electrnicos.

    2.3.6. Resistncia aos Impactos (IK) a capacidade do material resistir fora de um impacto repentino, sendo a classificao a seguinte:

    IK nmero

    Energia Equivalente impacto

    00 No-protegidos Nenhum teste

    01 Impacto energia: 0.150

    joules Resistente contra um impacto de um objecto de 200 gramas a partir de uma

    distncia de 7,5 cm

    02 Impacto energia: 0.200

    joules Resistente contra um impacto de um objecto de 200 gramas a partir de uma

    distncia de 10 cm

    03 Impacto energia: 0.350

    joules Resistente contra um impacto de um objecto de 200 gramas a partir de uma

    distncia de 17,5 cm

    04 Impacto energia: 0.500

    joules Resistente contra um impacto de um objecto de 200 gramas a partir de uma

    distncia de 25 cm

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 20

    IK nmero

    Energia Equivalente impacto

    05 Impacto energia: 0.700

    joules Resistente contra um impacto de um objecto de 200 gramas a partir de uma

    distncia de 35 cm

    06 Impacto da energia: 1,00

    joules Resistente contra um impacto de um objecto de 500 gramas a partir de uma

    distncia de 20 cm

    07 Impacto da energia: 2,00

    joules Resistente contra um impacto de um objecto de 500 gramas a partir de uma

    distncia de 40 cm

    08 Impacto da energia: 5,00

    joules Resistente contra um impacto de um objecto de 1,7 kg a partir de uma distncia

    de 29,5 cm

    09 Impacto energia: 10,00

    joules Resistente contra um impacto de um objecto de 5 kg, a partir de uma distncia de

    20 cm

    10 Impacto energtico: 20,00

    joules Resistente contra um impacto de um objecto de 5 kg, a partir de uma distncia de

    40 cm

    2.3.7. ndice de Proteco (IP) um parmetro que define quais as caractersticas de um aparelho de iluminao, que deve ser considerado em funo do local de instalao da mesma, nomeadamente quanto agressividade do ambiente e condies de intemprie.

    Nota: O grau de proteco tem por objectivo a determinao dos seguintes parmetros:

    a) Proteco de pessoas (incluindo as partes do corpo como mos e dedos) contra o contacto s partes em tenso sem isolamento, contra o contacto nas partes mveis no interior do aparelho e proteco contra a entrada de corpos estranhos como poeiras por exemplo.

    b) Proteco do equipamento contra a entrada de gua no seu interior.

    Tabela (1. dgito)

    Dgito Tamanho do Objecto tamanho

    protegidos contra Proteco

    0 --- Nenhuma proteco contra o contacto e a penetrao de objectos

    1 > 50 milmetros De qualquer grande superfcie do corpo, tais como mos, mas sem nenhuma proteco contra penetrao liberal no instrumento

    2 > 12,5 milmetros Dedos ou objectos de comprimento maiores que 80 mm cuja menor seco transversal maior que 12mm.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 21

    Dgito Tamanho do Objecto tamanho

    protegidos contra Proteco

    3 > 2,5 milmetros Ferramentas, fios grossos, etc. de comprimento maiores que 2,5 mm cuja menor seco transversal maior que 2,5mm.

    4 > 1 milmetro A maioria dos arames, parafusos, etc. de comprimento maiores que 1,0 mm cuja menor seco transversal maior que 1,0mm.

    5 Proteco relativa contra poeira e contacto com as partes internas ao invlucro

    A entrada de poeira no totalmente impedida, mas no devem entrar em quantidade suficiente para interferir com o funcionamento satisfatrio do equipamento; completa proteco contra o contacto

    6 Totalmente protegido contra penetrao e poeira e contacto com as partes internas do invlucro

    No esperada nenhuma infiltrao de poeira e completa proteco contra contacto

    Tabela (2. dgito)

    Dgito Proteco Descrio

    0 No protegido Nenhuma proteco especial. Invlucro aberto

    1 Gotas de gua Proteco contra gotas de gua devida condensao caindo verticalmente (90) no exercer qualquer efeito nocivo ao funcionamento do equipamento.

    2 Gotas de gua quando inclinado

    at 15

    Verticalmente gotas de gua no devem ter qualquer efeito nocivo, quando o equipamento inclinado em um ngulo de at 15 em relao a sua posio normal.

    3 gua pulverizada gua caindo como um spray, em qualquer ngulo at 60 em relao vertical no deve ter qualquer efeito nocivo.

    4 Projeces contra gua aspergida Projeco leve de gua contra de qualquer direco no deve ter qualquer efeito nocivo.

    5 Jactos de gua gua projectada por um bico contra recinto de qualquer direco no deve ter efeitos nocivos.

    6 Poderosos jactos de gua gua projectada em jactos potentes contra a qualquer direco no deve ter efeitos nocivos.

    7 Imerso at 1 m A entrada da quantidade de gua no ser prejudicial quando o equipamento estiver imerso em gua sob condies definidas de presso e do tempo (at 1 m de submerso).

    8 Imerso aps 1 m

    A proteco do equipamento adequada para imerso contnua em gua, em condies que devem ser especificados pelo fabricante. NOTA: Normalmente, isto significa que o equipamento hermeticamente fechado. No entanto, com determinados tipos de equipamentos, que pode significar que a gua possa entrar, mas s de forma tal que no produz efeitos nocivos.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 22

    3. CLASSIFICAO DA VIA E NVEIS MNIMOS DE REFERNCIA Para a classificao das instalaes haver dois grupos:

    Iluminao pblica funcional

    Iluminao decorativa

    Nota: Pelos motivos j enunciados anteriormente a iluminao decorativa no ser considerada neste documento.

    3.1. Iluminao Pblica Funcional

    Para estabelecer as condies adequadas de iluminao dever ser utilizado o mtodo simplificado preconizado na CIE 115:2010, reduzindo o nmero de parmetros necessrios e obviando s interpretaes diversificadas a que a aplicao directa da norma EN13201 poderia conduzir.

    Nos pontos seguintes sero enumeradas as classes e as metodologias para a seleco das classes de iluminao, sendo que prevalecero sempre os documentos EN13201 e CIE115. No final apresentado o exemplo de seleco diferenciada de classes em diferentes horas do anexo E da CIE115.

    3.1.1. Zona Fora do Permetro Urbano

    Inclui todas as vias fora do permetro urbano, incluindo vias de circulao perifricas ao tecido urbano com traado simples (rectas e curvas largas), onde seja possvel medir luminncias.

    3.1.1.1. Classes ME

    Para estas vias aplica-se a EN13201, classe ME porque possvel a medio de luminncias:

    Classe da via

    Luminncia da superfcie da via em condies secas

    Deslumbramento Perturbador

    Iluminao Envolvente

    Luminncia mdia

    Lm (cd/m2)

    Uniformidade Global

    U0

    Uniformidade longitudinal

    U1

    Aumento limiar TI (%)

    Relao Entorno

    SR

    ME1 2,00 0,40 0,70 10 0,50

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 23

    Classe da via

    Luminncia da superfcie da via em condies secas

    Deslumbramento Perturbador

    Iluminao Envolvente

    Luminncia mdia

    Lm (cd/m2)

    Uniformidade Global

    U0

    Uniformidade longitudinal

    U1

    Aumento limiar TI (%)

    Relao Entorno

    SR

    ME2 1,50 0,40 0,70 10 0,50

    ME3 a

    1,00 0,40 0,70

    15 0,50 b 0,60

    ME4 a

    0,75 0,40 0,60

    15 0,50 b 0,50

    Para a iluminao pblica funcional, os nveis mdios calculados no devero ultrapassar 120% nem serem inferiores a 95% dos nveis de referncia da tabela anterior:

    a permitido um aumento de 5% no valor do TI quando forem usadas fontes de iluminao com baixa luminncia (lmpadas de vapor de sdio de baixa presso e fluorescentes tubulares, ou ento fontes de luz com luminncia idntica ou inferior).

    b Significa que este critrio apenas poder ser aplicado em locais onde no existam zonas de trfego com os seus prprios requisitos adjacentes s faixas de rodagem. um valor no ptimo (com uma uniformidade longitudinal mais baixa) normalizado.

    Em situaes onde no seja aconselhvel a medio da luminncia, ser utilizada a converso de candelas para lux na relao de 1 para 15.

    3.1.1.2. Determinao da Classe ME

    A determinao da classe ME ser feita de acordo com a tabela seguinte:

    Seleco das Classes de Iluminao ME

    Parmetro Opes Factor de Peso

    Velocidade

    Muito Alta 1

    Alta 0,5

    Moderada ou Reduzida 0

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 24

    Seleco das Classes de Iluminao ME

    Volume de Trfego

    Muito Elevado 1

    Alto 0,5

    Moderado 0

    Baixo -0,5

    Muito Baixo -1

    Composio do Trnsito

    Elevada percentagem de no motorizados

    2

    Misturado 1

    Apenas Motorizado 0

    Separao das Faixas No 1

    Sim 0

    Densidade de Cruzamentos Alta 1

    Moderada 0

    Veculos Estacionados Presente 1

    No Presente 0

    Luminncia Ambiente

    Alta 1

    Moderada 0

    Baixa -1

    Controlo do Trnsito Fraco 0,5

    Moderado ou Bom 0

    Para a determinao da classe ME, e de acordo com a CIE115, deve proceder-se do seguinte modo:

    Atribuir, apropriadamente, um factor de peso a cada trmite especificado (j atribudo na tabela para efeitos de normalizao).

    Somar todos esses factores seleccionados, obtendo um valor Total.

    Introduzir esse valor na equao: ndice (ME) = 6 Total, obtendo o ndice da classe ME.

    De notar que poder ser necessrio arredondar o valor de Total para o nmero inteiro mais baixo, ou mesmo limitar o intervalo de valores possveis entre [0 - 6].

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 25

    Para determinao das opes para a velocidade dever ser utilizado, como referncia, o seguinte:

    Moderada ou Reduzida: [0 km/h; 70 km/h];

    Alta: [70 km/h; 100 km/h];

    Muito Alta: Superior a 100 km/h.

    Para determinao das opes para o volume de trfego devero ser utilizados, como referncia, os seguintes valores:

    Muito Baixo: inferior a 4.000 veculos por dia;

    Baixo: 4.000 a 15.000 veculos por dia;

    Moderado: 15.000 a 25.000 veculos por dia;

    Alto: 25.000 a 40.000 veculos por dia;

    Muito Alto: Superior a 40.000 veculos por dia.

    Para determinao das opes para a Luminncia Ambiente, dever ser utilizado, como referncia, o seguinte:

    Baixa: Zonas Rurais, nomeadamente zonas onde a IP seja a nica fonte de iluminao;

    Moderada: Zonas com contribuio de iluminao de sinalticas, spots publicitrios e contribuio residencial;

    Alta: Centros Urbanos com grande quantidade de iluminao decorativa, montras e outros sistemas de iluminao de exteriores (e.g. estacionamentos).

    Caber ao projectista, em situaes especiais (por exemplo determinao do volume de trfego), realizar a avaliao em alinhamento com o Plano Director de Iluminao Pblica (PDIP) da responsabilidade da Autarquia.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 26

    3.2. Zonas de Conflitos

    Nas zonas de conflito, que ocorrem quando vias de circulao se intersectam ou desembocam em reas frequentadas por pedestres, ciclistas ou outros utilizadores, dever ser utilizada a classe CE.

    So exemplo de zonas de conflito:

    Cruzamentos.

    Rotundas.

    Estradas de ligao com largura e nmero de faixas reduzidas.

    Zonas de centros comerciais, etc.

    A existncia destas reas resulta, portanto, num aumento da probabilidade de coliso entre os diversos utilizadores da estrada. Logo a iluminao destas zonas dever revelar em especial a:

    Posio dos passeios e lancis.

    Marcas e sinalizaes da estrada.

    Movimentao dos veculos na vizinhana da rea.

    Presena dos pedestres, outros utilizadores (e.g. ciclistas) e de eventuais obstculos.

    De acordo com a CIE115 estas zonas devero ter um ndice um nvel superior s estradas adjacentes, devendo ser utilizada a seguinte tabela:

    Classe da Estrada Adjacente Classe da rea de Conflito

    ME1 ME1

    ME2 ME1

    ME3a ME2

    ME4a ME3a

    ME5 ME4a

    ME6 ME5

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 27

    3.3. Zonas Pedonais e reas com Baixa Velocidade de Trfego Os critrios para uma boa qualidade de iluminao nas zonas pedonais, bem como das reas residenciais, industriais e comerciais, esto indicados no relatrio tcnico CIE 136 2000.

    Uma boa qualidade do projecto de iluminao ir permitir aos utilizadores pedestres distinguir e antecipar obstculos e situaes de perigo no seu caminho, pois ser possvel aperceberem-se da movimentao e fazer o reconhecimento facial de outros pedestres relativamente prximos e intuir as suas intenes.

    Nestes casos particulares importante ter-se em conta no s a iluminncia horizontal (Eh), mas tambm iluminncia semi-cilndrica (Esc) e a iluminncia do plano vertical (Ev).

    3.3.1. Classes P

    Requerimentos adicionais no caso de ser necessrio reconhecimento facial

    Classes de Via Eh,avg (lux) Eh,min (lux) Ev,min (lux) Esc,min (lux) Encandeamento

    perturbador

    P1 15 3,0 5,0 3,0 20

    P2 10 2,0 3,0 2,0 25

    P3 7,5 1,5 2,5 1,5 25

    P4 5,0 1,0 1,5 1,0 30

    P5 3,0 0,6 1,0 0,6 30

    P6 2,0 0,4 0,6 0,4 35

    Para a iluminao pblica funcional, os nveis mdios calculados no devero ultrapassar 120% nem serem inferiores a 95% dos nveis de referncia da tabela anterior.

    3.3.2. Determinao da Classe P

    Seleco das Classes de Iluminao P

    Parmetro Opes Factor

    de Peso

    Velocidade Baixa 1

    Muito Baixa (velocidade de caminhada/marcha)

    0

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 28

    Seleco das Classes de Iluminao P

    Volume de Trfego

    Muito Elevado 1

    Alto 0,5

    Moderado 0

    Baixo -0,5

    Muito Baixo -1

    Composio do Trnsito

    Pedestres, Ciclistas e Trfego Motorizado

    2

    Pedestres e Trfego Motorizado 1

    Pedestres e Ciclistas 1

    Pedestres 0

    Ciclistas 0

    Veculos Estacionados Presente 0,5

    No Presente 0

    Luminncia Ambiente

    Alta 1

    Moderada 0

    Baixa -1

    Reconhecimento Facial Necessrio Requerimentos adicionais

    No necessrio No so necessrios requerimentos adicionais

    Para a determinao da classe P, e de acordo com a CIE115, deve-se proceder do seguinte modo:

    Atribuir, apropriadamente, um factor de peso a cada trmite especificado (j atribudo na tabela para efeitos de normalizao).

    Somar todos esses factores seleccionados, obtendo um valor Total.

    Introduzir esse valor na equao: ndice (ME) = 6 Total, obtendo o ndice da classe P.

    De notar que poder ser necessrio arredondar o valor de Total para o nmero inteiro mais baixo, ou mesmo limitar o intervalo de valores possveis entre [0 - 6]. Para determinao das opes para a velocidade dever ser utilizado como referncia o seguinte:

    Baixa: Zona em que a composio de trfego inclua trnsito motorizado;

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 29

    Muito Baixa: Zona exclusiva a caminhada ou marcha.

    Para determinao das opes para o volume de trfego, optou-se por considerar apenas a utilizao da relao com a composio de trfego. Assim, dever ser considerado o seguinte:

    Baixo: Apenas trfego pedestre ou ciclistas de passagem.

    Moderado: No existncia de trfego motorizado mas com grande volume de trfego de ciclistas e pees. Zonas de lazer com recintos desportivas e de recreio tambm devero ser considerados nesta opo.

    Alta: Composio de trfego misto onde a dificuldade de circulao seja considerada difcil;

    Para determinao das opes para a Luminncia Ambiente, devero ser utilizadas como referncia o seguinte:

    Baixa: Zonas remotas, nomeadamente zonas onde a IP seja a nica fonte de iluminao;

    Moderada: Zonas com contribuio de iluminao de sinalticas, spots publicitrios, contribuio residencial;

    Alta: Zonas pedonais em centros urbanos com grande quantidade de iluminao decorativa, montras e outros sistemas de iluminao de exteriores (por exemplo estacionamentos e parques desportivos e de recreio);

    Caber ao projectista, em situaes especiais (por exemplo determinao do volume de trfego), realizar a avaliao em alinhamento com PDIP.

    3.3.3. Classes G

    No caso da Classe P, podero existir situaes em que as distncias de visualizao so pequenas, existem mltiplos locais para o observador e diferentes orientaes das luminrias.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 30

    Nestas situaes, podero ser utilizadas as classes G3 a G6, que determinam a intensidade luminosa mxima por 100lm para diferentes ngulos de elevao.

    Mxima intensidade luminosa em cd.Klm-1

    Classes de Via A 70 e acima A 80 e acima A 90 e acima Outros requisitos

    G3 --- 100 20 ---

    G4 500 100 10 Intensidade luminosa acima dos 95 dever

    ser inferior a 1 cd.Klm-1 G5 350 100 10

    G6 350 100

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 31

    4. SELECO DE CLASSES EM DIFERENTES PERODOS NOCTURNOS Para uma mesma via, a classe de iluminao nem sempre idntica para todas as horas da noite. Assim, apresenta-se um mtodo que permite enquadrar a aplicabilidade de regulao de fluxo durante os vrios perodos nocturnos.

    Em zonas onde os padres de variao de trfego so bem conhecidos, sero suficientes os sistemas estticos baseados em controlo horrio para regulao do fluxo. Nos restantes casos ser prefervel a utilizao de sistemas ligados a informao de tempo-real.

    No caso de sistemas baseados em informao de tempo-real, o estado normal de fluxo luminoso considerado para esse perodo nocturno ser activado em funo da informao adquirida em tempo-real.

    Por este motivo caber aos projectistas, em conjunto com as entidades responsveis pela Iluminao Pblica (e.g. Autarquias e Concessionria das Redes) determinar as classes seleccionadas em todo o perodo nocturno em documento tipo Plano Director de Iluminao Pblica (PDIP). Outros parmetros que devero ser considerados na PDIP sero a temperatura de cor e o IRC.

    Exemplo da determinao das classes P em diferentes perodos nocturnos (tx):

    Seleco das Classes de Iluminao P

    Parmetro Opes Factor

    de Peso

    Seleco

    t1 t2 t3

    Velocidade Baixa 1

    1 0 0 Muito Baixa (velocidade de caminhada/marcha)

    0

    Volume de Trfego

    Muito Elevado 1 1

    Alto 0,5

    Moderado 0

    0 0

    Baixo -0,5

    Muito Baixo -1

    Composio do Trnsito

    Pedestres, Ciclistas e Trfego Motorizado

    2 2 2

    Pedestres e Trfego Motorizado

    1

    1

    Pedestres e Ciclistas 1

    Pedestres 0

    Ciclistas 0

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 32

    Seleco das Classes de Iluminao P

    Veculos Estacionados Presente 0,5

    No Presente 0 0 0 0

    Luminncia Ambiente

    Alta 1 0 0 0

    Moderada 0

    Baixa -1

    Reconhecimento Facial Necessrio Requerimentos adicionais

    No necessrio requerimentos adicionais No necessrio

    No necessrio requerimentos adicionais

    Total

    4 1 2

    P2 P5 P4

    Desta forma seriam consideradas os seguintes valores para os vrios perodos nocturnos:

    Requerimentos adicionais no caso de ser necessrio

    reconhecimento facial Classes de

    Via Eh,avg (lux) Eh,min (lux) Ev,min (lux) Esc,min (lux)

    Encandeamento perturbador

    P1 15 3,0 5,0 3,0 20

    P2 10 2,0 3,0 2,0 25

    P3 7,5 1,5 2,5 1,5 25

    P4 5,0 1,0 1,5 1,0 30

    P5 3,0 0,6 1,0 0,6 30

    P6 2,0 0,4 0,6 0,4 35

    No devero ser utilizados mais do que trs perodos nocturnos (tx).

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 33

    5. POLUIO LUMINOSA Para vias prximas de zonas crticas como aeroportos, hospitais, parques naturais, observatrios, reas de proteco especial, rede natura, ou outras indicadas no PDIP, o ULOR dever ser menor que 1%.

    Caso o PDIP no especifique outro valor em zonas residenciais e vias fora dos centros urbanos, o ULOR dever ser inferior a 5%.

    6. VISO MESPICA Na CIE191:2010, que tem como objectivo definir e recomendar um sistema de fotometria mespica de fcil implementao na prtica, j so apresentados valores da intensidade luminosa na viso mespica, nomeadamente onde a viso perifrica prevalecer.

    Este sistema de fotometria considera a diferena entre a viso mespica e fotpica para um intervalo de luminncia entre 5 cdm-2 e 0,005 cdm-2 e tem em considerao as diferentes fontes de luz atravs dos seus rcios S/P. No entanto, a utilizao do rcio S/P permanece ainda algo subjectiva, carecendo de normalizao. Existindo ainda algumas indefinies sobre as classes onde poder ser aplicada a viso mespica, recomenda-se a utilizao de luz branca em zonas pedonais (classe P), pelas comprovadas mais-valias que introduz ao espao e maior sensibilidade luz (brilho) na viso perifrica.

    7. TEMPERATURA DE COR

    No caso do decisor optar pela luz branca, no devero ser utilizadas fontes cuja temperatura de cor ultrapasse os 4500 K +/- 10%.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 34

    8. FACTOR DE UTILIZAO DA INSTALAO A eficincia energtica de uma instalao de IP est fortemente associada a um factor de utilizao, que por sua vez depender fortemente de factores iniciais:

    Eficincia energtica da fonte e acessrios (lm/W) Caractersticas fotomtricas da luminria

    essencial que os mtodos de medida e apresentao das caractersticas fotomtricas de lmpadas/fontes de luz e luminrias cumpram a norma EN 13032, Luz e iluminao. Medio e apresentao de dados fotomtricos das luminrias.

    As caractersticas tcnicas dos equipamentos tidos em considerao no projecto de IP devero ser comprovadas por laboratrios independentes e certificados, e ser conformes com as especificaes tcnicas e funcionais das Autarquias ou Concessionria das Redes.

    Na ausncia destas, os equipamentos devero ter obrigatoriamente Certificado ENEC.

    8.1. Factor de Manuteno da Luminosidade da Lmpada (FMLL) O fluxo luminoso decresce ao longo do tempo. A taxa exacta ir depender do tipo de fonte de luz e do balastro/driver.

    Tempo de Operao (mil horas)

    Fonte de Luz 4 6 8 10 12

    Vapor de Sdio de Alta Presso 0,98 0,97 0,94 0,91 0,90

    Halogenetos Metlicos 0,82 0,78 0,76 0,74 0,73

    Vapor de Sdio de Baixa Presso 0,98 0,96 0,93 0,90 0,87

    CFL 0,91 0,88 0,86 0,85 0,84

    LED --- --- --- --- 0,95

    Nota: No caso da tecnologia LED dever-se- considerar um FMLL de 0,7 para um tempo de operao de 65.000 horas.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 35

    8.2. Factor de Sobrevivncia da Lmpada/fonte de luz (FSL) O factor de sobrevivncia da lmpada/fonte de luz (FSL) a probabilidade das fontes de luz continuarem operacionais durante um determinado perodo de tempo. A taxa de sobrevivncia depende do:

    Tipo de fonte de luz. Potncia. Frequncia de comutao. Balastro/Driver.

    Tempo de Operao (mil horas)

    Fonte de Luz 4 6 8 10 12

    Vapor de Sdio de Alta Presso 0,98 0,96 0,94 0,92 0,89

    Halogenetos Metlicos 0,98 0,97 0,94 0,92 0,88

    Vapor de Sdio de Baixa Presso 0,92 0,86 0,80 0,76 0,62

    CFL 0,98 0,94 0,90 0,78 0,50

    LED --- --- --- --- 0,95

    8.3. Factor de Manuteno da Luminria (FML)

    Nvel de Poluio

    Tempo de Operao (mil horas)

    4 8 12

    IP 55 Difusor de Plstico

    Baixo 0,92 0,80 0,71

    Alto 0,87 0,71 0,61

    IP 65 Difusor de Plstico

    Baixo 0,95 0,84 0,76

    Alto 0,89 0,76 0,66

    IP 65 Difusor de Vidro

    Baixo 0,97 0,90 0,82

    Alto 0,94 0,84 0,76

    IP 66 Difusor de Plstico

    Baixo 0,95 0,87 0,81

    Alto - 0,81 0,74

    IP 66 Difusor de Vidro

    Baixo 0,97 0,93 0,88

    Alto - 0,88 0,83

    Na anlise da depreciao de um sistema importante ser capaz de reconhecer o tipo e a quantidade de poluio existente, de modo a avaliar convenientemente o tipo de luminria a utilizar, bem como os requisitos de limpeza.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 36

    Por exemplo, a poluio numa zona industrial normalmente bastante superior encontrada numa zona rural. Tambm o p seco de uma pedreira muito diferente do lixo criado pelos insectos.

    Poluio Definio

    Alta Fumo gerado por actividades relativamente prximas, envolvendo as luminrias.

    Baixa Nvel de contaminao ambiente baixo, no existindo fumo ou poeiras gerados nas proximidades. Verifica-se em zonas residenciais ou reas rurais, com trfico ligeiro. Possui um nvel de partculas no meio 150 (g/m3)

    8.4. Factor de Manuteno Global (Fm) O Factor de Manuteno (Fm) Global dever ser o resultado do seguinte produto:

    :; = :

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 37

    Lmpadas Fluxo (lm)

    Lmpada (W)

    Potncia (Lmp.+Equip.)

    (Lmp. + Equip.) W

    Eficcia global lm/W

    Ferro. Electron. Ferro. Electron.

    Sdio tubular E27 E40

    50 4400 50 62 59 71 75

    70 6600 70 85 79 78 84

    100 10700 100 116 112 92 96

    150 17500 150 170 167 103 105

    250 33200 250 270 - 123 -

    400 56500 400 430 - 131 -

    600 90000 600 670 - 134 -

    Sdio opalino E27 E40

    50 3400 50 62 59 55 58

    70 5600 70 85 79 66 71

    100 8500 100 116 112 73 76

    Luz Branca COSMOWHITE

    45 4300 45 - 51 - 84

    60 6800 60 - 67 - 101

    90 10450 90 - 99 - 106

    140 16500 140 - 153 - 108

    Iodetos metlicos G12

    35 3500 38 45 43 78 81

    70 7300 72 83 79 88 92

    150 15000 150 170 160 88 94

    Iodetos metlicos Tubular E27 E40

    70 6300 72 83 79 76 80

    100 8700 95 111 107 78 81

    150 13500 147 170 157 79 86

    250 22500 250 270 - 83 -

    Iodetos metlicos Ovide

    E27 E40

    70 5600 72 83 79 67 71

    100 8300 95 111 107 75 78

    150 12500 147 170 162 74 77

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 38

    9. EFICINCIA ENERGTICA DE UMA INSTALAO A eficincia energtica de uma instalao de IP define-se como a relao entre o produto da superfcie iluminada pela iluminao mdia em servio da instalao e a potncia total instalada:

    Z = [\] ^_`a/bcdee

    Legenda:

    Eficincia energtica da instalao

    S rea total resultante do produto do valor da interdistncia entre pontos de luz e largura total da via e passeios, no caso do permetro urbano, de fachada a fachada.

    E Nvel mdio de servio calculado

    P Potncia total das luminrias mais auxiliares intervenientes na rea calculada.

    No caso de existir regulao de fluxo luminoso de configurao esttica ou dinmica, que permita promover uma maior eficincia energtica recorrendo diminuio do nvel de luminncia em perodos de menor trfego ou actividade, os projectistas devero apresentar um estudo de poupana energtica em termos de energia.

    No estudo devero considerar os consumos nos diferentes perodos nocturnos (tx) e um funcionamento total de 12 horas por dia.

    No caso de sistemas de gesto do nvel de luminncia dinmicos que recorram, por exemplo, a sistemas inteligentes (sensores, etc.), a determinao da poupana dever ser realizada com base na programao do sistema (patamares mximo e mnimo). No so referidas as luminncias, por ser difcil determinar o tipo de piso e ser mais fcil a medio do nvel luminoso para comprovao.

    Para o grupo de iluminao decorativa e em zonas histricas, devido ao seu carcter subjectivo, muito orientado por conceitos, como humanizao dos espaos, respeito pelos ecossistemas, ambincia, etc., os valores apresentados so valores recomendados e para estas zonas no se aplicar a classificao energtica.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 39

    A IP nos ltimos anos tem levantado o interesse de todas as entidades envolvidas, numa tentativa de dar resposta ao uso racional de energia.

    Nesse alinhamento, os fabricantes continuam a desenvolver as suas tecnologias. Assim, apresenta-se de seguida uma tabela de referncia que dever servir de guia para a determinao da eficincia energtica na iluminao pblica.

    No obstante, a mesma poder ter que ser revista para acompanhar as evolues tecnolgicas e as melhores prticas.

    Classificao Energtica das Instalaes de Iluminao Pblica

    Mais Eficiente

    Menos Eficiente

    Instalao:

    Localidade/Rua:

    Horrio de funcionamento:

    Consumo de energia anual (kWh/ano):

    Emisses de CO2 anual (KgCO2/ano):

    ndice de eficincia energtica (I):

    Nvel de Iluminao mdia em servio Em (lux):

    Uniformidade (%):

    Temperatura de Cor (K):

    Opo por viso mespica:

    Programao da RFL:

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 40

    Funcional Eficincia Energtica

    A > 40 B 40 > 35 C 35 > 30 D 30 > 25 E 25 > 20 F 20 > 25 G 25

    Em complemento determinao do ndice de eficincia energtica, dever ser calculado o rcio de Wmdio/m2, sendo que:

    T-).3 = T. g;hC Kg 6gJijC KC hlQl;lJ j#.$!

    g;hC QCQlH Kg DgJijC

    Com n 3. O ndice i representa os patamares de potncia de um ponto de luz incidente numa rea durante o perodo de funcionamento de um dia.

    Os clculos do consumo energtico devem ter como valor de referncia o nmero de horas de utilizao diria, igual a 12.

    No caso de sistemas de gesto do nvel de iluminao dinmicas que recorrem a informao de tempo real, a determinao do Wmdio dever ser realizada com base nos patamares mnimos seleccionados para cada perodo.

    A utilizao de sistemas de telegesto, ou redutores de fluxo, em nenhuma circunstncia podero colocar em causa os requisitos mnimos inerentes a um sistema de IP para o projecto em questo.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 41

    10. PROJECTO E OBRA

    As qualificaes especficas profissionais mnimas exigveis aos tcnicos responsveis pela elaborao e subscrio de projectos e pela direco de obras de IP sero as constantes da Portaria n. 1379/2009, de 30 de Outubro, para projectos e direco de obras de engenharia, considerando-se que a classificao da obra de IP a mesma da estrada, arruamento ou espao exterior que se destinam a iluminar, conforme a Portaria n. 701-H/2008, de 29 de Julho.

    Para um projecto o mais eficiente possvel, recomendvel que o projectista opte por uma luminria com um elevado factor de utilizao e alto rendimento, um factor de manuteno da instalao elevado, um ULOR o mais baixo possvel, disposio e alturas das luminrias equilibradas com a rea de estudo, eficincia das fontes de luz e auxiliares elevada e, por fim, cumprir as orientaes do presente documento.

    10.1. Documentao a Incluir na Fase de Projecto Identificao do responsvel pela elaborao do projecto;

    Identificao da obra e sua localizao;

    Memria descritiva incluindo conceito por detrs da soluo, escolha da fonte, luminria, classificao da via e nveis a obter de acordo com a norma EN13201;

    ndice de Eficincia Energtica e Classificao Energtica previsvel;

    Especificao tcnica dos materiais, equipamentos e trabalhos necessrios para a implementao da soluo projectada;

    Peas desenhadas;

    Mapa de quantidades de trabalho;

    Avaliao de custos com base no anexo A da CIE 115:2010.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 42

    10.2. Documentao a Entregar Aps a Concluso da Obra

    Identificao do responsvel pela execuo da obra;

    Identificao da obra e sua localizao;

    Telas finais;

    ndice de Eficincia Energtica e Classificao Energtica obtida.

    Recomenda-se que a soluo instalada seja garantida durante 3 anos, pelo instalador/projectista/fabricante.

    A instalao poder ser auditada por organismo independente e munido dos meios necessrios para o fazer.

    Esta documentao dever ficar organizada em dossier prprio, ao qual iro sendo anexados os posteriores relatrios peridicos de medio e monitorizao da instalao.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 43

    11. MEDIO PARA VALIDAO Como em qualquer sistema de controlo e monitorizao da eficincia energtica, tambm na IP necessrio medir e monitorizar, no perodo imediatamente a seguir instalao, no caso de uma nova instalao, ou antes e depois, no caso de uma remodelao.

    A avaliao dos nveis de iluminao deve ser realizada comparando os valores obtidos em simulao de software com os valores medidos com equipamento apropriado, sendo que a variao no dever ser superior a +/- 10% (como referncia). Os valores a medir e os procedimentos devero estar de acordo com a EN13201-4.

    A avaliao dever contemplar o factor de correco ao factor de manuteno considerado no projecto. Caso se verifique uma diferena superior a +/-10% entre valores reais e os valores da simulao, deve proceder-se medio dos nveis de iluminao em 25% da instalao para verificar o correcto dimensionamento da rede de iluminao.

    Para o clculo das poupanas relacionadas com as emisses de CO2 deve ser considerado o factor de converso publicado no Despacho n. 17313, de 26 de Junho de 2008, devendo este ser actualizado sempre que for publicado um novo factor de converso por entidade competente.

    Os custos, o consumo real e as emisses de CO2 associadas Iluminao Pblica devem ser publicados nos sites institucionais de cada Municpio com a mesma periodicidade com que realizada a facturao deste tipo de instalaes.

  • Eficincia Energtica na Iluminao Pblica Documento de Referncia 44

    12. BIBLIOGRAFIA

    NORMA EN13201 REGULAMENTO CE) N 245/2009 REGULAMENTO (CE) N 347/2010 CELMA/ELC STREET LIGHTING PROPOSED MESURES UNDER THE EuP/ESD

    DIRECTIVES -2006 MANUAL DE ILUMINAO PBLICA/ EDP DISTRIBUIO, ISR-UC DE 8/10/2010 EFFICIENCE ENERTIQUE EN ECLAIRAGE PUBLIC AFE Associao Francesa de

    iluminao) REGLAMENTO DE EFICIENCIA ENERGTICA EN INSTALACIONES DE

    ALUMBRADO EXTERIOR ESPANHA (Real decreto de lei 1890/2008) CIE 115:2010 LIGHTING OF ROAD FOR MOTOR AND PEDESTRIAN TRAFFIC CIE 191:2010 RECOMMENDED SYSTEM FOR MESOPIC PHOTOMETRY BASED

    ON VISUAL PERFORMANCE