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Boletim dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica nº 26 2006 V i d á l i a • Impactos Ambientais Negativos dos Percursos Pedestres • Eficiência Energética • Eólicas, Paisagem e Impacto Ambiental • Tratar os Resíduos com Competência • Observação de Aves

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Boletim dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica nº 26 • 2006

V i d á l i a• Impactos Ambientais Negativos dos Percursos

Pedestres• Eficiência Energética• Eólicas, Paisagem e Impacto Ambiental• Tratar os Resíduos com Competência• Observação de Aves

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Sumário

Vidália

Boletim dos Amigos dos Açores– Associação Ecológica

Distribuição gratuita entre os sócios

Os artigos são da respon-sabilidade dos autores e nãorepresentam obrigatoriamente aposição oficial da Associação.

É permitida a reprodução etranscrição, desde que citada afonte e o autor

ApoioSecretaria Regional do

Ambiente e do Mar

Execução Gráfica e ImpressãoEGA

Empresa Gráfica Açoreana, Lda.

ÓRGÃOS SOCIAIS PARA 2005-2006

DIRECCÇÃO

PresidenteTeófilo BragaSecretário

Francisco BotelhoTesoureiro

Mário FurtadoVogais

Maria Manuela LivroLúcia VenturaSuplentes

Sérgio Diogo CaetanoGilda Pontes

CONSELHO FISCAL

PresidentePaula SantosSecretário

Eduardo SantosVogal

George HayesSuplentes

Emanuel MachadoPedro Teves

ASSEMBLEIA GERAL

PresidenteJoão Nunes

Vice-PresidenteLuís Guimarães Secretário

Eva Almeida LimaSuplentes

Maria do Carmo MoreiraCristina Ferreira

Sede SocialEstá instalada no edifício da Junta deFreguesia do Pico da Pedra, Avenidada Paz, 14. Ali se encontram todas aspublicações editadas e uma bi-blioteca especializada na temáticaambiental. Os interessados poderãovisitá-la todos os dias úteis das 9hàs 12h e das 13h às 17h. Aconselha--se a marcação da visita. Contacto:Carla Oliveira,Tel. 296 498 004

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3

Impactos Ambientais Negativosdos Percursos Pedestres . . . . . 4

Eficiência Energética . . . . . . . . 7

Eólicas, paisagem eimpacto ambiental . . . . . . . . . . . 9

Denúncia . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Tratar os Resíduos comCompetência . . . . . . . . . . . . 14

Observação de Aves . . . . . . . . .16

Publicações e Materiais paraVenda . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

Novos Sócios . . . . . . . . . . . . . .19

Boletim de Inscrição . . . . . . . .19

Humor Verde . . . . . . . . . . . . . .20

www.amigosdosacores.pt.vue-mail:[email protected]@gmail.com

Tel. 296 498 004Fax 296 498 006

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Editorial

Para o pedestrianista consciente, ospasseios são um meio para melhorar o seuconhecimento do ambiente, através daobservação da beleza das paisagens, dadiversidade da flora e da fauna e das formaçõesgeológicas, promovendo o respeito e a suaconservação. Contudo, a utilização dospercursos pedestres poderá afectar o solo, aágua, a vegetação, a fauna, as formaçõesgeológicas e ser responsável pela deposição deresíduos ou pela ocorrência de fogos florestais,pelo que a actividade deverá ser devidamenteenquadrada e as organizações que a promovemdeverão ter o máximo cuidado na formação dos

participantes.A energia é um tema que, regra geral, é

esquecido por todos aqueles que,profissionalmente ou em regime devoluntariado, promovem actividades deeducação ambiental. Como é sabido a energia éum recurso essencial à vida, mas é,simultaneamente, um forte factor de pressãosobre o ambiente. Nos Açores, para além daaposta no aproveitamento das fontes renováveis,importa reforçar a aposta na eficiênciaenergética, combatendo a irracionalidade e odesperdício.

Pelos Açores passam anualmente milharesde aves, algumas delas paranidificarem, como é o caso docagarro e dos garajaus. Pelasua situação geográfica, asilhas dos Açores são um lugarprivilegiado para a suaobservação, sendo cada vezmaior o número de pessoasque, nos seus tempos livre, sededica a esta prática.

Neste segundo númerodo boletim Vidália de 2006,para além de darmos destaquea um artigo do presidente dosAmigos dos Açores sobre osimpactos ambientais nega-tivos do pedestrianismo, apre-sentamos um texto intitulado“Eólicas, Paisagem e ImpactoAmbiental”, da autoria donosso associado, e co-ordenador da revista “ArLivre”, José Carlos CostaMarques, bem como um outrosobre locais dos Açoresimportantes para a observaçãode aves, da autoria da nossacolaboradora Rita Melo.

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Percursos Pedestres

Os percursos pedestres se, por um lado,são responsáveis por impactos ambientaisnegativos no meio onde estão implantados, poroutro são um meio de confinar estes impactos auma área restrita (Andrade, 2006). De acordocom Schelhas, citado por Andrade (2006), umpercurso pedestre é responsável,principalmente, por impactos na sua superfície,sendo afectada a área compreendida a partir deum metro para cada lado do mesmo.

A utilização dos percursos pedestrespoderá afectar o solo, a água, a vegetação, afauna e ser responsável pela deposição deresíduos ou por fogos florestais. Para alémdestes problemas, relacionados e agravadoscom o uso excessivo dos trilhos, Magro (1999)menciona o “efeito psicológico depreciativonos visitantes ao freqüentar as áreas silvestrescomo parte de uma multidão”.

1. SoloA passagem de pedestrianistas pelos

percursos provoca, por um lado, compactaçãoe, por outro lado, é responsável pela erosão dosolo.

O pisoteamento do solo faz diminuir osseus poros. A compactação provoca umadiminuição da sua capacidade de retenção do are de absorção de água, modificando a sua“capacidade de sustentar a vida vegetal eanimal (micro-fauna do solo) associada”(Andrade, 2006). Magro (1999) corrobora comeste ponto de vista e afirma que “o pisoteio e aconsequente compactação diminui aquantidade de poros entre as partículas, comefeitos diretos no sucesso de germinação evigor das plantas”.

De acordo com Andrade (2006), ospercursos alteram, ainda, o padrão decirculação da água. Com efeito, ao deixar deabsorver uma quantidade significativa da água,esta passa a circular ao longo da superfície dopercurso, provocando o arrastamento de

IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS DECORRENTES DAIMPLANTAÇÃO E USO DE PERCURSOS PEDESTRES.

Teófilo Braga

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partículas. A erosão depende da inclinação doterreno, do tipo de solo e do padrão dedrenagem da região.

2. VegetaçãoAndrade (2006) refere que as plantas

podem ser destruídas, quer directamente pelopisoteamento, quer devido à compactação dosolo, e que a erosão “expõe as raízes dasplantas dificultando sua sustentação efacilitando a contaminação das raízes porpragas, o que compromete toda a planta”.

Além do referido, a abertura de um trilhoprovoca algumas mudanças na composição davegetação ao longo deste. Com efeito, asalterações ambientais fazem com que espéciesvegetais mais resistentes tenham maishipóteses de sobreviver do que outras maissensíveis. Por exemplo, quando um trilho éaberto, há alteração da luminosidade, o quefavorece o crescimento de plantas tolerantes àluz (Andrade, 2006).

Por seu lado Magro (1999), num estudoefectuado, notou o desaparecimento dealgumas plantas e a invasão de algumasespécies.

3. FaunaAndrade (2006), depois de considerar

que não se encontra bem estudado o impactodos trilhos sobre a fauna, escreve que éprovável que haja um aumento do número deindivíduos no caso de espécies tolerantes àpresença humana e uma diminuição no casodas mais sensíveis. Por seu turno, Magro(1999) considera que o pisoteio provoca umaredução da biomassa da fauna do solo.

4. Problemas antrópicosNo caso dos trilhos serem percorridos por

pessoas com uma fraca “consciênciaecológica”, irá haver ao longo dos mesmosdeposição de resíduos.

A presença humana nos trilhos poderá,também, em algumas circunstâncias, potenciaro aparecimento de fogos florestais, felizmentepouco prováveis numa região com ascaracterísticas climáticas dos Açores.

5. Medidas de Minimização de ImpactosPara além de todas as medidas que

deverão ser tomadas aquando dos trabalhos deplaneamento e implantação dos trilhos, umprincípio deverá ser tido em consideração: “ossítios de visitação não devem ser adaptados aosvisitantes, estes é que deverão ser preparadospara a visitação”(Salvati, 2006). Ainda deacordo com Salvati (2006), à educação

ambiental cabe umpapel de grandeimportância paraminimizar os im-pactos causadospelo uso dostrilhos.

Nas áreasprotegidas, emgeral, e no casoespecífico dostrilhos, o objec-tivo é “o esta-belecimento de umíndice ideal de uso,para que asmudanças no am-

C o n t i n u a

Vidália 26 6

biente não atinjam um nível indesejado sob oponto de vista da conservação dos recursos”(Magro, 1999).

Surge aqui o conceito de capacidade decarga, uma das ferramentas usada paraminimizar os impactos do uso público dosrecursos naturais, que foi definido por Wagarcomo sendo “o nível de uso que uma área podesuportar sem afectar a sua qualidade” (citadopor Magro, 1999).

Durante muito tempo considerou-se quebastaria limitar o número de pessoas pararesolver os problemas, contudo, para além deser uma medida impopular, outros factorespoderão causar impactos negativos (Magro,1999), como, por exemplo, uma má gestão dosespaços ou a falta de pessoal.

Par quem desejar aprofundar esteassunto, nomeadamente no que diz respeito apequenas obras que deverão ser efectuadas paraminimizar os impactos negativos,recomendamos a leitura dos seguintes textospublicados por Parcs Canada: “Manuel desSentiers” e “Meilleures pratiques por les

sentiers de Parcs Canada- Um éventaild’activités, d’installations et de servicesappropriés aux sentiers”.

BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, W., (2006), Manejo de trilhas,

www.femesp.org.

BUREAU DU CONSEILLER SPÉCIAL, SERVICES

DE L’IMMOBILIER, (PATRIMOINE

CANADIEN - ENVIRONNEMENT CANADA),

(1996), Meilleures pratiques pour les sentiers de

Parcs Canada - Un éventail d’activités,

d’installations et de services appropriés aux

sentiers, Parcs Canada.

DIRECTION DU GÉNIE ET DE L’ARCHITECTURE,

(1985), Manuel des Sentiers, Ottawa, Parcs

Canada.

MAGRO, T., (1999), Impactos do uso Público em Uma

Trilha no Planalto do Parque Nacional do Itatiaia,

São Carlos ( Tese de Doutoramento).

SALVATI, S., (2006), Trilhas - Conceitos, Técnicas de

Implantação e Impactos, http://ecosfera.sites.uol.

com.br/trilhas.htm.

7 Vidália 26

neste momento, os Amigos dos Açores, a únicaassociação dos Açores membro da Plataforma.

Abaixo, transcrevem-se oito razões quea Plataforma Não ao Nuclear apresenta paraoptar pela eficiênca energética.

Razões para optar pela eficiência energética

A evolução na área da energiademonstra claramente que não será possível,para já e mesmo num futuro próximo,encontrar uma fonte energética que possaresponder à intensidade e exigência energéticada totalidade dos processos e actividades queactualmente dependem dos combustíveisfósseis. Contudo, antes de pensarmos sobre adiversidade de fontes energéticas que teremos

que considerar para assegurar onosso consumo de energia, éfundamental reflectir sobre aefectiva necessidade de consu-mirmos tanta energia.

Portugal é um país com umclima temperado, que numa largafaixa do seu território desfruta dosefeitos do mar que resultam numamenor amplitude térmica e, logo,numa menor necessidade deaquecimento e arrefecimento. Estecontexto permite que Portugalpossa ter uma muito boa eficiênciano uso que faz da energia, desdeque sejam integrados algunscuidados e implementadas medidase acções que promovam uma maioreficiência energética.

A promoção da eficiênciaenergética pode ser atingidaatravés da implementação deacções, planos ou medidas quepermitam evitar o consumoe n e r g é t i c o .

Criada este ano, a Plataforma Não aoNuclear é um movimento que pretendecongregar todos aqueles (organizações nãogovernamentais, outras organizações eentidades, cidadãos) que pretendam:

- Demonstrar que a energia nuclear não é umaopção para Portugal, nem para o mundo;

- Promover as soluções que contribuem para odesenvolvimento de um modelo energéticosustentável para Portugal, onde a eficiênciaenergética e o aproveitamento das energiasrenováveis são os pontos centrais.

Da Plataforma Não ao Nuclear fazemparte as maiores Organizações NãoGovernamentais de Ambiente do país, sendo,

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EnergiaEFICIÊNCIA ENERGÉTICA

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Portugal é um dos países europeus (seconsiderarmos os primeiros 15 países da UniãoEuropeia) com uma menor eficiênciaenergética, ou seja, é um dos que gasta maisenergia por cada unidade de riqueza produzida.Tratando-se de um país ainda com uma elevadadependência energética do exterior, a eficiênciaenergética é a opção estratégica para um futurosustentável para Portugal. Entre as váriasrazões para optar pela eficiência energéticasublinhamos as seguintes:

1. A eficiência energética é o caminho maiseconómico para Portugal. Cada kWh poupado,de acordo com a Entidade Reguladora doSector Energético, é dez vezes mais barato doque um kWh a ser produzido, inclusive porenergias renováveis.

2. Como está intimamente ligada às nossasopções e acções quotidianas, a eficiênciaenergética promove a consciencialização para anecessidade de sermos todos parte da solução,uma vez que somos todos parte do problema.

3. Portugal tem um potencial de eficiência

energética enorme nos vários sectores

4. É a única solução isenta de emissões degases com efeito de estufa.

5. Contribui para a independência energética dePortugal.

6. É a opção menos poluente em termos deemissões para ao ar, água e solo, pois evita aexploração e transformação de recursos nãorenováveis – como o petróleo, carvão, gásnatural e urânio – ao mesmo tempo que evita aconstrução de infra-estruturas de produção deenergia, mesmo que seja de fontes renováveis.

7. Não produz resíduos.

8. Permite reduzir os gastos de qualquercidadão, agregado familiar, entidade ouempresa com a energia, atingindo as mesmasfinalidades com um menor custo.

Para saber mais sobre a Plataforma Nãoao Nuclear, consulte www.naoaonuclear.org

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Que a energia eólica é uma das melhoresalternativas parciais a outras energias de impactoambiental mais pesado, parece ser relativamenteconsensual entre organizações de ambiente e aténoutros sectores. Entre os mais ardorososdefensores das eólicas contam-se duas das maisrespeitadas e intervenientes organizaçõesambientais mundiais, a Greenpeace e os Friendsof the Earth (Amigos da Terra).

No entanto, como qualquer outroempreendimento, as eólicas, sobretudo quandoconcentradas em grandes parques, têm impactosambientais que devem ser estudados. Se foremelevados num determinado caso concreto, esseparque concreto não deve ser construído, porrazões idênticas às de outros empreendimentosde outro tipo, energéticos ou não,sujeitos a estudo de impactoambiental. Se os impactos foremmoderados ou diminutos, devemser feitas diligências para osmitigar mais ainda.

Na Galiza, por exemplo, emdeterminados casos concretos deparques implantados em paisagensou ecossistemas de especialinteresse, as organizações eco-logistas galegas (sobretudo aADEGA, a mais activa delas, etambém a Federação EcologistaGalega, que agrupa as principaisassociações ecologistas galegas)têm-se pronunciado criticamente eaté oposto, nalguns casos comempenho, a determinados empreendimentoseólicos. De forma mais esporádica, o mesmo temfeito entre nós o FAPAS.

Há para isso razões relacionadas com apreservação de ecossistemas valiosos, deespécies vegetais e mesmo animais, sobretudoaves. A construção de acessos em zonas antesremotas, o que permitia mantê-las mais ao abrigoda devastação, acessos exigidos pelos parqueseólicos, é um dos mais graves problemas que

podem ser levantados pela implantação destasestruturas. Claro que o impacto de uma grandebarragem é normalmente superior. Mas essecritério não deveria ser suficiente para passar umcheque em branco definitivo aos parques eólicosindependentemente do seu impacto ambientalconcreto.

Vejamos agora o aspecto estético, muitodiscutido também. Estou convencido de que oaspecto estético é um indicador seguro de valoresque ultrapassam em muito a simples estética. Épor isso que sinto (tendo conhecido o mundo nosanos 1950) que a nossa actual civilização, cadavez mais feia nas suas manifestações externas,tem também necessariamente algo deprofundamente errado no seu mais íntimo

impulso. Isto apesar de progressos inegáveis,alguns dos quais no entanto pouco menos queilusórios ou conseguidos a um preço despro-porcionado. Mas essa é uma outra questão.

Ora, de uma forma geral, as eólicas, eembora isso seja algo dotado de uma vertenteinevitavelmente subjectiva, parecem-me este-ticamente interessantes e às vezes até belas, querisoladamente, quer em agrupamentos, nesteúltimo caso porém dependendo

Energia

José Carlos Marques*

C o n t i n u a

EÓLICAS, PAISAGEM E IMPACTO AMBIENTAL

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fortemente (como é regra em construçõesagrupadas) do enquadramento no meioconstruído e no meio natural.

É por isso inevitável considerar o elemento«paisagem». A beleza de uma paisagem é muitomenos subjectiva do que possa parecer. Sobre aquestão existem estudos aturados (há mesmouma sociedade de estudo da paisagem emPortugal). A objectividade dos valores estéticospaisagísticos pode também apoiar-se na tradiçãoliterária e pictórica que nos permite ir além dosimples subjectivismo em matéria de estética dapaisagem, pois a literatura e a arte são formas deconhecimento e fixação de valores estéticostendencialmente universais, para além dascontradições que inevitavelmente contêm.

Ora, nesse domínio, se há paisagens quenão perdem, e até podem ganhar, com a implan-tação de agrupamentos de eólicas (obviamentedependendo da qualidade estética do desenho emcausa), o mesmo já se não pode dizer de outras.

Uma paisagem que se caracterize pelo seuisolamento e carácter bravio ou quase incólume,que tenha um valor especial e como talreconhecido (como o são as áreas de paisagemprotegida e os parques naturais e nacionais que,eles também, encerram paisagens especialmentevaliosas, um dos motivos, por vezes o principal,do seu estatuto de protecção) não deveria serperturbada pela construção de eólicas, ainda que,abstractamente, o aspecto estético não fosse

prejudicado. É que a paisagem resultante seria jáoutra, não aquela que foi valorizada a ponto delhe ser dado estatuto de protecção, ou, se o nãotem ainda, de o merecer. Por essa razão, pensoque foi um recuo importante terem-se aberto asportas (com a oposição de alguns directores deparques, obviamente depressa apelidados poralguns de «fundamentalistas») à construção deparques eólicos em áreas protegidas.

O mais doloroso desse processo é que ele éfeito em nome da ecologia e do ambiente. Assim,em casos extremos, a ecologia e o ambientetornam-se a justificação para uma ocupaçãoimplacável de todos os espaços aindarelativamente não sobrecarregados de cons-truções humanas e da sua sujeição à lógicaindustrial, económica e mercantil, que são asexpressões actuais da penetração humana noâmago de territórios que ainda possuíam algumcarácter de espontaneidade e não utilitário. Ora, éindispensável, para a própria sanidade mental e

sobrevivência física dahumanidade, que sobremvastas áreas, ainda queminoritárias, que escapemà lógica simplesmenteutilitária e produtivista(mesmo que visemcombater o efeito deestufa...).

Voltando ao aspectoestético e à paisagem,inventei um teste parapropor àqueles queinsistem em negarqualquer prejuízo estéticoprovocado pelas eólicasagrupadas: alguémimagina a Serra da

Arrábida repleta de eólicas nas suas cumeadas?Imaginar nem é difícil, mas confesso que, a quempossa conceber o resultado como tolerável, eudiria não pertencermos à mesma espécie dehommo sensibilis... É claro que a cimenteira quelá está é má, muito má, e não só esteticamente,mas é cá em baixo, numa área limitada e há-deum dia dali sair... Aliás, alguns defensores daseólicas não deixam de insistir, perante algumasdas críticas que a estas são feitas,

C o n t i n u a

11 Vidália 26

em que, dentro de vinte anos, feita por hipótesecom êxito a transição energética, as eólicaspodem ser desmanteladas sem terem deixadoatrás de si danos equiparáveis aos do nuclear, dosfósseis ou da maioria das hídricas.

As eólicas foram investidas de grandesesperanças no que se refere à referida transiçãode um sistema baseado nos combustíveis fósseispara um distema descentralizado e de mais baixoimpacto ambiental. Nos anos 1960-70, os pri-meiros movimentos ecológicos modernos eramentusiastas das eólicas mas sobretudo comosolução associada a uma revalorização dacivilização rural e local, pois permitiam fornecerenergia a quintas isoladas, aldeias, lugaresremotos, sem os inconvenientes e até os custos deoutras soluções. As eólicas concebidas comoestruturas de grande dimensão e ocupaçãoconcentrada do espaço para fornecer energia aum sistema global caracterizado por umaconcentração patológica e por disfuncionamen-tos graves tornam-se muito menos interessantes.

Creio que não há solução ao problemaenergético/ambiental (os dois juntos) se nos

limitarmos a aplicar às energias alternativas osmesmos modelos de concentração e gigantismoque até hoje se aplicaram a outras formas deenergia, em associação com uma concentraçãourbana excessiva, que as apela e por sua vez sóelas permitem. Se pretendemos um outro tipo deordenamento territorial, teremos que conceber aprodução de energia de uma outra forma que nãoa concentração sistemática. Concentração que jálevou mesmo a que o projecto de energia solar deMoura fosse concebido como «o maior domundo», quando do que precisávamos era denumerosos pequenos e médios projectos solares,sobretudo nos próprios edifícios das cidades e nopovoamento remoto e disperso. Não chegaverdadeiramente a surpreender que o grandeprojecto solar nacional, o maior do mundo, estejajá a ser comprado por empresas espanholas.Talvez que o «grandioso» não seja a dimensãoadequada a Portugal...

Diz-se que as alternativas energéticas têmque avançar para substituir as formas fósseis econcentradas. Mas o que verificamos é que, pelomenos nalguns países, todas

Vidália 26 12

aumentam: a eólica e a solar não substituem opetróleo e o nuclear (nem sequertendencialmente) mas adicionam-se a eles.Embora esse não seja o caso nos países que têm(até agora) uma decisão de abandono do nuclear,como a Alemanha, é o que se passaefectivamente noutros.

Com a recente investida em Portugal deum lóbi pró-nuclear que se conseguiu implantarem certa imprensa e até em sectores do governo,começam a ouvir-se vozes que atacamviolentamente as eólicas, não na perspectivacrítica equilibrada atrás referida, mas como umpretexto para fazer vingar em contraste o nuclear,numa tentativa de o prestigiar já que os seuspromotores sabem bem que ele suscita adesconfiança do cidadão comum. Menoriza-separa isso de forma extrema o contributo que podeser dado pelas eólicas para em contraste valorizara parte que pretendem atribuir ao nuclear, tendocomo pano de fundo as alterações climáticas.Mas a escolha que pretendem impor-nos é comoquererem obrigar-nos a escolher entre naufragardevorados por Cila ou por Caríbdes. Como diz opovo, «venha o diabo e escolha».

As formas de economia de energia e deprodução combinada são tão ou mais importantesque as simples alternativas energéticas. Eprovavelmente mais importante do que tudo issoseria o abandono da obsessão pelo crescimentoenergético constante (que é uma consequência daobsessão pelo crescimento económico ilimitado).Mas, mais uma vez, isso leva-nos a uma outraquestão, que é a de uma civilização e de umaeconomia que se regeriam por critérios deestabilidade («steady state»; existe uma amplaliteratura sobre este assunto, produzida poreconomistas ecologistas) e já não por critérios decrescimento constante (que os economistasconvencionais tomam como um dogma, e quenós poderíamos antes considerar como umaeterna «fuga para a frente»).

Também se pode chamar a essa perspec-tiva, na terminologia francesa, «décroissance».No fundo é a problemática do famoso relatóriodo Clube de Roma, hoje semi-esquecido eentretanto muito atacado, mas que, em últimaanálise, mais século menos século, é inapelável.

* coordenador da revista Ar [email protected]

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Denúncia

A POSIÇÃO DOS AMIGOS DOS AÇORES SOBREO CASO DA CAÇA AOS MILHAFRES PELA ANA

A Associação Ecológica AMIGOS DOSAÇORES tomou conhecimento, com muitapreocupação, da notícia de que a empresa ANApromoveu, no passado dia 11 de Julho, umasessão de tiro ao Milhafre na área do AeroportoJoão Paulo II, ave protegida e símbolo dosAçores.

Reconhecendo-se o facto da colisão deaviões com aves poder resultar em acidentes demuita gravidade, os AMIGOS DOS AÇORESnão podem deixar de repudiar veementemente asolução primitiva encontrada por uma empresacom o estatuto da ANA para resolver o problemada presença de Milhafres junto do aeroporto dePonta Delgada.

Existem, hoje, outras soluções paragarantir o afastamento das aves nos momentosdas aterragens e descolagens de aeronaves,citando-se, a título de exemplo, o que se passa noaeroporto de La Plama, onde a situação éultrapassada através de sistema de emissõessonoras, com reconhecido sucesso.

Os AMIGOS DOS AÇORES apelamassim ao bom senso dos responsáveis da ANA,no sentido de recorrerem a soluções técnicas queigualmente garantem a segurança das operaçõesnos aeroportos, evitando dar tão mau econdenável exemplo de incumprimento dalegislação em vigor. Os Milhafres (os Açores)agradecem.

17 de Julho de 2006A Direcção dos Amigos dos Açores

NOTA- Depois do abate de milhafres porparte da Ana, no Aeroporto de Ponta Delgada, edas promessas de zelar pela segurança dasaeronaves, o que se poderá verificar é o mais

profundo des-leixo.Com efeito, a

28 de Agosto, aquan-do de uma viagem aLisboa, pudemos ob-servar, enquanto nosdirigíamos para oavião a presença decerca de uma dezenade aves (entre elas umou dois milhafres) nasproximidades dapista.

No dia 23 deSetembro, aquandodo regresso de umaviagem à Madeira,observamos nosterrenos quemarginam a pista,

mais de uma centena de gaivotas e várias dezenasde outras aves de pequeno porte.

5 de Outubro de 2006Teófilo Braga

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Reciclar é uma forma de valorizar um material que já foi utilizado, transformando-o em material útil! A reciclagem permite:

reduzir o consumo de energia; reduzir a quantidade de resíduos sólidos que irão para o aterro sanitário; diminuir a exploração de recursos naturais.

Por exemplo:

uma tonelada de papel reciclado evita o corte de 15 a 20 árvores; uma tonelada de vidro reciclado evita a extracção de cerca de 1300 Kg de areia; 100 toneladas de plástico reciclado evitam a extracção de 1 tonelada de petróleo.

Para além de contribuir para a reciclagem, através da separação de resíduos, REDUZA a quantidade de lixo que produz no dia a dia. REUTILIZE dando novo uso a materiais já utilizados

Contentor Azul Contentor Azul Contentor Azul PapelãoPapelãoPapelão

PAPEL USADO PODE SER PAPEL USADO PODE SER PAPEL USADO PODE SER RENOVADORENOVADORENOVADO

DEVE COLOCAR: caixas de cartão liso e canelado limpas; embalagens de cartão limpas; sacos de papel limpos; revistas; jornais; papel de escrita e impressão.

NÃO DEVE COLOCAR:

embalagens e papeis de produtos orgânicos ou gorduras; embalagens de produtos tóxicos e perigosos; fraldas descartáveis limpas ou usadas; guardanapos e lenços de papel; papel vegetal e de alumínio; envelopes de janela de plástico.

15 Vidália 26

Contentor Verde Contentor Verde Contentor Verde VidrãoVidrãoVidrão

VIDRO VELHO FAZ VIDRO VIDRO VELHO FAZ VIDRO VIDRO VELHO FAZ VIDRO NOVONOVONOVO

DEVE COLOCAR: garrafas e garrafões de vidro bem lavados; frascos e boiões de vidro limpos (sem tampas e anilhas de plástico ou de metal).

NÃO DEVE COLOCAR:

loiças e cerâmicas (pratos, cháve-nas e jarras); vidros especiais (cristal, pirex, espelhos, lâmpadas, embalagens de cosméticos e perfumes); vidros farmacêuticos e de hospital; tampas e rolhas.

Contentor Amarelo Contentor Amarelo Contentor Amarelo EmbalãoEmbalãoEmbalão

PLÁSTICO E METAL VELHO PLÁSTICO E METAL VELHO PLÁSTICO E METAL VELHO PRODUZ PLÁSTICO E METAL PRODUZ PLÁSTICO E METAL PRODUZ PLÁSTICO E METAL

NOVONOVONOVO

DEVE COLOCAR: embalagens de plástico (garrafas e frascos lavados, caixas e sacos de plásticos limpos e esferovite); embalagens de metal (latas de bebida e de conserva).

NÃO DEVE COLOCAR:

tampas e rolhas; embalagens com gordura; embalagens de produtos tóxicos e perigosos (por ex. tintas); electrodomésticos; tachos e talheres

Contentor VermelhoContentor VermelhoContentor Vermelho PilhãoPilhãoPilhão DEVE COLOCAR:

pilhas usadas; baterias pequenas

(relógios e calculadoras); baterias de telemóveis.

NÃO DEVE COLOCAR:

baterias de carros; baterias de motos; outras baterias.

PILHAS VELHAS PERIGO À PILHAS VELHAS PERIGO À PILHAS VELHAS PERIGO À SOLTA!SOLTA!SOLTA!

Vidália 26 16

O Arquipélago dos Açores é constituídopor nove ilhas e vários ilhéus e situa-se empleno Oceano Atlântico Norte, entre ascoordenadas 36º 55’ e 39º 45’ de latitude Nortee entre 25º e 31º 15’ de longitude Oeste. Devidoà sua localização geográfica, entre o continenteEuropeu e o continente Americano, é umimportante local de paragem quase obrigatóriapara muitas das espécies de aves migratórias,que, nas suas longas travessias transatlânticas,aproveitam a orla costeira deste arquipélagopara nidificação, descanso, refúgio oualimentação. Embora o Arquipélago não seencontre incluído nas grandes rotasmigratórias, oferece vários locais importantes,tais como zonas costeiras, lagoas no interior eilhéus ao longo da costa, os quais assumem,assim, um papel importante no ciclo de vidadestas espécies bem como na conservação esalvaguarda da sobrevivência das mesmas.

No hemisfério Norte, as aves dirigem-se,no Inverno, para locais mais quentes (para Sul),

onde encontrarão mais alimentos e ai passam aépoca de Invernada. Na Primavera, voltam aoponto de partida, para fazerem o ninho e sereproduzirem, local mais quente nesta época doano chamada época de nidificação. Assimsendo, a melhor altura de observação é, semdúvida, nos meses de migração, nos meses daPrimavera e meses do Outono, sendo desalientar que a migração não é um fenómenoestático pelo que não se cinge apenas a um mês,variando, também, conforme a espéciemigratória.

Por razões diversas, muitoprovavelmente devido a ventos fortes oucondições climatéricas adversas, algumas avessão desviadas das suas rotas migratóriastornando-se visitantes ocasionais dos Açores.Um número significativo de espéciesmigratórias que por cá passam pertence àOrdem Charadriiformes, de origem nas regiõesNeárctica e Paleárctica. Esta ordemcaracteriza-se pelo facto dos seus membros

viverem nas zonascosteiras e sealimentarem deinvertebrados ou deoutros animaismenores. Algumassão encontradas emalto mar, outras emdesertos, e outras,mais raras, emflorestas. Possuempernas compridas ebico com estruturaadaptada a diferen-tes técnicas de ali-mentação. Perten-cem a esta ordem asd u a s

Aves

LOCAIS DOS AÇORES MAIS PROPÍCIOS À OBSERVAÇÃO DE AVES MIGRATÓRIAS

C o n t i n u a

Rita Melo

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espécies de Garajaus, o Garajau comum –Sterna hirundo e o Garajau rosado – Sternadougallii que nidificam na costa de todas asilhas Açorianas.

Os locais com importância ornitológicanos Açores estão dispersos um pouco por todasas ilhas. As áreas costeiras, os matosmacaronésicos, as áreas rochosas,nomeadamente as falésias e os ilhéus, as áreasde cascalho, as grutas, as lagoas e os portos depesca são zonas mais propícias para aobservação de espécies desta ordem.

Assim sendo, na Ilha de Santa Maria, olocal mais importante para a observação de

aves migratórias é na freguesia de Vila doPorto, mais propriamente no ilhéu da Vila, mastambém na costa desta freguesia. Estes locais,onde nidificam espécies desta ordem,constituem, ainda, uma zona de ocorrênciaregular para outras aves migratórias visitantes.

Na ilha de São Miguel, os locais maisimportantes para a observação de avesmigratórias são: na cidade da Ribeira Grande, aPraia do Monte Verde; na freguesia das Furnas,a Lagoa das Furnas; na freguesia dosMosteiros, a zona costeira; na cidade de PontaDelgada, a costa da avenida marginal, bem

como o seu porto de pesca, e na freguesia dasSete Cidades, a Lagoa das Sete Cidades earredores.

Na ilha Terceira, os locais maisimportantes são na freguesia do Cabo da Praia,a zona da pedreira junto à costa e na Freguesiade Santa Cruz, o interior, na zona do Paul.

Na ilha Graciosa, o local mais relevantepara a observação de aves é na freguesia de SãoMateus, mais precisamente o ilhéu da Praia ejunto à costa.

Na ilha de São Jorge, o local maisrelevante para a observação de aves é nafreguesia da Ribeira Seca, na base da alta

falésia onde selocalizam as Fajãsdos Cubres e doSanto Cristo.

Na ilha doPico, a zona costeiradas freguesias daMadalena e dasLajes são, semdúvida, bons locaispara a observação deespécies destaordem.

Na ilha doFaial, a freguesia dasAngústias constituium local importantepara a observação deaves migratórias,

mais especificamente em redor do Monte daGuia, na praia do Porto Pim e no porto.

Na ilha das Flores, o melhor local para aobservação de aves é, sem dúvida, a zonacosteira da freguesia de Santa Cruz.

Na ilha do Corvo, em toda a zona costeirada ilha bem como no Caldeirão, há grandesprobabilidades de observação de espécies destaordem. É relevante mencionar que na ilha dasFlores, bem como na ilha do Corvo, aprobabilidade de observar aves de origemNeárctica é maior do que nas outras ilhas doArquipélago.

LIVROS Associados Não Assoc. Nº ValorGrutas, Algares e Vulcões 5,00 € 7,50 €Lagoas e Lagoeiros da Ilha de São Miguel 7,50 € 12,50 €Paisagens Vulcânicas dos Açores 5,00 € 8,00 €Borboletas Nocturnas dos Açores Grátis 2,50 €Moinhos da Ribeira Grande Grátis 2,50 €Parque Natural Reg. Plataforma Costeira das Lajes do Pico Grátis 2,50 €Cavidades Vulcânicas dos Açores Grátis 2,50 €Orientação Grátis 1,00 €Percursos Pedestres em São Miguel Grátis 5,00 €Plantas dos Açores Grátis 5,00 €Plantas Usadas na Medicina Popular Grátis 5,00 €BROCHURASPercurso Pedestre da Ribeirinha Grátis 1,50 €Percurso Pedestre do Salto do Cabrito Grátis 1,50 €Percurso Pedestre da Serra Devassa Grátis 1,50 €Percurso Pedestre do Pico da Vela Grátis 1,50 €Percurso Pedestre das Três Lagoas Grátis 1,50 €Percurso Pedestre Praia – Lagoa do Fogo Grátis 1,50 €Percurso Pedestre Pinhal da Paz Grátis 1,50 €Percurso Pedestre do Sanguinho Grátis 1,50 €Percurso Pedestre das Sete Cidades Grátis 1,50 €Percurso Pedestre das Quatro Fábricas da Luz Grátis 1,50 €Percurso Pedestre da Ponta da Madrugada Grátis 1,50 €Percurso Pedestre da Fajã do Calhau Grátis 1,50 €Percurso Pedestre das Furnas Grátis 1,50 €Percurso Pedestre de Santa Bárbara Grátis 1,50 €OUTROS MATERIAISBonés "Amigos dos Açores" 2,00 € 3,00 €T-Shirt "Salvemos o Pombo Torcaz" 3,00 € 4,00 €T-Shirt "Golfinhos" 4,00 € 5,00 €T-Shirt "Amigos dos Açores" 5,00 € 6,00 €Casacos para Protecção da Chuva 10,00 € 11,00 €Sweat-Shirt "Amigos dos Açores" 12,50 € 13,00 €

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