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Impactos Socioeconômicos das IGs e Marcas Coletivas Luiz Otávio Pimentel Presidente do INPI Florianópolis, 31 de agosto de 2016

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Impactos Socioeconômicos das

IGs e Marcas Coletivas

Luiz Otávio Pimentel

Presidente do INPI

Florianópolis, 31 de agosto de 2016

Serra Catarinense

IGsdesde os

primeiros registros

DO / 1997

IP / 1999um longo

caminho de

construção e

aperfeiçoamento

institucional

público-privado

Produtos com potencialidade para serem

registrados com IG

porque se tornaram conhecidos por

serem extraídos, produzidos ou

fabricados numa localidade (IP);

ou quando suas qualidades ou

características se devem exclusiva ou

essencialmente ao meio geográfico,

incluídos fatores naturais e humanos (DO).

Reconhecimento das IGs e

criação das Marcas Coletivas

preparação

para o registro

e após

primeira IP

brasileira

primeira

IP de SC

1996total 69.903

residentes 56.180 (80%)

número de pedidos

Registro de Marcas20 Anos

2015

total 158.709

residentes 130.720 (82%)

2016residentes 82%

x 2,2

Número Pedidos de Registro de Marcas: 1996-2016(participação dos depositantes residentes)

Fonte: INPI/AECON, 26/08/2016.

Pedidos e registros

Marcas Coletivas (MCol)

Marcas de Certificação (Mcert)

1/1/1997 a 28/08/2016

1 Pedidos depositados

Mcol 6.664 pedidos

Mcert 2.903 pedidos

2 Pedidos arquivados por falta

de documentação

específica, não cumprimento

de exigência ou não

pagamento de taxa final

Mcol 5.643 (84,7%)

3 Pedidos arquivados falta documentação específica

Mcert 2.040 pedidos (70,3%)

4 Registros concedidos

Mcert 17 marcas

Mcol 223 marcas

último registro foi examinado em menos de 10 meses 910008671Gravetero.

Pedidos de Santa Catarina 291

Registros de Santa Catarina 20

5 Pedidos pendentes de decisão

(inclusive sobrestados, aguardando documentação e pagamento taxa

final, cumprimento de exigência ou entrada de recurso)

Mcol 393 pedidos

6 Pedidos pendentes de cumprimento de

exigência e aguardando entrega

documentação:

Mcert 555 pedidos

Evolução dos pedidos e registros

1997 – primeiros dois pedidos de DO

1999 – primeiro pedidos de IP (BR)

DO – 37 pedidos de registro (+2008/2013)

– 17 Registros (9 BR, 8 estrangeiros)

IP – 67 pedidos de registro (+2009/2015)

– 40 Registros (40 BR)

104 pedidos de registro DO e IP

57 registros DO e IP

Indicações Geográficas: 1996-2016

Pedidos de Registro de IGDO - Denominação de Origem: 1997-2016(participação dos depositantes residentes)

Fonte: INPI/AECON, 26/08/2016.

Pedidos de Registro de IGIP - Indicação de Procedência: 1999-2016(participação dos depositantes residentes)

Fonte: INPI/AECON, 26/08/2016.

SCpriorizações quadro geral

30 IG

Banana de CorupáVinhos de Altitude da Serra CatarinenseMel de Melato da Serra CatarinenseOstras de FlorianópolisCebola de ItoporangaMaça de São JoaquimQueijo Serrano Erva Mate do Planalto Norte CatarinenseArroz do Alto Vale do ItajaíPinhão da Serra CatarinenseBanana de Luís AlvesLaranja e Suco do Vale do Rio UruguaiCalçados Femininos de São João BatistaCervejas artesanais da região de BlumenauMóveis de Sâo Bento do SulAlho do Planalto CatarinenseCarne Suína do Oeste CatarinenseTI de FlorianópolisVime de Rio RufinoTruta da Serra CatarinenseTurismo de Observação de Baleias Franca no Litoral CatarinensePlantas e flores ornamentais de Santa CatarinaLinguiça de BlumenauTranças da Terra do Meio Oeste CatarinenseRenda de Bilro de FlorianópolisCachaça de Luís AlvesKochkaese do Vale do ItajaíRenda de Crivo CatarinenseCristais de BlumenauFrescal de São Joaquim

FOTO: https://amicodivino.wordpress.com/2012/07/12/vale-das-uva-goethe-indicacao-de-procedencia-brasileira/

Vinhos dos Vales da Uva Goethe

Nascido na Itália, advogado e jornalista, Giuseppe tinha uma forte relação com a vitivinicultura. Ele mantinha contato com Benedito Marengo, um imigrante italiano em São Paulo, que foi responsável pela introdução de diversas variedades de uva no Brasil. A Goethe estava entre essas variedades e foi aportada por Giuseppe à região de Urussanga e distribuída aos imigrantes. Essa variedade, com o decorrer dos tempos, mostrou possuir uma boa adaptação à região e também características típicas que diferenciam o seu vinho das demais variedades e, também, de outras regiões de cultivo. [3]

IG-201009

O Vale do Itajaí foi colonizado, a partir de Blumenau, principalmente por agricultores alemães e italianos e, em menor proporção, por poloneses e portugueses. Vindos da Europa a partir de 1850 e acostumados a clima, vegetação e solo totalmente diferentes, instalaram-se às margens do rio Itajaí-Açu.

Cristais Artesanais do Vale do Itajaí

A influência germânica é marcante em toda a região, desde a arquitetura Enxaimel, o idioma, a culinária, os produtos e as festas típicas. [5]

http://blog.oxfordporcelanas.com.br/oxford-crystal/

http://www.litoraldesantacatarina.com/foto/florianopolis/cultivo-de-ostras-e-mariscos--em-ribeirao-da-ilha-florianopolis/994/

Santa Catarina é o maior produtor

nacional de ostras cultivadas e

Florianópolis responde pela

metade da produção estadual.

Essa atividade foi implantada pela

EPAGRI e pela UFSC no final da

década de mil novecentos e

oitenta objetivando

complementar a renda do

pescador artesanal contribuindo

com a fixação do pescador nas

suas comunidades de origem. Em

1999, a Prefeitura Municipal de

Florianópolis, em parceria com a

EPAGRI, deu início ao projeto

“Desenvolvimento Sustentável da

Maricultura”, realizando a Festa

Nacional da Ostra e da Cultura

Açoriana (FENAOSTRA) e criando

o Fundo Municipal de

Desenvolvimento Rural e

Marinho. [10]

Ostras Cultivadas de Florianópolis

http://www.imobiliariabuzz.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/12/Fazenda-de-Ostras_1.jpg

Florianópolis é conhecida como a capital nacional da ostra e muitos projetos e entidades vêm contribuindo para este reconhecimento alcançado.

http://viagemcomgosto.blogspot.com.br/2012/01/ostra-gratinadas-de-floripa.html

O início do processo se dá no Laboratório de Moluscos Marinhos da UFSC, onde são desenvolvidas as sementes das ostras.

http://www.ndonline.com.br/florianopolis/noticias/10471-revolucao-pelo-mar-ostra-do-litoral-catarinense-abastece-o-pais.html

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http://escapismogenuino.com.br/2012/03/26/as-melhores-ostras-de-florianopolis-restaurante-ostradamus/

http://sc.bomnegocio.com/norte-de-santa-catarina/terrenos/terreno-rural-reflorestado-com-erva-mate-37748000

A erva-mate, denominada Ílexparaguayensis por Saint-Hilaire, conhecida por caa-mientre os índios guaranis, é extraída das folhas da árvore, que são perenes, um tanto grossas e coriáceas, e têm as nervuras fortes. Em relação ao cultivo, a prática existente na região é conhecida popularmente por “erva-mate de cultivo sombreado, pelo fato de que a espécie cultivada na região se desenvolve à sombra de outros vegetais”, sendo essa uma das suas principais características. [12]

Erva-mate da Região do Planalto Norte Catarinense

http://www.churrascariagalpaocrioulo.com.br/o-chimarrao-e-a-ciencia/

http://www.ndonline.com.br/joinville/colunas/catauchas-do-lima/6864-gravacao-de-tv-resgata-historia-tropeira-de-santa-catarina.html

Com uma tradição secular, que remonta ao período do tropeirismo no Brasil e com uma receita tradicional passada de geração a geração há quase 200 anos, o queijo serrano é uma das principais fontes de renda das famílias de pequenos pecuaristas que se dedicam à sua produção. [15]

Queijo Artesanal Serrano

http://redesul.am.br/Noticias/Agricultura/24/04/2013/Queijo-Serrano-e-tema-de-documentario-australiano/124029/

O reconhecimento da IG da

Carne Suína e Derivados do

Meio-Oeste Catarinense vem

sendo buscado há algum

tempo por produtores de

suínos, pequenos frigoríficos

e instituições de fomento e

de pesquisa, que

identificaram a possibilidade

de obter o registro de IP para

os produtos cárneos de

suínos, como defumados,

embutidos, recheados,

temperados, entre outros.

[20]

Carne Suína e Derivados do Meio-Oeste Catarinense

Workshop Catarinense IG e

Mostra de Produtos Tradicionais

Rede de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável

Patrimônio Cultural e Indicação Geográfica

Alguns impactos socioeconômicos positivos

associativismo entre pequenos, médios, grandes e entre todos

organização dos micro e pequenos produtores

reforço das cadeias produtivas, mais ganhos para o conjunto

melhoria da qualidade dos processos, produtos e serviços

segurança alimentar dos produtos agroalimentares

rastreabilidade

valor geográfico agregado nos produtos e serviços

participação nas cadeias globais de valor

diferencial produção: tradicional x indústria massa

turismo

bem-estar na coletividade

envolvimento das ICTs: pesquisa, P&D, extensão e ensino

interação diferentes setores e atores: sociedade, governo (fed. est.

municipal), empresários, consumidores, academia e suas

associações e fóruns.

Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Luiz Otávio Pimentel

Presidente

[email protected]

www.inpi.gov.br