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1 INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO TÉCNICO INTEGRADO DE INFRA-ESTRUTURA DE VIAS DE TRANSPORTES E ESTRADAS BRIAN EGIDIO SILVA TEIXEIRA IMPÉRIO ROMANO VITÓRIA 2009

IMPÉRIO ROMANO

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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CURSO TÉCNICO INTEGRADO DE INFRA-ESTRUTURA DE VIAS DE TRANSPORTES E ESTRADAS

BRIAN EGIDIO SILVA TEIXEIRA

IMPÉRIO ROMANO

VITÓRIA

2009

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BRIAN EGÍDIO TEIXEIRA SILVA

IMPÉRIO ROMANO

Vitória

2009

Trabalho sobre o Império Romano, apresentado ao professor Vitor Aurélio, da disciplina de História do Instituto Federal do Espírito Santo – IFES, para obtenção de pontos para aprovação no quinto semestre do Curso Técnico de Infra-Estrutura de Vias de Transportes e Estradas.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4

2 FUNDAÇÃO ROMANA ................................................................................................... 5

2.1 RÔMULO E REMO, E A LENDA DA FUNDAÇÃO DE ROMA ........................................ 5

3 DESENVOLVIMENTO DA CIDADE ROMANA .................................................................... 6

4 A LUTA PLEBÉIA PELA IGUALDADE ................................................................................ 7

5 A EXPANSÃO DO IMPÉRIO ROMANO ............................................................................ 8

5.1 GUERRAS PÚNICAS ............................................................................................... 8

6 CULTURA ROMANA ...................................................................................................... 9

7 O COMEÇO DA DECADÊNCIA DO IMPÉRIO ROMANO ................................................... 10

7.1 REFORMAS NO PODER ........................................................................................ 11

7.2 DISPUTAS PELO PODER ....................................................................................... 11

8 PRIMEIRO TRIUNVIRATO ............................................................................................ 12

9 SEGUNDO TRIUNVIRATO ............................................................................................ 13

9.1 IMPERATOR, PRINCEPS SENATUS, AUGUSTUS ...................................................... 13

10 SUCESSÃO DE IMPERADORES NO PODER ................................................................. 14

11 RELIGIÃO ROMANA ................................................................................................ 14

11.1 DEUSES ROMANOS ............................................................................................. 15

11.2 A NOVA RELIGIÃO ............................................................................................... 16

12 CRISE DO IMPÉRIO ROMANO .................................................................................. 17

13 INVASÃO DE ROMA ................................................................................................ 18

14 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 19

15 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 20

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1 INTRODUÇÃO Neste trabalho, será apresentado um pouco da grande história do império

Romano, algumas de suas características, como: cultura, religião, classes

econômicas, divisão de serviços e modelo governamental, por esse império ter

mais de 1000 anos (levando em consideração a sobrevivência do Império

Romano do Oriente), fica difícil de se retratar com clareza todas as fases deste

império, porém, através deste trabalho, poderá se ter uma idéia básica de

muitas coisas que aconteceram nesse vasto e fascinante Império.

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2 FUNDAÇÃO ROMANA No terceiro milênio antes do nascimento de cristo povos arianos também

conhecidos como italiotas, iniciaram o povoamento da Península Itálica,

submetendo as populações autóctones.

Os arianos não encontraram dificuldades para submetê-los e ocupar

amplas regiões pois suas tribos se espalharam por grandes planícies. Todavia,

outros povos também se estabeleceram na Itália. Os etruscos vindos da Ásia

ocuparam a parte norte da Itália, fundando cidades e desenvolvendo atividades

econômicas como agricultura e comércio. Desenvolveram uma civilização

exuberante deixando vestígios do avançado estado técnico em que se

encontravam.

Os gregos também se fixaram na Itália. Colônias gregas foram fundadas

no litoral sul, constituindo parte da Magna Grécia.

2.1 RÔMULO E REMO, E A LENDA DA FUNDAÇÃO DE ROMA

Conta a lenda que os fundadores de Roma foram os irmãos Rômulo e

Remo, filhos de Rea Sílvia, uma princesa etrusca que os teria lançado às

águas do Rio Tibre para que não fossem assassinados por um usurpador. Eles

teriam escapado das águas e sido alimentados por uma loba. Segundo o poeta

Virgílio, eles eram descendentes de Enéias, herói grego que lutou na guerra de

Tróia.

Todavia, historicamente Roma nasceu de um pequeno povoado de

pastores do Lácio que ergueram um forte para sua proteção e que se tornou

um nó importante na rota comercial das cidades etruscas e o mar

Mediterrâneo.

Inicialmente Roma era um povoado sem lei, habitado por marginais que

ali buscavam refúgio. Mesmo os piratas estabeleceram-se em Roma. Os

habitantes iniciais deram origem à aristocracia patrícia.

Segundo a tradição Roma foi fundada em 753 a.C.

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3 DESENVOLVIMENTO DA CIDADE ROMANA Inicialmente Roma se desenvolveu na forma de uma monarquia exercida

por um rei representante dos patrícios. Estes tinham assento no Senado. Havia

ainda a Assembléia Curiata formada por três tribos, cada uma com dez cúrias,

somando trinta cúrias.

Os patrícios eram proprietários das melhores terras e apropriavam-se do

trabalho de seus camponeses, ou clientes. Dedicavam-se à agricultura e à

criação de animais. As piores terras e atividades urbanas menires eram

exercidas pelos plebeus, habitantes que chegaram após a fundação da cidade,

ou foram despojados pelos patrícios.

Os reis de Roma, ainda de acordo com a tradição, foram sete. Todavia,

com o desenvolvimento da cidade e o fortalecimento do patriciado, estes se

dispuseram a exercer o poder diretamente. Para isso depuseram o último rei

etrusco, Tarquínio, o Soberbo, e proclamaram a República em 509 a.C. O

pretexto para a disposição do rei foi desenvolvida do rei foi o envolvimento

amoroso de seu filho com a mulher do chefe do Senado, Casta Lucrécia.

Logicamente os patrícios desenvolveram órgãos administrativos e

políticos para serem ocupados por membros de sua categoria social. Aos

plebeus restava trabalha, obedecer e lutar no exército para defender a cidade

ou conquistar novas regiões e riquezas para o Estado e os patrícios.

O Senado romano tornou-se uma poderosa organização influindo em

todos os destinos do Estado. Controlava desde a organização interna

legislativa e administrativa até os problemas externos e religiosos. Era vitalício

e seus membros escolhidos entre as famílias mais ricas e poderosas e depois

entre antigos magistrados.

O poder executivo e militar era exercido por dois cônsules, que eram

eleitos pelo Senado pó cerca de dois anos, e pelo ditador. Este só era indicado

em momentos de guerra ou de grave ameaça ao Estado, ainda assim, por 6

meses (tempo que poderia ser ampliado, na persistência da situação).

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Os pretores eram os magistrados incumbidos da distribuição da justiça e

da organização das forças militares. Os questores organizavam e zelavam

pelas rendas públicas do estado. Os censores dividiam a população segundo

suas posses e cuidavam do comportamento geral e da conduta pública. Aos

edis incubiam a organização da cidade, dos mercados, do policiamento e

outras atividades menores.

4 A LUTA PLEBÉIA PELA IGUALDADE O desenvolvimento da República e a expansão romana determinaram as

lutas por igualdade de direitos dos plebeus. A ativação do comércio e de outras

atividades econômicas proporcionou condições para que alguns

enriquecessem, mas isto não significava participar do poder (este era

monopolizado pelos patrícios). As contradições sociais acirraram-se com a

maior complexidade da cidade e do ativamento das relações entre os

habitantes de Roma.

Iniciaram-se então as lutas sociais que duraram mais de 200 anos. A

plebe se revoltou várias vezes fazendo com que os patrícios abrissem mão do

poder e permitissem que eles participassem das instituições publicanas. Em

494 a.C., após a saída dos plebeus para o Monte Sagrado e a ameaça de

fundarem uma cidade rival, conseguem o direito de indicar um representante, o

Tribuno da Plebe.

Em 450 a.C. houve revolta contra o direito consuetudinário, isto é,

baseado nos costumes e ainda da transmissão oral. Os patrícios foram

obrigados a concordar com a codificação da lei nas célebres Leis das XII

tábuas. Estas ficavam fixadas em local público para que todos pudessem saber

seus direitos

Muitos plebeus ricos entenderam que a plena cidadania só seria

conquistada quando tivessem a oportunidade de participar das famílias

tradicionais. Forçaram a aprovação em 445.a.C., da Lei Canuléia, que permitia

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o casamento entre patrícios e plebeus. Em 366 a.C. a Lei Licínia aboliu a

escravidão por dividas e permitiu que plebeu se tornassem cônsules.

Finalmente em 287 a.C. os plebeus aprovaram a lei que impunha o

plebiscito, isto é, uma consulta geral sobre as decisões mais importantes que

tinham força de lei.

É importante lembrar que as lutas sociais foram longas, penosas e

conquistadas gradativamente. E, além disso. Apenas os ricos plebeus tinham

acesso aos postos de comando. A massa da população permaneceu

marginalizada e sem a menor decisão nos assuntos importantes, pois quando

aparecia nas Assembléias era manobrada pelos poderosos.

5 A EXPANSÃO DO IMPÉRIO ROMANO Roma armou um poderoso exército que lhe garantiu a conquista de toda

a Península Itálica. Patrícios e plebeus se apresentavam para lutar e defender

a expansão romana. Claro que também tinham em vista os butins e saques

promovidos. Muitos enriqueciam com as guerras. Uns roubando os vencidos,

outros vendendo suprimento e armas para o exército romano.

Inicialmente conquistaram os povos da planície do Lácio. Avançaram em

direção ao sul e dominaram as cidades gregas da Magna Grécia. A resistência

maior foi de Tarento, que obteve apoio do Rei Pirro, do Épiro. Porém Tarento

não conseguiu resistir também.

Roma conquistou toda a Itália e avançou sobre o mediterrâneo com o

objetivo de controlar as produções de trigo da Sicília e o comércio marítimo.

Os romanos construíram uma poderosa esquadra e reforçaram o

exército. Entraram em choque com os Cartagineses iniciando a Guerra Púnica.

5.1 GUERRAS PÚNICAS O avanço romano pelo Mediterrâneo desencadeou a guerra contra Cartago, cidade fenícia do norte da África, que se dedicava ao comércio marítimo e possuía possessões na Espanha e na Sicília. Em 241 a.C. os romanos

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derrotaram a esquadra cartaginesa e anexaram Sicília, Córsega e Sardenha ao seu território.

Os cartagineses revidaram em 218 a.C. Não havia condições de Cartago

sobreviver sem suas colônias e suas rotas comerciais sendo constantemente

ameaçadas pelos romanos. O general cartaginês Aníbal invadiu a Itália através

dos Pirineus, chegando pelo Norte. Roma optou por atacar a Sicília e a

Espanha. Enviaram uma força para ameaçar Cartago sob o comando de

Scipião, o Africano. Aníbal foi obrigado a voltar e foi derrotado na batalha de

Zama, em 202 a.C.

Cartago ficou reduzida a pouca coisa. Ainda assim tentou se reorganizar

para, a médio prazo, novamente tentar recuperar as perdas sofridas nas duas

guerras. Desta vez os romanos não esperaram. Em 146 a.C. Scipião Emiliano

atacou Cartago, liquidou a população e não deixou pedra sobre pedra.

Os romanos conquistaram a Espanha e a Gália do Sul. No século I a.C.

conquistaram a Macedônia e a Grécia. Ainda anexaram a Síria e o Egito.

Praticamente todo o mediterrâneo estava conquistado e os romanos os

romanos intitularam como “Mare nostrum”.

Imediatamente as riquezas dos povos saqueados começaram a chegar

a Roma. Os cidadões das províncias conquistadas pagavam impostos aos

publicanos, verdadeiros abutres exploradores. Exigiam do povo dinheiro ou

produtos destinando uma parte ao estado e acumulando a outra parte. Não

havia possibilidade de rebelião, pois a província era governada por um pro

cônsul e um pro pretor que tinham poderes absolutos. Roma tornava-se uma

potência opressora como os outros impérios da Antiguidade.

6 CULTURA ROMANA A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos

"copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.

Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais

onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem

política e ampliar seus relacionamentos pessoais.

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A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro

cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês,

italiano e espanhol.

A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os

romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem

de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos

romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.

7 O COMEÇO DA DECADÊNCIA DO IMPÉRIO ROMANO Os romanos tinham uma vida simples erma descendentes de pastores e

agricultores. Eram religiosos, porém não possuíam dogmas rígidos. Os cultos

eram familiares, dirigidos pelo chefe do clã, o pater, ou públicos, com grande

pompa e liderados pelo Sumo Pontífice. Respeitavam os mortos e a tradição.

O pragmatismo romano desenvolveu a ciência do Direito, que influenciou

todos os povos do mundo.

A arte se desenvolveu com a escultura de modelos reais e não ideais

como os dos gregos. A arquitetura foi dinamizada com a utilização de novos

materiais e utilizada para comemorar conquistas através de templos, arcos,

termas e outros edifícios majestosos.

Porém, após a conquista do mediterrâneo os costumes simples e

humildes começaram a mudar. Os romanos entraram em contato com povos

do oriente, que tinham outro estilo de vida, o qual as elites romanas queriam

introduzir na República.

A influência helenística e oriental provocou o relaxamento moral e a

desintegração da antiga família tradicional. As guerras trouxeram riquezas

escravos e ruínas. Com tantos escravos os camponeses abandonaram suas

terras e vieram para as cidades. O trabalho assentou-se na mão-de-obra

escrava. Os homens novos ou cavaleiros, enriquecidos na guerra, exigiam

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maior participação no poder e estimulavam as massas famintas a movimentar-

se. A efervescência social acirrou-se. A cidade se transformava rapidamente.

7.1 REFORMAS NO PODER A situação da população pobre estava insustentável. De um lado se

acumulavam os patrícios proprietários de terras e os plebeus ricos e de outro

os miseráveis. Uma boa parte dos camponeses havia perdido suas terras e os

imensos latifúndios improdutivos haviam se constituído. Urgia promover uma

reforma agrária e fixar o homem no campo, pois as cidades estavam inchadas

de esfomeados.

Em 133 a.C. foi eleito tribuno Tibério Graco, que se dispôs a realizar

uma reforma agrária, limitando a posse das terras públicas por grileiros. Propôs

um limite mínimo de propriedade e quem tivesse terras acima do limite, teria

que dividi-las com quem não as possuísse. Tibério foi assassinado por seus

adversários.

O plano foi levado à frente por seu irmão Caio Graco. Mais habilidoso

propôs uma aliança com alguns segmentos sociais, objetivando a distribuição

das terras. Acusado de sacrilégio, foi levado ao suicídio

As populações urbanas eram usadas como massa de manobra pelos

políticos que objetivavam o poder.

7.2 DISPUTAS PELO PODER As lutas sociais ganharam maior amplitude quando os plebeus ricos, ou

homens novos, lançaram mão do povo e do exército para tomar o poder. Um

deles foi Mário, general vitorioso de inúmeras campanhas e que

profissionalizou o exército. Foi eleito cônsul romano por seis vezes

consecutivas, apesar de a constituição exigir que houvesse um intervalo de dez

anos entre uma vez e outra. Contra isso se insurgiu Sila, outro general

vencedor.

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O confronto foi inevitável. Em 88 a.C. Sila foi indicado para o comando

da Ásia e Mário revoltou-se contra essa medida do senado. Houve luta e Sila

derrotou Mário, que fugiu para a África. Mas, com a viagem de Sila para a Ásia,

Mário voltou.

Sila conquistou o Ponto e retornou a Roma, derrotando forças de Mário

e tomando a cidade pela força

Iniciou uma feroz perseguição política contra seus adversários.

Oferecendo como recompensa metade dos bens confiscados. Sila restaurou o

poder do Senado e em 79 a.C. renunciou à vida pública.

8 PRIMEIRO TRIUNVIRATO Após a renúncia de Sila, outros políticos e militares habilitaram-se para

comandar Roma. Crasso, vencedor da guerra contra o gladiador Espártaco.

Pompeu, vitorioso da Espanha e do Mediterrâneo. Julio César, apoiado no

partido popular

Reunidos os três mais fortes pretendentes não restou outra alternativa

se não dividir as províncias entre eles, ao mesmo tempo em que o Senado os

enviava para longe de Roma. César revelou-se um excelente general e

conquistou a Gália. Angariou enorme prestigio no exército através da divisão

de saques com seus soldados. Crasso morreu combatendo na Ásia.

Pompeu voltou da Espanha, fez-se aclamar cônsul único e proibiu César

de voltar a Roma. Júlio César, porém, com o apoio das tropas,retornou.

Pompeu fugiu para Grécia e para o Egito. César não lhe deu tréguas e no

Egito, Pompeu foi assassinado.

César depois de transformar o Egito em protetorado governado por

Cleóprata, eliminou os herdeiros políticos de seus rivais. Era senhor absoluto

de Roma. Juntou muitos Títulos, pretendendo se perpetuar no poder, ou, como

o acusavam, de re-implantar a monarquia. Buscava apoio popular através de

reformas sociais e distribuição de comida ao povo.

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O Senado previu que César jamais deixaria o poder a não ser que

morto. Conspiraram e assassinaram-no em 44ª.C.

9 SEGUNDO TRIUNVIRATO Após a morte de César seus herdeiros políticos apresentaram-se.

Vingaram sua morte e constituíram o Segundo Triunvirato, promovendo nova

divisão da república. Lépido partiu para a África, onde morreu. Marco Antônio e

Otávio passaram a disputar o poder. Marco Antônio foi derrotado e se refugiou

no Egito.

Otávio perseguiu Marco Antônio no Egito e este se suicidou junto a

Cleópatra. As imensas riquezas egípcias foram transportadas para Roma,

principalmente os depósitos de trigo. Otávio foi recebido como um verdadeiro

herói. Para os poderosos levava os tesouros e as espadas de seus soldados.

Para os miseráveis levava trigo.

Implantou o Império em 29 a.C.

9.1 IMPERATOR, PRINCEPS SENATUS, AUGUSTUS Otávio tornou-se o primeiro imperador de Roma. Foi coberto de títulos

pelo senado que temia o apoio que possuía tanto do exército como da

população pobre. Em 27 a.C. recebeu o título de Augustus, isto é, de

divindade, e o direito de indicar os seus herdeiros

A consolidação do império defendia reformas internas e paz externa.

Augusto Otávio, como ficou conhecido, não incentivou novas conquistas e

expansões. O Império Romano já era muito grande. Não havia necessidade de

crescer mais. Houve um período de paz como raras vezes ocorreu

Internamente houve uma reforma administrativa com a conseqüente

centralização de poderes nas mãos do imperador. O senado passou a ostentar

uma posição meramente figurativa. O Estado tirou dos intermediários e passou

a cobrar diretamente os impostos.

No império de Augusto houve um movimento cultural significativo e a

preocupação de reavivar as velhas tradições romanas. A população foi

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acomodada em novas categorias sociais e senatoriais, eqüestres e inferiores,

de acordo com suas posses.

10 SUCESSÃO DE IMPERADORES NO PODER Após a morte de Augusto, que havia indicado como seu sucessor

Tibério, este assume um império já consolidado. No tempo de Augusto, nasceu

na Galiléia Jesus Cristo, que foi crucificado no império de Tibério em 33 d.C.

Os herdeiros de Augusto, da dinastia Julio-claudiana, decaíram. Votou a

corrupção e a imoralidade. Assim sucedeu-se Calígula, Cláudio e Nero, o

incendiário de Roma. Iniciaram-se as perseguições aos cristãos.

Os generais passaram a disputar o poder. Em 69 d.C. sobem ao poder

os Flávios. O imperador Tito destruiu Jerusalém em 70d.C. e Domiciano

aumentou as perseguições religiosas.

Em 96 d.C. os Antoninos subiram ao poder e restabeleceram a ordem

com Trajano, Adriano e Marco Aurélio, o filósofo.

De 193 d.C. a 225 d.C. governaram os Severos, entre os quais se

destacou Caracala, que, em 213, através de edito, concedeu a cidadania a

todos que habitavam o império.

No século III d.C. iniciou-se a anarquia militar e política.

11 RELIGIÃO ROMANA Durante o período republicano e imperial, os romanos seguiram uma religião

politeísta (crença em vários deuses), muito semelhante à religião praticada na

Grécia Antiga. Esta religião foi absorvida pelos romanos, graças aos contatos

culturais e conquistas na península balcânica.

Porém, a religião romana não era como muitos afirmam, uma cópia da religião

grega. Os romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras

regiões da península itálica.

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11.1 DEUSES ROMANOS Em Roma Antiga, antes do surgimento e crescimento do cristianismo, as

pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários

deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de

comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade,

bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam

presentes nos deuses, segundo os romanos antigos. De acordo com este povo,

as divindades decidiam a vida dos mortais. Netuno era o de maior importância,

considerado a divindade suprema do panteão romano. Cada entidade divina

representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Esta religião foi

absorvida do panteão grego durante a invasão e conquista da Grécia pelo

império romano. Os romanos modificaram apenas os nomes dos deuses.

Abaixo uma relação das principais divindades da Roma Antiga e suas

características.

Nome do deus O que representava

Júpiter Rei de todos os deuses, representante do dia

Vênus Amor e beleza

Marte Guerra

Minerva Sabedoria, conhecimento

Plutão Mortos, mundo subterrâneo

Netuno Mares e oceanos

Juno Rainha dos deuses

Baco Vinho, festas

Febo Luz do Sol, poesia, música, beleza masculina

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Diana Caça castidade, animais selvagens e luz

Ceres Colheita, agricultura

Cupido Amor

Mercúrio Mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes

Vulcano Metais, metalurgia, fogo

Saturno Tempo

Psique Alma

Uma prática religiosa muito comum na Roma Antiga era a existência de

santuários domésticos, onde eram cultuados os deuses protetores do lar e da

família (deuses lares e penates). Templos para o culto público aos deuses

também foram erguidos em diversas províncias romanas.

Os rituais religiosos romanos eram controlados pelos governantes romanos. O

culto a uma religião diferente a do império era proibida e condenada. Os

cristãos, por exemplo, foram perseguidos e assassinados em várias províncias

do império romano. Para realizarem seus cultos, muitos cristãos encontravam-

se nas catacumbas romanas.

Muitos imperadores, por exemplo, exigiram o culto pessoal como se fossem

deuses. Esta prática começou a partir do governo do imperador Júlio César.

Com seu significativo crescimento, no século IV, o cristianismo passou a ser

considerada religião oficial do Império Romano. A prática do politeísmo foi, aos

poucos, sendo abandonada.

11.2 A NOVA RELIGIÃO No governo do Imperador Augusto nasceu na Galiléia, região do império

Romano, Jesus. Suas pregações religiosas provocaram a ira dos judeus

tradicionalistas aliados dos romanos. Jesus propunha uma reforma no

judaísmo e afirmava ser o Messias, o filho de Deus. Sua pregação durou muito

pouco tempo. Aos 33 anos de idade foi conduzido ao tribunal e condenado a

morte por heresia. Contudo, suas idéias permaneceram e se espalharam com

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grande velocidade através de seus discípulos. Entre eles, Pedro foi fundar uma

comunidade cristã no coração do império, na própria Roma. Paulo peregrinou

por diversas regiões do mundo antigo convertendo muitos ao cristianismo.

O desenvolvimento cristão no império não era aceito de forma alguma

pelas autoridades romanas. Inicialmente, os romanos eram politeístas e,

depois, os cristãos não reconheciam a divindade do imperador, e isto era uma

das bases da sustentação do poder imperial. Eram subversivos.

As Idéias de Jesus atraíram os miseráveis, mendigos, injustiçados,

perseguidos, escravos e todos os desamparados. Ora, isto era perigoso.

Poderia haver uma sublevação contra a opressão

Em 64 d.C. Nero iniciou as perseguições. Jogou o povo contra os

cristãos, atribuindo-lhes calamidades, até o incêndio de Roma. No início do

século III Diocleciano investiu decisivamente. Os cristãos eram jogados na

arena do Coliseu para serem devorados pelas feras. Resistiam e atraíam novas

multidões.

Finalmente, em 313 d.C., Constantino, através do Edito de Milão,

implantou a liberdade religiosa. Pararam as perseguições. Em 380, Teodósio

se tornou o primeiro imperador cristão e alguns anos depois oficializou como a

religião do império.

12 CRISE DO IMPÉRIO ROMANO O Império Romano começou a cair de dentro para fora. Suas estruturas

não resistiram às transformações ocorridas ao longo da história. Assim, sem as

conquistas e guerras, diminuiu consideravelmente o número de escravos, base

de toda a produção. O arrendamento de terras para camponeses livres

substituiu os escravos. Os impostos caíram, a máquina burocrática

desorganizou-se e as rendas do Estado não suportavam mais as despesas. A

corrupção administrativa e moral arrasavam Roma. Os Patrícios não iam mais

a guerra. Contratavam povos bárbaros para que lutassem por eles.

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Com baixas arrecadações foram desativadas legiões ou contratados

soldados Bárbaros pelo estado. Isso era grave, pois os chefes bárbaros,

tornaram-se potenciais pretendentes ao título de imperador.

Durante todo o século III d.C. a crise aprofundou-se. A economia ganhou

contornos rurais, desestimulando o comércio. A população se agregava à terra

em unidades produtoras, as vilas, praticamente auto-suficientes, não

dependendo da importação de produtos.

De nada adiantaram as reformas administrativas de Diocleciano. O

império não conseguia superar seus problemas internos. Nas fronteiras, os

bárbaros pressionavam militarmente.

13 INVASÃO DE ROMA A invasão bárbara havia se processado pacificamente. Os federados

recebiam autorização para se fixar na fronteira ou dentro do império. Contudo

no século V novas ondas vieram do norte da Europa e da Ásia.

O império foi invadido por bárbaros germânicos ostrogodos e visigodos.

Estes saquearam Roma em 410 e seguiram para a Gália e a Espanha. O

império estava enfraquecido, pois alguns anos antes o imperador Teodósio

dividiu-o em Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império

Romano do Oriente, com capital em Constantinopla.

Os hunos vieram liderados por Átila e assolaram a Itália. Em 476,

Rômulo Augusto foi deposto por Odoacro, rei dos hérulos, pondo fim ao

Império do Ocidente.

Os reinos bárbaros sucederam o antigo Império do Ocidente. A

ruralização indicava o nascimento do modo de produção feudal. O império do

Oriente conseguiu manter-se por mais dez séculos. Até 1453, quando

Constantinopla foi tomada pelos turcos.

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14 BIBLIOGRAFIA � CURSO DE HISTÓRIA GERAL / HERÓDOTO BARBEIRO – SÃO

PAULO: HARPER E ROW DO BRASIL, 1984

� HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL – JOSÉ JOBSON DE A.

ARRUDA – EDITORA ÁTICA

� http://pt.wikipedia.org/wiki/imp%c3%a9rio_romano

� www.suapesquisa.com.br/historia/imperio_romano

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15 CONCLUSÃO

Através dessa “viagem” ao império romano, pude conhecer um pouco mais de

suas características, adquirindo um conhecimento maior sobre o assunto. O

Império Romano, foi marcado por grandes expansões e depois uma

decadência contínua, dá para se ter uma noção da grandeza do mesmo só

olhando por alguns fatos, por exemplo, o nascimento de Jesus Cristo, e ao fim

deste Império, ocorre um fato marcante na história, que foi a transição da Idade

Antiga para a Idade Média.

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