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CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT
ANA PAULA CUNHA
IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA DE POLICIAMENTO ANIMAL
Santos 2007
ANA PAULA CUNHA
IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA DE POLICIAMENTO ANIMAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Monte Serrat como exigência parcial para a obtenção do Título de Bacharel em
Medicina Veterinária.
Orientador: Alir de Biaggi Filho Co-orientador : Fábio Lopes Corrêa da Silva
Santos 2007
Cunha, Ana Paula
C 972i Implantação de programa de Policiamento Animal / Ana Paula cunha. – Santos : [s.n.], 2007 _77_ f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Centro Universitário Monte Serrat, 2007 Curso: Medicina Veterinária Orientador: Prof. Dr. Alir de Biaggi Filho 1. Saúde Publica 2. Policiamento Animal.
ANA PAULA CUNHA
IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA DE POLICIAMENTO ANIMAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Monte Serrat como exigência parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Medicina Veterinária.
Orientador: Alir de Biaggi filho Co-orientador : Fábio Lopes Corrêa da Silva
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________________________________________ Nome do examinador: Titulação: Instituição:
___________________________________________________________________ Nome do examinador: Titulação: Instituição:
Local: Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a todos
Que, direta ou indiretamente contribuíram
para realização deste ideal.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Minha mãe que sempre me ajudou abrindo Mao de seus próprios
sonhos, e desejos pessoais em prol desta graduação.
A minha Irma e meu cunhado que em todos os momentos me estenderam a
Mão auxiliando no que foi preciso.
Aos meus amigos que no dia a dia me deram forcas para superar momentos
difíceis.
Aos Oficiais da Policia Militar do estado de São Paulo Sr. Cap. PM Marcelo
Gomes e Srª. Ten. Fem. PM Patrícia que forneceram dados estatísticos e me auxiliaram
com trocas e dispensas respectivamente.
Aos Sargentos Marcilio e Alessandra que me deram forcas e escalas no 190
para que eu pudesse me empenhar nos estudos,alem de contribuírem com muito apoio
moral para realização do curso.
EPÍGRAFE
“Não destrua nenhum animal, já que não
foi a ti dado o poder de criar, não é dado
a ti, o direito de destruir”
(Buda)
RESUMO A problemática dos animais abandonados e seu efeito sobre a saúde pública
estão interligados à falta de posse, propriedade e guarda responsáveis dos cães e gatos
(Opas - Organização Pan-Americana de Saúde; WSPA - World Society for the Protection
Animals -1990).
O programa de policiamento animal é um projeto piloto no estado de são Paulo
que terá como base a área do CPI-6 que compreende as regiões de Santos a Registro
porém com ênfase nos locais e maiores incidências de ocorrências envolvendo Animais
como as cidades de Santos,São Vicente e Praia Grande.
O Projeto teve como base o levantamento de dados oriundos do sistema
informatizado da Policia Militar do Estado de São Paulo (SIOPM)e sua Central
emergencial 190 da baixada santistas,situado a Av. cel. Joaquim Montenegro,282 no
bairro da Ponta da praia em Santos- São Paulo. E forma levantados dados dentro do
período de 1 (um ) ano e observadas um total de 1602 ligações o que gira em torno de
134 ocorrências mês e em media,e em torno de 4.4 ocorrências/dia numero alto levando-
se em conta que em 90% dos casos levantados não são apresentados à autoridade
Policial e não possuem desfecho no ministério publico,gerando assim uma enorme
sensação de impunidade aos infratores e uma sensação de descaso por parte dos órgãos
públicos.
Sendo assim elaboramos o projeto com vistas a atendimento prioritário de
ocorrências envolvendo Animais domésticos em vias publicas e o trabalho será e conjunto
com CCZ centro de controle de zoonoses de cada região bem como ONGs - organizações
não governamentais, órgãos públicos e munícipes empenhados no bem estar animal e
saúde publica coletiva.
Palavras-chaves: Saude Publica,zoonoses, Policia Animal
ABSTRACT
The problematic of the animals abandoned and the its effect on the public
health is linked to the lack of ownership, property and keeps responsible of the dogs
and cats (Opas - Organization Pan-American of Health; WSPA - World Society will
be the Protection Animals -1990).
The program of animal policing is a project pilot in the state of São Paulo
that will have as base area of the CPI-6 that understands the regions of Saints the
Register to put with emphasis in the places and greaters incidences of occurrences
being involved Animal as the cities of Saints, Is Vicente and Great Praia. The
Project had as base the deriving data-collecting of the informatizado system of
Military Police of the State of Santos- São Paulo and its emergencies 190 of,
situated lowered Central office the Av. cel. Joaquin Montenegro, 282 in the quarter
of the Tip of the beach in São Paulo Saints.
Forms inside raised given of the period of 1 (one) year where form
observed a total of 1602 linkings what it turns around 134 occurrences month and in
measured 4,4 occurrences dia.sendo high this numbers taking itself in account that
in 90% of the raised cases is not presented the Police authority and they do not
possess outcome in the ministry I publish, thus generating an enormous sensation
of impunity to the infractors and a sensation of indifference on the part of the public
agencies.
Being thus we elaborate the project with sights the with priority attendance
of occurrences involving Animal domestic servants in ways you publish and the
work will be and joint with CCZ control center of zoonoses of each region as well as
ONGs - not governmental organizations, public and municipal agencies pledged in
the welfare animal and health publish collective.
Word-keys: It greets It publishes, zoonoses, It polices Animal
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 -- Mapa da cidade de são vicente ( area continental.)................66
Figura 02 – Mapa da cidade de são vicente ( area insular)..........................67
Figura 03 – Mapa da divisa de area insular e continental são vicente........68
Figura 04 – Mapa da cidade de Praia Grande área central.........................69
Figura 05 – Foto do sistema operacional SIOP............................................70
Figura 06 – Kit primeiros socorros emergencial...........................................71
Figura 07 – Focinheira..................................................................................71
Figura 08 – Cartão de identificacao animal..................................................72
Figura 09 – Corda..........................................................................................72
Figura 10 – Cambão......................................................................................73
Figura 11 – Microchip....................................................................................73
Figura 12 – Leitor de microchip.....................................................................74
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
UNIMONTE – Centro Universitário Monte Serrat......................................01
CPI-6 – Comando de Policiamento de area do interior 6..........................12
COPOM – Centro de operacoes da Policia Militar.....................................14
CCZ – Centro de Controle de Zoonoses....................................................15
ONG – Organizacao não governamental...................................................17
SIOPM – Sistema Operacional da Policia Militar........................................20
WSPA _ Sociedade internacional protetora dos animais............................20
SGT – Sargento da Policia Militar...............................................................04
CB– Cabo da Policia Militar........................................................................04.
TEN- Tenente da Policia Militar..................................................................04
CAP.-Capitão da Policia Militar...................................................................04.
TAT- Teste de Aptidão de Tiro....................................................................18.
TAF- teste de aptidão física.........................................................................18
GTA- Guia de transito Animal.....................................................................15.
CPM- comando de policiamento da Capital................................................19.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................12
2. METODOLOGIA ............................................................................................13
2.2 ÁREA DE ESTUDO......................................................................................13
2.2.1 SANTOS.....................................................................................................13
2.2.2 SÃO VICENTE..........................................................................................13
2.2.3 PRAIA GRANDE .......................................................................................14
3. LEVANTAMENTO DE DADOS ..................................................................... 14
4. O POLICIAMENTO ANIMAL ......................................................................... 16
5. VIABILIDADE DE RECURSOS ......................................................................18
5.1 EFETIVO .......................................................................................................18
5.2 VIATURA ......................................................................................................18
5.3 ARMAMENTO .............................................................................................18
5.4 EQUIPAMENTO ..........................................................................................19
6. DEFINICÕES E ATRIBUICÕES.................................................................... 19
6.1 CORPO DE BOMBEIROS.......................................................................... 19
6.2 POLICIA AMBIENTAL ...................................................................................20
6.3 VIGILANCIA SANITARIA / ZOONOSES .......................................................20
6.4 CCZ - CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES .....................................21
6.4.1 CONTROLE................................................................................................22
6.5 VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA ..................................................................23
6.5.1 BASES LEGAIS .........................................................................................23
6.5.2 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA . . 24
6.6 FUNÇÕES .....................................................................................................25
6.7 COMPETÊNCIA ..........................................................................................25
7. BENEFICIOS A BAIXADA SANTISTA ..........................................................25
8. POLICIA ANIMAL NO MUNDO ......................................................................26
8.1 MIAMI ...........................................................................................................26
8.2 EUROPA/ SUIÇA .......................................................................................... 27
8.3 ASIA/ JAPAO................................................................................................ 28
8.4 AMERCIA DO SUL/ ARGENTINA ................................................................ 29
8.5 AMERICA DO NORTE /ESTADOS UNIDOS ............................................... 29
8.6 BRASIL ......................................................................................................... 30
9. IMPLANTAÇÃO DE MICROCHIPS NOS ANIMAIS DA BAIXADA SANTISTA COMO
METODO AUXILIAR DO POLICIAMENTO ANIMAL .........................................31
9.1 CÁPSULA ANTI-MIGRATÓRIA BIOBON ..................................................... 32
9.2 O LEITOR DE MICROCHIP ..........................................................................33
9.3 CARTAO DE IDENTIFICAÇAO .....................................................................34
10. AUXILIANDO O CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES...................... 35
11. EMBASAMENTO LEGAL PARA ATUACAO POLICIAL................................ 35
12. CONCLUSAO..................................................................................................37
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................... 38
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 40
ANEXOS.............................................................................................................. 42
12
1. INTRODUÇÃO
O projeto tem como objetivo implantar um programa piloto de policiamento na
baixada santista. Visando a melhoria das condições dos atendimentos emergenciais,
prestado pela Policia Militar/CPI-6 aos acidentes de transito envolvendo animais em vias
publicas, fatos este que ocorre diuturnamente, principalmente nas áreas continentais da
região e ocorrências que envolvam animais agressivos,maus tratos,abandono e uma serie
de crimes previstos em lei que são freqüentemente ignorados.
Este é um projeto que trabalhará em conjunto com centro de controle e vigilância
de zoonoses (CCZ), Organizações não governamentais (ONGs), Policia Ambiental e órgãos
interessados em promover uma melhor qualidade de vida e proteção a quem convive com
animais agressivos ou não, em via publica e também aos próprios animais que estão
sujeitos a crueldades, abandono e todo tipo de risco.
A principal linha do projeto é a criação de uma linha de atendimento em conjunto
com a central emergencial da Policia Militar (190) que, acionado por populares no intuito da
preservação da vida (humana e Animal), manutenção da ordem publica, Maus Tratos e
abandono serão prontamente atendidos por policiais treinados,capacitados,empenhados e
com uma viatura disponível para atendimento emergencial, como por exemplo: Animais de
Grande Porte que freqüentemente após são abandonados em via publica , são atropelados
ou causam acidentes nas vias publicas e aguardam por horas, ou dias o atendimento,
principalmente em períodos noturnos.
Em casos de animais agressivos onde as pessoas ligam 190 e a única alternativa
por parte dos policiais de sanar a agressão é um disparo de arma de fogo, ou algum outro
meio de conter agressão do animal muitas vezes em via publica, e com principio
fundamental de salvar a vida de quem esta sendo agredido.
Sendo assim policiais treinados irão ao local dos fatos, tomarão as providencias
cabíveis e agirão dentro do que estabelece a lei ,como em casos de abandono e maus
tratos,responsabilizando assim os responsáveis por animais soltos em via publica, a
crueldade e demais ilícitos, freqüentemente cometidos, sem que haja a presença de um
13
Policial, que os conduza a autoridade Policial para que se tomem as providencias devidas.
2. METODOLOGIA
2.2 ÁREA DE ESTUDO
O trabalho foi realizado nos Municípios de Santos e São Vicente,e Praia
Grande,escolhidos em função de serem as áreas com maior numero de chamados
emergenciais ( 190 ) com relação a Animais soltos em via publica ( eqüinos), animais
agressivos e maus tratos(cães e gatos)
2.2.1 SANTOS
O Município de Santos fica situado no litoral do estado de São Paulo, região
Sudeste do Brasil, na ilha de São Vicente, a 70km de São Paulo, capital do estado . A
maioria de seus 418.375 habitantes concentra-se nos 39,4 km2 da zona insular. Grande
parte dos 231,6 km2 restantes conserva densa vegetação de Mata Atlântica, na área
continental (Fundação Seade, 2006).
2.2.2 SÃO VICENTE
O municipio de São Vicente é um município do estado de São Paulo, na Região
Metropolitana da Baixada Santista, na microrregião de Santos. A população estimada em
2006 era de 329.370 habitantes e a área é de 148 km², o que resulta numa densidade
demográfica de 2123,73 hab/km².(Fundação Seade, 2006)
14
2.2.3 PRAIA GRANDE
O municipio de Praia Grande é um município do estado de São Paulo, na Região
Metropolitana da Baixada Santista, na microrregião de Santos. A população estimada em
2006 era de 245.386 habitantes e a área é de 145 km², o que resulta numa densidade
demográfica de 1.444,12 hab/km². Seus limites são São Vicente a norte e nordeste, o
Oceano Atlântico a leste e sudeste e Mongaguá a oeste. ( Fundacao Seade,2006)
3. LEVANTAMENTO DE DADOS
(Centro de Operações da Policia Militar CPI-6/ COPOM 190)
O levantamento de dados foi feito em 5 etapas sendo a primeira 04set2007 onde
fora pesquisado no período de 1 ano ( 04 Set 2006 a 04 Set 2007 ) o total de ligações na
central emergencial 190.
O centro de operações da Policia Militar –COPOM, situado a na cidade de Santos
,recebe em media por dia um total de 1500 a 2000 ligações/dia, sendo que dessas ligações
as ocorrências de caráter social , tais como atendimento de pessoas deficientes físicas e
mental; de gestantes e partos; acidentes de trânsito, ocorrências envolvendo animais, bem
como envolvimento de crianças e jovens com a problemática das pipas com cerol e tantos
mais como, escolta de presos, reintegrações de posses e outros atendimentos esses que
não são computados, mas que devem ser considerados pois há necessidade de se proceder
ao deslocamento de homens, postergando-se e por vezes até deixando de atender outras
ocorrências com a presteza que se deseja.
As ocorrências são classificadas em código próprio da corporação e em casos
específicos de ocorrências envolvendo animal, estas são classificadas e registradas como
M12 ( ocorrências envolvendo animais) .
No período citado, foram totalizadas 1602 ligações, especificas para atendimento
de ocorrências envolvendo animais, porem é valido ressaltar que em muitos casos, a
15
solicitação que parte da população ao atendente da central emergencial,é de que a
ocorrência é apenas uma briga de família (desinteligência) e quando, com a chegada da
viatura, descobre-se que a briga teve origem por uma mordedura de animal,por maus tratos
etc..,sendo assim não foram classificadas erroneamente por indução do solicitante.
O total de ligações em um ano ( 1602 ), o que feita a media anual gera em media
3.84,ou seja quase 4 (quatro) ocorrências por dia de serviço,aos policiais das cidades de
Santos e São Vicente. (relatório semestral ¹)
Numero este que vem aumento drasticamente,em base dos recentes casos de
agressão envolvendo algumas raças especificas,o que gera o abandono de animais em via
publica e conseqüentemente uma agressão ou chamado emergencial via 190.
Foram utilizadas bases de levantamento de dados classificadas abaixo:
• Levantamento de dados nas classificações de M12
• Levantamento de ocorrências de M12 envolvendo animais agressivos
em via publica, não sendo classificadas se, com humanos ou outros cães.
• Levantamento de ocorrências envolvendo animais em via publica, vitima
ou causadores de acidentes de transito.
• Levantamento de ocorrências classificadas como Maus tratos.
As ocorrências em media demoram 5 minutos para serem despachadas,
ou seja enviadas a uma viatura disponível para o atendimento que em media, chegara ao
local, dependendo da situação ou do local em 10 a15min, o que gera antes da chegada da
viatura um desespero por parte de populares que,antes de ligarem para a o 190,ligam para o
corpo de bombeiros que, por sua vez não possuem equipe especializada,a não ser em
locais de risco, e sendo assim orientam o solicitante do chamado a retornar a ligação ao
centro de zoonoses.
¹ Relatório Reservado,não podendo ser anexado ao conteúdo.
16
É comum a orientação de policiais a população em casos onde não
haja risco iminente de agressão, o solicitante ligue para o CCZ centro de controle de
zoonoses, porem o serviço é inoperante na grande maioria os casos, e principalmente a
noite onde de todas as ocorrências cadastradas pesquisadas, nenhuma obteve êxito no
contato com o serviço de zoonose da região, o que dificulta ainda mais o auxilio a
população.
Após o efetivo registro da ocorrência pelo atendente operacional do
190, a viatura é despachada ao local onde em 90% dos casos a situação já foi resolvida por
populares ou a situação foi contornada pela própria evasão do animal do local.
Em apenas 10% dos casos os policiais,no local da ocorrência
consegue ainda assim contatar o solicitante do chamado para que seja elaborado um
BO/PM Boletim ocorrência Policial. E conforme pesquisa elaborada em 4 delegacias de
policia de Santos em São Vicente dos 10% que são efetivamente registrados pela PM,
apenas 1% chegam a delegacia de policia ou mais alem. (Copom,2007)
4. O POLICIAMENTO ANIMAL
Criação de um programa de policiamento que vise prestar a população da Baixada
santista um serviço de qualidade ainda carente ,não só na região metropolitana da Baixada
santista.
O projeto contara com um policiamento especifico a ser empregado em situações
que envolvam animais.
Devido ao alto numero de ocorrências envolvendo animais , o retorno a população
é bastante carente pois conforme verificado no sistema menos de 5% das ocorrências são
encaminhadas a Policia Civil ou a outros órgãos, o que gera um desconforto a quem solicita
e uma grande sensação de impunidade aos que , não só maltratam ,mas aos que ameaçam
a integridade física e mental das pessoas transitando com cães considerados
potencialmente agressivos em via publica, sem que seja autuado e punido por tal atoe na
grande maioria dos casos,nem advertido. (Copom,2007)
17
Sendo assim o programa fará com que policiais treinados ,ajam diretamente nessa
problemática,fazendo dentro do patrulhamento preventivo,ostensivo fardado a manutenção
da ordem publica e gerando uma enorme sensação de lei sendo cumprida , a quem por
medo, insegurança ou descrédito na policia militar deixam de solicitar o serviço emergencial
190, por saber que na maioria dos casos não geram punições nem processos futuros aos
proprietários,ou a demora no atendimento causa a evasão dos animais.
Os policiais, a exemplo de outros países do mundo como estados Unidos, Europa
e Alemanha, têm seus serviços especializados em segurança Animal e bem estar animal.
(WSPA,2006)
Estes serão previamente treinados a agir em situações que envolvam risco ao
animal ,bem como risco aos seres humanos.
Tendo como base a aplicação das leis vigentes no país e fazendo efetivamente a
sua aplicação.
Policiais terão viaturas disponíveis para atendimento a maus tratos, que serão
encaminhados a setor de investigação da policia civil. O atendimento a cães agressivos em
vias publicas é a problemática mais comum e onde 70% dos casos, a demora no
atendimento se deve a varias orientações que a população recebe, de ligar para corpo de
bombeiros, ou ligar para zoonoses, ou ligar para alguma ONG, nesse meio tempo o animal
esta solto em via publica gerando risco a população e ao próprio solicitante,pois em vários
casos a ação da população iminente ao ataque é a própria agressão ao animal que em
100% dos casos acaba vindo a óbito no local, gerando ainda outra problemática , e de
retirada do animal da via publica ou do domicilio,principalmente no período noturno,onde o
serviço de zoonoses é falho ou inoperante, o que deixa a população ainda mais revoltada.
Alem disso existe a problemática de animais de grande porte que vivem soltos em
vias publicas,principalmente na área continental de São Vicente, onde onde foram
registrados o maior numero de chamados referentes a animais de grande porte soltos em
via publicas.
Os animais ficam livres e andam em meio ao transito do local, o que causam
inúmeros acidentes de transito envolvendo principalmente cavalos,que a exemplo do que
ocorre com animais de pequeno porte, após o óbito, também permanecem no local ,por
18
muitas horas, ate que o serviço de zoonoses da região venha retirá-lo, ficando o animal
exposto a intempéries e a comoção publica.
5. VIABILIDADE DE RECURSOS
5.1 Efetivo
1. Segundo dados estatísticos serão necessários para o atendimento
prioritário de Policia Animal o emprego de no mínimo 03 policiais militares sendo um
Sgt. PM encarregado ( excepcionalmente Cb. PM) e 2 (dois) soldados, sendo um
motorista.
2. O Policial Militar a ser designado para o policiamento animal deverão
possuir perfil compatível para atividade.
3. Estar apto para TAT e TAF ( teste de aptidão de tiro e teste de aptidão
física respectivamente).
5.2 Viatura
1. A Viatura destinada para o emprego do policiamento animal devera ter
as seguintes características:
2. Ser do tipo misto ( carga e passageiro)
3. Possuir dispositivos luminosos e sonoros ( padrão)
4. Grafismo especifico do Policiamento Animal
5.3 Armamento
1. Pistola .40 ou revolver cal 38
2. 01 (uma ) arma longa por patrulha
3. Zarabatana
19
5.4 Equipamento
1. Colete refletivo
2. Radio comunicador
3. Colete balístico
4. Equipamento de proteção individual
5. Leitor de Microchip
6. DEFINICÕES E ATRIBUICÕES
6.1 CORPO DE BOMBEIROS
“Criado com intuito principal de prevenção e de extinção de incêndios,
simultaneamente como de proteção e salvamento de vidas humanas e materiais no local do
sinistro, bem como de busca e salvamento, prestando socorros em casos de afogamento,
inundações, desabamentos, acidentes em geral, catástrofes e calamidades publicas” (lei
estadual 616 de 17 dez1974 art II)
Sendo assim é possível e viável que o corpo de bombeiros auxilie nos casos de
animais agressivos,em risco ou colocando a vida de outrem em risco,porem é fato que não é
sua função prioritária conforme lei citada.
Porem é comum que o corpo de bombeiros, faça a retirada de animais de
pequeno porte da via publica,ainda que feridos,mas soltos, e conduza a unidade de origem e
La o animal aguarda de um a dois dias,sob tutela do corpo de bombeiros ate a retirada do
animal pelo centro de controle de zoonoses, fato este comum principalmente em fins de
semana ,onde não há funcionário ou veiculo disponível para retirada do animal.
20
6.2 POLICIA AMBIENTAL
Teve sua criação como Polícia Florestal e de Mananciais, em 1949, atualmente
denominada Polícia Militar Ambiental. A atividade básica está direcionada à proteção de
florestas e demais vegetações; fauna, especialmente combatendo o tráfico de animais;
recursos pesqueiros; poluição; destinação de resíduos sólidos; enfim, qualquer dano
ambiental, respeitando outros órgãos estaduais e federais que trabalham nessa área e que
possuem competências legais para tal. ( Diretriz PM3, 008)
Porem a exemplo do corpo de bombeiros inúmeras são as solicitações por parte
da população feita a Policia Ambiental, também causa um desconforto, tendo em vista o
pequeno numero de viaturas e as distancias percorridas em meio a mata e florestas (
principal atribuição do policiamento florestal), o que gera uma demora muito grande ou o não
atendimento da ocorrência, ficando a policia ambiental especificamente com crimes
ambientais e ocorrências envolvendo animais silvestres. (Diretriz PM3, 008)
6.3 VIGILANCIA SANITARIA / ZOONOSES
Definir o que é Vigilância Sanitária e depois definirmos zoonoses, para saber a
relação entre os dois aspectos.
Assim, através da Lei 8.080 de l9/09/80 do Ministério da Saúde, Artigo 6, 1o
Parágrafo, a Vigilância Sanitária foi definida como um conjunto de ações capaz de eliminar,
diminuir ou prevenir riscos a saúde (estudo das zoonoses) e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação
de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
a) o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se relacionam com a
saúde, compreendidas todas as etapas e processos, de produção ao consumo;
b) o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a
saúde;
21
c)controle das zoonoses de maior importância em saúde pública. (OMS,1995)
6.4 CCZ - CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES
Desde os primórdios da história, o homem começou a perceber que ele era
suscetível de adquirir doenças dos animais. Os hebreus da época de Moisés (séc. XV ;i. C.)
por exemplo, já conheciam a raiva e sabe-se que existia entre eles um dito popular que
dizia: "Ninguém acreditará no homem que disser ter sido mordido por um cão raivoso e
ainda esteja vivo".
Referências ao mormo e sua transmissão ao homem existem nos escritos de
Aristóteles e Hipócrates, que viveram no século IV a.C. Virgílio, poeta romano do século I
a.C., reconheceu ser o carbúnculo hemático (antrax) no homem transmitido pelo
tosquiamento de carneiros mortos pela doença. Todavia, foi somente após a descoberta das
características de certas bactérias e outros organismos interiores, que se puderam
estabelecer analogias entre muitas doenças contagiosas do homem e dos animais.
O vocábulo ZOONOSES foi introduzido na literatura médica pelo Médico Alemão
Rudolf’ Wirchow, no século passado (XIX), para caracterizar as doenças animais que
podiam ser transmitidas ao homem. Etimologicamente a palavra é originária do grego, sendo
que seu prefixo "zoon" significa animal e o sufixo "nosos", doenças, traduzindo-se
literalmente por doenças animal. (Pasteur,2002)
É responsável pelo controle de populações de animais domésticos (cães, gatos e
animais de grande porte) e controle de populações de animais sinantrópicos (ratos,
mosquitos e morcegos, entre outros), visando o controle das doenças transmitidas
(zoonoses e doenças transmitidas por vetores) e agravos provocados por estes animais.
responsável pelo controle de agravos e doenças transmitidas por animais (zoonoses),
através do controle de populações de animais domésticos (cães, gatos e animais de grande
porte) e controle de populações de animais sinantrópicos (morcegos, pombos, ratos,
mosquitos, abelhas entre outros). (Pasteur,2002)
22
Conquistou importância nacional e histórica pela excelência do trabalho produzido
em diversas áreas e pela experiência bem sucedida transmitida a centenas de outros
municípios do Brasil e exterior. É credenciado pelo Ministério da Saúde como “Centro de
Referência Nacional para Zoonoses Urbanas” e pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
como “Centro Colaborador para Treinamento e Pesquisa em Zoonoses Urbanas”.
Criado em 1973, com a missão de controlar a raiva no município, o CCZ obteve
êxito no controle da doença: os últimos casos autóctones, de raiva humana e animal, foram
registrados em 1981 e 1983, respectivamente. ( CCZ,2003)
6.4.1 CONTROLE
Em decorrência da importância das zoonoses, tanto do ponto de vista social
quanto do ponto de vista econômico, é necessária a adoção de medidas capazes de
minimizar estes transtornos através de aplicação de métodos adequados para a prevenção,
controle ou erradicação destas doenças.
Para que a aplicação destes métodos possa ser bem sucedida, é de suma
importância o conhecimento de prevalência de cada uma das zoonoses. Assim, é
necessário proceder-se a minuciosos inquéritos epidemiológicos, utilizando-se para tanto
dos registros dos serviços de saúde pública e saúde animal, dos dados obtidos nas
propriedades rurais das informações dos médicos veterinários e dos relatórios das indústrias
de laticínios e matadouros.
No entanto, qualquer que seja o programa de controle adotado, é de
fundamental importância que ao mesmo seja dado continuidade e que os procedimentos de
vigilância sanitária sejam adequadamente aplicados, caso contrário, aos prejuízos
econômicos já decorrentes de incidência de uma determinada zoonose, somar-se-ão os de
uma campanha mal sucedida. (Omar Miguel,2007)
23
6.5 VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA
Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de
doenças ou agravos. (OMS,1995)
6.5.1 Bases Legais:
• 1975 - Lei 6.259 - Criação do Sistema Nacional de
Vigilância Epidemiológica
• 1988 - Constituição Democrática
• 1990 - Lei 8.080/90
• 1996 - NOB 96
• 1999 e 2000 - Portarias 1.399 e 323/2000 -
Descentralização da FUNASA/ Nova modalidade de financiamento
• 2004 – Portaria 1.172 de 15/06/2004 – (revoga a 1.399) -
Vigilância em Saúde
6.5.2 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Nível federal:
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância Epidemiológica
24
Nível estadual:
Secretaria de Estado de Saúde
Departamento de Ações Básicas de Saúde
Vigilância Epidemiológica
Centro de Referência Estadual - HUERB
Unidade assistencial – SAE
Nível municipal:
Secretarias Municipais de Saúde
Órgãos ou equipes de vigilância epidemiológica
Unidades Hospitalares
Unidades básicas de saúde
PACS/PSF
6.6 FUNÇÕES :
• Coleta de dados;
• Processamento de dados coletados;
• Análise e interpretação dos dados processados;
• Recomendação das medidas de controle apropriadas;
• Promoção das ações de controle indicadas;
• Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
• Divulgação de informações pertinentes.
25
6.7 COMPETÊNCIA
Tendo conhecimento de quais os serviços que hoje em dia atuam como órgãos de
apoio a serviços exclusivos e captura de animais, sabemos agora onde pode recair a
responsabilidade da não captura ou dos maus tratos,sendo claramente atribuída a policia
militar ,devido a sua função prioritária de manutenção e preservação da ordem publica.
Pois como foi demonstrado anteriormente não é função prioritária, mesmo que se
fazendo, nem do corpo de bombeiros e nem da policia florestal, ambas atribuídas de outras
funções legalmente. Porem é fato que a competência passa a ser dos município por meio de
seus respectivos órgãos de controle de zoonoses e também da Policia Militar,pela
preservação e manutenção da ordem publica. (diretriz,PM3,0028)
7. BENEFICIOS A BAIXADA SANTISTA
A Baixada santista ainda carente de uma serviço eficaz e de qualidade no que diz respeito a
saúde publica e principalmente o controle de animais em via publica,bem como sua captura,
anseia por um serviço que funcione 24h,pois as agressões ,os maus tratos e o abandono
infelizmente não tem hora nem local. Porem o problema pode ser minimizado com a
implantação do policiamento animal.
Programa que trará além de benefícios a saúde publica, tendo em vista que
animal em vias publica são riscos iminentes de transmissão de zoonoses e de agressões.
Alem de trazem um beneficio cultural no que diz respeito a cumprimento de lei,ou seja
animal em via publica ,sem que haja as condições exigidas para um passeio, adestramento,
ou ate mesmo para se manter um animal dentro de casa,deverão ser tomadas todas as
providencias cabíveis bem como dar prosseguimento em ocorrências,para que no final o
26
infrator seja punido da mesma forma que outras contravenções são punidas por seus
agentes da lei.
A população poderá contar com serviço emergencial da policia militar sabendo
que as denuncias serão eficazmente atendidas,alem de que a população sentira uma
sensação de respeito pois os animais que estiverem transitando em via pública sem que se
tenha o cumprimento das leis vigente na cidade estado ou pais,serão imediatamente
acionados e conduzidos a delegacia de policia e futuramente a população estará doutrinada
da mesma forma com que se evita um furto ou um roubo.
As organizações não governamentais da baixada santista também poderão
contar com serviço de apoio da policia militar em casos de denuncias de maus
tratos,abandono de animais alem de outras, porque muitas vezes estas instituições recebem
as denuncias porem por falta de apoio logístico e de forca policial ,deixam de agir e
conseqüentemente deixam impunes aqueles que infringem a lei.
O centro de controle de zoonoses também poderá contar com apoio da policia
animal na retirada ,remoção, contenção e outros serviços prestados pela corporação.
Um outro beneficio para baixada santista será um ampliamento do serviço de
emissão de GTA ( guia de transito animal ) onde serão feitas parcerias com clinicas
veterinárias que poderão emitir a guia, sem que o proprietário tenha que se deslocar ao
centro de controle de zoonoses,o que muitas vezes dificulta a iniciativa do proprietário
devido ao desconhecimento do local ou falta de interesse.
8. POLICIA ANIMAL NO MUNDO
8.1 MIAMI
A idéia de policia animal foi criada com base no setor de controle de zoonoses da
cidade de Miami / Estados Unidos. A Unidade de Serviços Animais do Departamento de
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Polícia de Dade (um condado de Miami, Flórida, nos Estados Unidos), eles cobrem uma
área de mais de 5 mil quilômetros quadrados.
A unidade é responsável por uma grande variedade de animais, desde os bichos
de South Beach até os pântanos de Everglade (também no estado da Flórida).
Porem neste caso o serviço funcionada de forma conjunta, como se agíssemos
aqui,com policia Militar florestal,zoonoses,vigilância sanitária e Policia militar ostensiva e
corpo de bombeiros todos juntos em uma unidade,porque esta unidade é única e não tem
caráter militar e seus oficiais não são oficiais de policia e sem do distrito animal, onde agem
sob tutela do estado e apresentam a denuncia diretamente a um “ pequenas causas” local,
oq eu facilita muito a ação dos agentes e assim,devido a rapidez das ações acaba por inibir
a ação dos infratores.
8.2 EUROPA/ SUIÇA
Os cães na Suíça têm uma vida bem diferente dos cães no Brasil. Na Suiça não
existem rafeiros a passear pelas ruas ou seja animais sem raça definida.
Todos os proprietários de cães devem registrá-los (acima de 6 meses de idade) e
pagar uma taxa de Sfr. 100 (francos suíços) por ano. Essa taxa é chamada de
"Hundesteuer", "Imposto de cão". Todos os cães recebem um número de registro gravado
em uma medalha.
O registro dos cães é feito na polícia local. Periodicamente, a polícia oferece
aos proprietários de cães, cursos como cuidados, treinamento, etc..
Cães são permitidos em praticamente todos os lugares: aeroportos,
restaurantes, bares.
Há até um cartão de descontos para cão (igual ao cartão de descontos para as
pessoas) chamado Hundeabonament. Esse cartão permite que o cão pague meia tarifa em
todos os meios de transporte.
28
As raças mais comuns na Suíça são os Sennenhund, cães típicos do cantão de
Berna e Apenzeler.
Os São Bernados não são tão comuns como pensamos. Apesar de serem o
símbolo dos Alpes Suíços, poucas pessoas possuem esse cão, pois eles são caros e
necessitam de espaço. Outras raças bastante comuns são: Labrador, Golden Retriever e o
West Highland White Terrier.
O mais interessante por aqui é que em todos os parques e áreas verdes existem
"lixos" chamado Robidog. São caixas metálicas como lixos, com sacos plásticos para que os
proprietários apanhem a caca de seus cães.Os suíços levam os seus cães para passear nas
montanhas geladas e a entrada dos animais é garantida em teleféricos que levam o público
aos observatórios e estações de esqui. E não há policia especifica para esse fim,porem a
policia local age em conjunto com prefeitura loca ( Folha de São Paulo,2005)
8.3 ASIA/ JAPAO
A grande maioria é de raças de companhia, raramente encontram-se cães de
guarda. Claro que a raça mais popular é o shitzu, originária daquele país.
Outras raças como Golden retriever, dachshund, poodle, cocker, husky siberiano,
dálmata e são Bernardo, também são populares.
Não é permitido ter cães em apartamentos. No máximo, moradores do andar térreo podem
tentar um acordo para permanência dos cães, se estes forem pequenos e calmos.
Dificilmente se encontram cães na rua e apanhar as fezes nas ruas é obrigatório.
Os cães tem acesso restrito a lugares públicos, mas podem ir a praia uma vez que
os donos têm por hábito e dever, recolher as fezes dos cães.
Manter um cão de porte pequeno que exija cuidado de pêlo e banho no pet shop
custa em torno de $100,00 mensais (incluindo alimentação). Isso sem contar com o
veterinário quando for preciso. Uma consulta custa $20 e a vacinação completa $56. Os
serviços de Policia Animal existe porem é ineficiente,pois segundo Brasileiro morador da
cidade de okynawa no Japão, a população esta doutrina quanto a isso e não há chamados
29
específicos contra crueldade,levando-se em conta que é possível alimentar-se de cães. Fato
esse que segunod entrevistado por esta graduanda,já esta com seus dias contados,pois já
há projetos de se extinguir a liberação de carne canina no local. ( Marcos Perez )
8.4 AMERCIA DO SUL/ ARGENTINA
Na argentina a partir de 1998 ,ainda no governo Menem, fora criada uma taxa de
posse de animal de estimação onde cada proprietário de animal terá que pagar uma taxa
relativa a us 20,00, sendo que ao pagamento desta taxa o proprietário receberá um cartão
de identificação que conterá dados do animal ,como vacinação,doenças,cruzamentos etc.. e
com este cartão os proprietários terão acesso aos depósitos de sacos de lixo ,onde poderão
fazer a retirada de sacos plásticos e recolherem as fezes dos animais.
O serviço é inspecionado por agentes da inspetoria local ou seja funcionários da
prefeitura local que são equipados com pistolas identificadoras. O principal problema de
saúde publica são as fezes de cães que podem transmitir doenças e a administração
implantou o serviço de microchips nas coleiras para fácil identificação de animais perdidos.
Alem disso os “ passeadores de cães” terão que pagar uma taxa anual de 400
dólares para os profissionais que passeiam com mais de 4 cães ao mesmo tempo.
8.5 AMERICA DO NORTE /ESTADOS UNIDOS
Nos estados Unidos ter um animal de estimação custa em media 1000
dólares,porem por lei todos os animais de estimação tem registro do serviço animal local e
pagam altas multas em casos de perda,maus tratos ou abandono de seus animais. Os
números da população de animais são aproximadamente 353 milhão animais do
companheiro, incluindo 141 milhão gatos e cães (aproximadamente 65 milhão cães e 75
milhão gatos), com uns 62 por cento estimado de todas as casas que possuem pelo menos
um animal de estimação, e três quartos daquelas casas que possuem dois ou mais animais
de estimação. ( folha de são Paulo,2005) neste local há ação efetiva do distrito animal com
30
atuações freqüentes em denúncias de maus tratos,bem como abandono,perda,furto ou
posse irregular de cão.
8.6 BRASIL
Por aqui, o público consumidor é grande —segundo a Associação Nacional dos
Fabricantes de Alimentos para Animais de Companhia, em 2005, o Brasil tinha 29 milhões
de cães e 13 milhões de gatos. Porem infelizmente ainda não há controle algum sobre os
animais de estimação ,pois não há fiscalização para tal fim.
Tendo em vista o alto custo que se tem para obter um animal de estimação, é fato
que devemos ter como projeto de lei,algo que gire em torno do vemos com que se gasta
para se ter uma animal de estimação e infelizmente não o que se leva em consideração hoje
em dia ,que é nada mais nada menos que afinidades com os animais.sabendo que muitas
vezes não basta apenas gostar dos animais.
Devemos com este projeto observar que alem de gostar de animais é necessário
ter uma renda apropriada para que se possa tomar todas as medidas preventivas de saúde
publica,bem como regras de convívio social e manutenção de um animal perante a
população, com treinamentos,taxas,penas,multas, pois como já foi citado anteriormente
infelizmente os animais em nosso convívio não dependem somente de carinho, mas
também de alimentação adequada, abrigo,medidas de prevenção contra doenças,área de
lazer etc..Pontos estes que dificilmente são observados em feiras de adoção, ou ate mesmo
na compra de um animal de estimação por pet-shops e mercados. Sem que haja um
controle rigoroso de como este animal vivera.
No Brasil ainda não há Policia Animal em nenhum estado pesquisado porem no
Para há um projeto ainda em fase de elaboração de se criar uma delegacia especifica para
tal fim ( Base de dados da Policia Militar ,via Copom CPI-6)
31
9. IMPLANTAÇÃO DE MICROCHIPS NOS ANIMAIS SUBSIDIADOS NA
BAIXADA SANTISTA COMO METODO AUXILIAR DO POLICIAMENTO ANIMAL
Em vários Países é exigido que todos os animais de estimação / companhia sejam
identificados com Microchip. No EUA e no Canadá a identificação eletrônica é usada há
muito tempo. (D4microchip,2007)
Em 2002 o Parlamento Europeu emitiu normativa estipulando prazo e regras
para que todos os animais de estimação da Europa sejam identificados através do
microchip.
Na America do Sul, há projetos para adotar o microchip principalmente na
Argentina, Chile e no Brasil.
Controle sanitário, abandono, perda e roubo de animais são preocupações comuns
em qualquer lugar do mundo e deverão ser minimizados com uso do microchip nos animais.
É um transponder constituído de um código exclusivo e inalterável, gravado a
laser, encapsulado em vidro cirúrgico, micro revestido em capa de polipropileno bio
compativel e anti- migratório com tamanho aproximado de um grão de arroz.
Seu pequeno tamanho (aproximadamente 11,5 mm x 2 mm) e forma permitem
que eles sejam injetados no animal com uma seringa ou aparelho similar análogo daqueles
usados para aplicar vacinas ordinárias.
Após a injeção o aparelho permanece com o animal por toda sua vida onde
fornece o número de identificação exclusivo do animal toda vez que ele é escaneado por
uma leitora de identificação eletrônica compatível.
Transponderes usados para identificação animal são aparelhos passivos, não
carregam bateria e permanecem inativos a maior parte do tempo. O pequeno circuito
eletrônico do transponder é energizado somente quando ele recebe uma freqüência de rádio
de baixa potência enviada por um aparelho de leitura compatível.
32
O transponder envia seu número de identificação como um sinal de rádio de volta
ao escanner que decodifica o número e o mostra numa pequena tela similar a de uma
calculadora.
9.1 CÁPSULA ANTI-MIGRATÓRIA BIOBOND®
Um estudo investigou o efeito da colocação de Biobond® (um estojo de polímero
poroso) em implantes de transponder de identificação por rádio freqüência (RFID) para
reduzir a migração de um local de implante conhecido.
O resultado mostrou que todos os transponderes permaneceram no local
conhecido do implante usando os dispositivos apropriados de leitura por um período superior
a 18 meses. A pulsação do local de implante forneceu a informação adicional que nenhuma
drenagem, crescimentos, tumores ou inflamações estavam presentes.(BIOBOND,2004)
Com a migração, que é o movimento dos transponderes de RFID para longe
dos locais de implante, o animal corre o risco de ser identificado como um "extraviado" pela
não detecção do implante do RFID, apesar de seu funcionamento ser normal.
A falha em detectar implantes de RFID nesses animais freqüentemente pode
causar ao animal adoção por uma sociedade protetora, eutanásia ou venda para pesquisa.
A colocação de uma bolsa de polímero poroso em transponderes RFID antes do
implante em animais de laboratório resultou no aumento de retenção e quase nenhuma
migração do local do implante.
Exame histológico de aparelhos RFID e bolsas de polímero poroso retirados de
cobaias eutanasiadas demonstraram a presença de fibrócitos e fibras colágenas maduras ao
redor dos transponderes RFID com um mínimo de inflamação. Estudos prévios também
indicaram que a incidência de tumores decresce marcadamente e o período do estado
latente aumenta quando materiais com superfícies ásperas são usados como
implantes.(BIOBOND,2004)
33
Experiência prévia com transponderes RFID em caninos e felinos demonstra
que os implantes sem bolsa anti-migração tende a migrar do local do implante, fato que
pode provocar facilmente um "esquecimento" quando o animal é escaneado por um
profissional técnico ou pelo pessoal da proteção animal. .(BIOBOND,2004)
Isto é crítico porque o animal pode se perder a qualquer tempo e o implante do
transponder permanecerá no animal por toda a vida. No caso de espécies usuais de animais
de estimação como caninos e felinos, isso pode facilmente exceder dez anos.
O transponder implantável Digital Angel Destron Technologies é um aparelho
passivo, miniaturizado, sem bateria, embutido em vidro Biobond® bio-compatível coberto por
uma bolsa de polímero polipropileno poroso, também conhecido como capa anti-migração.
Os transponderes foram fornecidos em montagens de cânulas cirúrgicas
descartáveis e de uso único, embaladas em estojos Ty-Vek (TM) pré-esterilizados. Leituras
periódicas foram feitas em vários animais durante os estudos para avaliar a retenção e
funcionabilidade dos transponderes previamente implantados. E os resultados foram os
melhores possíveis. (BIOBOND,2004)
9.2 O LEITOR DE MICROCHIP
A leitora é um aparelho de rádio freqüência compacto, operado à bateria, fácil
de usar, que lê e identifica microchips. Toda operação da leitora é feita por um simples botão
de função, é programável no campo e pode ser programada também para ler futuros
transponderes.
A antena da leitora é projetada para circundar o transponder num campo de
alta intensidade magnética. Isso otimiza a performance de leitura com o transponder em
qualquer orientação.
A maioria dos sistemas de leitura gera uma energização na faixa de rádio de
34
baixa freqüência, muito mais baixa que as usadas nas transmissões de ondas médias de
AM.
A potência do sinal do "escanner" é menos que um milésimo de watt, que é bem
menos que a potência transmitida por um rádio de criança de duas vias (walkie-talkie). Isso
permite aos "escanneres" serem operados virtualmente em todos os países como um
aparelho de rádio de baixa potência que não requer licenciamento local.
Leitoras portáteis variam em tamanho de pequenas leitoras de bolso a modelos
maiores com mais potência e maior alcance. Virtualmente, todas as leitoras portáteis
operam com baterias, tanto recarregáveis como descartáveis e algumas são feitas para
operar diretamente de fontes de corrente alternada. Para algumas aplicações, estações fixas
maiores estão também disponíveis. Com essas o animal geralmente anda, nada (no caso de
pesquisas pesqueiras) ou é carregado pela antena da leitora. (FIGURA03)
.(BIOBOND,2004)
9.3 CARTAO DE IDENTIFICAÇAO
O cartão de identificação Animalltag armazena dados sobre o animal, incluindo
seu pedigree. Tem capacidade para guardar histórico médico como medicamentos, vacinas
e exames. Com 2 Mb de memória, usa tecnologia Smart Card e não desmagnetiza.
O cartão seria a forma melhor a ser utilizada para a comprovação de
propriedade,posso ou guarda de animal,sendo verificado no ato do ilícito ou na localização
de um animal.
Neste caso especifico de utilização de microchips o policial dentro do
patrulhamento preventivo,ostensivo fardado que se deparar ou for solicitado para
ocorrências envolvendo animais, o policial terá o leitor de microchip, com qual fará a
imediata identificação de propriedade do animal e o encaminhara a zoonoses ou ao próprio
dono.
35
Nos casos em que o animal for localizado, o proprietário também fará a
comprovação de propriedade através do cartão magnético com todos os dados do animal,
verificando o policial ainda o RGA, vacinação contra raiva etc..
10. AUXILIANDO O CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES
Os policiamento também visa o emprego da viatura no que diz respeito ao apoio
a órgãos de proteção animal,bem como ao centro de controle de zoonoses, tanto na
remoção de animais em local de risco, como em casos de maus tratos e denuncias a estes
órgãos repassadas. Intervindo imediatamente em casos de ameaça ou risco dos agentes a
quem fora prestado apoio, agindo neste caso , no policiamento fim da policia militar,
preservando a integridade física e a dignidade da pessoa humana.
Pois conforme relato de funcionários do centro de controle de zoonoses esta é uja
problemática constante no dia a dia do agente, onde o proprietário na iminência de ser
autuado ou ter seu animal recolhido,fazem ameaças e no geral dificultam ou impedem a
ação do agente de zoonoses.
A ação se estende a organizações não governamentais ( ONG’s) que na tentativa
de auxiliar os serviços de proteção animal,muitas vezes sofrem do mesmo problema, o que
impede também a ação efetiva da organização impossibilitando a remoção ou auxilio a um
animal, cujo dono encontra-se agressivo ou alterado.
Porem esses problemas poderão ser sanados com apoio da viatura especifica
para esse fim, que estará embasada pela lei e cumprindo-a rigorosamente, gerando um
retorno altamente positivo a população e uma elevação gradativa no nível de confiança da
população perante a policia militar.
11. EMBASAMENTO LEGAL PARA ATUACAO POLICIAL
O policial militar como em todo serviço policial tem embasamento legal para sua
atuação.
Sendo assim serão citadas abaixo algumas leis que contribuirão efetivamente
para a ação policial ,para casos específicos e generalizados,não só para a ação em si,mas
36
também para a orientação ao publico que por muitas vezes desconhecem e ignoram por
desconhecimento a lei, ficando assim sujeito a autuações e outras medidas administrativas e
repressivas por parte da legislação.
As leis que regram a criação, posse, direitos e deveres de animais e seus
proprietários são muito complexas e na sua grande maioria desatualizadas, porem existem
leis federais, estaduais e municipais ,citadas a fim de embasar o futuro agente da lei que
fará com que esta seja cumprida seja na proteção dos animais ,seja na punição de seus
proprietários ou ate esmo em prol da saúde e bem estar coletivo.
Dentre elas cito:
• O direito universal dos animais,
• O decreto LEI Nº24.645, DE JULHO DE 1934 que regra sobre a tutela
dos animais em seu artigo 1º.
• Decreto nº 48.533, de 9 de março de 2004 que regra a posse
responsável de cães.
• A Lei Nº 11.977, DE 25 DE AGOSTO DE 2005 ,que regra a proteção
animal no estado de são Paulo
• Lei Complementar N.º 510 de 23 de dezembro de 2004 que regra a
postura do Município de santos na atuação sobre animais.
• Lei Complementar n.º 533 de 10 de maio de 2005 que disciplina a
Criação, Propriedade, Posse, Guarda, Uso e Transporte de Cães e Gatos no
Município de Santos e dá outras providências.”
• Lei Complementar n.º 498 de 28 de maio de 2004 que regra a
destinação dos animais
Todas a leis e decretos que darão embasamento legal para atuação do
policiamento Animal, bem como seus apoios a outras instituições de interesse no assunto.
37
12. CONCLUSAO
O presente projeto visa a melhoria do atendimento a população no eu diz respeito
a ocorrências envolvendo animais. Criando assim uma modalidade nova de policiamento,
intitulada a principio como “ POLICIA ANIMAL” que tem como objetivo o atendimento de
ocorrências envolvendo animais de pequeno e grande porte nas cidades de santos e São
Vicente, e Praia Grande, compreendidas dentro da região do CPI-6 (comando de
policiamento de área do interior seis).
Sendo que a unidade policial ficara situado junto ao canil da policia militar, e
contara com a participação efetiva de 06 policiais ,patrulheiros , que atenderão os chamados
oriundos do setor emergencial 190 e duas viaturas de médio porte do tipo Blazer/GM para
captura ou guarda de animal ate a chegada da viatura especifica do centro de controle de
zoonoses.
Os policiais serão previamente treinados junto a prefeitura e cursos de
capacitação de captura para animais,junto com funcionários da zoonoses e terão
equipamentos disponíveis para tal fim, bem como terão a disposição leitores de microchips
para a identificação de animais.
Alem de fazer patrulhamento preventivo fardado por toda região na tentativa de
fazer valer a lei quanto ao uso de focinheiras bem como outras normas que regulamentam a
posse, passeio e transito de animais em via publica.
Agindo assim a favor da população e do meio ambiente em prol de um ambiente
mais seguro.
38
BIBLIOGRAFIA
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40
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em http://www.seade.gov.br/produtos/perfil/perfil.php acesso em 21 Out. 2007
MALUF, C. S. & MACHADO, H. P. R. Modulação na construção de Centros de Controle
de Zoonoses em relação ao número de habitantes por município. B. Inf. Contr. Zoon.
Urb., 13(1): 50-58, 1990.
41
Ministério da Saúde Fundação Nacional de Saúde. Construção de Centros de Zoonoses
(Proposta Preliminar), Brasília, 1993, 8p.
Decreto nº 40.400 de 25-10-95, DOE, sec I, nº 105(204) de 25-10-95.
Estimativa Populacional de animais na cidade de São Paulo disponível em http://www.pasteur.saude.sp.gov.br/informacoes/ acesso em 23 Out. 2007
Entrevista ao professor doutor Professor Dr. Omar Miguel* Coordenador do Curso de
Medicina Veterinária da UNIBAN Cães e sua Problemática na Saúde Publica disponível
em www.saudeanimal.com.br acesso em 21Out.2007
42
ANEXO
Constituição Federal de 1988
- Art. 225, 1o, VII - Incumbe ao Poder Público proteger a fauna e a flora, vedadas
na forma de lei as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, que provoquem a
extinção de espécie ou submetam os animais à crueldade
Decreto Lei 3688
- Art. 64 da Lei das Contravenções Penais - tipifica a crueldade contra os
animais, estabelece medidas de proteção animal e prevê atentados contra animais
domésticos e exóticos, que são de competência da Justiça Estadual.
DECRETO nº 24.645/34
- Art. 1º - Todos os animais existentes no país são tutelados pelo Estado.
- Art. 2º - parágrafo 3º - Os animais serão assistidos em juízo pelos
representantes do Ministério Público, seus substitutos legais e pelos membros das
Sociedades Protetoras dos Animais.
- Art. 16º - As autoridades federais, estaduais e municipais prestarão aos
membros das Sociedades Protetoras dos Animais, a cooperação necessária para se fazer
cumprir a lei.
ANIMAIS EM APARTAMENTO
- A Lei nº 4591/64 e artigo 544 do código civil - ampara qualquer animal que
viva em um condomínio de apartamentos. Mesmo havendo na convenção condominial
cláusula proibindo animal em apartamento, tolera-se ali a permanência deste, quando desse
fato não resultar em prejuízo ao sossego, à salubridade e à segurança dos condôminos.
43
Sendo esta uma causa comum na solicitação do emprego policial pelos
atendimentos 190.
CÓDIGO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AOS ANIMAIS, PROJETO DE LEI
707/03,
( Deputado Ricardo Tripoli.)
Lei n. 11.977, de 25 de agosto de 2005.
Artigo 1º- Institui o Código Estadual de Proteção aos Animais, estabelecendo norma para a
proteção, defesa e preservação dos animais no Estado.
Parágrafo único - Consideram-se animais:
1. Silvestres, aqueles encontrados livres na natureza, pertencentes às espécies nativas,
migratórias, aquáticas ou terrestres, que tenham o ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites
do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras ou em cativeiro sob a competente
autorização federal;
2. Exóticos, aqueles não originários da fauna brasileira;
3. Domésticos, aqueles de convívio do ser humano, dele dependentes, e que não repelem o
jugo humano;
4. Domesticados, aqueles de populações ou espécies advindas da seleção artificial imposta
pelo homem, a qual alterou características presentes nas espécies silvestres originais;
5. Em criadouros, aqueles nascidos, reproduzidos e mantidos em condições de manejo
controladas pelo homem, e, ainda, os removidos do ambiente natural e que não possam ser
reintroduzidos, por razões de sobrevivência, em seu habitat de origem;
6. sinantrópicos, aqueles que aproveitam as condições oferecidas pelas atividades humanas
para estabelecerem-se em habitats urbanos ou rurais.
Artigo 2º- É vedado:
I - ofender ou agredir fisicamente os animais, sujeitando-os a qualquer tipo de experiência,
prática ou atividade capaz de causar-lhes sofrimento ou dano, bem como as que provoquem
condições inaceitáveis de existência;
II - manter animais em local desprovido de asseio ou que lhes impeça a movimentação, o
44
descanso ou os privem de ar e luminosidade;
III - obrigar os animais a trabalhos excessivos ou superiores às suas forças e a todo ato que
resulte em sofrimento, para deles obter esforços que não se alcançariam senão com castigo;
IV - não propiciar morte rápida e indolor a todo animal cujo abate seja necessário para
consumo;
V - não propiciar morte rápida e indolor a todo animal cuja eutanásia seja recomendada;
VI - vender ou expor à venda animais em áreas públicas sem a devida licença de autoridade
competente;
VII - enclausurar animais conjuntamente com outros que os molestem;
VIII - exercitar cães conduzindo-os presos a veículo motorizado em movimento;
IX - qualquer forma de divulgação e propaganda que estimule ou sugira qualquer prática de
maus-tratos ou crueldade contra os animais.
Capítulo II
Dos Animais Domésticos
Seção I
Controle de Zoonoses e Controle Reprodutivo de Cães e Gatos
Artigo 11 - Os Municípios do Estado devem manter programas permanentes de controle de
zoonoses, através de vacinação e controle de reprodução de cães e gatos, ambos
acompanhados de ações educativas para propriedade ou guarda responsável.
Artigo 12 - É vedada a prática de sacrifício de cães e gatos em todos os Municípios do
Estado, por métodos cruéis, consubstanciados em utilização de câmaras de
descompressão, câmaras de gás, eletrochoque e qualquer outro procedimento que
provoque dor, estresse ou sofrimento.
Parágrafo único - Considera-se método aceitável de eutanásia a utilização ou emprego de
substância apta a produzir a insensibilização e inconscientização antes da parada cardíaca
e respiratória do animal.
Seção II
Das Atividades de Tração e Carga
45
Artigo 13 - Só é permitida a tração animal de veículo ou instrumentos agrícolas e industriais,
por bovinos e eqüídeos, que compreende os eqüinos, muares e asininos.
Artigo 14 - A carga, por veículo, para um determinado número de animais, deverá ser fixada
pelas municipalidades, obedecendo sempre ao estado das vias públicas e declives, peso e
espécie de veículos, fazendo constar das respectivas licenças a tara e a carga útil.
Artigo 15 - É vedado nas atividades de tração animal e carga:
I - utilizar, para atividade de tração, animal cego, ferido, enfermo, extenuado ou desferrado,
bem como castigá-lo sob qualquer forma ou a qualquer pretexto;
II - fazer o animal trabalhar por mais de 6 (seis) horas ou fazê-lo trabalhar sem respeitar
intervalos para descanso, alimentação e água;
III - fazer o animal descansar atrelado ao veículo, em aclive ou declive, ou sob o sol ou
chuva;
IV - fazer o animal trabalhar fraco, ferido ou estando com mais da metade do período de
gestação;
V - atrelar, no mesmo veículo, animais de diferentes espécies;
VI - atrelar animais a veículos sem os apetrechos indispensáveis ou com excesso daqueles
dispensáveis, considerando-se apetrechos indispensáveis: o arreio completo do tipo peitoral,
composto por dois tirantes de couro presos ao balancim ou do tipo qualheira, composto por
dois pares de correntes presas ao balancim, mais selote com retranca fixa no animal,
correias, tapa-olho, bridão ou freio, par de rédeas e cabresto para condução após
desatrelamento do animal.
VII - prender animais atrás dos veículos ou atados a caudas de outros.
Seção III
Do Transporte de Animais
Artigo 16 - É vedado:
I - fazer viajar um animal a pé, mais de 10 (dez) quilômetros sem lhe dar descanso, água e
alimento;
II - conservar animais embarcados por mais de 6 (seis) horas sem água e alimento, devendo
46
as empresas de transporte providenciar as necessárias modificações em seu material,
veículos e equipamentos, adequando-as às espécies animais transportadas, dentro de 6
(seis) meses a partir da publicação desta lei;
III - conduzir, por qualquer meio de locomoção, animais colocados de cabeça para baixo, de
mãos e pés atados, ou de qualquer modo que lhe produza sofrimento ou estresse;
IV - transportar animais em cestos, gaiolas ou veículos sem as proporções necessárias ao
seu tamanho e números de cabeças, e sem que o meio de condução em que estão
encerrados esteja protegido por rede metálica ou similar, que impeça a saída de qualquer
parte do corpodo animal;
V - transportar animal sem a documentação exigida por lei;
VI - transportar animal fraco, doente, ferido ou que esteja com mais da metade do período
gestacional, exceto para atendimento de urgência;
VII - transportar animais de qualquer espécie sem condições de segurança para quem os
transporta.
Seção VI
Das Atividades de Diversão, Cultura e Entretenimento
Artigo 20 - É vedado realizar ou promover lutas entre animais da mesma espécie
ou de espécies diferentes, touradas, simulacros de tourada e vaquejadas, em locais públicos
e privados.
Artigo 21 - É vedada a apresentação ou utilização de animais em espetáculos circenses.
Artigo 22 - São vedadas provas de rodeio e espetáculos similares que envolvam o uso de
instrumentos que visem induzir o animal à realização de atividade ou comportamento que
não se produziria naturalmente sem o emprego de artifícios.
Capítulo V
Das Penalidades
Artigo 43 - Constitui infração, para os efeitos desta lei, toda ação ou omissão que importe na
inobservância de preceitos estabelecidos ou na desobediência às determinações de caráter
normativo dos órgãos das autoridades administrativas competentes.
Artigo 44 - As infrações às disposições desta lei e de seu regulamento, bem como das
normas, padrões e exigências técnicas, serão autuadas, a critério da autoridade
47
competente, levando-se em conta:
I - a intensidade do dano, efetivo ou potencial;
II - as circunstâncias atenuantes ou agravantes;
III - os antecedentes do infrator;
IV - a capacidade econômica do infrator.
Parágrafo único - Responderá pela infração quem, por qualquer modo a cometer, concorrer
para sua prática ou dela se beneficiar.
Artigo 45 - As infrações às disposições desta lei serão punidas com as seguintes
penalidades:
I - advertência;
II - multa;
III - perda da guarda, posse ou propriedade do animal, se doméstico ou exótico.
§ 1º - Nos casos de reincidência, caracterizados pelo cometimento de nova infração da
mesma natureza e gravidade, a multa corresponderá ao dobro da anteriormente imposta,
cumulativamente.
§ 2º - A penalidade prevista no inciso III deste artigo será imposta nos casos de infração
continuada e a partir da segunda reincidência.
Artigo 46 - As multas poderão ter sua exigibilidade suspensa quando o infrator, nos termos e
condições aceitas e aprovadas pelas autoridades competentes, se obrigar à adoção de
medidas específicas para fazer cessar e corrigir a infração.
Artigo 47 - As instituições que executem atividades reguladas no Capítulo IV desta Lei estão
sujeitas, em caso de transgressão às suas disposições e ao seu regulamento, às
penalidades administrativas de:
I - advertência;
II - multa;
III - interdição temporária;
IV - suspensão de financiamentos provenientes de fontes oficiais de crédito e fomento
científico;
V - interdição definitiva.
Parágrafo único - A interdição por prazo superior a 30 (trinta) dias somente poderá ser
determinada, após submissão ao parecer dos órgãos competentes mencionados nesta Lei.
Artigo 48 - Qualquer pessoa, que execute de forma indevida atividades reguladas no
48
Capítulo IV ou participe de procedimentos não autorizados pelos órgãos competentes, será
passível das seguintes penalidades administrativas:
I - advertência;
II - multa;
III - suspensão temporária;
IV - interdição definitiva para o exercício da atividade regulada nesta Lei.
Artigo 49 - Os valores monetários serão estabelecidos em regulamento, atualizados
anualmente pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, apurado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, acumulada no exercício anterior, sendo
que, no caso de extinção deste índice, será adotado outro índice criado pela legislação
federal e que reflita a perda do poder aquisitivo da moeda.
Artigo 50 - As penalidades previstas nos artigos 44 e 45 desta lei serão aplicadas de acordo
com a gravidade da infração, os danos que dela provierem, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes do infrator.
Artigo 51 - As sanções previstas serão aplicadas pelos órgãos executores competentes
estaduais, sem prejuízo de correspondente responsabilidade penal.
Artigo 52 - Qualquer pessoa que, por ação ou omissão, sem a devida e regulamentar
autorização, interferir nos centros de criação, biotérios e laboratórios de experimentação
animal, de forma a colocar em risco a saúde pública e o meio ambiente, estará sujeita às
correspondentes responsabilidades civil e penal.
Artigo 53 - A autoridade, funcionário ou servidor que deixar de cumprir a obrigação de que
trata esta lei ou agir para impedir, dificultar ou retardar o seu cumprimento, incorrerá nas
mesmas responsabilidades do infrator, sem prejuízo das demais penalidades administrativas
e penais.
Palácio dos Bandeirantes, 25 de agosto de 2005 GERALDO ALCKMIN
DECRETO Nº 48.533, DE 9 DE MARÇO DE 2004
CONDUÇÃO RESPONSÁVEL DE CÃES
49
Estabelece regras de segurança para a condução responsável de cães, nos
termos da Lei nº 11.531, de 11 de novembro de 2003, e da outras providências.
Decreta:
Artigo 1º - A condução em vias públicas, logradouros ou locais de acesso público exige a
utilização de coleira, guia curta de condução e enforcador, para os cães das seguintes
raças:
I – “ mastim napolitano”;
II – “pit bull”;
III – “rottweiller”;
IV – “American stafforshire terrier”;
V – raças derivadas ou variações de qualquer das raças indicadas nos incisos anteriores.
§ 1º – Tratando-se de centros de compras ou demais locais fechados, porém de acesso
público, eventos, passeatas ou concentrações público realizados em vias públicas,
logradouros ou locais de acesso público a condução dos cães das raças abrangidas por este
artigo deverá ser feita sempre com a utilização de coleira, guia curta de condução,
enforçador e focinheira.
§ 2º – Define-se por guia curta de condução as correias ou correntes não extensíveis e de
comprimento máximo de 2(dois) metros.
§ 3º – O enforcador e a focinheira deverão ser apropriados para a tipologia racial de cada
animal.
Artigo 2 – A multa referida no artigo 3º da Lei n 11.531, de 11 de novembro de 2003, será
imposta pelos profissionais das equipes de vigilância sanitária com observância do disposto
na Lei n 10.083, de 23 de setembro de 1998 – Código Sanitário do Estado.
Parágrafo único – A multa terá valor dobrado, em caso de reincidência.
Artigo 3º – Qualquer pessoa do povo poderá comunicar ao órgão responsável pela vigilância
as infrações à Lei nº 11.531, de 11 de novembro de 2003, e a este decreto, indicando as
provas que tiver.
§ 1º Recebida a comunicação prevista no “caput”, ou constatada ex-officio a infração, o
órgão responsável pela vigilância sanitária deverá colher as provas pertinentes e,
constatando infração ao disposto na Lei nº 11.531, de 11 de novembro de 2003, e a este
50
decreto, a autoridade sanitária competente lavrará de imediato os autos de infração
correspondentes.
§ 2º - As infrações sanitárias serão apuradas em processo administrativo próprio, iniciado
com o auto de infração, observados o rito e os prazos estabelecidos no Código Sanitário do
Estado e, no que couber, a Lei nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998, que regula o
processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual.
Artigo 4º - Qualquer pessoa do povo poderá solicitar concurso policial, quando verificada a
condução de cães em desacordo com a as regras estabelecidas no presente decreto ou,
ainda, quando verificada a ocorrência de omissão de cautela na guarda ou condução de
animais, nos termos do artigo 31 das Contravenções Penais – Decreto-Lei Federal nº 3.688,
de 3 de outubro de 1941.
Parágrafo único – A autoridade policial deverá, verificada a conduta do agente, comunicar o
fato ao órgão responsável pela vigilância sanitária para lavratura de auto de infração, se for
o caso, providenciando, ainda, a condução do infrator à delegacia de polícia da circunscrição
para lavratura de termo circunstanciado noticiando a omissão de cautela na guarda ou
condução de animais, dando início ao procedimento respectivo, de acordo com a Lei Federal
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, além de outros delitos que eventualmente se
configurem.
Artigo 5º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
BAIXADA SANTISTA
LEI COMPLEMENTAR N.º 533
DE 10 DE MAIO DE 2005.
51
“DISCIPLINA A CRIAÇÃO, PROPRIEDADE, POSSE, GUARDA, USO E
TRANSPORTE DE CÃES E GATOS NO MUNICÍPIO DE SANTOS E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.”
LEI COMPLEMENTAR N.º 533
Art. 1.° É livre a criação, propriedade, posse, guarda, uso e transporte de cães e
gatos de qualquer raça ou sem raça definida no Município de Santos, desde que obedecida
à legislação municipal, estadual e federal vigente.
Art. 2.° Todos os cães e gatos residentes no Município de Santos serão
registrados perante o setor competente da Prefeitura..
Art. 3.º O registro dos animais residentes no Município de Santos deverá ser
obrigatoriamente providenciado por seus proprietários no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias, contados da data da publicação desta lei complementar.
Art. 4.º Após o nascimento, os cães e gatos deverão ser registrados entre o
terceiro e o sexto mês de idade recebendo no ato do registro, a aplicação da vacina contra
raiva.
Art. 5.º Após o prazo estipulado no artigo 3.º, os proprietários de animais não
registrados estarão sujeitos a:
I – intimação, emitida por agente sanitário do Centro de Controle de Zoonoses da
Secretaria Municipal de Higiene e Saúde, para que proceda ao registro de todos os animais
no prazo de 30 (trinta) dias;
II – findo o prazo previsto no inciso I, aplicação de multa no valor de R$ 20,00
(vinte reais) por animal não registrado.
52
Art. 6.º O comprovante de vacinação do animal é documento indispensável para
seu registro.
Art. 7.º A carteira do RGA do animal deverá ficar na posse de seu proprietário,
sendo que cada animal deverá possuir um único número de RGA.
Art. 8.º Quando houver transferência de propriedade do animal, o novo
proprietário deverá comparecer a Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses ou a um
estabelecimento veterinário credenciado para proceder à atualização de todos os dados
cadastrais do novo proprietário.
Parágrafo único. Enquanto não for realizada a atualização do cadastro a que se
refere o “caput” deste artigo, o proprietário anterior permanecerá como responsável pelo
animal.
Art. 9.º No caso de perda ou extravio da plaqueta de identificação ou da carteira
de RGA, o proprietário deverá solicitar a segunda via, cujo protocolo servirá como
documento de identificação, durante o prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 10. Em caso de óbito de animal registrado, cabe ao proprietário ou ao
veterinário responsável comunicar o ocorrido ao órgão competente da Prefeitura, no prazo
máximo de 15 (quinze) dias.
Art. 11. Ficam estabelecidos os seguintes preços públicos:
I – R$ 3,00 (três reais) para registro de cão ou gato, a ser pago pelos
estabelecimentos veterinários credenciados, no momento da retirada das carteiras de RGA,
formulários timbrados e plaquetas, ou pelos proprietários quando procederem ao registro ao
órgão competente da Prefeitura;
II – R$ 3,00 (três reais) para o fornecimento de segunda via da carteira de RGA ou
da plaqueta.
53
Art. 12. Todo proprietário de animal é obrigado a vacinar seu cão ou gato contra
a raiva, observando para a revacinação o período recomendado pelo laboratório
responsável pela vacina utilizada.
Art. 13. O documento de vacinação fornecido pelo órgão competente da Prefeitura
e a carteira emitida por médico-veterinário particular serão utilizados para fins de
comprovação de vacinação anual.
§ 1.º Da carteira de vacinação fornecida pelo médico-veterinário deverão constar
as seguintes informações, obedecendo a Resolução n.º 656, de 13 de setembro de 1999, do
Conselho Federal de Medicina Veterinária:
I – identificação do proprietário: nome, número da Carteira de Identidade – RG e
endereço completo;
II – identificação do animal: nome, espécie, raça, pelagem, sexo, data de
nascimento ou idade real ou presumida;
III – dados das vacinas: nome, número de partida, fabricante, data de fabricação e
validade;
IV – dados da vacinação: data da aplicação e revacinação;
V – identificação do estabelecimento: razão social ou nome fantasia, endereço
completo, número de inscrição no CRMV e assinatura;
VI – identificação do médico-veterinário: carimbo constando nome completo,
número de registro no CRMV e assinatura;
VII – número do RGA do animal, quando já existe.
§ 2.º Excepcionalmente e somente durante as campanhas oficiais, o comprovante
de vacinação poderá ser fornecido sem identificação do médico-veterinário responsável pela
equipe, mas contendo o número do RGA do animal, quando existente.
§ 3.º No momento da vacinação, os proprietários cujos animais ainda não tenham
sido registrados deverão ser orientados a proceder ao registro.
Art. 14. Todo animal, ao ser conduzido em vias e logradouros públicos, deverá
usar obrigatoriamente coleira e guia adequada ao seu porte, bem como exibir plaqueta de
identificação devidamente posicionada na coleira, devendo ser conduzido por pessoas com
idade e força suficientes para controlar seus movimentos.
54
Art. 15. Em caso de não cumprimento ao disposto no artigo 14, o proprietário
estará sujeito à multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais), por animal.
Art. 16. O condutor do animal fica obrigado a recolher os dejetos fecais eliminados
em vias e logradouros públicos.
Art. 17. Em caso de não cumprimento ao disposto no artigo 16, o proprietário
estará sujeito à multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) por animal.
Art. 18. Cabe aos proprietários a responsabilidade pela manutenção de cães e
gatos em condições adequadas de alojamento, alimentação, saúde, higiene e bem-estar,
bem como pela destinação adequada dos dejetos.
Art. 19. Por condições adequadas de alojamento do animal considera-se local de
permanência iluminado, ventilado, de dimensões compatíveis com seu porte, que lhe
possibilite caminhar e abrigar-se de intempéries climáticas.
Art. 20. Os animais devem ser alojados em locais onde fiquem impedidos de fugir
e agredir pessoas ou outros animais.
Art. 21. Os proprietários de animais deverão mantê-los afastados de portões,
campainhas, medidores de água e luz e caixas de correspondência, a fim de que
funcionários das respectivas empresas prestadoras desses serviços possam ter acesso sem
sofrer ameaça ou agressão real por parte dos animais, protegendo ainda os transeuntes.
Art. 22. Em qualquer imóvel onde houver animal bravio, deverá ser afixada placa
comunicando o fato, com tamanho adequado à leitura à distância, e em local visível ao
público.
Art. 23. Constatado por agente sanitário do órgão competente da Prefeitura o
descumprimento ao disposto nos artigos anteriores, o proprietário do animal ou animais será
55
intimado, pessoalmente ou por via postal com aviso de recebimento, para regularizar a
situação em 30 (trinta) dias.
Art. 24. Findo o prazo previsto no artigo anterior, será aplicada multa ao
proprietário, no valor de R$ 100,00 (cem reais).
Art. 25 - A multa estabelecida no artigo 24 será acrescida de 50% (cinqüenta por
cento) em cada reincidência.
Art. 26. Toda a criação de cães e gatos com finalidade comercial, para venda ou
aluguel, caracteriza a existência de um criadouro, independentemente do total de animais
existentes, devendo registrar seu canil ou gatil no setor competente da Prefeitura e solicitar
a respectiva licença, além de submeter seu comércio às demais exigências impostas na
legislação municipal, estadual ou federal.
Parágrafo único. A licença mencionada no "caput" deste artigo deverá ser obtida
no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da publicação desta lei
complementar.
Art. 27. É proibida a prática de adestramento em vias e logradouros públicos ou
em locais de livre acesso ao público.
Parágrafo único. O adestramento de cães deve ser realizado apenas por
adestradores devidamente cadastrados por um dos clubes cinófilos oficiais do Município de
Santos, em locais particulares e com a devida contenção, entendida esta como o ato de
restringir o animal sem sofrimento e sem risco de agressão a qualquer pessoa.
Art. 28. A infração ao disposto no artigo anterior acarretará a imposição das
seguintes sanções:
I - multa no valor de R$ 100,00 (cem reais), aplicada ao proprietário do animal que
estiver sendo adestrado em vias ou logradouros públicos, dobrada na reincidência;
II - multa no valor de R$ 100,00 (cem reais), aplicada ao adestrador não
cadastrado, dobrada na reincidência.
56
Art. 29. Se a prática de adestramento fizer parte de exibição cultural e/ou
educativa, o evento deverá contar com prévia autorização da autoridade competente.
Parágrafo único. Ao solicitar a autorização de que trata o “caput” deste artigo, o
responsável pelo evento, seja pessoa física ou jurídica, deverá comprovar as condições de
segurança para os freqüentadores do local, bem como bem-estar e segurança para os
animais, e apresentar documento com prévia anuência do órgão ou pessoa jurídica
responsável pela área escolhida para a apresentação.
Art. 30. A infração ao disposto no artigo anterior acarretará ao infrator multa no
valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).
Art. 31. A proibição ou liberação da entrada de animais em estabelecimentos
comerciais fica a critério dos respectivos gerentes ou proprietários, obedecida à legislação
de higiene e saúde.
§ 1.º Os cães guias para deficientes visuais devem ter livre acesso a qualquer
estabelecimento, bem como aos meios de transporte público coletivo.
§ 2.º O deficiente visual deve portar permanentemente documento, original ou em
cópia autêntica, fornecido por entidade especializada no adestramento de cães condutores
habilitando o animal e seu usuário.
Art. 32. É proibido soltar ou abandonar animais em vias e logradouros públicos e
privados, sob pena de multa no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).
Art. 33. Os eventos que comercializam cães e gatos somente poderão ser
realizados mediante autorização prévia do setor competente da Prefeitura , sob pena de
multa no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).
Art. 34. A Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses fica autorizada a
apreender e dar destino, a todo e qualquer cão ou gato, solto em vias e logradouros
públicos.
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§ 1.º Se o animal apreendido estiver devidamente registrado e identificado com
sua plaqueta, conforme previsto nesta lei complementar, o proprietário será convocado ou
notificado para retirá-lo no prazo de 15 (quinze) dias, incluindo-se o dia da apreensão.
§ 2.º Os animais não identificados deverão ser mantidos na Seção de Vigilância e
Controle de Zoonoses pelo prazo de 15 (quinze) dias, incluindo-se o dia da apreensão.
§ 3.º Todos os animais apreendidos deverão ser mantidos em recintos
higienizados, com proteção contra intempéries naturais, alimentação adequada e separados
por sexo e espécie.
§ 4.º A destinação dos animais não resgatados obedecerá às seguintes
prioridades:
I - adoção por particulares ou doação para entidades protetoras de animais;
II – devolvidos aos locais de onde foram retirados, depois de castrados, vacinados
e vermifugados.
§ 5.º No caso de animais portadores de doenças e/ou ferimentos considerados
graves, e/ou clinicamente comprometidos, caberá ao médico-veterinário da Seção de
Vigilância e Controle de Zoonoses, após avaliação e emissão de parecer técnico, decidir o
seu destino, ainda que não decorrido o prazo estipulado no parágrafo segundo, deste artigo.
Art. 35. Caso o animal a ser resgatado não esteja registrado, deverá seu
proprietário proceder ao registro antes de retirá-lo.
Art. 36. Para o resgate de qualquer animal da Seção de Vigilância e Controle de
Zoonoses, é necessária também a apresentação de carteira ou comprovante de vacinação.
Art. 37. A Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses não cobrará taxas relativas
ao resgate ou doação de animais domésticos.
Art. 38 - São considerados maus-tratos contra cães e/ou gatos:
I - submetê-los a qualquer prática que cause ferimentos, golpes ou morte;
II - mantê-los sem abrigo, em lugares impróprios ou que lhes impeçam
movimentação e/ou descanso, ou ainda onde fiquem privados de ar ou luz solar, bem como
alimentação adequada e água;
58
III - obrigá-los a trabalhos excessivos ou superiores às suas forças, ou castigá-
los, ainda que para aprendizagem e/ou adestramento;
IV- transportá-los em veículos ou gaiolas inadequadas ao seu bem-estar;
V - utilizá-los em rituais religiosos, e em lutas entre animais da mesma espécie ou
de espécies diferentes;
VI - abatê-los para consumo;
VII - sacrificá-los com métodos não humanitários;
VIII - soltá-los ou abandoná-los em vias ou logradouros públicos.
Art. 39. Quando o agente sanitário verificar a prática de maus-tratos contra cães e
gatos definidos no artigo 38 desta lei complementar, deverá comunicar imediatamente à
autoridade competente.
Art. 40. Os órgãos municipais responsáveis pelo licenciamento e cadastramento
de propagandas não autorizarão a fixação de faixas, “banners” e similares, bem como
“outdoors”, pinturas de veículos ou fachadas de imóveis com imagens ou textos que realcem
a ferocidade de cães ou gatos de qualquer raça, bem como a associação desses animais a
imagens de violência, conforme a legislação municipal aplicável.
Parágrafo único. Em caso de infração ao disposto no caput deste artigo, o
infrator, pessoa física ou jurídica, estará sujeiro a:
I - intimação para sanar a irregularidade no prazo de 7 (sete) dias;
II - persistindo a situação, multa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), dobrada
na reincidência.
Art. 41. O credenciamento dos estabelecimentos veterinários será realizado pelo
órgão competente da Prefeitura.
Art. 42. A assinatura do respectivo termo de credenciamento, pelo representante
legal do estabelecimento credenciado, importará a aceitação de todos os deveres e
obrigações estabelecidos nesta lei complementar, cuja inobservância será motivo de
imediato descredenciamento.
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Art. 43. Os preços públicos estabelecidos e as multas previstas nesta lei
complementar serão atualizadas periodicamente, nos termos da legislação municipal
pertinente.
Art. 44. O Executivo regulamentará a presente lei complementar no prazo de 60
(sessenta) dias, contados da sua publicação.
Art. 45. Esta lei complementar entra em vigor na data da publicação.
Palácio “José Bonifácio”, em 10 de maio de 2005.
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS
Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a trabalho excessivo:
Pena – prisão simples, de dez dias a um mês, ou multa, de cem a quinhentos mil
réis.
§ 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins didáticos ou científicos,
realiza em lugar público ou exposto ao publico, experiência dolorosa ou cruel em animal
vivo.
§ 2º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o animal é submetido a
trabalho excessivo ou tratado com crueldade, em exibição ou espetáculo público.
LEI COMPLEMENTAR N.º 510 - PREFEITURA DE SANTOS
Art. 1.º O artigo 295 da Lei n.º 3.531, de 16 de abril de 1968, Código de Posturas do
Município, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 295 – Fica proibida a concessão de alvará de licença, localização e funcionamento aos
circos e outros estabelecimentos de
diversão, que utilizem em seus espetáculos animais selvagens ou domésticos.”
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Art. 2.º Esta lei complementar entra em vigor na data da publicação, ficando revogada a Lei
Complementar n.º 508, de 26 de novembro de 2004.
MAUS-TRATOS
Embasamento legal :ART. 3. DA LEI Nº 24.645-
Consideram-se maus tratos:
I - praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer animal;
II - Manter animais em lugares anti-higiênicos ou que lhes impeçam a respiração,
o movimento ou o descanso, ou os privem de ar ou luz;
III - Obrigar animais a trabalhos excessivos ou superiores às suas forcas e a todo
ato que resulte em sofrimento para deles obter esforços que, razoavelmente não se lhes
possam exigir senão com castigo
IV - Golpear, ferir ou mutilar voluntariamente qualquer órgão ou tecido de
economia, exceto a castração, só para animais domésticos, ou operações outras praticadas
em beneficio exclusivo do animal e as exigidas para defesa do homem, ou no interesse da
ciência;
V - Abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de
ministrar-lhe tudo o que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência
veterinária;
VI - não dar morte rápida, livre de sofrimento prolongado, a todo animal cujo
extermínio seja necessário para consumo ou não;
VII - Abater para o consumo ou fazer trabalhar os animais em período adiantado
de gestação;
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VIII - Atrelar num mesmo veículo, instrumento agrícola ou industrial, bovinos com
suínos, com muares ou com asinos, sendo somente permitido o trabalho em conjunto a
animais da mesma espécie;
IX - Atrelar animais a veículos sem os apetrechos indispensáveis, como sejam
balancins, ganchos e lanças ou com arreios incompletos;
X - Utilizar em serviço animal cego, ferido, enfermo, extenuado ou desferrado
sendo que este último caso somente se aplica a localidades com ruas calçadas;
XI - Acoitar, golpear ou castigar por qualquer forma a um animal caído sob o
veículo ou com ele, devendo o condutor desprendê-lo para levantar-se;
XII - Descer ladeiras com veículos de reação animal sem a utilização das
respectivas travas, cujo uso é obrigatório;
XIII - Deixar de revestir com couro ou material com idêntica qualidade de proteção
as correntes atreladas aos animais de arreio;
XIV - Conduzir veículo de tração animal, dirigido por condutor sentado , sem que o
mesmo tenha boléia fixa e arreios apropriados, como tesouras, pontas de guia e retranca;
XV- Prender animais atrás dos veículos ou atados a caudas de outros;
XVI - Fazer viajar um animal a pé mais de dez quilômetros sem lhe dar descanso,
ou trabalhar mais de seis horas continuas, sem água e alimento;
XVII - Conservar animais embarcados por mais de doze horas sem água e
alimento, devendo as empresas de transporte providenciar, sobre as necessárias
modificações no seu material, dentro de doze meses a partir desta lei;
XVIII - Conduzir animais por qualquer meio de locomoção, colocados de cabeça
para baixo, de mãos ou pés atados, ou de qualquer outro modo que lhes produza
sofrimento;
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XIX - Transportar animais em cestos, gaiolas, ou veículos sem as proporções
necessárias ao seu tamanho e número de cabeças, e sem que o meio de condução em que
estão encerrados esteja protegido por uma rede metálica ou idêntica que impeça a saída de
qualquer membro do animal
XX - Encerrar em curral ou outros lugares animais em número tal que não lhes
seja possível moverem-se livremente, ou deixá-los sem água ou alimento por mais de doze
horas;
XXI - Deixar sem ordenhar as vacas por mais de vinte e quatro horas, quando
utilizadas na exploração de leite;
XXII - Ter animal encerrado juntamente com outros que os aterrorizem ou
molestem;
XXIII - Ter animais destinados á venda em locais que não reunan as condições de
higiene e comodidade relativas;
XXIV- Expor nos mercados e outros locais de venda, por mais de doze horas,
aves em gaiolas, sem que se faca nestas a devida limpeza e renovação de água e alimento;
XXV - Engordar aves mecanicamente;
XXVI - Despelar ou depenar animais vivos ou entregá-los vivos à alimentação de
outros;
XXVII - Ministrar ensino a animais com maus tratos físicos;
XXVIII - Exercitar tiro ao alvo sobre pombos, nas sociedades, clubes de caça,
inscritos no Serviço de Caça e Pesca;
XXIX - Realizar ou promover lutas entre animais da mesma espécie ou de espécie
diferente, touradas e simulacros de touradas, ainda mesmo em lugar privado;
XXX - Arrojar aves e outros animais nas caças e espetáculos exibidos para tirar
sorte ou realizar acrobacias;
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XXXI - Transportar. negociar ou caçar em qualquer época do ano, aves
insetívoras, pássaros canoros, beija-flores e outras aves de pequeno porte, exceção feita
das autorizações para fins científicos, consignadas em lei anterior;
Art. 4. - Só é permitida a tração animal de veículo ou instrumentos agrícolas e
industriais, por animais das espécies eqüina, bovina, muar e asina;
Art. 5. - Nos veículos de duas rodas de tração animal, é obrigatório o uso de
escora ou suporte fixado por dobradiça, tanto na parte dianteira como na parte traseira, por
forma a evitar que, quando o veículo esteja parado, o peso da carga recaia sobre o animal e
também para os efeitos em sentido contrário, quando o peso da carga for na parte traseira
do veículo.
Art.6. - Nas cidades e povoados, os veículos a tração animal terão tímpano ou
outros sinais de alarme e, acionáveis pelo condutor, sendo proibido o uso de guizos,
chocalhos ou campainhas ligados aos arreios ou aos veículos para produzirem ruído
constante.
Art. 7. - A carga, por veículo, para um determinado número de animais, deverá ser
fixada pelas Municipalidades, obedecendo ao estado das vias públicas e declives das
mesmas, peso e espécie veículo, fazendo constar nas respectivas licenças a tara e a carga
útil.
Art. 8. - Consideram-se castigos violentos, sujeitos ao dobro das penas cominadas
na presente lei, castigar o animal na cabeça, baixo ventre ou pernas.
Art. 9. - Tornar-se-á efetiva a penalidade. em qualquer caso sem prejuízo de fazer-
se cessar o mau trato à custa dos declarados responsáveis.
Art.10. - São solidariamente passíveis de multa e prisão, os proprietários de
animais e os que tenham sob sua guarda ou uso, desde que consintam a seus prepostos,
atos não permitidos na presente lei.
Art. 11. - Em qualquer caso será legítima, para garantia da multa ou multas, a
apreensão do veículo ou de ambos.
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Art. 12.- As penas pecuniárias serão aplicadas pela polícia ou municipal e as
penas de prisão da alçada das autoridades judiciárias.
Art. 13.- As penas desta lei aplicar-se-ão a todo aquele que infligir maus tratos ou
eliminar um animal, sem provar que foi este acometido ou que se trata de animal feroz ou
atacado de moléstia perigosa.
Art. 14. - A autoridade que tomar conhecimento de qualquer infração desta lei
poderá ordenar o confisco do animal. nos casos de reincidência.
Parágr. 1. - O animal apreendido, se próprio para consumo, será entregue à
instituição de beneficência, e, em caso contrário, será promovida a sua venda em beneficio
de instituições de assistência social;
Parágr. 2. - Se o animal apreendido for impróprio para o consumo e estiver em
condições de não mais prestar serviços, será abatido.
Art. 15. - Em todos os casos de reincidência ou quando os maus tratos venham a
determinar a morte do animal, ou produzir mutilação de qualquer de seus órgãos ou
membros, tanto a pena de multa como a de prisão serão aplicadas em dobro.
Art. 16. - As autoridades federais, estaduais e municipais prestarão aos membros
das sociedades protetoras de animais a cooperação necessária para fazer cumprir a
presente lei.
Art. 17 - A palavra animal, da presente lei, compreende todo ser irracional,
quadrúpede, ou bípede, doméstico ou selvagem, exceto os daninhos.
A rt. 18 - A presente lei entrará em vigor imediatamente, independente de
regulamentação.
Art. 19 - Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 10 de Julho de 1934,1132. da independência de 1934, 113ª da
independência e 46ª da República.
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Getúlio Vargas Juarez do Nascimento Fernandes Távora Publicado no Diário Oficial,
Suplemento ao número 162, de 14 de julho de 1934.
AREAS DE MAIOR INDICE DE OCORRENCIAS ENVOLVENDO ANIMAIS
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FIGURA 04: AREA COM MAIOR NUMERO DE CHAMADOS DA PRAIA GRANDE, ENVOLVENDO TODO TIPO DE OCORRECNIA ENVOLVENDO ANIMAL.
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Arquivo pessoal Ana Paula Cunha FIGURA 05: TELA INICIAL DO SIPOM PROGRAMA UTILIZADA PARTA RECEBER CHAMADAS DO 190.
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METERIAIS NECESSARIOS E EQUIPAMENTOS PARA VIATURA POLICIAL
FIGURA 06: KIT PRIMEIROS SOCORROS EMERGENCIAL FIGURA 07: FUCINHEIRA
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DESCRICAO DAS FIGURAS: As áreas citadas acima são as áreas de maiores incidências de chamados ao 190 sendo que : Figura 01: Grande número de Ocorrências envolvendo animais de Grande porte na sua totalidade Eqüinos, envolvidos com acidentes de transito causando ou não vitimas. Figura 02: Área que envolve um grande numero de ocorrências envolvendo animais soltos em via publica ,porem agressivos. Figura 03: Divisa de Área da parte Insular para parte continental da cidade de São Vicente , onde há um grande numero de chamados de animais em via publica, na sua totalidade de grande porte. Figura 04: Área compreendida como primeira companhia, área central, onde há um percentual considerável de ocorrências envolvendo animais.