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RAUL MACHARETH GODINHO IMPLANTAÇÃO DO BALANCED SCORECARD NO APRIMORAMENTO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA DO INMETRO Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Sistema de Gestão pela Qualidade Total da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão pela Qualidade Total. Orientadora: Profª Stella Regina Reis da Costa, D.Sc. Niterói 2005

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RAUL MACHARETH GODINHO

IMPLANTAÇÃO DO BALANCED SCORECARD NO APRIMORAMENTO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA DO INMETRO

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Sistema de Gestão pela Qualidade Total da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão pela Qualidade Total.

Orientadora:

Profª Stella Regina Reis da Costa, D.Sc.

Niterói 2005

RAUL MACHARETH GODINHO

IMPLANTAÇÃO DO BALANCED SCORECARD NO APRIMORAMENTO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA DO INMETRO

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Sistema de Gestão pela Qualidade Total da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão pela Qualidade Total.

Aprovada em 5 de dezembro de 2005.

BANCA EXAMINADORA:

____________________________________________________________ Profª Stella Regina Reis da Costa, D.Sc. Universidade Federal Fluminense – UFF

_____________________________________________________________ Prof. João Alberto Neves dos Santos, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense – UFF

_______________________________________________________________ Prof. Vanderli Fava de Oliveira, D.Sc

Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF

_________________________________________________________________

Prof. Oscar Acselrad Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

AGRADECIMENTOS

Ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro pela

oportunidade e pela confiança.

À Universidade Federal Fluminense – UFF e ao Laboratório de Tecnologia, Gestão de

Negócios e Meio Ambiente – LATEC por disponibilizar tão importante curso e proporcionar

maior aproximação do mundo acadêmico ao dia a dia das organizações.

À todos os técnicos do Serviço de Planejamento Orçamentário do Inmetro – SEPLO, em

especial, Lígia Ribeiro da Costa e Felipe Monteiro, pela dedicação, apoio, comprometimento

e participação no presente trabalho.

À todos os colegas de mestrado, em especial, Roque, Adauto, Márcio Liduíno, Cosme,

Maurício Moreira, Malta, Manuela e Silvio Ghelman pelo apoio na montagem do trabalho,

comentários, sugestões e conhecimentos compartilhados.

À professora Stella Regina Reis da Costa pela dedicação, profissionalismo e sobretudo pela

objetividade com que orientou o processo de elaboração da presente pesquisa.

Aos amigos Sérgio Vianna e Pedro Galvão pelas contribuições apresentadas.

Dedico esse trabalho a minha esposa Luiza e

minhas filhas Carolina e Aline.

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo elaborar proposta de implantação do Balanced Scorecard –

BSC no aprimoramento gerencial da função orçamentária de instituições públicas. O estudo

considerou e se restringiu à realidade orçamentária do Inmetro, que vem desempenhando, nos

últimos oito anos, uma gestão orçamentária descentralizada, transparente, focada em

resultados, alinhada e integrada aos processos corporativos de planejamento estratégico e de

aquisições. Esse fato sugere eventuais adaptações metodológicas à realidade orçamentária de

outras instituições públicas. Não obstante, a proposta da pesquisa foi desenvolver, a partir de

uma metodologia consagrada, uma forma de avaliar a função orçamentária institucional,

identificar, de maneira sistêmica, as ações que devem ser implantadas para melhoria contínua

da função, buscar, no seu desempenho, maior eficiência e eficácia na utilização dos recursos,

bem como proporcionar, a partir do enquadramento da função orçamentária nas perspectivas

do cliente, financeira, de processos internos e de aprendizado e crescimento, maior

alinhamento aos objetivos estratégicos institucionais e total integração às várias funções

corporativas de apoio. Pretende-se, a partir da implantação da metodologia proposta,

proporcionar uma maior integração da função orçamentária com o planejamento estratégico

institucional, contribuindo assim, para uma melhor alocação de recursos, disponibilizando um

modelo de gestão e um sistema de medição de desempenho orçamentário, estruturado, que

possa ser adotado por outros órgãos públicos.

Palavras-chave: planejamento, integração, alinhamento estratégico e desempenho.

ABSTRACT

This paper intends to elaborate a purposal for the Balanced Scorecard – BSC management

implementation on the improvement of the budget activity of public institutions. This research

was restricted to Inmetro´s budget reality, which had been practising, on the last eight years, a

descentralized budget management, clear, focused on results, in line and integrated to the

corporative procedures of strategic planning and acquisitions. This fact suggests eventual

methodologic adaptations to the budget reality of other public institutions. Despite, the

research purpose is to develop, from a consagrated methodology, a manner to avaliate the

institutional budget function, identify, on a sistemic way, the actions that mend to be

implementated to the ongoing improvement of the function, to search, on it´s development,

more eficiency and efficacy, on the resources utilization, proportionating as well, from the

framing of budget function on customers perspective, financier, of internal procedures,

learning and growing, best alignment to the institutional strategic targets and full integration

to the several support corporative functions. It intends, from the implantation of the proposed

methodology, to provide a larger integration of the budget function with the institutional

strategic planning, acting this way, to a better resource allocation, exposing a management

model and a budget development measure system, structured, that can be adopted by others

public institutions.

Key words: planning, integration, strategic alignment and performance

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Processo de implantação de um sistema de medição 16Figura 2 - As Cinco Forças Competitivas que Determinam a Rentabilidade da Ind. 23Figura 3 - Estratégias Genéricas de Porter 25

Figura 4 - O Processo de Planejamento Estratégico do Negócio 27Figura 5 - Análise SWOT 29Figura 6 - Integração da Rede de Indicadores 33

Figura 7 - Principais Fóruns 34

Figura 8 - Principais Comitês e Grupos Internos 34

Figura 9 - Etapas e Atividades do Planejamento Estratégico Corporativo 36

Figura 10 - Metodologia do Planejamento Estratégico de Macroprocessos 37

Figura 11 - Hierarquia dos sistemas de planejamento e controle 39

Figura 12 - Integração Planejamento e Orçamento 42

Figura 13 - Processo de Elaboração e Aprovação da Proposta Orçamentária e Alocação de Recursos 45

Figura 14 - O Balanced Scorecard como Estrutura para Ação Estratégica 48Figura 15 - Diferenças na Gestão de Custos Causadas por Diferentes Estratégias 54Figura 16 - Fases do desenvolvimento de um sistema de medição 59Figura 17 - Diagrama de Sistema 63

Figura 18 - Matriz de Integração Orçamentária - Função/Cliente 64

Figura 19 – Organograma do Inmetro 66Quadro 1– Valores do SEPLO 68

Quadro 2 – Missão do Seplo 69

Quadro 3 - Visão de Futuro do SEPLO 70

Quadro 4 – Oportunidade: Item para proceder a análise do ambiente externo ao

SEPLO 71

Quadro 5 – Ameaças: Item para proceder a análise do ambiente externo ao SEPLO 72

Quadro 6 – Pontos fortes: item que compõe a análise do ambiente interno do SEPLO 72

Quadro 7 – Pontos fracos: item que compõe a análise do ambiente interno do SEPLO

73

Figura 20 – Proposta de Mapa Estratégico para o Inmetro 74Figura 21 – Proposta de Mapa Estratégico para o SEPLO 76

Figura 22 – Proposta de Plano de Ação para o SEPLO 77

Figura 23 – Proposta de Indicadores para o SEPLO 79

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS e SÍMBOLOS

CAGE

CPLAN

DIRAF

ENAP

FCS

GEC

Inmetro

LDO

LOA

NIG

PDCA

PQGF

PPA

RBMLQ

SEPLO

SGQI

SIAFI

SIDOR

SIPLAN

SOF

STN

SWOT

UO

UP

Comitê de Atos de Gestão

Coordenação Geral de Planejamento

Diretoria de Administração e Finanças

Escola Nacional de Administração Pública

Fatores Críticos para o Sucesso

Gestão Estratégica de Custos

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

Lei das Diretrizes Orçamentárias

Lei Orçamentária Anual

Normas Inmetro Geral

Plan = Planejar; Do = Executar; Check = Verificar; Action = Agir;

Prêmio Qualidade do Governo Federal

Plano Plurianual do Governo Federal

Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade

Serviço de Planejamento Orçamentário

Sistema de Gestão da Qualidade do Inmetro

Sistema Integrado de Administração Financeira

Sistema Integrado de Detalhamento Orçamentário

Sistema de Planejamento e Execução Orçamentária

Secretaria de Orçamento Federal

Secretaria do Tesouro Nacional

Strenghts = Pontos Fortes; W = Weaknesses = Pontos Fracos;

O = Opportunities; T = Threats = Ameaças

Unidade Organizacional (Divisão)

Unidade Principal (Diretoria)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 12

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA 12

1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA 13

1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO 14

1.3.1 Objetivo Geral 14

1.3.2 Objetivos Específicos 14

1.4 REFERENCIAL TEÓRICO 14

1.5 ASPECTOS METODOLÓGICOS 15

1.6 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO 15

1.7 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO 15

1.8 ESTRUTURA DO TRABALHO 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO 17

2.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL 18

2.1.1 Conceitos 18

2.1.1.1 Visão 18

2.1.1.2 Missão 20

2.1.1.3 Gestão 21

2.1.1.4 Estratégia 21

2.1.1.5 Gestão Estratégica 23

2.1.1.6 Planejamento Estratégico 26

2.1.2 Elaboração da matriz SWOT 28

2.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO INMETRO 30

2.2.1 O Inmetro 30

2.2.2 Breve histórico do processo de implantação do PE 31

2.2.3 Metodologia e estrutura de planejamento do Inmetro 33

2.3 SISTEMAS DE PLANEJAMENTO DAS AÇÕES E DE CONTROLE DE

DESEMPENHO 38

2.4 ORÇAMENTO PÚBLICO 40

2.4.1 Conceitos sobre orçamento público 40

2.4.2 Sistema orçamentário brasileiro 41

2.4.3 Princípios Orçamentários 42

2.4.4 O Processo Orçamentário do Inmetro 44

2.5 BALANCED SCORECARD – BSC 46

2.6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: CONCEITOS DE EFICIÊNCIA,

EFICÁCIA E EFETIVIDADE 51

2.7 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS 52

2.7.1 Conceito de cadeia de valor 52

2.7.2 Conceito de posicionamento estratégico 53

2.7.3 Conceito de determinantes de custos 54

3 METODOLOGIA DA PESQUISA 56

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 56

3.2 LIMITAÇÕES METODOLÓGICAS 56

3.3 FASES DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA 57

4 RESULTADOS 60

4.1 IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS E DE SUAS

NECESSIDADES 60

4.1.1 Descrição da organização 60

4.1.2 Concorrência e ambiente competitivo 64

4.1.3 Aspectos relevantes 65

4.1.4 Organograma 65

4.2 DIRETRIZES E VALORES ORGANIZACIONAIS 66

4.2.1 Valores 67

4.2.2 Missão 69

4.2.3 Visão de futuro 69

4.3 ANÁLISE ESTRATÉGICA 70

4.3.1 Análise do ambiente externo 71

4.3.2 Análise do ambiente interno 72

4.4 DEFINIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS 73

4.5 PLANO DE AÇÃO 77

4.6 INDICADORES 78

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 81

5.1 CONCLUSÕES 81

5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 83

REFERÊNCIAS 84

ANEXO 87

12

1 INTRODUÇÃO

Este capítulo foi configurado da seguinte forma: identifica o universo do tema, discorre

sobre os problemas a serem trabalhados, define os objetivos que a pesquisa pretende

equacionar, apresenta os fundamentos básicos considerados para o desenvolvimento do

estudo, destaca os aspectos metodológicos relevantes como a importância e as delimitações do

estudo e finaliza o capítulo apresentando a estrutura do trabalho.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

Uma questão que está na ordem do dia em todo o mundo, refere-se ao papel do Estado na

sociedade. Existe um consenso em vários países, que a gestão pública é um fator fundamental

para a melhoria da prestação de serviços ao cidadão, bem como para a implementação eficaz

de ações de governo. No Brasil ocorre, de um lado, a necessidade de realização de programas

de governo, os quais a sociedade aguarda ansiosamente pela sua efetivação e de outro lado,

existe uma máquina pública imensa, muito complexa e que não consegue responder

prontamente, de forma eficiente, às demandas e solicitações dos governantes. Propiciar uma

gestão orçamentária flexível, participativa, ágil, integrada ao planejamento das unidades

executoras e, sobretudo, que disponha de um sistema estruturado de medição de seu

desempenho, poderá contribuir, de forma objetiva, para uma maior racionalidade na utilização

dos recursos públicos e para obtenção, mais rapidamente, dos resultados pretendidos.

A presente pesquisa se propõe a apresentar uma proposta de metodologia de

gerenciamento para o Serviço de Planejamento Orçamentário – SEPLO, baseada no Balanced

Scorecard – BSC, que proporcione melhorar o sistema de medição de desempenho da

unidade, bem como dar sustentabilidade ao processo de aprimoramento contínuo da função

orçamentária do Inmetro, contribuindo para uma maior integração com as demais funções

corporativas de apoio e para um maior alinhamento da gestão orçamentária aos objetivos

estratégicos institucionais.

A opção pelo Balanced Scorecard – BSC se deve, principalmente, pelo fato do

Inmetro já possuir uma estrutura sólida de planejamento estratégico, necessitando apenas

aprimorar o sistema de medição de desempenho de seus projetos e processos, tornando-se

13

possível com o BSC, melhor avaliar os resultados dos mesmos, bem como seu efetivo

alinhamento com os objetivos estratégicos institucionais. Outro aspecto preponderante para a

escolha do BSC, foi o estudo desenvolvido por Figueiredo (2003, p.25) sobre sistema de

medição de desempenho organizacional, onde o autor identificou 33 (trinta e três) modelos

dos quais selecionou 9 (nove) utilizando os seguintes critérios : citação na literatura, difusão e

relevância. Cabe mencionar, que o Balanced Scorecard - BSC , não só integrou o grupo

selecionado, como foi considerado, no estudo, o segundo melhor modelo de medição de

desempenho organizacional. Figueiredo (2003, p.184) trabalhou em sua pesquisa, os seguintes

atributos normativos: integração, clareza, participação, dinamismo, análise crítica,

relacionamento causal, aprendizado organizacional, alinhamento e balanceamento.

1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

Nos últimos anos tem ocorrido um grande avanço no processo de gestão orçamentária do

Inmetro, principalmente nos aspectos relacionados à transparência, à descentralização, à

responsabilização e à flexibilidade do processo orçamentário, bem como a consolidação do

Sistema de Planejamento e de Execução Orçamentária do Inmetro - SIPLAN - como um

sistema de gerenciamento orçamentário, desenvolvido internamente, e que proporcionou

total alinhamento do processo de planejamento estratégico com a função orçamentária. Não

obstante, e visando proporcionar um estruturado e sustentável processo de melhoria contínua

na unidade responsável pelo gerenciamento da função orçamentária do Inmetro, o presente

estudo busca identificar uma metodologia de trabalho que viabilize respostas para as seguintes

questões:

Como estruturar, desenvolver e sustentar o processo de melhoria contínua das funções

sob a responsabilidade do Serviço de Planejamento Orçamentário do Inmetro –

SEPLO ?

Como integrar as funções do SEPLO às demais funções corporativas do Inmetro ?

Como obter maior envolvimento dos técnicos do SEPLO com o processo de mudança

?

Como proporcionar maior alinhamento das funções do SEPLO com os objetivos

estratégicos do Inmetro ?

14

1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO

1.3.1 Objetivo Geral

Apresentar uma proposta para melhoria na gestão da função orçamentária de

instituições públicas que pretendam desenvolver uma forma de gerenciamento orçamentário

integrado a outros processos corporativos, alinhado ao planejamento estratégico institucional

e, principalmente, que proporcione medir o desempenho e o desenvolvimento da função

orçamentária da instituição.

1.3.2 Objetivos Específicos

Contribuir para o aperfeiçoamento da função orçamentária do Inmetro, proporcionando

uma forma de gerenciamento mais estruturada, fundamentada em técnicas reconhecidas, e que

permita a implantação de um sistema de medição de desempenho dos planos de ação, com

indicadores relacionados aos objetivos estratégicos institucionais.

1.4 REFERENCIAL TEÓRICO

Para desenvolvimento do presente estudo foi utilizada, como referencial básico, a

metodologia desenvolvida por Kaplan e Norton sobre o Balanced Scorecard e sobre mapas

estratégicos, o estudo elaborado por QUINTELLA apresentando o Balanced Scorecard como

ferramenta para o desenvolvimento de um sistema de medição de desempenho, bem como os

conceitos empregados no Prêmio Qualidade do Governo Federal (PQGF), uma vez que o

sistema de indicadores e as relações de causa e efeito são requeridos nos critérios

apresentados no relatório de gestão da organização, considerando que o Inmetro participa,

sistematicamente, do referido concurso, como forma de avaliar a evolução do seu processo de

gestão.

15

1.5 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para conduzir a pesquisa sobre a viabilidade de implantação do Balanced Scorecard no

aprimoramento da gestão orçamentária do Inmetro, foi necessária a realização de uma série de

reuniões com o corpo técnico do Serviço de Planejamento Orçamentário do Inmetro –

SEPLO, objetivando a sensibilização da equipe quanto à relevância da proposta, quanto aos

aspectos intrínsecos da metodologia e sua efetiva operacionalização na unidade.

1.6 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

O trabalho proposto pretende contribuir para um maior alinhamento estratégico das

funções da instituição com seus objetivos estratégicos, implantando uma metodologia que

proporcione aperfeiçoar a forma de elaboração e de acompanhamento dos planos de ação,

bem como propiciar o desenvolvimento de um sistema de medição de indicadores que apoie

os gestores na tomada de decisão, contribuindo para uma maior eficiência na

operacionalização das funções, melhorando a eficácia institucional, e, portanto, contribuindo

para a implantação de um gerenciamento mais estruturado, capaz de traduzir as estratégias e

objetivos institucionais em ações e essas em resultados.

1.7 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo foi estruturado, principalmente, a partir da metodologia apresentada

originariamente por Kaplan e Norton e pelo estudo desenvolvido por Quintella, adotando o

Balanced Scorecard como ferramenta para o desenvolvimento de um sistema de medição de

desempenho institucional.

Conforme afirma Quintella (2004, p. 20), a implantação de um sistema de medição de

desempenho institucional é um processo que possui caráter sistêmico e está estruturado no

processo representado na figura a seguir, da qual destaca-se a etapa de implantação, por ser o

principal objetivo da presente pesquisa.

16

O universo da pesquisa foi limitado ao Serviço de Planejamento Orçamentário do Inmetro,

unidade organizacional subordinada à Coordenação Geral de Planejamento e que tem a

função de estruturar o processo orçamentário institucional . Portanto, o estudo se utiliza de

uma metodologia corporativa para testar, em um primeiro momento, sua viabilidade em uma

única função meio da Instituição.

Diagnóstico Planejamento Implantação AnáliseCrítica

Figura 1- Processo de implantação de um sistema de medição (QUINTELLA - 2004, p.20)

1.8 ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho foi estruturado da seguinte forma:

- No Capítulo 2 é apresentada a fundamentação teórica que permitiu contextualizar

aspectos importantes para a estruturação do modelo proposto.

- No Capítulo 3 é detalhado o modelo conceitual caracterizando a pesquisa, suas

limitações e fases do seu desenvolvimento.

- No Capítulo 4 é aplicado o modelo conceitual no Serviço de Planejamento

Orçamentário do Inmetro, como proposta de aperfeiçoamento gerencial da função

orçamentária institucional.

- No Capítulo 5 são apresentadas as conclusões do estudo e as recomendações

pertinentes.

17

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo serão abordados alguns aspectos relacionados à fundamentação teórica

desta pesquisa, que foi estruturada a partir do processo de implantação do planejamento

estratégico no Inmetro, e da pretensão de utilizar a metodologia do Balanced Scorecard - BSC

- para avaliação do desempenho de instituições públicas, sem fins lucrativos e com finalidades

sociais.

Esta pesquisa está fundamentada nos princípios que regem a Administração Pública

Brasileira e nas iniciativas da reforma gerencial, introduzida no Brasil em 1995, quando da

elaboração do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – documento que expressa a

visão estratégica e orienta o governo para definição de projetos de reforma – que , a partir de

um diagnóstico, apontou os principais problemas da administração pública brasileira nas

dimensões institucional-legal, cultural e de gestão, propondo um novo modelo conceitual.

Neste novo contexto, o planejamento governamental altera, em 2000, o PPA – Plano

Plurianual – que, a partir daí, assume papel preponderante nas ações do governo. O plano foi

elaborado com base em diretrizes estratégicas do Presidente da República, destinadas a

consolidar a estabilidade econômica com crescimento sustentado. Além disto, foi adotado um

novo conceito de programa, segundo o qual as ações e os recursos do governo são

organizados de acordo com os objetivos a serem alcançados e foi instituída a figura do gerente

de programa como elemento central no processo. Tais mudanças decorrem do esgotamento do

modelo burocrático de administração pública, tendo a necessidade de se repensar a questão da

governança e a pertinência dos modelos de gestão frente aos desafios que se colocam, bem

como exigir mecanismos inovadores de relacionamento com a sociedade, adequando o Estado

ao novo cenário econômico globalizado e aos avanços tecnológicos. Na seqüência, buscou-se

os referenciais que serviram de base para as ações de modernização na experiência que vem

sendo realizada pelo Inmetro, concluindo-se o capítulo com os fundamentos da Gestão

Orçamentária, da Gestão de Custos e do Planejamento Estratégico Institucional, assim como

a apresentação dos conceitos do Balanced Scorecard - BSC - como metodologia adotada para

elaboração de sistema de avaliação de desempenho a ser utilizado a partir da implantação do

modelo de gestão pretendido.

18

2.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL

2.1.1 Conceitos

Para o correto entendimento do que significa e qual a relevância do processo de

planejamento estratégico nas instituições, faz-se necessário compreender o significado de

alguns termos, tais como: visão, missão, gestão, estratégia, gestão estratégica e planejamento

estratégico.

2.1.1.1 Visão

Segundo Hax e Majluf, 1984 (apud OLIVEIRA, 2004, p.88) visão é a “clara e

permanente demonstração, para a comunidade, da natureza e da essência da empresa em

termos de seus propósitos, do escopo do negócio e da liderança competitiva, para prover a

estrutura que regula as relações entre a empresa e os principais interessados e para os

objetivos gerais de desempenho da mesma”.

Para Quigley, 1993 (apud OLIVEIRA, 2004, p.88) a visão é “algo que se vislumbre

para o futuro desejado da empresa”.

Para Kaplan e Norton (2004, p.37), a visão é uma “declaração concisa que define as

metas a médio e a longo prazos da organização. A visão deve representar a percepção externa,

ser orientada para o mercado e deve expressar – geralmente em termos motivadores ou

“visionários”- como a organização quer ser percebida pelo mundo.”

Oliveira (2004, p.88), conceitua visão como “os limites que os proprietários e

principais executivos da empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais

longo e uma abordagem mais ampla. Nesse contexto, a visão proporciona o grande

delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido e implementado na empresa. A

visão representa o que a empresa quer ser.

Dornelas, (2005, p.1), em seu artigo publicado no portal da Plano de Negócios,

intitulado: “Como fazer o Planejamento Estratégico do Negócio do seu Plano de Negócios”,

informa que “A declaração de visão é a declaração da direção em que a empresa pretende

19

seguir, ou ainda, um quadro do que a empresa deseja ser. Trata-se, ainda, da personalidade e

caráter da empresa. Assim, a declaração da visão deve refletir as aspirações da empresa e suas

crenças”.

Segundo esse autor, para que a declaração de visão cumpra seu papel, é fundamental

que seja adotada e promovida pela alta gerência (presidência e diretoria) da organização.

Dessa forma, o processo de declaração de visão é feito de maneira que todos os níveis da

organização possam colaborar, o que garante uma maior credibilidade à sua declaração. Outro

aspecto fundamental na declaração da visão, é que a mesma corresponda à realidade da

organização. Nada é pior do que criar uma visão que tem mais a ver com a fantasia do que

com o futuro. Visões fantasiosas geram apenas confusão entre todos os envolvidos.

Visando exemplificar uma visão institucional e demonstrar a evolução e o

amadurecimento proporcionado pelo processo de planejamento, serão apresentadas as visões

de futuro do Inmetro concebidas em dois momentos distintos:

Visão de Futuro em 1993 – “ Desejamos o Inmetro atuando de forma intensamente

sinérgica, interna e externamente, executando a Política Nacional de Metrologia,

Normalização e Qualidade, construindo e consolidando relações de parceria. Descentralizado,

com sua capacidade de atuação e abrangência maximizadas. Trabalhando com autonomia de

gestão, recursos adequados e buscando as melhores alternativas para viabilizar o pleno

cumprimento de sua MISSÃO. Estimulando e apoiando a criação e o desenvolvimento de

entidades tecnológicas. Desenvolvendo padrões primários especialmente para medições de

interesse estratégico nacional. Nivelado internacionalmente aos centros de excelência

congêneres, participando ativamente dos principais fóruns. Projetando uma imagem de

organização pioneira, empreendedora, competente, ágil, forte e comprometida com o

desenvolvimento do país, oferecendo uma efetiva contribuição para o incremento da

QUALIDADE e PRODUTIVIDADE. Queremos o Inmetro moderno, inovador e antecipador,

trabalhando de forma planejada, participativa e objetiva, buscando continuamente a

excelência. Identificando e satisfazendo plenamente as necessidades presentes e futuras de

nossos parceiros e clientes em qualquer lugar, a tempo e a hora e com diferenciais de serviço

agregados. Contribuindo para a evolução tecno-científica nos setores onde atua, avaliando,

incorporando e desenvolvendo novas tecnologias. Interagindo com a sociedade, bem

sucedido, com pessoas e equipes competentes, motivadas e comprometidas, orgulhosas por

serem Inmetro.” (INSTITUTO...., 1993, p.2)

Visão de Futuro atual – “ Consolidar-se como referencial de confiança junto à

sociedade brasileira, equiparando-se aos melhores do mundo, e dispor de autonomia de

20

gestão.” (INSTITUTO..., 2002, p.3)

2.1.1.2 Missão

Segundo Kotler, 1980 (apud OLIVEIRA, 2004, p.76) a missão da empresa deve ser

definida em termos de satisfazer a alguma necessidade do ambiente externo, e não em termos

de oferecer algum produto ou serviço ao mercado.

Para Kaplan e Norton (2004, p.36) a missão é uma “declaração concisa, com foco

interno, da razão de ser da organização, do propósito básico para o qual se direcionam suas

atividades e dos valores que orientam as atividades dos empregados. A missão também deve

descrever como a organização espera competir no mercado e fornecer valor aos clientes.”

Oliveira (2004, p.76) afirma que a missão é a determinação do motivo central do

planejamento estratégico, ou seja, a determinação de “onde a empresa quer ir”. Corresponde a

um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar. Portanto, a missão representa a

razão de ser da empresa.

Dornelas (2005, p.3) destaca que a declaração de missão da empresa deve refletir a sua

razão de ser, definindo o seu propósito e o que a empresa faz. Afirma, ainda, que a declaração

de missão geralmente é curta, com no máximo duas sentenças ou um pequeno parágrafo e

que, para ser efetiva, deve considerar os seguintes pontos na sua concepção :

• Destacar as atividades de sua empresa, incluindo os mercados que ela serve, as

áreas geográficas em que atua e os produtos e serviços que oferece;

• Enfatizar as atividades que sua empresa desempenha e que a diferenciam de todas

as outras;

• Incluir as principais conquistas que você prevê para os próximos anos, e

• Transmitir o que você quer dizer de forma clara, concisa e interessante.

Objetivando demonstrar que o processo de planejamento é dinâmico e,

necessariamente, reflete o momento e o ambiente interno e externo em que se insere a

Instituição, serão apresentadas as versões da missão do Inmetro elaboradas em dois períodos.

Missão em 1993 – “ Trabalhar decisivamente para o desenvolvimento sócio-

21

econômico e melhoria da qualidade de vida da sociedade brasileira, contribuindo para a

competitividade e o avanço tecno-científico do país e a proteção do cidadão, especialmente

nos aspectos ligados à saúde, segurança e meio ambiente.” (INSTITUTO..., 1993, p.1)

Missão atual – “ Promover a qualidade de vida do cidadão e a competitividade da

economia através da metrologia e da qualidade.” (INMETRO. Coordenação de Planejamento

– CD-ROM 6-02 - Plano estratégico institucional 2002 - 2010, 2002, p.3)

2.1.1.3 Gestão

Miranda e Silva, 2002 (apud TEIXEIRA, 2003, p.16), afirmam que “gerenciar uma

organização é definir a prioridade com que seus recursos (físicos, financeiros, humanos,

tecnológicos, etc.) serão consumidos, visando alcançar os objetivos predeterminados”.

Portanto, fica evidente a necessidade das instituições estabelecerem metas e desenvolverem

formas de medirem o seu desempenho, buscando a maneira mais racional de empregar seus

recursos para alcançar seus objetivos.

2.1.1.4 Estratégia

Porter (1986, p.22) afirma que “a essência da formulação de uma estratégia

competitiva é relacionar uma companhia ao seu meio ambiente”. Cabe, neste momento, em

função da importância que a estratégia representa para que as organizações possam se

relacionar de maneira positiva com o ambiente em que se encontram, conceituar e apresentar

o conjunto das cinco forças de PORTER. Segundo esse autor, o nível de concorrência

existente em determinado segmento, depende da relação dessas cinco forças, possuindo maior

ou menor grau de intensidade, dependendo dos seguintes aspectos relacionados à elas :

- Ameaça de entrada – O interesse em iniciar um determinado negócio, depende de

barreiras estabelecidas pelos concorrentes já existentes. Quanto maior o número

de barreiras, menor a possibilidade de novos concorrentes. Alguns fatores que

inibem a entrada de novos concorrentes são : a complexidade da estrutura de

produção, a necessidade de grande aporte de capital para implantar o negócio e a

22

falta de financiamento para o setor.

- Rivalidade entre os concorrentes existentes – A rivalidade assume a forma de

disputa por posição no ramo de atividades, assim sendo, é muito comum o uso de

táticas como: concorrência de preços, campanhas publicitárias diferenciadas,

novos produtos e aumento dos serviços aos clientes. Alguns fatores interferem

diretamente na intensidade da rivalidade, tais como: concorrentes numerosos ou

bem equilibrados, crescimento lento do setor, custos fixos ou de armazenamento

altos e ausência de diferenciação.

- Pressão dos produtos substitutos – Para a identificação de potenciais produtos

substitutos se faz necessário uma atenção constante às inovações tecnológicas do

mercado como um todo, dentro e fora do segmento de atuação. Não perceber estas

tendências, pode comprometer a existência do próprio negócio.

- Poder de negociação dos compradores – O poder de cada grupo de compradores,

depende de sua situação no mercado e da importância relativa de suas aquisições

em relação à capacidade produzida pelo fabricante. Dessa forma, um comprador é

poderoso, quando: está concentrado ou adquire grandes volumes em relação às

vendas, os produtos que ele adquire representam uma fração significativa de seus

próprios custos ou compras, os produtos que ele adquire são padronizados,

enfrenta poucos custos de mudança e praticam margens baixas de lucratividade.

- Poder de negociação de fornecedores – Um fornecedor é poderoso quando ele é

dominado por poucas companhias e é mais concentrado do que a indústria para a

qual vende, ele não está sujeito a lutar com outros produtos substitutos e o

segmento de atividades na qual sua organização atuação, não faz parte do grupo

de clientes importantes para o fornecedor.

A figura 2, apresentada a seguir, ilustra a relação das forças descritas por Porter.

23

E N T R A N T E SP O T E N C I A I S

C O N C O R R E N T E SN A I N D Ú S T R I A

R i v a l i d a d e e n t r ea s E m p r e s a s

E x i s t e n t e s

F O R N E C E D O R E S C O M P R A D O R E S

S U B S T I T U T O S

P o d e r d e n e g o c ia ç ã od o s f o r n e c e d o r e s

A m e a ç a d e n o v o sc o n c o r r e n t e s

A m e a ç a d e p r o d u t o so u s e r v iç o ss u b s t it u t o s

P o d e r d e n e g o c ia ç ã od o s c o m p r a d o r e s

Figura 2 - As Cinco Forças Competitivas que Determinam a Rentabilidade da Ind. Fonte: Porter, - 1986, p.23

Mintzberg, Ahistrand e Lampel (2000, p.16) definem estratégia como “planos da alta

administração para atingir resultados consistentes com as missões e objetivos da

organização”.

Para Porter, (1989, p.52), a estratégia consiste em selecionar um conjunto de

atividades em que a organização será excelente criando a diferenciação sustentável no

mercado.

Assim sendo, uma instituição adotará uma estratégia, levando em consideração o

ambiente no qual está inserida e a capacidade de reação da sua estrutura organizacional diante

das mudanças ambientais, devendo relacionar tais fatores aos objetivos organizacionais e aos

resultados previstos (metas) e realizados, de maneira a proporcionar uma gestão eficaz. Da

mesma forma, Richers, 1981 (apud TEIXEIRA, 2003, p.17) mostra que “a eficácia de uma

organização é função da análise das forças e tendências ambientais, da estratégia por ela

adotada e da sua estrutura”.

2.1.1.5 Gestão Estratégica

Cerqueira Neto 1993 (apud TEIXEIRA, 2003, p.18) define Gestão Estratégica como

“o processo de buscar a compatibilização da empresa com seu ambiente externo, através de

atividades de planejamento, implementação e controle, consideradas as variáveis técnicas,

econômicas, informacionais, sociais, psicológicas e políticas”.

24

Shank e Govindarajan (1997, p.4 a p.8) afirmam que “uma compreensão sofisticada da

estrutura de custos de uma empresa pode ir bem longe na busca de uma vantagem competitiva

sustentável”. Para os autores, a Gestão Estratégica de Custos – GEC - é o resultado da

interação dos seguintes temas, retirados da Gestão Estratégica :

• Análise da cadeia de valor – é definida como sendo toda ação necessária para

transformar a matéria-prima em produto ou serviço até o cliente final. Assim

sendo, o Gerenciamento da Cadeia de Valor – GCV - é uma metodologia para

identificar e eliminar atividades que não adicionam valor – desperdícios – por

meio da melhoria contínua do produto/serviço, na busca da perfeição e do fluxo

produtivo. Isto significa que o fluxo produtivo, em cada etapa do processo, só deve

produzir um bem ou serviço quando um processo do cliente o solicite, voltado para

o ritmo e freqüência demandada pelo cliente.

• Análise do posicionamento estratégico - segundo Mintzberg, Ahistrand e Lampel

(2000, p.69) é a escola de planejamento estratégico que afirma que poucas

estratégias-chave são desejáveis, principalmente aquelas que podem ser defendidas

contra concorrentes atuais e futuros. Esse número reduzido de estratégias eram

denominadas de genéricas.

Para Porter (1989, p.48) só existem dois tipos básicos de vantagem competitiva

para uma empresa: menor custo ou diferenciação. Estas vantagens, combinadas

com o escopo competitivo – que é a gama de segmentos de mercado visados – para

produzir três estratégias genéricas - liderança em custo, diferenciação e foco -

visando alcançar um desempenho acima da média, é apresentado na figura a

seguir. O autor afirma que “ser tudo para todos é uma receita para a mediocridade

estratégica e desempenho abaixo da média”; as empresas precisam fazer uma

opção para obter vantagem competitiva.

25

Vantagem Competitiva

Baixo Custo Diferenciação

AlvoAmplo

AlvoEstreito

1. Liderançaem Custo

3A. Foco emCusto

2. Diferenciação

3B. Foco naDiferenciaçãoE

scop

o C

ompe

titi

vo

Figura 3 - Estratégias Genéricas Fonte: Porter (MINTZBERG, AHISTRAND E LAMPEL, 2000, p.84)

• Análise dos direcionadores de custos – segundo RAMIRES, (2002, p.5), é a

análise que permite aos gestores a implementação de ações baseadas na estrutura

organizacional. Portanto, diz o autor, a identificação dos fatores que explicam as

variações de custos e a decisão de como utilizá-los e alinhá-los às estratégias

organizacionais é considerada uma ação estratégica para a aquisição e manutenção

de vantagem competitiva.

Segundo Rocha, (1999 apud TEIXEIRA, 2003, p.18) Gestão Estratégica é “o processo

de tomada de decisões e a implementação de ações que visa conceber, desenvolver,

implementar e sustentar estratégias que garantam vantagens competitivas a uma organização”.

Portanto, implantar um processo de gestão estratégica, significa estar atento às mudanças

ambientais e preparar a organização para inserir-se adequadamente neste contexto, buscando

oferecer seus produtos ou serviços com algum diferencial em relação aos seus concorrentes,

seja em preço, qualidade, custo ou tempo de atendimento.

Rocha (1999 apud TEIXEIRA, 2003) explica, ainda, que a Gestão Estratégica, além de

estabelecer o rumo a ser seguido e de gerar um conjunto de diretrizes estratégicas para a

organização, requer como providências :

• estudar as relações, na cadeia de valor, visando racionalizar o fluxo, melhor que

os concorrentes;

• trabalhar suas forças e minimizar suas fraquezas, buscando potencializá-las mais

efetivamente que seus concorrentes;

• gestão das variáveis que compõem o valor dos produtos ou serviços (

administração de custos), entre outros;

26

Providências estas necessárias para implementar ações que visam diferenciar seus

produtos ou serviços dos oferecidos pelos seus concorrentes.

2.1.1.6 Planejamento Estratégico

Campos, (1992, p.68) define planejamento estratégico como “o conjunto de atividades

necessárias para se determinar as metas (visão), os métodos (estratégia) e o desdobramento

destas metas e métodos. Não deveria incluir a sua execução (D), o monitoramento das metas e

métodos (C) e as ações corretivas (A). Seria melhor denominar tudo isto de Administração

Estratégica e não Planejamento Estratégico”.

O processo de planejamento estratégico tem como objetivo implementar as

transformações necessárias na organização, visando sua continuidade. Para isto, realiza

estudos de cenários, identifica oportunidades e ameaças e estabelece suas políticas e diretrizes

estratégicas organizacionais para interagir com o mercado.

Segundo Catelli, (1999 apud TEIXEIRA, 2003, p.20):

A fase de planejamento estratégico tem como premissa fundamental assegurar o cumprimento da missão da empresa. Essa fase do processo de gestão gera um conjunto de diretrizes estratégicas de caráter qualitativo que visa orientar a etapa de planejamento operacional. Evidentemente, o processo de planejamento estratégico contempla a análise das variáveis do ambiente externo (identificação das oportunidades e ameaças) e do ambiente interno da empresa (identificando seus pontos fortes e fracos). Assim, o conjunto de diretrizes estratégicas objetiva evitar as ameaças, aproveitar as oportunidades, utilizar os pontos fortes e superar as deficiências dos pontos fracos existentes na empresa.

Para melhor esclarecer sobre o processo de planejamento estratégico, a figura a seguir

apresenta as etapas do processo .

27

Declaração de Visão eMissão doNegócio

Análise doAmbienteExterno

(oportunidadese ameaças)

Análise doAmbiente

Interno(forças e

fraquezas)

Formulaçãode metas eobjetivos

Formulaçãode

EstratégiaImplementação

Feedback eControle

Figura 4 - O Processo de Planejamento Estratégico do Negócio Fonte: Kotler, 1999

Para Oliveira, (2004, p.35), “O planejamento pode ser conceituado como um processo,

desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente, eficaz e

efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa.

Além disso, o planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um

conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro

tende a ser diferente do passado; entretanto, a empresa tem condições e meios de agir sobre as

variáveis e fatores, de modo que possa exercer alguma influência; o planejamento é, ainda,

um processo contínuo, um exercício mental que é executado pela empresa independentemente

de vontade específica de seus executivos.

O processo de planejar envolve, portanto, um modo de pensar; e um salutar modo de

pensar envolve indagações; e indagações envolvem questionamentos sobre o que fazer, como,

quando, para quem, por que, por quem e onde.

O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processo,

técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as

implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que

facilitarão a tomada de decisão no futuro de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz.

O fato de o planejamento ser um processo de estabelecimento de um estado futuro

desejado e um delineamento dos meios efetivos de torná-lo realidade, justifica que ele

anteceda a decisão e a ação.

A atividade de planejamento é complexa em decorrência de sua própria natureza, qual

seja, a de um processo contínuo de pensamento sobre o futuro, desenvolvido mediante a

28

determinação de estados futuros desejados e a avaliação de cursos de ação alternativos a

serem seguidos para que tais estados sejam alcançados. E tudo isso implica um processo

decisório permanente, acionado dentro de um contexto ambiental interdependente e mutável.

Esse processo contínuo, funciona de forma não linear em decorrência de haver

variabilidade nas empresas. Essa variabilidade é devida às pressões ambientais que a empresa

tem de suportar e que são resultantes de forças externas, continuamente em alteração com

diferentes níveis de intensidade de influência, bem como das pressões internas, resultantes dos

vários fatores integrantes da empresa.

Apresenta-se a seguir, algumas características básicas da função planejamento como

um processo contínuo:

• O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de

decisões presentes. Desta forma, aparece como um processo sistemático e

constante de tomada de decisões, cujos efeitos e conseqüências deverão ocorrer

em futuros períodos de tempo.

• O planejamento não é um ato isolado. Assim sendo, deve ser visualizado como

um processo composto de ações inter-relacionadas e interdependentes que visam

alcançar os objetivos previamente estabelecidos.

• O processo de planejamento é muito mais importante que seu resultado final. O

resultado final do processo de planejamento, normalmente, é o plano, sendo que

este deve ser desenvolvido “pela” empresa e não “para” a empresa.”

2.1.2 Elaboração da matriz SWOT

Para se formular um processo de Planejamento Estratégico consistente, torna-se

fundamental a elaboração da matriz SWOT, siglas que significam : S – strengths (pontos

fortes) ; W – weaknesses (pontos fracos) ; O – opportunities ( oportunidades) e T – threats

(ameaças).

Ao se realizar análises constantes dessa matriz, possibilitará a empresa estar atenta às

constantes mudanças no ambiente externo, permitindo, assim, proteger-se de problemas e

aproveitar oportunidades visando garantir sua sustentabilidade e a construção da sua visão de

futuro.

Conforme afirma Prahalad (1994, p.6), “Se os diretores não tiverem respostas

29

detalhadas para as perguntas sobre o futuro, suas empresas não podem esperar ser líderes de

mercado.”

Dornelas (2001, p.8) informa que “a matriz SWOT traça uma análise da situação atual

do negócio e deve ser refeita regularmente, dependendo da velocidade com que seu ambiente,

seu setor e sua própria empresa mudam.” Segundo ele, a análise SWOT propicia uma

orientação estratégica muito interessante para as empresas. Constitui-se, em grande parte, da

utilização de bom senso. Inicialmente, corrigir os erros, para posteriormente aproveitar as

oportunidades identificadas no ambiente externo. O autor destaca as seguintes etapas no

processo de análise:

a) Elimine possíveis pontos fracos da empresa, identificados em áreas nas quais você

enfrenta ameaças graves de seus concorrentes e tendências desfavoráveis em um

ambiente de negócios dinâmico;

b) Capitalize as oportunidades descobertas, onde sua empresa tem pontos fortes

significativos;

c) Corrija possíveis pontos fracos, identificados em áreas que contêm oportunidades

potenciais;

d) Monitore as áreas nas quais você identificou pontos fortes para não ser

surpreendido no futuro por possíveis riscos latentes.

2C apitalizar

3M elhorar

4M onitorar

1E lim inar

O portunidades

IN T E R N A

Am eaças

A nálise SW O T

EX

TE

RN

A

Pontos Fortes Pontos Fracos

Figura 5 - Análise SWOT (DORNELAS, 2001, p. 9)

Pode-se afirmar que a análise SWOT se constitui em uma ferramenta muito útil para

as empresas, uma vez que a única certeza que se tem é que as mudanças são constantes e cada

vez mais rápidas. Portanto, eliminar os pontos fracos em setores chaves, reforçar os pontos

fortes já existentes e monitorar as mudanças do ambiente externo, são ações que visam

garantir a sustentabilidade e a sobrevivência do negócio.

30

2.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO INMETRO

Pretende-se, neste item, apresentar o Inmetro, destacar os principais fatos ocorridos no

processo de implantação do Planejamento Estratégico Institucional, conforme documento “12

Anos de Planejamento e Melhoria da Gestão 1993 – 2004”(Janeiro, 2005), bem como a

metodologia e a estrutura de planejamento adotada.

2.2.1 O Inmetro

O Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - é

uma autarquia federal vinculada ao MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior - sendo o órgão executivo central do Sinmetro - Sistema Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Foi criado pela Lei n.º 5966, de 11.12.73, e

suas principais competências são :

• Executar as políticas nacionais de metrologia e qualidade;

• Verificar a observância das normas técnicas e legais no que se refere às unidades

de medida, métodos de medição, medidas materializadas, instrumentos de medição

e produtos pré-medidos, em todo o território nacional;

• Manter e conservar os padrões das unidades de medida, assim como implantar e

manter a cadeia de rastreabilidade dos padrões das unidades de medida no País, de

forma a torná-las harmônicas no plano interno e compatíveis no plano

internacional;

• Fortalecer a participação do País nas atividades internacionais relacionadas com

metrologia e qualidade, além de promover o intercâmbio com entidades e

organismos estrangeiros e internacionais;

• Prestar suporte técnico e administrativo ao Conmetro – Conselho Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, assim como aos seus Comitês de

assessoramento, atuando como sua secretaria executiva;

31

• Planejar e executar as atividades de acreditação de laboratórios de calibração e de

ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos de certificação,

de inspeção, de treinamento e de outros; e

• Coordenar, no âmbito do Sinmetro, a avaliação da conformidade compulsória e

voluntária de produtos, de processos, de serviços e de pessoal.

2.2.2 Breve histórico do processo de implantação do PE

O processo de planejamento estratégico no Inmetro - apesar da existência de tentativas

anteriores que não proporcionaram, por vários motivos, sua consolidação e a efetiva adoção

da metodologia pelo Instituto, porém, contribuíram imensamente no processo de

aprendizagem institucional - possui como marco inicial a década de 90, tendo sido elaborado,

em 1993, um primeiro documento definindo sua missão, visão de futuro, estratégias e suas

crenças e valores.

Em 1995, adotou uma metodologia para construção do planejamento estratégico com

assessoria de profissionais do ramo. Nesta ocasião, foi desenvolvido um trabalho denominado

Plano de Modernização, para o período de 1995 à 1997, plano este composto de 29 projetos,

que permeavam toda a Instituição, estimados no montante de US$ 46,5 milhões.

Em outubro de 1996, o Inmetro elaborou uma proposta de contrato de gestão entre

MICT/INMETRO e MARE/SER, com o objetivo de implantar um novo modelo de gestão

pública, contribuindo para a reforma do aparelho do Estado, que vinha sendo empreendida

pelo Governo Federal, sob a coordenação do MARE, visando a flexibilidade administrativa

financeira, projeto esse que permitiria agilizar a realização do Plano de Modernização, que

estava em pleno curso.

A intenção de se lançar no contrato de gestão era entendida como um passo a mais em

direção a uma gestão moderna, voltada para os interesses da sociedade e da cidadania, que

está expressa no slogan “Mais Qualidade para o Cidadão”.

Na verdade, pretende-se, com o processo de modernização, garantir o controle social sobre o

Inmetro, possibilitando, simultaneamente, flexibilidade de gestão, para que este possa, com o

menor custo possível, prestar melhores serviços à sociedade, no cumprimento de sua missão.

Outro aspecto importante é que a implementação do processo de modernização tem

sido garantido, fundamentalmente, pelo fato de ter envolvido todo o corpo funcional e pela

32

existência de uma direção profissional, que tem mantido unidade de ação e continuidade de

idéias, premissas fundamentais para o êxito de qualquer gestão, sobretudo na área pública.

Em agosto de 1997, foi elaborado um documento denominado Introdução ao

Planejamento Estratégico Corporativo, caderno de textos para treinamento conceitual

operativo, a ser utilizado pelos gerentes e técnicos do Inmetro, visando nivelar conhecimentos

referentes à metodologia de planejamento estratégico corporativo adotada.

Em julho de 1998, consolidou-se o processo de planejamento estratégico com a

elaboração do documento Plano Estratégico do Inmetro 1998 – 2010. Cabe lembrar, conforme

afirma Oliveira, (2004, p.37), que o fator mais importante na construção do planejamento

estratégico é a dinâmica do processo de elaboração e não o documento final.

Ainda em 1998, celebrou-se o Contrato de Gestão com o Ministério da Indústria,

Comércio e Turismo, tornando o Inmetro a primeira Agência Executiva do Governo Federal.

Muitas instituições se candidataram ao referido Contrato, uma vez que, em sendo constituído,

haveria garantia de flexibilidades para a obtenção dos resultados pactuados. Porém, a

premissa básica para sua consecução era a necessidade, por parte da instituição postulante, de

comprovar a existência de processo maduro de planejamento.

Em 2000, foi implementado, no Inmetro, o Sistema de Planejamento e Execução

Orçamentária – SIPLAN, permitindo maior participação e transparência no processo

orçamentário interno.

Em 2001, criou-se o Grupo de Gestores dos Planos Anuais, objetivando proporcionar a

elaboração de um planejamento de ação para funções corporativas de apoio, bem como

aproximar os prestadores de serviços internos aos seus usuários. Este grupo se constituía de

representantes de todas as unidades organizacionais, sendo coordenado pelos gerentes das

funções corporativas como compras, engenharia, informática, capacitação, viagens, dentre

outras.

Em 2002, iniciaram-se as auditorias do Sistema de Gestão da Qualidade do Inmetro –

SGQI - e análises críticas dos macroprocessos.

Em 2003, reestruturou-se a Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade –

RBMLQ - braço executivo do Inmetro presente em todo território nacional, constituída, em

sua maioria, de órgãos estaduais.

Em 2004, implementou-se o Plano Estratégico da Diretoria de Administração e

Finanças – DIRAF.

33

2.2.3 Metodologia e estrutura de planejamento do Inmetro

A metodologia adotada pelo Inmetro, conforme explicitado no Relatório do Prêmio

Qualidade do Governo Federal – PQGF - ciclo 2004, é desenvolvida a partir do processo de

formulação, desdobramento e operacionalização das estratégias, assim como a medição do

desempenho organizacional, que proporciona o alinhamento das estratégias e a

implementação dos planos, de forma articulada com os compromissos assumidos junto ao

Governo Federal. O desempenho global e setorial do Inmetro é analisado criticamente a partir

de uma rede integrada de indicadores, que parte dos projetos, chegando até a missão,

conforme apresentado na figura abaixo.

M a c r o p r o c e s s o s

O b j e t i v o E s p e c í f i c o s

O b j e t i v o s E s t r a t é g i c o s

P r o c e s s o s E s p e c í f i c o s

P r o c e s s o s O p e r a c i o n a i s

P r o j e t o s

O b j e t i v o s E s t r a t é g i c o s

O b j e t i v o E s t r a t é g i c oI n s t i t u c i o n a l

D i r e t r i z e s E s t r a t é g i c a s

V i s ã o

M i s s ã o

Á r v o r e s C o r p o r a t i v a s

Figura 6 - Integração da Rede de Indicadores Fonte: Instituto... (2004, p.15)

O processo decisório, no Inmetro, possui apenas dois níveis: a alta administração

(nível de diretoria) e as gerências, garantindo, assim, agilidade e eficácia. Para viabilizar a

tomada de decisão, comunicação e implementação de ações, foram criados vários fóruns,

comitês e grupos internos, voltados para a melhoria do desempenho. As figuras a seguir

apresentam os principais fóruns, comitês e grupos internos existentes atualmente.

34

Fórum Objetivos Frequência Participantes

Reunião da Diretoria doInmetro

Comunicar e debater determinações e orientações degoverno e temas políticos pertinentes, assuntos deinteresse estratégico e institucional, avaliar posições econsequências, tomar decisões decorrentes.

SemanalPresidente, Diretores e

Coordenadores

Reunião de Revisão doPlano Estratégico

Rever grandes balizamentos.Reciclar visão de futuro, diretrizes e planos. Análisecrítica de projetos, resultados e metas.

Reunião do Presidente comDiretores e Gerentes

Reunião de AnáliseOrçamentária

Reunião de Análise deTemas Estratégicos

Reunião do CAGE

Comitê de Gestão daRBMLQ

Reunião de Coordenação(cada Diretoria)

Reuniões de Comitês eGrupos Internos

Reunião Plenária daRBMLQ

Reunião deAcompanhamento e

Avaliação do Contrato deGestão

Análise crítica de resultados, metas e expectativas.Reforçar missão, visão, valores e estratégias.

Acompanhamento e avaliação da execuçãoorçamentária.

Comunicar e debater temas de interesse estratégico einstitucional.

Deliberar sobre todos os atos de gestão administrativa.

Definir diretrizes para atuação integrada dos órgãos degestão, analisar e avaliar indicadores, analisar edeliberar sobre ações relativas às atividades dos IPEMestaduais.

Analisar e decidir sobre programas, planos, projetos,indicadores, ações de melhoria e diretrizes para comitêsinternos.

Analisar e avaliar indicadores e demais dados sobredesempenho global corporativo e o cumprimento doContrato de Gestão.

Tratar assuntos referentes às atividades da RBMLQ.

Tratar assuntos de caráter estratégico, logístico ouoperacional, referentes a apoio, recursos, ações eresultados pertinentes.

AnualPresidente, Diretores,

Coordenadores e algunsGerentes convidados

TrimestralPresidente, Diretores,

Coordenadores eGerentes

TrimestralPresidente, Diretores e

Coordenadores

QuadrimestralPresidente, Diretores e

convidados.

QuadrimestralPresidente e titulares do

Gabin, Diraf, Audin, Proge eCplan

QuadrimestalPresidente e titulares da

Dimel, Dqual, Diraf, Cplan eProge

QuinzenalDiretor responsável e Gerentes

subordinados

Semestral para acompanhamentoe anual para avaliação.

Comitê de avaliação MDIC, MF,MP e equipe Cplan/Sepeo

QuadrimestralPresidente, Diretores edirigentes dos IPEM

Variável por comitêDiretores, Gerentes e Equipes

Operacionais

Figura 7 - Principais Fóruns ( Fonte: Instituto... (2004, p.9)

Usuários de Informática

Internet/Intranet

Diárias e Passagens

Gestor de Compras

Capacitação e Captação de Pessoas

Gestores dos Planos Anuais

Eventos e Ações de Divulgação

Gestão Estratégica

Planejamento e Orçamento

Ética

Acompanhamento e Execução Orçamentária

Análise de Resultados de Programas de Análise de Produtos

# #

#

#

#

#

#

#

#

#

#

#

Figura 8 - Principais Comitês e Grupos Internos Fonte: Instituto... (2004, p.9)

As etapas e atividades do planejamento estratégico corporativo se desenvolvem em

três momentos, a saber :

• PREMISSAS – Nesta etapa são realizadas ações para construção da matriz SWOT,

ou seja:

- Análise do ambiente externo, objetivando construir uma visão integrada das

evoluções do ambiente em horizontes de curto, médio e longo prazos, identificando

oportunidades e prevendo possíveis ameaças ao cumprimento da missão;

35

- Análise do ambiente interno, objetivando acompanhar a evolução do

desempenho Institucional e identificar suas forçar e fraquezas;

- Avaliação estratégica, objetivando mapear e interpretar as interações entre

oportunidades e ameaças versus forças e fraquezas da Instituição;

• GRANDES ESCOLHAS – Essa etapa é constituída dos grandes balizamentos para

a construção do plano estratégico Institucional, sendo eles:

- Construção da Visão de Futuro, que define a situação desejada para a Instituição

no horizonte;

- Definição das Diretrizes Estratégicas, que são os rumos escolhidos para a

construção do horizonte planejado;

- Estabelecimento de Objetivos para cada diretriz estratégica, bem como a forma

de implementação.

• DETALHAMENTO – Essa etapa decorre dos resultados apresentados nas etapas

anteriores e tem o objetivo de :

- Instrumentalizar as grandes escolhas estratégicas;

- Elaborar os planos estratégicos das áreas finalísticas, definidos como

macroprocessos; e

- Elaborar os planos estratégicos dos processos organizacionais (gestão estratégica

e apoio) que proporcionam os meios, recursos, atividades e competências

internas vitais para o funcionamento Institucional.

36

PREPARAÇÃO

GRANDES BALIZAM ENTOS

M ISSÃO

AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA

AM BIENTEEXTERNO

AM BIENTEINTERNO

PREM ISSAS

VISÃO DE FUTURO

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS

OBJETIVOSESTRATÉGICOSINSTITUCIONAIS

ESTRATÉGIASINSTITUCIONAIS

G RANDESESCO LHAS

DETALH AM ENTO

PLANOS ESTRATÉGICOSM ACROPROCESSOS

PLANOS ESTRATÉGICOSPROCESSOS

ORGANIZACIONAIS

M ACROQUANTIFICAÇÕES PROJETOS ESTRATÉGICOS

COM PLEM ENTAÇÃO/ATUALIZAÇÃO

DESDOBRAM ENTOS- PLANOS DE AÇÃO- PROJETOS- PROCESSOS

IM PLANTAÇÃO E CONTROLE

CONTRATO DE

GESTÃO

PPA

IM PLANTAÇÃO

CONSOLIDAÇÃO ECONSISTÊNCIA CORPORATIVA

Figura 9 - Etapas e Atividades do Planejamento Estratégico Corporativo Fonte: Instituto... (2004, p.18)

O desdobramento dos planos estratégicos dos macroprocessos e dos processos

organizacionais segue metodologia semelhante à utilizada na construção do planejamento

estratégico corporativo, conforme demonstra a figura a seguir, ilustrando o processo para os

macroprocessos.

37

CARACTERIZAÇÃO D ASITU AÇÃO ATU AL D O

M ACROP RO CESSO

AN Á LISE D OAM BIENTEIN TERNO

P ERTIN EN TE

AN Á LISE D OAM BIEN TEEX TERN O

P ERTIN EN TE

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AV ALIAÇÃ O ESTRATÉG ICAD O M ACRO P RO CESSO

C O N ST R U Ç Ã O D EPR E M ISSA S

D EFINIÇÃ O DAV ISÃ O E O P ÇÕESESTRATÉG ICAS

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D E RECU RSO S

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ESTRATÉG ICAS

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(inclusive orçam ento)

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N E G O C IA Ç Ã O ED E C ISÃ O

D E T A L H A M E N T O

Figura 10 - Metodologia do Planejamento Estratégico de Macroprocessos Fonte: Instituto... (2004, p.18)

Importante destacar, evidenciado no Relatório PQGF (2004, p.18), que o processo de

planejamento estratégico do Inmetro é conduzido pela alta administração, cabendo a cada

Diretor a gestão do plano estratégico ou do processo organizacional sob sua responsabilidade.

Para a definição e execução dos planos de ação, conforme Relatório PQGF (2004,

p.24), o Inmetro possui instrumentos automatizados que proporcionam ao corpo funcional

38

total participação. Destaca-se neste momento que, no desdobramento dos macroprocessos, a

participação dos gerentes é integral nos diversos processos e nos projetos a eles vinculados.

Técnicos que compõem equipes de projetos e/ou processos, devidamente autorizados pelos

gerentes, podem operar os sistemas no âmbito de suas especialidades. Os instrumentos que

propiciam o envolvimento, a participação e a comunicação do corpo funcional no Inmetro,

são:

- Intranet - disponibiliza informações, documentos, acesso a sistemas, notícias e

comunicados importantes;

- Sistema Planest – é o sistema de planejamento estratégico, que proporciona a gestão

dos macroprocessos e processos organizacionais, além de monitorar os indicadores

de eficiência, eficácia e efetividade propostos nos diversos níveis do planejamento;

- Sistema Sicap – é o sistema de controle e acompanhamento de projetos, que

proporciona a gestão física e financeira de todos os projetos propostos no

planejamento;

- Sistema Siplan – é o sistema de planejamento e execução orçamentária, que

proporciona a gestão orçamentária da receita e da despesa de todos os processos e

projetos existentes;

- Sistema Sidoq - é o sistema de controle de documentos da qualidade, que permite o

gerenciamento de normas, formulários e modelos de documentos orientativos da

qualidade.

- Portal Inmetro – RBMLQ – é o sistema que permite a integração e a comunicação do

Inmetro com os órgãos que compõem a Rede Brasileira de Metrologia Legal e

Qualidade, braço executivo do Instituto nas ações de metrologia e qualidade.

2.3 SISTEMAS DE PLANEJAMENTO DAS AÇÕES E DE CONTROLE DE DESEMPENHO

Mintzberg (2003, p.94 a 97), apresenta uma hierarquia dos sistemas de planejamento

das ações e de controle do desempenho, que muito se assemelha à hierarquia das Árvores dos

Objetivos Estratégicos Institucionais - Nível Corporativo – Qualidade e Competitividade e de

Solidez e Excelência Institucionais, estruturadas pelo Inmetro. Mintzberg mostra como os

sistemas de planejamento e de controle relacionam-se com a superestrutura e entre si.

Apresenta o controle do desempenho e o planejamento das ações como dois sistemas

39

hierarquizados, separados, com certas “passagens” entre eles.

O controle do desempenho é mostrado como um sistema em que os objetivos globais

maiores darão origem a subobjetivos, orçamentos e outros padrões de output, que, por sua

vez, são elaborados em subobjetivos, orçamentos e padrões mais detalhados, até emergirem

na base da estrutura como planos operacionais.

Sem dúvida, o resultado final são as ações organizacionais, mas a conexão entre

planos e ações será demonstrada por meio de linhas pontilhadas, para indicar tratar-se de uma

conexão apenas indireta.

Sistema de controle do desempenho Sistema de planejamento das ações

Objetivos Planos estratégicos

Subobjetivos,orçamentos e outros

padrõesProgramas

Planos operacionaisProgramações eespecificaçõesoperacionais

Ações

a

c

b

d

Figura 11 - Hierarquia dos sistemas de planejamento e controle Fonte: Mintzberg (2003, p.95)

Visando esclarecer aspectos relevantes do diagrama, MINTZBERG informa que:

As setas que estão em ambos os sentidos, servem para indicar que o sistema de controle do desempenho pode operar de cima para baixo – onde os objetivos definidos na cúpula estratégica são elaborados em padrões de desempenho ainda mais detalhados à medida que percorrem a hierarquia, mas também de baixo para cima, em que as unidades da base estabelecem seus próprios padrões de desempenho, que são depois agregados por unidade hierárquica acima até surgirem na cúpula estratégica como resultado dos objetivos de toda a organização. (MINTZBERG, 2003)

O sistema de planejamento das ações é essencialmente de cima para baixo. Inicia-se

com o planejamento estratégico, onde a organização avalia, sistematicamente, suas forças,

fraquezas, oportunidades e ameaças e, depois, formula um conjunto de estratégias explícitas e

integradas, as quais pretende seguir no futuro. Essas estratégias são, depois, desenvolvidas em

40

“programas”, isto é, em projetos específicos.

Como demonstrado na figura, esses dois sistemas podem ser ligados. No topo (linha

a), há uma passagem dos objetivos de desempenho para os planos estratégicos. Acredita-se

que, apenas com o conhecimento do que a organização deseja – operacionalmente em termos

quantitativos – os planos estratégicos podem ser gerados. A passagem dos subobjetivos ou

orçamentos para os planos estratégicos (linha b) é similar. Quando houver autonomia unitária,

como nas estruturas baseadas no mercado, a cúpula estratégica pode desenvolver objetivos

globais e, depois, negociar subobjetivos e orçamentos com cada uma das unidades. Depois,

esses se tornam os objetivos que dão início ao processo de planejamento das ações de cada

unidade.

Uma passagem também vincula diretamente os subobjetivos e orçamentos aos

programas promocionais; ela é mostrada pela linha c. Isso é mais comum em uma estrutura

funcional, em que um orçamento destinado a um departamento apresenta programas

específicos e não estratégias globais.

A última passagem (linha d) parte dos programas aos orçamentos e, eventualmente,

aos planos operacionais. Isso reflete o fato de que a unidade deve avaliar o efeito de todas as

suas ações propostas – os produtos a serem vendidos, máquinas a serem compradas, e assim

por diante – sobre seu fluxo de fundos (seus orçamentos), os subobjetivos que pode atingir, a

força de trabalho que deve contratar etc. Em outras palavras, o efeito das ações específicas

sobre os resultados globais deve ser avaliado desde a passagem do planejamento das ações ao

controle do desempenho.

Outra passagem – talvez uma das mais importantes, mas não demonstrada em razão da

natureza do diagrama – é o feedback global, do controle do desempenho ao planejamento das

ações. À medida que a organização avalia seu desempenho, ela dá início a novos planos de

ações que visam corrigir os problemas identificados.

2.4 ORÇAMENTO PÚBLICO

2.4.1 Conceitos sobre orçamento público

Segundo Feijó (2003, p.47) a ação planejada do Estado, quer na manutenção de suas

41

atividades ou na execução de seus projetos, se materializa através do orçamento, que é o

instrumento que dispõe o Poder Público para expressar, em determinado período de tempo seu

programa de ação, discriminando a origem e o montante de recursos a serem arrecadados,

bem como os dispêndios a serem efetuados.

Para a ENAP 2003 (apud MELO, 2004, p.43) orçamento público é definido como

sendo: O instrumento de gestão da maior relevância e, provavelmente, o mais antigo da administração pública. É um instrumento que os governos usam para organizar os seus recursos financeiros. Partindo da intenção inicial de controle, o orçamento público tem evoluído e vem incorporando novas instrumentalidades. No Brasil, reveste-se de formalidades legais. É uma lei, constitucionalmente prevista, que estima a receita e fixa a despesa para um exercício. Por causa dessa rigidez, as despesas só poderão ser realizadas se forem previstas ou incorporadas ao orçamento.

2.4.2 Sistema orçamentário brasileiro

Segundo Feijó (2003, p.28) de acordo com o artigo 6º do Decreto-Lei 200/1967, as

atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:

planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e controle.

Determina, ainda, que estes princípios devem ser obedecidos na consecução de todas

as atividades da administração pública federal. No que se refere ao planejamento, reza o seu

artigo 7º: A ação governamental obedecerá ao planejamento, que visa promover o desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se segundo planos e programas gerais, setoriais e regionais de duração plurianual.

A Constituição Federal, em seu artigo 165, define os instrumentos de planejamento. São eles:

• O Plano Plurianual (PPA) – Que tem como função estabelecer as diretrizes,

objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e

outras decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada;

• Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) – Que tem por função estabelecer as

metas e prioridades da administração pública federal para o exercício financeiro

subsequente, orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), alterar a

legislação tributária e estabelecer a política de aplicação das agências financeiras

oficiais de fomento;

• Lei Orçamentária Anual (LOA) – Que discriminará os recursos orçamentários-

42

financeiros destinados ao cumprimento das metas e prioridades estabelecidas pela

LDO.

Feijó (2003, p.29) apresenta o processo de integração do planejamento e do orçamento

na figura 12, abaixo, afirmando que o ciclo orçamentário ou processo orçamentário pode ser

definido como um processo contínuo, dinâmico e flexível, através do qual se elabora, aprova,

executa, controla e avalia os programas do setor público, nos aspectos físicos e financeiros.

Corresponde, portanto, ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do

orçamento público.

E lab o ração /R ev isãod o P P A

E lab o ração e A p ro v açãod a L D O

E lab o raçãod a L O A

C o ntro le e A v a liação daE x ecu ção O rçm an e tá ria

E x ecu çãoO rçam en tá ria

D iscussão , V o tação eA p rov ação d a L O A

Figura 12 - Integração Planejamento e Orçamento ( Fonte: Feijó (2003, p.29)

2.4.3 Princípios Orçamentários

Para Feijó (2003, p.49) o orçamento público surgiu como instrumento de controle

parlamentar das atividades financeiras governamentais. Visando dotar esse controle de maior

eficácia, identificou-se a necessidade de normas e regras orçamentárias que orientassem sua

elaboração e execução. A partir daí, foram criados os Princípios Orçamentários, que serão

apresentados a seguir:

• Anualidade/Periodicidade – É o princípio que define o período de vigência do

orçamento que, em geral, é de um ano. A Constituição Federal, art. 165, inciso III

e os art. 2º e 34º da Lei 4.320/64 explicitam sua regulamentação;

• Unidade – O orçamento deve ser uno. A Constituição Federal, art. 165, parágrafo

43

5º e o art. 2º da Lei 4.320/64 regulamentam esse aspecto;

• Universalidade – O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes

aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e

indireta. Esse princípio está consagrado na Constituição Federal, art. 165,

parágrafo 5º e nos art. 2º, 3º e 4º da Lei 4.320/64;

• Exclusividade – Segundo esse princípio, o projeto de lei orçamentária deve conter

apenas matéria orçamentária. A Constituição Federal, art. 165, parágrafo 8º e art.

7º da Lei 4.320 abordam esse tema.

• Especificação – É o princípio que visa vedar as autorizações de despesas globais,

isto é, as despesas devem ser classificadas com um nível de desagregação que

facilite o entendimento e a análise de onde e em que estão sendo aplicados os

recursos. Os art. 5º e 15º da Lei 4.320/64 versam sobre essa questão.

• Publicidade – É o princípio que preconiza a divulgação do conteúdo orçamentário,

para conhecimento público e para atestar a eficácia de sua validade, através de

veículos oficiais de comunicação e divulgação. A Constituição Federal exige a

publicação do relatório resumido da execução orçamentária, até trinta dias após o

encerramento de cada bimestre.

• Equilíbrio – Estabelece que as despesas não devem ultrapassar as receitas previstas

para o exercício financeiro. Não obstante, afirma FEIJÓ (2003, p.51), que o

princípio do equilíbrio não é uma regra rígida e visa deter o crescimento dos gastos

governamentais. A Constituição Federal, no art. 167, inciso III, adota uma visão

realista diante do déficit orçamentário.

• Orçamento Bruto – Esse princípio estabelece que todas as parcelas de receitas e

despesas devem constar do orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo

de deduções. A Lei 4.320/64, no art. 6º, parágrafo 1º, discorre sobre a questão.

• Não Afetação de Receitas – O propósito desse princípio é definido, segundo

FEIJÓ (2003, p.52), da seguinte maneira: “Nenhuma parcela da receita geral

poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados

gastos”. A Constituição Federal consagra esse princípio em seu art. 167, incisos IV e IX.

44

2.4.4 O Processo Orçamentário do Inmetro

Conforme Instituto... (2004, p.24 e 25) a proposta orçamentária anual do Inmetro é

elaborada e aprovada conforme processo sistêmico padronizado pela NIG-CPLAN-023 e

esquematizado na próxima figura.

O Sistema de Planejamento e Execução Orçamentária – Siplan, é o principal

instrumento utilizado para a alocação dos recursos necessários à execução dos planos

estabelecidos. As características desse sistema permitem a integração do planejamento

estratégico e operacional com o processo orçamentário, fazendo com que o orçamento seja,

efetivamente, a dimensão financeira dos planos e projetos.

45

P L A N E J A M E N T OE S T R A T É G IC O

P R O P O S T AO R Ç A M E N T Á R IA

U E NC O N S O L ID A Ç Ã O

R E C E IT AX

D E S P E S A S

P R O P O S T AO R Ç A M E N T Á R IA

U E F

P R É -P R O P O S T AO R Ç A M E N T Á R IA

C O M IT Ê D EP L A N E J A M E N T OE O R Ç A M E N T O

A D M IN IS T R A Ç Ã OD O IN M E T R O

O K ?

O K ?

A N Á L IS EG O V E R N A M E N T A L

R E C U R S O SO R Ç A M E N T Á R IO SP r im e i r o T r im e s t r e

P R O P O S T AO R Ç A M E N T Á R IA

D O IN M E T R O

A D E Q U A Ç Ã OP E L O C O M IT Ê D EP L A N E J A M E N T OE O R Ç A M E N T O

A D M IN IS T R A Ç Ã OD O IN M E T R O

C P L A N /S E P L Oa n a l i s a

P R O J E T O S eP R O C E S S O S

P R O P O S T AO R Ç A M E N T Á R IA

U E F

P R O P O S T AO R Ç A M E N T Á R IA

U E N

A P R O V A ?

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A J U S T E A J U S T E

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N Í V E L E S T R A T É G I C O

46

C P L A N / S E P L Oa n a l i s a

P R O J E T O S eP R O C E S S O S

I N F O R M AG E R E N T E

L i b e r a R e c u r s o sO r ç a m e n t á r i o s

P R O J E T O SP R O C E S S O S

D E M O N S T R A T I V OD E E X E C U Ç Ã O

O R Ç A M E N T Á R I A

A V A L I A Ç Ã OP E R I Ó D I C A F E I T AP E L O C O M I T Ê D EP L A N E J A M E N T O

E O R Ç A M E N T O

A L T AA D M I N I S T R A Ç Ã O

D O I N M E T R O

I N F O R M A Ç Õ E SS O B R E A L O C A Ç Ã O

E / O UR E M A N E J A M E N T O

D E R E C U R S O SO R Ç A M E N T Á R I O S

E X E C U Ç Ã O EA C O M P A N H A M E N T O

O R Ç A M E N T Á R I OD O I N M E T R O

A P R O V A ?

R E F O R M U L AÇ Ã O

A P R O V A ?

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S I M

N Ã O

Figura 13 - Processo de Elaboração e Aprovação da Proposta Orçamentária e Alocação de Recursos Fonte: Instituto... (2004, p.25)

2.5 BALANCED SCORECARD – BSC

Até o início do século XX, a evolução das organizações ocorria internamente.

Estudiosos como Taylor, Faiol e Ford, dentre outros, detinham-se na organização dos

processos internos, visando basicamente minimizar custos e melhorar a produtividade. Esse

olhar predominantemente para dentro, advinha de um ambiente externo de poucas mudanças

fato este que não demandava preocupações ou influências no processo produtivo.

Após a metade do século XX, com o avanço científico e tecnológico, mudanças no

meio externo tomaram proporções significativas, obrigando as organizações a ir além das

evoluções internas e a realizar um monitoramento das mudanças que estavam ocorrendo no

ambiente. Neste novo cenário, segundo Campos, 2001 (apud OSÓRIO, 2003, p.74), surge a

teoria dos sistemas, que considera as organizações como um sistema aberto em constante

adaptação às condições externas, em processo de mudança, para desempenhar seu papel, ter

sucesso e conseguir sobreviver no longo prazo. Nestas condições, percebeu-se que os

indicadores financeiros, apesar de importantes, já não eram mais suficientes para garantir o

sucesso organizacional. Aspectos como qualidade, prazo de entrega, satisfação dos clientes,

47

funcionários comprometidos, dentre outros, passaram a ser um diferencial capaz de definir a

permanência ou não de uma organização no mercado.

Neste contexto, e com a finalidade de mensurar os ativos financeiros e não financeiros

emergem metodologias tais como o BSC – Balanced Scorecard, que foi concebido na década

de 90, a partir de um projeto denominado Measuring Performance in the Organization of the

Future, ou seja, Medindo a Performance nas Organizações do Futuro, patrocinado pela

unidade de pesquisa da empresa KPMG e desenvolvido pelo Instituto Nolan Norton.

Os estudos foram conduzidos por David Norton e Robert Kaplan com a participação

de representantes de empresas – de manufatura e serviços, da indústria pesada e da alta

tecnologia - onde por um período de um ano, realizaram reuniões bimensais, com o objetivo

de criar um modelo de medição de desempenho que adicionasse aos indicadores financeiros

tradicionais, medidas de desempenho relativas a prazos de entrega, qualidade, melhoria de

processos e desenvolvimento de novos produtos e/ou serviços.

Para Campbell, 1997 (apud TEIXEIRA, 2003, p.29) o BSC é parte de um sistema de

gerenciamento de desempenho. É uma ligação entre cada empregado e a visão da empresa. É

um caminho para medir o grau no qual a visão e a missão são alcançadas. Para ele, um bom

BSC reflete o plano estratégico, fornece uma estrutura que ajuda a moldar o comportamento

do trabalho e permite a cada pessoa medir seu desempenho individual.

Conforme afirmam Kaplan e Norton, (1997, p.2):

O Balanced Scorecard traduz a missão e a estratégia das empresas num conjunto abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema de medição e gestão estratégica. O Balanced Scorecard continua enfatizando a busca de objetivos financeiros, mas também inclui os vetores de desempenho desses objetivos. O Scorecard mede o desempenho organizacional sob quatro perspectivas equilibradas : financeira, do cliente, dos processos internos da empresa e do aprendizado e crescimento. O BSC permite que as empresas acompanhem o desempenho financeiro, monitorando, ao mesmo tempo, o progresso na construção de capacidades e na aquisição dos ativos intangíveis necessários para o crescimento futuro.

Kaplan e Norton, (1997, p.9), informam que o Balanced Scorecard é mais do que um

sistema de medidas táticas ou operacionais. Empresas inovadoras estão utilizando o

Scorecard como um sistema de gestão estratégica para administrar a estratégia a longo prazo.

Elas adotaram a filosofia do Scorecard para viabilizar os seguintes processos gerenciais

críticos:

• Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia.

• Comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas.

48

• Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas.

• Melhorar o feedback e o aprendizado estratégico.

E sclarecendo eT raduzindo a V isão e aE stratég ia - E sclarecen do a V isão - E sclarecen do oconsen so

F eedback e A p rend izadoE stratég ico - A rticu lando a v isãocom p artilhada - F o rnecend o feedbackestratég ico - F acilitan do a rev isão e oap ren d izado estratég ico

C om un icando eE stabelecen doV incu lações - C om un icando e educando - E stabelecendo m etas - V incu lando recom pensas em ed idas de desem penho

P lanejam en to eE stabelecim en to de M etas - E stabelecend o m etas - A linhando in iciativasestratég icas - A locan do recu rsos - E stabelecend o m arcos dereferência

B alan cedS corecard

Figura 14 - O Balanced Scorecard como Estrutura para Ação Estratégica Fonte: Kaplan e Norton (1997, p.12)

Devido a importância do entendimento e da internalização dos conceitos apresentados

na utilização do Scorecard como um sistema de gestão estratégica, e visando proporcionar

total alinhamento e foco dos gerentes e formadores de opinião, para a definição e

implementação dos objetivos estratégicos institucionais, entende-se ser necessário discorrer

sobre a relevância dos processos críticos descritos por Kaplan e Norton (1997, p.12 a 20) e

apresentados na figura acima.

• Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia - Este processo crítico é desenvolvido a

partir da formação de uma equipe da alta administração para traduzir e estratégia

de sua unidade de negócios em objetivos estratégicos específicos. É comum

executivos de áreas funcionais diferentes, quando no trabalho em equipe,

depararem-se com questões obscuras, tornando-se difícil formar equipes e criar

consenso. Isto ocorre em virtude de pouco conhecimento dos objetivos globais da

empresa e da contribuição e integração das diferentes unidades funcionais.

O Scorecard trabalha esta questão, na medida em que busca a integração do

grupo de executivos, proporcionando alinhamento estratégico e foco, resultando

49

em um modelo consensual da empresa para o qual todos prestaram sua

contribuição. Os objetivos do Scorecard tornam-se uma responsabilidade

funcional conjunta do grupo executivo, e passa a funcionar como ponto de

referência para uma série de importantes processos gerenciais baseados em

equipes.

• Comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas - Os objetivos e medidas

estratégicas são transmitidos amplamente a toda empresa. A comunicação visa

apresentar a todos os funcionários os objetivos críticos que devem ser alcançados,

para que a estratégia da empresa seja bem sucedida. É somente a partir do

conhecimento do que se pretende e do entendimento dos objetivos e medidas de

alto nível, que os funcionários se tornam capazes de estabelecer metas locais que

contribuam para a obtenção da estratégia global da unidade de negócios. Além da

comunicação e do estabelecimento de metas, esse processo crítico propõe a

vinculação de recompensas e medidas de desempenho, questão muito difícil de ser

implementada no serviço público devido à legislação que regulamenta a

remuneração de pessoal.

• Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas – O BSC produz

maior impacto ao ser utilizado para induzir a mudança organizacional. Para que

essa transformação na empresa seja obtida, os altos executivos deverão

estabelecer e perseguir metas para os objetivos do Scorecard com uma

antecedência de três a cinco anos.

As metas para as iniciativas estratégicas, que surgem de medidas do Scorecard, tais

como redução do tempo de processamento de pedidos, redução do tempo de implantação de

novos serviços e aumento na qualificação de funcionários, apesar de não constituírem-se no

maior objetivo, quando associadas à incorporação no BSC de uma série de relações de causa e

efeito, desenvolvem capacidades que contribuem para um melhor desempenho financeiro.

Para concluir, o BSC permite que a empresa integre seu planejamento estratégico ao

processo de orçamentação anual, bem como propicia que o processo gerencial de

planejamento e estabelecimento de metas:

- Quantifique os resultados pretendidos a longo prazo;

- Identifique mecanismos e forneça recursos para a obtenção dos resultados; e,

- Estabeleça referenciais de curto prazo para todas as medidas do Scorecard.

• Melhorar o feedback e o aprendizado estratégico – Este processo crítico

certamente é o mais importante de todos, se considerarmos a dinâmica das

50

mudanças ambientais, que vem ocorrendo em ciclos cada vez mais curtos, a falta

de feedback, de forma estruturada, sobre a implementação das estratégias

adotadas, bem como a inexistência de tempo, por parte dos altos executivos, para

realizarem analises sobre os resultados passados, visando aprender sobre o futuro,

podem destinar os esforços da empresa na realização de estratégias, que embora

concebidas, inicialmente, com as melhores intenções e com os melhores

conhecimentos e informações disponíveis, tenham deixado de ser adequadas ou

válidas dentro das circunstâncias atuais. Assim sendo, e para demonstrar o

verdadeiro poder do Balanced Scorecard é que KAPLAN e NORTON (1997,

p.20) afirmam que quando existe o entendimento de que o BSC não é apenas um

sistema de medidas, mais também e sobretudo um sistema de gestão estratégica,

as empresas poderão constatar sua utilização para :

• Esclarecer o obter consenso em relação à estratégia;

• Comunicar a estratégia a toda empresa;

• Alinhar as metas departamentais e pessoais à estratégia;

• Associar os objetivos estratégicos com metas de longo prazo e orçamentos anuais;

• Identificar e alinhar as iniciativas estratégicas;

• Realizar revisões estratégicas periódicas e sistemáticas; e,

• Obter feedback para aprofundar o conhecimento da estratégia e aperfeiçoa-la.

Portanto, pode-se afirmar que os processos gerenciais elaborados a partir do Balanced

Scorecard asseguram que a organização fique alinhada e focada na implementação da

estratégia de longo prazo.

Outros aspectos importantes apresentados por Kaplan e Norton (1997, p.25) são: O

Balanced Scorecard deve ser utilizado como um sistema de comunicação, informação e

aprendizado, não como um sistema de controle.

Scorecards bem elaborados, caracterizam-se pela unidade de propósito, posto que todas as

medidas apontam para a execução de uma estratégia integrada.

De acordo com Lee e Sai On Ko, 2000 (apud TEIXEIRA, 2003, p.33), o que faz o

BSC sobressair é que ele é um sistema de gerenciamento de desempenho holístico que é

equipado na direção de definir medidas de desempenho e comunicar objetivos e visão para a

organização.

Segundo Farias, 2002 (apud OSÓRIO, 2003, p.77) o BSC é um sistema de gestão

51

estratégica que visa adequar o desempenho atual da empresa àquele desempenho futuro,

desejado a longo prazo. Hernandes, Cruz e Falcão, 2000 (apud OSÓRIO, 2003, p.77)

comentam que o BSC traz uma visão abrangente de quais vetores organizacionais devem

receber especial atenção para assegurar o crescimento das empresas em ambientes

competitivos.

Pedro, (2004, p.14), informa que:

O setor público tradicionalmente guiado pela imensidão de normas legais, pressionado pela escassez de recursos financeiros, está hoje colocado perante a necessidade urgente de adaptar novos instrumentos de gestão. O Balanced Scorecard - BSC é um instrumento de gestão muito divulgado atualmente nas empresas que praticam estilos de gestão modernos e orientados à estratégia. Praticamente todas as organizações públicas ou privadas planejam a sua utilização se ainda não o fizeram. Mas, os resultados nem sempre são os esperados, porque as organizações tem características diferentes e freqüentemente confundem o BSC com um mero conjunto de indicadores ajustados à informação disponível. A utilização da metodologia de BSC, numa organização do setor público, pressupõe uma visão horizontal de processos estruturados e orientados para o cidadão e para as empresas.

2.6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: CONCEITOS DE EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E

EFETIVIDADE

O entendimento claro desses conceitos e a busca constante de sua aplicabilidade vêm

sendo objeto de interesse das instituições públicas, uma vez que, ultimamente, tem-se

procurado avaliar as políticas públicas utilizando-se esses termos.

Segundo Nakagawa, (apud MACHADO, 2002, p.74), a eficácia está relacionada à

idéia de resultados e produtos decorrentes da atividade principal da empresa, à realização de

suas metas e objetivos com vistas ao atendimento do que ela considera sua missão e

propósitos básicos. Pode-se afirmar, que uma organização é eficaz quando alcança os

resultados adequados à sua missão, é eficiente quando o faz com o menor custo e é efetiva

quando consegue realizar suas atividades com elevado grau de eficácia e eficiência,

proporcionando aos seus clientes um diferencial em relação aos concorrentes.

Segundo Arretche, (apud MACHADO, 2002, p.74), entende-se por avaliação da

efetividade o exame da relação entre a implementação de um determinado programa e seus

impactos e/ou resultados na efetiva mudança nas condições sociais e de vida das populações

alcançadas pelo referido programa.

Machado (2002, p.75) afirma que os critérios e as informações necessárias para

52

avaliação das políticas públicas podem ser assim resumidos:

Efetividade – Avalia os objetivos e os indicadores de seus impactos na realidade

que se pretende transformar;

Eficácia – Avalia os produtos e suas metas;

Eficiência – Avalia os produtos e seus custos.

2.7 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS

Shank e Govindarajan, (1997, p.13) afirmam que a Gestão Estratégica de Custos

integra três temas, a saber: análise da cadeia de valor, análise do posicionamento estratégico

da organização e análise de direcionadores de custos.

2.5.1 Conceito de cadeia de valor

Segundo Machado (2002, p.127), a Cadeia de Valor ocorre quando o produto é

processado, perpassando pelo conjunto de atividades que o materializa. Portanto, é o processo

de elaboração do bem, que vai desde a fonte de recursos do fornecedor de componentes da

indústria até o produto entregue ao consumidor final.

Para Shank e Govindarajan, (1997, p.66) a cadeia de valor de uma empresa, em

qualquer setor, está inserida em um sistema maior que inclui as cadeias de valor dos

fornecedores e dos clientes. Uma empresa pode melhorar sua lucratividade não apenas

compreendendo sua própria cadeia de valor – conjunto de atividades criadoras de valor que

ocorrem desde as fontes de matérias-primas até o produto final entregue ao consumidor - mas

também compreendendo a relação da sua empresa nas cadeias de valor dos fornecedores e dos

clientes.

Ramires (2002, p.2) afirma que a posição e o comportamento dos custos relativos de

uma empresa provêm das atividades de valor por ela executadas na concorrência de sua

atividade fabril (indústria, comércio, prestação de serviços). Assim sendo, uma análise

significativa examina os custos dentro dessas atividades. O resultado da empresa propicia uma

vantagem competitiva quando ela obtém um custo cumulativo de execução das atividades de

53

valor mais baixo.

2.7.2 Conceito de posicionamento estratégico

Segundo Hasen e Mowen, 1997 (apud RAMIRES, 2002, p.2), existem três estratégias

gerais de custos que tem sido identificadas : liderança em custos, diferenciação de produtos e

focalização. O objetivo de uma estratégia de liderança em custos é oferecer um produto

melhor ou igual aos dos concorrentes a um custo menor. A diferenciação é uma estratégia

competitiva que busca aumentar o valor para o cliente agregando mais valor ao produto ou

serviço. A estratégia de focalização visa selecionar um determinado cliente, ou um conjunto

de clientes de um segmento de mercado. Desta forma, pode-se afirmar que o posicionamento

estratégico torna-se fundamental para a estruturação e a solidificação das empresas no

mercado.

Porter (1986, p.23) afirma que a análise do posicionamento estratégico da empresa é

fundamental para compreender sua posição de rentabilidade dentro do conjunto da indústria,

uma vez que a base fundamental do desempenho acima da média, a longo prazo, é a vantagem

competitiva sustentável. O autor apresenta duas estratégias básicas para a obtenção e

manutenção da vantagem competitiva pela empresa : liderança em custo e diferenciação do

produto. A figura a seguir, apresenta diferentes ênfases na gestão de custos, decorrentes da

escolha estratégica adotada pela organização.

54

- Papel do custo da engenhariado produto na definição daperformance- Importância do conceito deorçamento flexível para ocontrole de custo da manufatura

- Percepção da importância dese kfazer orçamentos.- Importância da análise decusto do marketing- Importância do custo doproduto para o processo dedecisão do preço- Importância da análise docusto do competidor

DIFERENCIAÇÃO DOPRODUTO

LIDERANÇA DECUSTO

Pouco Importante M uito Importante

De moderada a baixa De alta a muito alta

De moderada a baixa De alta a muito alta

Crítica para o sucessoFrequentemente não é feita

de maneira formal

Baixa Alta

Baixa Alta

ESTRATÉG IAS PRIM ÁRIAS

Figura 15 - Diferenças na Gestão de Custos Causadas por Diferentes Estratégias Fonte: Machado (2002, p. 129)

2.7.3 Conceito de determinantes de custos

Conforme afirmam Shank e Govindarajan (1997, p.22) observar apenas o

relacionamento dos custos com o volume produzido é perder a riqueza da análise do

comportamento dos custos. Os determinantes de custos devem ser procurados nas decisões

que, muitas vezes, antecedem o início da produção e nas condições e formas de organizar a

produção que, na vida real, se inter-relacionam de forma complexa.

Os autores informam que a literatura atual separa os determinantes de custos em duas

categorias : determinantes estruturais e de execução.

Os determinantes estruturais de custos, são aqueles que dizem respeito à organização

da indústria, no que se refere a sua estrutura econômica. Ocorrem as seguintes escolhas

estratégicas nessa categoria :

• Escala – É a estratégia que diz respeito ao tamanho do investimento na

manufatura, na pesquisa e desenvolvimento e em recursos de marketing.

• Escopo – Refere-se ao grau de integração vertical.

• Experiência – Estratégia que enfatiza o tempo em que a empresa já executava

aquilo que vem executando hoje.

• Tecnologia – É a estratégia que se preocupa com a identificação e atualização do

55

processo tecnológico que está sendo utilizado em cada etapa do processo produtivo

da empresa.

• Complexidade – É a estratégia que está focada no tamanho da linha de produtos ou

serviços que são oferecidos aos seus clientes.

Os determinantes de execução de custos, são aqueles que segundo Shank e

Govindarajan (1997, p. 24) estão relacionados com a habilidade da empresa de operar com

sucesso. São eles:

• Participação – Refere-se ao grau de envolvimento da força de trabalho. Enfatiza

que a força de trabalho está comprometida com a melhoria contínua.

• Gestão da qualidade total – Foco na qualidade dos produtos e processos.

• Utilização da capacidade – Trata-se da escolha de escala na construção da fábrica.

• Eficiência do Layout das instalações.

• Configuração do produto.

• Exploração de ligações com os fornecedores e/ou clientes para a cadeia de valor da

empresa.

Os conceitos, principalmente os preconizados por PORTER, documentos e métodos

descritos na presente pesquisa, constituem-se no alicerce para o desenvolvimento da proposta

de implantação do Balanced Scorecard – BSC no Serviço de Planejamento Orçamentário do

Inmetro – SEPLO. Nos próximos capítulos se evidencia a importância dos fundamentos, até

aqui descritos, para formulação de uma proposta de aprimoramento da gestão orçamentária do

Inmetro.

56

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capítulo classifica-se a metodologia utilizada na pesquisa e suas limitações,

apresenta-se as fases do seu desenvolvimento e a identificação da situação problema.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Considerando-se o critério de classificação de pesquisa proposto por Vergara (2005),

quanto aos fins e quanto aos meios, tem-se:

a) quanto aos fins – trata-se de uma pesquisa aplicada e intervencionista. Aplicada,

porque é fundamentalmente motivada pela necessidade de propor resoluções para

problemas concretos. Intervencionista, porque tem como principal objetivo

interferir na realidade estudada, para modificá-la. Não se limitando apenas à

proposição da resolução de problemas, mas também pretende resolvê-los efetiva e

participativamente.

b) Quanto aos meios – trata-se de uma pesquisa documental, bibliográfica e de

pesquisa-ação. Documental, por trabalhar com documentos internos do Inmetro e

com pessoas que são diretamente afetadas pela forma que a gestão orçamentária é

desenvolvida na Instituição. Bibliográfica, porque é um estudo desenvolvido com

base em material publicado em livros, dissertações e redes eletrônicas, portanto,

disponíveis ao público em geral. É também pesquisa-ação, pois dela participam

pessoas implicadas no problema sob investigação e que tem intervenção na

realidade social.

3.2 LIMITAÇÕES METODOLÓGICAS

A pesquisa pretende demonstrar as principais fases que se fazem necessárias à

implantação da metodologia do Balanced Scorecard – BSC, de uma função meio, em uma

instituição pública. Assim sendo, e considerando-se a abrangência do tema, as especificidades

57

inerentes a cada órgão público no que se refere ao processo de planejamento e orçamento, é

provável que alguns assuntos não tenham sido abordados na profundidade necessária.

O Balanced Scorecard – BSC sofreu adaptações, consideradas pelo autor, necessárias

às finalidades dos órgãos públicos, principalmente no que concerne aos mapas estratégicos.

A proposta de desenvolvimento da metodologia está restrita ao tempo e as pessoas

envolvidas no processo de elaboração do estudo. Portanto, a presente pesquisa pode ser

considerada como um referencial teórico, devendo sofrer adaptações e complementações

específicas, conforme o estágio de planejamento e de gestão orçamentária em que as

instituições se encontrem.

3.3 FASES DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

A pesquisa parte da conceituação de princípios fundamentais para a elaboração do

planejamento estratégico, sem os quais não haverá integração e alinhamento das funções meio

e finalísticas com os objetivos estratégicos institucionais. Conceitua o orçamento público e

contextualiza o processo orçamentário do Inmetro, apresenta os princípios do Balanced

Scorecard – BSC, transporta os objetivos estratégicos institucionais para as perspectivas,

elabora um plano de ação alinhado aos objetivos e define indicadores para o acompanhamento

de sua execução. A figura 16 apresenta as fases consideradas na metodologia para o

desenvolvimento de um sistema de medição, são elas:

• Identificação das partes interessadas e de suas necessidades – Trata-se de um

diagnóstico onde se pretende qualificar, dimensionar e compreender a estrutura de

relacionamentos e de mercado da organização;

• Diretrizes e valores organizacionais – É neste momento que a organização será

capaz de obter um maior envolvimento da sua força de trabalho, compartilhando a

sua visão de futuro, a sua missão e os seus principais valores;

• Análise estratégica – Trata-se da identificação por parte da organização, em seu

ambiente externo, de suas oportunidades e ameaças e em seu ambiente interno, de

suas forças e fraquezas. Constitui-se assim, a análise SWOT, que objetiva a partir

desse mapeamento, minimizar as ameaças e os pontos fracos e potencializar as

oportunidades e os pontos fortes;

58

• Definição das estratégias – Trata-se da elaboração do mapa estratégico proposto

por Kaplan e Norton, em que os objetivos estratégicos são inseridos nas

perspectivas do modelo e trabalhados numa relação de causa e efeito. O mapa

estratégico descreve a lógica da estratégia, mostrando com clareza os objetivos dos

processos internos críticos que criam valor e os ativos intangíveis ( perspectiva de

aprendizado e crescimento) necessários para respaldá-los;

• Definição dos planos de ação – Para cada objetivo estratégico, definido nas

perspectivas descritas no item anterior, foram identificados desafios, obstáculos e

todo tipo de dificuldade para realização dos mesmos. Estes desafios, obstáculos e

dificuldades, são denominados fatores críticos para o sucesso e são a base para a

elaboração do plano de ação da organização. Segundo KAPLAN e NORTON

(2004, p.55), os planos de ação que definem e fornecem recursos para as

iniciativas estratégicas devem estar sempre alinhados aos objetivos estratégicos e

visualizados como um pacote integrado de investimentos, e não como um grupo de

projetos isolados.

• Sistema de medição – indicadores – Trata-se da forma mais objetiva para se medir

a evolução da execução do plano de ação e seus reflexos nos objetivos estratégicos

da instituição. O Balanced Scorecard - BSC traduz os objetivos do mapa

estratégico em indicadores e metas.

O modelo proposto por Quintella (2004) apresenta, inicialmente, uma série de

questionamentos visando localizar, dimensionar e contextualizar a organização.

Posteriormente, define claramente a situação atual da organização e pretensões futuras no

ramo de atividades em que atua. A partir da obtenção desse diagnóstico, da construção da

visão de futuro e da missão organizacional, bem como do pleno conhecimento de suas forças

e fraquezas, oportunidades e ameaças, o autor propõe a construção de mapas estratégicos,

objetivando ilustrar as relações de causa e efeito e demonstrar a integração das ações, a partir

das perspectivas do BSC, para consolidar a obtenção da missão. Finalmente, propõe a

elaboração dos planos de ação, indicadores e metas, objetivando construir a nova e moderna

organização. A figura 16, apresentada a seguir, demonstra, de forma seqüênciada, as fases

necessárias para a aplicação do modelo.

59

Id e n t i f i c a ç ã o d a s p a r t e si n t e r e s s a d a s e s u a s

n e c e s s i d a d e s

D i r e t r i z e s e v a l o r e so r g a n i z a c i o n a i s

D e f i n i ç ã o d a sE s t r a t é g i a s

D e f i n i ç ã o d o P l a n od e a ç ã o

S i s t e m a d em e d i ç ã o :

In d i c a d o r e s

A N Á L IS E E S T R A T É G IC A

A m b i e n t e E x t e r n o A m b i e n t e In t e r n o

O p o r t u n i d a d e s A m e a ç a s P o n t o s F o r t e s P o n t o s F r a c o s

1

3

2

4

5

6

Figura 16 - Fases do desenvolvimento de um sistema de medição Fonte: Quintella (2004, p.55)

No próximo capítulo, apresenta-se a metodologia aqui descrita, como forma de

ilustrar, na prática, o processo de implantação de um sistema de medição de desempenho

proposto por Quintella (2004) e adotado para o Serviço de Planejamento Orçamentário do

Inmetro – SEPLO.

60

4 RESULTADOS

Neste capítulo será apresentada a metodologia selecionada pelo autor, proposta por

Quintella (2004), exemplificando sua aplicação no Serviço de Planejamento Orçamentário do

Inmetro – SEPLO, como proposta de implantação do Balanced Scorecard - BSC em uma

unidade meio, adotando-a como modelo para o gerenciamento de seus processos operacionais

críticos e na definição e elaboração de indicadores de desempenho.

4.1 IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS E DE SUAS NECESSIDADES

A metodologia propõe, neste item, a apresentação do perfil da organização, neste caso

o SEPLO, abordando os seguintes tópicos: Descrição da Organização, Concorrência e

Ambiente Competitivo, Aspectos Relevantes e Organograma.

4.1.1 Descrição da organização

a) Denominação da Organização:

Serviço de Planejamento Orçamentário do Inmetro – SEPLO

b) Atividade que desempenha:

Coordenar o processo de planejamento orçamentário do Inmetro, acompanhar sua

execução, solicitar créditos e acréscimos, interagir com órgãos superiores, tais como: MDIC,

SOF, STN, manter os gerentes e o colegiado permanentemente informados quanto às regras,

normas e legislações orçamentárias em vigor, bem como disponibilizar informações e

relatórios visando contribuir para um melhor gerenciamento e aplicação dos recursos.

c) Informações sobre a estrutura e força de trabalho:

O SEPLO está localizado na Av. N.Sª das Graças, nº 50, Xerém, município de Duque

de Caxias - RJ, campus do Inmetro, Prédio 6 - Centro Operacional, ocupando uma área de 93

m2. Atualmente, a equipe técnica é composta por 1 economista, 3 engenheiros, 2

administradores, 2 analistas de sistemas, 5 técnicos, 1 estagiário e uma 1 secretária. Dos 15

61

técnicos existentes, 9 são do quadro efetivo, 4 são contratados e 2 são prestadores de serviços.

O custo anual da unidade é da ordem de R$ 1.300.000,00 (Um milhão e trezentos mil reais),

sendo composto das seguintes contas: pessoal efetivo - 45%; encargos sociais - 8%;

benefícios e outras despesas com pessoal - 5%; apoio adm. técnico e operacional - 5%;

despesas com deslocamento - 4,5%; ocupação de imóvel - 2,75%; Informática - 22%;

comunicações - 4%; transporte - 3,5%; outras despesas - 0,25%.

Os recursos orçamentários aprovados para o Inmetro, neste exercício, somam R$

303,0 milhões e estão assim constituídos: recursos próprios - 75%; recursos do tesouro - 25%;

despesas com pessoal (ativos, aposentados e pensionistas) - 20%; outras despesas correntes -

74,4% e investimentos - 5,6%.

d) Principais Produtos:

O SEPLO atua na elaboração dos seguintes documentos: pré-proposta e proposta

orçamentária institucionais; créditos e alterações orçamentárias; relatórios

orçamentários, da receita e da despesa;

e) Principais Processos:

- Gerenciamento dos sistemas SIPLAN e Portal de Relacionamento com a

RBMLQ – módulo “Orçamento” - uma vez que os mesmos foram concebidos

para se constituírem nas ferramentas internas que permitem a obtenção de

todos os dados, necessários a viabilização de uma gestão orçamentária ágil,

transparente, descentralizada e focada em resultados;

- Participação em comitês internos, objetivando promover a disseminação da

metodologia orçamentária adotada, contribuindo, assim, para a melhor

alocação dos recursos e maior alinhamento dos mesmos às prioridades

institucionais e às ações planejadas para o período;

- Coordenação, no âmbito interno, do processo de elaboração da Pré-proposta

Orçamentária institucional e da elaboração, no âmbito externo, perante o

MDIC, da Proposta Orçamentária Anual do Inmetro;

- Gerenciamento da previsão, alocação e execução dos recursos destinados à

Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ;

- Gerenciamento da previsão, alocação e execução dos recursos destinados às

Diretorias do Inmetro;

- Disponibilização de informações orçamentárias, da receita e da despesa, em

todos os níveis, para os clientes internos e externos do Inmetro;

-

62

f) Principal Processo de Apoio:

- A partir de 1998 o Inmetro desenvolveu o Sistema de Planejamento e de

Execução Orçamentária - SIPLAN, objetivando implantar de uma gestão

orçamentária descentralizada, transparente, de fácil interatividade e que

proporcionasse maior alinhamento da função orçamentária ao processo de

planejamento estratégico. No decorrer do processo de implantação, identificou-

se a possibilidade de introduzir, no momento de elaboração da proposta

orçamentária, informações que proporcionasse aos responsáveis por outras

funções corporativas, tais como : compras, captação e capacitação de recursos

humanos, informática, viagens, eventos e engenharia, também reconhecidos

como Gestores dos Planos Anuais, assumir um posicionamento pró-ativo

perante todos os gerentes de projetos e de processos. Essa identificação,

decorreu da constatação da mobilização institucional necessária para a

elaboração da proposta orçamentária, momento esse que também seria

aproveitado, no mesmo sistema, para elaboração dos referidos planos,

oferecendo assim aos gestores mais uma forma de comunicação/integração

com os usuários de seus serviços, estimulando boas práticas de gestão, além de

contribuir efetivamente para a elaboração de uma proposta orçamentária bem

mais realística e ajustada às expectativas de todos os envolvidos, direta e

indiretamente, no processo de sua execução.

g) Principais Clientes:

- Colegiado do Inmetro que é composto pelo Presidente e Diretores;

- Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio – SPOA/MDIC unidade setorial

orçamentária do MDIC a qual o Inmetro está subordinado;

- Secretaria de Orçamento Federal – SOF, subordinada ao Ministério do

Planejamento e Secretaria do Tesouro Nacional – STN, subordinada ao

Ministério da Fazenda;

- Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ, parceiros

estaduais, que se constituem no braço executivo do Inmetro, em todo território

nacional, prestando serviços em seu nome, sendo a principal fonte geradora dos

recursos próprios que compõem o orçamento do Instituto.

- Diretores e gerentes de projetos e atividades;

- Gestores dos Planos Anuais.

63

h) Principais Necessidades dos Clientes:

Por se tratar de um prestador de serviços, cujo produto é disponibilizar dados e

informações, identifica-se que as principais necessidades dos clientes são: obter informações

precisas e de fontes confiáveis, no tempo certo; obter assessoramento técnico,

proporcionando total entendimento para obtenção plena de seus objetivos; ter acesso aos

dados de seu interesse, sempre que possível em sistemas corporativos, a qualquer momento,

totalmente atualizados;

i) Principais Fornecedores:

Considerando-se que a função do SEPLO é promover a gestão orçamentária do

Inmetro, em alguns momentos seus usuários serão fornecedores de dados, em outros serão

clientes. Assim, entende-se ser apropriado, nesse momento, relacionar os sistemas existentes,

a partir dos quais são fornecidos os dados, matéria-prima básica que propicia ao SEPLO

prestar seus serviços. São eles: Planest, Sicap, Siafi, Portal de Relacionamento com a

RBMLQ, Siplan, Confin e Sistema de Diárias e Passagens.

O diagrama a seguir demonstra a integração entre os sistemas fornecedores, a gestão

orçamentária e os sistemas receptores.

SistemasFornecedores

ENTRADAS

PropostaOrçamentária

Definição deLimites

CalendárioOrçamentário

SIDOR

SIAFI

SIGPLAN

PLANEST

SICAP

SIPLAN

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA DO INMETRO

PROCESSOSORGANIZACIONAIS

MACROPROCESSOSFINALÍSTICOS

GestãoEstratégica

Apoio

Credenciamento

Padronização

ControleMetrológico

Avaliação daConformidade

InformaçãoTecnológica

SAÍDAS

InserçãoCientífica eTecnológica

Fiscalização

Cred. de Org. eLab.

Verificação daConformidade

Regulamentação

SistemasReceptores

CONSUMIDOR

INST.PÚBLICAS

SETORPRODUTIVO

SOCIEDADEEM GERAL

Referencial Comparativo : MP, MDIC, INPI, SUFRAMA, etc

FEEDBACK

Influências Ambientais: GOVERNO, ECONOMIA, CULTURA, etc

Figura 17 - Diagrama de Sistema Fonte: Adaptado de Neves (2004)

64

4.1.2 Concorrência e ambiente competitivo

a) Ambiente Competitivo:

A capacidade de resposta, a confiabilidade, a pertinência e a relevância das

informações, justificam a existência e a manutenção de unidades cujas funções apoiam a

realização da missão, sem o que se tornam desnecessárias, somente agregando custos aos

produtos e/ou serviços da Instituição. O Seplo, devido à exclusividade e à compulsoriedade de

suas atribuições, necessita desempenhá-las de forma eficaz, efetiva e eficiente, sob pena de

prejudicar o desempenho institucional ou, até mesmo, comprometer a Instituição no âmbito

judicial, caso não seja observada a legislação que regulamenta a questão orçamentária.

Assim, e visando aprimorar o desempenho organizacional, apresenta-se a seguir uma matriz

que objetiva a integração das funções orçamentárias com as necessidades dos clientes.

MDIC

RBMLQ

CPLAN, AUDIN, OUVID,PROGE, PRESI, GABIN,

DIRAF

DIMCI, DIMEL, CGCRE,DQUAL, CAINT

GESTORES

A

B

ORÇAMENTO

E

SIDOR, SIAFI,SIGPLAN

RECEITA

PORTAL,SIPLAN

F

DESPESA QUALIDADE

G H

C

D

SIPLAN

SIPLAN

SIDOR,SIAFI

PORTAL,CONFIN,SIPLANSIPLAN,

SIAFI,CONFINSIPLAN,

SIAFI,CONFIN

SIAFI

PORTAL,SIAFI,

SIPLAN

SIPLAN,SIAFI

SIPLAN,SIAFI

SGQI

SGQI

SGQI

SGQI

EQUIPE : A, B, C, D, E , F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P.

FUNÇÕESCLIENTES

Figura 18 - Matriz de Integração Orçamentária - Função/Cliente

b) Desafios Estratégicos:

- O SEPLO busca integrar-se cada vez mais aos processos corporativos

institucionais, especialmente aos processos de planejamento e de aquisições.

Para tanto, pretende-se implantar, na Unidade, uma metodologia baseada no

Balanced Scorecard – BSC, visando nortear todas as suas ações e avaliar, de

forma objetiva, seu desempenho, contribuindo para um maior alinhamento dos

processos organizacionais aos objetivos estratégicos da Instituição;

- Tornar a gestão orçamentária do Inmetro referência no serviço público,

principalmente nos aspectos relacionados à qualidade e à disponibilidade da

65

informação, à transparência, à descentralização, à responsabilidade, ao foco em

custos e em resultados.

4.1.3 Aspectos relevantes

- São observados todos os requisitos legais que regulamentam a elaboração e a

execução orçamentária no governo federal (Lei 4.320, Lei das Diretrizes

Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual, Decretos e Portarias);

- São elaboradas normas e procedimentos técnicos que visam assegurar a

continuidade e a qualidade dos serviços prestados. Tais documentos compõem o

Sistema de Gestão da Qualidade do Inmetro – SGQI;

- A participação em concursos e/ou programas voltados para a inovação na gestão

pública, tais como : PQGF e os que são promovidos pela Escola Nacional de

Administração Pública – ENAP, tem sido uma constante no processo de

aprendizagem organizacional do Inmetro e faz parte do seu processo de busca pela

melhoria contínua.

4.1.4 Organograma

A seguir apresenta-se o organograma do Inmetro:

66

INMETRO

Presidente

Ouvidoria GabineteServiço de Gestão

da Qualidade

AuditoriaInterna

ProcuradoriaGeral

Coordenação Geralde ArticulaçãoInstitucional

Coordenação Geralde Planejamento

SINFO SEPLO DIVITSEPEO

Diretoria daQualidade

Diretoria de MetrologiaCientífica e Industrial

Diretoria deMetrologia Legal

Coordenação Geralde Credenciamento

Diretoria deAdministração e

Finanças Figura 19 – Organograma do Inmetro Fonte: Instituto... (2004, p.6)

O Serviço de Planejamento Orçamentário – SEPLO está subordinado à Coordenação

Geral de Planejamento, que é um órgão de assessoramento da Presidência do Inmetro para os

assuntos de planejamento, orçamento e gestão.

4.2 DIRETRIZES E VALORES ORGANIZACIONAIS

Trabalhar as diretrizes e os valores propicia a construção da visão estratégica da

organização. Esta visão dá forma e direção ao seu futuro, uma vez que mostra onde ela está e

aponta aonde ela deseja chegar. Esse conhecimento é fundamental para que a organização

possa se estruturar para alcançar resultados cada vez melhores, de modo consistente e

sustentável. Construir a visão estratégica organizacional passa por um esforço de reflexão e de

análise da equipe para: identificar o conjunto de valores que permeiam todas as atividades e

relações que ocorrem (crenças e valores); identificar sua missão; definir sua visão de futuro,

suas aspirações e estabelecer os fatores críticos de sucesso, ou seja, aqueles objetivos

gerenciais que são indispensáveis para o cumprimento da missão e para a caminhada em

direção à obtenção da visão de futuro.

67

Os valores apresentados pelo SEPLO, no presente estudo, foram obtidos por meio de

reuniões, a partir das quais, foi possível contextualizar a situação-problema, apresentar a

metodologia proposta e obter o comprometimento e a participação de todos com o processo

de mudança. As questões que se apresentam a seguir, refletem o nível de amadurecimento e

visão da equipe no que se refere ao SEPLO atual, como se pretende prepará-lo para atender as

necessidades presentes e futuras do Inmetro e como transformá-lo em uma referência na

gestão orçamentária da administração pública.

4.2.1 Valores

Os valores são elementos motivadores que direcionam as ações das pessoas na

organização, contribuindo para a unidade e a coerência do trabalho. Para que os valores sejam

fonte de orientação e inspiração no local de trabalho, eles devem ser aceitos e internalizados

por todos. Para definir os valores do SEPLO, a metodologia apresenta as perguntas abaixo

descritas:

Valores do SEPLO

O que devemos defender?

O compromisso de aprender com os erros. Entender o trabalho como fonte de

prazer e os desafios como oportunidade de aprimoramento pessoal. Capacitando-se

continuamente para desenvolver e aprimorar os processos de trabalhos;

Um ambiente de trabalho fraterno, de constante aprendizado, de cooperação e ajuda

mútua, onde os interesses dos indivíduos devem alinhar-se aos da equipe e da organização;

A participação e o repasse de informações;

Uma metodologia de trabalho que propicie a todos os integrantes da equipe a

oportunidade de contribuir efetivamente para a melhoria contínua das atividades da

organização, para maior racionalidade e funcionalidade dos processos de trabalho (conceito

do PDCA aplicado no dia-a-dia);

O processo de mudança, como uma necessidade, para atender plenamente os anseios

de nossos clientes.

Que comportamentos representam estes valores?

68

Participativo e dinâmico, de respeito pelo indivíduo, que propicie a igualdade,

transparência e a criatividade.

Como tratamos as pessoas que compõem a nossa equipe?

Respeitando a dignidade e os direitos de cada pessoa, incentivando o trabalho em

equipe e valorizando soluções inovadoras que contribuam nos resultados e/ou na resolução

de problemas; proporcionando oportunidades iguais para todos; propiciando uma

comunicação aberta e honesta e apoiando a criatividade e a inovação individuais.

Como tratamos nossos clientes?

De forma personalizada, buscando atender suas necessidades presentes e futuras,

prestando-lhes um serviço melhor do que o de qualquer outra organização pública do país.

O que queremos dizer com comportamento ético?

Responsabilidade, comprometimento, respeito às regras e alinhamento dos

interesses pessoais com os da organização.

Quais os valores centrais que são mais importantes para nós do que os resultados da

instituição?

Clima organizacional baseado no respeito mútuo, na confiança, focado no

aprendizado e na melhoria contínua.

Como queremos nos tratar no trabalho?

Com liberdade, informalidade, respeito, amizade e confiança.

Como queremos ser vistos pela comunidade?

Como uma organização empreendedora, competente, cumpridora de seus deveres e

que proporciona um excelente ambiente de trabalho aos seus colaboradores.

Que atitudes e comportamentos nas pessoas da nossa equipe queremos renovar?

A importância de compartilhar experiências e conhecimentos, como forma de

potencializar e renovar nossos relacionamentos, fortalecendo a cada dia sua forma de

atuação, garantindo efetivamente a construção da visão de futuro da organização. Quadro 1– Valores do SEPLO

Proposta de Valores do SEPLO : Ambiente de trabalho estimulante, de constante

melhoria dos serviços, atendimento personalizado aos clientes, comunicação aberta e honesta,

comprometimento, rapidez, alto nível de participação, motivação e capacitação da equipe.

69

4.2.2 Missão

A definição de missão, primeiramente serve para dar foco ao negócio da organização.

Serve também como critério geral para orientar a tomada de decisões e para definir objetivos

e auxiliar na escolha das decisões estratégicas. Visando ajudar na elaboração da missão, a

metodologia propõe responder os seguintes itens:

Missão do SEPLO

Atividade : Prestação de serviços

Produto : Informações e dados sobre Orçamento, Receita e Despesa

Mercado : Instituições públicas e Inmetro

Identidade : Atendimento personalizado

Ênfase : Confiabilidade, rapidez e melhoria contínua dos serviços.

Outros : Elevado nível de participação, comunicação, motivação e capacitação da equipe. Quadro 2 – Missão do Seplo

Proposta de Missão para o SEPLO : “ Prestar informações e disponibilizar dados

sobre orçamento, receita e despesa para o Inmetro e demais instituições públicas, oferecendo

um atendimento personalizado, primando pela confiabilidade, rapidez e melhoria contínua dos

serviços, proporcionando elevado nível de participação, comunicação, motivação e

capacitação da equipe.”

4.2.3 Visão de futuro

A visão de futuro identifica as aspirações da organização em um horizonte de tempo.

Uma visão compartilhada une as pessoas e impulsiona-as a buscar seus objetivos, apesar de

todas as dificuldades. Para elaborar a visão de futuro do SEPLO, a metodologia propõe

responder as seguintes questões:

70

Visão de Futuro do SEPLO

O que a organização será?

Pretende-se que o SEPLO/INMETRO seja reconhecido como referência em gestão

orçamentária diante do serviço público federal.

O que a organização fará?

Assumirá desafios no sentido de desenvolver e sustentar relacionamentos com seus

fornecedores, objetivando melhorar todos os processos e sistemas corporativos do Inmetro

que, direta ou indiretamente, estejam relacionados à alocação/execução de recursos

orçamentários, gerenciando riscos, produzindo informações e disponibilizando dados aos

clientes;

Apresentará sua metodologia e sistemas para instituições interessadas, objetivando trocar

experiências e contribuir para a melhoria contínua da sua gestão orçamentária e das demais

instituições públicas preocupadas com a questão.

Como a organização estará?

Preparada para atender às necessidades presentes e futuras de seus clientes, atuando

de forma planejada e pró-ativa, com técnicos altamente capacitados, com pleno

conhecimento das necessidades e atribuições da organização, reconhecidos pelo Inmetro,

motivados e felizes por participarem da “equipe SEPLO”. Quadro 3 - Visão de Futuro do SEPLO

Proposta de Visão de Futuro do SEPLO: Até 2010 estará preparado para atender às

necessidades presentes e futuras de seus clientes e será reconhecido como referência em

gestão orçamentária perante o serviço público federal.

4.3 ANÁLISE ESTRATÉGICA

A análise estratégica se baseia na avaliação do ambiente externo e interno, que por sua

vez, conduz à identificação dos fatores críticos para o sucesso (FCS), que são áreas de

atividades onde o êxito se torna fundamental para o cumprimento da missão e a busca da

visão da organização. Ao identificar os FCS, é possível definir diretrizes e metas gerais, que

são indispensáveis para nortear a elaboração da estratégia que posteriormente será

71

desdobrada no plano de ação. A metodologia adotada para realizar a análise estratégica aponta

para as seguintes avaliações:

4.3.1 Análise do ambiente externo

A análise do ambiente externo é uma importante etapa para a elaboração da matriz

SWOT e tem como objetivo monitorar esse ambiente, tornando possível à organização

perceber mudanças externas transformando-as em oportunidades de melhorias, bem como se

preparar para minimizar e/ou neutralizar ameaças. Para proceder a análise do ambiente

externo ao SEPLO, a metodologia propõe discorrer sobre os seguintes itens:

Oportunidades

- A Presidência do Inmetro defende a implantação de metodologia para

gerenciamento de resultados (BSC);

- A Coordenação Geral de Planejamento apoia e incentiva iniciativas de

modernização e capacitação;

- O amadurecimento do processo de planejamento estratégico do Inmetro contribui

para o entendimento do processo de mudança e a busca pela melhoria contínua;

- A metodologia e as ferramentas utilizadas no processo orçamentário são

reconhecidas como um patrimônio do Inmetro;

- A existência de sistemas corporativos amplamente utilizados pelo Inmetro no

processo de elaboração e execução orçamentária;

- O Plano Plurianual do Governo Federal e o Contrato de Gestão do Inmetro;

- A participação do Inmetro em programas de avaliação institucional – PQGF.

Quadro 4 – Oportunidade: Item para proceder a análise do ambiente externo ao SEPLO

72

Ameaças

- Descontinuidade administrativa;

- Remuneração não privilegia desempenho;

- Falta de concurso público compromete reposição/atualização do quadro;

- Resistências culturais, no serviço público, quanto a implantação de indicadores e

metas, aliados a dificuldades técnicas relacionadas à medição de desempenho nos

diversos níveis da organização; Quadro 5 – Ameaças: Item para proceder a análise do ambiente externo ao SEPLO

4.3.2 Análise do ambiente interno

A análise do ambiente interno é a última e não menos importante análise para a

elaboração de uma matriz SWOT. Tem por finalidade monitorar os pontos fortes da

organização visando reforçá-los permanentemente, bem como identificar e eliminar os seus

pontos fracos. Apresenta-se a seguir os itens que compõem a análise do ambiente interno do

SEPLO.

Pontos Fortes

- Equipe apoia o processo de mudança e aceita desafios;

- Existência de técnicos capacitados para conduzir o processo de transformação;

- Compromisso assumido pela equipe para criar um ambiente de confiança, ajuda

mútua, comprometimento e de constante aprendizado;

- Responsabilidades definidas para coordenação das macro-funções e dos principais

clientes;

- Calendário orçamentário anual com as principais atividades para o período;

Quadro 6 – Pontos fortes: item que compõe a análise do ambiente interno do SEPLO.

73

Pontos Fracos

- Inexistência de uma metodologia de trabalho que proporcione, aos técnicos, acesso

fácil à base de dados, com segurança, com total transparência e com arquivos

permanentemente atualizados;

- Indefinição das atribuições dos responsáveis pela coordenação das macro-funções e

dos principais clientes;

- Falta de atualização regular dos arquivos que constituem a base de dados de

trabalho;

- Falta de critério e de metodologia para criar e disponibilizar relatórios gerenciais

nos sistemas corporativos (SIPLAN e Portal de Relacionamento com a RBMLQ);

- Indisponibilidade do sistema de planejamento e execução orçamentária – SIPLAN

para todas as unidades do Inmetro;

- Existência de poucos relatórios gerenciais, permanentemente atualizados e

disponibilizados, nos sistemas corporativos (SIPLAN e Portal de Relacionamento

com a RBMLQ);

Quadro 7 – Pontos fracos: item que compõe a análise do ambiente interno do SEPLO.

4.4 DEFINIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS

O modelo de criação de valor proposto por KAPLAN e NORTON no setor público e

nas organizações sem fins lucrativos, é semelhante ao modelo do setor privado, porém,

apresenta diferenças importantes. O critério definitivo de sucesso é o desempenho no

cumprimento da missão. Como no setor privado, as organizações públicas cumprem sua

missão ao atenderem às necessidades dos seus clientes. Alcançam o sucesso por meio do

desempenho de seus processos internos, com o apoio de seus ativos intangíveis (aprendizado

e crescimento). A perspectiva financeira, embora não dominante, reflete os objetivos de

importante grupo de interessados – no caso do Inmetro, os órgãos do governo federal que se

constituem nos que provém e que autorizam formalmente a utilização dos recursos

orçamentários e financeiros.

Para tornar mais prática a identificação e a demonstração do alinhamento das

estratégias, considera-se o mapa estratégico uma importante representação visual da

74

integração dos objetivos estratégicos institucionais com a missão e alinhados às quatro

perspectivas do Balanced Scorecard – BSC. Para ilustrar as relações de causa e feito e a

integração da gestão orçamentária com a missão do Inmetro e a partir das perspectivas do

BSC, apresenta-se a seguir os mapas estratégicos do Inmetro e do SEPLO.

M issão do Inmetro:

Promover a qualidade devida do cidadão e acompetitividade da

economia através dametrologia e da qualidade.

Perspectiva do Cliente e daSociedade

Perspectiva Financeira

O que nossosclientes

esperam dagente?

O que devemosfornecer aos

nossosprovedores?

- Qualidade para oCidadão

- Solidez e ExcelênciaInstitucional

- Ampliar a geraçãode receitas próprias ea captação derecursos, e aprimorara gestão de recursosdo Inmetro

- Implantara gestão decustos

Em queprocessos

devemos serexcelentes?

Perspectiva Interna

Perspectiva de Aprendizado e Crescimento

Comosustentaremos

nossacapacidade de

mudar emelhorar?

- Ampliar aexcelênciacientífica etecnológica doInmetro

- Adequar o quadro derecursos humanos àsnecessidades, qualitativase quantitativas do Inmetro

- Consolidar o modelode gestão focado nocliente e voltado pararesultados

- Consolidar a imagemdo Inmetro no setorempresarial compromotor dacompetitividade daeconomia brasileira

- Implantar oSistema daQualidade

- GestãoOrçamentária

GE

- PlanejamentoEstratégico

- Tecnologia daInformação

PDUM AC CM ITMQ

- Competitividade deprodutos e serviçosbrasileiros

Figura 20 – Proposta de Mapa Estratégico para o Inmetro

A figura acima foi concebida a partir da Árvore de Objetivos do Inmetro – Nível

Corporativo- Solidez e Excelência Institucionais (figura 24 – Anexo 1), e objetiva demonstrar,

a partir das perspectivas do Balanced Scorecard –BSC , como a gestão orçamentária contribui

e está relacionada à missão do Inmetro.

Partindo-se da missão, e avaliando-se o que os clientes e a sociedade esperam da

instituição, pode-se afirmar que: mais qualidade para o cidadão e maior competitividade dos

75

produtos e serviços brasileiros são a própria essência da existência do Inmetro. Como o

Inmetro é uma autarquia federal, subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e

Comércio e, portanto, não objetiva lucro, necessita receber de seus provedores autorização

para movimentação financeira para poder realizar o seu papel. Para receber autorização

financeira dos provedores, exige-se da instituição maior eficiência e eficácia na utilização dos

recursos e maior efetividade nas relações com os clientes e a sociedade. Para tanto, o Inmetro

estabeleceu a seguinte diretriz estratégica : Solidez e Excelência Institucional. Visando

atender a essa diretriz, foram definidos objetivos estratégicos dos quais destacamos os que

possuem relação direta com a questão financeira, são eles :

• Ampliar a geração da receitas próprias e a captação de recursos, e aprimorar a

gestão de recursos do Inmetro;

• Implantar a gestão de custos; e,

Uma vez atendida a questão da perspectiva financeira, para garantir a consecução da

diretriz estratégica, é necessário que a instituição defina em que processos internos deve ser

excelente. Nesta fase, o planejamento estratégico do Inmetro apresenta os macroprocessos

(anexo A), os quais são relacionados a seguir :

• PDUM – Padronização e Disseminação das Unidades de Medida;

• AC – Avaliação da Conformidade;

• CM – Controle Metrológico;

• ITMQ – Informação Tecnológica para Metrologia e Qualidade

• GE – Gestão Estratégica – Onde a Gestão Orçamentária, o Planejamento

Estratégico e a Tecnologia da Informação estão inseridas.

Finalmente, ainda no contexto da diretriz estratégica de Solidez e Excelência

Institucional, visando garantir a sustentabilidade e a capacidade de mudar e melhorar os

processos internos, na perspectiva de aprendizado e crescimento, foram definidos os seguintes

objetivos estratégicos :

• Adequar o quadro de recursos humanos às necessidades qualitativas e quantitativas

do Inmetro;

• Consolidar o modelo de gestão focado no cliente e voltado para resultados.

76

Missão do Inmetro : Promover aqualidade de vida do cidadão e a

competitividade da economiaatravés da metrologia e da

qualidade.

Perspectiva do Cliente e daSociedade

Perspectiva Financeira

O que nossosclientes

esperam dagente?

O que devemosfornecer aos

nossosprovedores?

- Competitividadede produtos eserviços brasileiros

- Qualidade para oCidadão

- Solidez e ExcelênciaInstitucional

Em queprocessos

devemos serexcelentes?

Perspectiva Interna

Perspectiva de Aprendizado e Crescimento

Comosustentaremos

nossacapacidade de

mudar emelhorar?

- Ampliar a geração dereceitas próprias e acaptação de recursos, eaprimorar a gestão derecursos do Inmetro

Gestão Orçamentária

Processos de gestãooperacional

Processos de gestão declientes Processos de Inovação

Processos regulatórios esociais

Missão do SEPLO: Prestar informações edisponibilizar dados sobre orçamento,

receita e despesa para o Inmetro e demaisinstituições públicas, oferecendo um

atendimento personalizado, primando pelaconfiabilidade, rapidez e melhoria contínuados serviços, proporcionando elevado nívelde participação, comunicação, motivação e

capacitação da equipe.

Fornecedores :- Melhorar os sistemasde atualização de dadosminimizando o tempo deprocessamento;- Terceirizar serviçosmaduros;- Estimular novas idéias;

Clientes :- Melhorar qualidade dosserviços;- Entregar no temporequerido;- Reduzir os custos deservir;- Antecipar suasnecessidades;

Serviços :- Melhorarcontinuamente osprocessos internos;- Reduzir tempo derealização dos processos;- Reduzir os custos dosserviços;

Legislação :- Garantir o atendimentoda legislaçãoorçamentária em vigor;- Promover a atualizaçãoe o cumprimento dasnormas e procedimentos;

Adequar o quadro de recursos humanos àsnecessidades, qualitativas e quantitativas

do Inmetro

Capital Humano

- Reter e recrutar colaboradores qualificados;- Comunicar com clareza as expectativas, e asresponsabilidades;- Definir as atribuições individuais e daequipe;- Desenvolver lideranças e talentos.

Consolidar o modelo de gestão focado no cliente evoltado para resultados

Capital Organizacional Capital da Informação

- Desenvolvermetodologia de trabalhoque proporcione maiorenvolvimento e totalcomprometimento detodos com a missão.

- Implementartecnologias com vistas adesenvolver emodernizar os processosinternos.

- Implantar a gestãode custos

Figura 21 – Proposta de Mapa Estratégico para o SEPLO

77

A figura acima demonstra, a partir da missão do Inmetro e da diretriz estratégica

institucional descrita na Árvore de Objetivos – Nível Corporativo – Solidez e Excelência

Institucionais (anexo 1), como a gestão orçamentária, desenvolvida pelo SEPLO, está

alinhada, em uma relação de causa e efeito, aos objetivos estratégicos institucionais e como

esses são desdobrados nas perspectivas internas e de aprendizado e crescimento nos objetivos

da gestão orçamentária, transformando-se em uma representação visual da estratégia e

mostrando como os objetivos nas quatro perspectivas se integram e combinam para descrevê-

la.

4.5 PLANO DE AÇÃO

O plano para desenvolvimento das ações orçamentárias, decorre dos objetivos

apresentados na figura 21 – Proposta de Mapa Estratégico para o SEPLO. A figura a seguir,

apresenta a relação das perspectivas com os objetivos estratégicos e esses com o plano de

ação.

Melhorar os sistemas de atualização dedados minimizando o tempo de

processamento

Implantação de melhorias nos sistemasSiplan e Portal do Relacionamento com aRBMLQ

Terceirizar serviços maduros

Descentralização do lançamento noSIPLAN das despesas corporativas derateio para os respectivos gestores dosplanos anuais.

Estimular novas IdéiasPromoção da participação de todos osusuários na execução dos processosorçamentários anuais

Implantar a gestão de custos

Aperfeiçoamento da metodologia deplanejamento, de controle e avaliação dereceitas e despesas

Financeira Aprimoramento do processo deelaboração, liberação e acompanhamentoorçamentário

Gerenciamento dos custos do SEPLO

Plano de AçãoObjetivo Estratégico

Cliente Prestar informações e disponibilizardados sobre orçmaneto, receita e despesa

Aprimoramento contínuo da funçãoorçamentária do Inmetro

Ampliar a geração de receitas próprias ea captação de recursos, e aprimorar a

gestão de recursos do Inmetro

Interna

Perspectiva

78

Promoção da integração dos processos deplanejamento, orçamento e de aquisiçõesImplementação do módulo Fomento nosistema SIPLAN

Disponibilização de programa detreinamento em gestão orçamentária

Disseminação da cultura de gestãoorçamentária adotada pelo Inmetro etroca de experiências com outrasInstituições públicas

Aprendizado eCrescimento

Adequar o quadro de recursos humanosàs necessidades, qualitativas e

quantitativas do Inmetro

Consolidar o modelo de gestão focado nocliente e voltado para resultados

Implantação de projeto gestão porcompetências no SEPLO

Desenvolvimento de metodologia detrabalho que proporcione maiorenvolvimento e total comprometimentode todos com a missão do SEPLOImplementação de tecnologias deinformação visando o desenvolvimento ea modernização dos processos internos doSEPLO

Implantação de programa de capacitaçãoe desenvolvimento profissional

Desenvolver lideranças e talentos

Melhorar a qualidade dos serviços paraos clientes entregando no tempo

requerido e reduzindo os custos de servir

Implantação de sistemática paraavaliação dos serviços orçamentáriosjunto aos principais usuários.

Melhorar continuamente os processosinternos reduzindo o tempo de realização

e os custos dos mesmos

Implantação de metodologia queproporcione maior confiabilidade naatualização e manutenção das bases dedados de trabalho.

Garantir o atendimento da legislaçãoorçamentária em vigor

Eliminação das não conformidadesorçamentárias nas auditorias internas eexternas

Promover a atualização e assegurar ocumprimento das normas e

procedimentos orçamentários

Eliminação das não conformidadesorçamentárias nas auditorias daqualidade do Inmetro

Interna

Figura 22 – Proposta de Plano de Ação para o SEPLO

4.6 INDICADORES

O sistema de indicadores permite proceder avaliação do desempenho dos planos de

ação e dos objetivos estratégicos nas perspectivas do Balanced Scorecard - BSC . A figura a

seguir apresenta a relação das perspectivas com os objetivos estratégicos que possuem relação

com a gestão orçamentária, e esses com os seus correspondentes indicadores.

79

P resta r in form a çõ es e d isp on ib iliza rd a d os sob re orça m en to, rece ita e d esp esa

M elh ora r os s is tem a s d e a tu a liza çã o d ed a d os m in im iza n d o o tem p o d e

p rocessa m en to

- Ín d ice d e rec la m a çõ es re feren tes a oss is tem a s S IP L A N e P or ta l d oR e la c ion a m en to com a R B M L Q

T erce ir iza r serviços m a d u ros - Ín d ice d e cob er tu ra d e serviçosterce ir iza d os

E stim u la r n ova s Id é ia s- N ú m ero d e m od if ica çõ es rea liza d a s , ap a r tir d e su g estõ es , p a ra a ten d erd em a n d a s d os u su á r ios

Im p la n ta r a g estã o d e cu stos

- P a r tic ip a çã o d a rece ita p ró p r ia sob re arece ita tota l- Ín d ice d e a crésc im o d a rece ita p ró p r ia- P a r tic ip a çã o d os recu rsos d e fom en tosob re a rece ita tota l- Ín d ice d e ex ecu çã o orça m en tá r ia

F in a n ce ira

- Ín d ice d e red u çã o d e cu stos d o S E P L O

P e r sp e c tiva In d ic a d or e sO b je tivo E str a té g ic o

C lien te - Ín d ice d e sa tis fa çã o d o c lien te

A m p lia r a g era çã o d e rece ita s p ró p r ia s ea ca p ta çã o d e recu rsos , e a p r im ora r a

g estã o d e recu rsos d o In m etro

- Ín d ice d e p rocesso in teg ra d os

- Ín d ice d e im p lem en ta çã o d o m ó d u loF om en to n o S IP L A N

- Ín d ice d e cob er tu ra d e tre in a m en to emg estã o orça m en tá r ia

- N ú m ero d e tra b a lh os a ce itos emcon g ressos , sem in á r ios e con cu rsos d eg estã o

A p ren d iza d o eC resc im en to

A d eq u a r o q u a d ro d e recu rsos h u m a n osà s n ecess id a d es , q u a lita t iva s e

q u a n tita t iva s d o In m etro

C on solid a r o m od e lo d e g estã o foca d o n oc lien te e volta d o p a ra resu lta d os

- Ín d ice d e rea liza çã o d o P roje to g estã op or com p etên c ia s

- N ú m ero d e técn icos q u e con h ecem eop era m o s is tem a S IP L A N

- Ín d ice d e d esen volvim en to d o P roje tod e im p la n ta çã o d a n ova m etod olog ia d etra b a lh o

- Ín d ice d e cob er tu ra d e tre in a m en to d aeq u ip e d o S E P L O

D esen volver lid era n ça s e ta len tos

M elh ora r a q u a lid a d e d os serviços p a raos c lien tes en treg a n d o n o tem p o

req u er id o e red u zin d o os cu stos d e servir

- Ín d ice d e p ercep çã o d os u su á r iosq u a n to a q u a lid a d e d os serviçosd isp on ib iliza d os p e lo S E P L O

M elh ora r con tin u a m en te os p rocessosin tern os red u zin d o o tem p o d e rea liza çã o

e os cu stos d os m esm os- T em p o m éd io d e resp osta

G a ra n tir o a ten d im en to d a leg is la çã oorça m en tá r ia em vig or

- N ú m ero d e n ã o con form id a d esd e tec ta td a s n a s a u d itor ia s ex tern a s ein tern a s

P rom over a a tu a liza çã o e a sseg u ra r ocu m p r im en to d a s n orm a s e

p roced im en tos orça m en tá r ios

- N ú m ero d e n ã o con form id a d esd e tec ta d a s n a s a u d itor ia s d a q u a lid a d e

In tern a

Figura 23 – Proposta de Indicadores para o SEPLO

80

É importante esclarecer que o Balanced Scorecard – BSC , como foi apresentado,

traduz os objetivos do mapa estratégico em indicadores, e esses serão acompanhados a partir

da definição de suas metas. Porém, os objetivos e metas não serão alcançados apenas porque

foram identificados. A organização deve lançar um conjunto de programas que criarão

condições para que se realizem as metas de todos os indicadores disponibilizando pessoas,

financiamento e capacidade necessárias para o desenvolvimento de cada programa.

81

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O presente trabalho pode ser considerado como uma pequena e possível contribuição

na forma de gerenciar os escassos recursos públicos, entendendo que a metodologia proposta,

possibilita melhor direcionamento e maior racionalidade na utilização dos recursos,

proporcionando, assim, à sociedade brasileira, cada vez mais, produtos e serviços com melhor

qualidade, menor custo e no tempo certo. A seguir, apresentam-se as conclusões e sugestões

para trabalhos futuros identificadas.

5.1 CONCLUSÕES

A proposta inicial da presente pesquisa era identificar a possibilidade de implantação

da metodologia do Balanced Scorecard - BSC para o aprimoramento da função orçamentária

de instituições públicas, proporcionando, desta forma, o desenvolvimento de um sistema de

medição de desempenho estruturado, que esteja alinhado aos objetivos estratégicos e que,

portanto, possa contribuir de forma mais efetiva, para o cumprimento da missão

institucional. O Serviço de Planejamento Orçamentário do Inmetro – SEPLO, foi utilizado

como parâmetro para o desenvolvimento do trabalho em questão. Assim sendo, e

considerando os objetivos e as questões relacionadas na formulação da situação-problema,

bem como o processo vivenciado durante a elaboração da pesquisa, pode-se inferir que:

- O modelo desenvolvido, considerando a metodologia empregada pelo Balanced

Scorecard – BSC, pode ser implantado em órgãos públicos, a partir do seu

planejamento estratégico.

O BSC, pela sua essência, também responde à questão de como proporcionar

maior alinhamento das funções do SEPLO com os objetivos estratégicos do

Inmetro, uma vez que proporciona, a partir de suas perspectivas, a obtenção de

uma visão holística e integral da organização trabalhando não somente os aspectos

financeiros, como os relacionados à necessidades dos funcionários, dos processos

organizacionais, bem como dos clientes e da sociedade.

- Respondendo à questão sobre como estruturar, desenvolver e sustentar o processo

de melhoria contínua das funções sob a responsabilidade do Serviço de

82

Planejamento Orçamentário do Inmetro – SEPLO, pode-se afirmar que, para dar

sustentabilidade e foco a um processo de melhoria contínua, em uma função

específica e/ou em toda a organização, torna-se indispensável a implantação de

um sistema de medição de desempenho, alinhado aos objetivos estratégicos

institucionais, sob pena de se perder tempo e recursos no desenvolvimento e na

execução de ações que não se tem certeza que seus efeitos contribuam

efetivamente para a obtenção e/ou melhoria dos resultados.

- Quanto à questão de como integrar as funções do SEPLO às demais funções

corporativas do Inmetro, fica evidente que a implantação do Balanced Scorecard –

BSC contribui para um maior alinhamento das funções institucionais ao seu

planejamento estratégico, proporciona a elaboração de planos de ação corporativos

integrados, propicia a construção de indicadores para o monitoramento e a

identificação dos impactos nas ações, assim como seus reflexos, proporcionando,

assim, mais objetividade e rapidez na obtenção dos resultados, com a alocação de

recursos para ações que propiciem maior impacto no desempenho organizacional.

- O modelo desenvolvido respeitou as fases consideradas essenciais para o

desenvolvimento e implantação de um sistema de medição de desempenho,

proporcionando sustentabilidade ao processo e clareza na sua aplicação.

- A riqueza do processo de discussão para formulação de conceitos e definições

apresentados na metodologia, em todas as suas etapas, proporcionou maior

entendimento da equipe quanto aos objetivos da função, seus principais processos

internos, oportunidades, ameaças, forças e pontos de melhoria, possibilitando

maior envolvimento dos técnicos na avaliação da viabilidade da nova proposta de

gerenciamento para a função orçamentária, podendo ser considerado como o

primeiro e significativo resultado do processo de planejamento para o

desenvolvimento gerencial da organização.

- Na questão de como obter maior envolvimento dos técnicos do SEPLO com o

processo de mudança, torna-se imprescindível criar um ambiente de permanente

aprendizado e confiança, com total participação da força de trabalho, em todas as

fases do modelo. Vale lembrar, neste momento, que nenhum modelo ou

metodologia, por melhor e mais adequado que possa parecer, será viável sem o

comprometimento do corpo técnico da organização. Assim sendo, manter a equipe

permanentemente informada sobre as prioridades estabelecidas, definir

responsabilidades e metas, estimular iniciativas e realizar análise crítica de

83

trabalhos desenvolvidos, são algumas ações que proporcionam maior

envolvimento dos indivíduos no processo de desenvolvimento organizacional e na

obtenção de resultados concretos e sustentáveis.

5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Considerando a abrangência do tema e as delimitações da pesquisa, ressalta-se a

importância de um trabalho futuro aprofundando-se nos seguintes pontos:

- Analisar aspectos relacionados à elaboração de um diagnóstico sobre a situação da

instituição antes da implantação do processo.

- Explorar uma metodologia para classificação de indicadores relacionados à

qualidade dos serviços.

- No processo de implantação, explorar aspectos comportamentais.

84

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QUINTELLA, Odair M. Balanced scorecard como ferramenta para o desenvolvimento de um sistema de medição do desempenho: uma proposta de implantação. Rio de Janeiro, 2004. 124 p.

86

RAMIRES, Construindo uma vantagem competitiva na elaboração dos custos dos produtos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 11. Disponível em: http://www.fecap.br/portal/arquivos/graduação ver estudante on line/ramires.pdf. Acesso em:09/12/2002.

SHANK, John K.; GOVINDARAJAN, Vijay. A Revolução dos custos: como reinventar e redefinir sua estratégia de custos para vencer em mercados crescentemente competitivos. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

TEIXEIRA, Fabrícia S. Mensuração do grau de eficácia do balanced scorecard em instituição privada de ensino superior. São Paulo, USP 2003.

VERGARA, Sylvia C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2005.

ANEXO A – Macroprocessos do Inmetro

Açã

o -

Mac

rop

roce

sso

s

Am

plia

r as

co

mp

etên

cia

s té

cnic

as,

ad

min

istr

ativ

as

e de

ge

stão

dos

Re

curs

os

Hum

ano

s da

RB

MLQ

e a

umen

tar a

pro

dutiv

ida

de d

os

serv

iços

pre

sta

dos

C M

Est

abel

ece

r in

stru

me

nto

s de

dis

sem

inaç

ão

de

info

rmaç

ão

par

a o

Inm

etro

, us

and

o co

nce

itos

de

ges

tão

do

con

heci

me

nto

IT M Q

Am

plia

r a

exc

elê

ncia

cie

ntífi

ca e

tecn

oló

gica

em

me

trolo

gia

equ

ival

ent

e a

os

INM

s do

s p

aíse

s d

ese

nvo

lvid

os

P D UM

Ob

jetiv

os E

stra

tégi

cos

M ac ro -p ro ce ss o

Am

plia

r o

nív

el d

e in

form

atiz

açã

o

G E

Con

solid

ar o

sis

tem

a d

a qu

alid

ade

G E

Con

solid

ar a

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tem

átic

a d

e m

onito

ram

ent

oe

stra

tégi

co e

ope

raci

onal

G E

Neg

ocia

r co

m o

min

isté

rio

supe

rvis

or e

inte

rven

ien

te o

Con

trat

o d

e G

est

ão

G E

Rep

or e

ad

equa

r o

qua

dro

de

ser

vido

res

G E

Mel

hor

ar o

nív

el s

ala

rial d

os

serv

ido

res

G E

Sis

tem

atiz

ar o

pro

cess

o d

e a

valia

ção

ere

conh

ecim

ento

do

pe

ssoa

l

G E

Mel

hor

ar a

qua

lific

açã

o do

qu

adro

de

pes

soal

atra

vés

da im

pla

nta

ção

de

pro

gram

as

de d

ese

nvo

lvim

ento

téc

nic

o e

ge

renc

ial

G E

Con

solid

ar a

ge

stão

de

cu

stos

G E

Pro

mo

ver

e c

onso

lida

r a im

agem

do

Inm

etr

o

G E

Am

plia

r a

capt

açã

o d

e re

curs

osfin

ance

iros

par

a a

AC

A C

Ap

erfe

içoa

r a m

eto

dolo

gia

de

pla

neja

men

to, d

e c

ont

role

e a

valia

ção

de

rece

itas

G E

Ap

erfe

içoa

r a m

eto

dolo

gia

de

pla

neja

men

to, d

e c

ontr

ole

e a

valia

ção

de

des

pes

as

G E

In m e tro – Á rvo re d e O b je t iv os – N ív e l C orpo rativ o – S o lid e z e E x c e lê nc ia In s tituc ion a isR

esul

tad

os

Mis

são

Vis

ãoD

iret

rize

s E

stra

tég

ica

sO

bje

tivo

s E

stra

tégi

cos

Inst

ituci

onai

s

Alc

ança

r nív

el d

e re

mun

eraç

ão c

ompe

titiv

o em

rela

ção

ao

mer

cado

• R

em

une

raçã

o at

ual/r

emun

eraç

ão

de

mer

cad

o

Impl

anta

r a g

estã

o de

cus

tos

•Índ

ice

de im

pla

ntaç

ão

do

pro

jeto

da

gest

ão d

e c

usto

s

Ade

quar

o q

uadr

o de

recu

rsos

hum

anos

às

nece

ssid

ade

s, q

ualit

ativ

as e

qua

ntita

tivas

do

Inm

etro

• Q

uad

ro a

tual

/Qu

adro

idea

l

S ol ide z e E x c elên ci a Ins titu ciona is

• Índ ic e de a uto susten taç ã o fina nce ira• N íve l de g es tã o de acor do co m o P QG F

Impl

emen

tar o

Sis

tem

a de

Qua

lidad

e

•Gra

u de

imp

lem

enta

ção

do

Sis

tem

a•N

úmer

o de

UP

s qu

e im

plan

tara

m o

Sis

tem

a

C o n so lid ar -se c o m o re f eren c ia l d e c o n f ia n ça ju n t o à s o c ied a d e b ra s i le ira , eq u ip aran d o -s e ao s m elh o r es d o m u n d o , e d isp o r d e au t o n o m ia d e g es tão

P ro m o v er a q u a l id a d e d e v id a d o c id ad ã o e a co m p et i ti v id a d e d a eco n o m ia a tra vés d a m e tro lo g ia e d a q u al id ad e

C red ibil id a de d o In m e tro jun to à s o c ied a deC red ibil id a de d o In m e tro jun to a o s e to r e m pre s a ria l

Con

solid

ar o

mod

elo

de g

estã

o fo

cado

no

clie

nte

e vo

ltado

par

a re

sulta

dos

•Nív

el d

e ge

stão

de

aco

rdo

com

o P

QG

F•N

ível

de

satis

façã

o do

usu

ário

dos

ser

viço

s do

Inm

etro

C om pe titiv id ad e de P ro du tos e S e rv iç o s B ras ilei ro s

Q u al ida de p ara o Ci da dã o

Am

plia

r a e

xcel

ênci

a ci

entíf

ica

e te

cnol

ógic

a do

Inm

etro

•Núm

ero

de d

outo

res

nos

labo

rató

rios

•Núm

ero

de p

ublic

açõe

s em

revi

stas

téc

nica

s e

em a

nais

de

con

gres

sos

Inte

rnac

iona

is•N

úmer

o de

ser

viço

s ac

eito

s no

ban

co d

e da

dos

do B

IPM

Impl

anta

r a g

estã

o do

s te

mpo

s de

res

post

a do

s se

rviç

os

ao c

lient

e ex

tern

o e

inte

rno

•Índ

ice

de im

pla

ntaç

ão

do

pro

jeto

da

gest

ão d

e te

mpo

s de

res

post

a

Con

solid

ar a

imag

em d

o In

me

tro n

o se

tor e

mpr

esar

ial

com

o pr

omot

or d

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mpe

titiv

idad

e da

eco

nom

ia b

rasi

leira

•Con

heci

men

to d

o In

me

tro ju

nto

ao

seto

r em

pres

aria

l•C

redi

bilid

ade

do In

me

tro ju

nto

ao

seto

r em

pres

aria

l

Con

tribu

ir pa

ra o

ape

rfeiç

oam

ento

do

Pro

jeto

Agê

ncia

E

xecu

tiva

•Núm

ero

de a

valia

ções

rea

lizad

as

•E

volu

ção

anua

l da

Rec

eita

Pró

pria

•E

volu

ção

anua

l da

Rec

eita

Tes

ouro

•E

volu

ção

anua

l da

Rec

eita

Par

ceria

s

•E

volu

ção

anua

l da

rece

ita F

omen

to

Am

plia

r a g

eraç

ão d

e re

ceita

s pr

ópria

s e

a ca

ptaç

ão d

e re

curs

os, e

apr

imor

ar a

ges

tão

de re

curs

os d

o In

met

ro

P D UM

Ob

ter

o c

omp

rom

etim

ento

do

corp

o

ger

enci

al e

fun

cion

al

Ob

ter

um

a g

estã

o d

ifere

ncia

da

P D UM

Ga

rant

ir a

exc

elê

nci

a na

pre

sta

ção

de

se

rviç

os

com

bas

e no

sis

tem

a d

e q

ualid

ade

impl

ant

ado

P D UM

Ap

erfe

içoa

r o m

odel

o d

e g

estã

o d

a D

imel

e a

um

ent

ar a

cap

acid

ade

técn

ica

, a

dmin

istr

ativ

a e

ge

renc

ial d

os

seu

s re

curs

os

hum

anos

C M

Mel

hor

ar a

s co

ndi

ções

de

infr

a-es

tru

tura

físic

a e

tec

nol

ógi

ca d

a D

imel

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a R

BM

LQ

C M

Mel

hor

ar a

ge

stão

de

Re

curs

os H

um

ano

s

G E

Am

plia

r as

açõ

es

estr

até

gic

as d

eco

mu

nica

ção

, pro

spe

ctan

do o

por

tuni

dad

esju

nto

às

UP

G E

Au

men

tar

a p

rod

utiv

idad

e e

a e

ficá

cia

dos

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iços

pre

stad

os p

elo

Se

com

G E

Mel

hor

ar o

nív

el s

ala

rial d

os

serv

ido

res

G E

Mel

hor

a q

ual

idad

e d

o a

ten

dim

ento

ao

clie

nte

A P

Am

plia

r o

conh

ecim

ento

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cre

dib

ilid

ade

doIn

me

tro

junt

o a

o p

úblic

o e

xter

no

G E G E

Am

plia

r o

conh

ecim

ento

do

blic

o in

tern

o so

bre

o In

me

tro,

con

trib

uin

do p

ara

o p

roce

sso

de

inte

gra

ção

e re

laci

ona

me

nto

ent

re a

s U

P

A P A P

Mel

hor

ar a

ge

stão

dos

rec

urs

os fi

nan

ceir

ose

de c

usto

s d

o In

met

ro

Otim

izar

o p

roce

sso

de a

udi

tage

m

Dim

inui

r as

o co

nfor

mid

ades

do

aud

itad

os

G E

Dim

inui

r as

o co

nfo

rmid

ades

dos

aud

itad

os

A P

Ap

erfe

içoa

r e a

giliz

ar a

exe

cuçã

o d

os

Pro

cess

os

inte

rnos

A P

Ap

erfe

içoa

r a g

estã

o d

os s

ervi

ços

terc

eiri

zado

s e

con

vên

ios

A P

Ass

egu

rar

a co

nfia

bili

dad

e e

a s

egur

ança

das

inst

ala

çõe

s do

Inm

etr

o

A P

Figura 24 - Árvore de Objetivos - Nível Corporativo - Solidez e Excelência Institucionais Fonte: (Inmetro CD-ROM , 2004)

87

Res

ulta

dos

Açã

o - P

roce

ssos

e P

roje

tos

Pro

cess

os

Esp

ecíf

icos

Pro

cess

os O

pera

cion

ais

Ava

liaçã

o da

Con

form

idad

e de

Pro

duto

s, P

roce

ssos

e S

ervi

ços

Neg

ócio

Ob

jeti

vo

Est

raté

gico

Pro

jeto

s

Prover as empresas do setor produtivo,os órgãos regulamentadores, e os consum idores, de programas de avaliação da conformidade às normas e regulamentos técnicos visando ao aumento da competitividade, a concorrência justa e a proteção do cidadão• N ível de satisfação do usuár io direto com os programas de avaliação da conform idade compuls ór ios

• N ível de credibilidade, junto aos consumidores , dos produtos e s erviços com conformidade avaliada com pulsor iamente• N ível de satisfação dos órgãos regulamentadores que demandam serviço do Inmetro • Produtiv idade na implementação de program as de avaliação da conformidade • N ível de satisfação do usuár io direto com os programas de avaliação da conform idade voluntários• Índice de irregularidades na fiscalização de produtos regulamentados• Índice de não-conformidades de avaliação da conformidade verif icadas no mercado• Índice de gerenciam ento interno de demandas à D qual • N úm ero de program as de avaliação da conformidade im plantados e em desenvolvimento

• Índice de recursos financeiros captados

Ampliar a c aptação de recursos financeirospara o desenvolvimento e im plantação

de programas de avaliação da conform idade

Aumentar a vi sibilidade pa ra a sociedade da atividade de avaliação da conform idade

• Índice de conhecimento dos consumidores sobreava lia ção da conformidade • Índice de conhecimento do usuário direto sobreava lia ção da conformidade

• Índice de cumprimento do Plano A nual deFiscalização

A perfeiçoar a fiscalização de produtosregulamentados•Índice de atendim ento de programas de

ava liação da conformidade com impac to emexportações•Índice de novos programas de avaliação daconform idade

Diversificar e ampliar o núm ero de produtose serviços com a conformidade avaliada

A rticulação externa e desenvolvimento de projetos especiais

• Índice de atualização do plano de ação quadrienal

Fiscalização e verificação da conformidade de produtos regulam entados

•Índice de aperfeiçoamentos induzidos pela verificação da confor midade•Índice de cumprimento do Plano Anual de Fiscalização•Índice de abrangência da verificação da conformidade

• Índice de impac to da análise de produtos namelhoria da qual idade setorial

O rientação e incentivo à qualidade Elaboração e implem entação de programas de avaliação da conformidade • Índice de cumprimento do Plano de Ação Quadrienal do PBAC

• Produtividade na implementação de programas de avaliação daconformidade• Nº de certificados de gestão emitidos no âmbito do SBAC• Nº de programas de avaliação da conformidade vo luntários implementados• Índice de programas de avaliação da conformidade , no âmbito do SBAC ,baseados em normas internacionais• Índice de programas de avaliação da conform idade no âmbito do SBAC,com reconhecimento multilateral, regional e bila tera l

Apo

io té

cnic

o e

adm

inis

trativ

o ao

s com

itês

do C

onm

etro

•Ín

dice

de

repr

esen

tativ

idad

e da

s par

tes

inte

ress

adas

nos

com

itês

Ger

enci

amen

to d

e pr

ojet

os e

spec

iais

Coo

rden

ação

da

parti

cipa

ção

da D

QU

AL

em

mis

sões

ao

exte

rior

•Ín

dice

de

posi

cion

amen

to p

révi

o so

bre

a vi

são

inst

ituc

iona

l do

s te

mas

a s

erem

trat

ados

•Ín

dice

de

cum

prim

ento

do

plan

o da

par

ticip

ação

da

DQ

UA

L •

Índi

ce d

o ef

eito

mul

tiplic

ador

da

parti

cipa

ção

da D

QU

AL

Con

solid

ar a

ger

ação

de

rece

ita p

elo

uso

das

mar

cas

de a

valia

ção

da c

onfo

rmid

ade

Cap

taçã

o de

recu

rsos

fina

ncei

ros p

ara

o de

senv

olvi

men

to e

im

plan

taçã

o d

os p

rogr

amas

de

aval

iaçã

o da

con

form

idad

e •

Índi

ce d

e re

curs

os f

inan

ceiro

s ca

ptad

os

Coo

rden

ar a

impl

emen

taçã

o do

PB

N

Coo

rden

ação

da

elab

oraç

ão e

da

impl

emen

taçã

o do

PB

N

Coo

rden

ação

da

elab

oraç

ão e

da

impl

emen

taçã

o do

PB

AC

•Ín

dice

de

exec

ução

físi

ca d

os p

roje

tos

estr

atég

icos

do

PBA

C

•Ín

dice

de

impl

anta

ção

dos

estu

dos

real

izad

os

Estu

dos

de v

iabi

lidad

e té

cnic

a de

pro

gram

as d

e av

alia

ção

da

conf

orm

idad

e

•Ín

dice

de

prog

ram

as d

e av

alia

ção

da c

onfo

rmid

ade

com

açõ

es

de a

com

panh

amen

to

Aco

mpa

nham

ento

de

prog

ram

as d

e av

alia

ção

da c

onfo

rmid

ade

•Ín

dice

de

prog

ram

as d

e av

alia

ção

da c

onfo

rmid

ade

dese

nvol

vido

s no

pra

zo p

lane

jado

Des

envo

lvim

ento

de

prog

ram

as d

e av

alia

ção

da c

onfo

rmid

ade

Inst

rum

enta

lizaç

ão d

a at

ivid

ade

de a

valia

ção

da c

onfo

rmid

ade

Ver

ifica

ção

da c

onfo

rmid

ade

de p

rodu

tos r

egul

amen

tado

s •

Índi

ce d

e im

plem

enta

ção

da v

erif

icaç

ão d

a co

nfor

mid

ade

•Ín

dice

de

aper

feiç

oam

ento

s in

duzi

dos

pela

ver

ifica

ção

da c

onfo

rmid

ade

•Ín

dice

de

abra

ngên

cia

da v

erif

icaç

ão d

a co

nfor

mid

ade

•Ín

dice

de

cum

prim

ento

do

Plan

o A

nual

de

Fisc

aliz

ação

•Ín

dice

de

irre

gula

ridad

es n

a fis

caliz

ação

de

prod

utos

re

gula

men

tado

s •

Núm

ero

de u

nida

des d

e pr

odut

os fi

scal

izad

os•

Met

ros

de p

rodu

tos

fisc

aliz

ados

•Q

uilo

gram

as d

e pr

odut

os fi

scal

izad

os

Coo

rden

ação

da

fisc

aliz

ação

de

prod

utos

regu

lam

enta

dos

•Ín

dice

de

impl

emen

taçã

o de

pro

gram

as d

e tre

inam

ento

par

afis

caliz

ação

•Ín

dice

de

sati

sfaç

ão d

os u

suár

ios d

os p

rogr

amas

de

trei

nam

ento

Cap

acita

ção

para

a fi

scal

izaç

ão d

e pr

odut

os re

gula

men

tado

s

Cor

pora

tivos

Sist

emat

izar

um

mod

elo

de g

estã

o e

dede

senv

olvi

men

to g

eren

cial

na

DQ

UA

L

Impl

anta

r sis

tem

a de

ges

tão

de d

esem

penh

o de

pess

oal

Impl

anta

r sis

tem

a de

ges

tão

do c

onhe

cim

ento

na D

QU

AL

Ape

rfei

çoar

os p

rogr

amas

de

aval

iaçã

o da

conf

orm

idad

e em

ext

into

res

de in

cênd

io

Ape

rfei

çoar

os p

rogr

amas

de

aval

iaçã

o da

conf

orm

idad

e em

seg

uran

ça v

eicu

lar

Ape

rfei

çoar

os p

rogr

amas

de

aval

iaçã

o da

conf

orm

idad

e em

car

gas

peri

gosa

s

Con

solid

ar a

ava

liaçã

o da

con

form

idad

eat

ravé

s da

dec

lara

ção

do fo

rnec

edor

Con

solid

ar a

ava

liaçã

o da

con

form

idad

eat

ravé

sda

des

igna

ção

de o

rgan

ism

o

Coo

rden

ação

do

Pro

gram

a de

Aná

lise

de P

rodu

tos

•Ín

dice

de

divu

lgaç

ão d

o Pr

ogra

ma

de A

náli

se d

e Pr

odut

os

Elab

oraç

ão, d

ivul

gaçã

o, d

ispo

nibi

lizaç

ão e

dis

tribu

ição

de

mat

eria

l sob

re a

valia

ção

da c

onfo

rmid

ade,

qua

lidad

e e

rela

ções

de

con

sum

o•

Índi

ce d

e cu

mpr

imen

to d

o pl

ano

de d

ivul

gaçã

o

Ince

ntiv

o e

orie

ntaç

ão p

ara

form

ação

e c

apac

itaçã

o de

pes

soal

em

ava

liaç

ão d

a co

nfor

mid

ade

•Ín

dice

de

inst

ituiç

ões

envo

lvid

as

Impl

anta

r o P

rogr

ama

RH

Ava

liaçã

o da

Con

form

idad

e

•Ín

dice

de

aces

sos a

o Po

rtal

do

Con

sum

idor

Info

rmaç

ão a

o co

nsum

idor

via

inte

rnet

•Ín

dice

de

esta

dos

atin

gido

s pe

lo p

rogr

ama

•Ín

dice

de

cum

prim

ento

das

açõ

es p

lane

jada

s

Form

ação

de

mul

tiplic

ador

es e

m e

duca

ção

para

o c

onsu

mo

Par

ticip

ação

dos

con

sum

idor

es n

a at

ivid

ade

de n

orm

aliz

ação

•Ín

dice

de

parti

cipa

ção

de e

ntid

ades

repr

esen

tativ

as d

os

cons

umid

ores

em

ativ

idad

es d

e no

rmal

izaç

ão e

regu

lam

enta

ção

técn

ica

Est

rutu

rar a

par

ticip

ação

dos

con

sum

idor

es n

aat

ivid

ade

de n

orm

aliz

ação

Ela

bora

r rel

ease

s dos

pri

ncip

ais

prog

ram

asde

AC

Coo

rden

ação

do

sist

ema

de g

estã

o da

qua

lidad

e da

DQ

UA

L

Con

solid

ar a

impl

anta

ção

do s

iste

ma

de g

estã

o da

qua

lidad

e da

DQ

UA

L

Com

patib

iliza

r as

resp

onsa

bilid

ades

hier

árqu

icas

com

as

resp

onsa

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ades

dos

gest

ores

dos

pro

cess

os d

a D

QU

AL

Ger

enci

amen

to in

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o de

dem

anda

s à

DQ

UA

L

Ape

rfei

çoar

o p

roce

sso

de g

eren

ciam

ento

inte

rno

de d

eman

das

à D

QU

AL

Ela

bora

r est

udo

para

dim

ensi

onam

ento

da

forç

a de

trab

alho

da

DQ

UA

L

Impl

anta

r sis

tem

a de

ges

tão

sobr

e du

plo

com

prom

isso

Avaliação da Conformidade de Produtos, Processos e Serviços – 03 de novembro de 2004

• Índice de programas deava liação da conformidade desenvolv idos em parceria com órgãos regulam entadores

Fortalece r a articulação exte rna com ênfa se nos órgãos regulam entadores

•N

º de

proj

etos

em

fase

de

impl

emen

taçã

o p

ara

a at

ivid

ade

de

aval

iaçã

o da

con

form

idad

e

Ape

rfei

çoar

os p

rogr

amas

de

aval

iaçã

o da

conf

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idad

e em

cap

acet

es

Impl

emen

tar a

ções

par

a ob

ter

o re

conh

ecim

ento

in

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acio

nal d

o PI

F, C

ERFL

OR

e M

adei

ras

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ompe

nsad

os

Ape

rfei

çoar

os p

rogr

amas

de

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iaçã

o da

co

nfor

mid

ade

em c

esta

s de

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s

Con

solid

ar o

mod

elo

de e

labo

raçã

o de

reg

ulam

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cnic

o da

qua

lidad

e e

de r

egul

amen

to d

e av

alia

ção

da

conf

orm

idad

e

Aut

omat

izar

a a

tivid

ade

de fi

scal

izaç

ão d

e pr

odut

os

regu

lam

enta

dos

real

izad

a pe

la R

BM

LQ

- In

met

ro

Sist

emat

izar

o m

onito

ram

ento

do

plan

o de

fisc

aliz

ação

Des

envo

lver

a g

estã

o de

RH

com

bas

e no

s re

quis

itos

da

ISO

900

1: 2

000

Impl

anta

r exp

erim

enta

lmen

te n

a D

QU

AL

a ge

stão

por

com

petê

ncia

s

Ela

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r est

udo

sobr

e qu

estõ

es li

gada

s a

cert

ifica

ção

de

orig

em

Ela

bora

r pla

no d

e co

mun

icaç

ão d

a D

QU

AL

Aut

omat

izar

o a

com

panh

amen

to d

a pa

rtic

ipaç

ão

da D

QU

AL

em

mis

sões

ao

exte

rior

Des

envo

lver

pro

gram

a de

ape

rfei

çoam

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de

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ais

Def

inir

a m

etod

olog

ia d

e pe

squi

sa d

e sa

tisfa

ção

dos

usuá

rios

de c

ertif

icaç

ão d

e si

stem

a de

ges

tão

daqu

alid

ade

- sis

tem

a de

con

seqü

ênci

as e

div

ulga

ção

de re

sulta

dos

Ela

bora

r met

odol

ogia

vis

ando

o tr

atam

ento

do

s re

sulta

dos d

o pr

ogra

ma

de v

erif

icaç

ão d

a co

nfor

mid

ade

Prom

over

a a

cess

ibili

dade

das

PM

E ao

s pr

ogra

mas

de

aval

iaçã

o da

con

form

idad

e

Ope

raci

onal

izar

a tr

ansi

ção

para

as

nova

s m

arca

s de

iden

tific

ação

da

conf

orm

idad

e, b

em c

omo

seu

uso

inde

vido

Impl

anta

r o P

orta

l do

Rel

acio

nam

ento

dos

mód

ulos

afe

tos

à D

QU

AL

Pros

pecç

ão e

aná

lise

de d

eman

das

por

aval

iaçã

o da

con

form

idad

e

•Ín

dice

de

pros

pecç

ão d

e de

man

das

Impl

emen

tar o

pro

cedi

men

to d

e pr

é-qu

alif

icaç

ão d

e gr

áfic

as p

ara

conf

ecci

onar

e fo

rnec

er s

elos

do

s pr

odut

os c

om c

onfo

rmid

ade

aval

iada

Ela

bora

r pro

cedi

men

tos

para

as

ativ

idad

es d

a Se

apo

•Ín

dice

de

gere

ncia

men

to in

tern

o de

dem

anda

s à

DQ

UA

L

•Ín

dice

de

atua

lizaç

ão d

o P

BN

•N

º de

proj

etos

esp

ecia

is g

eren

ciad

os

Iden

tific

ar in

dica

dore

s so

ciai

s da

Dqu

al

Iden

tific

ar p

roje

tos

pass

ívei

s de

obt

ençã

o de

fi

nanc

iam

ento

junt

o a

entid

ades

de

fom

ento

Det

alha

r os p

roje

tos p

assí

veis

de

obte

nção

de

fina

ncia

men

to ju

nto

a en

tidad

es d

e fo

men

to

Sist

emat

izar

e im

plan

tar o

cic

lo d

e pa

lest

ras

Sist

emat

izar

o a

com

panh

amen

to d

as a

ções

de

form

ação

de

mul

tiplic

ador

es

Rev

isar

o P

lano

Est

raté

gico

de

AC

Sist

emat

izar

no

âmbi

to d

a D

qual

o m

odel

o de

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tão

base

ado

nos

crité

rios d

o PQ

GF

Con

solid

ar o

uso

da

tecn

olog

ia d

e en

sino

à d

istâ

ncia

Pros

pect

ar e

pro

gram

ar a

par

ticip

ação

da

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UA

Lem

eve

ntos

no

Bra

sil e

no

Ext

erio

r

Rep

ensa

r o m

odel

o br

asile

iro

de a

valia

ção

da c

onfo

rmid

ade

Est

udar

form

as d

e pr

omov

er m

aior

inte

graç

ão

inte

rna

na D

QU

AL

e co

m a

s de

mai

s UP

Est

udar

a c

onve

niên

cia

da u

tiliz

ação

de

agen

te

veri

ficad

or n

a at

ivid

ade

de fi

scal

izaç

ão

Ape

rfei

çoar

a a

tuaç

ão d

as c

omis

sões

técn

icas

Can

ais

de c

omun

icaç

ão in

tern

a

Con

solid

ar o

sis

tem

a de

ges

tão

inte

grad

a de

pro

gram

asde

ava

liaçã

o da

con

form

idad

e

Figura 1 - – Macroprocesso Avaliação da Conformidade de Produtos, Processos e Serviços

88

Con

trol

e M

etro

lógi

co

Res

ulta

dos

Açã

o - P

roce

ssos

e P

roje

tos

Neg

ócio

Pro

cess

osE

spec

ífic

osP

roce

ssos

Ope

raci

onai

sP

roje

tos

Ob

jeti

vo

Est

raté

gico

Controle Metrológico – 30 de Setembro de 2004Prover para detentores e fabricantes de instrumentos de medição e de medidas m ater ializadas e acondicionadores de produtos pré-m edidos, regulamentos técnicos metrológicos e

cer tificados de aprovação e ver ificação de seus produtos, v isando à proteção do cidadão e à concorrência jus ta• Índice de irregularidade de produtos pré-medidos• Índice de irregularidade na verificação de IM• Nível de credibilidade da verificação dos IM junto ao consumidor• Nível de satisfação do c liente de arqueação de tanques• Nível de satisfação do usuário direto dos serviços de verificação inicial• Nível de satisfação das Empresas Usuárias dos serviços de verif icação periódica• Nível de satisfação do usuário direto dos serviços de aprovação de modelos• Eficiência do Serviço Descentralizado

Ampliar as parcerias e odesenvolvim ento de projetos

em conjun to comorganizações nacionais

Melhorar as condições deinfra-estrutu ra física e

tecnológica da Dimel e daRBM LQ

Ampliar as competênciastécn icas, administrativas e degestão dos R ecursos Humanos

da RBMLQ e aumentar aprodutividade dos s erviços

prestados

Aperfeiçoar o modelo degestão da Dim el e aum entar

a capacidade técnica,administrativa e gerencial

dos seus recursos humanos

Aperfeiçoar e am pliar asupervisão m etrológica

Ampliar a atuação da m etrologialegal b rasileira na América do Sul e

fortalecer a sua in tegração ereconhecim ento junto a Fóruns

Internacionais, reg ionais eins tituições estrangeiras congêneres

Aumentar o conhecimento,externo e interno, sobre as

atividades , os resultados e aimportância da Metrologia

Legal

Ampliar a oferta de serviçosda Metro logia Legal

• N° de p rojetos em pa rcer iaco m o rg anizaçõ es n a cion ais

• Ín d ice d e exe cuç ão física d ospro jetos 8 , 9 e 10

• N° d e p essoas d a RB M LQtre in a das p ela D ime l emtécn ic as g eren cia is

• Ín dice de co bertura d otre in a men to ge rencia l

• Nível d e sa tis fa ção d osfuncio ná r io s

• N° d e técn ico s de me tro lo giatre in a do s nas fu nçõ es d esup ervisã o

• N° d e no vo s serviço s desup ervisã o m etrológ ica

• N° d e a co rdos d e reco nh ecim en to o up arcer ias in ternacion ais rea l izada sp ela Dim el

• N° d e p art icipa çõ es em eve nto sintern acio na is

• N° d e p essoas d a Am éric a do S u ltre in a das p ela D ime l

• No d e c on sul tas a tendida s• No d e trab alh o s pu b lica d os o u

apresen ta dos e m evento s

• N° d e serviço s ofer tad os p eloco n tro le me tro ló g ico

• N ° de ver if icaçõe s po r m il ha bi tan tes• N íve l de sa tisfaç ão d a RBM LQ com o s

serviç os p resta do s p ela Dim el

Gestão da RBMLQ Gestão da Dimel• Í nd ice d e pessoas cap ac ita da s à s

fun ções exe cutada s• Í nd ice d e nã o confo rm idad es

solu cion a da s refe rente à sins tala çõ es

• N íve l de sat is faç ão do cl ie nteinterno (fun cioná rios da D imel)

Supervisão M etrológica

• N ° to tal d e au tu a çõ es• Í ndice de recu rsos impetrado s e

l ibera dos em sup ervisãom etro lóg ica

• Ín dice de R TM a lin ha dos c om a sreco me nd a çõe s OIM L

• Ín dice de a tua lizaç ão daregula men taç ão m etrológ ica

Regulamentação M etrológicaInserção e

ParticipaçãoInternacional

• N° tota l d epar t ic ip a çõe sinternaciona is

Controle legal dos instrum entosde m edição

• N íve l de sat is faç ão do u suá rio d ireto dosserviç os d e v erif ic açã o inicia l

• N íve l de sat is faç ão do u suá rio d ireto dosserviç os d e v erif ic açã o p er ió dica

• N íve l de sat is faç ão do u suá rio d ireto dosserviç os d e a p rova ção de m odelos

•R

ecei

ta p

er c

apit

a•

Rec

eita

de

serv

iços

per

cap

ita•

Des

pesa

per

cap

ita•

Cus

to p

or v

erifi

caçã

o•

Índi

ce d

e au

to-s

ufic

iênc

ia (

rece

ita d

e se

rviç

os /

desp

esa

tota

l)•

Índi

ce d

e cr

esci

men

to d

a re

ceita

Coo

rden

ação

Est

raté

gica

, Ges

tão

Orç

amen

tári

a e

Plan

ejam

ento

Cap

acit

ação

de

Rec

urso

s H

uman

os n

as a

tivi

dade

s de

CM

Índi

ce d

e co

bert

ura

de tr

eina

men

to•

de tr

eina

men

tos

real

izad

os

•Ín

dice

de

pess

oas

capa

cita

das

às fu

nçõe

s ex

ecut

adas

•Ín

dice

de

não

conf

orm

idad

e em

aud

itor

ias-

test

emun

ha (e

mco

nstr

ução

)•

Índi

ce d

e nã

o co

nfor

mid

ades

ate

ndid

as p

or ó

rgão

met

roló

gico

,se

gund

o os

pra

zos

acor

dado

s

Aud

itori

a e

Insp

eção

Téc

nica

nas

ativ

idad

es d

e C

M

•Ín

dice

de

cobe

rtur

a de

trei

nam

ento

•N

° de

trei

nam

ento

s re

aliz

ados

Índi

ce d

e ex

ecuç

ão d

o or

çam

ento

pre

vist

o pa

ra tr

eina

men

to

Cap

acit

ação

de

Rec

urso

s H

uman

os d

a D

imel

nas

ati

vida

des

de C

Me

gere

ncia

is

•N

° de

aud

itori

as in

tern

as r

eali

zada

s•

Índi

ce d

e pa

rtic

ipaç

ão p

or U

O n

as r

euni

ões

do G

rupo

da

Qua

lidad

e•

de a

udito

res

inte

rnos

trei

nado

s•

Índi

ce d

e nã

o co

nfor

mid

ades

ate

ndid

as p

or u

nida

deor

gani

zaci

onal

, seg

undo

os

praz

os a

cord

ados

Ges

tão

da Q

ualid

ade

•Ín

dice

do

orça

men

to e

xecu

tado

, por

ele

men

to d

e de

spes

a

•Ín

dice

de

rece

ita a

rrec

adad

a, p

or it

em d

e se

rviç

o

•Ín

dice

de

solic

itaç

ões

de c

lient

e ex

tern

o à

Dim

el a

tend

idas

Índi

ce d

e so

licit

açõe

s de

clie

nte

inte

rno

aten

dida

s

Con

trole

Ope

raci

onal

dos

res

ulta

dos

da D

imel

Insp

eção

de

inst

rum

ento

s de

med

ição

•N

° de

IM

aut

uado

s•

Nº d

e co

nsul

tas

e or

ient

açõe

s té

cnic

as s

obre

IM

•N

° de

rec

urso

s im

petr

ados

e li

bera

dos

em I

M•

Índi

ce d

e pr

oces

sos

julg

ados

insu

bsis

tent

es e

m I

M

•N

° de

exa

mes

pré

-med

idos

rea

liza

dos

•Ín

dice

de

irre

gula

rida

des

de p

rodu

tos

pré-

med

idos

•N

° de

pro

duto

s au

tuad

os•

Índi

ce d

e pr

oces

sos

julg

ados

insu

bsis

tent

es e

m P

M•

Nº d

e co

nsul

tas

e or

ient

açõe

s té

cnic

as s

obre

pro

duto

s pr

é-m

edid

os•

tota

l de

recu

rsos

impe

trad

os e

libe

rado

s

Fisc

aliz

ação

de

Prod

utos

Pré

-Med

idos

Exa

me

da c

onfo

rmid

ade

•N

° de

exa

mes

da

conf

orm

idad

e re

aliz

ados

•Ín

dice

de

não

conf

orm

idad

es e

ncon

trad

as

Aut

oriz

ação

e s

uper

visã

o de

pos

tos

de e

nsai

o•

de s

olic

itaçõ

es•

de e

mpr

esas

aut

oriz

adas

•N

° de

em

pres

as s

uper

visi

onad

as

Aut

oriz

ação

e s

uper

visã

o do

s se

rviç

os d

e re

paro

e in

stal

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de

IM

•Ín

dice

de

empr

esas

aut

oriz

adas

sup

ervi

sion

adas

Ges

tão

e di

strib

uiçã

o de

mat

eria

is re

fere

ntes

à m

etro

logi

a le

gal

•Ín

dice

de

etiq

ueta

s nã

o ut

iliz

adas

Ela

bora

ção

de R

egul

amen

tos

Técn

icos

Met

roló

gico

s•

de n

orm

as e

dita

das

de R

TM e

dita

dos

Rep

rese

ntaç

ão In

tern

acio

nal d

o B

rasi

l na

OIM

L e

no

Mer

cosu

l•

Índi

ce d

e m

anife

staç

ão c

om a

náli

se c

ríti

ca e

m r

elaç

ão a

ospr

ojet

os d

a O

IML

•N

° de

par

tici

paçõ

es d

o Br

asil

nos

eve

ntos

da

OIM

L pr

iori

zado

s•

Índi

ce d

e pa

rtic

ipaç

ão d

a in

icia

tiva

priv

ada

em r

euni

ões

dos

CT/

SC d

a O

IML

•Ín

dice

de

part

icip

açõe

s do

Bra

sil e

m e

vent

os d

o M

erco

sul

•Ín

dice

de

part

icip

ação

da

inic

iativ

a pr

ivad

a em

reu

niõe

s do

Mer

cosu

l

Prom

oção

de

even

tos

e pa

rtic

ipaç

ão e

m e

vent

os d

e M

L•

de

even

tos

de M

etro

logi

a L

egal

pro

mov

idos

de p

artic

ipaç

ões

em e

vent

os d

e M

etro

logi

a Le

gal

Inte

rcâm

bio

técn

ico

com

inst

ituto

s co

ngên

eres

•N

° de

inte

rcâm

bios

rea

lizad

os c

om in

stitu

içõe

s co

ngên

eres

•N

° de

cur

sos

regu

lare

s es

trut

urad

os e

m M

etro

logi

a Le

gal

•N

° de

cur

sos

regu

lare

s m

inis

trad

os M

etro

logi

a Le

gal

Índi

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itad

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arq

ueaç

ão d

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ertif

icad

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ven

cer

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razo

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um a

no•

Nív

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ção

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arq

ueaç

ão d

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nque

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entu

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m v

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duti

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ente

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e M

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odel

os

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cons

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s e

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icas

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ão d

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os

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rfei

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ento

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os in

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os

Rev

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xecu

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idad

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eleg

adas

Projetos provenientes daPITCE

Cen

tros

Reg

iona

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e M

etro

logi

a

Mod

erni

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abor

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iret

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Met

rolo

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Lega

l em

Xer

ém

Mod

erni

zaçã

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inst

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ões

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uipa

men

tos

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lega

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Inse

rção

e p

artic

ipaç

ão in

tern

acio

nal

Fort

alec

imen

to d

as c

ompe

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ias

técn

icas

, adm

inis

trat

ivas

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sos

Hum

anos

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Mac

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M

Ape

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ão d

o co

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imen

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M

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envo

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ento

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novo

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os

Am

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ção

do C

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Met

roló

gico

em

níve

l nac

iona

l

Figura 2 - – Macroprocesso Controle Metrológico

89

Informação Tecnológica para Metrologia e Qualidade – 24 de Abril de 2003

Res

ult

ado

s

Obj

etiv

o Es

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o

Açã

o -

Pro

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os

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tos

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s Es

pec

ífico

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Pro

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Info

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ão T

ecn

oló

gica

par

a M

etro

log

ia e

Qu

alid

ade

• Produtividade do Atendimento à Consultas E xternas• Nível de satisfação do usuário direto do serviço de informação tecnológica do INMETRO• Nível de utilização, pelas PME’s exportadoras, do serviço de informação tecnológica do INMETRO

Pr over todos os age ntes e inter venientes na produção de bens e se rvi ços, espec ialm ente as P ME s, e aque les nas re lações de consumo,de inform aç ões em m etrologia, regula mentação e a va liação té cnic a, v is ando a contribuir par a o inc rem ento da com petiti vidade , da confiabilidade de produtos e serv iços , e do desenvolv imento c ientífico e tecnol ógico

Ob

jetiv

o

Estr

atég

ico

Bas

e de

Dad

os R

BC

Fo rta lecer o u so da I nte rnet com o mei ode di fund ir info rmação tecno lóg ica

• Nº de acessos a H om e P age

A tual iz ação de P rod utos de I nform ação

C on soli dar a p osição d e P onto Fo cal Brasi lei ro do A cordo so bre B arre i ras Técn icas ao Co mérc i o da OMC

• Nº de doc um en tos B rasil e iros N o tif ic ados à O M C•N º de ins cr it os no Ale r t a E xpor t ador!•N º de tex t os C omp let os D is pon ib iliz ados•N º de At iv idades pa ra t re inament o do c o rpo téc n ic o da C a in t•N º de c onsult as R ec ebidas

Ela

bora

r um

mic

ro th

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etro

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iblio

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P res tação d e servi ço d e I nform ação

• N úm ero de aten di men to s ex terno s

Est

rutu

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info

rmaç

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ógica

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Hom

e P

age

em o

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sid

iom

as.

A deq uar a ofe rta d e p rodu to s e serv iço sàs necessid ades de m ercado , com p riori dad e

às PM Es, e as dem andas de supo rte à p esqui sa

• Índ ice de prod utos e serv i ços p ara m ic ro , pequ enas e m édi as em presas

Impl

anta

r um

cen

tro d

e in

form

ação

par

a o

Mer

cosu

l

E labo ração e di vul gação de Pro dutos de In fo rmação

• N º to ta l d e p rodu to s e serv iço s de in form ação tecn oló gi ca• N º d e n ovos prod utos e serv i ços de i nform ação tecnol óg ica• N º d e p rodu to s e se rviço s para PM Es• N º d e p rodu to s e se rviço s de in f . tecn ol ógi ca co m va lo r agreg ado

Oferecer prod utos e se rvi ços d e i nform ação com va lor agreg ado

• Índ ice de prod utos e se rv i ços co m va l or ag regado

E stab e lecer in s tru men tos d e d issem in ação de in form ação p ara o I NM ET R O , usand o

con ceitos de gestão do con hecim ento

I denti fi cação de Prod utos e S erviço s de In form ação

• Í ndi ce d e atend im ento das dem andas id ent if i cadas• í ndi ce d e pro duto s e se rv iços id entif i cados com val or ag regado• í ndi ce d e pro duto s e se rv iços id entif i cados para PM Es

Cria

ção

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orta

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pora

tivo

Rec

ebim

ento

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itaçã

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ação

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ação

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ento

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l

•N

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Ate

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pel

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iblio

teca

s

•Ín

dic

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tern

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m r

ela

ção

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ndim

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s b

iblio

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•N

º d

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ão d

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form

ação

via

Bas

e d

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ado

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•N

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Dis

sem

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ão d

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form

ação

via

Hom

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•N

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Ho

me

Pag

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Cam

panh

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div

ulga

ção

para

iden

tifica

rac

ervo

s de

info

rmaç

ão

Iden

tific

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das

info

rmaç

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INM

ETR

O

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dic

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ação

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pro

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ão e

m m

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Mer

cosu

l

Iden

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ação

de

prod

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rmaç

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cnol

ógica

exis

tent

es n

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erca

do

•Ín

dic

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Nº d

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rodu

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a

Ger

ação

de

pro

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s de

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Atu

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o d

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rodu

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info

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ão

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ele

trôn

ica

Con

vers

ão d

e do

cum

ento

s de

RTF

pa

ra P

DF

Bas

e de

Dad

os R

BLE

• Tem po m édi o de atu ali zação depro duto s de in form ação

• índ ice de processo s o peracio na is , prod utos e se rv i ços d isp oni bi li zad os n o porta l corp ora tivo

• T

em

po m

éd

io d

e a

tua

lizaç

ão

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rodu

tos

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inf

orm

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em

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ônic

a

Figura 3 – Macroprocesso Informação Tecnológica para Metrologia e Qualidade

90