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Prof. Ms. Valmir Leôncio da Silva [email protected] Prof. Ms. Valmir Leôncio da Silva Auditor do TCMSP Implementação das NBCASP 9 e 10: Reconhecimento dos bens públicos e o processo de depreciação. Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina

Implementação das NBCASP 9 e 10: Reconhecimento dos bens ... · Material Permanente X Material de Consumo ... Implementação do Sistema de Depreciação, ... Estabelecimento de

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Prof. Ms. Valmir Leôncio da Silva

Auditor do TCMSP

Implementação das NBCASP 9 e 10:

Reconhecimento dos bens públicos

e o processo de depreciação.

Conselho Regional de Contabilidade

de Santa Catarina

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Apresenta critérios e procedimentos para a

avaliação e mensuração de ativos e passivos que

compõem o patrimônio das entidades do setor

público.

AS NORMAS 9 E 10

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setor Público versus Setor Privado

O Governo tem ativos e passivos diferentes do setor

privado:

a. ativos culturais e naturais: prédios históricos, museus,

galerias, sítios arqueológicos;

b. ativos militares , uso comum, culturais, e Infraestrutura;

c. ativos e passivos previdenciários.

Necessidades para implementação

Mudança cultural, capacitação de pessoal, soluções

em tecnologia da informação.

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Material Permanente X Material de Consumo

Permanente:

- Aquele que em razão do uso não perde sua identidade

física.

- Tem sua utilização superior a dois anos.

Consumo:

- Aquele que em razão do uso perde sua identidade física.

- Tem sua utilização inferior a dois anos.

Portaria STN 448 de 13 de setembro de 2002.

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a) Durabilidade – Se em uso normal perde ou tem

reduzidas as suas condições de funcionamento.

Ex.: Lápis, borracha, papel.

b) Fragilidade – Se sua estrutura for quebradiça,

deformável ou danificável, caracterizando sua

irrecuperabilidade.

Ex.: Disquetes.

c) Perecibilidade – Se está sujeito a modificações

(químicas ou físicas) ou se deteriore ou perca sua

característica pelo uso normal;

Ex.: Gêneros alimentícios.

Material de Consumo

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d) Incorporabilidade– Se está destinado à incorporação a

outro bem, e não pode ser retirado sem prejuízo das

características físicas e funcionais do principal.

Ex.: Peças de veículos.

e)Transformabilidade– Se foi adquirido para fim de

transformação;

Ex.: Aço como matéria-prima para fabricação de armários.

Material de Consumo

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Material Permanente X Material de Consumo

• Materiais permanentes, Ativo Não Circulante (Imobilizado),

veículos, máquinas, computadores, mesas e cadeiras, entre

outros.

• Materiais de consumo, Ativo Circulante (Estoques), não

incorporados ao patrimônio e distribuídos com simples

relação-carga os perfuradores, grampeadores, telefones e

bandeiras, entre outros.

Portaria STN 448/02

RESUMO

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BENS PÚBLICOS

- Bens de uso comum

- Bens de uso especial

- Bens dominiais

Art. 99 do CC

Art. 15 da Lei n. 4320/64

NBCASP T10 - Itens 24 a 31.

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Bens Patrimoniais na lei 4.320/64

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados

de forma a permitirem o acompanhamento da execução

orçamentária, o conhecimento da composição

patrimonial, a determinação dos custos dos serviços

industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise

e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros

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Físico X Contábil

Os bens existentes estão de acordo com os

contabilizados ?

• A Contabilidade deve proceder com o inventário,

além dos procedimentos de reavaliação, redução

ao valor recuperável, depreciação, amortização e

exaustão.

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Valor justo X valor de mercado

Valor justo tem como proposta ser legítimo e equitativo.

Segundo Eliseu Martins, o valor justo antes era chamado de

valor a mercado, e o valor a mercado obviamente só podia

ser usado quando havia mercado. Mas não há mercado

para um ativo em certas situações, razão pela qual se

resolveu introduzir modelos matemáticos e ampliar o

conceito de valor a mercado (Valor Econômico, 11 nov.

2008, p. D7).

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Valor justo X valor de mercado

Para ativos e passivos para os quais não exista um mercado o valor

justo será fruto de estimativas derivadas da utilização de técnicas

de avaliações, que envolvem julgamentos complexos

Maria Helena Petterson, sócia da Ernst & Young

A maneira correta de se aplicar o valor justo depende do chamado

subjetivismo responsável, que requer a disponibilidade de

informações para aplicação de metodologias de estimativas de valor

justo, além de demandar um ambiente interno colaborativo e de

elevados padrões de governança corporativa.

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Premissas

Não existe asseveração nos procedimentos de mensuração,

uma vez que nenhum instrumento de mensuração é livre de

imperfeições técnicas e, consequentemente, toda

mensuração passa a ser um processo de aproximação

(estimação de um valor) (Mattessich, 1971).

A premissa geral é que o número final obtido representa a

melhor aproximação do verdadeiro valor monetário.

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I - Valor do metro quadrado do imóvel em determinada região, ou;

Pode-se defini-lo com base em parâmetros de referência que considerem bens com características, circunstâncias e localizações assemelhadas.

Fontes de informação para a avaliação do valor de um bem:

II - Tabela FIPE no caso dos veículos.

E se for impossível estabelecer o valor de mercado do ativo?

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Aspectos Relevantes da Norma

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NBC T 16.10

A implementação do controle contábil sobre esses bens

permitirá a implementação de acompanhamento dos

custos.

E poderemos verificar, por exemplo, o valor anual aplicado na

manutenção de uma determinada rodovia.

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Aspectos Relevantes da Norma

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NBC T 16.10

A proposta de contabilização dos bens de uso comum, tais

como praças e rodovias, em linha com a proposta

metodológica do GFSM 2001 (Government Finance Statistic

Manual).

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Quanto vale a Catedral de Brasília ?

Ela ficou pronta em 1960, onde apareciam somente a área

circular de 70m de diâmetro da qual se elevam 16 colunas de

concreto (pilares de secção parabólica), que pesam 90

toneladas. Somente em maio de 1970 ela foi inaugurada de

fato, com os vidros

Obra de Oscar Niemeyer

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• Ele considerou que turistas gastam, em média, R$1.000

com transporte, hotel e alimentação em Brasília.

• Estariam dispostos a gastar até R$ 1.400, para conhecer a

igreja (projeto de Oscar Niemeyer).

• Apurou que mais de 15.000 pessoas diariamente visitam a

catedral.

Trabalho de mestrando do Departamento de Contabilidade da UNB. - Mateus Marques

Para calcular o valor o bem, o mestrando

levou em consideração:

• 2.000 entrevistas;

• A quantidade de visitantes;

• Qual o valor gasto pelos turistas com as viagens;

• Quanto estariam dispostos a pagar para visitar a Catedral.

Fonte: Jornal o Globo de 06.08.2011

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Avaliação de Bens

A conclusão final foi que a Catedral

“vale” cerca de R$ 75 milhões

Este seria o valor correto da catedral ?

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• Reavaliação: adoção do valor de mercado ou de

consenso entre as partes para bens do ativo, quando

esse for superior ao valor contábil.

• Redução ao valor recuperável (impairment): o ajuste

ao valor de mercado ou de consenso entre as partes

para bens do ativo, quando esse for inferior ao valor

contábil.

NBC T 16.10

Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos

em Entidades do Setor Público

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Mensuração após o reconhecimento (IPSAS 17)

A reavaliação deve ser realizada com suficiente

regularidade para assegurar que o valor contábil do

ativo não difira materialmente daquele que seria

determinado usando-se seu valor justo na data das

demonstrações contábeis.

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COMISSÃO DE SERVIDORES - REQUISITOS

COMISSÃO DE SERVIDORES OU LAUDO TÉCNICO

Critérios para avaliação do bem e sua respectiva fundamentação

Vida útil remanescente

do bem

Identificação do responsável

pela reavaliação

Data de avaliação

Documentação com a descrição

detalhada de cada bem

Identificação contábil do

bem

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- Internalizar os conceitos do CPC nº 04/08 (Ativo Intangível);

- Falta de cultura da administração pública;

- Ausência de referência no setor público;

- Definir critérios de contabilização de gastos subsequentes

com atualizações e renovações;

- Definir período de vida útil em virtude das especificidades de

cada software.

Ativos Intangíveis

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Não estão sujeitos ao regime de depreciação:

(a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes,

antigüidades, documentos, bens com interesse histórico, bens

integrados em coleções, entre outros;

(b) bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos

públicos, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;

(c) animais que se destinam à exposição e à preservação;

NBC T 16.9

Depreciação, Amortização e Exaustão

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Esquema

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- O tratamento dado as despesas incorridas sem

autorização orçamentária.

- Créditos, tributários ou não, por competência, e a

dívida ativa, incluindo os respectivos ajustes para

perdas;

- Bens: Físicos x Contábeis.

MOMENTO - 1

CRONOGRAMA DA AUDITORIA

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- Tratamento dado aos Restos Pagar não processados

- Implantação do Regime de Competência no setor

público?

- Verificação da contabilização dos “novos” ativos de

Infraestrutura.

- Implantação do Plano de Contas;

- Elaboração dos demonstrativos Contábeis

MOMENTO - 1

CRONOGRAMA DA AUDITORIA

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Ativos de infraestrutura (antigos).

Implementação do Sistema de Depreciação,

amortização e Exaustão (se for o caso).

Implementação do sistema de custos.

Outros aspectos previstos no MCASP

MOMENTO 2

CRONOGRAMA DA AUDITORIA

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Como fazer ?

Grupos de trabalho

Estudo das Normas e dos Manuais

Estabelecimento de prazos para levantamento do que

esta implantado e o que falta.

Implementação dos novos procedimentos.

Seminários

Treinamentos e Compartilhamento de informações

Regulamentação por parte do ente.

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01. ( ) Em relação aos semoventes, a aquisição de uma

animal para detecção de narcóticos deve ser contabilizada

como ativo imobilizado.

02. ( ) No caso de incorporação desse “animal” no ativo

imobilizado ela deverá, ainda, sofrer depreciação. ou

amortização.

Exercícios de fixação

03. ( ) O registro contábil da quota de depreciação será a

débito de uma conta de VPA (variação patrimonial aumentativa)

e a crédito da conta de depreciação acumulada (retificadora do

ativo).

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V

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LIVROS EDITADOS

2004/07

2006

2012/13

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MUITO

OBRIGADO !

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