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Lopes, J., Fortes, C.A., Souza, R.M. et al. Importância da qualidade da semente para o estabelecimento de pastagens. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 13, Art#557, Abr2, 2009. PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=557>. Importância da qualidade da semente para o estabelecimento de pastagens Jalison Lopes 1 , Caio Augustus Fortes 2 , Ronan Magalhães de Souza 3 , Valdir Botega Tavares 4 1 Zootecnista, Doutorando em Forragicultura e pastagens – DZO/UFLA, Bolsista do Cnpq 2 Agrônomo, Doutorando em Forragicultura e pastagens – DZO/UFLA. 3 Agrônomo, Doutor em Forragicultura e pastagens. 4 Zootecnista, Doutor em Forragicultura e pastagens. Resumo O sucesso na formação de pastagens depende de uma boa semente, e seu uso é totalmente justificável, já que a semente representa apenas cerca de 10% do custo total de formação da pastagem. Como conseqüência da expansão da área cultivada de pastagens, principalmente de B. decumbens e B. brizantha, houve um aumento da incidência de doenças no campo, causadas predominantemente por fungos. Provavelmente, este fato ocorreu pela falta de informações sobre a qualidade sanitária das sementes utilizadas, facilitando a introdução e disseminação desses patógenos. O uso de fungicidas é a principal forma de controle e prevenção de doenças em sementes usado no Brasil. Entretanto, é importante lembrar que o plantio de sementes livres de

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PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=557>.

Importância da qualidade da semente para o estabelecimento de

pastagens

Jalison Lopes1, Caio Augustus Fortes2, Ronan Magalhães de Souza3, Valdir

Botega Tavares4

1Zootecnista, Doutorando em Forragicultura e pastagens – DZO/UFLA, Bolsista

do Cnpq 2Agrônomo, Doutorando em Forragicultura e pastagens – DZO/UFLA. 3Agrônomo, Doutor em Forragicultura e pastagens. 4Zootecnista, Doutor em Forragicultura e pastagens.

Resumo

O sucesso na formação de pastagens depende de uma boa semente, e seu uso

é totalmente justificável, já que a semente representa apenas cerca de 10%

do custo total de formação da pastagem. Como conseqüência da expansão da

área cultivada de pastagens, principalmente de B. decumbens e B. brizantha,

houve um aumento da incidência de doenças no campo, causadas

predominantemente por fungos. Provavelmente, este fato ocorreu pela falta de

informações sobre a qualidade sanitária das sementes utilizadas, facilitando a

introdução e disseminação desses patógenos. O uso de fungicidas é a principal

forma de controle e prevenção de doenças em sementes usado no Brasil.

Entretanto, é importante lembrar que o plantio de sementes livres de

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patógenos é considerado um dos métodos mais eficientes no controle de

doenças. O uso de boa semente mesmo em condições edafoclimáticas

favoráveis não reduz e nem tampouco elimina a necessidade de adotar

cuidados básicos no processo de estabelecimento ou recuperação da

pastagem. Quando se utilizam sementes de boa qualidade, a expressão de seu

potencial dependerá em muito das condições a ela oferecida. A melhoria nos

padrões sanitários e o rigor no cumprimento da nova legislação de produção e

comercialização de sementes forrageiras, logicamente, associados a um

correto manejo de estabelecimento, são fatores primordiais para se garantir

que a pastagem seja inicialmente produtiva e apresente ganhos econômicos

satisfatórios desde sua formação.

Palavras-chave: gramíneas, leguminosas, legislação

Importance of quality of seed for the establishment of pastures

Abstract

Success in formation of pastures depends on a good grass seed, and its use is

fully justified, since the seed is only about 10% of the total cost of training of

the pasture. As a result of the expansion of cultivated area of grassland,

especially B. decumbens and B. brizantha, an increase incidence of diseases in

the field, primarily caused by fungi. Probably, this fact was the lack of

information on the sanitary quality of seeds used, facilitating the introduction

and spread of these pathogens. The use of fungicides is the primary form of

control and prevention of diseases in seeds used in Brazil. However, it is

important to remember that the planting seed free of pathogens is considered

one of the most efficient in controlling diseases. The use of good seed does not

eliminate the need to take basic care in the establishment or rehabilitation of

pasture, even in conditions of soil and climate ideals. When you use good

quality seeds, the expression of its potential will depend largely on the

conditions it offered. The improvement in health standards and accuracy in

compliance with new legislation on production and marketing of forage seed, of

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course, associated with a correct management of establishment, are key

factors to ensure that the pasture is initially productive and provide

satisfactory economic gains since its formation.

Key words: grasses, legumes, legislation

1- Introdução

O setor de produção e comercialização de sementes de espécies de

gramíneas forrageiras tropicais brasileiro caracteriza-se, já há muitos anos, por

ser o maior exportador mundial destas sementes, tendo como principais

destinos países da América Central e América do Sul e superando por larga

margem, em volume de produção, a Austrália, que é o segundo maior produtor

mundial.

Estima-se que este importante segmento do agro-negócio nacional fature

aproximadamente R$ 700.000.000,00 (setecentos milhões de reais)

anualmente com as exportações atingindo a ordem de U$ 20.000.000,00

(vinte milhões de dólares) ou 8.000.000 kg (oito milhões de quilos).

Das sementes de forrageiras exportadas, Brachiaria brizantha cv.

Marandu representa aproximadamente 38%, B. decumbens 26%, B. brizantha

cv. MG-5 Vitória 15%, Panicum maximum cv. Tanzânia 4%, P. maximum cv.

Mombaça 4%, B. brizantha cv. MG-4 2% e 8% de outros cultivares. Em

relação ao mercado interno, a comercialização de B. brizantha cv. Marandu

representa aproximadamente 60%, P. maximum cv Tanzânia e cv Mombaça

entre 20 a 30%, B. decumbens cv Basilisk, B. humidicola e B. dictyoneura de

10 a 20%.

No estado de Minas Gerais encontram-se 30% da área nacional plantada

para a produção de sementes de forrageiras. Seguido pelos estados do Rio

Grande do Sul, com 24%; Mato Grosso com 14%; Goiás com 11%; e Mato

Grosso do Sul com 10%.

A ampla disponibilidade de sementes de plantas forrageiras é um dos

fatores determinantes da expansão e do sucesso de sistemas sustentáveis de

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exploração de pecuária bovina baseados em pastagens cultivadas, pois permite

não apenas reduzir os custos de implantação de pastagens como, também,

possibilita que novos cultivares de forrageiras se popularizem e passem

rapidamente a contribuir para os sistemas de produção.

Outro fator de grande importância diz respeito à qualidade da semente,

que é resultado do somatório dos atributos genéticos, físicos, fisiológicos e

sanitários que afetam a capacidade de originar plantas de alta produtividade,

refletindo-se diretamente na cultura, em termos de uniformidade da

população, ausência de pragas e doenças transmissíveis pela semente e pelo

vigor das plantas.

Apesar de existir distância entre o estádio atual de qualidade e o que é

necessário para atender às exigências de um mercado globalizado, houve, nas

últimas duas décadas, significativa evolução no processo produtivo de

sementes de forrageiras no Brasil.

Embora a área cultivada com leguminosas forrageiras ainda seja

pequena em termos absolutos, a comercialização de sementes destas espécies,

sobretudo para serem consorciadas com gramíneas, experimentou um elevado

crescimento nos últimos anos, impulsionada pelo efeito “estilosantes Campo

Grande”, que hoje representa a principal leguminosa forrageira comercializada

no Brasil Central.

Desta forma, o objetivo desta revisão, é discutir a importância da

qualidade de sementes de espécies forrageiras, como componente do processo

de exploração animal a pasto.

2 - Características do mercado atual de sementes de forrageiras no

Brasil

A cadeia produtiva brasileira de sementes de forrageiras passa

atualmente por profunda reestruturação, buscando adaptar-se a novos

paradigmas. Dentre eles estão o aumento da competição entre produtores

especializados, a diminuição da participação no mercado do produtor eventual

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(não tecnificado), a total mecanização das várias etapas da produção e do

beneficiamento, entre outros (SOUZA, 2001a).

Os empresários do setor têm se deparado com um mercado cada vez

mais sofisticado e consciente da importância da qualidade. Com isto, a

demanda por sementes sadias, de alta qualidade fisiológica, de baixo custo e

livre de pragas tem sido crescente. Para atender um mercado com estas

características, os sistemas de produção têm aumentado seu grau de

tecnificação (SOUZA, 2001a).

O mercado brasileiro de sementes de forrageiras envolve produtos pouco

diferenciados do ponto de vista mercadológico, ou seja, são comercializados

como “commodities”. Em conseqüência, verifica-se entre empresas e

produtores de sementes, tendência em direcionar grandes esforços na

profissionalização de seus negócios e na busca sistemática de alternativas para

a redução de custos de produção, como formas de manterem-se competitivos

(SOUZA, 2001a).

Souza (2001b) faz uma caracterização do mercado atual, em que, nos

anos recentes, a cadeia produtiva das sementes de forrageiras tropicais tem

passado por importantes transformações, buscando adaptar-se aos novos

tempos. Dentre elas destaca-se:

a) mecanização crescente da produção;

b) especialização dos sistemas de produção;

c) transferência regional dos pólos de produção, indo de São Paulo para

Mato Grosso, Goiás, Triângulo Mineiro e Mato Grosso do Sul;

d) redução da competição do mercado paralelo;

e) aumento da competição entre produtores especialistas;

f) mercado mais exigente por qualidade;

g) predomínio de pequeno número de espécies e cultivares;

h) preferência por sementes de varredura.

Existe marcada preferência dos pecuaristas por sementes colhidas pelo

método da varredura, tanto que mais de 80% do volume total anualmente

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comercializado é colhido por este método (SANTOS FILHO, 1996) que consiste

em recuperar as sementes caídas ao solo após o término do ciclo reprodutivo

das plantas. Estas sementes apresentam maior vigor e longevidade se

comparadas àquelas colhidas por outros métodos, e possibilitam

estabelecimento rápido e uniforme da pastagem, fatos que explicam a

preferência dos pecuaristas (SOUZA, 2001a). Além do mais, com o

aperfeiçoamento do processo de beneficiamento com possibilidades de

eliminação máxima de impurezas, o padrão de qualidade das sementes passou

a ser bastante superior (MACEDO et al., 2005).

Outra importante característica do mercado têm sido o histórico

predomínio de um número relativamente pequeno de espécies e cultivares de

gramíneas forrageiras. Todas as principais espécies e cultivares de Brachiaria

sp e de Panicum maximum, cujas sementes predominam no mercado brasileiro

são perenes, de origem africana, de introdução intencional e recente. Estes

cultivares substituíram com sucesso outras forrageiras de idêntica origem,

ditas "tradicionais" ou "naturalizadas", como os capins colonião, jaraguá e

gordura (SOUZA, 2001a).

Em sementes de gramíneas forrageiras, assim como para a maioria das

sementes das grandes culturas, não é exigida a análise da qualidade sanitária

das sementes comercializadas, quando estas são destinadas ao mercado

interno. A avaliação da sanidade das sementes é exigida apenas quando são

destinadas à exportação. Portanto, para atender às exigências do mercado

externo, no que se refere a barreiras fitossanitárias, bem como as demandas

existentes no mercado interno, o setor sementeiro de gramíneas forrageiras

deverá se organizar, visando a produção de sementes de boa qualidade

sanitária, tendo em vista que, atualmente, a maioria das sementes

comercializadas não é proveniente de campos de produção para esse fim

(VECHIATO & APARECIDO, 2008).

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3 - Padrão de qualidade das sementes forrageiras no Brasil

O sucesso na formação de pastagens depende de uma boa semente, e

seu uso é totalmente justificável, já que a semente representa apenas cerca de

10% do custo total da formação da pastagem (MACEDO et al., 2005).

O padrão de qualidade está fundamentado em critérios técnicos e

estabelecido normativamente pelo MAPA e os parâmetros de qualidade são

avaliados em laboratórios de sementes com base em regras para análise de

sementes, fundamentadas em padrões internacionais (MACEDO et al., 2005).

Os principais parâmetros avaliados em amostras de sementes de

forrageiras tropicais são: pureza física, germinação, viabilidade da semente

através do teste de tetrazólio, outras cultivares, outras espécies, sementes

silvestres, sementes nocivas toleradas, sementes nocivas proibidas. As

definições desses parâmetros estão expostas nas Regras para análise de

Sementes (BRASIL, 1992).

As exigências para produção e comercialização de sementes forrageiras,

que até maio de 2008 eram estabelecidas pela instrução normativa n° 57

(BRASIL, 2002), passaram a ser estabelecidas pela instrução normativa n° 30

(BRASIL, 2008), e, dentre as alterações impostas, destaca-se o aumento do

valor mínimo de pureza das sementes de gramíneas e leguminosas forrageiras

da maioria das espécies, para que possam receber a certificação e serem

comercializadas (Quadros 1 e 2).

O valor cultural (VC) é obtido multiplicando-se a porcentagem

conseguida no teste de pureza, pela porcentagem do teste de germinação (ou

teste de tetrazólio) e dividindo-se o resultado por 100 e apesar de não ser

exigido atualmente, pela legislação, no padrão de plantas forrageiras, é

interessante que seu cálculo continue sendo feito, para que se possam fazer

comparações entre lotes de sementes e sirva para determinar a taxa de

semeadura para o plantio (MACEDO et al., 2005).

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Quadro 1 – Comparação entre a % de pureza e germinação mínimas exigidas e

VC (valor cultural) das principais gramíneas forrageiras, das Instruções

normativas n° 57 (2002) e n° 30 (2008).

Poaceae (graminae) IN 57 (2002) IN 30 (2008) P (%) G (%) VC (%) P (%) G (%) VC (%) Andropogon gayanus (Capim-andropogon) 40 25 10 40 25 10 Brachiaria brizantha (Capim-braquiarão) 40 60 24 80 60 48 Brachiaria decumbens (Capim-braquiária) 40 60 24 80 60 48 Brachiaria humidícola 40 40 16 80 40 32 Brachiaria ruziziensis 50 60 30 80 60 48 Cenchrus ciliares (Capim-buffel) 40 30 12 40 30 12 Hyparrhenia rufa (Capim-jaraguá) 25 30 8 25 40 10 Melinis minutiflora (Capim-gordura) 30 50 15 30 50 15 Panicum maximum - ( Mombaça e Tanzânia 1) 30 60 18 50 40 20 Panicum maximum - Demais cultivares 40 40 16 50 40 20 Paspalum atratum (Capim-pojuca) 40 50 20 60 50 30 Paspalum notatum (Capim-pensacola) 90 60 54 90 40 36 Pennisetum glaucum (L.) (Milheto) 95 75 71 95 75 71 Setaria anceps (Setária) 50 40 20 50 40 20

Fonte: Adaptado de Brasil, 2002 e Brasil, 2008.

Quadro 2 – Comparação entre a % de pureza e germinação mínimas exigidas e

VC (valor cultural) das principais leguminosas forrageiras, das Instruções

normativas n° 57 (2002) e n° 30 (2008).

Fabaceae (Leguminosae) IN 57 (2002) IN 30 (2008) P (%) G (%) VC (%) P (%) G (%) VC (%) Arachis pintoi (Amendoim-forrageiro) 70 60 42 80 60 48 Cajanus cajan (Guandu) 95 60 57 98 60 59 Calopogonium mucunoides (Calopogônio) 85 60 51 85 60 51 Centrosema pubescens (Centrosema) 95 60 57 98 60 59 Crotalaria juncea (Crotalária) 95 70 67 98 60 59 Dolichos lablab (Lablab) 95 70 67 98 70 69 Galactia striata (Galáctia) 95 60 57 95 60 57 Neonotonia wightii (Soja-perene) 95 60 57 98 60 59 Leucaena leucocephala (Leucena) 95 60 57 98 60 59 Macroptilium atropurpureum (Siratro) 95 60 57 98 60 59 Mucuna pruriens (Mucuna-preta) 95 70 67 98 60 59 Pueraria phaseoloides (Kudzu) 95 60 57 98 60 59 Stylosanthes capitata (Estilosantes) 95 60 57 95 60 57 Stylosanthes guianensis (Estilosantes) 95 60 57 95 60 57 Stylosanthes macrocephala (Estilosantes) 95 60 57 95 60 57

Fonte: Adaptado de Brasil, 2002 e Brasil, 2008.

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4 - Importância do controle sanitário em sementes de espécies

forrageiras

Existe um grande número de fatores que afetam a qualidade das

sementes, destacando-se os genéticos, fisiológicos e ambientais. Como

genéticos destacam-se diferenças de vigor, longevidade e vantagens aferidas

pela heterose. Os fisiológicos têm sua ação determinada pelo ambiente

durante a produção, a colheita, beneficiamento e armazenamento. Os fatores

sanitários se caracterizam pelos efeitos deletérios dos microorganismos e

insetos associados às sementes. Da mesma forma que são observados

problemas de redução no rendimento a nível de campo, também pode ocorrer

redução da qualidade para fins de comercialização e semeadura, devido a

incidência de patógenos (LUCCA, 1985 ).

Na literatura brasileira são citados trabalhos de levantamento de fungos

na maioria das culturas econômicas, embora aparentemente repetitivos têm

trazido importantes informações sobre a localização geográfica dos patógenos

e influência do ambiente sobre o desenvolvimento dos processos infecciosos

das sementes. Estas informações são subsídios importantes para a escolha de

áreas propícias à produção de sementes no país (AZEVEDO & FARIA, 1982);

por exemplo, na América Latina a presença de antracnose em algumas regiões

é fator limitante à produção de sementes. Assim a ocorrência de doenças que

pode reduzir a qualidade de sementes de gramíneas e leguminosas é um fator

diretamente associado à região e clima (TANAKA, 1982).

Como conseqüência da expansão da área cultivada de pastagens,

principalmente de B. decumbens e B. brizantha, houve um aumento da

incidência de doenças no campo, causadas predominantemente por fungos.

Provavelmente, este fato ocorreu pela falta de informações sobre a qualidade

sanitária das sementes utilizadas, facilitando a introdução e disseminação

desses patógenos (VECHIATO & APARECIDO, 2008).

O fungo do gênero Drechslera é um dos principais causadores de

doenças em espécies de gramíneas forrageiras e encontram-se distribuídos nas

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mais diversas regiões do mundo, associados às sementes de pastagens

(NEERGAARD, 1977).

A leguminosa forrageira do gênero Stylosanthes apresenta grande

potencial forrageiro como fonte de proteína e para fixação de nitrogênio nos

solos pobres dos Cerrados brasileiros, mas desde o início dos estudos

apresentou limitação de produção em função da antracnose, causada por

Colletotrichum gloeosporioides. Esta doença tem sido limitante à sua ampla

adoção e persistência na pastagem, em função da desfolha e morte de plantas

(VERZIGNASSI & FERNANDES, 2001).

A transmissão pelas sementes de Stylosanthes é também uma forma de

disseminação da doença (CHARCHAR et al., 2002a). O S. guianensis var.

vulgaris cv. Mineirão tem entre suas características, sobreviver ao período seco

na Região do Cerrado e ser resistente à antracnose causada por Colletotrichum

gloeosporioides (CHARCHAR & LUIZ, 1997). Em 2000, a Embrapa Gado de

Corte lançou o Estilosantes Campo Grande, uma mistura varietal de

Stylosanthes capitata e S. macrocephala, que também apresenta resistência a

antracnose (VERZIGNASSI & FERNANDES, 2001).

Charchar et al. (2002b), avaliando a resistência de leguminosas do

gênero Stylosanthes quanto a antracnose, observou que a reação de

resistência ocorreu em quatro dos quinze acesso de S. guianensis avaliados

(cv. Mineirão, CPAC1132/CIAT 1890, BRA 015725/CIAT 1507 e BRA

011975/CPAC 1114/CIAT 1283); oito dos nove acessos de S. scabra , nos três

acessos avaliados de S. macrocephala, nos cinco acessos de S. capitata; nas

duas cultivares de S. seabrana e no Estilosantes Campo Grande. A

sobrevivência de S. guianensis foi superior, quando comparada as demais

espécies de Stylosanthes avaliadas, durante o período do experimento, nas

condições de Planaltina, DF.

Em B. brizantha, recentemente, foi constatada a presença de Ustilago

operta, agente causal do carvão da braquiária, afetando a produção de

sementes. Em P. maximum houve a constatação de Tilletia ayresii Berkerley, a

cárie do sino do Panicum, colonizando a inflorescência das plantas. No Estado

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do Pará, em 2001, foi constatada a morte de B. brizantha cv. Marandu causada

pelos fungos Pythium perillum associado a Rhizoctonia solani, atingindo cerca

de 56 mil hectares (VERZIGNASSI & FERNANDES, 2001).

A carência de métodos acurados aliada à falta de recursos humanos com

treinamento adequado para identificação de fungos associados a sementes de

gramíneas forrageiras são fatores que facilitam a introdução e disseminação

desses agentes patogênicos. No Brasil existem poucos laboratórios de sanidade

de sementes com pessoal capacitado para identificação de fungos em nível de

espécie dos gêneros Claviceps, Uromyces, Urocystis, Puccinia e Tilletia

(VECHIATO & APARECIDO, 2008).

O uso de fungicidas é a principal forma de controle e prevenção de

doenças em sementes usado no Brasil. O tratamento com fungicidas no

beneficiamento das sementes tem como objetivo principal o controle da

deterioração durante o período de armazenamento e o impedimento da

atuação e disseminação de patógenos nas áreas de cultivo (PITTIS et al.,

1985).

Em relação ao controle de patógenos em sementes de gramíneas

forrageiras, um dos grandes entraves refere-se à necessidade de efetuar o

tratamento químico em lotes de sementes para que ele seja liberado para o

plantio, ou quando o país importador permite o tratamento das sementes, pois

não existem fungicidas registrados para o seu tratamento (VECHIATO &

APARECIDO, 2008).

De acordo com Urben (1987), em sementes de espécies do gênero

Brachiaria, o controle da incidência do fungo Helminthosporium pode ser

conseguida pelo thiram ou captan. Dias (1990) e Previero et al. (1997)

conseguiram excelentes resultados no controle da incidência de fungos do

gênero Drechslera, com a aplicação dos fungicidas captan, thiram, iprodione +

thiram em sementes de Brachiaria brizantha escarificadas com ácido sulfúrico.

Já Previero et al. (1999), observaram que o fungicida oxicloreto de cobre foi

eficiente na redução do patógeno Drechslera nas sementes de Brachiaria

brizantha, principalmente, quanto estas não sofreram escarificação ácida.

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Considerando a escassez de informações na literatura sobre o controle

químico, físico ou biológico, estudos devem ser feitos visando orientar o

programa de manejo de patógenos em sementes de gramíneas forrageiras. É

importante lembrar que o plantio de sementes livres de patógenos é

considerado um dos métodos mais eficientes no controle de doenças. Para

isso, as medidas para reduzir ou eliminar os patógenos iniciam-se no campo de

produção de sementes com manejo adequado, estendendo-se até o seu

beneficiamento e armazenamento (VECHIATO & APARECIDO, 2008).

5 - Aspectos a serem observados no plantio de espécies forrageiras

O uso de boa semente mesmo em condições edafoclimáticas favoráveis

não reduz e nem tampouco elimina a necessidade de adotar cuidados básicos

no processo de estabelecimento ou recuperação da pastagem. Quando se

utilizam sementes de qualidade, a expressão de seu potencial dependerá em

muito das condições a ela oferecida. É importante seguir algumas instruções

(EMBRAPA, 1998), como:

a) realizar o plantio em épocas que as chuvas ocorrem com mais

freqüência, ou seja, de novembro a janeiro;

b) distribuir as sementes uniformimente em toda a área durante o

plantio;

c) ao comprar a semente, deve-se exigir do vendedor os percentuais de

pureza e de germinação do lote da semente, necessários para o cálculo

da quantidade de semente a ser usada por hectare;

d) o plantio poderá ser feito a lanço, em linha ou em covas e as

sementes, necessariamente, deverão ser cobertas pelo solo com, por

exemplo, um rolo compactador ou grade leve fechada;

e) enterrio excessivo das sementes é a causa de insucesso na formação

da pastagem. Sementes muito pequenas como as gramíneas dos

gêneros Panicum, Adropogon e Setaria não devem ser enterradas a

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profundidades maiores que 2 cm, já as sementes do gênero Brachiaria,

não mais que 4 cm;

f) para regular a distribuidora de calcário serão gastos no mínimo 10 kg

de sementes/ha. No caso de quantidades menores, misturar a semente

com calcário, fosfato de rocha, superfosfato simples, dentre outros para

aumentar o volume a ser plantado;

g) alguns fertilizantes, como sulfato de amônia, cloreto de potássio,

uréia, não devem ser misturados com as sementes, pois causam a morte

delas;

h) trabalhar com o depósito de sementes sempre cheio para evitar a

estratificação das sementes (separação da semente pesada da leve)

i) um bom estande inicial apresenta no mínimo 20 plantas nascidas por

metro quadrado para os capins braquiarão, decumbens e humidícola e 40

plantas por metro quadrado para os capins tanzânia, mombaça,

andropógon e setária;

j) para as leguminosas calopogônio, centrosema, soja perene,

estilosantes devem-se obter 20 plantas por metro quadrado. Para o

feijão-guandu, leucena, puerária, pelo menos 5 plantas;

k) em consorciações, reduzir as sementes de capim em 20 a 30%.

O ajuste da taxa de semeadura, para lotes comerciais de sementes que

não apresentam 100% de sementes puras viáveis (VC = 100%) é feito através

da multiplicação do valor recomendado, para o plantio da espécie escolhida,

por 100 e dividido pelo VC (%) do lote de sementes. O valor resultante do

cálculo corresponderá à quantidade mínima de quilograma de sementes a ser

plantada por hectare (MACEDO et al., 2005).

De modo geral 20 a 60% das sementes puras viáveis (SPV) germinam no

campo. Em razão disso, é recomendável aumentar a taxa de semeadura para

compensar tais deficiências (ZIMMER et al.,2002).

Macedo et al. (2005), indica para o plantio em nível de campo, uma taxa

de semeadura que corresponde, aproximadamente, ao dobro do recomendado

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tecnicamente para áreas com solo preparado. É óbvio que, com esta prática,

aumenta-se a probabilidade de sucesso no estabelecimento da pastagem em

condições adversas de plantio, como: condições climáticas desfavoráveis,

pouco preparo do solo e equipamento de baixa precisão utilizados no plantio.

As taxas de semeadura mínimas para as principais espécies de gramíneas e

leguminosas são apresentadas nos quadros 3 e 4 respectivamente.

Quadro 3 – Taxas de semeadura mínimas para algumas forrageiras para o

plantio em áreas de solo preparado.

Gramínea Taxa mínima de semeadura (kg/ha de SPV) Andropógon 2,8 Braquiarão 2,8 Decumbens 1,8 Humidícola 2,5

Mombaça, Tanzânia 1,8 Massai 2,0 Pojuca 2,0 Setária 1,5

Fonte: Macedo et al, 2005.

Quadro 4 – Recomendações de taxa de semeadura para algumas leguminosas.

Leguminosa Taxa mínima de semeadura (kg/ha) Amendoim-forrageiro 10-15

Calopogônio 8-10 Crotalária 20-25

Feijão-de-porco 70-80 Feijão-guandu 20-25

Lablab 25-30 Leucena 10(vc = 70%)

Mucuna-preta 50-60 Puerária 8

Soja perene 6-8 Estilosantes Mineirão 1,5-2,5 (vc=100%)

Estilosantes Campo Grande 2,0-2,5 (vc=100%) Fonte: Macedo et al, 2005.

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8 - Considerações finais

A melhoria nos padrões sanitários e o rigor no cumprimento da nova

legislação de produção e comercialização de sementes forrageiras,

logicamente, associados a um correto manejo de estabelecimento, são fatores

primordiais para se garantir que a pastagem seja inicialmente produtiva e

apresente ganhos econômicos satisfatórios desde sua formação.

9 - Literatura citada

AZEVEDO, J.T. de; FARIA, L.A L. Produção de sementes. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.8, n.9, 1982. p.28-31. BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Regras para análise de sementes. Brasília, 1992. 365p. _______. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n° 57, de 8 de novembro de 2002. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 12 nov. 2002. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta>. Acesso em: 08 de jan de 2009. _______. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n° 30, de 21 de maio de 2008. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 mai 2008. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta>. Acesso em: 08 de jan de 2009. CHARCHAR, M. J.d´ A. & LUIZ, A. J.B. Avaliação de antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) em Stylosanthes capitata e Stylosanthes guianensis nos Cerrados. Relatório Técnico Anual do CPAC 1991 a 1995. p.198-199.1997. _____________; GOMES, A. C.; ANJOS, J.R.N. et al. Colletotrichum gloeosporioides de sementes de cinco espécies de Stylosanthes. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PATOLOGIA DE SEMENTES, 7., 2002. Sete Lagoas, MG. Embrapa Milho e Sorgo, 2002a. p.33. _____________; ANJOS, J.R.N.; GOMES, A. C. et al. Avaliação de acessos de Stylosanthes spp. em relação à antracnose, em condições de campo, no Distrito Federal, Brasil. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2002b, 14 p. (Embrapa Cerrados. Boletim de pesquisa e desenvolvimento, 77). DIAS, D.C.F.S. Influência de microorganismos nos resultados dos testes de germinação de sementes de Brachiaria decumbens Stapf e Brachiaria brizantha Stapf escarificadas com ácido sulfúrico. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP, 1990. 131p. (Dissertação Mestrado). EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte. Passo a passo para a boa formação de uma pastagem. Campo Grande, 1998. Folder. LUCCA, O. A Importância da sanidade na produção de sementes de alta qualidade. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v.7, n.1, p. 113-123, 1985.

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