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Suplemento TÉCNICO Importância e consequências da biópsia muscular no cavalo atleta RESUMO A biópsia muscular permite quantificar os vários tipos de fibras musculares esqueléticas de um cavalo, possibilitando inferir o seu potencial atlético e, tam- bém, caso realizada em intervalos de tempo pré-determinados pode ser uma ferramenta útil na avaliação da eficiência do treinamento. Um possível inconveni- ente dessas coletas sucessivas seria o trauma causado. O objetivo desse tra- balho foi avaliar o método de biópsia percutânea com agulha Bergström de 6mm de calibre, relativamente à lesão do tecido muscular e posterior cicatrização. Além disso, verificar se o fragmento muscular obtido seria suficiente, em quan- tidade e qualidade, para a realização das análises histoquímicas e imunohistoquímica necessárias. Os resultados obtidos mostraram que o méto- do em questão é seguro para os animais e técnicos, não tendo ocorrido nenhu- ma complicação. Além disso, o fragmento de músculo obtido foi considerado adequado para análises realizadas. Unitermos: biópsia muscular, cavalo atleta, cicatrização, desempenho atlético, gluteus medius. Flora Helena de Freitas D‘Angelis Médica Veterinária, CRMV - TO n o 0370, Bolsista de Pós-Doutorado da FAPESP, FCAV/UNESP/Jaboticabal Endereço para correspondência: Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Faculdade de Ciências Veteriná- rias – UNESP – Jaboticabal, Via de acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n CEP: 14884-900 – Jaboticabal - SP e-mail: [email protected] Carla Braga Martins Médica Veterinária, CRMV - SP n o 11907, aluna de Doutorado do curso de Pós-Gra- duação da FCAV/UNESP/Jaboticabal. Karina Nogueira Venturelli Gonçalves Médica Veterinária, CRMV - SP n o 17409, aluna de Mestrado do curso de Pós-Gra- duação da FCAV/UNESP/Jaboticabal. Isabel Cristina Boleli Bióloga, CFB n o 00712/84, professora Dou- tora da área de Histologia e Embriologia do Departamento de Morfologia e Fisio- logia Animal, FCAV/UNESP/Jaboticabal; José Côrrea de Lacerda Neto Médico Veterinário, CRMV - SP n o 2903, Prof. Dr. da disciplina de Clínica Médica de Eqüinos. Departamento de Clínica e Ci- rurgia Veterinária, FCAV/UNESP/ Jaboticabal Antonio de Queiroz Neto Médico Veterinário, CRMV/SP n o 3490, Prof. Adjunto da disciplina de Farmacolo- gia Veterinária; responsável pelo Labora- tório de Fisiologia do Exercício Eqüino do Departamento Morfologia e Fisiologia Animal UNESP/Jaboticabal ABSTRACT TÍTULO EM INGLÊS Muscle biopsy furnishes informations that allows to determine the different types of skeletal muscle fibers of a horse, enabling the anticipation of the athletic potential and also, if done in pre fixed intervals, can be useful for training evaluation. A possible inconvenient of these repeated samples could be the injury that it should cause to muscle tissue. The goal of this research was to evaluate the percutaneus muscle biopsy method using a 6 mm Bergstön’s biopsy needle, relating to the injury caused and its recovery. Besides this, it was aimed to verify if the obtained muscle material was, quantitatively and qualitatively sufficient, for the histochemical and imunohistochemical analysis. The results showed that the method is safe for the animals and technical staff. The obtained muscle samples were also considered adequate for the performed analysis. Key words: athletic horse, gluteus medius, healing, muscle biopsy, performance. 32 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XII - Nº 38 Maio/Junho/Julho/Agosto de 2006 Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.

Importância e consequências da biópsia muscular no cavalo ... · ... relativamente à lesão do tecido muscular e ... sível tipificar os diferentes tipos de fibras musculares

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TÉCNICO

Importância e consequências da biópsia

muscular no cavalo atleta

RESUMO

A biópsia muscular permite quantificar os vários tipos de fibras musculares esqueléticas de um cavalo, possibilitando inferir o seu potencial atlético e, tam- bém, caso realizada em intervalos de tempo pré-determinados pode ser uma ferramenta útil na avaliação da eficiência do treinamento. Um possível inconveni- ente dessas coletas sucessivas seria o trauma causado. O objetivo desse tra- balho foi avaliar o método de biópsia percutânea com agulha Bergström de 6mm de calibre, relativamente à lesão do tecido muscular e posterior cicatrização. Além disso, verificar se o fragmento muscular obtido seria suficiente, em quan- tidade e qualidade, para a realização das análises histoquímicas e imunohistoquímica necessárias. Os resultados obtidos mostraram que o méto- do em questão é seguro para os animais e técnicos, não tendo ocorrido nenhu- ma complicação. Além disso, o fragmento de músculo obtido foi considerado adequado para análises realizadas.

Unitermos: biópsia muscular, cavalo atleta, cicatrização, desempenho atlético, gluteus medius.

Flora Helena de Freitas D‘Angelis Médica Veterinária, CRMV - TO no 0370, Bolsista de Pós-Doutorado da FAPESP, FCAV/UNESP/Jaboticabal Endereço para correspondência: Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Faculdade de Ciências Veteriná- rias – UNESP – Jaboticabal, Via de acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n CEP: 14884-900 – Jaboticabal - SP e-mail: [email protected]

Carla Braga Martins Médica Veterinária, CRMV - SP no 11907, aluna de Doutorado do curso de Pós-Gra- duação da FCAV/UNESP/Jaboticabal.

Karina Nogueira Venturelli Gonçalves Médica Veterinária, CRMV - SP no 17409, aluna de Mestrado do curso de Pós-Gra- duação da FCAV/UNESP/Jaboticabal.

Isabel Cristina Boleli Bióloga, CFB no 00712/84, professora Dou- tora da área de Histologia e Embriologia do Departamento de Morfologia e Fisio- logia Animal, FCAV/UNESP/Jaboticabal;

José Côrrea de Lacerda Neto Médico Veterinário, CRMV - SP no 2903, Prof. Dr. da disciplina de Clínica Médica de Eqüinos. Departamento de Clínica e Ci- rurgia Veterinária, FCAV/UNESP/ Jaboticabal

Antonio de Queiroz Neto Médico Veterinário, CRMV/SP no 3490, Prof. Adjunto da disciplina de Farmacolo- gia Veterinária; responsável pelo Labora- tório de Fisiologia do Exercício Eqüino do Departamento Morfologia e Fisiologia Animal UNESP/Jaboticabal

ABSTRACT

TÍTULO EM INGLÊS

Muscle biopsy furnishes informations that allows to determine the different types of skeletal muscle fibers of a horse, enabling the anticipation of the athletic potential and also, if done in pre fixed intervals, can be useful for training evaluation. A possible inconvenient of these repeated samples could be the injury that it should cause to muscle tissue. The goal of this research was to evaluate the percutaneus muscle biopsy method using a 6 mm Bergstön’s biopsy needle, relating to the injury caused and its recovery. Besides this, it was aimed to verify if the obtained muscle material was, quantitatively and qualitatively sufficient, for the histochemical and imunohistochemical analysis. The results showed that the method is safe for the animals and technical staff. The obtained muscle samples were also considered adequate for the performed analysis.

Key words: athletic horse, gluteus medius, healing, muscle biopsy, performance.

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INTRODUÇÃO

A técnica de biópsia muscular por agulha percutânea é uma ferramenta útil para a avaliação do potencial atlético do cavalo, sendo já utilizada na medici- na esportiva eqüina. Vários estudos, baseados na utilização desta técnica, demonstraram correlação entre o de- sempenho atlético e as características musculares de cavalos em diferentes modalidades esportivas (Éssen- Gustavsson et al., 1984; Rivero et al., 1995a e b). A biópsia por agulha percutânea foi introduzida por Bergström em 1962 e desde 1974 tem sido utilizada para coleta de amostra de músculo esquelético em eqüinos (Lindholm e Piehl, 1974). O uso desta técnica tornou possível a realização de análises do tecido muscular, a determi- nação do diagnóstico e prognóstico das doenças neuromusculares e a avaliação do condicionamento físico, bem como a compreensão das modificações adaptativas que ocorrem na muscula- tura esquelética durante o treinamento (White e Snow, 1987). Utilizando este método, amostras de músculo podem ser obtidas de animais vivos, possibili- tando o estudo de suas características metabólicas e contráteis (Snow e Valberg, 1994). O método de biópsia por agulha percutânea é a técnica mais simples e segura para obtenção e análise muscu- lar, sendo a técnica melhor aceita pelos proprietários de animais em campanha hípica (Snow e Guy, 1976; Snow e Valberg, 1994). Para avaliações do desempenho, durante o treinamento de cavalos, são necessárias coletas repetidas de frag- mentos de músculos a intervalo pré-de- terminado. Por essa razão, Lindner et al. (2002) coletaram fragmentos de músculo gluteus medius direito e es- querdo nas profundidades de 20 e

60mm, utilizando a técnica descrita por Lindholm e Piehl (1974) com objetivo de determinar a capacidade de reconstituição do músculo gluteus medius. Cada músculo e seu corres- pondente contralateral foi biopsiado três vezes em um intervalo de sete sema- nas. Esses autores concluíram que, quando se coleta várias amostras com esse intervalo permite-se à recons- tituição completa do músculo gluteus

MATERIAIS E MÉTODOS

ANIMAIS E MANEJO

Utilizou-se 67 eqüinos conforme características descritas na tabela 1. A higidez dos animais foi determina- da mediante realizações de exames clínicos.

Tabela 1 - Identificação/raça, sexo, idade, profundidade da biópsia, peso corpóreo médio de eqüinos submetidos à biopsia muscular por agulha percutânea Bergström 60mm.

PSA: Puro Sangue Árabe; PSI: Puro Sangue Inglês; F: fêmea; M: macho

medius, não havendo prejuízo para ava- liação das variáveis musculares. De acordo com vários autores que trabalharam com a biópsia muscular por agulha percutânea, embora, pequenos fragmentos de músculo com 50mm a 60mm de diâmetro sejam obtidos com esse procedimento (Éssen-Gustavsson et al., 1989; Rivero et al., 1995a e b) é pos- sível tipificar os diferentes tipos de fibras musculares através de técnicas como, histoquímica mATPase (Guth e Samaha, 1969), bioquímica SDS-PAGE (Staron e Pette, 1993), imunohistoquímica (Rivero et al., 1996), ELISA (Barrey et al., 1995) e hibridação (Chang e Fernandes, 1997). Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo estudar vários eqüinos de diferentes idades cronoló- gicas pela técnica de biópsia muscular realizada por agulha percutânea com o intuito de avaliar a eficiência e a segu- rança do método nas condições de cri- ação e manejo brasileiras.

BIÓPSIA DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO GLUTEUS MEDIUS

Foram realizadas em cada animal, coletas de fragmentos de músculos gluteus medius pelo método de biópsia por agulha percutânea tipo Bergström 6,0mm (Figura 1.E); (Lindholm e Piehl, 1974). Anteriormente ao procedimento de biópsia, os animais foram contidos em troncos específicos para eqüinos e o local de penetração da agulha (Figura 1.A) foi determinado tomando-se como referência o terço médio cranial de uma linha imaginária que se extende da tuberosidade coxal a inserção da cau- da. Em seguida, realizou-se a tricotomia de aproximadamente 5cm2, correspon- dente à região externa do músculo gluteus medius. Em seqüência, proce- deu-se a anti-sepsia com idopovidona1, e a anestesia local foi realizada median- te infiltração local de 2 a 3 mL de

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Figura 1

Procedimentos utilizados na coleta de fragmentos do músculo gluteus medius.A) Ponto de inserção da agulha, a seta indica o local exato para inserção da agulha e obtenção das amostras. B) “botão anestésico” decorrente da infiltração subcutânea do anestésico local. C) Incisão da pele, tecido subcutâneo e fáscia glútea com bisturi descartável. D) Inserção da agulha de biópsia muscular. E) Agulha de biópsia muscular do tipo Bergström 6,0mm, destacando-se: (a) agulha guia, contendo uma pequena janela (seta). Externamente há marcações que possibilitam verificar a profundidade do local onde foi coletada a amostra. (b) Cilindro cortante (c) mandril.

agulha, juntamente com seu cilindro cortante e janela fechada, na incisão promovida pelo bisturi (Figura 1.D) até a profundidade aproximada de 60mm nos animais adultos e de 20 a 40mm nos potros, em um ângulo de 90o, atin- gindo o músculo gluteus medius. Em seguida, movimentou-se o cilindro cor- tante, permitindo a exposição da jane- la de corte. A seguir, procedeu-se des- locamento lateral na agulha contra o tecido muscular formando um ângulo de 45o e, então, reintroduziu-se o cilin- dro cortante para a secção de frag- mento muscular. Segui-se a retirada lentamente da agulha, comprimindo-se manualmente com gaze a região da biópsia. Posteri- ormente, utilizou-se sobre a incisão po- mada ungüento3, até completa cicatri- zação. Após a retirada da agulha do mús- culo gluteus medius, a amostra de te- cido foi removida da agulha com o au- xílio de uma pinça e, em seguida, pré- resfriada por imersão em hexano por 40 segundos aproximadamente (Dubowitz, 1985), embalada em papel alumínio, com identificação, acondicio- nada e mantido congelada em nitrogê- nio líquido para as análises histoquímica e imunohistoquímica. A seguir, as amos- tras foram retiradas do nitrogênio líqui- do e estocadas em freezer4 a -70°C até serem analisadas.

AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DA FERIDA

As feridas oriundas da biópsia mus- cular foram avaliadas diariamente por meio de visualização macroscópica a fim de identificar possível presença de

cloridrato de lidocaína 2% sem vasoconstrictor2 por via subcutânea (Fi- gura 1.B). Sucedidos cerca de cinco mi- nutos, promoveu-se incisão de pele, teci- do subcutâneo e fáscia glútea no local

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determinado para a penetração da agu- lha (Figura 1.C), utilizando lâmina de bis- turi n° 21, seguida de hemostasia compressiva com gaze estéril. Para as coletas, introduziu-se a

PVPI tópico ® - Miyak do Brasil Ind. e Com. Ltda., 2Lidocaina 2%, Cristalia®, Itapira, SP. 3Person Saúde Animal Ltda, Rio de Janeiro, RJ. 4Bio-freezer®

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Figura 2

Evolução da ferida após a biópsia muscular. A) Local da biópsia logo após a coleta. B) curativo local logo após a biópsia com pomada ungüento cicatrizante e repelente. C) ferida após três dias de biópsia muscular. D) ferida após sete dias de biópsia muscular.

hematoma, edema e exsudatos no local da incisão. A região biopsiada foi monitorada e fotografada até 14 dias após a realização da coleta.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com a literatura pode-se afirmar que o gluteus medius é um mús- culo freqüentemente analisado quando se estuda os efeitos do treinamento e destreinamento em eqüinos atletas (Rivero et al., 1993, 1995a), por ser este o músculo de maior capacidade de pro- pulsão durante a locomoção, além de ser de fácil acesso (Lindholm e Piehl, 1974) e desprovido de grandes artérias, veias e nervos (Rivero et al., 1989).

Verificou-se nesse estudo que, a téc- nica de biópsia por agulha percutânea resulta em um trauma mínimo, sendo o método prático, de fácil condução, pouquíssimo traumático, além de não necessitar a utilização de anestésicos gerais ou tranqüilizantes, o que diminui o custo da técnica. Dessa forma, pode ser realizada em animais que estejam participando de programa de treinamen- to para várias modalidades esportivas. Não se observou complicações em nenhum dos animais. O tamanho da in- cisão feita no local da biópsia, observa- do após o procedimento, comprovou que não há necessidade de realizar-se sutu- ra de pele (Figura. 2A), sendo a cicatri- zação obtida por segunda intenção. A evolução da cicatrização das feridas

(Figura 2) em todos os animais aliada à ausência de complicação, suportam as colocações de Snow e Valberg (1994) e McGavin (1995) que afirmaram que o músculo esquelético é reconhecido por sua particular capacidade de re- cuperação e de Lindner et al. (2002) que concluíram que amostras repeti- das do músculo gluteus medius coletadas consecutivamente com in- tervalos de sete semanas, não causam efeitos na recuperação muscular que possa interferir nas avaliações das variáveis musculares. Roncati (2001) propôs a utilização de solução de iodopovidona antes e após a coleta com intuito de minimizar os riscos de contaminação e infecção muscular no local da biópsia. Neste estudo, seguiu-se regras básicas e os procedimentos utili- zados por Roncanti (2001). Os resultados das análises morfométricas da biópsia muscular dos animais PSA adultos que já foram pu- blicados (D’Angelis et al., 2005), de- monstraram que, os fragmentos obtidos através da técnica de biópsia muscular foram suficientes para classificar e de- terminar os diferentes tipos de fibras musculares em eqüinos adultos.

CONCLUSÃO

Conclui-se que o método de biópsia por agulha percutânea (6mm) constitui um método seguro para os animais e pessoal técnico, fornecendo material em quantidade e qualidade suficientes para a análise e tipificação das fibras mus- culares esqueléticas, além de possibili- tar a obtenção de informações impor- tantes para a detecção de animais com maior potencialidade para desempenhar provas eqüestres e, também, para acompanhar a evolução de esquemas de treinamento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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