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IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA Norma, Doutrina, Jurisprudência e Prática

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IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA

Norma, Doutrina, Jurisprudência e Prática

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© 2016 by INTELECTO EDITORA

Produção editorial: Demes BritoDiretor editorial: Demes Brito

Diagramação e revisão: Formato ServiçosCapa: Editora Intelecto

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Penha, José Ribamar BarrosImposto de renda pessoa física: norma, doutrina, jurisprudência e

prática / José Ribamar Barros Penha. – 3. ed. atual. e ampl. – São Paulo: Intelecto Editora, 2016.

Bibliografia.ISBN 978-85-5827-005-2

1. Imposto de renda 2. Imposto de renda – Legislação – Brasil 3. Pessoa física I. Título.

16-01983CDU-34:336.226.11

Índices para catálogo sistemático:

1. Imposto de renda : Pessoa física : Direito tributário 34:336.226.11

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos

direitos de autor (Lei no 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

Impresso no Brasil/Printed in Brazil

Nota: O Acordo Ortográfico foi aplicado integralmente nesta obra.

INTELECTO EDITORA

Rua Turiaçu, 390, 5o andar

Perdizes

05005 000 São Paulo SP

011 2592 8003

intelectosolucoes.com.br

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Prefácio, xiii

Apresentação da 3a Edição, xiv

Apresentação da 2a Edição, xvii

Apresentação, xix

Capítulo I – O Sistema Tributário Nacional, 1

1 Imposto de Renda na Constituição Federal, 1

1.1 Competência para instituir Imposto de Renda, 1

1.2 Imunidade tributária, 3

1.3 Princípios que se aplicam ao Imposto de Renda, 3

1.4 Repartição do produto da arrecadação do Imposto deRenda, 6

2 Imposto de Renda à luz do Código Tributário Nacional, 7

2.1 Conceito de tributo e espécies, 7

2.2 Obrigação tributária, 9

2.3 Fato gerador, 9

2.4 Base de cálculo, 10

2.5 Sujeito passivo, 11

2.6 Lançamento tributário, 11

2.6.1 Lançamento por declaração, 13

2.6.2 Lançamento por homologação, 14

2.6.3 Lançamento por ato de ofício, 15

2.7 Crédito tributário, 15

2.7.1 Extinção do crédito tributário, 17

2.7.1.1 Extinção pelo pagamento, 17

2.7.1.2 Extinção pela remissão, 18

2.7.1.3 Extinção pela dação em pagamento de bens imóveis, 19

2.7.1.4 Extinção pela transação, 19

Sumário

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vi Penha

2.7.1.5 Extinção por consignação em pagamento, 20

2.7.1.6 Extinção por decisão administrativa irreformável, 21

2.7.1.7 Extinção por decisão judicial passada em julgado, 22

2.7.1.8 Extinção pela compensação, 22

2.7.1.9 Extinção pela decadência, 23

2.7.1.10 Extinção pela prescrição, 32

2.7.2 Exclusão do crédito tributário, 33

2.7.2.1 Exclusão pela Isenção, 33

2.7.2.2 Exclusão pela Anistia, 34

2.7.3 Suspensão do crédito tributário, 34

2.7.3.1 Suspensão pela moratória, 35

2.7.3.2 Suspensão pelo depósito do montante integral, 35

2.7.3.3 Suspensão pela Impugnação, 36

2.7.3.4 Suspensão pela concessão de medida liminar, 36

2.7.3.5 Suspensão pelo parcelamento, 36

2.8 Restituição do imposto recolhido indevidamente, 38

2.8.1 Prazo para requerer a restituição, 40

2.8.2 Atualização do valor a ser restituído, 43

2.8.3 Meios para requerer a restituição, 45

Capítulo II – O Imposto de Renda das Pessoas Físicas, 47

1 Definição do IRPF e situação na norma legal, 47

1.1 A reforma do Imposto de Renda de 1988, 49

1.2 As alterações da tabela progressiva em 2008, 51

1.3 A legislação do Imposto de Renda regulamentada, 51

1.4 Os atos administrativos, 52

2 Fato gerador, 53

2.1 Fato gerador mensal e Fato gerador anual, 55

3 Base de cálculo do imposto, 58

4 Contribuintes, 59

4.1 Pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, 60

4.2 Pessoas físicas domiciliadas no exterior, 61

4.3 Menores e outras pessoas civilmente incapazes, 62

4.4 Beneficiários de alimentos e pensões, 63

4.5 Espólio da pessoa física, 64

4.6 Prestadores de serviços a estados e organismos estrangeiros, 64

4.7 Serviços personalíssimos prestados por pessoa jurídica, 70

4.8 Sociedade conjugal. Dissolução da sociedade conjugal, 76

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vii

5 Responsáveis, 76

5.1 Responsabilidade dos sucessores, 77

5.2 Responsabilidade de terceiros, 78

5.3 Responsabilidade dos declarantes dependentes, 78

6 Alíquotas e tabelas progressivas do IRPF, 78

7 Rendimentos tributáveis, 83

7.1 Rendimentos do trabalho assalariado, 84

7.1.1 Salário, Vencimento, Subsídio, Soldo e Honorário, 85

7.1.2 Bolsas de estudo e de pesquisa, 87

7.1.3 Rendimentos recebidos acumuladamente, 89

7.1.4 Férias, Abonos constitucional e pecuniário, 94

7.1.5 Licença especial, vantagens e gratificações, 95

7.1.6 Participação nos lucros e resultados, 100

7.1.7 Comissões e corretagens, 103

7.1.8 Pagamento de aluguel, imposto, seguro e auxílio ao empregado. Remuneração Indireta, 103

7.1.9 “Indenizações”, 104

7.2 Rendimentos do trabalho sem vinculação empregatícia, 105

7.2.1 Honorários, remunerações, pró-labores e emolumentos, 106

7.2.2 Corretagens e comissões, 108

7.2.3 Contratos de empreitada, 110

7.2.4 Direitos autorais, 110

7.3 Outros Rendimentos Tributáveis, 111

7.3.1 Alimentos e Pensão Alimentícia, 111

7.4 Rendimentos com Tributação Especial, 113

7.4.1 Prestação de trabalho assalariado ao País no exterior, 114

7.4.2 Pessoas físicas que prestam serviços com uso de veículos, 114

7.4.3 Garimpeiros, 114

7.4.4 Imóvel cedido, 115

7.5 Rendimentos tributáveis por presunção legal, 115

7.5.1 Acréscimos patrimoniais a descoberto, 118

7.5.2 Depósitos bancários, omissão de rendimentos, 122

7.5.2.1 Sinais exteriores de riqueza, 123

7.5.2.2 Depósitos bancários. Rendimentos omitidos, 124

7.5.2.3 Sigilo das informações bancárias, 131

7.6 Rendimentos do ganho de capital, 135

7.6.1 Conceito de ganho de capital, 136

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viii Penha

7.6.2 Tributação do ganho de capital pelo Imposto de Renda, 136

7.6.3 O ganho de capital informado na Declaração de Ajuste Anual, 142

8 Rendimentos isentos e não tributáveis. Indenizações, 143

8.1 Normas tributárias isentivas, 145

8.1.1 Normas constitucionais, 145

8.1.2 Normas gerais complementares, 145

8.1.3 Normas ordinária e regulamentar, 146

8.1.4 Decisões Jurisprudenciais e atos administrativos, 147

8.2 Rendimentos isentos, 148

8.2.1 Alimentação, transporte e uniformes, 148

8.2.2 Diárias e ajuda de custo, 149

8.2.3 Valor locativo de imóvel cedido, 152

8.2.4 Indenização isenta por definição legal, 153

8.2.5 Moléstia grave, 155

8.2.6 Outras isenções da Lei 7.713, 158

8.2.7 Ganho de Capital Isento, 164

8.2.7.1 Bens de pequeno valor, 164

8.2.7.2 Único Imóvel, 164

8.2.7.3 Aquisição de outro imóvel, 165

8.2.8 Outras isenções legais, 165

8.2.8.1 Bolsa de estudo e pesquisa, 165

8.2.8.2 Seguro-desemprego, auxílio-natalidade, auxílio-doença, auxílio-funeral e auxílio-acidente, 166

8.2.8.3 Programa de demissão voluntária, 166

8.2.8.4 Remessas para custeio de estudantes no exterior, 167

8.3 Verbas indenizatórias (não incidência), 167

8.3.1 Indenização isenta por decisão judicial, 170

8.3.1.1 Abono pecuniário de férias, 172

8.3.1.2 Férias não gozadas. Férias proporcionais, 174

8.3.1.3 Licença-prêmio, 174

8.3.1.4 Licença-prêmio de servidor público, 175

8.3.1.5 Abono de permanência em serviço, 177

9 As Deduções do Rendimento Bruto, 178

9.1 Dependentes, 181

9.1.1 Companheiro ou companheira em união homoafetiva, 183

9.1.2 Comprovação de dependente, 183

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ix

9.2 Pensão alimentícia, 185

9.3 Previdência social oficial, 185

9.4 Previdência privada, 186

9.5 Declaração em Conjunto e em Separado, 186

9.5.1 Dependentes comuns, 188

9.5.2 Dependentes próprios, 188

9.5.3 Dependente beneficiário de pensão alimentícia, 189

9.5.4 Dependência parcial, dedução integral, 189

9.6 Contribuinte com 65 anos de idade, 189

9.7 Despesa com instrução, 190

9.8 Despesa com a saúde, 191

9.8.1 Controles fiscais das despesas médicas, 194

9.9 Deduções do décimo terceiro salário, 196

9.10 Deduções na apuração do ganho de capital, 197

9.11 Deduções do Livro Caixa do profissional autônomo., 197

Capítulo III – A Tributação do Resultado da Atividade Rural da Pessoa Física,

201

1 Conceito de atividade rural, 201

2 Receita bruta da atividade rural, 202

3 Despesas de custeio e investimentos, 204

4 Resultado da atividade rural, 207

4.1 Livro Caixa do produtor rural, apuração do resultado, 208

4.2 Apuração do resultado presumido, 218

5 Tributação do resultado da atividade rural, 219

5.1 Tributação do resultado da venda de produtos rurais, 219

5.2 Tributação do resultado da alienação das benfeitorias rurais, 220

6 Tributação do ganho de capital na alienação da terra nua, 221

7 Arrendatários, condôminos e parceiros rurais, 226

Capítulo IV – A Administração do IRPF, 229

1 Cadastro de Pessoas Físicas, 229

1.1 Atualização da base CPF, 231

2 Domicílio Fiscal, 233

2.1 Contribuinte ausente do domicílio e transferência de domicílio, 237

2.2 Residentes ou domiciliados no exterior, 237

3 Declaração de ajuste anual, 238

3.1 Declaração Simplificada, 240

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x Penha

3.2 Declaração de Bens e Direitos, 241

3.3 Dívidas e ônus reais, 242

3.4 Prazo de entrega, 243

3.5 Elaboração da declaração de ajuste anual, 245

3.5.1 Utilização do Programa Gerador da Declaração, 247

3.5.2 Deduções do Imposto Devido, 264

3.5.3 Imposto a restituir (IAR), 266

3.5.4 Imposto a Pagar (IAP), 266

3.6 Dispensa de juntada de documentos, 267

3.7 Local para entrega da declaração de ajuste, 268

3.8 Situações especiais relativas à Declaração de Ajuste Anual, 269

3.8.1 Declaração em Conjunto, 269

3.8.2 Dissolução da sociedade conjugal, 270

3.8.3 Espólio, 271

3.8.4 Saída do País em caráter definitivo, 272

3.8.5 Comunicação de saída definitiva do País, 273

3.8.6 Declaração de saída definitiva do País, 274

3.8.7 Ausentes no exterior a serviço do País, 275

3.8.8 Portadores de visto permanente e de visto temporário, 275

Capítulo V – O Contencioso Fiscal, 277

1 Processo administrativo fiscal, 278

1.1 Procedimento fiscal, 279

1.2 Impugnação, 281

1.2.1 Prova no Processo Administrativo Fiscal, 287

1.3 Primeira Instância de Julgamento, 289

1.4 Segunda Instância de Julgamento, 297

1.4.1 Recurso Voluntário, 301

1.4.1.1 Recurso voluntário à CSRF, 303

1.4.1.2 Redação do Recurso Voluntário, 305

1.4.1.3 Julgamento do Recurso Voluntário, 306

1.4.2 Recurso de Ofício, 308

1.4.3 Embargos de Declaração, 310

1.5 Instância Especial, 311

1.5.1 Recurso Especial, 312

1.5.1.1 Redação do Recurso Especial, 315

1.5.1.2 Julgamento do Recurso Especial, 316

1.5.2 Agravo, 316

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xi

1.6 Súmulas CARF, 316

1.7 Coisa julgada administrativa, 321

2 Processo judicial fiscal, 322

2.1 Depósito do montante integral, 325

2.2 Ação de consignação em pagamento, 326

2.3 Mandado de segurança, 328

2.4 Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica, 331

2.5 Ação Anulatória de Débito Fiscal, 332

2.6 Ação de Repetição de Indébito, 334

Bibliografia, 337

Apêndice, 339

1. Impugnação, 339

2. Recurso Voluntário, 342

3. Recurso Especial, 345

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A obra de José Ribamar Barros Penha, que com grande prazer apre-sento aos leitores, vem na hora certa, para preencher uma lacuna de informação e, ao mesmo tempo, oferecer valiosos subsídios para solução das dúvidas inerentes à tributação do imposto de renda das pessoas físi-cas. Esse trabalho é fruto de sua larga experiência como Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil e, sobretudo, do seu trabalho como julgador no Conselho de Contribuintes, em que presidiu por vários anos a Sexta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, órgão especializado no julgamento de processos relativos ao imposto de renda das pessoas físicas.

Os julgadores, ao longo dos anos, registram suas reflexões e co-lecionam textos julgados, artigos, pareceres que, reunidos de forma sistemática e sob enfoque predominantemente prático, possibilitam a formação de um material valioso para orientar as pessoas físicas a lidar com suas obrigações tributárias.

Apesar da importância do tema, a escassa literatura especializada não facilita a vida dos contribuintes, que são obrigados a preencher sua declaração de rendimentos, ainda mais quando surgem dúvidas espe-cíficas. Em geral, dispõe-se apenas de manuais oficiais que procuram, em poucas linhas, tratar de uma variedade enorme de situações. Não se trata de menoscabar tais publicações fazendárias, que, sem dúvidas, tem crescido em quantidade e qualidade nos últimos anos. Mas trata-se, sim, de louvar aquilo que é infrequente e enriquece o leitor. Quem lidou com a experiência concreta da realização do direito sabe quão difícil é o per-curso da interpretação à aplicação das regras nua área do conhecimento tão complexa como a legislação do imposto de renda.

O trajeto de aproximação empreendido pelo Autor em sua obra ini-cia-se pela análise do imposto sobre a renda no contesto dos princípios e imunidades constitucionais e, a partir dessas reflexões sobre o texto maior, passa a examinar as normas gerais do Código Tributário Nacional. Nesse sentido, o trabalho traz atuais e importantes luzes para temas tenebrosos do direito tributário brasileiro, tais como: a possibilidade de tributação das indenizações, o cálculo dos acréscimos patrimoniais, a confissão de dívida e os prazos de decadência do direito de constituir crédito tributário. José Ribamar não só esclarece didaticamente as con-

Prefácio

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xiv Penha

trovérsias vigentes, mas indica, com firmeza, o caminho que levará os leitores a uma posição segura em face do atual entendimento do Fisco e da Jurisprudência administrativa e judicial.

No segundo capítulo, o autor ingressa nos detalhes da legislação do imposto de renda das pessoas físicas, apontando as leis, as regulamentações, a doutrina e a jurisprudência sobre temas específicos e de interesse prático, como os rendi-mentos tributáveis, isentos e não tributáveis; deduções e abatimentos; alíquotas; e apuração do imposto. Logo após, adentra no estudo das regras da elaboração e de apresentação da Declaração de Ajuste Anual.

No derradeiro capítulo, trata das questões relativas ao contencioso admi-nistrativo, indicando e comentando julgamentos importantes proferidos pelo Conselho de Contribuintes. Questões em torno de relevantes matérias são abordadas, como são os casos de desconsideração da personalidade jurídica por exercício de profissão regulamentada ou as acusações de omissão de receita com base em depósitos bancários sem comprovação de origem; além de examinar as possibilidades de defesa judicial à disposição do contribuinte que não concordar com as decisões definitivas das instâncias administrativas.

Vê-se, pelo breve resumo acima, a importância desta obra. Não se restringe a apresentar uma sequência informativa, com a finalidade de atualização, mas traz uma reflexão madura sobre os temas, sempre respaldada na melhor doutrina e jurisprudência.

O Autor presta, assim, um relevante serviço à realização do Estado de Direito que não pode prescindir de meios que lhe possibilitem uma eficiente cobrança de tributos, mas necessita fazê-lo de maneira a não solapar as garantias funda-mentais estabelecidas na Constituição Federal. Este livro, que tenho a satisfação de prefaciar, evidencia esse equilíbrio e será texto obrigatório para quem queira conhecer a legislação de imposto sobre a renda. Ou, nas palavras do Autor, permite “ficar em paz com o Leão”. Os contribuintes, auditores, contadores, advogados, enfim, todos os que têm que aplicar no seu dia a dia o Direito Tributário apenas têm a agradecer por seu entusiasmo e dedicação.

Congratulo-me com a MP Editora por trazer a lume esta interessante con-tribuição para a comunidade jurídica brasileira.

MARCOS VINICIUS NEDERSubsecretário da Receita Federal do Brasil

Mestre e Doutorando pela PUC em São PauloProfessor na Pós-graduação da PUC e

Fundação Getulio Vargas

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Apresento aos amigos leitores a 3a edição do nosso livro “IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. Norma, Doutrina, Jurisprudência e Prá-tica” amparada na legislação tributária publicada até fevereiro de 2016, inclusive a Instrução Normativa RFB nº 1613, de 01 de fevereiro de 2016, que dispõe sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual sobre a Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2016, ano-calendário de 2015, pela editora Intelecto Soluções.

No que se refere à legislação superveniente à 2a edição, cumpre destacar a Medida Provisória 670, de 10 de março de 2015, que dispõe sobre os valores da tabela progressiva do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas, com vigência a partir de 1º de abril de 2015, convertida na Lei 13.149, de 21 de julho de 2015. Estas normas legais, também, alteraram as Leis 7.713, de 1988 e 9.250, de 1995, quanto aos valores isentos provenientes de aposentadorias a partir do mês que o contribuinte completar 65 anos e outras situações.

A revisão da obra se faz necessária diante do dinamismo com que o direito tributário avança e se desenvolve, mormente com relação à tributação do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas, que dada sua característica, não pode prescindir da atualização anual, especialmente, de valores que têm direta relação com a apuração do imposto devido.

Nesse contexto, certamente, o Estado busca aumentar a arrecadação tributária por meio do chamado aperfeiçoamento da legislação, quiçá pela manutenção de valores fixos (“congelados”) que legislação remota atribuiu isenção do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas. Refiro--me aos R$ 440.000,00 relativos à alienação de único imóvel, não sujeito a tributação do IRPF, há 20 anos, desde 1995; os valores acima de R$ 12.000,00, individual ou R$ 80.000,00, anual, depositados em contas bancárias, considerados rendimentos omitidos por presunção legal, há 18 anos, desde 1997; a isenção do IRPF sobre o ganho de capital obtido na venda de bens de pequeno valor, assim considerado, R$ 35.000,00, há dez anos, desde 2005; e, na recentíssima alteração da tributação do ganho de capital mediante alíquotas progressivas.

Diante deste cenário arrecadatório, urge o contribuinte dotar-se dos esclarecimentos necessários ao cumprimento voluntário da obrigação

Apresentação da 3a Edição

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xvi Penha

tributária, sem prejuízo do direito ao contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos próprios, quando assim necessitar.

A jurisprudência advinda dos julgamentos proferidos pelas turmas ordinárias e especiais da Segunda Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e da Segunda Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, deste órgão judicante da estrutura do Ministério da Fazenda, encontra-se atualizada nos aspectos que interessam mais de perto ao contribuinte do IRPF.

Trago, nesta edição, capítulo específico relativo à tributação dos resultados da Atividade Rural, fruto de estudo minucioso, por dever de ofício, em demanda patronal no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Neste sentido, ela-borei a Declaração de Ajuste Anual, Livro Caixa e Demonstrativo de Apuração do Ganho de Capital relativamente a um fictício produtor rural, ao qual atribuí o nome de Mateus de Jesus da Silva.

Mateus de Jesus da Silva, CPF 999.999.990-50, produtor rural, alienou a Fazenda Bom Viver, em 2015, pelo que apurou ganho de capital, sobre a terra nua, e resultado da atividade rural, relativo às benfeitorias.

São assuntos que justificam a edição que ora apresento aos prezados leito-res, juntamente com os meus agradecimentos sinceros pela receptividade das edições anteriores, reiterando-se a intenção de auxiliar o contribuinte a viver em paz com o “leão”!

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Transcorrido o primeiro ano de lançamento do “IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. Norma, Doutrina, Jurisprudência e Prática” é chegada a hora de apresentar a 2a edição, especialmente, em face da dinâmica com que o direito tributário avança e se desenvolve.

No caso do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas, este dinamismo é uma constante. De um lado, o Estado busca aumentar a arrecadação tributária por meio da alteração da legislação, ou mediante a implemen-tação das normas existentes de modo a lhe ser mais favoráveis; do outro lado, o contribuinte em busca do que entende ser o pagamento justo do tributo. Se o Estado detém o poder e agilidade da Mediada Provisória, o contribuinte tem o direito ao contraditório e a ampla defesa com os meios e recursos próprios a provocar mutações na legislação tributária.

Na edição primeira abordou-se a disputa fisco-contribuinte quanto à tributação dos rendimentos recebidos acumuladamente pela pessoa física. Nesta edição, verifica-se a questão apaziguada por meio de medida provisória editada em conformidade com o entendimento proferido pelo Poder Judiciário favorável ao contribuinte. A inclusão do companheiro (a) em união homo afetiva como dependente para fins de dedução do Imposto sobre a renda das pessoas físicas é outro exemplo de fato jurídico que provocou alteração na norma tributária depois da 1a edição.

Em matéria do contencioso administrativo, foram editadas novas súmulas pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Outras sú-mulas tornaram-se vinculantes por ato do Ministro da Fazenda a toda a Administração Tributária e não só aos membros do CARF.

São exemplos que se aborda e justificam a edição que ora apresento aos prezados leitores, juntamente com os meus agradecimentos sinceros pela receptividade da 1ª edição. Reitere-se, este livro tem por finalidade auxiliar o contribuinte a viver em paz com o “leão”!

Apresentação da 2a Edição

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Este estudo tem por objetivo orientar as pessoas físicas a cumprir a obrigação de apresentar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda sem sobressaltos, sem pressão psicológica e sem atropelos de última hora. De um modo geral, as pessoas físicas começam ser lembradas do compromisso com o “leão” a partir de janeiro de cada ano com relação aos fatos, recebimentos e pagamentos do ano findo.

A bem da verdade, o ano-calendário sobre o qual o contribuinte tem que prestar contas com a Fazenda Nacional, do início de março ao fim de abril do próximo ano, inicia no primeiro minuto do ano novo em face dos rendimentos auferidos e de determinadas despesas realizadas. Estariam nesta situação os integrantes da banda que anima o show “da virada” em face dos cachês, ou os participantes da festa que eventualmente, pelos excessos cometidos ou pela emoção do novo ano, necessitam de cuida-dos médicos em face do que realizam as primeiras despesas dedutíveis dos rendimentos auferidos por ocasião da apresentação da declaração de ajuste anual.

Se assim é, e vai ser sempre assim, por que não começar organizar a papelada necessária para a elaboração da Declaração do Imposto de Renda desde o início do ano-calendário? Sem dúvida, o contribuinte do imposto de renda deve iniciar os preparativos para realizar sua Declaração de Ajuste Anual a partir do dia 1o de janeiro do ano-calendário. Assim procedendo, é possível o contribuinte organizar sua vida fiscal de modo a cumprir a legislação tributária dentro do que é exigido pela legislação e, quem sabe, “planejar” economia de imposto, além de evitar a “pro-cura” desesperada por documentos quando o “leão” começa a aparecer na tela, louco pelos últimos trocados que deixaram de ser antecipados durante o ano.

Os preparativos para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do exercício seguinte começam com a determinação de reservar uma pasta para guardar todos os comprovantes de recebimentos de salários, honorários, vendas de bens móveis e imóveis, de ganhos em sorteios, de empréstimos obtidos, de despesas com a saúde do contribuinte e de seus dependentes, do pagamento da matrícula e mensalidades escolares, da aquisição de bens, do pagamento de prestações de imóveis e veícu-

Apresentação

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los, dos empréstimos concedidos etc. Devem ser guardados, nessa pasta, cópia da Declaração enviada à Receita Federal, o arquivo magnético (disquete, CD, Pen drive), os DARF de recolhimentos de Imposto (IAP) ou o comprovante de imposto a restituir (IAR) recebido, além do extrato da declaração processada do ano anterior.

No último dia útil do mês de abril do ano seguinte (exercício) todos os con-tribuintes, que a lei define como obrigados, devem ter prestado conta com o leão, isto é, ter apresentado a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física. A apresentação da declaração em atraso sujeita o declarante à multa de até 20 por cento do imposto apurado na declaração ou o mínimo de R$ 165,74.

O Livro é composto de quatro capítulos abrangendo o IRPF desde a sua previsão constitucional até a extinção do crédito tributário pelo pagamento ou outra das várias formas previstas na lei. O primeiro capítulo aborda a caracte-rização do imposto de renda partindo da Constituição Federal e chegando ao Código Tributário Nacional. O segundo capítulo estuda o imposto de renda da pessoa física a partir das leis ordinárias, regulamento, normativas, doutrina e jurisprudência, especialmente, sobre os rendimentos, as deduções e abatimentos, as alíquotas e a apuração do imposto.

O terceiro capítulo é dedicado às regras de elaboração e apresentação da Declaração de Ajuste Anual, bem como a revisão de ofício a que ela está sujeita. O quarto capítulo trata das questões relativas ao contencioso administrativo, em razão do lançamento de ofício com o qual o contribuinte não esteja de acordo, e aos meios de acesso do contribuinte do Imposto de Renda aos órgãos do Poder Judiciário por opção, desde logo, ou por discordar do resultado do julgamento realizado pelos órgãos administrativos.

Este livro tem por finalidade auxiliar o contribuinte a viver em paz com o “leão”, reitere-se!

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C a p í t u l o

Este capítulo visa fornecer ao leitor as informações iniciais sobre o direito tributário definidas na Constituição Federal e no Código Tributário Nacional, necessárias ao discer-nimento e compreensão dos princípios, regras e normas atinentes ao Imposto de Renda das Pessoas Físicas.

1 IMPOSTO DE RENDA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

1.1 Competência para instituir Imposto de Renda

O Sistema Tributário Nacional encontra-se definido nos artigos 145 a 162, e 194 e 195, estes correspondentes à Seguridade Social, da Constituição Federal. No art. 145, a definição dos tributos instituídos por todos os entes da Federação. Assim, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem instituir os seguintes tributos: impostos, taxas e contribuições de melhoria. Isto, contudo, não significa que os tributos previstos na CF sejam apenas estes.

Impostos, taxas e contribuições de melhoria são os tributos que, observada a repartição constitucional, competem aos entes tributantes do Estado brasileiro instituir. Aos tributos mencionados se juntam outros representados pelas contribuições sociais, contribuições de intervenção no domínio econômico e contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas de competência exclusiva da União. Existe, ainda, previsão constitucional de instituição de impostos extraordinários na iminência ou, no caso de guerra externa (art. 154, II), de empréstimos compulsórios (art. 148) e sobre grandes fortunas pela União.

Por muito tempo foi discutida a natureza tributária das contribuições sociais, das contribuições de intervenção no domínio econômico e das contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas de competência exclusiva da União. Esta questão resta superada, es-pecialmente, em face da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, conforme o RE 560.626:

I O Sistema Tributário Nacional

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2 Penha

[...]

NATUREZA TRIBUTÁRIA DAS CONTRIBUIÇÕES. As contribuições, in-clusive as previdenciárias, têm natureza tributária e se submetem ao regime jurídico-tributário previsto na Constituição. Interpretação do art. 149 da CF de 1988. Precedentes. (RE 560626, Relator Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 12/06/2008, DJe-232 DIVULG 04-12-2008)

Compete, portanto, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir os tributos das espécies, imposto, taxa e contribuição de melhoria, além da contribuição, cobrada de seus servidores, para custeio de sistemas de previdência e assistência social, em benefícios deste (artigo 149, § 1o da Consti-tuição Federal). A União pode instituir os tributos, das espécies imposto, taxa, contribuição de melhoria, contribuições sociais e previdenciárias, contribuições de intervenção no domínio econômico, contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas, imposto extraordinário em caso de guerra e em-préstimo compulsório. O Artigo 149-A, da CF, estabelece que os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública.

Em relação aos impostos, o legislador originário definiu que terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à Administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Dentre os impostos previstos na Constituição Federal, no art. 153, inciso III, está o Imposto de Renda e Proventos de Qualquer Natureza sujeito aos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, cabendo a União insti-tuí-lo. Em conformidade com o critério da generalidade, o imposto de renda deve abranger a todas que pratiquem o ato definido na lei como sendo o fato gerador ou estejam em situação descrita na hipótese de incidência do imposto, não cabe permitir qualquer tributação especial ou exceção em razão do cargo, profissão ou condição específica.

Pelo critério da universalidade, o Imposto de Renda incide sobre todas e quaisquer rendas e proventos auferidos pelo contribuinte. Em face do critério constitucional da universalidade deve ser considerada a totalidade das rendas do contribuinte como uma unidade, sem estabelecer distinções entre tipos de rendas para efeito de tributação diferenciada. É em face deste princípio que o contribuinte que aufere rendimentos do trabalho de várias fontes está obrigado a somá-los e aplicar a tabela progressiva correspondente ao total recebido no mês e no ano.

Em face da progressividade, as alíquotas do Imposto de Renda são fixadas em percentuais variáveis que aumentam conforme também aumenta a base de cálculo. O valor do imposto deve aumentar proporcionalmente ao incremento da riqueza, aquele que tem maior capacidade contributiva deve ter a tributação mais acentuada. Há progressividade, portanto, quando na apuração do imposto são aplicadas alíquotas graduadas progressivamente em função do aumento da base de cálculo.