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APOSTILA DE ARTE PROFESSORA: MEIRE DE FALCO 2º BIMESTRE NOME__________________________ SÉRIE: _________

IMPRESSIONISMO 2013

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APOSTILA

DE ARTE

PROFESSORA: MEIRE DE FALCO

2º BIMESTRE

NOME__________________________ SÉRIE: _________

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IMPRESSIONISMO

O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista.

Principais características da pintura:

* A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.

* As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.

* As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.

* Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.

* As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.

A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura.

HISTÓRIA DO IMPRESSIONISMO O Café Guerbois era o local onde os impressionistas se encontravam para bater papo, discutir suas idéias, definir suas metas. Edward Manet, que era o mais tradicionalista, dentre os pintores impressionistas, foi eleito o chefe desse movimento que estava se iniciando. Ele foi o mais atacado pela crítica e pelo público. Fez duas telas: "Olimpiá" (sobre as prostitutas) e cujo tema chocava o público e "O almoço na relva" (onde os homens se encontravam com as mulheres) causando um escândalo na época. O aprimoramento técnico em todos os setores do desenvolvimento industrial imperava o desejo do novo, de substituir tudo por coisas novas e industrializadas. Imperava a máquina fotográfica. Vão inventar a máquina fotográfica portátil. Passaram a fotografar tudo ao ar livre. Diante disso o artista teve que repensar seu momento para mudar sua arte. O homem percebe que sua existência é uma luta, uma competição. Ele passa a ter consciência do caráter transitório, mutável das coisas. Os Impressionistas captam esse aspecto transitório da vida e do mundo. Nas suas pinturas vão empregar o caráter inacabado. Os valores mudam completamente. A fotografia vai ser importante nesse momento. Eles começam a pintar mais o que SENTEM do que o que eles VÊEM. Vão lutar 30 anos para serem aceitos, pois provocaram uma verdadeira revolução na Arte. Tentam entrar nos salões e são impedidos. Resolvem fazer um salão só para eles que vai ser denominado de "O salão dos recusados".

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PRINCIPAIS CONCEITOS DO IMPRESSIONISMO 1. O pintor sai do atelier e vai pintar ao ar livre (acaba o “posar”). 2. Pinceladas bem amplas porque o tempo é escasso. 3. Liberdade para captar, sem qualquer regra, as impressões do momento. 4. Desaparecem os contornos das figuras. 5. Vão fazer poucos detalhes. 6. A forma é dada pela cor. 7. Mistura ótica das cores. 8. Muita luz e sombra. 9. O efêmero, o fugaz, o reflexo como a luz e a fumaça e as nuvens são usadas constantemente. 10. É retirado o preto da palheta. 11. Uso da temática japonesa. 12. Muita luz e amarelo. O Impressionismo, com todos esses conceitos, foi a solução que abriu definitivamente novos horizontes para a Arte Moderna. O Impressionismo é definido como tentativa inédita de pegar a realidade da luz. Eles nunca tiveram a pretensão de descobrir a luz, os barrocos é que a descobriram. O maior pintor Impressionista é Claude Monet. Para os impressionistas a natureza não é um material de reflexão, é fonte imediata de sensações. O impressionismo é inovador não só da prática ao ar livre, mas também no seu método de trabalho. Eles renunciaram a visão das formas que nós temos e a substituíram por um método em que o imaginário tem sempre um papel a desempenhar, é o "Triunfo do Espírito de Análise". É uma obra em aberto. O imaginário é super importante. O impressionismo não é uma reprodução servil da realidade, ele apenas a sugere. A originalidade impressionista de captar o instante é chamada de "A Impressão Primeira". A paisagem torna-se aquele “pega no ar”. O motivo é captado quase que anarquicamente pelo primeiro olhar, aquele olhar que capta tudo. Eles vão fazer a composição com o objetivo de registrar o momento, que é transitório. O tempo é o que importa e o que pela primeira vez foi representado, pelos impressionistas, na história da arte.

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OS ARTISTAS

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ÉDOUARD MANET Édouard Manet nasceu em Paris, em 23 de janeiro de 1832. Já no colégio Rollin, onde fez os primeiros estudos, demonstrou interesse pelo desenho, mas a família rejeitou sua pretensão de tornar-se pintor. Em dezembro de 1848, como aprendiz de piloto, embarcou com destino ao Rio de Janeiro. A breve passagem pela cidade está documentada nas cartas que enviou do Brasil a seus familiares na França, traduzidas e comentadas por Afonso de E. Taunay no livro No Rio de Janeiro de Dom Pedro II (1947). Após regressar à França, em junho de 1849, seus pais finalmente aceitaram sua carreira de pintor. No ano seguinte, ingressou no ateliê de Thomas Couture e, após seis anos, instalou seu próprio ateliê. Em 1859, pintou "O bebedor de absinto" e, em 1862, "Música nas Tulherias", cena ao ar livre que reúne figuras da sociedade parisiense do segundo império. Em 1863, o júri do Salão da Academia Real rejeitou o quadro "Déjeuner sur l'herbe", obra revolucionária para os padrões da época. Manet a expôs, então, no Salon des Refusés (Salão dos Recusados), onde provocou a admiração dos jovens pintores que mais tarde integrariam o grupo impressionista. Embora inspirado em obras de antigos mestres como Giorgione e Rafael, o quadro provocou violenta reação dos críticos, chocados com a presença de uma mulher nua em meio a homens vestidos. Manet casou-se com Suzanne Leenhoff em 1863. Na época, começou a pintar cenas de hipódromos, entre elas "As corridas de Longchamp". No Salão de 1865, a tela "Olympia" provocou novo escândalo. No ano seguinte, "O pífaro", rejeitado pelo Salão, foi exposto no ateliê de Manet. Émile Zola publicou então um artigo em que o elogiava. No início da guerra franco-prussiana de 1870, Manet se alistou na guarda nacional. Em 1874, tornou-se amigo de Claude Monet e outros pintores impressionistas. Manet morreu em Paris em 30 de abril de 1883. Após a exposição realizada em sua memória, a obra do pintor finalmente obteve reconhecimento.

1 – Grande Canal 2 – Almoço na Relva

CLAUDE MONET: Nasceu em 1840 e morreu em 1926. A preocupação dele foi sempre reter na tela o sol, o vento, a água, no instante em que isso acontecia e da maneira como o olho percebia. Tinha uma forma de ver e sentir a dinâmica do tempo como nenhum outro pintor impressionista teve. Tinha uma relação muito ativa e dinâmica com a obra de arte, com o momento, com o instante. Jamais teve uma contemplação passiva com a natureza. Nasceu em Paris, filho de um comerciante de especiarias (que hoje seria um empresário). Quando ele tinha 5 anos a família foi morar no porto de Le Havre, onde o mar vai assumir muita importância para ele. Foi aí que aconteceu a segunda guerra mundial. A liberdade, o infinito do mar, o horizonte foi muito importante na sua formação. Aprendeu a vibrar com a paisagem, com a liberdade. Não foi aluno brilhante na escola, preferia ficar na praia. Tinha uma mania de fazer caricaturas em seu caderno desde os 7 anos de idade. Foi então melhorando seu desenho e passando a receber encomendas de mais caricaturas. Passa a

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fazer até caricaturas nos bares. No cais de Le Havre, os marinheiros também se interessaram e pediram então a ele que também fizesse caricaturas. Desta vez Monet passa a cobrar dos marinheiros pois não os conhecia (10 a 20 francos por caricatura). Não cobrava dos amigos. O dinheiro que arrecadava comprava mais material para sua pintura. Com 17 anos decidiu ser pintor. Não quis seguir nenhuma profissão que o pai escolhera para ele. O pai incentiva-o a ir estudar em Paris. Em 1859 Monet leva uma carta de apresentação de uma tia (que pintava mal), para estudar na escola de Belas Artes de Paris. Prestou um exame, conseguiu entrar, mas achou uma escola muito acadêmica. Vai decidir estudar no "Atelier Suíço". O “Atelier Suíço” era uma escola de vanguarda, muito aberta e livre, sem exames e de ensino muito informal. Quando seu pai descobriu cortou sua mesada. Lá ele conheceu Pissarro que foram pintar juntos em Mont Martre (onde os pintores pintavam muito). Conheceu também Coubert (pintor Realista). Foi nessa época interrompido pelo serviço militar tendo que ir para Argélia, onde ficou super depressivo. Voltando da Argélia foi para a casa dos pais para se recuperar e onde decidiu voltar logo à Paris. Em Paris volta a pintar e nessa época vai conhecer Renoir e Sisley. Em 1866 pintou uma moça que achou muito bonita chamada Camille e expôs o quadro obtendo muito sucesso. Os pais voltam a dar ajuda financeira até que Monet (de classe média alta) vai viver com uma modelo de classe social bem modesta. Os pais não gostando dessa situação vai cortar novamente a ajuda financeira. Monet passa por dificuldades financeiras quando nasce nessa época o seu primeiro filho Jean. Monet estava tão pobre a ponto de quase não ter o que comer, não ter dinheiro para pegar uma condução para visitar a esposa no Hospital que tinha dado a luz. Os seus amigos ajudavam dando comida para ele sobreviver. Ele ficou tão desesperado que tentou o suicídio para que a sua família percebesse o seu problema. Como não deram atenção, ele resolve então casar com Camille. Nessa época aconteceu a guerra franco-prussiana. E, como Monet já tinha lutado na guerra anteriormente, vai pegar sua esposa e filho e fugir para Londres, onde vai passar frio e fome. Vai pintar o Parlamento em Londres (Renoir também pintou o parlamento). Vai estudar muito as obras de Constable e Turner. Vai conhecer um comerciante de arte riquíssimo, francês, chamado Paul Duran Ruel, que vai dar apoio substancial aos impressionistas. Ele é banqueiro, crítico, messenas. Vai praticamente sustentar Monet que vai pinta muitos quadros para ele. Monet antes de voltar à Paris passará pela Bélgica, Holanda com o trem Maria-fumaça, onde se empolga muito com o trabalho de Rembrandt. Na Bélgica vai gostar mais do trabalho de Rubens. Na França vai morar as margens do Sena a poucos quilômetros de Paris, em Argenteuil. Começa a construir seu primeiro jardim. Monet passa a convidar gente para ir à casa dele, costume que os franceses não tinham. Todos os domingos os chamados rebeldes como: Pissarro, Renoir, Sisley, Manet se reuniam para pintar na casa de Monet, com exceção de Basile que morreu na guerra da Prússia. Cada um levava uma alimento como: pão, queijo e uma plantinha para fazer o seu jardim. Criava galinhas, pato, etc. A partir daí eles começaram a trabalhar “o que era impressionismo”. O fundamental para os impressionistas era usar as cores amarelo, azul e vermelho (cores primárias) e as cores complementares (roxo, laranja e verde). Monet vai pedir para que todos levassem flores, cada uma de uma cor, para o próximo encontro.

1- Paisagem 2- A Ponte

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AUGUSTE RENOIR

De origem humilde, Renoir (1841-1919) começou muito cedo a ganhar a vida como pintor de porcelana, ofício que aprendeu numa escola noturna. Assistindo às aulas no ateliê de Gleyre, além de aperfeiçoar sua técnica, conquistou a amizade de Sisley, Monet e Bazille, com quem compartilhou dias de muita conversa e teorização em Paris e de árduo trabalho em Argenteuil, pintando ao ar livre. Desde o princípio sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de fato, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, por sua beleza e sensualidade. Sua obra de maior impacto é O Baile no Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Em 1900 Renoir foi nomeado Cavalheiro da Legião de Honra. Morreu no sul da França, na cidade de Cagnes-sur-Mer.

Auto-retrato e Le Moulin de La Gallete

EDGAR DEGAS

Nascido em uma família rica, Degas (1834-1917), cujo pai era banqueiro, freqüentou os melhores colégios de Paris e concluiu seus estudos de direito sem dificuldade. Depois inscreveu-se na Academia de Belas-Artes, onde assistia às aulas de Lamothe, que foi aluno de Ingres. Entre os anos de 1856 e 1857, fez uma viagem à Itália, para estudar a obra dos mestres do cinquecento. Voltando à França entrou em contato com o grupo de impressionistas, embora tivesse continuado a se dedicar aos quadros históricos e de gênero. A partir de 1870, interessado nas teorias de seus amigos do café Guerbois, Monet e Renoir, entre outros, fez uma série de quadros de balé, ópera e corrida de cavalos. Todos esses temas lhe permitiram fazer experiências com a cor e o movimento e, principalmente, com a força descritiva do traço, algo que Degas admirava em Ingres. Nos primeiros quadros, não hesitou em aplicar todas as teorias renascentistas sobre espaço e perspectiva, mas ampliou depois esses critérios, fazendo tentativas com planos e pontos de vista inusitados. O tema principal de suas obras se concentrou nas cenas cotidianas e íntimas do mundo feminino, tendentes à desmitificação da mulher. Isso lhe valeu críticas e o apelido de solteirão misógino. De todos os impressionistas, Degas foi, tecnicamente falando, o que melhor se utilizou da fotografia. Também se interessou vivamente pelos quadros de Ukiyo-e japoneses, fato que se reflete ainda mais em

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suas últimas obras, quando, quase cegas, só podia pintar com pastel. Suas obras se encontram nos museus mais importantes do mundo.

GEOGES SEURAT

Georges Pierre Seurat nasceu em 2 de dezembro de 1859 na Rue de Bondy, nº 60, em Paris. O pai, Chrysostome-Antoine Seurat, tinha sido antes oficial de diligências em La Villette. Tinha reunido uma pequena fortuna e levou uma vida solitária como reformado na sua casa de Verão, em Le Raincy, ou numa casa na La Villette. Visitava a família, que morava desde 1862 na Boulevard Magenta, nº 110, apenas uma vez por semana. A mãe, Ernestine Faivre, descendia de uma família abastada da classe média Parisiense. O filho tinha uma relação estreita e afetuosa com ela. Durante o tempo da instrução escolar (1869-1876), Seurat é introduzido na pintura pelo seu tio materno, o comerciante de tecidos Paul Haumonté-Faivre; ele também era um pintor amador. Entre 1875 e 1877 Seurat freqüenta o Curso de Desenho numa escola estatal noturna, que o escultor Justin Lequien dirigia. Então iniciou uma amizade com Edmond Aman-Jean. Em 1876 estudou a Gramática das Artes do Desenho de Charles Blanc. Em fevereiro de 1878, Seurat é admitido, juntamente com Aman-Jean, na École des Beaux-Arts e ingressou, em 19 de março, na turma de pintura de Henri Lehmann, um aluno de Jean Auguste Dominique Ingres. Ele estuda os antigos mestres no Louvre.

-Um domingo na grande Jatte e Paisagem