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Artigo - USP
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Nome: Albino Cheganças Junior Disciplina: Teorias da Cultura Professor: Wilton Garcia Curso: Mídia, Informação e Cultura CELACC – ECA – USP
Improvisação difícil: uma leitura do jazz no contemporâneo
Albino Junior
RESUMO: O artigo tem como finalidade discutir e apresentar uma reflexão acerca da
influência da indústria cultural, e mais precisamente do jornalismo, na divulgação do
jazz para o público brasileiro. Nele será debatido as atuais semelhanças e divergências
entre esse gênero musical – criado nos Estados Unidos no início do século XX – e o
Brasil, que vivenciou e vivencia diversos processos de aculturação e sincretismo. Este
texto pretende refletir sobre o papel da informação no contemporâneo, que tem o Brasil
e o jazz como exemplos de diversidade cultural. Contemporâneo esse, por sua vez,
marcado pelo hibridismo na tecnologia que tem unido o mundo virtual com o real; o
impresso com a web; e o tradicional com a vanguarda.
Palavras-chave: Jazz, Indústria Cultural, Comunicação, Contemporâneo.
A real definição do que é o jazz é uma questão difícil de ser explicada por
músicos, pesquisadores e jornalistas apreciadores desse gênero musical. Gênero esse
nascido na cidade de Nova Orleans, sul dos Estados Unidos, local em que o trabalho, a
exploração e a busca por uma vida melhor acabaram por produzir uma miscigenação
única. Ocorrência essa que foi possível através da geografia do local, da relação
colonizador e colonizado que nortearam os séculos anteriores ao século XX, e
principalmente, por conta da vontade de usar a música como escape de uma vida difícil.
Mas a dificuldade de se encontrar uma definição, ou melhor, definições de jazz,
já por si só revelam que esse estilo musical possui diversas “faces” que foram
construídas ao longo do tempo, em que rostos brancos, negros, e latinos ajudaram na
consolidação de uma manifestação artística de fácil identificação, mas de difícil
explicação.
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Desde o ragtime, passando pelo bebop e cool e até chegar ao fusion, o jazz
deixou de ser uma expressão musical estritamente norte-americana e passou a ser o
expoente de uma linguagem universal. Nela o se expressar por conta dos instrumentos
não se tornou apenas em um quase sinônimo de improvisação, mas também, em uma
marca que muitas das vezes dispensa o uso de idiomas e suas palavras.
Os parágrafos anteriores mostram a idéia de que o jazz nasceu com o choque e
assimilação cultural entre diferentes etnias, nacionalidades e credos, o que não deixa de
ser verdade. Porém, esse gênero, apesar de ter nascido de uma manifestação popular, é
visto por grande parte da população brasileira como manifestação artística norte-
americana voltada somente para a elite.
Assim vejo três problemas iniciais. O primeiro diz respeito à falta de um
conceito oficial do que pode ser chamado de “jazz”. Já o segundo, trata sobre a
elitização que o gênero sofreu ao longo dos anos, em que o fluxo deu-se ao contrário do
que normalmente ocorre na indústria cultural, ao ir do popular para o elitismo. Por fim,
o terceiro está relacionado com os dois anteriores: o distanciamento entre o Brasil e o
jazz, mesmo que ambos possuam semelhanças.
Nascimento e aculturação do jazz
Mas por ora, esqueçamos o Brasil, e vamos para o norte do continente
americano, onde está localizada a cidade de Nova Orleans, no sul dos Estados Unidos.
Com quase 500.000 habitantes, a cidade é a maior do estado da Luisiana que se
encontra entre os estados do Texas (oeste), Arkansas (norte), Mississipi (leste) e pelo
Golfo do México ao sul. Também famoso pelo furacão Katrina, que em 2005 vitimou
1833 pessoas, a cidade conta atualmente com o maior porto marítimo dos Estados
Unidos que nós séculos XVIII e XIX recebia muitos imigrantes que foram para o sul
trabalhar nas plantações de arroz e tabaco (BERENDT, 1975).
Mas além de ser fértil em águas e em terra, o local mostrou-se ainda mais fértil
no que toca às manifestações artísticas. Por conta de um caldeirão cultural, o jazz,
objeto de estudo desse artigo, é fruto do encontro de diferentes povos que vieram para
Nova Orleans desde 1718. Nesse ano, a cidade foi fundada por franceses, que trouxeram
muitos haitianos e africanos para ser a força braçal da região. Já em 1763 a Espanha
entrou em cena, por causa do Tratado de Paris que decretou que as cidades a oeste do
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rio Mississipi passariam ao controle da Espanha. Mas logo no início de século XIX a
França voltou a ser dona da Luisiana, controle esse que durou apenas três anos, já que
1803 os Estados Unidos compraram o estado à França.
100 anos depois, incentivados pelo sonho americano, e principalmente pelos
conflitos religiosos, muitos imigrantes europeus desembarcaram no sul dos Estados
Unidos. Entre eles tínhamos irlandeses, ingleses e italianos que se juntaram aos
espanhóis, haitianos, franceses e norte-americanos nessa localidade que na altura tinha
cerca de 250 mil habitantes (BERENDT, 1975).
No meio de tantas nacionalidades, pode-se apenas dividir esses povos, como o
fazem estudiosos do jazz - como o jornalista alemão Joachin E. Berendt - em brancos e
negros. Os brancos trouxeram o formalismo da música clássica, com suas partituras e
solfejos, e também estilos musicais como a polka, a valsa, e o flamenco. Com eles,
instrumentos como o trompete, trombone, clarinete, e piano vieram fazer parte da
música de Nova Orleans.
Já os negros vindos do Haiti e da África, na época da colonização francesa,
trouxeram o ritmo e o sistema de pergunta-resposta, técnica usada pelos escravos para
se comunicarem e “driblarem” a vigilância dos patrões. Com essa técnica, muitas
canções poderiam ser definidas de diálogos, cujas letras abordavam a busca por uma
vida melhor e Deus. Gêneros como blues e o gospel, ambos antecessores ao jazz,
filtraram a poesia desses diálogos, já o jazz “bebeu” da improvisação.
Tinha-se criado por conta da geografia e das condições sociais um encontro
entre a linguagem da música clássica e européia, e seus instrumentos; e a linguagem
africana e norte-americana, com seu swing e improvisações. Um dos acontecimentos
que ajudaram no processo de aproximação e aculturação foi o término da Guerra da
Secessão, onde muitas bandas marciais deixaram de existir por causa do fim do conflito.
Com isso muitos músicos, na maioria filhos de generais e empresários obrigados a
participarem da banda, venderam e doaram seus instrumentos musicais para a população
mais pobre.
O início do jazz mostra que este estilo musical originou-se de uma fusão entre
elementos completamente distintos. O jazz nasceu pelo conhecer e respeitar o outro, e
também pela curiosidade baseada na alteridade entre povos diferentes que contribuíram
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de igual maneira para o surgimento do gênero, conforme informa Joachin E. Berendt, no
livro O jazz – Do rag ao rock:
O jazz é o resultado do encontro do negro com o branco. Não é sem razão, portanto, que foi nascer no Sul dos Estados Unidos, onde o contato entre as duas raças era maior e mais intenso. Esses dois elementos são básicos para a concepção do jazz e cometeria um erro quem tentasse apontar esta ou aquela contribuição do negro ou do branco como de importância decisiva ou de maior ou de menor relevância em sua formação, fato que, às vezes, ocorre, em virtude dos conflitos raciais que se observam nos Estados Unidos (BERENDT, 1975, p. 21).
A imagem elitista
Após o efervescer cultural de Nova Orleans no inicio do século XX, o jazz nas
décadas seguintes deu continuidade nesse processo de abrigar diversas influências
musicais, mas agora ampliando seus horizontes, não apenas à música norte-americana,
européia e africana, mas também indo até à América Latina e Oriente Médio, e ao rock
no final dos anos 60 (idem, 1975).
A abertura que o jazz deu para outros estilos musicais foi mais significante do
que a abertura dada pela música clássica e pelos gêneros populares europeus. O jazz era
o expoente de liberdade musical, pois os seus compositores, arranjadores e
instrumentistas não se importavam com a origem de gêneros musicais “exóticos”, mas
sim com a sua musicalidade. A chamada world music estava, cada vez mais, próxima ao
jazz. Como exemplos temos os saxofonistas Yusef Lateef e Roland Kirk, esse último
cego, que fizeram músicas com forte influência da cultura árabe; o trompetista Dizzy
Gillespie mostrou ao mundo o poder dos ritmos afro-cubanos; e o flautista Herbie Mann
que levou para os quatro cantos do planeta um jazz aliado à musicalidade brasileira.
Mas além das diversas formas de músicas exóticas chamadas de world music, o
jazz igualmente se aproximou de gêneros estabelecidos e aceitos pela cultura popular
norte-americana, como o rock e o funk. Ambos deram novos rumos ao jazz que nas
mãos do trompetista Miles Davis que criou em 1970 o álbum Bitches Brew. Obra essa
que flertou com a psicodelia e o experimentalismo, frutos do Woodstock e mais
precisamente do guitarrista Jimi Hendrix, amigo de Miles Davis. O planeta das guitarras
e dos teclados entrou no universo do jazz.
Foi a partir dessa sua liberdade em aceitar novos ritmos e culturas que o jazz foi
perdendo para muitas pessoas o seu caráter popular. Isso se deveu à duração de suas
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músicas e à falta de uma linearidade padrão de suas melodias e harmonias, que foram
criadas no bepop e consolidadas no free-jazz. “As estruturas rítmicas passaram a ser
autônomas, não raro se contraponteando e destruindo, assim, qualquer idéia de
seqüencia ou desenvolvimento rítmico linear” (BERENDT, 1975 p. 38).
Por sua expansão musical o jazz tornou-se por questões mercadológicas um
produto de difícil assimilação para o chamado público de massa, esse que está habituado
a ouvir canções com padrões aliados a questões melódicas e de tempo. Por ter sido
construído por vários elementos ao longo dos anos, o jazz leva consigo muitos detalhes
que requer do ouvinte uma concentração maior. Por isso, tal gênero musical requer dos
ouvintes a capacidade de distinguir liberdade e caos, processo esse inicialmente difícil.
Hoje cabe dizer que o jazz, principalmente em países como o Brasil tem sido
apreciado principalmente por pessoas de classes sociais mais altas que desde a sua
infância tiveram contato com a música clássica bem como outras culturas ao redor do
globo. Além desse grupo, os produtos de jazz também são consumidos por músicos que
o estudam em busca de um maior aperfeiçoamento musical.
Brasil e improvisação
O Brasil é um país sul-americano com duas semelhanças em relação ao o jazz.
Uma diz respeito ao processo de miscigenação entre diversas etnias, classes sociais e até
mesmo, religiões. Já a segunda, refere-se há a forma com que o jazz e o Brasil recriam-
se nos momentos de decisão prática, em que as teorias ficam em segundo plano.
A primeira de mais fácil explicação diz respeito às classes sociais distintas, em
que europeus ricos e alfabetizados possuidores de um estereótipo erudito tiveram que
conviver com negros pobres e iletrados possuidores de uma imagem folclórica. Tal
ocorrência aconteceu na cidade de Nova Orleans e em maior escala no Brasil, não tanto
no aspecto político, mas principalmente no artístico. Com essas fusões, estilos se
juntaram para criar diferentes acordes, ritmos e sensações musicais.
Atualmente vê-se claramente a abrangência de nossa música contemporânea,
que igual ao jazz, possui diversas bandas, cantores e compositores que em suas obras
fazem uso de um vasto leque de influências. Por causa da globalização, e das diversas
culturas, o Brasil é o país da junção da música pernambucana com o rock de Chico
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Science & Nação Zumbi, e do encontro do heavy metal com a percussão baiana do
álbum Roots da banda Sepultura.
O encontro do erudito com o popular, e entre o antigo e o contemporâneo fazem
parte da sociedade em que as distâncias foram encurtadas pela tecnologia, tecnologia
que também encurtou as barreiras que dizem respeito à participação das classes sociais
em manifestações artísticas. Chegou-se ao ponto de dizer que não há mais regras que
impeçam que determinados Gêneros não possam se cruzar em uma canção. Atualmente
o jazz e a música brasileira, como o próprio Brasil, possuem o desafio de construírem
algo com conteúdo e coesão no meio de tantas referências culturais.
Nesse jogo de influências que fazem parte do mundo jazzístico e brasileiro, o
comunicólogo espanhol Jesús Martín-Barbero cita em sua obra Dos meios às mediações
– comunicação, cultura e hegemonia que a síntese entre o folclore e o erudito é algo
positivo, e que não afeta o nacionalismo. Para ele canções populares produzidas sem a
interferência comercial, podem reter influências eruditas sem perder o caráter regional:
O projeto do nacionalismo musical opera sobre um eixo interno e outro externo. Estabelecimento de uma “cordão sanitário” que separe nitidamente a boa música popular – a folclórica, ou seja, aquela que é praticada no campo – da ruim, a música comercializada e estrangeirizante que é feita na cidade. E o externo: proporcionar ao mundo civilizado uma música que, refletindo a nacionalidade, possa ser ouvida sem estranhamento, música que só poderá resultar da “síntese” entre o melhor do folclore local e o melhor da tradição erudita européia. A música de Villa Lobos será a mais esplêndida realização desse projeto (MARTÍN-BARBERO, 2003, p.244).
Já a segunda relação está centrada em uma das principais marcas do jazz: a
improvisação. Como visto na história, a improvisação começou na África, cuja
sustentação estava na linguagem oral e verbal. Com o jazz, passou-se a usar a
improvisação através dos instrumentos musicais, principalmente os de sopro. Nela o
instrumentista deve dar um toque pessoal ao tema central de uma obra, fazendo uso
principalmente de suas emoções que se sobressaem ao formalismo musical
propriamente dito.
Essa última relação possui semelhanças com o chamado jeitinho brasileiro,
expressão popular usada para identificar ações usadas para resolver rapidamente certos
problemas que podem surgir. Tais soluções muitas vezes fogem ao formalismo para
solucionar questões inesperadas, tendo a criatividade, tão patente nos brasileiros não só
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nos problemas do dia-a-dia, mas também em organizações não-governamentais,
publicidade, cinema, e música.
Meios de Comunicação e jazz
Com o passar dos anos, o jazz que nasceu da miscigenação acabou por não
desprezar flertes com nenhum gênero, pois essa foi no início a sua própria natureza.
Com isso, o estilo, característico do contemporâneo deu continuidade às suas raízes de
tolerância e alteridade. Porém, com o surgimento de novos sub-gêneros, também furtos
do avanço tecnológico, como o fusion, o smooth jazz e o acid jazz, a indústria cultural
viu que guitarras e teclados poderiam popularizar o estilo musical. O que causou a
critica de muitos músicos e especialistas que consideram que o verdadeiro jazz havia se
tornado somente mais um sub-gênero no meio de tantos outros.
Com essa diversidade o jazz aproximou-se, por conta da indústria cultural, da
chamada world music. Nas maiores lojas de discos do Brasil, o jazz e a world music,
juntamente com a música clássica, encontram-se juntos no mesmo setor, normalmente
separados dos demais através de um espelho, que forma uma sala especial. Na world
music temos o tango, o fado, o flamenco, a salsa agrupados nesse gênero; já no jazz, os
tradicionais bebop, cool e swing dividem a mesma categoria com os contestados e
eletrônicos acid jazz e smooth jazz. Com isso, saxofonistas como John Coltrane e Kenny
G acabam por serem classificados como instrumentistas do mesmo gênero musical.
Existem também duas questões que dificultam uma maior divulgação por parte
dos meios de comunicação: a pouca investida do jazz ao campo visual, e o não
enquadramento das canções de jazz aos padrões aceitos pelos canais de televisão e
rádios, cujo tempo é fator preponderante.
O expoente máximo da primeira questão é o canal musical, voltado para o
público jovem, chamado Music Television (MTV). Emissora que popularizou o formato
vídeoclipe em que bandas e artistas usam a união entre som e imagem para propagar
suas canções. Nesse universo a imagem tornou-se de grande importância para se causar
um maior impacto e identificação comportamental entre artista e público.
O vídeoclipe é, desde os anos 60 com os Beatles, uma ferramenta usada pelos
principais nomes do rock, hip-hop, reggae, gospel, soul, funk, samba, sertanejo e axé;
gêneros que possuem grande apelo popular, principalmente entre as camadas mais
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jovens da população. Nesse sistema hibrido, elementos como cortes de cabelo,
vestimentas, tatuagens, piercings e danças, entre outros acessórios, possuem seu valor
na cultura contemporânea, que contempla, segundo Terry Eagleton, a intensidade
erótica, o prazer na arte e, nesse caso, principalmente, o deleite do signo.
Nestor Garcia Canclini na sua obra Leitores, espectadores e internautas,
reafirma a posição de que a convergência digital tem forte influência no acesso da
população aos produtos culturais:
As fusões multimídia e as concentrações de empresas na produção de cultura correspondem, no consumo cultural, à integração de rádio, televisão, música, notícias, livros, revistas e internet. Devido à convergência digital desses meios, são reorganizados os modos de acesso aos bens culturais e às formas de comunicação (CANCLINI, 2009, p.33).
Com a sociedade marcada pela web 2.0, o jazz vê-se cada vez mais distante de
grande parte da população, principalmente dos jovens, não apenas pela questão do
tempo e da imagem, mas igualmente por uma falta de um termo denotativo do que é
esse estilo musical contemporâneo.
Considerações finais
O artigo aponta o caminho percorrido pelo gênero desde o seu início até os
problemas enfrentados atualmente. Percurso que o levou do popular ao erudito, fluxo
que colocou nas lojas álbuns de músicos negros em estantes vizinhas aos de grandes
nomes da música clássica. No texto percebe-se que esta manifestação artística, ímpar na
história, teve os méritos de mesclar diferentes elementos em um só.
Por conta de sua origem e das influências sofridas, o jazz se expandiu ao
assimilar a linguagem de músicas de diferentes povos, o que ocasionou uma liberdade
desenfreada, em que o tempo “lapidado”, e fórmulas não se fizeram prevalecer à
improvisação, principalmente. Com isso, o gênero não se enquadrou há padrões do
meios de comunicação contemporâneos em que a imagem e o tempo são de grande
valia. Cabe, agora, encontrar uma negociação típica do contemporâneo para que o jazz
encontre um espaço tão popular como a sua raiz.
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Referências bibliográficas
BERENDT, Joachin E. O jazz – Do rag ao rock. Trad. de Júlio Medaglia. São Paulo:
Editora Perspectiva, 1975.
CANCLINI, Nestor Garcia. Leitores, espectadores e internautas. Trad. de Ana
Goldberger. São Paulo: Iluminuras, 2008.
EAGLETON, Terry. Depois da teoria: um olhar sobre os estudos culturais e o pós-
modernismo. Trad. de Maria Lucia Oliveira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2005.
MARTÍN – BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações – comunicação, cultura e
hegemonia. 3ª ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 2003.
PIZA, Daniel. Jornalismo cultural. São Paulo: Contexto, 2003.