55
DOS SERVIGOS DE GEOLOGIA E MINAS DE ANGOLA iN DICE ESTUDOS: I!EITOR DE !CARVALHO N. 0 de pB.glna A PROSPECQAO, PESQUISA E CAPTAQAO DE AGUAS BUETER· RANEAS E SUPERFICIAIS NO DISTRITO DE MOQAMEDES 7 M. G. N. M!ASCAIRIENHAS tNlE'l10 CARTOGRAFIA GEOLOGICA E PROSPECQAO GERAL, EFEC- TUADA DE 1960 a 1967 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 61 ESTAT!STICA DA ACTIVIDADE MINEIRA NA PROVINCIA DE ANGOLA DURANTE 0 ANO DE 1967 ... ... ... ... ... ... ... 65 H77 -LUANDA- IMPRENSA NACIONAL DE ANGOLA- 1969

iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

DOS

SERVIGOS DE GEOLOGIA E MINAS DE ANGOLA

iN DICE

ESTUDOS:

I!EITOR DE !CARVALHO

N. 0 de pB.glna

A PROSPECQAO, PESQUISA E CAPTAQAO DE AGUAS BUETER· RANEAS E SUPERFICIAIS NO DISTRITO DE MOQAMEDES 7

M. G. N. M!ASCAIRIENHAS tNlE'l10

CARTOGRAFIA GEOLOGICA E PROSPECQAO GERAL, EFEC-TUADA DE 1960 a 1967 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 61

ESTAT!STICA DA ACTIVIDADE MINEIRA NA PROVINCIA DE ANGOLA DURANTE 0 ANO DE 1967 ... ... ... ... ... ... ... 65

H77 -LUANDA- IMPRENSA NACIONAL DE ANGOLA- 1969

Page 2: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

I I CONGRESSO DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DA MECANICA DAS ROCHAS

A pedido da Sociedade Internacional da Mecilnica das Rochas publica-se a seguinte informa<_;iio :

0 II Congresso da Sociedade Internacional da Mecilnica das Rochas, teni Iugar em Belgrado, Jugosllivia, de 21 a 26 de Setembro de 1970.

Informav5es sobre o II Congresso seriio publicadas no Boletim n.' 1 (do Congresso) que sera distribuido a todas as Sociedades Nacionais, Comis­soes e Grupos ligados a problemas de Mecilnica das Rochas e a todos os interessados neste ramo da CiSncia.

Toda a vossa correspondencia pode ser endere9ada para :

Sekrctarijat II kongresa Medunarodnog drustva za rnchaniku stena Institut za vodoprivredu «Jaroslav Cerni». Bu!evar vojvode Misica 43. Beograd- Jugoslavija.

Page 3: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

A Prospee<;:ao, Pesquisa e Captac;:ao de Aguas Subterraneas e Superficiais

no Distrito de Moc;:amedes (Angola-Africa Ocidental Portuguesa)

Por

HE/TOR DE CARVALHO Ge6logo-chefc dos Services de Geologia e Minas de Angola

RESUMO

0 autor come<;a par descrever, sumariamente, a geologia da area do Distrito de Mo((ftmedes onde efectuou trabalhos de prospec<;ao para pesquisa e capta<;ao de <lguas.

Faz referencia as caracterlsticas clim<lticas que, conjuntamente com factorcs de ordem geomorfol6gica e geotect6nica, permitem estabelecer, na regiao considerada, tres zonas de limites sensivelmente paralelos tanto a costa como a escarpa da serra da Chela indicando, para ca.da uma, os tipos de obra mais aconselh<l.veis a executar tendo em vista 0 abastecimento de agua.

Seguidamente e a partir dos resultados obtidos, destaca os factores de ordem geo16gica a ter em conta no que se refere a instalacao de pontes de <igua.

Finalmente tece consideracOes sabre as caracterfsticas qufmicas das B.guas subterra­neas captadas nas trCs zonas acima indicadas o que permite afirmar que as influCncias de ordem climlltica, na composicao qufmica das referidas llguas, parecem ser mais evi­dentes que as de ordem litol6gica.

RESUME

L'auteur fait des considerations gCologiques sommaires sur la regwn du District de Mocftmedes oil ant CtC executes des travaux de prospection, de recherche et de captage d'eaux.

Ensuite, l'auteur dCcrit les caractCristiques climatiques de la rCgion pour montrer que le climat et la gComorphologie permettent d'Ctablir trois zonnes, dans la rCgion CtudiCe. Pour chaqu'une de ces zonnes !'auteur indique les types de captages a envisager ayant toujours soin de facteurs d'ordre gCotectonique.

Les resultats obtenus, ant mis en evidence certains facteurs d'ordre gCologique et structurale, concernants a Ia recherche et captage d'eaux souterraines et superficielles.

Les resultats des analyses chimiques des eaux souterraines, des captages situCes dans les trois zonnes indiquCes plus haut, font penser que les facteurs d'ordre climatique ant plus d'influence dans Ia composition chimique, que ceux d'ordre litologique.

SYNOPSIS

The writer wishes to present a summary of the geology of the Mocamedes district where work on prospecting and well drilling was carried out.

Referenc in then made to the climatic characteristics (arid to semi-arid) which, together with geomorphological and geotectonic factors, define three distinct zones.

Page 4: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

BOLETIM DOS SERVI(:OS DE GEOLOGIA E MINAS

parallel to both the coastline and the serra da Chela scarp. The work necessary to colect water in each of these three zones is then discussed.

Consideration is then given to geological factors concerned with the captation of ground and superficial water. . 0

A chemical study, of the ground waters found in the afore mentioned zones, indi~ cates that climatic environments are more important than lithology.

1. GENERALIDADES

Desde 1943 que os Serviqos de Geologia e Minas, da Provincia de Angola, vern concebendo e executando v3rias obras tendentes a resolver o problema do abastecimento de agua as regi6es pastoris do Distrito de Mo>a­medes que ocupam cerca de 25 000 km2 de area. Estas, estendem-se desde a fronteira norte com o Distrito de Benguela ate ao rio Curoca, a sui. A lestc confinam com o Distrito da Huila.

Em 1963 foi criado o Plano de Coordenaqao para o Abastecimento de Agua as Regi5es Pastoris do Sui de Angola utilizando-se, entiio, todos OS

recursos existentes para a resoluqao do problema. Ate essa altura os trabalhos levados a cabo incidiram, principalmente, na area do Caraculo embora se tenha actuado noutras zonas do Distrito, mas esporacticamente.

A partir de 1963 os estudos referentes ao problema do abastecimento de agua vern sendo conduzidos tendo em particular atenqao a ligaqao dos factores de ordem climatica e geomorfologica com os de ordem geol6gico­-estrutural. Os trabalhos de prospecyiio e estudo tem sido, a partir da data referida, confiados a orientaqao de ge6logos.

A presente noticia refere-se aos trabalhos efectuados entre 1964 e 1966.

2. GEOLOGIA

A geologia do soco antigo do Distrito de Moqiimedes e pouco conhe­cida. Destacam-se, entre outros, os trabalhos efectuados par Faber, Bebiano, Deetz e Montenegro de Andrade. Mais recentemente foi realizada a carto­grafia geologica das folhas n." 313, 333, 334, 354 (parte norte) e 355, na escala de 1/100 000, levantadas, respectivamente, pelos ge6logos Mascarenhas Neto, Martins Peres, Heitor de Carvalho, Lapido Loureiro e Sousa do Vale, que nao foram, ainda, publicadas.

Do ponte de vista geomorfol6gico podemos distinguir, na regiao visada, tres superficies de aplana9ao (Jessen, 1936):

Imediatamente a oeste da serra da Chela encontramos a primeira destas superficies. A sua altitude oscila entre 700 m e 1500 m correspondendo, pos­sivelmente, a urn ciclo de erosao do CretUcico inferior.

A segunda superficie de aplanaqao atinge, por vezes, largura aproximada de 100 km dispondo-se paralelamente a anterior. A altitude, na regiao do Caraculo, e da ordem dos 500 m aumentando, na area considerada, de sul para norte. A superficie corresponde, possivelmente, a urn ciclo de erosao que se desenvolveu entre o Senoniano e o Eoc6nico.

Page 5: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNHO -!968-NVMERO 17 9

A terceira superffcie de aplanagao atinge a costa em certos Iocais tendo-se desenvolvido num perfodo que se estende do Miocenico ao Pliocenico.

Basear-nos-emos para a descrigiio das principais unidades geol6gicas, da regiiio estudada, em observag6es Ievadas a cabo quando do Ievantamento geologico das folhas n.'" 333 e 334, da Carta de Angola na escala de 1/100 000 e durante os trabalhos de campo efectuados pela 2.' Brigada de Hidrogeo!ogia dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor.

As forrnas de relevo existentes, na area estudada, sao muito varifiveis dependendo, em parte, da natureza das rochas que nela afloram.

Assim, os granites porfir6ides grosseiros originam morros arredondados donde se destacam !ages de forma curva. Na base destas e!evag6es ocorrem, normalmente, nurnerosos blocos provenientes da desagregagiio. Estas formas de relevo estiio Iigadas a natureza litol6gica dos macigos granfticos inter­vindo, como adjuvante, as notaveis amplitudes termicas Iocais.

Devido, possivelmente, a fen6menos de dissolugiio qufmica formam·se, por vezes, cavidades que, por alargamen~os sucessivos, chegam a atingir grandes dimens6es proporcionando a retenc;ao e armazenamento das aguas pluviais que, na regiiio, siio utilizadas pelos habitantes e gado.

As rochas ca!carias originam relevos de encostas abruptas, com pequenas cornijas e degraus, recortadas par numerosos vales de reduzidas proporg6es.

As formag6es xistentas e quartzfticas diio origem a relevos, em gera!, muito acentuados recortados profundamente pela rede hidrognifica.

A regii'io que estudamos, e atravessada por alguns rios cujas nascentes se !ocalizam no p!analto da Huila. Estes rios niio sao de caracter permanente correndo, apenas, durante ou pouco tempo ap6s a epoca das chuvas ; desen­vol vern o seu curso de nascente para poente.

A regiao e, ainda, sulcada par grande nW:nero de pequenas linhas de agua de caracter temporario e torrencial (mu!olas).

Os rios principals sao o Bentiaba ou S. Nicolau, o Giraul, o Bero e o Curoca.

Na zona em estudo distinguimos as seguintes grandes unidades geol6· gicas : rochas sedimentares e series metam6rficas, rochas graniticas e series gnaissico-migmatfticas, rochas gabr6icas, rochas basicas e ultrabasicas, e rochas essencialmente filonianas.

Tentaremos, embora sucintamente, caracterizar cada uma das unidades referidas e indicar as principais regi6es onde afloram, dentro da area considerada.

2.1. ROCHAS SEDIMENTARES E SERIES METAM6RFICAS

2.!.!. DEPOSITOS DE COBERTURA

Sao, em geral. constituidos por areias granfticas ou aluvi6es. Os depositos de areias granfticas sao, em regra, pouco espessos aflo­

rando, frequentemente, o substracto. Normalmente ocorrem em planfcies sendo os elementos arrastados, das colinas vizinhas, pela acgiio das aguas pluviais.

Os rios e linhas de agua de maior porte diio origem, junto das margens, a depOsitos aluvionares de extensao e espessura varhiveis.

Page 6: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

1u J-JULHJJM DOS SERVI(:OS DE GEOLOGIA E MINAS

2.1.2. DEPOSITOS DE VERTENTE

Os depositos de vertente mais importantes, da area considerada, sao originados pelo desmantelamento das rochas que constituem a serra da Chela

· e alguns dos seus testemunhos, e das forma;;:oes do complexo calcario­-anfibolftico. Disp6em-se, sobretudo, dentro da area estudada, entre Vila Arriaga e o rio Curoca.

2.1.3. ROCHAS CONGLOMERAT!CAS, ARCOSES E QUARTZITOS

Estas rochas constituem, muitas vezes, testemunhos da forma<;ao que coroa a serra da Chela, tal como sucede com o morro Maluco.

Dentro da regiao visada, que nao abrange ja 0 topo da Serra da Chela, o afloramento mais extenso de rochas deste tipo situa~se a norte do Caracuio, a sul do rio Maungo ou Bentiaba. A sucessao habitual e a seguinte: rochas conglomeriticas, arcoses e quartzites. DispOem~se em bancadas quase sempre, sub~horizontais. Juntamente com as rochas referidas ocorrem ainda fiJOes camadas e fil6es normais de composi<;ao traquftico-andesftica.

As rochas conglomeniticas, arc6sicas e quartziticas, da regi5o em causa, podem corresponder, quer ao «Sistema Damaran de idade Proteroz6ica (legenda da Carta Geologica do Sudoeste Africano, 1963), quer a «Forma<;iio da Chela,,

0 geologo Sousa do Vale (1963) atribui aos sedimentos da «Forma<;ao da Chela" idade Paleozoica.

2.1.4. COMPLEXO-CALCAR!O-ANF!BOLfTICO

As rochas do Complexo calcirio-anfibolitico ocorrem, na regiao estudada, principalmente, a partir da area do Caraculo, para sul. Entre o rio Bentiaba e o Caraculo a erosao desmantelou a maior parte dos afJoramentos restando, apenas, pequenos testemunhos.

Distinguimos espessos afloramentos de marmores, na area do Caraculo­-Munhino (serra da Lua, Nascente, Luleia e MutuieJa) formando um area de grande raio de curvatura que infJete para sul na direc<;iio do Virei, pas­sando pelas colinas do Apa e Cuanhangue, situadas nas imedia<;6es do rio Giralll. Estas series ooorrem, ainda, entre Virei e Cainde e mais para sui, ultrapassando 0 limite da area que estudamos.

Estas forma.;oes apresentam constitui<;iio, bastante complexa. Sao forma­das, essencialmente, par bancadas de calcarios cristalinos onde se intercalam leitos de natureza siliciosa que, devido a erosiio diferencial e as ac<;Qes tect6-nicas, adquirem aspectos que fazem lembrar dobras ptigmaticas. Ocorrem ainda rochas escuras de griio fino (anfibolitos). E vulgar, tambem encontra­rem-se filiies doleriticos e aplito-pegmatiticos atravessando as rochas calcario­-anfiboliticas.

Page 7: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNHO --1968-NVMERO 17 11

· Juntamente com estas rochas afloram, por vezes, xistos muito metamorfi­zados, quartzites e corneanas.

No contacto com os granitos (<tipo Caraculo» ocorrem, nos calc:irios cristalinos. virios minerais de metamorfismo com predominftncia de granadas, epidote e volastonite. 0 metamorfismo e, ainda, por vezes, evidenciado pe!a presenc;a, nos calcfirios cristalinos, de micas.

0 Complexo calcario-anfibolitico aflora, em certos locais, conjuntamente com o Complexo xisto~quartzitico ao qual parece ser posterior. A existencia de espessos depositos de vertente, que encobrem o contacto, nao nos permitiu esclarecer, devidamente, este assunto.

2.1.5. COMPLEXO XISTO-QUARTZIT!CO

Estas forma96es ocupam, principalmente, a parte central da zona estu­dada, situada nas imedia96es dos tro9os medics dos rios Giraul e Bero. Afloram, ainda, a norte do Distrito, na area dos Postos Administrativos de S. Nicolau e da Lucira onde, por vezes, atingem a costa. Foram tambem observadas a sui de Cainde, junto da escarpa da serra da Chela.

As forma96es xisto-quartzfticas sao muito complexas e de diffcil analise no ponte de vista litol6gico. Distinguimos rochas de natureza xistenta que, em alguns locais, englobam pequenos calhaus de outras rochas, quartzites, anfibolitos, etc. Por vezes observam-se extensas intrus6es de p6rfiros, neste complexo. Observam-se ainda, em certos locais, rochas de natureza calciria intercaladas nas rochas xisto~quartzfticas.

Na regiao do Caraculo aflora urn conglomerado, fundamentalmente, cons­titufdo por calhaus de quartzite e outros de rochas que, macroscopicamente, se assemelham a granites. A matriz e, normalmente, xistenta. Encontra~se, por vezes, intensamente metamorfizada e ate granhizada.

0 conglomerado, alem do aspecto descrito, apresenta outro no qual a matriz e os clastos se encontram muito metamorfizados. Sao, fundamental­mente, formados por calhaus muito estirados de rochas quartzosas notando-se, tambem, urn ou outro de aspecto granftico. A matriz apresenta-se, em geral, granitizada ou anfibolitizada.

Na regiao situada entre Virei, Capolopopo e Pico de Azevedo ocorrem, por vezes, pequenos afloramentos destas forma96es. Afloram, de quando em quando, testemunhos de rochas metassedimentares, englobados por rochas granit6ides. 0 mesmo sucede, em parte, na area do Caraculo.

Estas forma96es ocupam grandes extens6es, principalmente, nas zonas de Mucuio (a leste), Caraculo (a oeste), Virei (a nordeste) e Cainde (a sui), correspondentes, respectivamente, as folhas da Carta de Angola na escala de 1/100 000 n." 333, 354, 375 e 376.

No ponto de vista litol6gico e, principalmente, estratigrifico os Comple­xes xistoMquartzftico e calcl:irioManfibolftico assemelhamMse ao «Sistema de Ababis» ao qual e atribufda idade Arcaica (legenda da Carta Geologica do Sudoeste Africano, 1963).

Page 8: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

12 IJOLETIM DOS SERVI('OS DE GEOLOGIA E MINAS

No contacto do Complexo xisto-quartzitico com os granitos do «tipo Caraculo >) observamos, ern alguns Iocais, nomeadamente na regUio do Caraculo, xistos mosqueados.

2.2. ROCHAS GRANfTICAS E SERIES GNAISSICO-MIGMATfTICAS

2.2. I. GRANITOS, NO GERAL PORFIROIDES DE GRAO GROSSEIRO (GRANITO DO CARACULO)

Estas rochas apresentam, em regra, relevos tipicos que ja caracterizamos. Os granites sao, em geral, porfir6ides de grao grosseiro embora se encontrem tambem granitos nao profir6ides de gri\o fino a medio.

Afloram, principalmente, na regiiio do Caraculo embora se encontrem rochas semelhantes noutras areas.

Os granitos deste tipo, que afloram na regiiio do Caraculo, sao alcalinos e calco~alcalinos. Possuem caracteristicas intrusivas. No contacto com as for­ma96es cald.rias aparecern, como referimos, minerais de metamorfismo de contacto.

0 resultado do estudo geocronol6gico de uma amostra deste granito fixa, pelo menos, o limite superior da sua idade (').

2.2.2.. COMPLEXO GRANfTICO-GNAISS!CO-MIGMATJTICO

Este complexo ocupa grandes extensoes, na regiiio considerada. Juntamente com granitos afloram, geralmente, granodiorites e dioritos

quartzicos. De modo geral a passagem dos granitos aos granodiorites e dioritos

quartzicos e gradual assistindo-se ao progressive escurecimento da rocha em virtude do aparecimento de minerais maticos.

As rochas granit6ides do complexo apresentam-se, de modo geral, orien­tadas e, por vezes, muito laminadas. 0 grao oscila de medio a fino. Em certos locais ocorrem rochas de tipo aplftico, ocupando extensas areas.

E vulgar ocorrerem, nas areas ocupadas por este complexo, pequenos afloramentos de rochas dos Complexos xisto-quartzitico e calcario-anfibolitico. Sao testemunhos poupados pela erosao.

As rochas do Complexo granitico-gnaissico-migmatitico apresentam, fre­quentemente, numerosos xen6Iitos parcialmente digeridos, provenientes das rochas dos Complexos xisto-quartzitico e calcario-anfibolitico.

Outra caracteristica das rochas deste complexo reside no facto de serem, frequentemente, atravessadas por numerosos filoes de quartzo, de rochas bisicas, de rochas granit6ides e de aplito-pegmatitos.

As rochas do Complexo granitico-gnaissico-migmatitico ocorrem, sobre tudo, nas proximidades dos Complexos xisto-quartzitico e calcario-anfibolitico.

(1) 0 Dr. Francisco Mendes, da J. I. U., determinou para as biotites de uma amostra deste granite, colhida na area da folha n.0 334, a idade (Rb·Sr) de 551 .±. 30 milh5es de anos (oomunicafao verbal).

Page 9: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUN!iO -1968-NUMERO 17 13

Forma96es do complexo ocorrem, frequentemente, nas regiiies do Caraculo, Virei, Capolopopo, Cainde e em parte das areas dos Postos de S. Nicolau e Lucira.

Baseados em estudos geocronol6gicos (') admitimos que o limite superior da idade da maior parte das rochas do Complexo granitico-gmlissico-migma­tftico seja igual a + 1.000 M. A.

Certas rochas que afloram conjuntamente com as deste complexo podem, no entanto, ter sido originadas par metamorfismo junto" do contacto dos Complexes xisto-quartzitico e calcario-anfibolitico quando da instala9iio, na regHio, dos granites ((tipo Caraculo», que j8. caracterizamos.

Alguns afloramentos de gnaisses e de migmatites atingem, por vezes, grandes dimensiies. Ocorrem, geralmente, nas imedias;iies dos Complexes xisto­-quartzftico e calcario-anfibolitico.

2.3. ROCHAS GABR6ICAS

A sui de Cainde, ocorrem rochas semelhantes as que constituem o Com­plexo gabro-anortosftico do planalto da Huila. Possivelmente, fazem parte da grande ocorrencia da regiao do Pocolo (Gambos), de idade Proteroz6ica.

2.4. ROCHAS BASICAS E ULTRABASICAS

Estas rochas afloram, muitas vezes, junto das formas;iies metassedimen­tares antigas.

Sao constitufdas, essencialmente, por aglomerados de cristais (anfibolas e piroxenas), que chegam a atingir cerca de 3 em de comprimento. Apresentam grandes varia9iies no que se refere ao tamanho e quantidade destes cristais que, em regra, sao eng!obados por matriz de cor cinzenta clara, principal­mente, formada por feldspatos.

Os afloramentos destas rochas, na area de Munhino-Caraculo, sao consti­tufdos por piroxenitos, hornblenditos e gabros. Na passagem para os granites observam~se diorites, diorites quartziferos e diorites qwirtzicos.

Nao 6 impossivel que as rochas bisicas e ultrab:lsicas se reiacionem com as referidas em 2.3.

2.5. ROCHAS ESSENCIALMENTE FILONIANAS

Distinguimos, na area considerada, os seguintes tipos de rochas essen~ cialmente filonianas :

2 5 1. RocHAS VULCANICAS

Estas rochas afloram, sobretudo, juntamente com as formas;iies consti­tuidas por rochas conglomeniticas, arcoses e quartzites. Sao, em geraJ, de tipo traquftico-andesftico.

(l) 0 Dr. Francisco Mendes, da J. I. U., determinou para as biotites de uma rocha granltica muito orientada e de urn gnaisse, deste complexo, respectivamcnte, a ida<le (Rb·Sr) de 1023 .:!":.53 e 1040 .±. 62 milh5es de anos (comunica9ao verbal).

Page 10: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

Par vezes canstituem fil5es bern individualizados outras, grandcs rnanM chas, em geral, circulares que se assemelham, morfologicamente, a chamines.

2.5.2. FILOES DE QUARTZO

Estes filoes sao, relativamente, pouco abundantes na area considerada. Disp5em-se, geralmente, nas imedia96es do contacto entre as forma96es grani· ticas e metassedimentares. Apresentam, neste caso, quase sempre, minerali­za9ao cuprifera.

Par vezes encontra-se, ainda, quartzo em lenticulas.

2.5.3. FILDES APLITO·PEGMATiTICOS

Estes fi15es afloram tanto no seio dos granites «tipo CaracuJo,, como nos Complexes granitico-gnaissico-migmatitico, calcario-anfibolitico e xisto­·quartzitico.

As pegmaHtes sao, re1ativamente, raras.

2.5.4. FILDES DE ROCHAS LAMPROFfRICAS

Estes filoes afloram, principalmente, no Complexo granitico-gnaissico­·migmatitico.

Por vezes ocorrem sob a forma de pequenas intrus5es de contornos circu1ares.

Nas rochas lamprofiricas incluimos lampr6firos prbpriamente ditos, tais como espessartitos, e rochas de composi9ao diOI·ftica, sienHica e monzonitica, mais ou menos lamprofirizadas.

2.5.5. FILDES DE PORFIROS GRANiTICOS, DE MICROGRANITO, DE GRANOFIROS E DE MICRODIORITOS

Estes filOes sao muito abundantes no Complexo granitico-gnaissico­-migmatitico.

Macroscopicamente sao rochas granit6ides onde se distinguem, no seio 'da matriz microcristalina, fenocdstais de quartzo e de feldspato.

2.5,6, lNSTRUSOES DE GABROS, DE NORJTOS E DE GABROS DOLERiTICOS

Os afloramentos destas rochas adquirem, por vezes, dimensoes notaveis, tanto em extensiio (varias dezenas de quil6metros) como em espessura (varias dezenas de metros), originando cristas rectilinias.

Macroscopicamente sao rochas de natureza gabr6ica, cujo desmantela· menta origina blocos arredondados.

Estas rochas variam, no que se refere a granularidade, de local para local e passam, por vezes, a rochas de tipo doleritico mais vincado.

As principais direc96es destas intrusoes sao, aproximadamente, N -S (ao Iongo da base da escarpa da serra da Chela na area de Cainde-Vila Arriaga e, mais a norte, junto do rio Maungo ou Bentiaba) e E-W (nas imedia96e~ de Virei).

Page 11: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNHO -1968--NVMERO 17 15

2.5.7. FILOES DOLERITICOS

Estes fi15es sao muito abundantes na area estudada. Atravessam quase todas as forrna<;oes referidas e apresentarn direc<;oes variaveis.

2.5.8. CONS!DERA<;:6ES GERAIS SOBRE AS ROCHAS ESSENCIALMENTE FILONIANAS

As rochas vulcanicas que, de modo geral, aflorarn conjuntamente corn as forma96es conglomeniticowarc6sicowquartziticas assemelham-se, macroscOpi­carnente, as que F. Mouta (1954) designa por traquiandesitos no Esbo<;o Geologico de Angola e que se encontrarn cartografadas a nordeste de Mo<;ilmedes.

Os filoes de quartzo, de aplito-pegmatito, de p6rfiros e de larnpr6firos sao rochas que Raguin (1957) define como satelites filonianos do granite.

A rnaior parte destes fi16es aflorarn, como referirnos, no seio do Cornplexo granftico-gmiissico-migmatitico verificando-se a sua quase total ausencia nos granites ((tipo CaraculoJJ.

As direc90es dos fil5es sao variiveis de regHio para regiao mas, local­mente, identicas entre si. Em certas areas, norneadamente na regiiio do Cara­culo, dispoem-se radialmente em rela<;ao aos aflorarnentos de granite «tipo Caraculo».

Alguns dos filoes referidos podern, pois, corresponder ao cortejo filoniano dos granites «tipo Caraculo». Os filoes de p6rfiro podern, no entanto, ligar-se com intrus5es, independentes, destas rochas.

2.6. TECT6NICA

As rochas que aflorarn na area estudada apresentam-se, ern regra, inten­sarnente fracturadas e deformadas devido a ac<;5es tect6nicas.

As rochas do Complexo xisto-quartzftico encontram-se muito enrugadas. As direc<;5es das assentadas sao quase sernpre dificeis de verificar. As prin­cipais parecern, porern, ser N-S e N 45' E. A atitude das assentadas e, de modo geral, subvertical.

0 Cornplexo calcario-anfibolitico encontra-se, tarnbern, rnuito dobrado e fracturado. A< dobras sao bern evidenciadas quando afloram leitos siliciosos, alternadamente, corn leitos calcarios. Na regiao estudada as bancadas de calcarios cristalinos apresentarn, frequente:s:e, direcy6es cornpreendidas entre NE-SW e NW-SE.

As rochas do Cornplexo granitico-gnaissico igmatitico forarn, tarnbern, intensamente afectadas por ac<;5es tect6nicas as quais se rnanifestarn, por vezes, pela existencia de numerosas falhas .. Em certos casas a laminagem e tao vincada que as rochas tern aspecto xistento. A direc<;ao dos acidentes e variavel de regiao para regiao. Destacarn-se, principalrnente, as orienta<;5es, aproximadas, de NW-SE, de N-S e de NE-SW.

As rochas gmiissicas possuem, em regra. como referimos, orientac;ao sernelhante a das rochas dos Complexes calcario-anfibolitico e xisto-quartzi­tico, que afloram nas suas irncdia<;5es.

Page 12: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

16 BOLETIM DOS SERVI90S DE GEOLOGIA E MINAS

0 Complexo granftico-gnciissico-migmatftico e atravessado por numerosos fi16es que, na maioria dos casas, se encontram rejeitados o que evidencia ac~6es tect6nicas posteriores a sua instalayao.

Nos granites ((tipo Caraculo)) ocon·em, por vezes, extensas falhas cujas principais direcqoes, aproximadas, sao N-S e NE-SW. A ultima direcqiio e muito frequente.

3. CLIMA

A area ocupada pelo Distrito de Moqiimedes estende-se do literal ate a serra da Chela possuindo, por isso, altitudes diversas.

Por este motivo, e ainda devido a influcncia da corrente fria de Benguela, o clima e variavel, aumentando, os valores de precipitaqiio e da temperatura, da costa para o interior.

As chuvas sao extremamente irregulares e na malaria dos anos chove, apenas, durante escassos periodos. 0 regime dos cursos de agua e, por este motivo, torrencial e temporario.

Os valores medias da precipitaqiio medidos durante o periodo de 1953 a 1959, nas estaqoes existentes no Distrito, variaram entre 37 mm (Moqiimedes) e 838 mm (Lola). 0 valor da temperatura media anual oscilou entre 20,0' C (Moqiimedes) e 24,5" C (Curoca Norte). Os val ores anuais medias de evapo­transpiraqao potencial, referentes ao periodo de 1953 a 1959, calculados pela formula de Thornthwaite, variam entre 962 mm (Moqilmedes) e 1342 mm (Curoca Norte). 0 balanqo hidrico, nas areas consideradas e, francamente, negative.

Segundo Matos Silveira (1962), "qua'e todo o territ6rio do Distrito de Moqilmedes e de clima arido, exceptuando-se a Serra da Neve (a norte) e o sope da Serra da Chela (a !este) que sao semiaridos ; o literal e as regioes altas das bacias hidrograficas do Bentiaba, Giraul, Bero e Curoca sao de clima mesotermico (Chao da Chela, Baia dos Tigres, Lucira, Moqiimedes e Porto Alexandre) ; as outras regi5es sao de clima megatermico (Lola, Vila Arriaga, Lungo, Bruco, Curoca Norte e Caraculo)».

4, OBRAS EXECUTADAS E RESULTADOS OBTIDOS

A area do Distrito de Moqiimedes, onde se tern efectuado prospecqiio hidrogeologica, pode ser dividida em tres zonas no que se refere 4 execuqao de pontos de agua :

a) Zona de Cainde-Vila Arriaga-Lola (Zona I)

Junto da escarpa da serra da Chela, onde a precipitaqao media anual e superior a 400 mm, e quase sempre passive! construir aqudes de retenqao de aguas superficiais. Na verdade, os curses de agua estao ainda na fase juvenil o que proporcionara boas condiqoes topogdficas para a execuqao de obras do tipo referido. Alem disso, recebem as aguas que se escoam do planalto da serra da Chela, onde o valor da precipitaqao media anual e superior a 1000 mm.

Page 13: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNHO -1968-NrJMERO 17 17

Nesta zona, sempre que as condiqoes geohidrol6gicas o aconselham, sao cxecutadas sondagens de pesquisa para captaqao de aguas subterriineas.

Em certas areas das imediaqiies da base da escarpa da serra da Chela, o manto de deposito de vertente atinge grande espessura. Desde que estes dep6sitos apresentem constituiqao argilosa, devido aos produtos de alteragiio e desagregac;ao dos marteriais constituintes 6 possivel, em certos locais, executar reservat6rios escavados. Os depositos de vertente referidos podem, tambem, apresentar boas condiqoes para a execuqiio de captagoes de aguas subterriineas.

b) Zona de Camucuio-Caitou-Munhino-Cavelocamo (Zona II)

A oeste da regiiio anteriormente referida, o valor da precipitaqiio media anual e menor. As mulolas correm, ainda abundantemente, durante a epoca das chuvas numa faixa, com v:irios quil6metros de largura, paralela a escarpa da serra da Chela.

Em certos locais existern, par vezes, condiy5es topognificas aceit:iveis para serem executados ac;udes noutros, porem, a sua construyao torna-se, econOmicamente, invhivel.

Trata-se, pais, de uma zona mista em que se poderao executar obras de aprovisionamento de :iguas superficiais ou captac;Oes de aguas subterr9.neas dependendo, a sua concepqao, dos factores de natureza geotect6nica.

c) Zona de Capolopopo-Virei-Caraculo-Maungo-Cairofa (Zona III)

Esta zona abrange as areas de Capolopopo, Virei, Caraculo, Maungo e Cairofa, esterdcndo-se, a partir da anterior, ate ao litoral.

Dado o baixo valor da precipitaqiio, nesta zona, bern como as suas caracterfsticas geomorfol6gicas, apenas se podeni, ao encarar a resolw;ao do problema de abastecimento de agua, optar, em regra, pela execuqao de capta­q6es de aguas subterriineas.

4.1. AGUAS SUPERFICIAIS

4.1.1. MllTODOS DE PROSPEC(,'AO

As obras de aprovisionamento de aguas superficiais que, ate a presente data, tern sido executadas no Distrito de Moqflmedes, sao do seguinte tipo:

Aqudes. Captaqiies de nascentes. Depositos escavados.

A sua localizagao depende dos seguintes factores :

Geomorfologia. Litologia. Tect6nica. Area da bacia imbriferica. Pluviosidade.

Page 14: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

18 BOLETIM DOS SERVI(:OS DE GEOLOGIA E MINAS

a) Geomorjologia

A geomorfologia do local onde se pretende a exccugao de a9udes, mcsmo de pequenas dimens6es, e fundamental para a sua localizayaO.

Na verdade, e essencial conseguir uma albufeira suficientemente grande para armazenar o volume de agua necessaria. Este facto, implica a existCncia de margcns bern definidas e com altura suficientc para a execugao da obra.

As margens das linhas de agua, no local onde sera executado o a9ude, deverao ser pouco afastadas a fim de nao se onerar a construgao.

A nlio existencia de boas condi96es geomorfol6gicas, impedin\ a cons­trugao de agudes podendo ser exeeutados, caso outros faetores o permitam, depositos escavados.

b) Litologia

As margens das mulolas, no local onde serao exccutados os agudes em alvenaria, deverao ser constitufdas por afloramentos rochosos. Estes aflora~ mentos deverao, ainda, prolongar-se sob o leito da linha de agua e a cober­tura aluvionar, quando exista, deve possuir fraca espessura.

Nem sempre, porCm, se encontram Iocais que possuam estas caracte­rfsticas. Por vezes, torna-se necess::irio abrir poyos ou efectuar furos com sondas manuais, quer para observar a rocha sob a cobertura aluvionar, quer para determinar a espessura desta cobertura e estabeleoer, consequentemente, o perfil do bed-rock.

0 conhecimento da lilologia das margens da linha de agua, onde ce pretende executar a obra, condiciona a sua concep9fio. Quando os encontros sao rochosos tem-se construido a9udes em alvenaria. Caso contrUrio, tern sido construfdos a9udes em terra ou mistos.

Se, em vez de afloramentos rochosos existe espessa cobertura impermefivel poderao executar-se depositos eseavados desde que se verifiquem boas eondi-96es de alimentagao.

c) Tect6nica

E importante ter em linha de conta a tectonica no local onde se prop6e a execugao de agudes. A exist&ncia de falhas, diaclasses e fracturas fazem, em geral, perigar a estabilidade e estanqueidade da obra, a menos que sejam saneadas.

Por vezes, torna-se necessaria abrir pogos nas aluvi6es das linhas de agua, a fim de se observarem as rochas cobertas.

d) Area da bacia imbri/l!rica. Pluviosidade

A area da bacia imbriferica devera ser relaeionada com o valor da pre­cipitacao local e com o volume de agua que se pretende armazenar, a fim de que, a obra a executar, se possa garantir alimentayao suficiente para o seu enchimento.

Page 15: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNIJO- 1968-NVMERO 17 19

A estimativa da area da bacia imbriferica deve ser efectuada com base numa boa carta topografica ou na fotografia aCrea.

0 volume de agua que podera alimentar 0 ponto de agua, deve ser superior (Iemos admitido o minima de quatro vezes) relativamente ao que se pretende armazenar pois sera preciso ter em conta que, grande parte, se perdeni, principalmente, por evapotranspira<;i\o e por infiltra<;i\o.

* * *

Nas areas onde foram efectuados trabalhos de cartografia geologica a consulta das cartas e notfcias permite a compila<;i\o de elementos, de ordem geral, sabre a geomorfologia, litologia e tectonica. Nas restantes, efectuam-se reconhecimentos preliminares.

A utiliza<;i\o da fotogeologia revela-se muito uti!, pelos dados que pode fornecer do ponto de vista litologico, geomorfologico e estrutural. A foto­geologia nao dispensa, porCm. as observa~6es no terrene.

Os Iocais onde existem fil6es fracturados ou rejeitados a atravessar as linhas de agua sao, em principia, de rejeitar no que se refere a execu<;iio de a<;udes pais poderi\o constituir, eles proprios ou os encostos, zonas por onde se processe a infiltra<;i\o e escoamento das aguas armazenadas.

Em alguns Iocais do Distrito de Mo<;amedes, foram captadas nascentes. 0 principal factor a ter em conta, neste caso, e a existCncia de caudais perM manentes que assegurem a exploraqiio dos pontos de agua. Devera, portanto, ser efectuada a medi<;i\o do caudal das nascentes, mesmo de modo expedite, e executar dispositivos tendentes a captar toda a agua ressurgente. Tem-se tambem efectuado a constru<;iio de depositos de armazenamento, a fim de se aproveitar toda a agua captada. Sera uti! antes da execu<;ao das obras. verificar se a agua e de boa qualidade.

4.1.2. 0BRAS EXECUTADAS

Nos quadros anexos (7.1.) indicamos o tipo das obras executadas e a sua localiza~ao, bern como a capacidade de armazenamento ou o caudal captado, distribuindo-as pelas tres zonas ja definidas. Os factores que condi­cionaram a sua concep9fio e Iocalizas;fio foram descritos, em pormenor, noutro trabalho (Heitor de Carvalho, 1965).

4.2. AGUAS SUBTERRANEAS

4.2.1. METODOS DE PROSPEC<;AO

Como referimos, as forrnac;Oes geol6gicas da regi§.o sao, essencialmente, constituidas por rochas cristalinas.

As rochas cxistcntes, na area considerada, possuem, de modo geral, apenas, permeabilidade em grande.

A prospec<;ao e pesquisa de aguas subterrilneas teni de scr orientada tendo, em regra, sempre presente es-te facto.

Page 16: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

20 BOLETIM DOS SERVI(:OS DE GEOLOGIA E MINAS

0 clima da regwo e, como referimos, arido ou semiarido. A existCncia de aguas subterr§.neas em quantidade, na area do Distrito

de Mo98.medes ligaRse, quase sempre, com as possibilidades de recarga directa dos aqufferos. Dada a escassez das chuvas essa recarga efectuaRse, quase exclu­sivamente, atraves dos rios e mulolas.

Os locais a prospectar serao, deste modo, em regra, os que marginam as linhas de agua.

Nos trabalhos de prospecgao tem-se utilizado os elementos geol6gicos fornecidos pelos Jevantamentos, na escala de 1/100 000 das areas onde existem trabalhos desta natureza.

Nas regioes onde nao existem trabalhos de cartografia geologica, na escala de 1/100 000, tem-se procedido a reconhecimentos geol6gicos, de ordem geral, antes de se iniciarem os trabalhos de prospecgao.

A fotogeologia tern sido amplamente aplieada na prospecgao de aguas subterraneas. Os elementos fornecidos pela fotointerpretagao sao verificados no terrene.

A prospecgao geofisica tern sido utilizada sempre que as observag6es geo16gicas superficiais se revelam insuficientes.

A pesquisa de aguas subterril.neas, nas regi5es pastoris do Distrito de Mogamedes, e condicionada par varias dificuldades :

a) Escassez de estudos geol6gicos ; b) Previa delimitagao da zona onde se torna necessano o ponto de

agua. De modo geral, estas zonas, s6 por mero acaso, apresentam condig5es hidrogeol6gicas favoniveis. Somos, par isso, em muitos casas, Ievados a prospectar areas que seriam imediatamente pastas de parte, nao fora a insistencia dos utentes. Casas ha em que che­gamos a encontrar ja construidos o tanque e bebedouro destinados a receber agua da obra que ainda nem sequer foi concebida ;

c) Nao existcncia de condig6es geohidrol6gicas favoniveis nas conces­s6es prcviamente demarcadas o que constitui problema de dificil resolu9ao para o prospector o qual, em virtude da necessidade abso­luta de agua na concessao onde, por vezes, o gado morre de dia a dia, se ve obrigado a conceber e a localizar obras em areas que, a priori, rejeitaria ;

cl) Pedidos de novas pontes de agua em areas restritas, como sao as concess6es de Caraculo, depois de terem sido efectuadas, em anos anteriores, v:irias sondagens de pesquisa de :iguas subterraneas, sem exito. E evidente que, se a solugao a adoptar, neste caso, pudesse ser outra que a captagiio de aguas subterriineas, o problema pocleria ser resolvido mais facilmente.

4.2.2. 0BRAS EXECUT ADAS

Nos quadros anexos (7.2.) indicamos as caracteristicas principais das capta96es construidas nas tres zonas do Distrito de Mogamedes, bern como os factores de ordem geotect6nica responsaveis pela existcncia de aguas subterr2neas,

Page 17: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNHO -1968-NOMERO 17 21

Os trabalhos de prospec9ao efectuados para localizar as sondagens de pesquisa, foram descritos numa publica9ao anterior (Heitor de Carvalho, 1965) na qual foram, tambem, incluidos os respectivos perfis geol6gicos.

4.2.3. ACIDENTES GEOTECTONICOS QUE SERVIRAM DE BASE PARA LOCALI­ZA<yAo DE SONDAGENS DE PESQUISA DE AGUAS SUBTERRANEAS

Em face dos resultados obtidos, parece-nos ser oportuno destacar os principais acidentes de ordem geotect6nica existentes nos locais onde as pes~ quisas foram coroadas de exito.

A existencia dos acidentes geotect6nicos que a seguir referiremos cons­titui, por si s6, elemento favonivel para a pesquisa de aguas subterraneas, na regii'io considerada, nao sen do, porCm, suficiente. S6 a sua con juga9ao com outros factores, tais como as condi96es de circula9ao das aguas nos acidentes geotect6nicos e uma eficaz alimenta,ao, podeni conduzir a bans resultados.

Devemos ter em conta, na area considerada, no que se refere a !ocali­za9i'io de sondagens medlnicas corn vista a obtenyi'io de Ugua, os seguintes addentes geotect6nicos :

a) Fa!has bern definidas.

Estes acidentes oferecem condiy6es ideais para a execw;;i'io com exito, de capta96es de aguas subterraneas. As sondagens de pesquisa deverao ser localizadas, sempre que passive!, nas imedia96es das mulolas, junto do ponte de encontro das falhas com as linhas de agua.

Par vezes, o enchimento argiloso das falhas, prejudica a circulaviio das aguas. Nestes casas a agua circula, porCm, em regra, junto dos encostos.

Deve, tambem, ter-se em conta a inclinavao das falhas e procurar inter­cepta-las, nas sondagens, a profundidade conveniente, isto e, inferior ao nivel piesometrico.

b) Zonas de rochas fracturadas e alteradas.

As rochas, da area considcrada, apresentam-se, em certos Iocais, inten­samente fracturadas.

No caso das rochas graniticas, cujos afloramentos ocupam grande parte da regiao, observam-se varios tipos de fracturas.

De modo geral, as fracturas apresentam direc96es variadas no mesmo local formando, quase sempre, uma rede. Verifica-se, porem, em regra, uma direcvao de fracturavao preferencial evidenciada par fracturas mais desen­volvidas e mais bern definidas.

As rochas graniticas fracturadas apresentam, quase sempre, alteraviio acentuada.

As zonas de rochas fracturadas cuja direq:ao de fracturaviio principal coincide com a dos Ieitos das Iinhas de agua ou OS interceptem tem-se revelado excelentes, no que se refere a pesquisa de aguas subterriineas, desde que as fracturas nao sejam preenchidas por materiais impermeaveis que impe9am a circulavao das aguas.

Page 18: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

2.1 BOLETIM DOS SERVn;os DE GEOLOGIA E MINAS

Em regra, junto das linhas de agua, e impossivel observar as rochas frac­turadas devido a cobertura aluvionar e a intensidade dos fen6menos de alterayao. Pelo contnirio fora destas zonas a sua observayao, na area estudada, nao oferece, em geral, dificuldades.

E quase sempre passive], utilizando mC!odos puramente geol6gicns, deter­minar, com certa seguranya, o prosseguimento destas zonas de rochas fractu~ radas sob a cobertura.

Em certos casas torna-se, porcm, necessaria aplicar a prospecs:ao geofisica.

c) Zonas de contacto entre rochas graniticas de textura e granularidade diferentes.

Nas rochas graniticas que afloram na regiao verificam-se, frequentemente, diferen9as acentuadas quer no que diz respeito ao tamanho do grao e a tex­tura quer no que se refere a prOpria constituiy5o mineral6gica. Estas dife~ rens:as conduzem a diversos estados de allera9iio e fracturac;ao das rochas.

Nestas condiyOes surgem, por vezes, junto das mulolas, zonas onde rochas graniticas fracturadas e alteradas se disp6em a montante de afloramentos fres­cos e pouco fracturados. Estes funcionam, entao, como barragens subterrimeas evitando o escoamento das 8.guas contidas nas fracturas que ocorrem a montante.

As sondagens de pesquisa localizadas nestas zonas de rochas alteradas e fracturadas, tern, geralmente, conduzido a exito no que se refere a obtenc;ao de agua.

d) Zonas de afloramentos do Complexo granitico-gnaissico-migmatitico, intensamente tectonizadas.

Estas formay6es encontram-se, em certos Iocais. extraordinariamente, fracturadas e laminadas. Tomam, aqui e alem, aspecto xistento devido a Iaminagem intensa.

Nas imedias:oes das mulolas, estas rochas, oferecem boas condic;6es para a pesquisa de agua por meio de sondagcm mecilnicas. Os caudais obtidos sao, em regra, aprechiveis.

e) Fil6es de quartzo e de rochas basicas. Diques de rochas mctam6rficas.

Geralmente junto dos encostos dos fil6es as rochas encaixantes apre­sentam-se alteradas e fracturadas.

A agua que corre nas mulolas tem tendencia a infiltrar-se atraves das fendas das rochas situadas a montante dos fil6es que se oporao, com maior ou menor eficiencia, a sua passagem para jusante. Os fil6es referidos fun­cionam, entfio, como barragens subternlneas desde que a espessura seja apreciavel e o estado da fracturagao pouco acentuado.

Estes acidentes, quando rejeitados, fornecem indicas:oes preciosas no que se refere a tect6nica. E vulgar o reconhecimento de falhas, exclusiva-

Page 19: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNHO -1968-NUMERO 17 23

mente, a partir destes rejeitos. Em certos locais o leito das mulolas que atravessam fil6es concide com falhas. Estas, como vimos, sao locais previli­giados para a execuqao de sondagens mecilnicas produtivas.

Alguns filoes, nomeadamente os de quartzo, instalam-se em caixas de falha. A posterior fracturaqao do quartzo e das rochas encaixantes da origem, em regra, a zonas onde a existeneia de aguas subterraneas e abundante desde que se verifiquem boas condiq6es de alimenta91io.

fJ Zonas da proximidade do contacto entre rochas graniticas ou grani­t6ides, com rochas do Complexo xisto-quartzitico.

Em muitos locais da :irea considerada ocorrem, como referimos, rochas do Complexo xisto-quartzitico.

As sondagens localizadas nestas rochas, desde que a distancia da super­ffcie ao contacto com as rochas graniticas ou metam6rficas nao seja muito grande nem demasiado pequena (entre 20 a 40 m), conduzem, em geral, a resultados positivos no que se refere a obtenqao de agua.

Nas imediaq5es das mulolas as rochas xisto-quartziticas, obedecendo as condiq6es precedentes, dado o estado de fracturaqao intensa que, normal­mente, apresentam permitem a infiltraqao da agua que ficara retida em pro­fundidade, no contacto com as rochas granfticas ou metam6rficas, menos permeaveis.

Os caudais obtidos em furos de sonda efectuados nas zonas que obede­cem as condi96es enunciadas sao, geralmente, aproveitaveis.

g) Zonas aluvionares.

Obteve-se, em geral, exito nas sondagens efectuadas em zonas aluvio­nares onde a espessura das forma96es detriticas 6 consideni vel e se verificam as seguintes condiqoes :

Alimenta9iio eficaz do aquifero ; Exist&ncia de acidentes que atravessem as linhas de agua e confiram ao bed-rock forma de bacia tais como filoes, diques de rochas meta­m6rficas. afloramentos de rochas mais resistentes a erosao, etc.

Como se torna evidente, as sondagens de pesquisa deverao ser locali­zadas a montante destes acidentes.

4.2.4. RECARGA ARTIFICIAL

Em muitos casas o volume de agua extraido das captaq5es e superior aquele que alimenta os aquiferos. Este facto podera conduzir ao esgotamento das reservas aqufferas subterraneas e introduzir modificag5es profundas nas caracieristicas hidrogeol6gicas das regioes afectadas.

Page 20: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

24 BOLETIM DOS SERV[(;:Os DE GEOLOGIA E MINAS

Na area do Caraculo algumas capta<;6es esgotaram-sc completamente ~ noutras, o caudal que era da ordem de 1000 1/h, em 1950, reduziu-se a 200 1/h, em 1964 .

. Para ten tar rcmcdiar esta situa<;:ffo deveni, desde j<i, pensar-se em :

Sempre que possivel, localizar as sondagens de pesquisa de aguas subterrfineas nas margens das mulolas ; Sempre que possivel, localizar as sondagens de pesquisa de aguas subterrfineas a montante de fil6es, ou em zonas em que o bed-rock, por qualquer motivo, tenha a forma de bacia ; Proceder a constru<;iio de dispositivos de recarga artificial, sempre que as condiy5es naturais nao sejam favod.veis a eficaz alimentayiio dos aquiferes.

A aHmentayao dos aquiferes na reg1ao, processa~se principalmente atra­ves das mulolas, apesar do seu canicter temporUrio e torrencial. Nestas con­diy6es, os dispositivos de recarga artificial a executar deverao ser, em regra, constitufdos par pequenos ayudes ou por cortinas subterr§.neas estanques. Prop6s-se, ultimamente, o emprego simultiineo dos dois dispositivos referidos. A sua localiza<;ao, nas mulolas adjacentes as capta.;oes, implica o conheci­mento, tao complete quanto possivel, da tect6nica local a fim de permitir compreender o processo e o caminbo de infiltra<;iio da agua das mulolas para os aquiferes.

Tem-se recorrido sempre, nestes casas, a prospecs;S.o geofisica.

5. QUALIDADE DAS AGUAS SUBTERRANEAS CAPTADAS

Somente a agua colhida em 24 captayoes foi submetida a analise qui­mica, mais completa, pelo Laborat6rio de Analises Fisico-Quimicas dos Ser­vi9os. Nas restantes ni:io foi efectuada a analise quantitativa e qualitativa dos ani5es e cati6es.

Os principais dados das amilises quimicas encontram-se sintetizados nos quadres anexos (7.3) e foram implantados em diagramas triangulares (7.4) e logaritmicos (7.5). ·

As iguas colhidas nas capta<;oes de Gimba-Catongo, Saiona, Cahelengue e Cavelocamo, apresentam teores extraordinariamente elevados em elora e sao muito mineralizadas. Estas captas;6es situam-se em zonas onde afloram rochas do Complexo xisto-quartzitico sendo de admitir, como responsive! pela composi9ao quimica das aguas, a conjugaqao dos factores de ordem climatica e lito16gica.

A composi<;iio da agua captada em Cavelocamo (Zona II) assemelha-se a da capta<;iio de Virei (Zona III). A reglao de Cavelocamo situa-se relativa­mente proxima do Virei. Este factor, aliado a ocorrencia de rochas do Complexo xisto-quartzitico, na regifio de Cavelocamo, sed. quanto a n6s res­ponsive! pela semelhan<;a referida e bern assim pela diferen9a existente entre a composi<;i\O quimica da agua de Cavelocamo em relaqiio as restantes da zona II, onde afloram rochas graniticas.

Page 21: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNllO -1968- NOMERO 17 25

A agua da capta<;iio da Serra dos Gandarengos (Zona II), assemelha-se as da Zona I. Esta capta<;ao situa-se, porem, relativamente proxima da regiao de Vila Arriaga (Zona I).

A agua da capta<;ao de Chipia (Zona III) assemelha-se as de Matupeia-2 e Rio da On<;a (Zona II). A regiao de Chipia situa-se, porem, relativamente proxima das captaq5es de Matupeia-2 e Rio da Onqa.

As aguas captadas nas imediao;oes das forma<;oes do Complexo calcario­-anfibolftico, fundamentalmente, constitufdo por marmores possuem, em geral, elevados teores em c:Hcio. As aguas das capta<;6es das regi6es de Catuitui e de Viombo ( ona III), situadas a sul da Serra da Lua, imponente colina formada essencialmente por marmores, s'ao cloretadas calcicas ou de tenden­cia calcica. As aguas captadas na Zona Ill em locais onde nao ocorrem rochas calcarias sao ainda cloretadas mas sodicas ou de tendencia s6dica.

0 facto de apenas possufrmos am\lises mais completas da agua de 24 capta<;6es poder:i induzir em conclusoes erradas por algumas dessas aguas pertencerem. eventualmente, a tipos qulmicamente aberrantes. No entanto, COmparando OS dados das anaJises sumarias de 43 aguas, verificamos que ;

a) A media do residua seco das aguas captadas na Zona I e de 262,50 mg/1 sendo a media do grau hidrotimetrico, medido em graus franceses, de 12,00 ;

b) A media do resfduo seco das aguas captadas na Zona II e de 923,50 mg/1 e a media do grau hidrotimetrico de 34,50 ;

c) A media do residua seco das aguas captadas na Zona III e de 2.016,90 mg/1 e a media do grau hidrotimetrico de 118,05;

ti) 0 pH das aguas captadas nas Zonas I, II e III varia entre 5,40 e 8,10.

As aguas mais completamente analisadas mostram, do ponto de vista da composio;ao quimica, dentro da mesma zona, grandes afinidades.

Na verdade as aguas captadas na Zona I sao, em geral, bicarbonatadas o mesmo sucedendo com as captadas na Zona II nas quais este caracter e, porem, menos vincado. As aguas da Zona III sao cloretadas ou de tendencia cloretada.

Yerifica-sc assim que os teores em carbonates decrescem a medida que nos deslocamos da Zona I para a Zona II e desta para a Zona III, isto e do interior para a costa, aumentando os teores em cloretos. Os teores em sulfates aumentam ligeiramente da Zona I para a Zona II sofrendo pequena varia<;fio desta, para a Zona III.

As aguas apresentam, tambem, mineraliza<;ao total media crescente a medida que nos deslocamos da Zona I para a Zona II e desta, para a Zona III.

A influencia dos factores de ordem climatica na composi9ao qufmica das aguas captadas na area estudada parece, pais, ser mais vincada que a dos factores de ordem litologica. Na verdade as aguas captadas em rochas grani­ticas e granitoides (a grande maioria) apresentam, de zona para zona, eom­posi<;ao qufmica variavel.

Luanda, Fevereiro de 1967.

Page 22: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

26 BOLETIM DOS SERVI(:OS DE GEOLOGIA E MINAS

BIBL!OGRAF!A

ANDRADE, M. MONTENEGRO- Rochas granfticas de Angola. Coimbra, 1953.

BEETZ, P. W.- Geoloty of South~ West Angola, beetwen Cunene and Lunda Axis. Trans. Geol Geol. Soc. S. Africa, vol. XXXVI. Joannesburg, 1953.

CARVALHO, HEITOR DE- Contribuir!io para o conhecimento hidrogeo/6gico do Sw de Angola Relat6rio inCdito dos Scrvi9os de Geologia e Minas de Angola (5 volumes). Luanda 1965.

Nota preliminar sabre a ocorrencia de dguas subterr{ineas na regiiio de Catuitui ( Distrito de Mordmedes~Angola). Comunica9ao apresentada a X. Reuniao do SARCCUS. Angola 1966.

-A Hidrogeo!ogia e o problema do abastecimento de dgua d.1 regiVes dridas e semidridas. Comunica9ao apresentada a X Reuniao do SARCCUS. Angola, 1966.

CASTANY, G.- Traitri Pratique des Eaux souterraines. Dunod. Paris, 1963.

COSTA, WALTER DUARTE- Ilidrogeologia no crista/ina. Reuniao Monteiro-Sum6, PB. XVII Congresso Nacional de Geologia. Recife .. Pernanbuco, 1963.

FABER, F. J. -- Contribui(:c7o d geologia do Sui de Angola. Versilo Portuguesa de M. Montenegro de Andrade. Servic;os de Geologia e Minas de Angola. Luanda, 1949.

FERRAo, C. N. -A Hidrogeologia eo problema do abastecimento de 6gua d Reserva Pastm·il do Caraculo (Angola). Boletim n. 0 5, dos Servic;os de Geologia e Minas de Angola. Luanda, 1962.

GEOLOGICAL MAP OF SOUTH WEST AFRICA- (1963)- Printed in the Republic of South Africa. Pret6ria, 1964.

JESSEN, 0.- Reisen und Forachungen in Angola. Berlim, 1936.

MoNITION, L. ET LESGUISE- Notice Explicative de Ia carte hidrogJo/ogique de Ia rCgion de Casablanca. Notes et M6moires du Service GCologique du Marroc, n.o 131. Rabat 1960.

MouTA, F.- Noticia Explicativa do Esbo90 GeolOgico de Angola. Junta de Investigac;Oes do Ultramar. Lisboa, 1954.

RAGUIN, E.- Geologie du Granite. Masson. Paris, 1957.

SILVEIRA, MARIO DE MATOS- Climas de Angolu. Servic;o Meteorol6gico de Angola. Luanda, 1962.

VALE, FRANCISCO SousA- Reconhecimento Geol6gico-Mineiro da drea de Chibia-Jau. Relat6rio inedito dos Servic;os de Geologia e Minas de Angola. Luanda, 1963.

- Reconhecimento Geo!Ogico-Mineiro da drea de Humpata-Cafnde. Relat6rio inedito dos Servic;os de Geologia e Minas de Angola. n. 0 1-891. Luanda, 1966.

Page 23: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

7. ANEXOS

Page 24: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNH0-1968-NVMERO 17 29

7.1. AGUAS SUPERFICIAIS

7.1.1. A<;;UDES

!-Zona de Cainde-Vila Arriaga-Lola (Zona I)

Nome da obra e Capacidade de Tipo de obra Observa.;Oes Jocaliza<;fto armazcnamcnto

Taco-Taco 36 000 m3 Acude em alvenaria Pode ser aumentado (Vila Arriaga)

Calupacolo 6 000 m3 Idem Podc scr aumcntado (Vila Arriaga)

Embala 25 000 m3 Idem (Cainde) ---·

Quehele 76 000 m3 Idem (Cain de)

Campongo 155 000 mJ Idem (Vila Arriaga)

..

Mongondo 100 000 mJ Idem (Vila Arriaga)

- ------~

Xingove 16 000 mJ Idem (Vila Arriaga)

-----·

Caungue 20 000 m3 Idem (Vila Arriaga)

Caungo 1 000 mJ Idem (Lola)

Tumbua 2 000 m3 Idem (Lola)

..

Cavalo 7 000 m3 Idem Pode ser aumentado (Lola)

-

Munhandi 65 000 m3 Idem

(Lola)

Oueria 20 000 mJ

Acude em alvenaria e (Lola) em terra

-Cachipa 22 000 m3 Acude em terra (Lola)

Page 25: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

30 BOLETIM DOS SERVI(:OS DE GEOLOGIA E MINAS

II- Zona de Camucuio-Caitou-Munhino-Cavelocamo (Zona II)

Nome da obra e Capacidade de Tipo de obra Observao;6es Jocalizao;iio armazenamc.nto

~····

Chipopilo 170000 mJ Ayude em alvenaria (Camucuio)

--

Macaco A capaciclade pode

(Caitou) 30 000 m3 Ar;ude em alvcnaria e ser aumentada lim-em terra panda a albufeira

-----------

Diacombando 50 000 m3 Ac;ude em alvenaria (Caitou) ----

NumpauC-2 50 000 m3 Idem (Caitou) -

Cavimba 50 000 m31 Idem (Munhino)

I

III- Zona de Capo/opopo-Virei-Caracu/o-Maungo-Cairofa (Zona Ill)

Nome da obra c J oca!izao;ao

Mandindimba (Munhino)

Capacidade de armazcnamento Tipo de obra Observao;5es

··----··-··----------

16 000 m3 Ar;udc ern alvenaria

7.1.2. CAPTA<;:AO DE NASCENTES

I- Zona de Cainde-Vila Arriaga-Lola (Zona 1)

Nome da obra c localiza<;:iio Caudal captado

Observw;i">es (aproximado)

Mitoco 400 1/h (Vila Arriaga)

Nondau 400 1/h A nascente seca durante a estiagem (Lola)

·-----

Lute 700 1/h (Lola)

Page 26: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNHO --1968--NOMERO 17 31

7.1.3. DEP6SITOS

I- Zona de Vila Arriaga (Zona 1)

Nome da obra Capacidadc de Tipo de obra Obscrva<;:Ocs c !ocailza.;ito arma?cnamento

---------- ..

Armazcna <igua cap-Mahita I 200 m3 DepOsito em alvenaria tad a de nascentes

(Vila Arriaga) existentes junto da efcarpa da Chela

-Manga 5 000 m3 DepOsito escavado, em

(Caitou) terra

7.2. AGUAS SUBTERRANEAS

7.2.1. FALHAS BEM DEFINIDAS

I- Zona de Cainde-Vila Arriaga-Lola (Zona I)

Nome Caudal Profun- Ni~ol I Wwl Modo de ocorrCncia da capta.;ao l/h didadc cstfltico dinfl.mico da agua e )itologia Obscrva<;6cs e localiza<;i'io (m) (m) (m)

------- ---- ~·--·-- -----··- ..•

Fracturas em rochas graniticas, dos

Quehelequete 8 000 18,00 8,90 15,50 ll,OOm aos 12,00m (Cainde) e dos 15,00m aos

15,50 m ----- ------- ---

Frac;uras em rochas graniticas, dos

Macuputa 11 360 46,00 4,20 35,70 14,00m aos 17 ,OOm (Lola) e dos 30,00m aosl I 35,00 m.

II- Zona de Camuczdo-Caitou-Munhino-Cavelocamo (Zona ll)

Nome Cauda! Profun- Nive! Nive! Modo de owrrCncia da capta<;fio 1/h didadc est;itico dinflmico da <i.gua e litologia ObservacOes e !ocaliza9ao (m) (m) /m)

---------------- ----Fracturas em rochas

Rio da On<;a 3 000 14,00 2,00 9,00 gran!ticas a!tera-(Munhino) das, dos 8,50m aos

9,00 m ---------------- --····-

Fracturas em rochas Matupeia·-2

8 800 15,00 3,00 7,90 I graniticas, altcra-(Munhino) das, dos 6,00m aos

11,00 m.

Page 27: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

32 BOLETIM DOS SERVJ(;OS DE GEOLOGIA E MINAS

III -Zona de Capolopopo-Virei-Caraculo-MaunRo-Cairofa (Zona Ill)

Nome Cauda! Profun- N'"' I Ni"l Modo de ocorrencia da capta~iio 1/h didadc cstUtico diuamico da Ugua c litologia Obscrva.;Ocs c Jocaliza,;il.o (m) (m) {m)

----·-- --~---- -----~-~-- ... ----

Fracturas em rochas

Virei graniticas, preen-

( -»·-) 15 800 22,00 6,50 10,30 chidas por calcite, dos 12,50m aos 15,50111

------- ---- ---------- -- "

Fracturas em rochas granlticas, preen-

Brutuei 15 800 26,00 16,00 18,25 chiclas por peque-(Capolopopo) nos fi!Oes de quart-

zo, clos 19,00m aos 23,00m

--- ----·-- ·-Fracttlras em rochas

Retcnhangue graniticas do com-

(Caraculo) 3 000 41,00 21,00 (a) plexo granitico-- g n<issico, dos 34,00m aos 34,50m

---- ---- ··- -·· Dcvido a exi~tCncia

Fracturas em rochas de cobcrtura alu-Viombo 3 000 35,00 9,80 24,00 granitic as altera- vionar for am

(Caraculo) das, dos 11,00 m efectuados traba~ aos 24,00m lhos de prospcc~

yao geofisica. ··---· ---- ------ ~--

_, .. -

Catuitui Fracturas em rocha~ Capt. 135 30 360 37,00 2,80 9,86 gi·aniticas, dos (Caraculo) 18,50m aos 30,00,m

-------- ·---- ----- ---Dcvido a exist&ncia

Catuitui 130 000 Fracturas em rochas de depOsitos de

Capt. 150 (Cal- 45,00 6,60 14,75 graniticas, dos 9,00 cobertura foram efectuados traba~

(Caraculo) culado) aos 26,00 m !bas de prospec~

<;i'io geofisica. ·----------- ----- ···--· "

Devido a existencia

Catuitui Fracttlras em roc has de depOsitos de cobertura foram

Capt. 151 80 000 45,00 6,60 14,75 graniticas, dos cfectuados traba~ (Caraculo) 10,00 aos 31,00m lhos de prospecw

yi'io geofisica.

------Zona do encosto

Vindanga!a (teto) da falha

1100 70,00 15,00 22,00 prcenchida por ar~ Idem (Caraculo) gila, situada entre

21,00m e 22,00m

( u) Nao foi medido.

Page 28: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNH0-1968-NOMERO 17 33

7.2.2. ROCHAS FRACTURADAS E ALTERADAS

I~ Zona de Cainde-Vi/a Arriaga-Lola (Zona I)

Nome Caudal Profun· Nivel Nfvel Modo de ocorrencia da capta~i!.o l!h didadC est<itico dinilmico da <igua c litologia Qbserva"6es e localizar;i!.o (m) (m} (m)

---~----~- ---~~--

Fracturas em rochas Djambaitai 2 500 20,00 3,30 8,50 graniticas com epi·

(Cainde) do to, dos 5,00m aos 8,50m

~~-~~-~~-

Fracturas em rochas

Tchamba graniticas alteradas

(Vila Arriaga) 4 200 28,00 4,45 21,50 dos 5,00m aos 9,00 e dos 22,50m aos

I 23,50 m

II~ Zona de Camucuio-Caitou-Munhino-Cavelocamo (Zona II)

I Nome Caudal Profun- Nivcl N;,o~ I Modo de ocorrencia

I da captw;:i!.o 1/h didadc est:itico dinilmico da <i.gua e litologia Obscrvw;Ocs e localizar;:ao (nl) (m) (m)

~--- -~~- ~~-- ' I

I

Camucuio Fracturas em rochasl

(-»-) 2 000 22,50 5,00 20,50 graniticas dos 4,50

aos 16,50 m ~~-- --·~-'

Fracturas em rochasl Munhande-A 3 700 30,00 16,20 17,70 graniticas aletradas, I (Camucuio) dos 9,50 m aos

16,00m ---~~-----

Iomboo;o Fracturas em rochas 600 30,00 7,50 10,00 graniticas, dos 8,00 (Caitou)

aos 10,00 m -~~-~~- -

Fracturas em rochas Manganga

4 400 14,50 6,25 14,00 granfticas altera~ (Camucuio) das, dos 6,50m aos I

ll,OOm -~--.---- ~~- ~~-

Fracturasem rochas, Serra dos provavelmentc, de

Gandarengos 2 640 26,50 12,80 22,60 natureza anfiboli-(Munhino) tica, dos 16,50m

I aos 20,50m

~----

Fractura~ em rochas Chiutamo 2 000 14,70 6,50 13,50 I

graniticas altcra-(Munhino) das, dos 6,50m

' aos 13,30m. I '

Page 29: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

34 BOLETIM DOS SERV[(;OS DE GEOLOGIA E MINAS

III- Zona de Capo/opopo-Virei-Caraculo-Maungo-Cairofa (Zona Ill)

Nome Cauda! Profun- Nlvel Nivcl Modo da ocorrencia da capta.;i'io 1/h didadc estlltico dinfunico da ltgua c litologia Obscrvar,:Oes e Jocalilacao (rn) (111) (m)

·----····- ·--··· ·--- ----~--~-~-.

Dcvido i\ cxist6ncia Fracturas em rochas de cobertura alu-

Chitundulo 8 800 17,00 8,70 12,00 graniticas alter- vionarforam efec-

(Capolopopo) nadas dos IO,OOm tuados trabalhos aos 12,00m de prospec<;ao

geoff sica.

------·--~-.. ----------- -·-·---·-

Fracturas em rochas granit6ides do con-

Jindiombe 1 100 20,50 3,10 22,40 tacto com rochas

(Saiona) mctassedimcntarcs, dos 18,50m aos 20,50m

·------·---Fracturas em rochas

Catongoli S.l 540 55,00 7,80 (a) graniticas com epi-

(Caraculo) do to, dos 13,60m aos 16,00 m

---------· -~··-··-

Fracturas em rochas Catongoli S.2 800 33,00 6,60 22,00

graniticas com epi-(Caraculo) do to, dos 11,50m

aos 19,50 m --- -------

Fracturas em rochas Canguate graniticas do com-(Caraculo- 400 19,40 8,00 30,00 plexo granitico--Maungo) -gn<iissico, dos

10,60m aos 12,00m ---------

Fracturas em rochas Tapechero

880 22,50 4,30 19,50 graniticas alteradas

(Caracu\o) dos 9,50m aos 10,50m

------Devido a existencia

Fracturas em rochas 1 de cobertura alu-Erinde vionar foram efec-

(Caraculo) 440 22,20 9,80 17,00 graniticas dos 13,50 tuados trabalhos aos 15,00m de prospeq;ao

geoff sica. ---

Fracturas em rochas Chicate 2 100 22,00 8,00 30,00

graniticas alteradas, (Caraculo) dos 10,50 m aos

13,50 m.

(a) N&o foi medido.

Page 30: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JVNH0-1968---NOMERO 17 35

Nome Caudal Profun- I Nlvel Nivcl Modo de ocorrCncia da captar;iio 1/h didade estatico dinil.mico da ll.gua e litologia Observar;Oes e Jocalizar;ii.o {m) (m) (ill)

---------

Devido a cobertura

Furo do Mcio Fracturas em rochas existcnte, foram

(Caraculo) 6 000 45,00 21,40 39,50 graniticas, dos efectuados traba~ 37,00 aos 39,00m Jhos de prospecR

r;ao geoffsica. ---- ---··

Fracturas em rochas Devido a cobcrtura

Furo n. 0 3 graniticas do com- existente, for am

(Caraculo) 4 950 39,00 24,15 33,00 plexo granitico- efectuados traba-gn<l.issico, dos J h o s de prospec-31 ,OOm aos 33,00m 9iio geofisica.

----------Fracturas em roc has graniticas, dos

Bambuabi 2 544 40,00 8,00 30,00 15,00 aos 13,50m (Caraculo) dos 18,00m aos

18,50 m c do~ 26,00m aos 30,00m

------·-------

Muangungululo Fracturas em rochas (Caracu!o- 12 160 33,00 7,50 28,50 grani t i cas, dos -Munhino) 12,00m aos 28,00m

7.2.3. ROCHAS FRACTURADAS SITUADAS A MONTANTE DE FIL5ES

Nome da captao;ao c localizao;iio

I-- Zona de Cainde-Vila Arriaga-Lola (Zona I)

Caudal 1/h

I I , I Profun- , N!vcl I Nivel

tm) (m) (m)

Modo de ocorrencia da .igua c litologia Obscrvao;Qes

I' didade ~~ cst<itico

1

diniimico

----1-----1--1--~.-----1-----! 1 j Fracturas em rochas

Chitcmo (Vila Arriaga) 1 750

I II

1

graniticas, dos 22,50 3,30 l3,00 5,00 m aos 6,00 m

I I ,11 e dos IO,OOm aos I 12,00m

II- Zona de Camucuio-Caitou-Munhino-Cavelocamo (Zona II)

Nome Caudal Profun- Nlvel Nivel Modo de ocorrencia da carta.;ao 1/h didade estAtico dinilmico da asua c iitologia Observao;Oes e localiza~,:ao (m) (m) (m)

---Chirumbangcl Fracturas em rochas

6100 19,00 11,70 16,00 graniticas, dos (Camucuio) 14,00m aos 16,00m.

-----

Page 31: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

36 BOLETIM DOS SERVI(:OS DE GEOLOGIA E MINAS

III- Zona de Capolopopo-Virei-Caraculo-Maungo-Cairofa (Zona Ill)

Nome Caudal Profun- Nivcl Nivcl Modo de oconCncia da captar;:ao 1/h didade cstAtico dim1mico da itgua e lito!ogia Observar;:Oes e Jocalizao;:il.o (m) (m) (m)

----------· ·-----··-----

Fracturas em rochas Dcvido a cobertura graniticas com a!uvionar ex is-

Cuti!ua 4 800 18,00 8,00 11,00 cpldoto, do com- tcntc foram cfec-(Capolopopo) plcxo granitico- tuados trabalbos

-gn<iissico, dos de pro;.;pecyao to,oom aos ll,Oom gcofJsica.

------ ----Fracturas em rochas

Chi pia graniticas dos

2 300 26,00 9,80 19,50 IJ,50lll aos 13,som (Caraculo) c dos 18,50m aos l9,50Jn

7.2.4. CONTACTOS GEOLOGICOS

II- Zona de Camucuio-Cailou-Munhin,o-Cavelocamo (Zona II)

Nome caudal Profun-1 Nivcl Nivcl Modo de ocorr&ncia da captar;:1io 1/h didade cst<itko diniimico du f1gua e litologia Obscrvar;:Qcs

e localiza~il.o (m) (m) (m)

·------ -~-~-.. ~ --··-----"" ··-·---

Fracturas em rochas

Cavelocamo mctam6rficas alte-

(->>-) 14 300 20,00 3,10 10.00 radas, dos 4,Jom

aos 12,50 m c dos 13,60m aos 14,4Qm

III- Zona de Capolop'opo-Virei-Caraculo-Maungo-Cairofa (Zona Ill)

Nome Cauda! Profun- Nivcl Nivcl Modo de ocorr6ncia da capt~iio 1/h didade esttitico dini"!mico da :\gua e !itologia Obscrva~Ocs

e Jocaliza~ao (m) (m) (m)

--------- --·-··------

Fracturas em rocha:o:: Devido a cobertura migm{ltiticas alte- aluvionar ex is-Cahelengue radas, situaclas a tente, foram efec-

(Capolopopo) 4 400 18,00 9,50 16,60 montantc de um tuados trabalhos dique da rocha de prospecyi'io metam6rfica, dos geofisica. 13,0om aos 16,00m

---------

Fracturas em rochas

Gimba-Caton- graniticas do con-

go 11 000 20,00 8,00 11,60 tacto com forma-y5es metassedi-(Capolopopo) menta res, d OS

10,00 111 aos 14,50m "' ''

Page 32: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

JANEIRO A JUNH0-1968-NOMERO 17 37

Nome Caudal Profun- N!vel Nlvel Modo de ocorrencia da capta\':i'lo i/h didade est~l.tico dinamico da igua e litologia Observao;Oes e Jocalizao;ao (m) (m) (m)

Fracturas em rochas graniticas do con¥

Saiona 6 500 15,00 7,60 12,00 tacto com rochas (Virei Caraculo) metassedimentares,

dos 7,50 m aos 12,00 m

7 .2,5. ALUVIOES

I- Zorua de Cainde·Vila Arriaga· Lola (Zona I)

Nome Caudal Profun- Nivcl Nivel Modo de ocorrencia da captao;:ao l,h didude estll.tico dinamico da agua e litologia Observao;:Oes e Jocalizao;:iio (m) (m) (m)

---------

Areao grosseiro corn calhaus rolados

Rio d Areia provcnientes da

(Vila-Arriaga) 1 650 9,00 3,60 8,00 dcsagregayiio de rochas graniticas vizinhas, dos 3,80m aos 5,00m

II- Zona de Camucuio-Caitou-Munhino-Cavelocamo (Zona II)

Nome Caudal Profun- Nivel Nivel Modo de ocorrencia da captar;:ao 1/h didadc estlitico dinfimico da <igua e lito!ogia Observa~Oes e localiza~il.o m) (m) (m)

A rei a fin a com calhaus rolados

Chipopilua proveniente da 1400 7,10 2,65 6,00 desagregacao das (Camucuio)

rochas granfticas vizinhas, dos 3,00m aos 8,00m

------Dep6sito aluvionar

Tchihive formado a mon~

(Caitou) 2 600 12,00 3,80 8,00 tante de espesso fiUio de rocha ba-sica, dos 3,00m aos 8,00m

Page 33: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

38 BOLETIM DOS SERVI(;OS DE GEOLOGIA E MINAS

Nome Caudal Profun· Nivel Nivel Modo de ocorrencia da cap!aifilO ljh didade cstitico dinamico da Ugua c litologia Observn(,':Ocs e Joe< lh:ao;:ao (m) (m) (m)

------

Zona aluvionar siM

Munhino tuada a montante

(->>-) 2 650 15,00 4,20 7,50 de espesso filiio do· leritico, dos 5,00 m aos 7,50 m

III- Zona de Capolopopo-Virei-Caraculo-Maungo-Cail'ofa (Zona Jll)

Nome caudal Proflm· I Nivel Nivel Modo de ocorrencia da captao;:ao . 1/h didade estAtico dini\mico da <igua C litologia Obscrvao;:Oes e localizao;:ao (m) (m) (m)

------ ...

Campaio Zona 'aluvionar e 7 200 10,50 3,20 9,50 ,d~ a,Jtera9il0, dos (Caraculo) 4,00 m aos 8,00 m. - ·- ·-·-· -. "

Page 34: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

PRINCIPAlS DADOS DAS ANALISES QUIMICAS DE ALGUMAS AGUAS SUBTERRANEAS DA ZONA DE CAINDE-VILA ARRIAGA-LOLA (ZONA I)

Nome c localizacao da capta<;ao

Cainde (Cainde)

! j Residuo _ I ~., I _ I + j ++ l ++ I . I Minerali~ 11

H I ~~reza 1 S(!(;o Cl 1 S04 I COsH 1 Na i Ca 1 Mg I S102 C02 za<;:iio Modo de ocorrCri.cia p I rr::c~} 1, mgfl mg/1 ·\ mgfl 11 mg/1 j mg/1 1, mgfl i mg{l \ mgfl livre total I e litologia

;--! ! ! l __ f I ! j mg/1

5;80 !1·. 17,40 j1

332,60 53,25 I 2,42 I 231,80 '143,01 I 26,85, 26,02 .1 70,80 i Vest. 454)5 I Fract~ras er;t ~ : i , 1 J I g;_an 1to po_rfr-·!1 j . !i :1 \

11 ·,! TO! de gfOSSClfO.

Queh~lequetejs,so '.1

1

10,28 ·.i 286,20 28,40 !' 9,221192,15147,841 26,251 9,071-68,10 r·· .7,.70 I 383,8;11 Fractmas em (Camde) ;

1. · I l J 1 , granlto porfi-

' · i 1_ I I j' ] --~ r6ide grosseiro.

Tchamba 1 .7 00 (yila Arriaga) '

-~--~ j ' ~~·----~ I I -~----~--- 1 Granito nao por-

I I 1 i 11 ,28 : I I . ~- fir6idc de grfio .

1

I 1 j K+ I · I fi~o fracturado,

12,70. 233,60 j 10,61 \ 2,96 j 209,23 130,~2 1

31,27 j 11,66j 26,32 18,70 336,27 \ ~105zft~~t~o d~ 1 i I jCP- .) i i ! 1 granito porfi-

i ,1! I• I ,

1

' I . 1 j r6ide grosseirO j l I ! I i I ! nao fracturado:

Mun)1andc-A 'l-;:;1113,20r~8,40 1-;~lc-3,99 '1-236,3~-~~72,68 I 16,18\ ;-1~;~ 42,~~~-~~;,;~- 404 25 _II Fractu;as em g~~~ (Lola) r i i . I '

1

. 1

i i : nito de griio · 1 l I : I I ! I . I fino.

I I ! ' i ' , I ! I

:;;: <:

"' ::;; C)

"'-....

~ I ~

-~ "' !

< c ~

"' , C)

~

"

w

""

Page 35: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

PRINCIPAlS DADOS DAS ANAL!SES QUfMICAS DE ALGUMAS AGUAS SUBTERRANEAS DA ZONA DE CAMUCU!O-CA!TOU-MUNH!NO-CAVELOCAMO (ZONA II)

c localidade pH (Graus ', scco Cl so4 C03H Na ' I c,++ I Mg++ I mg{l mg/1 i

Nome I Dure'a I Rcsiduo -1 = :

1

- I "'- I da captao;ao .~- franc.) I mg/1 mgfl

1

mg{l _!-=~~~- mg/1 i ' I ~--- I i

Camucuio (-»-)

7,35 /27,80 I 574,4o /109,66/ 77,941 314,15 . 97,491

; . I I 11~1 ~~~~~~-~,

' '

75,54 I

5,so \24,30 355,80 7,10 3,29 344,65 1 24,38 1

---1 , I ~-~~ l~-'--1 I I I I I

Serra dos Gandarengos

(Munhino) 68,54 1

I Matupeia 2 (Munhino) , I .

6,50 /12,80 .

1

283,60 28,40

1

15,47 1 213 .• 50 47,38

Munhino ~-8-1-~28 3 -~· 470 80 I 70 65 i 22 06 ~~0~~-.~58 88 <-»-) , , , • • , I •

Rio cta on;a ~~-~--~!"~- ~-~-----~

-

I (Munh;no) , 6,60 16,73 212,60

1

19,31 117,161 94,55 I 25,30

1-~~~- I I 'I Cavclocamo I 5,50 '160,80 I 360,20 389 79 ;230,691 423,95 243,34

(-»-) I I I I I I

.l4,4) \

I 63,13 !

9,34

95.19

21,991

'

I 17,51 I

I I

l(),L~ I

30,52

10,70

90.11

SiOz I mg/1 I

'I Minerali- I C02 za.;ao I Modo de ocorrencia livre total c litologia

i mg/1

I ' 4r,oo 1

. I' Zona alterada e 11,00 744,07 fract~rada de

I I

~~mto porfi-

-i---- -~-- _____ r_o_•d_c_. __ _

32,20 I I Fracturas em ro-1 cha b<is1ca en-

1,10 1 511,53

1

ca1xada em ro-1 chas granit1cas

!----~---- __ d_e_g~o _fi_n_o_. _

' Zona alterada c

l.l )U I )f,LU

I 58,20 4,40

60,20 22,00

76.70 ' 0,66

, fracturada em 422,40 I rochas grani. ti­

cas de grao me-l ! dio a fino. 1

655 45 -~ Aluviao . do rio ' Munhmo.

',---·-~--

240,34 /

1"'"00

Zona fracturada, em rochas gra­niticas preen­chidas par es­treitos filOcs de quartzo.

Zonas alteradas e fracturadas de rochas xisten­tas e migmati­ticas.

"' 0

"' Cl

" "' ~ "' Cl v,

~ " .()

~

"' "' ~ g; t; <:.)

:;:

"' 2'::

~ v,

Page 36: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

PRINCIPAlS DADOS DAS ANALISES QUfMICAS DE ALGUMAS AGUAS SUBTERRANEAS DA ZONA CAPOLOPOPO-VIREI-CARACULO-MAUNGO-CAIROFA (ZONA Ill)

D"'"' I R<>id"o I i ca++ j Mg++ Miricrali-

Nome

I so4= Na+ Si021 COz

- -c localizao;:lio pH (Graus scco

Cl COsH

mg/1 I mg/1

zayao

da captao;:ao franc.) mgfl mgf\ mg/1 mg!l mg{l mg/1 mg/1 total

I mg{l ,-- -

I Brutuei \ 6,90 152,25 2 900,60 1 298,85 231,84 695,50 498,41 201,40 248,06 76,60 68,30 3 253,18 I

(Capolopopo) ' I

I I

8,151

' I Gimba-Caton-

go 496 6 450,00 6 178,30 257,15 475,80 235,98 292,58 851,20 2,80 70,40 8 317,11 (Capolopopo) I I

I I '

Chitundulo 5,40 135,50 2 810,40 1 182,15 302,70 469,70 464,83 235,47 233,35 94,20 19,80 2 992,42 (Capolopopo) ------

6,20 151,90 Virei (a) 358,55 160,31 433,10 (-»-)

233,68 8!,36 76,79 95,70 11,00 1 439,49

------- I ' ---

Modo de ocorrencia e Jitologia

--

Fracturas, em granite, preen-chidas por pe-quenos fil6es de quartzo e epidote.

Fractura'> em ro-cha granitica do complexo granitico-gn<lis-sica, do contac-to com rocha~

metassedimen-tares.

-Fracturas em grz

nito porfir6id( -

Falha em- rocha granit6ide (granodioritos' preenchida pc r calcite.

Zona alterada

Cahelengue 5,80 183,00 (a) 1 831,80 436,15 576,45 771,42 280,161 275,06 67,90 14,30 4 248,391 fracturada e rochas metas~

(Virei) dimentare!". I _ _j

m

(a) Este valor nao vern indicado no boletim de amllise.

~ ;,.,

~ C)

;,.,

~

§ :, C)

I -~ "' I <: ~ "' ~ C)

~

'-'

;!::

Page 37: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

----·-· I

!'fome Dureza pH

Rcsiduo Cl - ~ -

c localiza<;il.o (Graus scco so. C03H da captac5.o mg/1 mg/1 mg/1 franc.) mg/l

--------

Cutilua 6,20 100,50 (Virei)

(a) 720,65 105,15 422,73

_I I ' !

Saiona 6,40 76,70 3 528,60 1 490,00 341,38 67!,00

I

Viombo 5,50 40,20 1 053,00 328,73 92,71 341,60 (Caraculo)

I ---------

Chi pia 5,80 31,70 (Caraculo) 670,20 I 81,25 32,10 534,36

Catongoli 6,95 68,40 (Caraculo)

998,80 489,70 19,34 222,65

-(a) Este valor nao vem indicado no boletim de anJJise.

I Na+ Ca ++ Mg++ Si02 co, mg/1 mg/1 mg/1 mg{l livre

2!4,36 !70,36 136,19 92,10 5,50

I

I 025,11 153,11 93,63 59,60 33,00

121,21 !60,721 44,99 76,70 0,66

I 123,97 66,57 38,52 70,60 11,00

95,68 230,86 26,27 20,40 26,40

Mincra!i~ za<;-S:o total mg{l

! I

1 869,541

3 834,43

I 1 198,23

949,26

I

1 119,39

i

Modo de ocorrencia e litologia

Fracturas em ro~ chas granit6ides do complexo g r a nit i co-gn<iissico. com epldoto.

Granito catachis-tico do contac-to com rochas metassedimen-tares.

Fracturas em rochas graniti-cas muito lami-nadas.

Fracturas em ro-chas graniticas, com cobertura aluvionar es-pes sa ( cerca de 4m)

Fracturas em gra-nita porfir6ide com cpfdoto.

~

"' a t"

"' ~ " ~ "' "' , " ~ '(') a Vo

" "' Q

"' a t" a C)

:;:

"' :;:::

~ v,

Page 38: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

I so4 = co3H-I N,++ I c,++ Nome Durcza Rcsiduo -e localiza(,':iio PH (Graus seco Cl

da capta<;1io franc.) mg/1 rog/1 mg{l mgfl ~ mg/1 mgfl

Canguate 6,75 62,40 I 282,20 623,10 60,61 318,50 234,37 62,12 (Muango)

,_I 720,20 I Catuitui (135) 7,40 42,10 197,13 38,40 338,55 ! 87,86 113,28

(Caraculo)

Catuitui 050) 7,70 67,00 881,60 305,81 69,09 292,80 73,83 155,97 (Caraculo)

7,60 134,00 I

Catuitui (151) 575,60 158,40 40,94 225,70 60,681 81,85 (Caraculo)

I -

I

Mg++ Si02 co, mg/1 mg/l livre

I 118,44 37,10 50,60

1-1 29,53 73,40 22,00

46,24 72,02 17,60

I

34,31 168,40 4,40

I

Minerali-za(,':iio Modo de ocorrencia total e litologia mg{l

I

Fracturas em ro-chas granit6ide

1 470,66 do complexo granitico-gn3.is-sico.

880,52 Fracturas em ro-chas graniticas.

1 015,91 Fracturas em ro-chas graniticas.

I I

670 28 1 Fracturas e?'_ ro-' chas gramtlcas.

>::

~ a

"' ._ ~ 0:: a I ._

~ I <: ~ "' , a ._

"

_,_ ~

Page 39: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

DIACRAMA TRIANGUlAR

Zona de Cainde-Vila Arriaga - Lola

I

• \ 0

• • --- Cl e Na + K

{AniOes • Cainde 0 Bicarbonatada mista CatiOes

{ An!'Qes • Bicarbonatada sOdica Quehelequete . Cat tOes 0

{AniOes • c&lcica Tchamba Mista Catiiies 8

M h d A {Ani5es .... un an e· Bicarbonatada sOdica Cati6es £:,

Page 40: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

Zona de

Camucuio

DIAGRAMA TRIANGUlAR

Cam ucuio-Cai tou-M unhino-Ca velocamo

I

A---------------------~& ~~ ~

0 \ • • •

Cl e Na + K

{ AniiJes ..

CatiOes ~ Bicarbonatada mista (de tend€ncia s&dica)

Serra dos { AniOes • Gandarengos . _ r.. Catwes 'f'

Bicarbonatada ccflcica

Matupeia 2

Munhino

Rio da On~a

Cavelocamo

{ Aniiies + CatiiJes 0

{AniOes e Cari<ies 0

Bicarbonatada mista (de tendincia sOdica)

Bicarbonatada mista

{AniOes • (d d" ' 'd' ) Bicarbonatada mista e ten eneta so tea CatiiJes 0

{Anili" .A. M' ( • . I d 'd' ) , _ A tsta com forte tendenc'a c oreta a so tea Catwes C':l.

Page 41: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

DIAGRAMA TRIANGUlAR

Zona Ca polo popo-Virei-Caraculo-Ma ungo-Cairofa

I ~

"' ""'"' -{0

~ "'4> + G)

0

cp \ o+}+ • • ~ Cl e Na + K

{ Ani~es • Cloretada sOdica Catiiies 0

Saiona

Viombo { AniOes lja

CatiOes cfJ Cloretada mista (de tendincia cdlcica)

Chipia { AniOes • tend€ncia sOdic·a) Bicarbonatada mista (de CatiiJes 0

Catongoli { Ani3es • Clorctada ccilc ica CatilJes 0

Canguate { AnilJes .6. Cloretada mista CatiOes A

Brutuei { AniiJes CatiiJes

.. 4

Cloretada mist a

Gimba·Catongo { AniOes • Cloretada sOdica Cati6es ¢

Chitundulo { Anii'ies -Cloretada mista

CatiOes 8

Vi rei {A niiies -+- Mista de tendtncia cloretada s&dica

CatiOe& -¢-

Cahelengue { Ani6es ' Cloretada mista (de tendencia sOdic.a)

CatiOes ¢

'u'i'' a [ Ani6es t E'£55121? t"?

Page 42: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

51

53

54

O.S.S.UoWG·ID 66

OIACRAMA TRIANGUlAR

Regiao de Catuitui

I

k---------------------~ ~ <;

0

• Cl e Na + K

{AniOes • (d, ctflcica) Mista tend€ncia CatiQes 0

{ Ania'·' .. ca'lc ica Cloretada

CatiOes 8

{ Anio" • .Mista( de tend€ncia cloretada Catiiies D

\

calcica)

Page 43: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

DIAGRAMA LOGARITMICO

COMPREENDENDO A ESCALA DE GREENE ZONA DE CAINDE-VILA ARRIAGA. LOLA

DIAGRAMA LOGARiTMICO R .. •duo sooo Ca

"' '" " ()roono Cl so, 1000l03 A !&Of 21)000 7000 8000 '0, ~000

'" 6000 -500C 3000

' -200 -1000

' . ""' 2000

"" 3000 - : &000

>OOO

"' 0000 2000 .. ·~ .. 1000·

000

" •ooo eoo-,

" , .. .. >OOO 1000 600. 000

" . ,. ... ·~

... ... .. 000

.. o >00

,. ... : 1000 , .. . 900 • ... ... '"

" 000

>00 0 .. o 100-• .. ' '"' eo:

' ,.. • '"' >00 .. .. ' ~ ..

~~0 " " ' " y 50 JO

\~

~ '

' 0 .. "

' ..

0,0

""'~ 0.0 ..

o.• 0

" • o.o ': 0.0

T • o.o . . ' 20 : 1

' 0,> ' • '

l 0.> '

" ' • ' • '

o.• • '

O.S.GJt ·MGd.RSG·IDSS

7000

6000

5000 1000-

, 000 <.000 -

~ 000 . •oo

1000· 000

' .. o 2000

"' , ..

" 1000 ~ , .. 000

800-.

" " l '" ~quili~tio

000 "' 6.00

' ... .. o ' ' .. . .. ., .. ' " ... ' .. ' • .. 0

>00 '" ' " ' 0 .

' .. ' ' ' 100··

' ,. .. ' ...::, • ./ 0

~ ~-"1\ e.oo

~~ '

~ / .. / '

,:

'

' 0.0 0,0

0,>

0.4

o.•

Tchamba

Munhande.A

Cainde

Quehelequete

"

" 0

• ' '. ' '

'1

' ·-.... ·0

~99~

9000 10000 9000. 8000

8000 7000.

10000 7000. 9000

6000

) 8000 sooo 7000

4000 6000

1,()()0

5000 3000

3000 1,()()0

2000 3000.

;tOOO

2000

) 1000

900. 1000' .. o eoo:

600 . 700.

700. 1000. 000 900 .

000 000 '" ~00: •oo

<00 000 ... ..o

'" JOO~ ...

'" 200~ >00

'" ... o,

100 :

~ .. ao: "

... ... .. 80'

·~ " \ .. " 'l 0 \

.. .. /. . " IJ \ " \ .. .. j·

~ ;I \ " If

"'~ " I . 0

j/ • • ' ' I •

~ ' • ' I ' . ' liJ '

I Segvndo H. Schoeller I

'" ' '" ' ' ' '" ~

0 -' • '" .. 0 "

" '" " ' •• ' " ' .. ' ' " 0

' • ...

0

co, 0 • I ovr < ' IOOj 7.00

' ' '

"1 " ' ' " ' ' " '

" ' ' '

' ' ' ' • ' ' 0,0

• •.. o.•

' e.oo

" ' ..• ' o .•

' 0}

'

' " ' ' ' o.•

Page 44: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

DIAGHAMA LOGARITMICO

COMPREENDENDO A ESCALA DE GREENE ZONA DE CAMUCUIO- CAITOU- MUNHINO- CAVELOCAMO

DIAGRAMA LOGARiTMICO Rn•<:luo sooo Ca

A ISO I -20000. 7000

6000

- 500C

•oo ' ~- ::.3000

_- •o

: ?000 •

: 3000

2000

1000 000

000

~2000 ' 700

30 - GOO

" \()

'

' '

. 0.9

. 0.8

o.o 0.0 M

, .. o.•

["' o.•

000

. •oo '.1000

;.',900 .· 300 ; ~00 • 1,00 •

. GQO

''" ""

'" " " "

"~ ' '

l '

" •

t:

•• ooool 3000

2000

,) soJ

:::li·. 600.

~00.

000

'""

100-

'·.

:~ 01

:1

:j

•oo

7000

6000

&000 . i§ .. ooo. ~

3000 ~

<'000

. 0 2000

1000 ' Q

•oo 900-'.

100-.

' :[

'1 j

'1 j 0') 0)· .

0.6-

0.0

Camucuio Matupeia 2 Munhino Rio da On~.a Serra do, Gandatengos Cavelocamo

1000

900-000

700-

so, l

'""'" l ·:ggg'j'' 8000··_

7000

6000 . 9000·

8000

7000

6000 .

6000

4000

3000.

2000

>000 1 900l

:::1"·· 000

soo .

, "· . " "

\

, 9: •: . 0

5000~

)()00

2000

1000 900.

,I 9-: •

'! ----------·--·-

················

1 Sequodo H. Schoeller 1

'" ''"

' ''" :

100 , ' , ,

6.00 00

" ' "

"

' ,

" ' .. :~! • 100". 7,00

" " ;o

"

'"

,. ,_

' .. 0.9 .

00

,j '·' 8.00 0.0

"' ' o.•

' 0.~

' o.•

o.•

Page 45: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

DIAGHAMA LOGARITMICO

COMPHEENDENDO A ESCALA DE GHEENE ZONA DE CAPOLOPOPO · VIHEI · CAHACULO. MAUNGO • CAIHOFA

'"

'"

'" '" " " " ..

-.

•.. •.. '·' •.. •• 0.0

'·'

'·'

'·' Saiona Viombo Chipia CatoTt.goti Cang.uate Brutuei

DIAGRAMA

. 6000

500C

4000

3000

2000

0 1000

'"

'" '" " " "

, '

,, 4000

3000

2000·

• .. '. .. ' .

1000 000

•oo

'" '"

, ' '· ' .

'j ••• • 0,8.

0,7 .

•.. •..

LOGARiTMICO

• 6000

1000

<;000

3000

" ..

"j ,j '"j &j

1

a.oo

' ' ' ' .. ., ' ., 9,00

'::::t' eooo: :1: 7000~

' •.

"

w

' • '·

10000 9000

aooo : 7000

6000

5000 .

4000

3000

NOO

, g ' .. . . ,_

IOO{)OCO]

9000

eooo 1000

6000

~000

1.000

3000

2000

1000 ~00; soo. 700:

600· . ...

, '

'

Gimba-Catongo Chitundulo Vi rei Cahelengue Cutilua

1 Segundo H. Schoeller)

,.

'"

'" '" ' "

6,00 " .,

' "

5 zo.

. , '

7.00

'"

' ..• . .• '·'

•• 2 0.~

3· 0.3

11111111:! I I! I

Page 46: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

OIAGRAMA lOGARITMICO COMPRHNO(NOO A lSCAlA OI GRHNl

Regiao de Catuitui

DIAGRAMA LOGARiTMICO

R•t:~:or .

1.2'~lca::::

5000 -200 ~000

= 0 9000 $000

""' . 100

00

" " "

•ooo

'"' 2000

'"' $0 3000 1000

" '

' " '·' '·' '·' ... ,..

'·'

'·'

'·'

'" '" 2000 . 700

'" '" '" '"

" " ...

00

" " '' " " " " " " • "

J

• "

'

Mg 4000

3000

2000

1000' 900.

'" '" '" soo.

"' '"

'"

"

"

'

1000

'" '" '" '" '" '" '"

'"

"

6·:

' '·' ,, . ., 0,6 .

----'·'

8000~. 7000

6000

~000

4000

3000

2000

1000

'" '"

'" '" '"

" " "

"

" .. ' ' ,.

Sondagem

Sondagem

Sondagem

., •

., '

·• • 9,00

2

3

Gt• '"" C I

.

l \0000 9000

8000

7000

3000

.g 2000 . 1000

'" '" '" 600.

'" '"

" " ,.

"

"

"

" •

10000 SGOO

aooo . 7000 .

sooo

5000

3000

2000

1000 900 .

'" '" '" '" ... 300.

" "

"

" •

-----

IOOIXlCOJ

9000

8000 , ... 6000

5000

4000

3000

2000

1000.

'" '" '" '" '" '" '"

'"

~0 .

"

" ' •

l Segundn H. Schoeller I

co, livt<

'" 5 200

e too

'1 :: " '" " ' " ' " ' " . "

" • 100 7.¢0

'

'' '·' J '' 8.00

'·' ' " '

,,

'·'

"l '·'

Page 47: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

A9ude em a\venaria de Munhandi (visto de montante). Aspecto do apoio gran[tico da margem direita

(Foto de Pitta SimOes)

Ayude em terra de Cachi~a (visto de montante) (F'oto de Pitta SimOes)

Page 48: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

Ayude em ah'enaria de Embala (visro de montante). Aspecto do apoio granitico da margem esquerda

(Foto de Pitta SimOes}

As:ude em alvenaria e em terra de QuCria (vista de montante). Aspecto da parte em terra

(Foto de Pitta SimOes}

Page 49: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

Ayude em alvenaria e em terra de QuCria (vista de jusante). Constnu;ao da parte em alvenaria (margem esquerda)

(Foto de Pitta 8-imi5es)

Page 50: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

A9ude em alvenaria de Calupacolo (vista de jusante). Aspecto das apoios graniticos

(Foto de Pitta SimOes)

A9ude em alvenaria de Caungo (vista de jusante). Aspecto dos apoias graniticos (Foto de Pitta SimOes)

Page 51: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

A9ude em alvcnaria de Cavimba. Aspec:o dos apoios granfticos

(Foto de Pitt([ SimOes)

Nasccnte de Lute. Aspecto da captar(7o (Foto de Pitta ShnOes)

Page 52: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

Nascente de Lute. Conslrur;iio do tanque e bebedouro (Foto de Pitta SimOes}

Captaya:o de Catongoli. Aspecto da fracturaflio do granito onde foram efecruadas as sondagens

(Foto de I:leito1' de Cm·valho}

Page 53: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

Captayao de Retenhanguc. Aspec:o da fracrurar;fio da rocha no local onde /oi construida a captac;fio de dguas subterrdneas.

(Foto de Jie·ito1· de OaTvalho)

Captayiio de cigua subtcrr§.nca de Cahclcngue. Rocha metam6rfica que ct!rm·essa a mulola contribuindo, certamente, para a retenr;iio de 6guas in/iltradas a montante, atraw?s das jracturas de rocluts xistentas e migmatiticas

(Foto de IIeito1· de Carvalho)

Page 54: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

Captas:iio de 3gua subterranea do Chitundulo. Fracturac;iio da rocha gran{tica nas vizinhanras do local onde foi construida a captariio

(Foto de I-Ieitor de Carvalho)

Captas:ao de 3gua subtcrrfinea, com aeromotor tanquc e bebedouro (regiiio do Caraculo)

(Foto de Pitta SimOes)

Page 55: iN DICE - BGS Resources Serverresources.bgs.ac.uk/sadcreports/angola1969bull15decarvalhogwinmoca... · dos Servigos de Geologia e Minas, chefiada pelo autor. As forrnas de relevo

14' I

IS'

IS'

11'

DISTRITO DE

MO<;:AMEDES

+

,+

F"> d., Cunene

0

"'

16'

17'

II I

-'~'

50 U!Lm1ET!\OS !00 ISO