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A partir de outubro de 2019 Inaugurado Consulado Geral de Cabo Verde em Nice 09 Pedro Alves organiza digressão com Linda de Suza e Mara Pedro Edition nº 379 | Série II, du 10 juillet 2019 Hebdomadaire Franco-Portugais GRATUIT EDITION FRANCE Fannie Gortazar 03 José Luís Carneiro inaugurou Consulado Honorário de Tours 04 US Créteil/Lusitanos apresentou equipa e objetivos da temporada 14 Jean Pina vai organizar Ceia Solidária de Natal para mil pessoas 12 PUB PUB Selecionador da Mauritânia: Corentin Martins eliminado do CAN 13 Cap Magellan lançou mais uma campanha de prevenção rodoviária 06

Inaugurado Consulado Geral de Cabo VerdeDeixo-lhe este desafio: quando souber de eventos que digam respeito à Diáspora cabover - diana, envie-nos essa informa - ção. Tudo faremos

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Page 1: Inaugurado Consulado Geral de Cabo VerdeDeixo-lhe este desafio: quando souber de eventos que digam respeito à Diáspora cabover - diana, envie-nos essa informa - ção. Tudo faremos

A partir de outubro de 2019

Inaugurado ConsuladoGeral de Cabo Verde em Nice

09

Pedro Alves organizadigressão com Lindade Suza e Mara Pedro

Edition nº 379 | Série II, du 10 juillet 2019 Hebdomadaire Franco-Portugais

GRATUITEDITION FRANCE

Fann

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ortaza

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03

José Luís Carneiro inaugurou ConsuladoHonorário de Tours

04

US Créteil/Lusitanos apresentou equipa eobjetivos da temporada

14

Jean Pina vai organizarCeia Solidária de Natalpara mil pessoas

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Selecionador da Mauritânia: CorentinMartins eliminado do CAN

13

Cap Magellan lançou maisuma campanha de prevençãorodoviária

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LUSOJORNAL02 OPINIÃO

PERGUNTADO LEITOR

Caro Diretor,[…] Leio o vosso jornal há muitosanos e, mesmo se nos últimostempos tem havido menos notí-cias de Cabo Verde, reconheço queo LusoJornal sempre deu muitaimportância à diáspora cabover-diana de França e guardo recortesdas entrevistas que fez aos políti-cos de Cabo Verde que passarampela França.Tinha notado um afrouxamento,mas na semana passada voltei aver que o meu Embaixador foipara a capa do LusoJornal. Osmeus parabéns. […]

Joaquim Ribeiro(e-mail)

Caro leitor,Obrigado pelas palavras simpá-ticas que escreve a nosso res-peito.Efetivamente, desde o primeirodia que consideramos que o Lu-soJornal não é apenas um jornalportuguês, mas é sobretudo umjornal do universo da lusofoniaem França. Por isso, é verdadeque entrevistámos já muitos po-líticos, por vezes quando esta-vam em campanha eleitoral,outras vezes quando já eleitos.E também é verdade que tenta-mos dar mais notícias sobre aComunidade cabo-verdiana deFrança. Nem sempre é fácil paraesta pequena equipa que somos,mas quando há vontade, conse-guiremos forma de o fazer.Deixo-lhe este desafio: quandosouber de eventos que digamrespeito à Diáspora cabover-diana, envie-nos essa informa-ção. Tudo faremos para cobrir oevento.Quanto à segunda parte da suamensagem, já lhe respondemosdiretamente.

Carlos Pereira, Diretor do LusoJornal

Envie as suas perguntas para: [email protected]

10 juillet 2019

LusoJornal. Le seul journal franco-portugais d’information | Édité par CCIFP Editions SAS. N°siret: 52538833600014 | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, António Marrucho,Carla Lobão, Céline Pires, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Fátima Sampaio, Gracianne Bancon, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau(Fado), José Paiva (Orléans), Lia Gomes, Manuel André (Albi), Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nuno Gomes Garcia, Padre CarlosCaetano, Patrícia Guerreiro (Lyon), Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Vítor Santos | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse:Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | Distribution gratuite | 10.000exemplaires | Dépôt légal: juillet 2019 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

O Ministro Conselheiro Pedro Salda-nha, da Embaixada do Brasil naFrança, participou na reunião organi-zada pelo Embaixador de Portugalem Paris, Jorge Torres Pereira, sobreo ensino da língua portuguesa esobre a reforma do BAC.Foi uma ocasião para responder àsperguntas do LusoJornal:

O Brasil tem estado ausente dasações de promoção da língua portu-guesa, porquê?Permita-me de discordar. O Brasilnão está ausente em relação à pro-moção da língua portuguesa. Semprefoi algo extremamente importantepara o Brasil, especialmente para aEmbaixada do Brasil em Paris. Há vá-rios anos que nós organizamos o En-contro de professores de portuguêsna França, nas instalações da Embai-xada. Criamos agora, no dia da Línguaportuguesa, uma cartografia do en-sino do português na França, queestá disponível no site eletrónico daEmbaixada, enfim, há uma série deações. Talvez tenhamos de comuni-car mais.

Mas tem havido uma descoordena-ção nessa promoção, confirma?Este ano, no Encontro de professores

de português, foi a primeira vez quetivemos todos os Embaixadores dospaíses de língua portuguesa juntos, eagora fizemos essa ação conjuntacom relação ao Governo francês comuma carta assinada por todos os Em-baixadores. Sim tem havido um es-forço maior de coordenação com oobjetivo de explorar estas sinergiaspara a promoção de um bem comumque é a língua portuguesa, são 300milhões de pessoas que falam por-tuguês no mundo, o país com o quala França tem a maior fronteira terres-tre é um país lusófono, que é o Brasil,

são mais de 700 km de fronteira entrea Guiana francesa e o Brasil, então háuma série de motivos que fazem comque a França deva compreender aimportância da língua portuguesa. Énisto que nós estamos a trabalhar,agora de uma forma mais concer-tada, juntando esforços para produ-zir resultados concretos.

Um exemplo dessa descoordenaçãofoi a abertura de uma Secção inter-nacional brasileira, quando até aquiPortugal já abriu mais de uma de-zena de Secções internacionais em

França. Não seria melhor trabalha-rem juntos?Apesar de compartilharmos umalíngua, o Brasil tem especificidades,Portugal tem especificidades, achoque é interessante mostrar a ri-queza das nossas culturas, por meiodessas Secções internacionais es-pecíficas, que ressaltem os pontosdas diferentes culturas do mundolusófono. Não acho que seja umponto que enfraqueça a nossa ação,pelo contrário, mostra que a lusofo-nia é muito mais do que Portugal edo que o Brasil.

Por Carlos Pereira

Ensino do português em França

Açores aprovou Conselho da DiásporaAçoriana com 33 elementosO Conselho da Diáspora Açoriana,que já foi aprovado pelo Parlamentoregional, irá integrar 33 elementos,pertencendo dois terços destes àdiáspora. “Em 33 Conselheiros, doisterços são membros da diáspora,sendo dezanove Conselheiros a ele-ger pelas açorianas e pelos açorianosno mundo, e menos de um quartosão membros do Governo Regionalou da Administração Púbica regio-nal”, disse Rui Bettencourt, o Secre-tário do Governo dos Açores com atutela das Relações internacionais.Os 19 Conselheiros a eleger pelosaçorianos da diáspora, acrescentouo governante, “estão distribuídos poráreas geográficas onde a presençaaçoriana é mais expressiva”: cinconos Estados Unidos, cinco no Ca-nadá, cinco no Brasil, um represen-tante dos açorianos da Bermuda, umno Uruguai, um no território nacio-nal, fora do arquipélago, e outro noresto do mundo.“Temos consciência dos desafios queteremos pela frente, na divulgação ena explicitação deste Conselho da

Diáspora. Será um trabalho de ter-reno, para o qual contamos com umaforte implicação de todos. Trabalha-remos com mais de 1.000 entidades(...) e em particular as Casas dos Aço-res, que são, naturalmente, parceirasdo Governo dos Açores, nesta estra-tégia de afirmação dos açorianos dadiáspora”, concretizou o Secretárioregional do executivo socialista.E prosseguiu: “Este é o momentopara criar um mecanismo que vise oreconhecimento, como açorianos,daqueles que se identificando ànossa região, desejam nela partici-par”.A proposta de criação do Conselhoda Diáspora Açoriana havia sidoanunciada pelo Presidente do Go-verno dos Açores, Vasco Cordeiro,numa visita às Comunidades da Ca-lifórnia em fevereiro deste ano, e otexto que formaliza o órgão foiontem aprovado por unanimidadena Assembleia Legislativa dos Aço-res.O hemiciclo açoriano foi globalmenteelogioso para com a iniciativa, com o

Deputado do CDS-PP Artur Lima a re-cordar passagens pela diásporaonde era “evidente” o “carinho e aalegria” de quem recebia comitivasde açorianos. “Nota-se o amor, e nãoé excessiva a palavra, que as Comu-nidades têm aos Açores, à sua terra.E mesmo em segundas e terceirasgerações, pessoas que nunca vieramaos Açores, há esse carinho, umacoisa extraordinária”, disse.O PSD, pela Deputada Elisa Sousa,sustentou ser necessário o criar de“instrumentos que possam aproxi-mar os Açores dos Açorianos nomundo”, como é disso exemplo oConselho ontem aprovado. A parla-mentar advogou ainda ser impor-tante criar “condições para atenuar adistância” dos que estão fora, sendoque “por vezes” esse afastamento “émais físico que outra coisa qualquer”.O Bloco de Esquerda, pelo DeputadoAntónio Lima, defendeu que o “es-treitar de laços” entre a região e asComunidades emigradas “deve fazerparte das opções políticas da região,do Governo Regional”. O bloquista

falou depois no caso dos EstadosUnidos e da atual política face aosemigrantes, temendo que “amanhã”os “inimigos” do país sejam os “emi-grantes que já lá estão” e não só osque tentam chegar do México.Pelo PPM, o Deputado Paulo Estêvão,foi sublinhada a diáspora como“cada vez mais influente” em cargospolíticos nos vários países em que seencontra: “A Comunidade açoriana éuma Comunidade de sucesso emmuitos destes países”, prosseguiu. Omonárquico destaca ainda o “capitalde apoio e simpatia” dos Açorianospelo mundo para fortalecer a região,faltando ainda, advoga, “potenciardo ponto de vista económico e polí-tico todo este capital”.O PS, partido que apoia o executivoregional, valorizou, através do Depu-tado José San-Bento, o “novo pata-mar, o patamar nunca antes alcan-çado, de relacionamento entre a re-gião” e as Comunidades açorianasque agora pode ser estabelecido coma criação do Conselho da DiásporaAçoriana.

Aprovado no Parlamento regional

lusojornal.com

Três perguntas a Pedro Saldanha daEmbaixada do Brasil

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LUSOJORNAL COMUNIDADE 03

Prémio CharlesAbella da Académie deBeaux-Arts deFrance para Álvaro SizaO arquiteto português Álvaro SizaVieira foi distinguido pela Acadé-mie de Beaux-Arts de France como Grande Prémio de Arquitetura,Prémio Charles Abella.O prémio, que atinge um mon-tante de 35 mil euros, refere-se aoconjunto do percurso de um dosnomes mais sonantes da arquite-tura contemporânea.Em 1992, Siza Vieira recebeu o Pré-mio Pritzker, o mais prestigiosoprémio de arquitetura, tambémpelo conjunto da sua obra, paraalém de muitos outros prémiosnacionais e internacionais, dosquais se pode destacar o Lion d’Orda Bienal de arquitetura de Venezaem 2002 ou em 2011 a Medalha deOuto da União internacional dosArquitetos.Natural de Matozinhos, com 86anos, Álvaro Siza Vieira continua adar projeção internacional à ar-quitetura portuguesa.O Prémio Charles Abella deve serentregue durante uma cerimóniasolene a decorrer provavelmenteem novembro nas instalações daAcadémie, em Paris, mas o Luso-Jornal sabe que o Álvaro Siza foiconvidado a proferir uma confe-rência pública “Sous la Coupole”,ou seja, na sala solene do Institutde France, em outubro.

Embaixador refere “grandeemoção” nainscrição de Braga e Mafra como PatrimónioMundialO Embaixador de Portugal naUNESCO, em Paris, disse que a ins-crição do Palácio de Mafra e doBom Jesus de Braga foi uma“grande emoção” que significatambém “uma responsabilidadeacrescida” de Portugal em relaçãoao seu património cultural.“A reunião correu muito bem,foram levantadas questões justifi-cadas, mas houve um apoio prati-camente consensual à inscriçãodestes dois bens. Há uma grandeemoção da nossa parte”, disse oEmbaixador de Portugal na Orga-nização das Nações Unidas para aEducação, Ciência e Cultura(UNESCO), António Sampaio daNóvoa, em declarações à Lusa.O complexo do Palácio, Basílica,Convento, Jardim do Cerco e Ta-pada de Mafra e o Santuário doBom Jesus, em Braga, receberam aclassificação de Património Cultu-ral Mundial da UNESCO, na reuniãodo Comité da organização, a de-correr em Baku, no Azerbaijão.

O Primeiro Ministro de Cabo Verde,Ulisses Correia e Silva, e o Ministrodos Negócios Estrangeiros, Luís Fi-lipe Tavares, estiveram este do-mingo, dia 7 de julho, em Nice, no sulda França, para inaugurar o novoConsulado Geral de Cabo Verde na-quela cidade.Na região residem cerca de 25 milcaboverdianos que não necessitamagora de se deslocar a Paris, paratratar dos seus documentos já queos serviços passam a ser descentra-lizados. O primeiro Cônsul Geral de

Portugal em Nice é Estêvão TavaresVaz.Depois de ter estado em Villenauxe-la-Grande, na região da Champagne,para as comemorações do Dia Na-cional da Independência, o Embai-xador de Cabo Verde em França,Hércules Cruz, deslocou-se tambéma Nice para as cerimónias de inau-guração do Consulado Geral.Também estava presente o CônsulHonorário de Portugal em Nice, Joa-quim Pires, acompanhado pela es-posa, pela funcionária do ConsuladoHonorário naquela cidade, HelenaCunha, e por Carlos Lopes.

Por Carlos Pereira

Na presença do Primeiro Ministro de Cabo Verde

O Secretário de Estado das Comuni-dades, José Luís Carneiro, disse nofim de semana passado que Portu-gal está a preparar a digitalizaçãodos serviços consulares, tendo es-tado na Holanda na sexta-feira paraconhecer uma experiência que játem vários anos.“Esta visita foi muito importanteporque foi possível verificar que,com mudanças tecnológicas, conse-gue-se garantir um serviço maiságil”, disse José Luís Carneiro à Lusa,lembrando que Portugal está “afazer um esforço equivalente”.Portugal criou em abril de 2018 umCentro de Atendimento Consular, se-deado em Lisboa, numa parceria doMinistério da Modernização Admi-nistrativa com o Ministério dos Ne-gócios Estrangeiros, explicou o

Secretário de Estado. “Foi muito im-portante conhecer esta experiênciaaté porque, a par do reforço dosmeios humanos, que tem vindo a

ser desenvolvido, a par também damotivação dos funcionários, no-meadamente com a adoção do me-canismo de correção cambial e

também com o mecanismo com-pensatório em sede de IRS em ter-mos remuneratórios, há passos queestão a ser dados no sentido da di-gitalização e da modernização dosserviços”, referiu.As mudanças que estão em curso,adiantou, “são muito equivalentes amudanças que foram feitas na Ho-landa, daí que tenha sido impor-tante partilhar experiências”. Alémdisso, “fica estabelecido um canalcom os serviços consulares holan-deses para que os nossos serviçospossam dialogar e aperfeiçoar osseus serviços”, afirmou.A visita a Haia serviu também parao Secretário de Estado se encontrarcom os portugueses “de várias gera-ções e com motivações diversas nasua inserção na vida da Holanda”.

Bandeiras pretas, cartazes em váriaslínguas e um grupo de cerca de 30antigos e atuais emigrantes lesadosdo BES, que acusam o Novo Banco eo Governo de “burla à descarada”,esperaram no sábado passado An-tónio Costa, em Braga. O SecretárioGeral do PS, e também Primeiro Mi-nistro, esteve naquela cidade para aúltima sessão organizada pelo Par-tido Socialista (PS) no âmbito dapreparação do programa do partidopara as eleições legislativas desteano.“Fomos burlados. Primeiro pelo an-tigo Banco Espírito Santo (BES) edepois pelo Governo. Foi-nos ditoque havia uma provisão para co-brir a burla do BES, mas depoisesse dinheiro desapareceu e foidesviado para pagar a dívida doBES a outros bancos”, explicou àLusa um dos representantes do

grupo, António Cruz.Estavam à sombra, vão almoçando edistribuindo o que “cada um trouxe”.

“Alguns de nós sobrevivem com aajuda dos outros. Ficaram sem nada.Confiaram nos gerentes dos bancos,

alguns nem sequer sabiam ou sabemler. Fomos todos enganados”, explicaoutra manifestante.Prometem continuar os protestos:“Já fizemos mais de 100 manifesta-ções. Nós e os lesados que viviamem Portugal. Depois uns aceitaramo acordo proposto e receberamalgum, muitos de nós não recebe-ram nada”, explicou o porta-voz.A António Costa querem “pedircontas, porque se diziam e há pa-peis que dizem que havia dinheiropara pagar aos lesados, quer resi-dentes, quer imigrantes, porque éque isso ainda não foi feito”. “Atéporque ele [António Costa] prome-teu que o faria se fosse eleito",acrescentou.Segundo afirmam, foram alvo de“um engodo de papéis, leis e la-drões porque o dinheiro não se es-fumou, em algum lado ele está”.

10 juillet 2019

Lusa / José Coelho (arquivo)

Foi inaugurado o novo Consulado Honorário de Cabo Verde em Nice

Bandeiras pretas e emigrantes lesadosdo BES esperaram António Costa em Braga

Portugal prepara digitalização de serviços consulares com experiênciada Holanda

Lusa / Manuel de Almeida

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LUSOJORNAL04 COMUNIDADE

O Secretário de Estado das Comu-nidades Portuguesas, José Luís Car-neiro, inaugurou na terça-feira dasemana passada, as novas instala-ções do Consulado Honorário dePortugal em Tours argumentandoque vão dar mais condições a quemacorre ao serviço assim como me-lhores condições de trabalho aosfuncionários consulares.“Hoje é possível termos umas ins-talações ajustadas a um padrão dequalidade e serviço público ade-quados à imagem que o Estadoportuguês tem procurado desen-volver na sua dimensão externa”,indicou José Luís Carneiro, em de-clarações à Lusa após a inaugura-ção do novo espaço.Apesar de já estar a funcionar nasnovas instalações desde o início dejunho, como aliás já tinha sido no-tícia no LusoJornal, o novo espaçodo Consulado honorário de Toursteve ontem a sua inauguração ofi-cial onde, para além do Secretáriode Estado das Comunidades Portu-

guesas, estiveram também presen-tes o Embaixador de Portugal emFrança, Jorge Torres Pereira, o Côn-sul Geral de Portugal em Paris, An-tónio Moniz, o Cônsul Geral AdjuntoJoão de Melo Alvim e ainda o Mairede Tours, Christophe Bouchet.

Segundo José Luís Carneiro, estamudança para o sétimo andar donúmero 21 da rua Edouard Vaillantjustificou-se porque as antigas ins-talações “precisavam de requalifi-cação” e “não tinham acesso parapessoas com mobilidade reduzida”.

O novo espaço dará também me-lhores condições aos seis funcioná-rios consulares que aí trabalham,garantiu.A mudança insere-se ainda, se-gundo o governante, na aposta doexecutivo no investimento nas es-

truturas consulares em França. “Oconjunto do investimento realizadoaté agora em França em várias es-truturas consulares - Paris, Bor-deaux, Lyon, Tours, Toulouse,Nantes - já anda na ordem de 1,3milhões de euros ao qual deve seradicionado o valor do investimentona infraestrutura tecnológica”, indi-cou José Luís Carneiro, detalhandoainda a aquisição de novos compu-tadores e novas máquinas destina-das à realização das Permanênciasconsulares.O Consulado honorário de Toursabrange mais de 40 mil Portugue-ses e lusodescendentes que vivemnesta região de França. O Cônsulhonorário é o advogado portuguêsLuís Palheta, mas as instalaçõesacolhem ainda funcionários do ex-Consulado de Portugal em Rours,atuais funcionários do ConsuladoGeral de Portugal em Paris, que tra-balham “à distância”, evitandoassim de terem de se deslocartodos os dias até Paris.

Novas instalações são mais funcionais

10 juillet 2019

O Dia da Defesa Nacional em Pu-teaux, nos arredores de Paris, levoudezenas de jovens a conhecerem osramos das Forças Armadas portu-guesas e a terem a possibilidade defalar com os militares portuguesesno Afeganistão e na República CentroAfricana.“Vim para cumprir o meu dever deportuguesa. É muito importante paranós que estamos no estrangeiromostrar que estamos interessadosno nosso país e até no lado mais ins-titucional de Portugal”, disse Daniela,portuguesa de 18 anos que vive emFrança desde os três, em declaraçõesà Lusa.Tal como Daniela, cerca de 50 jovensparticiparam no domingo passadonuma de duas sessões do Dia da De-fesa Nacional em Puteaux. Com a es-timativa de que cerca de 14% dosjovens portugueses se encontramfora do país, tendo emigrado com ospais, as Forças Armadas começaramhá quatro anos a promover jornadasda Defesa Nacional em diferentespontos do globo. Assim, depois do Rio de Janeiro, San-tos e Boston, a capital francesa foi olocal escolhido para o encontro entreas Forças Armadas nacionais e os jo-vens portugueses ou luso-descen-dentes. Mas o caminho não foi fácilpara todos. “No Consulado explica-ram-me que eu teria de fazer um pe-dido de dispensa quando fizesse 18anos, só que fiz 18 anos e o Consu-lado está sempre super ocupado e édifícil ligar e marcar uma reunião,então eu fui procurar à Internet. En-contrei o ‘site’, vi o que tinha de fazer,pedi dispensa, meses mais tarde nin-guém me respondeu e vi no final dapágina um folheto sobre o evento em

Paris”, explicou Inês, de 19 anos queveio de Clermont-Ferrand, a cerca dequatro horas de distância da capital,para estar presente neste evento.Tal como todos os jovens portugue-ses, para quem a participação nestedia é obrigatória, o dever mantém-separa quem vive fora de Portugal em-bora seja possível pedir dispensajustificando a residência noutro país.Havendo a possibilidade de partici-par presencialmente, Inês não hesi-tou e a família apoiou-a. “Muitascoisas que foram ditas hoje, eu nãosabia. Nem seria possível ter acessoa essa informação de outra maneira”,disse esta jovem que está a estudarDireito.À semelhança deste tipo de eventosem Portugal, houve explicaçõessobre os diferentes ramos das ForçasArmadas e as suas missões, mashouve também algumas particulari-dades. Desde logo, a participação daSecretária de Estado da Defesa, AnaSantos Pinto, para uma sessão deperguntas e respostas com os jovens.“Uma das nossas prioridades é colo-car a Defesa Nacional e as Forças Ar-madas em contacto com os cidadãos,porque esse é o ponto de partidapara o justo reconhecimento do tra-balho que as Forças Armadas têmdiariamente. E é preciso as pessoasconhecerem para o reconhecer”,disse a Secretária de Estado à Lusa.Outra prioridade é testar modelosdesta jornada para abranger mais jo-vens que vivem fora de Portugal.“Temos uma Comunidade a viver forade território nacional que tambémpartilha este sentimento de pertençae à qual também queremos chegar.Agora há modelos diferentes para ofazermos, porque é difícil do pontode vista dos recursos e da estruturalogística replicar o dia da Defesa Na-

cional exatamente como fazemos emterritório nacional em todas as Co-munidades dispersas pelo mundo”,afirmou Ana Santos Pinto.Sem a possibilidade de trazer o NavioEscola Sagres, que participou nas an-teriores iniciativas fora de Portugal eestá agora a ser renovado para umaviagem de circum-navegação, a Paris,as Forças Armadas apostaram nocontacto direto entre os jovens e osmilitares portugueses no Afeganistãoe na República Centro Africana. Umaaposta ganha, segundo Pierre, quefez a dobradinha tendo já partici-pado do equivalente ao Dia da De-fesa Nacional em França e nestainiciativa portuguesa. “É mais oumenos a mesma coisa. Mas no daFrança não tivemos contacto diretocom os militares no Skype e é muitointeressante falar com esses milita-res no mundo para compreender oque é que eles fazem, por exemplo,com as populações em África”, disseo jovem de 18 anos, impressionado

por ter falado diretamente com osmilitares que contaram o seu dia adia e responderam à questões dosjovens.Pierre já nasceu em França, vive emPuteaux e gostava de ir para Portugal,embora não esteja seduzido pelavida militar. Agora que já acabou oensino secundário, vai fazer uma pre-paração especial para ingressar nocurso de Física. “Para mim, é mais in-teressante viver em Portugal porquetem mais sol e as pessoas são maissimpáticas”, justificou o jovem.Ana Santos Pinto reconhece a dificul-dade de recrutar para as Forças Ar-madas, mas reitera as oportunidadesde carreira para portugueses e luso-descendentes. “Portugal, como a es-magadora maioria dos Estadoseuropeus, tem uma tendência de re-tração na capacidade de retençãodos jovens. Desde logo, porque a ins-trução é superior e a expectativa dedesenvolvimento de carreira é tam-bém diferente. Agora há aqui uma

desconexão entre o que é o conhe-cimento do que se faz nas Forças Ar-madas e as necessidades. Elasprecisam de pessoas mais qualifica-das do ponto de vista da tecnologia,porque os equipamentos são maisevoluídos e parece-me existir algumdesconhecimento sobre o que sepode fazer nas Forças Armadas”, afir-mou a Secretária de Estado.Para além disto, há também as van-tagens inerentes à vida militar. “AsForças Armadas, para quem tem fa-mília aqui em França e sai do seio fa-miliar, conseguem fazer com que avida desses jovens tenha todas ascondições dentro do contexto deuma unidade militar. Eles não estãotão dependentes dos pais como sefossem para outra profissão, casoqueiram regressar a Portugal”, indi-cou o Coronel Vítor Borlinhas, Diretorde Serviços da Profissionalização doServiço Militar.Segundo este militar, a missão emParis foi cumprida. “Em termos departicipação, é muito gratificantepara nós. Saímos daqui com a sensa-ção de dever cumprido, não só porcausa dos jovens, mas também pelasfamílias dos jovens que nos acompa-nham. Às vezes até há uma lágrimaao final do dia, da parte deles e tam-bém da nossa”, disse o Coronel VítorBorlinhas.O evento em Puteaux aconteceu gra-ças à ajuda da Association FrancoPortugaise de Puteaux, que cedeu asua sede para a organização destesdois dias e também contou com oapoio da associação Cap Magellan,que falou aos jovens sobre a suacampanha “Sécur’été 2019 - Verão emPortugal”, que visa alertar os mais emenos jovens para a segurança ro-doviária nas deslocações de carroentre França e Portugal.

Por Catarina Falcão, Lusa

Associação de Puteaux acolheu Dia da Defesa Nacional com a presença da Secretária de Estado

José Luís Carneiro inaugurou as novas instalaçõesdo Consulado honorário de Portugal em Tours

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LUSOJORNAL06 COMUNIDADE

Na sexta-feira, dia 28 de junho, foiapresentado no Aérokart de Argen-teuil (95), a 17ª edição da campanha«Sécur’été 2019: Verão em Portugal»da associação Cap Magellan, na pre-sença do Cônsul Geral de Portugalem Paris, António de Almeida Moniz,do “padrinho” da campanha pelo oi-tavo ano consecutivo José Carlos Ma-lato, e dos “afilhados” destaoperação, os pilotos Mickael Mota eJanyce da Cruz.Este foi o pontapé-de-saída para acampanha que vai ter lugar em trêspaíses - França, Espanha e Portugal -e vai prolongar-se por alguns meses,mesmo se Anna Martins, a Presidenteda Cap Magellan, diz que “para nós acampanha tem lugar durante todo oano, em todos os nossos eventos, enão apenas durante o verão”.No dia seguinte, na discoteca Vila-moura, em Villeneuve-Saint-Georges,a equipa de voluntários da Cap Ma-gellan, fez uma primeira campanhade sensibilização junto dos mais jo-

vens.“Os mais novos são um dos nossospúblicos-alvo, daí fazermos açõesnas discotecas, aqui, antes de irmosde férias, mas depois em Portugal,em várias discotecas do país” expli-cou Anna Martins. “Mas também sãoos menos jovens, toda a gente quetravessa a França e a Espanha de

carro para ir de férias a Portugal. Pas-sam pelos mesmos sítios, nas áreasde serviços, nomeadamente na deBordeaux/Cestas, por exemplo, e nãosão apenas os de França, mas tam-bém os dos outros países que se-guem pela mesma estrada. E é porisso que também temos o apoio doEstado francês”.

Anna Martins lembrou que “um terçodos acidentes, são devido ao con-sumo de álcool e este número au-menta para 45% na faixa etária dos18 aos 24 anos. E metade dos aciden-tes são causados pela velocidade”.O Cônsul Geral António Moniz diz queo número de acidentes nas estradasentre a França e Portugal tem vindo

a decrescer. “Mesmo se não pode-mos afirmar que é graças à vossacampanha, eu penso que a Cap Ma-gellan deve orgulhar-se muito destaoperação”. José Carlos Malato, diz porseu lado que a campanha já é conhe-cida em Portugal e que “o importanteé mesmo esta regularidade, de faze-rem esta campanha há 17 anos”.O conhecido apresentador da televi-são portuguesa estava em Paris paraapresentar um programa da RTP emdireto de Aulnay-sous-Bois, para oqual convidou aliás a Presidente daassociação e os dois pilotos MickaelMota et Janyce da Cruz.Numa intervenção inicial Anna Mar-tins diz que esta campanha de pre-venção rodoviária se integra numalógica de outras campanhas de sen-sibilização, nomeadamente de pre-venção da Sida ou de sensibilizaçãopara a participação cívica, às quais sedevia acrescentar uma prevençãocontra os incêndios em Portugal,“que infelizmente já nos habituamosa ver todos os anos, no verão, emPortugal” disse.

Por Mário Cantarinha

Campanha apadrinhada por José Carlos Malato

10 juillet 2019

O LusoJornal deu notícia, na sua edi-ção de 22 de maio, da visita de Au-gusto Lima, Vereador da CâmaraMunicipal de Vila Nova de Famalicãocom os pelouros da economia, em-presas, turismo e internacionaliza-ção, à região Hauts-de-France, entreos dias 14 e 16 de maio.O autarca português foi recebido nasMairies de Roubaix, Tourcoing, Was-quehal e visitou diversas empresasna região.Quase dois meses depois da visita,LusoJornal quis saber quais os resul-tados e portas que se abriram parafuturas cooperações.

Como surgiu a ideia de vir apresentarVila Nova de Famalicão na regiãoHauts-de-France?O Município de Vila Nova de Famali-cão tem em curso um programa dediplomacia urbana para a internacio-nalização do concelho, chamado VNFAlliance. O aprofundamento de re-lações de cooperação institucional,económica, cultural e social entrecidades e regiões internacionais,gerando parcerias entre empresas,centros de investigação, universida-des e estudantes, é, resumida-mente, um dos principais objetivosestratégicos deste programa. Esta-mos muito interessados numa ver-dadeira e profícua aproximação aesta região francesa, por diversasrazões, desde logo, pela forte pre-sença de uma Comunidade portu-guesa e de Famalicenses, emparticular. E, ao mesmo tempo, atra-vés da marca Famalicão Cidade Têx-til, que pretendemos tambémdivulgar fora de Portugal, contri-

buindo para a sua afirmação e ele-vando assim o nome do concelho.E, por isso, encetámos contactospara a realização de um conjunto devisitas e reuniões bilaterais, que es-tamos agora a iniciar e que, espero,possam resultar numa relação só-lida e cada vez mais forte.

Qual o objetivo da sua vinda?Por um lado, foi um primeiro contatopara estabelecer parcerias em dife-rentes áreas entre a região Hauts-de-France e Vila Nova de Famalicão. Poroutro lado, pretendeu dar a conhecero nosso concelho ao nível econó-mico, social, cultural e turístico. Estaé uma fase em que estamos a traba-lhar para criar as condições necessá-rias ao estabelecimento de umaaliança coletiva para a internaciona-lização do concelho de Vila Nova deFamalicão e para a criação de condi-ções efetivas para a sua atratividadee abertura ao mundo. Se tal for pos-sível, como esperamos, com osHauts-de-France, seria fantástico!

Que resultados pode já referir?Posso adiantar que esta visita supe-rou as nossas melhores expectativas.Estamos já a trabalhar para promo-ver outras iniciativas, nomeada-mente uma missão inversa a VilaNova de Famalicão, no próximo dia4 de julho. Estou certo de que, coma ajuda do nosso tecido empresa-rial, social, educativo e institucionale dos nossos cidadãos, vamos con-seguir estimular novas práticas deabertura e interação em contexto in-ternacional, levando mais Vila Novade Famalicão ao mundo e trazendomais mundo até Vila Nova de Fama-licão.

Outros contactos estão desde já pre-vistos?Naturalmente. Estamos muito empe-nhados em fortalecer esta coopera-ção com a região Hauts-de-France.Todos com quem interagimos enri-quecem a nossa cultura, a nossa ma-neira de ser e o nosso concelho. Esteé o caminho a seguir e Famalicãoestá a fazê-lo bem. Temos que sabercapitalizar para o território o fenó-meno da globalização e a nossa cir-cunstância europeia, aproveitando acada vez maior facilidade ao nível decirculação de informação e de mobi-lidade de pessoas.

Nesta vinda foi também questão degeminação com uma localidade deFrança, falou-se de Wasquehal. Seráum próximo objetivo?

Um eventual acordo de geminaçãocom Wasquehal é uma possibilidadeque admitimos, mas que neste mo-mento é apenas uma intenção.

Na sua apresentação, há uma esta-tística que surpreendeu todos ospresentes: a taxa de desemprego de3,5%. Como consegue Vila Nova deFamalicão este resultado?O Município de Vila Nova de Famali-cão está com uma taxa de desem-prego na ordem dos 3,5%, um valormuito próximo do pleno emprego. Éverdade que ainda há um caminho apercorrer pela qualidade do trabalho,mas esta acentuada descida do de-semprego é algo que muito nos sa-tisfaz. Estes resultados devem-se aoforte contributo de muitos atores eagentes que tiveram a capacidade dearriscar e o interesse em ajudar a

construir um futuro melhor. Devem-se também ao mérito das empresas,dos empresários e das instituiçõesda economia social, mas tambémà importância reconhecida que aCâmara Municipal de Famalicãoconcede à empregabilidade e à ca-pacitação do território, através daformação e da qualificação de re-cursos humanos. A questão da em-pregabilidade é decisiva para ocrescimento inclusivo e a forma-ção profissional é um desígnio quedeve merecer a atenção de todos.

O Presidente da Câmara de Famali-cão, Paulo Cunha, é favorável à regio-nalização. Quer-nos explicar a razão?Depois deter considerado “um logro”o atual modelo de descentralização,é público que o Presidente da CâmaraMunicipal de Famalicão consideraque a verdadeira descentralização sóse cumpre com a regionalização ad-ministrativa. Defensor convicto, hámuitos anos, de uma divisão admi-nistrativa baseada em regiões, PauloCunha não tem dúvidas de que a ine-xistência de uma estrutura adminis-trativa regional acaba por ser a razãoprimeira para muitos dos problemasque as autarquias hoje enfrentam. Eembora reconheça a existência deuma “convergência intuitiva” entremunicípios que tem conseguido su-plantar algum défice de organizaçãoe de investimento nacional, é ver-dade que dificilmente se poderáfazer mais se não se avançar para asregiões administrativas.

Vila Nova de Famalicão, um exemploa seguir?Uma coisa é certa: para cultivar é ne-cessário semear.

Por António Marrucho

Augusto Lima, Vereador da Câmara de Vila Novade Famalicão: “semear para colher”

Cap Magellan lançou 17ª edição da campanha«Sécur’été 2019» em Argenteuil

LJ / Mário Cantarinha

LJ / LSG

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LUSOJORNAL COMUNIDADE 07

Cette année, le Cap-Vert a fêté son in-dépendance à Villenauxe-la-Grande(10), une petite ville de 2.500 habitantsen Champagne. Pendant deux jours, leweek-end dernier, des dizaines destands autour de l’église et sur la placede la Mairie, ont proposé aussi bien desproduits locaux que des produits cap-verdiens. «Il y a même un stand quipropose de la bière portugaise» an-nonce enthousiaste Sandra Lopes, del’Ambassade du Cap-Vert.A l’origine de cette initiative est Anto-nino Oliveira, Attaché économique àl’Ambassade du Cap-Vert. «Il y a 4 ans,j’ai acheté une maison ici et maintenantje vais tous les jours travailler sur Paris»explique-t-il au LusoJornal. 20 minutesen voiture jusqu’à Provins, une heure detrain jusqu’à la Gare de l’Est et 10 mi-nutes de Metro jusqu’à Saint Augustin,où est l’Ambassade du Cap-Vert.Chantal Oudard est sa voisine. Produc-trice de Champagne, elle est d’origineportugaise. «Mon grand Père est venuen France, travailler dans cette région,après la II Guerra Mondiale. Il a connuma Grand-Mère et il est resté. J’ai mesracines dans un village près de VilarFormoso et j’y vais régulièrement voirma famille».Chantal Oudard est également la Pré-sidente de l’Union des Commerçants etdes Artisans de Villenauxe-la-Grande(UCAV). «Cela fait plusieurs années queje voulais organiser un évènementcomme celui-ci, en mettant en évidenceun pays. L’occasion est venue à moi, àtravers la rencontre avec mon voisinCapverdien et les choses se sont faites».Chantal Oudard aimerait bien continuer

avec le Canada, la Corée du Sud,…Lors de son discours, l’Ambassadeur duCap-Vert a remercié l’accueil de la villeet de l’Union des commerçants. Il a misen évidence la présence de l’Ambassa-drice du Ghana, «le premier pays indé-pendant en Afrique».Le Maire de la ville se dit égalementcontent de cette rencontre avec le Cap-Vert. «Pendant ces deux jours, nous ou-blions les soucis de la vie et nous nousamusons, tout en nous enrichissantculturellement» dit Paul Bujar.C’est Valérie Dongo, Maire Adjointe à laCulture, au Tourisme et à la Communi-cation qui nous présente la ville. «Noussommes un centre-bourg d’un peu plusde 2.500 habitants. Plusieurs villagesdes alentours dépendent des infra-structures de la ville, comme par exem-ple l’école, le gymnase, le pôle santé enconstruction,…». Il n’y a pratiquementpas d’industrie à Villenauxe-la-Grande.«Le Champagne est le poumon de la

ville. Il y a 5 Maisons de Champagne etune cinquantaine de vignerons qui ven-dent leurs raisins. Nous sommes le pre-mier village de Champagne en venantde Paris» explique au LusoJornal ValérieDongo.«Mais nous ne sommes pas connus»rajoute Chantal Oudard. «Il y a eu lePhylloxera, les vignes ont dû être re-plantées vers 1970, donc nous nesommes pas assez connus. Finalement,nous sommes des petits récoltants àcôté des grandes marques de Reims.C’est très difficile de s’imposer».Organiser cette fête nationale du Cap-Vert avec l’Ambassade a été un vrai défi.«Nous n’avons pas les moyens, noussommes une petite commune. Nousessayons de sauver le commerce localpar l’action de Mme Oudard» expliquele Maire.Paul Bujar verrait bien un jumelage deVillenauxe-la-Grande avec une ville duCap-Vert. Mais dans 10 mois, lors des

prochaines élections municipales, il valaisser sa place de Maire de la ville. «J’ai70 ans, je souhaite profiter de ma re-traite et être Maire d’une ville commecelle-ci, c’est un poste à plein temps».Donc, l’idée d’un jumelage reste pourplus tard. «Verrons ce qui souhaite fairela nouvelle équipe municipale».«En France, en ce moment, le grandproblème est qu’on est en train de toutfaire pour que les ruraux n’existentplus» explique Paul Bujar. A cela, il ra-joute «l’histoire économique du paysest une vrai catastrophe. Les gens quiont été à la tête de la commune n’ontjamais voulu qu’il y ait une vraie écono-mie industrielle dans la ville. Les petitspatrons de l’époque se sont autoproté-gés contre l’installation de grosses en-treprises. Or, toutes les villes qui s’ensortent en France, ce sont les zones in-dustrielles qui les font vivre». Et la com-paraison avec la ville voisine deNogent-sur-Seine est forcément évi-

dente. «Quand j’avais 15 ans, Nogentn’était pas plus développée que Ville-nauxe-la-Grande, sauf qu’eux, ils ont suse développer, et en plus, cerise sur legâteau, ils ont eu la Centrale nucléaire.C’est la poule aux œuf d’or».Même si Villenauxe-la-Grande n’estqu’à 3 km de la Centrale nucléaire, «celane nous apporte rien» dit le Maire de laville. «Une ville comme Nogent-sur-Seine dispose d’un revenu d’environ3.600 euros par habitant, alors quenous, de 660 euros. Faites les calculs.Ces gens-là font ce qu’ils veulent, quandils veulent, nous on est obligé de comp-ter».En face de la Mairie, la scène com-mence à s’agiter. Avec des musiciensd’ici, bien sur, mais également venantdu Cap Vert, comme par exemple Jeni-fer Solidade et Rui di Bitina. «Je suis néeaprès l’indépendance, donc tout ce queje sais de cette période c’est via l’écoleet l’histoire» dit Jenifer Solidade. «Maisc’est un très grand honneur d’être là, enreprésentation de mon pays».De la musique, il y en a eu pour tousles goûts, avec de la Morna, de la Co-ladeira et du Funaná. «Nous devonstout à Cesária Évora. Elle nous a ou-vert les portes à nous tous» dit Rui diBitina. Aliás, Jenifer Solidade cantou«Oriundina», une chanson immorta-lisée par Cesária Évora. Jenifer Soli-dade était membre de la CesáriaÉvora Orchestre!Le programme culturel, conçu parDavid Leite, Attaché culturel de l’Am-bassade du Cap-Vert a été riche, avecdes expositions de peinture et de pho-tos, du folklore de la région, et mêmeune messe dans l’église autour de la-quelle la ville est née.

Por Carlos Pereira

Organisée par l’Union des commerçants et l’Ambassade du Cap-Vert

10 juillet 2019

Acaba de ser editada a edição n°14 darevista Bilateral, o magazine da Câ-mara de comércio e indústria franco-portuguesa (CCIFP), cujo tema é asituação económica portuguesa.A revista existe desde 2009, mas estavadesativada há cerca de 3 anos. Noquadro da nova estratégia de reorga-nização interna da Câmara de comér-cio, passa agora a ser editada pelaequipa do LusoJornal.“A Bilateral é uma revista importantepara a nossa Câmara de comércio por-que ela deve servir de elo de ligaçãoentre os associados da Câmara de co-mércio, mas deve ser também a vitrinada Câmara de comércio e do mundodos negócios franco-portugueses” ex-plica Carlos Vinhas Pereira, o Presi-dente da CCIFP. “Era importante que arevista fosse reativada, e que tivesseuma publicação regular porque o uni-verso dos negócios entre a França ePortugal é denso”.A revista continua a ser distribuídajunto dos membros e dos parceiros daCâmara de comércio, mas pretende teruma divulgação bem mais alargada.“Trata-se de uma revista de negóciose por conseguinte, seria uma pena seficasse apenas num circuíto de distri-buição interno da Câmara de comér-cio” diz Carlos Pereira, Diretor da

redação. “A nossa função é precisa-mente a de lhe dar uma projeção paraalém da CCIFP”.O tema desta primeira edição da “novavida” da Bilateral é de atualidade.“Ainda há poucos anos, Portugal tevede recorrer à ajuda financeira externa,esteve sob tutela da Troika e hoje afixauma taxa de desemprego que rondaos 5%, um sonho para qualquer Go-verno francês” diz Carlos Pereira. Aanálise é feita pelo prisma do PrimeiroMinistro António Costa, da (ainda) Pre-sidente do FMI Christine Lagarde, do(ainda) Comissário europeu PierreMoscovici e do economista francêsChristian de Boissieu. “São olharescruzados sobre a situação económicaportuguesa, mas contudo, convergen-tes”.As relações económicas entre a Françae Portugal são detalhadas pelo atualDiretor da AICEP em Paris, Rui Almas.“Damos destaque a duas empresasque trabalham entre os dois países.Por um lado a francesa Nexity que in-vestiu fortemente em Portugal e poroutro lado, a portuguesa Alves Ribeiroque tem um enorme investimento emFrança com o projeto Silk Road Paris”explica Carlos Pereira.“Nesta edição da Bilateral impunha-setambém fazer um ponto da situação

sobre as mudanças internas na nossaCâmara de comércio, primeiro com oreforço de novos Administradores, de-

pois com a venda de 75% do Salão doimobiliário português em Paris e de80% da editora CCIFP Editions e com a

reativação do nosso Conselho estraté-gico e de desenvolvimento. Esta é umaoportunidade para explicar todo esteprocesso” diz o Presidente da CCIFP.Carlos Vinhas Pereira explica aindaque a Câmara de comércio iniciou umprocesso de articulação nacional comas associações empresariais franco-portuguesas descentralizadas. “Nestequadro, queríamos dar a conheceruma dessas associações, o PortugalBusiness Club de Lyon, e, como já erahabitual, damos especial destaque àDelegação da CCIFP na região PACA, nosul da França”.A revista, inteiramente em língua fran-cesa, está em distribuição atualmente,primeiro junto dos associados e dosparceiros da Câmara de comércio e in-dústria franco-portuguesa e depoisjunto de um público mais alargado“numa rede de pontos de distribuiçãoque estamos agora a criar de raíz” ga-rante Carlos Pereira.A próxima edição deve sair em setem-bro e vai abordar o tema o “GrandParis”. “A capital francesa e a suagrande cintura está em plena muta-ção no quadro do projeto ‘Grand Paris’e este é um assunto que interessaparticularmente muitas empresasportuguesas” anuncia o Presidente daCCIFP.

La Fête du Cap-Vert à Villenauxe-la-Grande

LJ / Dominique Stoenesco

“Bilateral”: Revista de negócios franco-portugueses é reativada em França

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LUSOJORNAL08 CULTURA

Artista francêsOlivier Nottelletinaugurou exposição“Emotional Rescue” emPonta DelgadaA exposição “Emotional Rescue”,do artista francês Olivier Nottellet,foi inaugurada na quinta-feira dasemana passada e mantém-se naGaleria Fonseca Macedo, em PontaDelgada, até 28 de setembro, com“um conjunto de imagens e de sig-nos simples, com ambições poéti-cas”.Olivier Nottellet inaugurou umaexposição de desenho e pinturasobre papel, que, diz à Lusa, traz“um conjunto de imagens e signossimples, com ambições poéticas, euma grande economia de meios”.“Emotional Rescue” é o resultadode uma residência artística desen-volvida durante três semanas, emabril, na ilha de São Miguel, a con-vite de Fátima Mota, proprietáriada Galeria Fonseca Macedo, ondeNottellet agora expõe. “Quando aFátima propôs esta exposição, fi-quei muito feliz e propus esta re-sidência, porque no meu trabalhoestou sempre a tentar trabalharsem grande dinheiro, penso sem-pre de forma económica, coisassimples. Queria experimentar comessas coisas”, explicou.Para Olivier Nottellet, que costumaexpor murais e instalações degrande dimensão, esta mostra éum passo marcante, porque, parao artista, que desenha muito, estaé a primeira vez que faz “uma ex-posição tão importante, com tan-tos desenhos e com tantas cores,também”.Em “Emotional Rescue”, serviu-sedas suas memórias, algumas dasquais passam pela ilha das Flores,onde viveu entre os seis e os dezanos e de que guarda recordações“muito importantes”.“Para uma criança foi muito im-pressionante estar no meio dooceano. Tudo era incrível e muitoromântico”, afirmou.Chegou ao ponto mais ocidentalda Europa pela mesma razão queo levou a tantas outras partes domundo: o trabalho do pai, militarfrancês ao serviço do Centre d’Es-sais des Landes, que foi destacadopara a Estação de Telemedidas dasFlores, onde eram estudadas astrajetórias de mísseis balísticoslançados na base, em Biscarosse,França, ou a partir de navios ousubmarinos.Na infância aprendeu a falar por-tuguês, mas as constantes mudan-ças fizeram com que perdesse ocontacto com a língua, ainda quemantenha “na memória algumaspalavras, alguns sons”, que o aju-dam a compreender muito do queé dito.Olivier Nottellet é professor de de-senho e pintura na ENSBA, emLyon, e o seu trabalho combinapinturas de parede monumentais,instalações, desenho em papel eobjetos.

A exposição “Estação Meteoroló-gica”, que reúne trabalhos de San-dra Rocha e Manuela Marques, comcuradoria de Sérgio Mah, inauguraem 12 de julho, no Arquipélago -Centro de Artes Contemporâneas,em São Miguel.Sandra Rocha, natural de Angra doHeroísmo, na Terceira, e ManuelaMarques, de Tondela, residematualmente em Paris e levam tra-balhos em fotografia e em vídeoem que exploram o território dosAçores, que podem ser visitadosaté 20 de outubro.“Estação Meteorológica” é o resul-tado de um trabalho desenvolvido,ao longo dos últimos dois anos,pelas artistas, a convite da DireçãoRegional da Cultura, através do Ar-quipélago. Este projeto “partiu exa-

tamente desta natural definição deuma identidade diferenciada e quepermite aos artistas a conceção e odesenvolvimento de projetos emtotal liberdade, e que demonstramcomo este território é, invariavel-mente, um objeto de trabalho quenão se esgota em qualquer preci-são da sua geografia”, explica Fá-tima Marques Pereira, Diretora doCentro de Artes Contemporâneas,citada em nota de imprensa.O Arquipélago vai acolher ainda vá-rios eventos no âmbito da parceriacom o festival de artes Walk & Talk,como o filme-concerto que marcoua estreia de “East Atlantic”, de Mi-guel C. Tavares e José AlbertoGomes, ou a performance “BurningPricks”, de António Branco e Ric-cardo T.

Em São Miguel

Vera Mantero e Jonathan Saldanha estrearam nova criação no Festivald’AvignonOs espetáculos “Esplendor e Dismor-fia”, de Vera Mantero e Jonathan UlielSaldanha, e “O Agora que Demora”, deChristiane Jatahy, estrearam-se nasexta-feira e no sábado no Festivald’Avignon 2019.No festival, que decorrerá até 15 dejulho naquela cidade do sul daFrança, na 73ª edição, a dramaturga erealizadora brasileira Christiane Ja-tahy estreou na sexta-feira “O Agoraque Demora - Nossa Odisseia II”.Quanto a “Esplendor e Dismorfia”,trata-se de uma criação e interpreta-ção de Vera Mantero e Jonathan UlielSaldanha, encomendada pelo Festi-val d’Avignon, e teve estreia no sá-bado, no mesmo festival.A peça tem cenário e adereços assi-nados também por ambos, banda so-nora de Jonathan Uliel Saldanha, evoz de Vera Mantero. “Recital híbrido

para dois corpos-paisagem animadospela respiração. Um aglomerado quese destrói e amplia, desastre e anti-desastre em que a aceleração, os fun-gos e a voz sobrevivem. Esplendoresinvisíveis. Hiper-futuro e hiper-pas-sado. Entre a dismorfia, o sol e acarne”, segundo uma sinopse do es-petáculo divulgada pela produção, ORumo do Fumo.Vera Mantero é coreógrafa e perfor-mer e o seu trabalho tem vindo a cru-zar o movimento, texto, voz, e objetos,e desde 1991 apresenta as suas cria-ções na Europa, América do Norte edo Sul, Singapura e Coreia do Sul. Jo-nathan Uliel Saldanha é criador so-noro e cénico e trabalha eminterpretação de som, gestos e vozem teatro e cinema, apresentando oseu trabalho desde 2009 em Portugale no estrangeiro.

“O Agora que Demora - Nossa Odis-seia II” de Christiane Jatahy - criadoraque foi Artista na Cidade de Lisboa2018 - estará nos palcos do festivalcom apresentações até 12 de julho,segundo a programação.Esta coprodução entre o Rio de Ja-neiro e Bruxelas é um cruzamentoentre teatro e cinema, e apresentavárias línguas faladas em palco, no-meadamente árabe, turco, grego, in-glês, francês, dialetos índios eportuguês.O espetáculo é a segunda parte doprojeto “Nossa Odisseia“, para o qualpercorreu vários continentes fil-mando e recolhendo testemunhos derefugiados, e o resultado é um retratodas “odisseias contemporâneas dosexilados, constrangidos pela sua dorde não se poderem lembrar, impedi-dos de pensar sobre o amanhã de-

vido às calamidades onde vivem”, deacordo com um texto da programa-ção do festival que arrancou naquinta-feira.“Ítaca - Nossa Odisseia I” teve estreiaem França no ano passado, emmarço, e foi depois apresentada emjunho, no Teatro São Luiz, em Lisboa.Dramaturga formada em Filosofia,cineasta e dramaturga, ChristianeJatahy cresceu no Rio de Janeiro, etem vindo a criar espetáculos quequestionam a relação entre o ator eo público, e as fronteiras entre o do-cumentário e a ficção.Com dramaturgia e realização deChristiane Jatahy, o espetáculo temcolaboração artística, cenografia e luzde Thomas Walgrave, fotografia dePaulo Camacho, som de Alex Fostier emúsica de Vitor Araújo e DomenicoLancellotti.

Filme “Raposa” de Leonor Noivo e“Antecâmara” de Jorge Cramez no festival FIDMarseilleO 30º Festival Internacional de Ci-nema de Marseille, em França, ondeirá estrear-se, em competição, onovo filme de Leonor Noivo, “Ra-posa”, e onde será exibido “Antecâ-mara”, de Jorge Cramez, começouontem, terça-feira.“Raposa”, uma média-metragemdocumental que aborda um dos as-petos das doenças psiquiátricascomportamentais, tem estreia mun-dial na competição internacional doFestival Internacional de Cinema deMarseille (FIDMarseille).Da programação do festival, dispo-nível no site oficial da iniciativa,

consta ainda “Antecâmara”, de JorgeCramez, filme sobre o ato de filmar,estreado em outubro do ano pas-sado no DocLisboa, integrado nacompetição internacional do cer-tame. Em Marseille, “Antecâmara” éexibido no âmbito do programa His-torie(s) de Portrait (História(s) deRetrato, em português).Leonor Noivo, que estudou Arquite-tura e Fotografia, antes de ingressarna Escola Superior de Teatro e Ci-nema, é uma das criadoras da Ter-ratreme Filmes. A produtora foicriada em 2008 por João Matos,Luísa Homem, Pedro Pinho, Susana

Nobre e Tiago Hespanha, além deLeonor Noivo.Desde essa altura, a par da realiza-ção, tem desenvolvido trabalhocomo produtora na coordenação eacompanhamento de projetos deficção e de documentário. O seu pri-meiro filme documental, “MacauAparte”, data de 2001. Em 2005 es-treou-se na ficção com “Salitre”.“Tudo o que imagino”, o seu filmemais recente, de 2017, acompanhaum grupo de amigos no bairro deAlcoitão (Cascais), no fim da adoles-cência.Jorge Cramez é licenciado em Co-

municação Social, estudou cinema,trabalhou na Cinemateca e escre-veu para a imprensa portuguesa. Foianotador e assistente de realização,trabalhando com nomes como JoãoCésar Monteiro, João Mário Grilo,José Álvaro Morais, Werner Schroe-ter, Joaquim Leitão e Luís FilipeRocha.Jorge Cramez realizou, entre outros,“Capacete Dourado”, “Amor amor” eas curtas “Na escola” e “Errosmeus”.O 30º Festival Internacional de Ci-nema de Marselha decorre até 15 dejulho.

10 juillet 2019

Sandra RochaLJ / António Borga

‘Parisienses’ Sandra Rocha e ManuelaMarques expõem nos Açores

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LUSOJORNAL CULTURA 09

Pedro Alves est chanteur - il a intégréla troupe d’artistes du spectacle DixCommandements - mais s’est initiéégalement à la production, notam-ment au Sentier des Halles, et a mêmeété, pendant 2 ans, le Directeur artis-tique pour la branche internet deJohnny Hallyday.A la tête de sa propre boîte de produc-tion, il entame maintenant la produc-tion d’une tournée unique dans songenre, avec Linda de Suza, Mara Pedroet lui-même.C’est un risque considérable et PedroAlves explique pourquoi, dans cette in-terview exclusive à LusoJornal.

Pourquoi avoir organisé cette tournéeavec Linda de Suza?J’avais besoin de mettre les deux piedsdans mes racines et de créer un spec-tacle unique en France en hommage àla culture de notre Communauté, etsurtout, le rendre accessible au publicle plus large possible. Et il me fallait laplus grande artiste portugaise enFrance et c’est Linda de Suza. Allezdans la rue et vous verrez que c’estmême le seul nom que 100% des gensvous sortiront. C’est la seule artisteportugaise à avoir imposé des tubesen France. Amália est célèbre et unbijou de notre Communauté, maisseule Linda a réussi à faire autant dedisques d’or dans ce pays. Et Tony Car-reira est très à part, car il a une popu-larité phénoménale auprès desémigrés, mais personne ne connaitune de ses chansons dans le reste dela population. Linda est unique.

Comment Linda de Suza a accueillicette proposition?Linda m’a tout de suite fait confiance.C’est une artiste très instinctive qui nesait pas faire semblant. Son amour vis-céral pour le public la pousseconstamment à faire les choix les plussincères possibles. Si le projet avait étémal ficelé, si les intentions n’avaientpas été artistiques avant tout, ellem’aurait gentiment claqué la porte aunez (rire). Notre duo sur son tube«Comme vous» en est la preuve, carjamais en 41 ans de carrière elle n’a ac-cepté de partager un de ses succèsavec un autre. C’est un cadeau quiparle de lui-même. Elle avait fait lapréface de mon livre sorti en 2016 éga-lement. Je suis comme elle dit, sonprotégé.

Pourquoi avoir invité également MaraPedro?Comment faire un spectacle sur la cul-ture musicale portugaise sans faire lapart belle au Fado? Il y a très peu depays au monde qui ont réussi à expor-ter d’une manière aussi forte un stylemusical. Il y a le blues, le rock, le reg-gae, la salsa et une poignée d’autresqui représentent vraiment quelquechose dès qu’on pose la question aupublic, et le fado en fait partie. En-suite il fallait trouver la perle rare.Nous voulions qu’il y ait un véritablesymbole entre les deux femmes dece spectacle, la légende de la chan-son populaire d’un côté, qui n’a plusrien à prouver, et une artiste si origi-

nale, si pure, si talentueuse qu’elle atout, elle aussi, pour devenir un jourune légende. Mara Pedro est de ces ar-tistes-là. Rares sont les chanteuses defado qui ont leur propre chemin, quine font ni à un moment ni à un autrepenser à Amália ou aux autres stars duFado. C’est ce que j’ai aimé chez MaraPedro, elle n’imite personne et inventeses propres codes. C’est rarissime.

Vous chantez également. Quel estvotre parcours artistique?Je chante surtout, c’est mon métier,c’est ma passion, c’est ma vie. La pro-duction est simplement l’outil qu’il fautobligatoirement à notre époque pouravancer sur un chemin hors-piste. Etnous sommes en plein dedans. Je nefais pas de musique urbaine, pas der’n’b, je ne fais pas The Voice, je suisdonc dans le hors-piste concernant lesmajors et les producteurs scéniques.Alors je dois me produire. Cela me per-met également de savoir où va l’ar-gent, et pour moi, c’est impératif qu’ilaille dans le spectacle pour que le pu-blic soit heureux. Avant d’en être là, j’aifait toutes les étapes de ce métier. J’aicommencé par chanter dans les balsdès l’âge de 13 ans, tout en étudiantle piano, la guitare et le chant auConservatoire. Ensuite je suis montéà Paris aux Studios Alice Dona où j’aiappris la scène et le théâtre, et j’ai eupar la suite énormément de chance.Car c’est elle qui décide de tout. A 24ans, je suis rentré dans la troupe desDix Commandements et nous avonsfait un triomphe hors du commun,totalisant 8 millions de disques ven-dus, près de 2 millions de spectateurs(plus de 350 dates dans les plusgrandes salles de France) ensuite j’aifait une autre comédie musicale,Grease, encore un succès qui estpassé par Bercy, le Palais des Congrèspendant 1 mois. Et puis un albumproduit par Warner avec PascalObispo. J’ai ensuite voulu toucher àd’autres aspects du métier en faisantmes premières armes de producteur àla programmation d’une salle my-thique parisienne, le Sentier des Halleset puis le Sésame, j’ai été pendant 2ans Directeur artistique pour labranche internet de Johnny Hallyday.Tout ça pour revenir à la chansonmaintenant, avec ce spectacle et monpremier album en portugais qui sortira

début 2020 au Portugal.

Combien de dates avez-vous pro-grammé dans le cadre de cette tour-née?Nous en sommes à 9 dates ouvertes -Nancy, Le Havre, Lille, Dijon, Paris,Nantes, Bruxelles, Luxembourg et Jouéles Tours -, et autant qui vont suivre.

Comment réagit le public?Le public réagit bien! Très bien même.Mais il nous reste encore beaucoup detravail car l’affiche est atypique et c’estdéstabilisant au premier regard. Habi-tuellement, soit nous avons du fado,soit de la chanson, soit du populairedans un concert, là, j’ai fait le pari demélanger les genres pour raconter unehistoire, pour présenter le Portugal etsa culture au plus grand nombre, alorsil y a ceux qui le comprennent tout desuite et ceux que nous allons convain-cre.

La vente des billets se passe bien?La vente de billet est encourageante,et heureusement car le risque esténorme. C’est sûrement la tournéeportugaise la plus chère de la saison àvenir et je ne parle que du développe-ment artistique et créatif du spectacle.Certaines tournées coûtent chères carles productions et les artistes sontgourmands, nous non. Le public n’aurapas le droit à 4 chaises en plastique surscène et des jeux de lumière rapide-ment mis en place l’après-midi même.Non! Nous parlons d’un mois de répé-tition, d’un an de travail à temps pleinavant la première qui aura lieu le 4 oc-tobre à Nancy.

Pourquoi commencer par Nancy?Nancy justement! Avouez que ce n’estpas la ville la plus portugaise deFrance, et nous irons! Car la cultureportugaise sera encore plus reconnueen ouvrant les portes à un public quiva la découvrir. Bien sûr que nouscomptons sur la présence en nombrede nos compatriotes, car sans euxnous ne sommes rien, mais nous se-rons fiers de prouver qu’on peut pro-duire des spectacles en hommage àune culture étrangère, et remplir lessalles quand même!

Vous avez enregistré un album. Pour-quoi?

C’est un grand honneur et un privilègeque nous ont accordé les équipes deWarner Music Groupe, l’immenseMajor internationale. C’est d’ailleurs leseul spectacle en hommage au Portu-gal qui a cette opportunité de mé-moire. Un album dans une grandemaison de disque! Preuve que cespectacle n’est pas comme les autres.

Quels sont les thèmes choisis?Nous allons revisiter les grands succèsportugais qui ont traversé les fron-tières françaises, comme Avril au Por-tugal (Coimbra), la Maison sur le Port,les grands standards de Linda de Suza,d’Amália, mais aussi des surprises,comme une version de l’Hymne àl’amour en portugais, ou même L’envied’aimer, pour la première fois en por-tugais. Et de sublimes chansons deMara Pedro. En fait, le titre Un tour auPortugal plein d’humour et d’énergie,est très à contrecourant de l’album.Nous l’adorons, comme le public ap-paremment, mais c’est le seul qui estdans cette couleur musicale. C’est uneparenthèse amusante cette chanson.Une chanson pour l’été.

Vous avez fait d’autres productions parle passé?La société de productions Liloïse esttoute jeune, c’est d’ailleurs sa premièretournée. C’est pour cela que nous vou-lons taper fort et que vous pourrez êtrecertain que l’on va parler spectacle etqualité avant de penser marge et bé-néfices. Les Dix Commandements étaitle premier spectacle de Chouraqui,Starmania le premier de Michel Berger,Céline Dion la première production deRené Angélil... C’est encourageant lespremières fois quand elles sont por-tées par une équipe sérieuse et talen-tueuse non? Concernant notre équipepar contre, nos productions deconcerts, de direction artistique, d’or-ganisation d’évènements se comptentdéjà par centaines. Ce qui ne nous ra-jeunit pas! Nous avons égalementconfié toute la création son et lumièreà la société de Paulo Matos, AlfamaProd, qui est une des meilleures sur laplace du grand Paris. Un énorme pro-fessionnel qui sait nous rassurer par samaitrise incroyable de la technique.Entre lusophones, on doit réapprendreà tous travailler ensemble et noussommes fiers de donner l’exemple.

Quelles sont les principaux problèmespour ce projet?Franchement? Le domaine portugaisest difficile à défendre en province,vous savez. Les associations sontfortes et actives et c’est magnifique,mais parfois ça peut être compliquéd’ouvrir par exemple un restaurantportugais quand une association està quelques pas et n’a pas les mêmesobligations en termes de personnel,de salaires, de tarifs, etc. Donc lesgens qui veulent manger portugaisdans beaucoup de villes, vont à l’as-sociation pour la moitié du prix. C’estpareil pour les spectacles. Avec uneoffre si récurrente, si variée, si grandeet des billets à 20 euros, repas com-pris, il faut du courage pour deman-der le double pour un spectacle...Voilà pourquoi les grands produc-teurs portugais font toujours les 4 ou5 mêmes villes, des grosses villes oula Communauté est en nombre et oùles risques sont réduits. Produire duPortugais à Nancy, Le Havre, dans desopéras, des théâtres, voir même àDijon au Zénith, ce n’est pas une his-toire d’argent, c’est une histoired’amour pour le Portugal et sa cul-ture. Nous sommes les seuls à oser etnous allons gagner notre pari. Maprincipale difficulté c’est celle-là. Fairecomprendre que nous produisons unspectacle comme les Portugais n’enont jamais vu en hommage à leur cul-ture. Ce ne sera pas un concert avecun enchaînement de chansons et hop,merci d’être venus, revenez dans 2 anson fera la même chose. Non. Nous al-lons offrir une mise en scène, une his-toire, notre histoire, et le publicressortira en ayant ri et pleuré. Je lepromets. Le second problème et leplus gros problème côté médias fran-çais ou décideurs radios ou tv, mêmepour les investisseurs, est que les deuxdernières tentatives portugaises àgrande échelle ont été Tony et DavidCarreira en France. Et le succès n’a pasété au rendez-vous malheureuse-ment. Alors, il faut être honnête, de-puis quelques années, ils croient tousdur comme fer que le Portugais n’estpas un bon placement... Ça m’a faitnager à contrecourant pour lesconvaincre du contraire. On arrivederrière, avec un projet portugais,que ce soit dans une banque ou unemajor et ils appellent la sécurité!!!Tout ces problèmes réunis, eh biensont ceux contre lesquels je me batschaque jour.

Nous revenons à la première questionde l’interview, pourquoi Linda de Suza?Car c’est la seule à avoir montré à laFrance que l’on pouvait taper fort avecla culture portugaise et qu’elle plaisaitau grand public.

Les dates déjà bloquéesLe 4 octobre 2019 à NancyLe 15 novembre 2019 au HavreLe 4 janvier 2020 à LilleLe 11 janvier 2020 à DijonLe 29 février 2020 à ParisLe 14 mars 2020 à NantesLe 21 mars 2020 à BruxellesLe 25 (ou 24) avril 2020 au LuxembourgLe 23 mai 2020 à Joué-les-Tours

Par Carlos Pereira

Après avoir été chanteur de la troupe de Dix Commandements

10 juillet 2019

Pedro Alves organise la ‘Tournée de l’année’avec Linda de Suza et Mara Pedro

Fannie Gortazar

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LUSOJORNAL10 CULTURA

L’Union Franco-Portugaisede Richebourga fêté la SaintJean

Fêter la Saint Jean se perpétue tantpar les Portugais du Portugal,qu’ailleurs, là où il y a des Portu-gais et d’associations portu-gaises. Ils sont trois ce qu’onappelle les Saints Populaires:Saint Antoine, Saint Jean et SaintPierre. On leur fait la fête en juin.Le Saint Antoine on le fête à Lis-boa le 13, jour férié dans la capi-tale, la Saint Jean se fête à Portoet dirons-nous partout dans lemonde lusophone. Dans la ré-gion lilloise on a également fêtéla Saint Jean. L’une de ces fêtesest organisée depuis de nom-breuses années par un Jean(João), João Marques, Présidentde l’Union Franco-Portugaise deRichebourg, association ques’occupe du Cimetière militaireportugais et qui participe d’unemanière active, tous les ans, auxcérémonies de la Bataille de laLys.João Marques a mis à la disposi-tion de l’association, les locauxde son entreprise, le samedi 29juin, jour de la Saint Pierre, pourfêter… la Saint Jean.La tradition y a été respectée:barbecue, grillades, l’odeur de lasardine flottait dans l’air... labonne sardine... poisson dont lapêche dans les côtes portugaisesest hyper-contrecollée ces der-nières années.Le bal animé par le même DJ de2018, Carlos Salvador, s’est pro-longé pendant la nuit, tous lesconvives ont profité pour s’en-traîner en vue de leur participa-tion aux fêtes du village... lesvacances approchant!Parmi le nombreux public, oncomptait la présence, notam-ment, du Maire du village, GérardDelahaye. Bruno Cavaco, Consulhonoraire du Portugal à Lille,présent à Richebourg, se déclarecontent de constater que relèveest là au niveau associatif, JoãoMarques voulant prendre si pos-sible un peu de recul. DidierRoque, entouré d’autres béné-voles, se propose de continuer àœuvrer pour la mémoire de laparticipation portugaise à la IGuerre mondiale.

Liniker e os Caramelows farão parte,este ano, da programação do ParisJazz Festival, no sábado dia 20 dejulho, às 17h00, no Parc Floral de Vin-cennes.Banda brasileira formada em 2015na cidade de Araraquara, Liniker e osCaramelows criaram um som con-temporâneo que associa a alma àherança tropical da música popularbrasileira. É um estilo de soul brasi-leiro poético e ao mesmo tempocomposto de muita energia.A cantora transgénera Liniker temum carisma e uma presença empalco hipnotizante. Como explica aprodução “não é necessário falarportuguês para ficar completa-mente fascinado por este momento,é universal”.O grupo ficou conhecido em outu-bro de 2015 com o lançamento deCru, um EP de três faixas, que geroumais de 10 milhões de visualizaçõesna internet. Em setembro de 2016 Li-

niker e os Caramelows lançaram oseu primeiro álbum de estúdio, Re-monta, vencedor da recompensaBreakthrough Act no Prémio Multis-how, que ficou em terceiro lugar nalista dos melhores álbuns do ano daRolling Stone no Brasil.O grupo é constituído de Liniker na

voz, Rafael Barone no baixo, WilliamZaharanszki na guitarra, PericlesZuanon na bateria, Márcio Bortolotino trompete e Renata Éssis noscoros.Liniker e os Caramelows continuamdepois uma tournée por vários paí-ses da Europa.

O Festival de Jazz de Paris é consti-tuído em 2019 de um programa deoito dias normalmente compostopor duas sessões, às 15h00 e às17h00: cenas Paisagens e Calices eCorollas e Feuillages todos os fins desemana de julho a partir de dia 6.Três sessões noturnas serão organi-zadas este ano, bem como baladasmusicais e a escuta de álbuns como Sonarium.Serão várias as propostas que cor-respondem a projetos sensíveis epoéticos em ressonância com a di-versidade e o espírito atual dasnovas cenas de jazz que se libertamdos rótulos e empregam uma ener-gia propícia para atrair o maior nú-mero de pessoas. Na continuidadedas edições anteriores, os artistasconfirmados juntam-se aos artistasemergentes dos palcos franceses einternacionais.

Mais informações:https://festivalsduparcfloral.paris/programmation/paris-jazz-festival/

Por Luísa Semedo

Banda brasileira vem a Paris

O Conselheiro das ComunidadesPortuguesas António Capela, resi-dente em Toulouse, mas eleitopelas áreas consulares de Toulousee Bordeaux, esteve no fim de se-mana passado numa “visita de ba-lanço (e ainda de trabalho)” na zonade Bordeaux. Esteve acompanhadopor Carolina Amado, sua suplentena candidatura que apresentou há4 anos.Nesta sua visita à Gironde AntónioCapela foi entrevistado pela rádioLa Clé des Ondes, na presença deoutro Conselheiro das Comunida-des eleito em Bordeaux, ValdemarFélix, que era apresentador do pro-grama. “Pude explicar e expor diver-sas temáticas para as quais tiveoportunidade de contribuir duranteeste mandato de quatro anos, masigualmente de tudo aquilo que éneste momento necessário às Co-munidades residentes nestas áreasconsulares e que carece de maiorurgência” disse ao LusoJornal Antó-nio Capela.Além das diversas reuniões queteve a oportunidade de ter com di-versos elementos da Comunidadedurante o fim de semana, “sobre di-

versos assuntos que aguardamainda por resolução e que tudofarei para contribuir até ao finaldeste mandato”, António Capela vi-sitou igualmente o estádio ondejoga a equipa do AS Lusitanos,constituída na sua maioria por diri-gentes e jogadores portugueses ou

de origem portuguesa. “Duranteesta visita tive oportunidade de fe-licitar a Direção, na pessoa do seuPresidente Tony de Barros, pelaconquista dos troféus durante apresente época, nomeadamente asubida de divisão, e um dos funda-dores do clube, o Philipe Dantas.

Nesta reunião, foi possível perceberdiversas problemáticas que afetamo clube, e que impactam o seu dia-a-dia, e que farei o possível paraajudar a solucionar” explica AntónioCapela.O Conselheiro das Comunidadesreuniu igualmente com Philipe Dan-tas, nas suas outras funções, a deautarca, para se inteirar da relaçãoda Comunidade portuguesa, com asmais diversas instituições francesasda região.António Capela participou no jantarde agradecimento aos patrocinado-res, da associação “Casa dos Arcos”,presidida por Filipe Portela.Para terminar, António Capela res-pondeu também a uma entrevistaalargada à webrádio “Os Latinos”,com sede em Bordeaux, a convitedo seu principal animador, VítorSantos. “Tive mais uma vez e deforma mais longa, oportunidade deexplicar algumas problemáticas járesolvidas durante o mandato eaquelas que estão estão ainda porresolver” contou à Conselheiro dasComunidades, que já tinha anun-ciado ao LusoJornal não ser candi-dato à sua própria sucessão.

10 juillet 2019

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Par António Marrucho

Liniker e os Caramelows no Paris Jazz Festival

Conselheiro das Comunidades António Capela visita Bordeaux

LusoJornal / LSG

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LUSOJORNAL12 ASSOCIAÇÕES

Mais uma vez, o empresário portu-guês radicado há 35 anos na regiãoparisiense, Jean Pina, vai organizaruma Ceia de Natal solidária para osmais carenciados, sobretudo crian-ças, jovens e idosos das instituiçõesde solidariedade da Guarda e deMangualde.Em 2014, Jean Pina organizou, tam-bém na Guarda, um Jantar de Natalpara 400 pessoas, no qual partici-pou aliás o Secretário de Estadodas Comunidades Portuguesas,José Luís Carneiro. E desde entãotem oferecido cabazes de Natal,tem apoiado crianças instituciona-lizadas, tem ajudado a melhor avida dos prisioneiros e desta vez,quer organizar mais uma Ceia deNatal com mais de mil participan-tes.Por todo o seu percurso profissio-

nal e social e em especial pelaatenção que tem com a Guarda, viureconhecida a sua dedicação, emnovembro de 2015, com a atribuiçãoda Medalha de Mérito Municipal doMunicípio da Guarda. Tem tambémum busto na Casa do Benfica daGuarda, pelo apoio que tambémtem dado àquela instituição.No jantar que quer organizar no dia20 de dezembro - data importantepara o empresário por ser dia doseu aniversário, mas também porser o aniversário da morte do seupróprio pai - quer juntar 1071 pes-soas, entre idosos, crianças institu-cionalizadas, cidadãos portadoresde deficiência dos 14 Concelhos doDistrito da Guarda e o Município deMangualde, num único espaço naGuarda “para lhes oferecer afetos,partilha e alegria naquela que seráa maior Ceia de Natal solidária daRegião da Guarda e quem sabe de

Portugal” disse ao LusoJornal. “Todaa gente estará sentada à mesa etodos estarão misturados, para quepessoas de várias idades, de váriasfreguesias, em várias situações,possam falar, possam passar umaceia especial de partilha” diz JeanPina.Para além da Ceia e da música,serão entregues cabazes de Natalonde as iguarias próprias da épocanão poderão faltar na mesa dosque mais necessitam. “Quero entre-gar cerca de 300 cabazes de Natal”.Esta campanha de angariação de“sorrisos” foi iniciada em França,mas Jean Pina lançou um apelopara que mais pessoas apoiem, seassociem a esta iniciativa. “Quantosmais formos, melhor. Nas ediçõesanteriores as pessoas têm partici-pado, por isso sei que este anotambém vão participar. Todas asajudas serão bem vindas”.

Por Carlos Pereira

Empresário quer juntar mais de 1.000 pessoas à mesa

José Malhoa, Rui Bandeira e PapaLondon foi o naipe de artistas es-colhidos para a 6ª edição do evento“Alegres en Fête” organizado pelaassociação Alegres do Norte deIvry-sur-Seine. O evento teve lugarno Parc des Cormailles e tambémparticiparam os Bombos Alegres dePavillons-sous-Bois e os grupos fol-clóricos Lembranças de Águeda deCachan, Unidos de Sartrouville, Ter-ras do Minho de Kremlin Bicetre,Saudades de Portugal de Ste Gene-viève-des-Bois e Cravos Douradosde Pavillons-sous-Bois.Foram precisamente os ranchos fol-clóricos que começaram a festa. De-

pois cantou Rui Bandeira, Papa Lon-don e, para finalizar, José Malhoa.

“Esta associação fez uma excelenteescolha de artistas” disse Rui Ban-

deira ao LusoJornal. “Eu com uma ge-ração depois da do Zé Malhoa, eucom música romântico-popular, o Zécom uma carreira já invejável e de-pois o Papa London, um artista, diga-mos mais francês, que veio animarcom os seus regatton. E a prova quefoi uma boa escolha, é a moldura hu-mana que se juntou aqui nesta festa”.O público aderiu efetivamente à festae encheu o recinto. “Está a ser sensa-cional. O público de França já me ha-bituou a estes ambientes bons, ésempre agradável”.E quando José Malhoa subiu aopalco, o público lá estava, na linha dafrente, para aplaudir. “É muito agra-dável termos público que gosta denós”. Com quase 50 anos de carreira,

José Malhoa provou que tem aindamuitos fãs na região parisiense.A tarde estava bonita, com um solfantástico, que convidava a sair decasa. “Quando é assim, vale a penasair de Portugal” dizia Rui Bandeiraquando desceu do palco.O público cantou com os artistas.“Este é o salário do artista. É muitobom saber que as pessoas gostamde nos ouvir, vêm aos concertos,mas sobretudo fazem das nossasmúsicas as músicas delas e acom-panham-nos a cantar” confiden-ciou Rui Bandeira ao LusoJornal. “Ébom saber que as minhas cançõeschegam à mente das pessoas e de-pois elas cantam. É muito bomsaber isso”.

Por Lia Gomes

A cantora Maria Lisboa foi a cabeçade cartaz da Festa das Sardinhasque teve lugar no fim de semanapassado em Deuil-la-Barre (95), or-ganizada no centro da cidade pelaassociação Cordas e Tradição.No sábado a festa começou no fimda tarde com rusgas e cantares aodesafio, o baile foi animado peloagrupamento musical Kapa Negra edepois subiu então ao palco MariaLisboa, um pouco mais tarde do quea hora prevista.No domingo, depois da missa, àtarde houve desfile de grupos defolclore, animação pelo grupo musi-cal Cordas Soltas e a festa acaboucom a atuação da cantora Anna Tor-res.Mesmo se não teve tempo paraprestar declarações ao LusoJornal, o

Presidente Casimiro Margarido bempodia estar contente porque o re-cinto estava cheio de gente, não sópara dançar, mas também paracomer e beber.O momento de emoção foi mesmoa atuação de Maria Lisboa. Com pa-lavras que tocam no coração dequem as ouve, Maria Lisboa soubefalar com quem estava em Deuil-la-Barre no sábado à noite. “Foi a pri-meira vez que vim cantar a Deuil,mas sempre que vou cantar a algumlado é sempre como se fosse a pri-meira vez” disse Maria Lisboa ao Lu-soJornal. “Estava muita gente, aspessoas aqui são maravilhosas, sãode uma ternura, de um carinho ex-cecionais. Eu também sou assim,sou anti-vedeta, sou uma pessoasimples, que gosta de cantar, aliássó sou artista quando subo para opalco, senão sou uma pessoa como

qualquer outra”.Depois do espetáculo, Maria Lisboafoi literalmente bombardeada deafetos. “É tão bom receber esteafeto, este amor, porque isto é amor.

Quando uma pessoa se agarra amim, chora e me dá beijos, isso émesmo amor, havia de ser assimsempre, devíamos sem sempreassim uns para os outros”.

“Eu sei que há sempre pessoas queestão à minha frente, nos concertos,mas que estão em sofrimento, ouporque perderam uma mãe, ou por-que estão em luta contra o cancro,eu também passei por essas fasestodas, lutei contra o cancro há 7anos, mas o sofrimento de perderum filho… foi uma verdadeira tragé-dia na minha vida, mas temos decontinuar, temos de ter força e cora-gem” confessa Maria Lisboa ao Lu-soJornal. “Sou mãe e tenho umsofrimento às costas que ninguémpode imaginar, porque eu sou umamulher que vive sozinha, sem estru-tura familiar, a minha família sãovocês”. Quando cantou a cançãopara o filho, houve no público quemnão resistisse a deitar uma lágrima.De chinelos, no meio do público,Maria Lisboa deixou certamenteboas recordações em Deuil-la-Barre.

Por Lia Gomes

Jean Pina vai organizar mais uma Ceia de Natalpara carenciados da Guarda e de Mangualde

José Malhoa, Rui Bandeira e Papa London nafesta dos Alegres do Norte de Ivry

Concerto de emoção de Maria Lisboa em Deuil-la-Barre

LJ / Lia Gomes

LJ / Lia Gomes

10 juillet 2019

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LUSOJORNAL DESPORTO 13

Tiago Monteirovenceu na terceira corridado WTCR emVila Real, Yvan Muller no 2° lugar

Tiago Monteiro (Honda), patro-cinado pelo Banque BCP, venceua terceira corrida da prova por-tuguesa da Taça do Mundo deCarros de Turismo, que se dis-putou em Vila Real, quase doisanos depois de um grave aci-dente sofrido em Barcelona. Denotar que o Francês Yvan Muller(Lynk & Co) terminou no se-gundo lugar.O piloto português Tiago Monteiro,que saiu do segundo lugar da gre-lha para esta terceira corrida dofim de semana, chegou à liderançaà terceira volta, mantendo o co-mando até final.O Português terminou com 2,295segundos de vantagem sobre oFrancês Yvan Muller (Lynk & Co),segundo classificado.Esta foi a 12ª vitória da carreirade Tiago Monteiro nos Turismos,quarta em Portugal, primeiradesde a passagem para os TCR.“Foi uma grande batalha, umlongo caminho para chegar atéaqui”, disse o Português, viarádio, ainda dentro do carro.

Corentin Martins, agora Treinador daSeleção da Mauritânia, nasceu emBrest a 11 de julho de 1969. O luso-descendente começou por praticarfutebol tendo passado por váriosclubes como o Brest, o Auxerre como qual foi Campeão de França em1996, o Strasbourg, o Bordeaux ouainda o Deportivo de La Coruña emEspanha. No que diz respeito às Se-leções, enquanto jogador optou porrepresentar a França com a qualparticipou no Euro 1996 onde osFranceses foram eliminados nasmeias-finais pela República Checa.Após a carreira de futebolista e deinternacional francês, com 14 jogosrealizados, Corentin Martins decidiuoptar pela carreira de Treinador. NoBrest começou por ser Diretor téc-nico, mas depois teve de assumir aequipa em três ocasiões. O lusodes-cendente acabou por deixar o Brestem 2013, e eis que surgiu a oportu-nidade de treinar a Seleção da Mau-ritânia, desafio que aceitou em 2014.Corentin Martins marcou a históriado país ao qualificar a Mauritâniapela primeira vez para a fase final doCAN - Campeonato Africano das Na-ções - que decorre até 19 de julho noEgipto.Na fase de grupos, a Mauritânia per-deu por 4-1 frente ao Mali, empatousem golos frente a Angola, e tam-bém empatou sem golos frente à Tu-nísia. Com apenas dois pontos aMauritânia terminou no último lugarcom 2 pontos.Na hora da despedida, CorentinMartins falou com o LusoJornal.

Com um triunfo a Mauritânia teriaalcançado os oitavos de final… Como empate sem golos frente aos Tu-nisinos, o sonho acabou…Fica-se com um sabor um pouco es-pecial, um pouco amargo, mas éassim o futebol. O futebol é: quandotemos ocasiões, temos de marcargolos, e não conseguimos, sobre-

tudo na primeira parte onde tive-mos várias oportunidades. Queroagradecer os jogadores que fizeramum grande jogo. Fizeram grandesjogos sobretudo o segundo e o ter-ceiro, respetivamente frente a An-gola (0-0) e frente à Tunísia (0-0).Agora vamos recuperar e pensar nofuturo. Espero que a Mauritânia es-teja presente regularmente no CAN.

O que faltou à sua equipa?Faltou um pouco de calma no últimopasse, nos remates à baliza. Os meusjogadores não jogam em grandesclubes, não jogam em grandes Cam-peonatos, e não é fácil chegar ao CANe pedir aos meus jogadores que ven-çam a Tunísia que participou no úl-timo Mundial de 2018, sobretudoque para nós era a primeira partici-pação no CAN.

No entanto sai com boas ilações doTorneio?Há muitas coisas boas para o futurosobretudo com as exibições frente aAngola e à Tunísia. Os jogadores fi-zeram dois grandes jogos e mere-ciam melhor, mas o futebol é assim.Há que saber bem defender, comofizemos durante o 2° e o 3° jogo, e

marcar os golos nas oportunidadesque tivemos, mas não conseguimos.

Como avalia esta experiência?Eu queria ultrapassar a fase de gru-pos, mas não conseguimos. Temosde aprender rápido no futebol parapoder derrotar as nações contra asquais jogámos.

Com que sentimento pessoal sai daprova?Foi uma grande alegria estar pre-sente no CAN porque foi a primeiravez que a Mauritânia se apurou paraa fase final da prova. Admito quenão pensei chegar ao CAN quandocheguei ao comando técnico destaSeleção, mas conseguimos.

Qual é a força da Mauritânia?A força é o grupo porque não temosjogadores que são capazes de fazera diferença e vencer um jogo quasesozinhos. É uma equipa unida.

Pensou em algum momento quepoderia ser Treinador depois da suacarreira como futebolista?Antes, o que queria era jogar ao fu-tebol, quando era futebolista, de-pois não tinha a certeza de ser

Treinador, mas o certo é que aminha paixão é o futebol. Quandoera Diretor técnico do Brest acabeipor assumir algumas vezes o co-mando técnico da equipa, e depoissurgiu esta oportunidade com aMauritânia. É uma alegria estar aqui.

Não participou a um Mundial en-quanto jogador, mas já participou noCAN enquanto Treinador, compensapor não ter estado em outras provasinternacionais?Compensa sim. Quando és jogadore és treinador, é muito diferente.Quando és jogador, apenas pensasem jogar e em treinar, só pensas emti, quando és treinador tens de pen-sar em tudo e em todos.

A língua portuguesa tem sido útil emÁfrica?Sempre falei português em casacom os meus pais, e até tem aju-dado quando vou a países lusófo-nos. Durante a fase de apuramentofomos a Angola e eu traduzi tudo epara todos (risos). É útil nas deslo-cações para países lusófonos: An-gola, Moçambique, Guiné-Bissau,Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Alíngua portuguesa é importante.

Por Marco Martins

Corentin Martins, treinador franco-português da Mauritânia

10 juillet 2019

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LJ / Marco Martins

Lusa / Pedro Sarmento Costa

Único Treinador lusodescendente foi eliminado no CAN

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LUSOJORNAL14 DESPORTO 10 juillet 2019

Football: Damien da Silvaa prolongé àRennesjusqu’en 2021

Homme fort de la saison 2018-2019, le défenseur franco-portu-gais Damien da Silva a prolongéson contrat avec le Stade Rennaisjusqu’en 2021. Toujours aussi dé-terminé, le natif de Talence se dittrès épanoui avant d’entamer unenouvelle saison en Bretagne.La réaction du Président, OlivierLétang: «Arrivé il y a un an auStade Rennais F.C., Damien a suprendre sa place au sein de notreclub, en tant que joueur mais aussien tant qu’homme. Les qualitésdont il a fait preuve correspondentaux valeurs que nous prônons. Jesuis donc très heureux d’annoncerla prolongation de Damien avec leStade Rennais jusqu’en 2021».Damien da Silva, lusodescendantde 30 ans, était satisfait de signercette prolongation: «Ça récom-pense la saison dernière et ça mebooste pour celle à venir. Je suistrès heureux de rester ici. Commeje l’ai toujours dit, je suis très biendans ce club et je suis très contentde prolonger l’aventure ici. Pourl’instant, tout se passe bien pourmoi et je tiens à remercier le clubet le Président pour leur confiance.Le meilleur moyen de le faire estde le montrer sur le terrain. Je re-prends avec beaucoup de bonnehumeur et beaucoup d’envie. Leclub est en train de grandir, jegrandis avec lui. Je suis vraimentcontent de participer à laconstruction du club, d’autant plusque nous sommes rentrés un peuplus dans l’histoire du Stade Ren-nais la saison dernière. Je suis fieret heureux d’y avoir contribué. Ilfaut continuer à aller de l’avant etfaire en sorte que le club gran-disse. Je compte bien apporter,une nouvelle fois, ma pierre àl’édifice. Je suis très très bien àRennes. Que ce soit dans la vie oudans le football je me sens vrai-ment bien ici. Il n’y avait aucuneraison de ne pas prolonger».

Hoquistafrancês Carlo DiBenedetto assinou com oFC PortoO hoquista francês Carlo Di Bene-detto, de 23 anos, assinou contratopor quatro épocas com o FC Porto,Campeão nacional em título.“Carlo Di Benedetto assinoucontrato com o FC Porto por qua-tro temporadas, até 30 de junhode 2023. O avançado francês, de 23anos, chega do Liceo da Corunha evai reforçar a equipa de hóquei empatins, orientada por Guillem Ca-bestany”, referiu o FC Porto em co-municado.

Créteil/Lusitanos iniciou época no National

O Créteil/Lusitanos versão 2019/2020foi apresentado na Sala Vasco daGama em Créteil. Quatro reforçosforam anunciados e estavam presen-tes: o médio defensivo Mathias Llam-brich, o avançado Karim Bouhmidi, oavançado Ryad Habbas, e o guarda-redes Over Mandanda.Após terem sido Campeões de Na-tional 2, os Cristoliens vão agora in-tegrar o Campeonato National, massempre com ambição, como referiuo Presidente do clube, ArmandoLopes, e sempre com os pés bemassentes no chão, como afirmouCarlos Secretário, Treinador portu-guês da equipa.

Armando Lopes:“Terminar nostrês primeiros lugares”Como podemos antever esta tem-porada?Para esta temporada foi impor-tante guardar a maioria dos joga-dores, 80%, e o staff técnicocompleto, fomos buscar um pre-parador físico. Vamos trabalharpara estarmos nos três primeiroslugares no Campeonato. Há trêspossibilidades para subir, vamoster essas três possibilidades comoos nossos concorrentes. Esperoque a equipa possa atingir esseobjetivo. É um objetivo geral daAdministração. É um objetivo queo Maire de Créteil, Laurent Cat-hala, gostaria imenso também deatingir e de ver o Créteil/Lusitanosnovamente na segunda divisão,como aconteceu durante muitosanos. Queremos estar nesses três

primeiros lugares.

Sente que é possível?Temos uma equipa para estar nostrês primeiros lugares. Estou con-vencido. Ainda vamos talvez refor-çar com um ou dois jogadores. Masacho que é o conjunto, o coletivoque pode fazer a diferença. Temosde aproveitar também o dina-mismo que vem do ano passado.Estou convencido, mas o futebol éassim, a bola é redonda e todos osadversários pensam como nós.Vamos trabalhar e é pelo trabalhoque conseguimos vencer. Isso éigual no futebol como nas empre-sas.

Dirige 13 empresas, como se dirigeum clube?É a 14ª empresa. Um clube de fute-bol dirige-se como uma empresa, éo que eu faço.

Chegaram reforços à equipa, comose têm integrado?Os jovens que chegaram estão im-pressionados com as condições detrabalho que têm aqui. Tudo temsido positivo. Espero que tudo es-teja bem preparado para o arran-que do Campeonato em agosto.

No ano passado foi Campeão, masfoi um Campeonato complicado?Foi de facto um ano muito difícil,sobretudo porque havia apenasum clube que podia subir e foi onosso caso. Apenas um subiu,fomos nós, e apenas houve umCampeão de França [ndr: National2] e também fomos nós, nos quatrogrupos que compõem o National 2.Marcamos mais pontos, mais golose somos Campeões de França. Essarecompensa vamos recebê-la noestádio Duvauchelle. Quero agra-decer todos aqueles que nos têmajudado: patrocinadores, público,jogadores, staff técnico, e o Conse-lho de Administração.

O que pode prometer para esteano?Posso prometer que farei tudo coma minha Direção para que tudofuncione em torno da equipa e re-gressar à segunda divisão.

Carlos Secretário: “Vamos trabalhare tentar dar alegrias aosadeptos”Quais são as expetativas para estanova época?Vamos continuar a fazer o nossotrabalho. Sabemos que vai ser umaépoca diferente, muito difícil,muito desgastante, com grandesequipas num Campeonato maisexigente. Felizmente para nós con-seguimos manter a maior parte dogrupo do ano passado com algu-mas entradas. Alguns jovens quepoderão dar-nos alguma quali-dade. O nosso foco é jogo-a-jogo.Iremos lutar com todas as nossasforças para jogo após jogo, tentardignificar ao máximo a camisoladeste clube.

Há mística no Créteil/Lusitanos?Mística? Acho que no ano passadoconseguimos formar um grandegrupo, uma grande família. Temosas nossas regras e os jogadoressabem que as têm de cumprir, enós também perante o clube. Tra-balhamos todos juntos e isso é im-portante. Este ano será igual. Onosso objetivo é jogo a jogo, lutar.O discurso do Presidente é um dis-curso ambicioso, mas ao mesmotempo temos que ter os pés bemassentes no chão, porque sabemosque é uma época extremamente

difícil. Acabamos de subir, nãotemos medo de assumir objetivos,mas é jogo a jogo, trabalhar ao má-ximo, e mais para a frente, logo severá o que é possível. É uma épocabastante difícil, um Campeonatobastante difícil.

O que podemos dizer sobre oclube?O Créteil/Lusitanos é um grandeclube até pelas condições de tra-balho que oferece, não só à equipatécnica como também aos jogado-res. É um clube apetecível paraqualquer jogador e qualquer Trei-nador. Vamos lutar com todas asnossas forças para dignificar esteclube.

Este campeonato National é dife-rente?É uma divisão diferente com ape-nas um grupo, com muitas deslo-cações, com jogadores maisexperientes, com um futebol muitomais organizado. Vai ser umaépoca muito dura para nós.

O Créteil/Lusitanos pode chegaraos lugares cimeiros?Se perguntarmos a todos os Trei-nadores e a todos os Presidentes,todos terão um discurso ambi-cioso. O nosso Presidente, Ar-mando Lopes, teve um discursoambicioso, sabendo no entantoque o Campeonato é extrema-mente difícil. O que prometemos étrabalhar, dignificar esta camisola,tentar ao máximo praticar um bomfutebol, com a ajuda de todos. Éimportante entrar bem neste Cam-peonato.

Quer deixar uma mensagem paraos adeptos?Agradeço o apoio que nos deramna época passada e espero quecontinuem a apoiar-nos, porque éfundamental. Queremos dar-lhesalegrias.

Por Marco Martins, com Daniel Marques e Manuel Alexandre

Cristoliens ambiciosos na apresentação

USCL

Por Marco Martins

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LUSOJORNAL DESPORTO 15

BOA NOTÍCIA

O que devofazer?Um dia um homem (um doutor daLei) colocou a Jesus esta questão:«o que devo fazer para chegar àvida eterna?»Jesus perguntou-lhe «Que está es-crito na Lei? - e ele respondeu -Amarás o Senhor teu Deus comtodo o teu coração e com toda a tuaalma, com todas as tuas forças ecom todo o teu entendimento; e aopróximo como a ti mesmo».Jesus sabia que ele sabia: a res-posta está correta! E nós também aconhecemos… mas não basta co-nhecê-la: é preciso atuá-la, vivê-la.É preciso amar! No entanto, talcomo muitos de nós, também odoutor vacila, amedronta-se e ime-diatamente procura justificar-se:«Quem é o meu próximo?»Quantas vezes na nossa vida de fésomos “atormentados” com esta eoutras questões… «Será que medevo interessar? Será quedevo/posso/consigo fazer algumacoisa para ajudar aquela pessoa? Eo que é isso do amor ao próximo?Até onde se deve ir? É preciso exa-gerar?»Jesus responde(-nos) com a famosaparábola do “bom samaritano”: umhomem foi atacado por salteado-res e deixado caído na berma daestrada. Ninguém o ajuda, excetoum estrangeiro, um samaritano(um “infiel”, segundo a teologia ju-daica daquele tempo). Jesus con-clui a parábola dizendo ao doutorda Lei que o interrogara: «Vai e fazo mesmo».A conclusão é óbvia: para alcançara vida eterna é preciso amar aDeus e amar o próximo. O “pró-ximo” é qualquer um que neces-sita de nós, qualquer irmão caídonos caminhos da vida que neces-sita, para se levantar, da nossaajuda e do nosso amor. E se há umlimite (e infelizmente há) é aquele“muro” com o qual Deus Pai porvezes também se depara: não po-demos ajudar quem não quer serajudado. Mas podemos amar. Po-demos amar sempre.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Paroisse de St. Antoine des Quinze-Vingts de Paris57 rue de Traversière75012 ParisDomingo às 9h15

Quinze anos depois de ter sidoquinto classificado na geral final doTour, o agora ‘team manager’ da Ka-tusha Alpecin recorda com “orgulho”o seu resultado, admitindo, contudo,que “gostava que alguém conse-guisse igualar ou fazer melhor”.“Não sou aquele indivíduo que dizque o gostava de manter como sefosse um recorde. Não, porque ofacto de alguém conseguir fazer me-lhor não vai mudar o meu resultado.Não é nada comigo. Foi algo que fizde que me orgulho pessoalmente,mas que é uma coisa minha. Para ociclismo, e para o desporto portu-guês, se alguém conseguisse igualarou superar, eu ficava satisfeito”, ga-rantiu em entrevista à Lusa, em Bru-xelas.Houve uma altura em que José Aze-vedo acreditava que o Campeãomundial de fundo de 2013, Rui Costa(UAE-Emirates), poderia vir a alcan-çar “um resultado nos primeiros”numa grande Volta, “fosse o Tour, oGiro ou a Vuelta”. “Acho que o Ruiainda tentou uns anos, não conse-guiu, depois centrou-se mais emetapas ou corridas de uma semana,corridas de um dia, que são real-mente a sua especialidade. Dos cor-redores que há atualmente nopelotão, muito sinceramente, nãoexiste nenhum com as característi-cas de uma corrida de três semanas.Há corredores jovens que parecemter potencial, mas, lá está, são jo-vens, há muito a demonstrar, há umcaminho longo a percorrer para sechegar aí”, analisou.O antigo ciclista, de 45 anos, escu-sou-se a nomear quem são esses

“jovens de grande qualidade” deque fala, por ser “difícil estar aapontar nomes”, e por não quererestar a criar “uma pressão enormesobre ele”, mas apontou o caminhopara que o talento destes venha aser bem trabalhado. “Logicamente,se o ciclismo em Portugal evoluir, seo nível competitivo melhorar, se aqualidade das provas e do pelotãofor superior, isso é que traz a evolu-ção. Competir a um nível mais baixonão traz evolução. Digo sempre quese quisermos evoluir temos de com-petir com os melhores. Mesmo queinicialmente sejamos dos últimos,isso é que nos vai fazer melhorar, atéporque isso obriga a que o trabalhoque é feito durante a semana tenhaum grande de exigência superior,porque nós treinamos para a com-petição. Quando sabemos que ograu de exigência é aquele, não pre-

cisamos de fazer mais”, concedeu.Diretor desportivo há quase umadécada - começou em 2010 na Ra-dioShack -, Azevedo considera que,a nível interno, o ciclismo português“recuperou uma dimensão quetinha anteriormente”, mas falta-lheo contacto internacional.“Faltam provas em Portugal onde asequipas World Tour estejam presen-tes. Só temos a Volta ao Algarve. Pre-cisamos de mais provas ao longo doano ou então que as equipas saiame tenham um calendário internacio-nal com mais dias”, reforçou.Pela sua parte, o ‘manager’ da Ka-tusha Alpecin tem dado uma ajuda,ao funcionar como ‘olheiro’ das di-ferentes equipas por onde passouno pelotão nacional, sendo parcial-mente responsável pela contrataçãode nomes como Tiago Machado,Nelson Oliveira, José Gonçalves ou

Ruben Guerreiro. “Desde que come-cei como Diretor, em 2010, as pes-soas responsáveis pelas equipassempre me deram liberdade parapoder dar os meus conselhos. Nãoera escolher, mas dar os meus con-selhos sobre quem eram os corre-dores em Portugal que tinhampotencial. Isso permitiu que algunscomeçassem a ter oportunidades.Agora, como manager, tenho a pos-sibilidade de poder contratar. Logi-camente não posso trazer 10portugueses, não é possível”, assu-miu.Em declarações à Lusa, Azevedocongratulou-se por ter conseguido,com a sua valorização dos talentosnacionais, que outras equipas este-jam atentas ao ciclismo português. “A mim satisfaz-me ver quantos cor-redores já existem no World Tour.Lembro-me quando corria e, porexemplo, estava à partida de umaVolta a França e via as nacionalida-des dos participantes e Portugaltinha um. Isso deixava-me triste, nãome deixava orgulhoso. Agora ver queexistem mais deixa-me contente”,confessou.E, neste Tour, Azevedo tem motivospara o estar já que, além do ‘seu’José Gonçalves, a 106.ª edição, queparte no sábado de Bruxelas e ter-mina em 28 de julho em Paris, con-tará ainda com a presença de RuiCosta e Nelson Oliveira (Movistar).José Azevedo foi quinto classificadona edição 2004 do Tour, como com-panheiro de equipa, na US Postal, donorte-americano Lance Armstrong,que viu a vitória ser-lhe retiradaposteriormente devido a doping.

Tour de France

Um pouco de história:Bulhão Pato foi um poeta. Gostava daboa vida - caçava muito, bebia bem,comia melhor. Tanto lhe agradava oprazer da gastronomia portuguesaque acabou por ficar mais conhecidopelos pratos que ajudou a inventardo que pelos versos com que se apli-cava a escrever. No entanto, as Amêi-joas à Bulhão Pato não foram umacriação sua.O livro “Dicionário Prático da Cozi-nha Portuguesa” refere que a ori-gem do prato é lisboeta, maisconcretamente do antigo Restau-rante Estrela de Ouro, situado naGraça. Um outro, mais antigo, denome “A Cultura Gastronómica emPortugal” remete o nascimento detal prato para o mesmo sítio.Sabemos que Bulhão Pato foi respon-sável pela confeção de alguns ativosda gastronomia lusitana ainda hojecozinhados, como é o caso da Lebre àBulhão Pato. E sabemos também queBulhão Pato gostava de dedicar a suaprosa (e por vezes a poesia) aos pe-quenos prazeres da vida, e que não serogava a bem dizer de alguma coisaque lhe tinha confortado o estômago.

É possível, portanto, que o cozinheirodo Restaurante Estrela de Ouro qui-sesse recompensar certas boas pala-vras proferidas por Bulhão Pato ao seutrabalho.Certo é que as amêijoas apanhadas noTejo, por aquela altura (isto é, no sé-culo XIX), eram já coisa apetecida, e ainovação aqui veio apenas da mu-dança de fórmula no seu acabamento.

Ingredientes:1 kg amêijoa3 dentes alho

azeite1 ramo coentros3 colheres sopa de vinho branco1 limãosalpimenta

Preparação:O primeiro passo é limpar a areiados bivalves. Processo fácil maslongo: terão de se colocar em águatemperada com sal durante umbom par de horas, ou até mais sehouver tempo disponível para isso,

e lavá-las de seguida.Depois, tudo fica simples: coloca-sealho cortado ou esmagado junta-mente com azeite num tacho, a se-guir juntam-se coentros picados,um pouco de vinho branco, equando o ferro ferver, colocam-seas amêijoas. Mexemos com umacolher de pau e tapamos o tacho,deixando as amêijoas a ganharcondimento em lume médio oualto. É aqui que elas vão perder opudor e começar a abrir.Por fim, a etapa final. Colocam-seas amêijoas numa travessa.

Atenção: Colocam-se as amêijoasnuma travessa - apenas as amêi-joas - e o molho ficará a apurar pormais um ou dois minutos. Serviráesse para regar os bivalves que re-tirámos há pouco, dando-lhe ogosto do Bulhão Pato. Corta-se osabor com um pouco de sumo delimão.Nota: Nunca, jamais, esquecer opão, que vai varrendo o prato aténada sobrar que não conchas.Vinho: Vinho Branco ou Cerveja es-tupidamente gelada.

Na cozinha do VitorAmêijoas à Bulhão Pato

5° lugar: José Azevedo continua commelhor resultado “português”

LJ / Marco Martins (arquivo)

10 juillet 2019

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