Incendio Nova Versao

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SUMARIO1 - INTRODUO ................................................................................................................................. 3 2 - Novas Tecnologias Contra Incndio Nas Edificaes ....................................................................... 4 2.1 - Definies De Fogo ................................................................................................................... 4 2.2 - Definies De Incndio............................................................................................................... 4 3 - Prevenes Contra Incndio (Pci) E Segurana Contra Incndio (Sci) ............................................. 4 4 - Danos causados na estrutura de uma edificam por um incndio ....................................................... 6 4. 1 - O Concreto ................................................................................................................................. 6 4.2 - O ao para concreto armado ....................................................................................................... 6 4.2.1 - Classe A ............................................................................................................................... 6 4.2.2 - Classe B ............................................................................................................................... 6 4.3 - O Ao (Estrutural)....................................................................................................................... 7 4.4 - A Madeira ................................................................................................................................... 7 4.5 - Materiais de acabamento............................................................................................................. 8 5 - A temperatura e o tempo ................................................................................................................... 9 6 - Prevenes De Incndio Nas Edificaes .......................................................................................... 9 6.1 - Porta Corta Fogo ......................................................................................................................... 9 6.1.1 - PORTA CORTA-FOGO ( PCF ) ......................................................................................... 9 6.2 - Ante cmera .............................................................................................................................. 10 6.3 Escada Enclausurada ................................................................................................................... 11 6.4 - Dutos De Ventilao ................................................................................................................. 11 7 Solues Construtivas Contra Incndio .......................................................................................... 11 7.1 - Placas De Gesso Acartonado .................................................................................................... 12 7.2 - Concreto Celular ....................................................................................................................... 12 7.3 - Bloco De Sical .......................................................................................................................... 12 7.4 - Vermiculita ............................................................................................................................... 13 7.4.1 - Caractersticas: ................................................................................................................... 13 7.5 - Protees De Estruturas Metlicas (Ao) ................................................................................. 13 7.5.1 - Argamassa Fibrosa Projetada ............................................................................................. 13 7.5.2 - Argamassa Pastosa Projetada ............................................................................................. 14 7.5.3 - Pintura Intumescente ......................................................................................................... 14 7.5.4 - Paineis De Silicato De Calcio ............................................................................................ 14 8 - CONCLUSO ................................................................................................................................. 15 1

9 - REFERENCIAS............................................................................................................................... 16 10 - Anexos ........................................................................................................................................... 17

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1 - INTRODUO As incidncias, mais freqentes, de incndios tanto pequenos como grandes so nas edificaes No Brasil aps desastres ocorridos nos anos 70 como os incndios do edifcio Andraus e Joelma que vitimou varias pessoas, vem ao longo desses anos implantando leis e normas que zelam pela preveno segurana e controle de incndio nas edificaes. Criou-se um novo modelo de construo ,onde a preveno e a segurana contra um incndio fundamental. Novas tecnologias esto sendo aplicadas na tentativa de prevenir e proteger as pessoas contra um incndio em uma edificao. O corpo de bombeiros o rgo responsvel pela fiscalizao e aprovao dos projetos. Neste trabalho ser abordado a definio de fogo e incndio, o que o incndio em grandes propores em uma edificao pode causar de danos na estrutura e toda parte componente da edificao e novas tecnologias para a preveno e segurana contra incndio.

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2 - Novas Tecnologias Contra Incndio Nas Edificaes

2.1 - Definies De Fogo Fogo um processo qumico de transformao. Podemos tambm definilo como o resultado de uma reao qumica que desprende luz e calor devido combusto de materiais diversos. O fogo pode ser definido como produto da combusto de material slido, lquido, gasoso, com liberao de luz e calor. O oxignio o comburente e o material que queima o combustvel (pode ser slido, lquido, em forma de vapor ou ainda na forma gasosa). O Calor - a quantidade de energia, unidade de medida [J], [cal] A Temperatura - o nvel de energia, unidade de medida dada em graus [C], [F], [K] NBR NBR 13860: fogo o processo de combusto caracterizado pela emisso de calor e luz. 2.2 - Definies De Incndio Um Incndio uma ocorrncia de fogo no controlado, que pode ser extremamente perigosa para os seres vivos e as estruturas. A exposio a um incndio pode produzir a morte, geralmente pela inalao dos gases, ou pelo desmaio causado por eles, ou posteriormente pelas queimaduras graves. NBR 13860: O incndio o fogo fora de controle.

3 - Prevenes Contra Incndio (Pci) E Segurana Contra Incndio (Sci) As incidncias, mais freqentes, de incndios tanto pequenos como grandes so nas edificaes. Alguns exemplos de incio de ignio so: vazamento de gs de bujes com exploses, curto-circuito em instalaes eltricas por excesso de carga, manuseio de explosivos e outros produtos perigosos em locais no adequados, esquecimento de ferro de passar roupa, foges e eletrodomsticos ligados, etc. Toda tragdia de incndio comea pequena. As causas originrias de incndios so produzidas com maior freqncia nos seguintes locais: lavanderia, armazenagem em geral, centrais de lixo e incinerao, central de esterilizao, arquivos, cozinha, laboratrio e oficinas.4

Alm destes, as enfermarias, ambulatrios e todas as salas de espera merecem ateno especial em funo da eventual permisso de fumar nestes locais; segundo dados obtidos do servio de sade da ANVISA 70 % das mortes em incndios so produzidos por intoxicao e asfixia. Somente 30 % por queimaduras, quedas e outras causas, Os maiores de 65 anos e as crianas, com idade inferior a 5 anos, so vtimas mais freqentes dos incndios. As percentagens do total de vtimas so respectivamente 40 % e 20 %. As condies crticas durante um incndio em uma edificao ocorrem quando a temperatura excede a 75C, e/ou o nvel de oxignio cai abaixo de 10%, e/ou as concentraes de monxido de carbono ultrapassam 5.000 ppm. 5 Tais situaes adversas induzem a sentimentos de insegurana, que podem vir a gerar o pnico e descontrole e levar pessoas a saltar pelas janelas. No Brasil aps desastres ocorridos nos anos 70 como os incndios do edifcio Andraus e Joelma tornou-se obrigatrio a utilizao de PCF( porta corta fogo) em edifcios com mais de quatro andares. Aps estes acidentes criou-se um novo modelo de construo onde a escada enclausurada, e protegida por duas PCF e uma antecmara, com este novo modelo consegue-se com a primeira porta impedir diretamente o avano do fogo, a antecmara faz o papel de dissipadora de gases e a segunda porta protege a escada. O Corpo de Bombeiros o rgo responsvel pelo controle e aprovao de todos os projetos de edificaes e construes, este segmento ganhou grande importncia e credibilidade nos ltimos 30 anos, nenhuma porta corta fogo pode ser trancada em sentido de fuga mesmo as que possurem fechaduras especiais. Os ltimos eventos trgicos em edifcios altos (atentado terrorista no complexo do World Trade Center (WTC) de Nova York em 11/09/2001) levaram os arquitetos, bombeiros e os especialistas em segurana contra incndio a repensarem a questo da segurana dos edifcios elevados. J se estuda o uso de elevadores para diminuir o tempo de evacuao do edifcio no momento de um incndio Os objetivos fundamentais da segurana contra incndio so: minimizar o risco vida e reduzir a perda patrimonial. para a preveno contra um incndio essencial alem das consideraes nos projetos eltricos, hidrulicos e arquitetnicos considera uma ateno muito especial ao projeto estrutural, uma vez que os materiais perderam a capacidade e resistncia em um incndio. Para entendermos melhor isso abordaremos o comportamento dos materiais estruturais em um incndio. Hoje, se reconhece que a capacidade resistente do concreto (EC2, 2004), do ao (EC3, 2003), das estruturas mistas (EC4, 2003), da madeira (EC5, 2004), da alvenaria estrutural (EC6, 2005) e do alumnio (EC9, 1998) em situao de incndio reduzida em vista da degenerao das propriedades mecnicas dos materiais ou da reduo da rea resistente. Apesar de a reduo das5

propriedades mecnicas do concreto e da madeira ser mais acentuada, em funo da temperatura, do que a do ao deve-se lembrar que a temperatura mdia atingida por um elemento isolado de ao em incndio geralmente maior do que a dos outros dois materiais. O ao e o alumnio tm resistncia e mdulo de elasticidade reduzida quando submetidos a altas temperaturas. O concreto, alm da reduo da resistncia, perde rea resistente devido ao spalling. O spalling um lascamento da superfcie do elemento de concreto submetido a um incndio, devido presso interna da gua ao evaporar-se e ao comportamento diferencial dos materiais componentes do concreto. Em concretos de alta resistncia pode ocorrer o spalling explosivo, pela maior dificuldade de percolao da gua. O spalling reduz a rea resistente do concreto e expem a armadura ao fogo. J os elementos de madeira sofrem carbonizao na superfcie exposta ao fogo, reduzindo a rea resistente e realimentando o incndio. A regio central recebe proteo proporcionada pela camada carbonizada, atingindo baixas temperaturas.

4 - Danos causados na estrutura de uma edificam por um incndio 4. 1 - O Concreto A ao de altas temperaturas sobre o concreto tem duas dimenses. O aspecto material e o aspecto estrutural so as duas ticas para qual seu comportamento deve ser observado. At cerca de 300 o C o concreto no se ressente demais da ao do incndio. Fundamentalmente ocorre a perda da gua capilar. Isto, entretanto, no ocasiona mudana significativa na estrutura do cimento hidratado. Acima dos 300 o C comeam a surgir fissuras superficiais e a perda da gua de gel tem incio. Entre 400. oC e 500oC ocorre a desidratao da gua combinada quimicamente. Tem incio, ento, a diminuio da resistncia mecnica. O mdulo de elasticidade tem um andamento semelhante e, por volta dos 500o C, a resistncia mecnica do concreto caiu metade. 4.2 - O ao para concreto armado O ao para armaduras de concreto do tipo ao-carbono, produzido em duas modalidades: 4.2.1 - Classe A - O processo de laminao se faz em altas temperaturas ampliando a deformabilidade. 4.2.2 - Classe B - O processo de laminao de baixas temperaturas confere maior resistncia ruptura, porm minimiza o alongamento.6

Quando um ao de classe B aquecido acima de 600o C sofre um processo de recristalizao e convertido na prtica, a um ao de classe A. Nesta hiptese, uma estrutura construda com ao classe B quando submetida ao de altas temperaturas deve sofrer uma anlise criteriosa de verificao. Tal procedimento observar at que temperatura o ao ter atingido e como seu comportamento foi influenciado. O ao classe A sofre continuamente uma reduo na tenso de ruptura. Por volta dos 800o C tal tenso j nula. Porm, se resfriados recuperam as caractersticas iniciais. 4.3 - O Ao (Estrutural) O ao um material incombustvel. Suas qualidades de resistncia mecnica o qualificam como excelente material de construo. Todavia tais qualidades so grandemente afetadas pela temperatura. A exposio a fontes de calor intenso o torna vulnervel. Por volta dos 550o C a resistncia mecnica de uma pea usual cai a 50 % do valor admitido no dimensionamento primrio. Temperaturas prximas aos 500o C so admitidas como critrio de runa para a maior parte dos casos. Isto embora o valor de temperatura crtica varie em funo das solicitaes atuantes na estrutura. Durante um incndio, com temperaturas prximas de 1.200o C, um componente de ao exposto desestabilizaria a estrutura antes que fosse possvel a evacuao do edifcio ou a ao dos bombeiros. A estrutura de ao no deve estar submetida diretamente ao calor de um incndio. Seu isolamento deve ser conseguido com materiais de revestimento. Isto semelhana do que ocorre no concreto armado com o recobrimento da armadura. Uma comparao interessante entre estruturas de ao e concreto armado deve relacionar graus de resistncia ao fogo. Sejam as estruturas de ao ou de concreto, o enfoque dado questo o mesmo. Ainda que as tcnicas envolvidas no coincidam, existe uma srie de disposies construtivas que favorecem a resistncia ao fogo. Um mesmo grau de resistncia ao fogo atingido por espessuras mnimas de recobrimento das armaduras ou dos perfis metlicos. Qualquer preconceito tecnolgico no encontra fundamento e os custos envolvidos viabilizam plenamente a construo em ao. 4.4 - A Madeira A madeira embora sendo um combustvel, tem uma resistncia constante em funo da temperatura. Isto no impede que ela queime com certa facilidade em presena do fogo. Sua composio de 50 % de carbono, 44 % de oxignio e 6 % de hidrognio. Um carboidrato que, nas diversas espcies, vem acompanhado de pequenas propores de outras substncias. O percentual de gua na madeira oscila entre 8 %, para a madeira seca artificialmente, at 60 %7

para a madeira recm cortada. A umidade necessria para a conservao e manuteno de propriedades. Quando a umidade aumenta, em relao s condies normais, a resistncia mecnica diminui. Por outro lado, a madeira muito seca se torna muito frgil. O grau de combustibilidade da madeira depende de vrios fatores, entre eles cabe destacar: 1 - Tipo de madeira; 2 - Relao superfcie x massa; 3 - Grau de umidade; 4 - Elevao de temperatura; 5 - Contato maior ou menor com o ar. A resistncia ao fogo tem na condutibilidade trmica e no coeficiente de dilatao dois importantes referenciais. Ambos so muito baixos na madeira o que lhe confere boas qualidades. Em relao ao ao, por exemplo, as vantagens no processo de dilatao so enormes. Quanto aos choques trmicos em extines bruscas, por sua vez, o concreto sai perdendo. Na madeira no ocorrem deformaes perigosas, nem fissuras. A preocupao usual classificar os materiais conforme sua resistncia a temperaturas da ordem de 850oC. Valor este que ocorre no centro de um incndio. A madeira, no tratada, arde espontaneamente em temperaturas da ordem de 275oC. Isto quando h suficiente oxignio. A combusto, inicialmente, superficial formando uma cortia dura e meio calcinada. Esta camada perde as caractersticas fsico-mecnicas, porm, impede a liberao de gases de fcil inflamao. Mantida a temperatura no patamar de 275oC o fogo interrompe quando a espessura da madeira calcinada atinge 10 mm. O aumento da temperatura exterior, alm dos 275oC, permite que a madeira continue a queimar e, em certos casos, alimenta o incndio. A madeira, portanto, no tem comportamento aceitvel. As peas com mais de 25 mm oferecem menores riscos se no houver grande possibilidade de correntes violentas de ar na ativao do incndio. Inmeros produtos comercializados para ignifugao, base de fsforos e silicatos, podem alterar este comportamento da madeira. A pintura superficial ou a impregnao sob presso lhe conferem condies de superar outros materiais. As timas qualidades isolantes e o comportamento nas variaes de temperaturas devem ser levados em considerao nas decises de projeto. Alm disso, o uso estrutural da madeira, assim como o concreto e o ao, pode ser feito com peas revestidas com elementos isolantes. 4.5 - Materiais de acabamento As condies aplicveis aos materiais empregados na construo se referem, basicamente, a sua reao ao fogo, o grau de combustibilidade e a emisso de gases txicos durante os processos de combusto. Os fabricantes devem indicar em seus produtos tais aspectos de comportamento ante o fogo. Os certificados de ensaio, emitidos por laboratrios idneos, devem ser exigidos8

antes da aquisio de qualquer componente especificado preliminarmente. A ignifugao, quando houver, deve ser indicada em seus detalhes de aplicao e durabilidade. Tal procedimento pode afetar interesses econmicos.

5 - A temperatura e o tempo O aumento da temperatura dos elementos estruturais, em incndio, devese ao fluxo de calor, por conveco e por radiao, provocado pela diferena de temperatura entre os gases quentes do ambiente em chamas e os componentes da estrutura. O fluxo de calor por conveco gerado pela diferena de densidade entre os gases do ambiente em chamas. Os gases quentes so menos densos e tendem a ocupar a atmosfera superior, enquanto os gases frios, de densidade maior, tendem a se movimentar para a atmosfera inferior do ambiente. Esse movimento gera o contato entre os gases quentes e as estruturas, ocorrendo transferncia de calor. A radiao o processo pelo qual o calor flui na forma de propagao de ondas, de um corpo alta temperatura para a superfcie de outro temperatura mais baixa. A superfcie aquecida do elemento estrutural gera um fluxo de calor na direo do interior do elemento, aquecendo-o. A essa ltima forma de transferncia de calor denomina-se conduo. O fluxo de calor radiante e convectivo atua tambm sobre os elementos de vedao (lajes, paredes, portas, etc.), que devem ter resistncia ao fogo suficiente para impedir a propagao do incndio, por conduo, para fora do compartimento em chamas. A compartimentaro da edificao uma medida de proteo passiva fundamental para evitar a propagao, minimizando assim as conseqncias do incndio. A rea mxima de compartimento , geralmente, estabelecida em cdigos ou normas. Resistncia ao fogo a propriedade de um elemento de construo de resistir ao do fogo por determinado perodo de tempo, mantendo sua segurana estrutural (estabilidade e integridade), estanqueidade a gases e chamas e isolamento trmico.

6 - Prevenes De Incndio Nas Edificaes 6.1 - Porta Corta Fogo6.1.1 - PORTA CORTA-FOGO ( PCF ): Dispositivo mvel que, vedando

aberturas em paredes, retarda a propagao do incndio de um ambiente para outro sob condies de ensaio. um conjunto de folha de porta, marco e acessrios, que atende NBR 11742/97.9

Porta corta-fogo (PCF) um Dispositivo construtivo com tempo mnimo de resistncia ao fogo, instalado nas aberturas da parede de compartimentao, destinadas circulao de pessoas e de equipamentos. Este equipamento aplicado nas sadas de emergncia e nas escadas de incndio oferece um caminho seguro tanto para a fuga dos civis quanto para o acesso dos bombeiros que iro combater o fogo. Definio segundo o cdigo de preveno de incndio do corpo de bombeiro do pmprAs portas corta-fogo so prprias para isolamento e proteo das rotas de fuga, retardando a propagao do fogo e da fumaa.

Existem diversos tipos de PCF e so classificadas da seguinte maneira: P-30 = Resiste 30 minutos ao fogo (utilizadas em unidades autnomas). P-60 = Resiste 60 minutos ao fogo ( Utilizada em prdios residenciais com escadas enclausuradas). P-90 = Resiste 90 Minutos ao fogo (Utilizadas em prdios comerciais com escadas enclausuradas). P-120 = Resiste 120 minutos ao fogo, (Utilizadas em ambientes com grande risco de incndio como petroqumicas etc). P-240 = Resiste 4 horas ao fogo, (Utilizadas em ambientes com grande risco de incndio). Por definio a porta corta-fogo do tipo de abrir com eixo vertical, composta de batente, ferragens e da porta em si, com a funo de impedir ou retardar a propagao do fogo e calor. Seu papel o de conter as chamas e o calor provenientes do fogo, razo pela qual ela instalada com trs dobradias. Elas podem variar de modelo (fechamento por gravidade ou por dispositivo hidrulico mola), mas nunca de quantidade. Tambm determinada por Norma o uso da fechadura de sobrepor com trinco, item gerador de interpretaes equivocadas, e no pode conter fechaduras de chave ou cadeados. 6.2 - Ante cmera Antecmara Recinto que antecede a caixa da escada, com ventilao natural garantida por janela para o exterior, por dutos de entrada e sada de ar ou por ventilao forada (pressurizao). A antecmara um compartimento de exclusivo acesso escada enclausurada. As antecmaras de acesso s escadas enclausuradas devero atender as seguintes condies:10

- Ter acesso atravs de porta do tipo estanque a fumaa e resistente ao fogo, conforme definido nas normas da ABNT. - Serem ventiladas atravs dutos ou janelas abrindo diretamente para o exterior. - Ter suas paredes resistentes ao fogo por um perodo mnimo de 02 (duas horas). 6.3 Escada Enclausurada Aquela cuja caixa envolvida por paredes resistentes ao fogo e precedida de antecmara, para a evitar a fumaa em caso de incndio. As escadas enclausuradas (E.E.), alm dos requisitos exigidos para as principais de uso coletivo, de modo geral, devero atender as seguintes caractersticas: Dispor de portas corta-fogo. - As paredes que a envolvem sero construdas com material resistente. - Ter acesso por antecmaras ventiladas, balces, varandas ou terraos. Dispor de iluminao artificial. No interior da caixa da escada ou da antecmara, no poder ser colocado nenhum tipo de equipamento ou duto, exceto os de pressurizao da escada. A escada enclausurada (E.E.) ser exigida nos empreendimentos destinados s atividades multiresidenciais ou mistas, com altura (H) superior a 35,00m. - Para os empreendimentos destinados s atividades no residenciais, a escada enclausurada (E.E.), ser exigida nos casos em que a altura (H) seja superior a 20,00m. - Quando o empreendimento tiver pavimento com rea til superior a 5.000m a escada enclausurada (E.E.) ser exigida nos casos em que a altura (H) seja superior a 6,00m. 6.4 - Dutos De Ventilao Os dutos devem atender aos seguintes requisitos: - Ter paredes resistentes ao fogo por 02 (duas) horas. - Ter dimenses mnimas de 1,20m (um metro e vinte centmetros) de largura por 0,70m (setenta centmetros) de profundidade. - Elevar-se a 1,00m (um metro) acima de qualquer cobertura.

7 Solues Construtivas Contra Incndio

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Os efeitos de um incndio sobre as estruturas de um edifcio (vigas, pilares e coberturas), so normalmente devastadores. Algumas solues para preveno desses efeitos: 7.1 - Placas De Gesso Acartonado Placas de gesso contendo fibra de vidro, e, em alguns casos, vermiculita incorporada. Assim como a argamassa "cimenticious", o gesso da placa perde molculas de gua de hidratao durante o aquecimento, mantendo baixa a temperatura do ao. Estes materiais tm, internamente, uma malha de fibra de vidro, que mantm o conjunto estruturado quando exposto s elevadas temperaturas do incndio. A placa mantida, de modo geral, visvel em estruturas, por motivos estticos. 7.2 - Concreto Celular Desenvolvido originalmente em 1924, na Sucia, o Concreto Celular Autoclavado um produto leve, formado a partir de uma reao qumica entre cal, cimento, areia e p, que, aps uma cura em vapor a alta presso e temperatura em fornos chamados autoclaves, da origem a um silicato de clcio, composto qumico estvel que o faz um produto de excelente desempenho na Construo civil. O concreto Celular Autoclavado um produto que apresenta uma resistncia ruptura por compresso que permite, tambm, a execuo de alvenaria autoportante at 4 pavimentos. Alm do bom desempenho funcional como elemento de alvenaria e laje, o Concreto Celular Autoclavado exibe propriedades que o caracterizam como um material incombustvel e isolante termo-acstico. As paredes construdas com materiais convencionais, para apresentarem ndices compatveis com as paredes SICAL executadas com 10cm de espessura, por exemplo, devero Ter espessuras bem maiores. 7.3 - Bloco De Sical O Bloco Sical leve, de alta resistncia ruptura compresso, podendo ser usado em alvenaria de vedao e autoportante, bem como lajes nervuradas e paredes contra fogo Apresenta excelentes caractersticas termo-acstico e grande resistncia ao fogo. O Concreto Celular Autoclavado um dos produtos da construo civil que apresenta melhor resistncia ao fogo. Conforme laudo do IPT- Instituto de Pesquisa Tecnolgica, uma parede de concreto celular com 15 cm de espessura resistiu por 6 horas at entrar em colapso, enquanto as paredes construdas com outros materiais no resistiram mais de 2 horas comparemos: Bloco de sical com 15 cm de espessura resiste a 6 horas ao fogo. Tijolo macio de barro (sem revestimento) com 10 cm de espessura resiste s 1h e meia.12

Tijolo macio de barro (com revestimento) com13 cm de espessura resiste h 2 horas ao fogo. 7.4 - Vermiculita A Vermiculita um mineral formado pela superposio de finssimas lamnulas, que submetida a altas temperaturas (cerca de 1000 C), sofre uma grande expanso de at quinze vezes do seu volume original, constituindo-se no produto industrializado, denominado Vermiculita Expandida, que possui mltiplas e interessantes utilizaes em vrios setores da atividade humana. Os espaos vazios originados desta expanso volumtrica so preenchidos por ar, que conferem a Vermiculita Expandida certas caracterstica como grande leveza, isolao trmica e absoro acstica. empregada no enchimento de pisos, proteo nos revestimentos de estruturas metlicas, paredes ou forros Isolao termo-acstica em divisrias ou forros, isolao termo-acstica para lajes e paredes proteo do impermeabilizante em lajes de cobertura miolos de divisrias e portas "cortafogo" cmaras a prova de som cmaras a prova de fogo e rebocos isolantes 7.4.1 - Caractersticas: Baixa Densidade - varia no intervalo de 80 at 120 Kg/m3. Baixa Condutividade Acstica - at 62 % de reduo de rudos. Baixa Condutividade Trmica - a sua condutividade trmica aproximadamente 0,048 Kcal/m2/h/oC (cerca de 30 40 % menor que o bloco de concreto celular) o que permite sua utilizao para a produo de refratrios em isolamentos trmicos. Praticamente Incombustvel - funde a 1.315 C. 7.5 - Protees De Estruturas Metlicas (Ao) 7.5.1 - Argamassa Fibrosa Projetada Argamassa Fibrosa Projetada: usado no revestimento de vigas metlicas, um sistema de proteo constitudo de l mineral reciclada e ligantes hidrulicos e inorgnicos. No possui amianto ou outros materiais nocivos. Esse material apresenta-se sob a forma de flocos de neve de cor branca cru. No apodrece e inatacvel por roedores e parasitas. Aplicada por projeo mecnica. Essa argamassa garante resistncia ao fogo do material que reveste por at 120 minutos.

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7.5.2 - Argamassa Pastosa Projetada Argamassa Pastosa Projetada: usada na proteo de estruturas metlicas, sistema de proteo composto por inertes leves de perlite e vermiculite expandidos, cargas refratrias e ligantes de cimento. isenta de amianto e outros materiais nocivos. Sua composio no permite a degradao por fungos, insetos ou roedores, quimicamente inerte e no envelhece e nem se degrada. Garante estabilidade ao fogo por at 180 minutos. 7.5.3 - Pintura Intumescente Pintura Intumescente: usada na proteo de estruturas metlicas, apresenta-se sob a forma de um filme seco de baixa espessura que no altera o aaspecto da estrutura. um revestimento que, por ao do calor, aument o volume formando uma camada de material termo-isolante que protege o ao retardando o momento de temperatura crtica ou temperatura de runa. Garante estabilidade ao fogo dos perfis que reveste por at 120 minutos. 7.5.4 - Paineis De Silicato De Calcio Painis de Silicato de Clcio: usados para proteger estruturas metlicas. So placas com formas trabalhveis, constitudas de silicato de clcio hidratado, submetidas a autoclaves e reforadas com fibras especiais que lhe conferem caractersticas de estabilidade dimensional e resistncia ao fogo. No contm amianto, nem fibras orgnicas e no so atacados por microorganismos. Mantm ntegras todas as caractersticas mesmo se forem instaladas em locais de muita umidade e/ou temperaturas extremas. Garante estabilidade ao fogo por at 180 minutos.

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8 - CONCLUSO Desde os primrdios da raa humana o homem vem buscando meios e formas para se proteger . E essa preocupao cresceu ao longo de toda a evoluo humana. Com o tema abordado neste trabalho ficou bem evidente que preocupao com a segurana e bem estar se tornou primordial se tratando de uma condio que o homem no pode dominar qdo o elemento em questo seja o fogo. Por isso so aprovado leis e normas e criado solues construtivas na tentativa de prevenir e se proteger contra um incndio.

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9 - REFERENCIAS http://www.authenticpcf.com.br/Templates/pcf_oque.html http://200.199.118.135/orse/esp/ES00106.pdf http://www.pontodoincendio.com.br/porta%20corta%20fogo%201.html http://www.arquitetando.xpg.com.br/glossario%20de%20combate%20e%20prev encao%20de%20incendio.htm http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/incendio.pdf http://www.isar.com.br/index.php?/produtos_sub/isolantes-termicos/vermiculita http://www.ceramicaforte.com.br/sical/det.htmhttp://upf.br/~zacarias/protecao.pdf

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10 - Anexos

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NORMAS NBR 12/77 - Inspeo de segurana de caldeiras estacionrias; NBR 10898 - Sistemas de iluminao de emergncia; NBR 6244/80 - Ensaio de resistncia chama para fios e cabos eltricos; NBR 9441/86 - Execuo de sistemas de deteco e alarme de incndio; NBR 8674/84 - Execuo de sistemas fixos automticos de proteo contra incndio com gua nebulizada para transformadores e reatores de potncia; NBR 10638 - Bloco autnomo de iluminao de segurana para balizamento e aclaramento; NBR 9441 - Execuo de sistemas de deteco e alarme de incndio procedimento; NBR 5627/80 - Exigncias particulares das obras de concreto armado e protendido em relao a resistncia ao fogo; NBR 5828/84 - Componentes construtivos estruturais. Determinao da resistncia ao fogo; NBR 5667/80 - Hidrante urbano de incndio; NBR 6125/80 - Chuveiros automticos para extino de incndio; NBR 9077/93 - Sadas de emergncia em edifcios; NBR 5410/90 - Instalaes eltricas de baixa tenso; NBR 7192/84 - Projeto, fabricao e instalao de elevadores; NBR 11785 - Barra antipnico - especificao; NBR 11742 - Porta corta-fogo para sadas de emergncia; 92 Condies de Segurana Contra Incndio NBR 9050 - Adequao das edificaes e mobilirio urbano pessoa deficiente - procedimento; NBR 8132 - Chamins para tiragem dos gases de combusto de aquecedores a gs - procedimento; NBR 5413 - Iluminao de interiores - procedimento; NBR 5628/80 - Componentes construtivos estruturais. Determinao de resistncia ao fogo; NBR 7532/82 - Identificadores de extintores de incndio - dimenses e cores; NBR 7500/83 - Transporte, armazenagem e manuseio de materiais; NBR 6493/80 - Emprego de cores fundamentais para tubulaes industriais; NBR 7195/82 - Norma de cor da segurana do trabalho; NBR 9198/85 - Acondicionamento e embalagens; NB 142/70 - Vistoria peridica de extintores de incndio; NB 24/65 - Instalaes hidrulicas prediais contra incndio sob comando; NB 68/79 - Emprego de dispositivos de segurana nos recipientes transportveis para gases liquefeitos de petrleo; NB 98/66 - Armazenamento e manuseio de lquidos inflamveis e combustveis;18

NB 107/62 - Instalaes para utilizao de gases liquefeitos de petrleo; NB 1272/90 - Diretrizes para o pessoal administrativo, mdico e de enfermagem envolvido na utilizao segura de equipamentos eletro-mdicos; EB 46/85 - Identificao de gases em cilindros; EB 624/77 - Manuteno e recarga de extintor de incndio; EB 152/ MB 267/ - Proteo contra incndio por chuveiros NB 1135 automticos; GB 920/ - Porta corta-fogo de madeira revestida de metal; EB 132 MB 1192 - Determinao de resistncia ao fogo de paredes e divisrias sem funo estrutural; e MB 478/69 - Tinta retardante de incndio - verificao das caractersticas. PROJETOS DE NORMAS O: 01.03-042 - Execuo de sistemas fixos automticos de proteo contra incndio com gs carbnico por inundao total para transformadores e reatores de potncia; P - NB - 084 - Vlvulas de segurana e/ou alvio de presso; aquisio instalao e utilizao

GRANDES INCENDIOS NO BRASIL Gran Circo Norte-Americano, Niteri, Rio de Janeiro O maior incndio em perda de vidas, em nosso Pas, e de maior perda de vidas ocorridas em um circo at nossos dias, aconteceu em 17 de dezembro de 1961, em Niteri (RJ) no Gran Circo Norte-Americano, tendo como resultado 250 mortos e 400 feridos. Vinte minutos antes de terminar o espetculo, um incndio tomou conta da lona. Em trs minutos, o toldo, em chamas, caiu sobre os dois mil e quinhentos espectadores. A ausncia dos requisitos de escape para os espectadores, como o dimensionamento e posicionamento de sadas, a inexistncia de pessoas treinadas para conter o pnico e orientar o escape, etc., foram as causas da tragdia. As pessoas morreram queimadas e pisoteadas. A sada foi obstruda pelos corpos amontoados. O incndio teve origens intencionais, criminosas. Seu autor foi julgado e condenado, e a tragdia teve repercusso internacional, com manifestaes do19

Papa e auxilio dos EUA, que forneceram 300 metros quadrados de pele humana congelada para ser usada no tratamento das vtimas. Incndio na Indst ria Volkswagen do Brasil O incndio na Ala 13 da montadora de automveis Volkswagen, em So Bernardo do Campo, ocorrido em 18 de dezembro de 1970 consumindo um dos prdios da produo (Ala 13), com uma vtima fatal e com perda total dessa edificao. Incndio no edifcio Andraus O primeiro grande incndio em prdios elevados ocorreu em 24 de fevereiro de 1972, no edifcio Andraus, na cidade de So Paulo. Tratava-se de um edifcio comercial e de servios (Loja Pirani e escritrios), situado na Avenida So Joo esquina com Rua Pedro Amrico, com 31 andares, estrutura em concreto armado e acabamento em pele de vidro. Acredita-se que o fogo tenha comeado nos cartazes de publicidade das Casas Pirani, colocados sobre a marquise do prdio. Do incndio resultaram 352 vtimas, sendo 16 mortos e 336 feridos. Apesar de o edifcio no possuir escada de segurana e a pele de vidro haver proporcionado uma fcil propagao vertical do incndio pela fachada, mais pessoas no pereceram pela existncia de instalaes de um heliponto na cobertura, o que permitiu que as pessoas que para l se deslocaram, permanecessem protegidas pela laje e pelos beirais desse equipamento. Muitos dali foram retirados por helicpteros, apesar de a escada do edifcio estar liberada para descida, as pessoas optaram por procurar abrigo no heliponto por temerem retornar ao interior do edifcio. Incndio no edifcio Joelma Esse edifcio, tambm construdo em concreto armado, com fachada tradicional (sem pele de vidro), situa- se na Avenida Nove de Julho, 22 (Praa da Bandeira), possuindo 23 andares de estacionamentos e escritrios. Ocorrido em 1 de fevereiro de 1974, gerou cento e setenta e nove mortos e trezentos e vinte feridos. O edifcio, assim como o Andraus, no possua escada de segurana. Nesse incndio, como ocorrera no da Triangle Shirtwait Factory, pessoas se projetaram pela fachada do prdio, gerando imagens fortes e de grande comoo (a maior parte das pessoas que se projetou do telhado caiu em ptio interno, longe das vistas da populao). Muitos ocupantes do edifcio pereceram no telhado, provavelmente buscando um escape semelhante ao que ocorrera no edifcio Andraus.20

Somado ao incndio do edifcio Andraus, pela semelhana dos acontecimentos e proximidade espacial e temporal, o incndio causou grande impacto, dando incio ao processo de reformulao das medidas de segurana contra incndios.

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