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Incentivo à Doação ao FMDCA* “No fundo, você pode ajudar uma criança” “Você doa e o leão paga a conta” *. Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Manual Informativo

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Incentivo à Doaçãoao FMDCA*

“No fundo, você pode ajudaruma criança”

“Você doae o leão paga a conta”

*. Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Manual Informativo

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Incentivo à Doaçãoao FMDCA

Manual Informativo

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Créditos

Coordenação: Everaldo Sebastião de Sousa

Colaboradores: Eurípedes Vicente Ferreira

Kleber Lopes da SilvaLiliane Bernardes Araújo

Lucijaine Aparecida JesusMônica Miranda Gomes de Oliveira

Sara Curcino Martins de OliveiraTalita Paiva Magalhães

Ministério Público de GoiásCentro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação -

CAOINFÂNCIARua 23 esq. com Av. Fued José Sebba, qd. 06, lt. 15/25, sl. T-02, Jd. Goiás

Goiânia-GOCEP: 74.805-100

Fones: +55 62 3243 8029/8030/8031/8529/8531/8530/8503 (fax)Email: [email protected], [email protected]

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O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FMDCA é um dos instrumentos mais importantes para o exercício da cidadania, e para implementá-lo, o CAOINFÂNCIA leva a todo o Estado de Goiás projeto procurando esclarecer e captar recursos junto a população, incentivando a doação aos fundos municipais.

Esta iniciativa conta com a colaboração do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás, que na execução do Projeto de Voluntariado da Classe Contábil, firmou convênio de cooperação técnica e operacional com o Ministério Público para mobilizar e conscientizar os contabilistas a participarem, na divulgação junto às pessoas físicas e jurídicas com as quais trabalham, sobre o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FMDCA e as vantagens tributárias das doações. A intenção é que cada contabilista atue no convencimento desse público, estimulando as contribuições.

Segundo a legislação em vigor (art. 88 do ECA), os fundos fazem parte das diretrizes da política de atendimento, portanto, compreender o significado e suas relações com a cidadania e orçamento público, são questões importantes para a sociedade na defesa dos seus interesses mais significativos.

Centro de Apoio Operacionalda Infância, Juventude e Educação do

Ministério Público de Goiás

APRESENTAÇÃO

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Apresentação

Sumário

Conceituação .....................................................................................09

Fundamentação legal .........................................................................09

Fontes de recursos .............................................................................10

Orçamento Municipal ...............................................................10

Doações ..................................................................................10

Verba casada ..........................................................................11

Multa e penalidades .................................................................11

Outras ......................................................................................11

Destinação dos recursos ....................................................................11

Programa de Proteção Especial ...............................................11

Projetos de Pesquisa e de Estudos ..........................................12

Capacitação de Recursos Humanos .......................................12

Políticas Sociais Básicas ........................................................12

Comprovação da doação ...................................................................13

Programa Gerador da Declaração de Benefícios Fiscais – DBF .......13

Conselho municipal de direitos da criança e do adolescente e o fundo .14

Administração, controle e prestação de contas .................................16

Roteiro de providências para criação e funcionamento do fundo ......17

Projetos de criação ..................................................................17

Regulamentação .....................................................................17

Indicação do Administrador .....................................................17

Abertura de Conta Especial ....................................................17

Elaboração do Plano de Ação .................................................17

Montagem do Plano de Aplicação ...........................................18

Aprovação do Orçamento .......................................................18

Recebimento dos Recursos ....................................................18

Execução das Despesas .........................................................18

Prestação de Contas ......................................................19

Contas para doação dos FMDCA ............................................19

SUMÁRIO

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Em Goiás ..............................................................................19 Passo a passo da Doação .......................................................21

Legislação de apoio ..........................................................................22 Principais dúvidas ...............................................................................23Modelo de Recibo ..............................................................................35Referências Bibliográficas ..................................................................36Produção do Manual Informativo ........................................................37 Onde obter mais informações .............................................................38

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O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente foi criado pelo artigo 260 do ECA, visando receber as doações previstas na legislação do imposto de renda, para serem aplicadas em ações que visem o atendimento das crianças e adolescente. Também recebe recursos proveniente do orçamento municipal destinado ao pagamento de despesas indispensáveis ao funcionamento do CMDCA e outras despesas no atendimento prestado às crianças e adolescentes.

São produtos de receitas especificadas que, por lei, vinculam-se a realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação (Art. 71 da Lei Federal 4.320/64).

Tem natureza contábil, criado pela Lei Municipal, com a finalidade de proporcionar os meios financeiros complementares às ações necessárias ao desenvolvimento das políticas públicas voltadas à criança e adolescente, bem como, propiciar o efetivo exercício das competências do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos Conselhos Tutelares. Está sujeito obrigatoriamente aos controles internos e do Tribunal de Contas do Município.

Os fundos a que se refere o artigo 88, inciso IV, do Estatuto da Criança e do Adolescente estão disciplinados nos artigos 71 a 74 da Lei Federal N° 4.320/64.

Esta Lei institui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

A criação do Fundo deverá estabelecer, no mínimo, os objetivos, a receita, a destinação dos recursos, a gestão e a execução. Os detalhamentos deverão ser previstos no decreto que o regula-mentar. 09

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

CONCEITUAÇÃO

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Dentre as fontes de recursos que podem constituir o Fundo destacam-se as doações por parte de pessoas físicas e jurídicas (dedutíveis do imposto de renda conforme legislação), os valores provenientes de multas e penalidades administrativas, as transferências dos governos Estadual e Federal; doações de governos internacionais; doações de organismos nacionais e internacionais que financiam projetos para a infância e adolescência; dotação orçamentária consignada no Orçamento Municipal; recursos provenientes dos Conselhos Estadual e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; auxílios, contribuições e legados que lhe venham a ser destinados; rendas eventuais, inclusive resultantes de aplicações financeiras.

Lei do Plano Plurianual;

Lei de Diretrizes Orçamentárias;

Crédito Suplementar e Especial.

Pessoa fisica: 6% imposto devido (Lei 9.532/97);

O limite corresponde à soma das deduções;

Doação de bens (IN SRF 259/ 02);

Pessoa jurídica: 1% imposto devido - Decreto 794/93;

Lei 9.532/97) (MP 1.636/97 MP 2.189- 49/2001);

Doação de bens (IN SRF 267/02);

Informações a receita: (INSRF 311/03).

Orçamento Municipal

Doações

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FONTES DE RECURSOS$$$

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Verba casada

Multas e penalidades

Outras

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A empresa ou pessoa física que faz a destinação escolhe a entidade a ser beneficiada a maior parte das destinações tem sido realizada dessa forma, mas há vários entendimentos sobre a legalidade deste tipo de procedimento.

Lei com sanções;

Penalidades previstas: ECA, Art. 228 a 258;

Determinação da Multa: Juiz;

A falta de emissão de comprovante em favor do doador, bem como da entrega anual da relação das doações recebidas à SRF, sujeitará o infrator à multa de R$ 80,79 a R$ 242,51, prevista no artigo 948 do RIR/99, alterado pelo art. 30 da Lei 9249/95.

Convênio;

Doações de Governo e Organismos;

Resultados de Aplicação.

Programa de proteção especial

Os recursos arrecadados deverão ser aplicados em programas de atendimento integral a criança e ao adolescente, priorizando programas de proteção especial à criança e ao adolescente em situação de risco pessoal e social no seu desenvolvimento integral. Por exemplo: abandonados, dependentes de drogas, autores de atos infracionais,vítimas de maus tratos, exploração sexual, meninos(as) de rua.

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DESTINAÇÃO DOS RECURSOS

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Projetos de Pesquisa e de Estudos

Capacitação de Recursos Humanos

Políticas Sociais Básicas

Um plano de ação eficaz deverá ser fundamentado em pesquisa e estudos da situação da infância e da adolescência do município.

Os recursos humanos são fundamentais para um atendimento adequado à criança e ao adolescente. O plano de aplicação pode prever programas de capacitação de membros dos Conselhos Tutelares, Dirigentes e Monitores de Entidades e outras lideranças envolvidas na defesa dos direitos da criança e do adolescente.

Em caráter transitório, excepcional e sempre de acordo com deliberação do conselho de direitos, o plano de aplicação pode prever projetos de políticas sociais básicas e de assistência social especializada.Nesse caso, o município deve comprovar que aplicou os percentuais definidos pela Constituição Federal nas políticas básicas.NOTAA destinação de recursos do Fundo, sempre deve fazer parte do Plano de Aplicação, integrante do orçamento do Município. Plano de Ação: é a definição de objetivos e metas com especificação

de prioridades que atendam a uma necessidade de propósitos de quem decide.

Plano de Aplicação: é a distribuição dos recursos por área prioritária que atendam os objetivos e intenções de uma política definida no Plano de Aplicação.Em obediência ao que determina a Lei nº.: 4320/64, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente terá, obrigatoriamente, que elaborar o seu Plano de Aplicação, onde constará o seu quadro de despesas, discriminando onde e quando os recursos do Fundo Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente serão aplicados.Os recursos que forem destinados às entidades de atendimento e que resultarem na aquisição de algum bem, este bem pertencerá à entidade.

Em resumo os programas deverão atender:

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Proteção Especial, sempre;Às vezes, pesquisas, estudos e divulgação;Eventualmente, recursos humanos;Raramente, Políticas Básicas.

Os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, controladores dos fundos beneficiados pelas doações, deverão emitir comprovante em favor do doador o qual deverá conter:

número de ordem, nome, número de inscrição no CNPJ e endereço do emitente;

especificar o nome, o CNPJ ou o CPF do doador, a data e o valor efetivamente recebido em dinheiro;

ser firmado por pessoa competente para dar quitação da operação;

no caso de doação em bens, conter a identificação destes bens, mediante sua descrição em campo próprio ou em relação anexa, que informe também se houve avaliação e, em caso positivo, identificar os responsáveis pela avaliação com indicação do CPF (se pessoa física) ou do CNPJ ( se pessoa jurídica).

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O Programa Gerador da Declaração de Benefícios Fiscais – DBF, versão 2.0, aprovado pela

A prestação da informação é obrigatória, dentre outros, para os Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional, referentes às doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e Adolescente.

O Programa permite a digitação e a importação de dados.

Instrução Normativa RFB nº 789, de 30 de novembro de 2007.

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PROGRAMA GERADOR DADECLARAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS - DBF

COMPROVAÇÃO DA DOAÇÃO

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A digitação de dados deve ser utilizada exclusivamente para a prestação de informações pelos Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente.

A Declaração de Benefícios Fiscais deverá ser apresentada até o último dia útil do mês de março, em relação ao ano-calendário imediatamente anterior, por intermédio da internet. O declarante deverá acessar o site da Secretaria da Receita Federal do Brasil, http://www.receita.fazenda.gov.br, efetuar download da versão atualizada do programa Receitanet e instalá-lo no seu computador.

O CMDCA é um órgão público deliberativo, formulador e controlador das políticas de atendimento a criança e ao adolescente, e gestor do FMDCA tendo como objetivo garantir a efetivação dos direitos da criança e do adolescente.

Podem-se destacar, então, as seguintes atribuições do Conselho em relação ao Fundo:

Elaborar o Plano de Ação Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (objetivos e metas, especificando as prioridades) e o Plano de Aplicação (distribuição dos recursos por área prioritária, atendendo os objetivos da política definida no Plano de Ação). Este último, integrado à proposta orçamentária, deve ser submetido pelo Prefeito à apreciação do Poder Legislativo (art. 165, parágrafo 5°, inciso I da C.F.);

Estabelecer Políticas Públicas que garantam os direitos previstos no ECA;

Acompanhar e avaliar as ações governamentais e não governamentais dirigidas ao atendimento dos direitos da criança e do

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CONSELHO MUNICIPAL DE DIREITOSDA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O FUNDO

CONSELHO

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adolescente;

Participar na elaboração do orçamento do Município;

Gerir o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

Estabelecer os parâmetros e as diretrizes para aplicação dos recursos;

Acompanhar e avaliar a execução, desempenho e resultados financeiros do Fundo;

Avaliar e aprovar os balancetes mensais e o balanço anual do Fundo;

Solicitar, a qualquer tempo e a seu critério, as informações necessárias ao acompanhamento, ao controle e à avaliação das atividades a cargo do Fundo;

Registrar todas as organizações com ações junto ou para crianças e adolescentes, inscrever os programas governamentais e não governamentais voltados à crianças e adolescentes e mobilizar os diversos segmentos da sociedade no planejamento, execução e controle das ações do Fundo;

Fiscalizar os programas desenvolvidos com recursos do Fundo.

Essas atribuições do Conselho não colidem com o papel do Poder Executivo na administração e Controle do Fundo. Essas funções são inerentes ao Poder Executivo. O Fundo não é órgão, não é uma unidade orçamentária e não tem autonomia administrativa.

As funções, do Conselho e do Poder Executivo, exigem uma mudança de comportamento tanto da sociedade e de seus organismos representativos, quanto de governantes, no que diz respeito ao exercício da participação democrática. “A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais” (ECA, art. 88). Além desse papel junto ao Fundo, cabe ao Conselho questionar para que o “Orçamento Criança” que engloba todos os recursos governamentais destinados à proteção integral da criança e do adolescente, seja significativo.

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Caberá ao CMDCA manter controle das doações recebidas, bem

como emitir, anualmente relação que contenha nome e CPF ou CNPJ

dos doadores, a especificação dos valores, individualizados de todas as

doações recebidas mês a mês, a qual deverá ser entregue à unidade da

Secretaria da Receita Federal dentro dos prazos estabelecidos pela

própria Receita.

Considerando que esta é uma conta pública, caberá ao CMDCA

tornar igualmente público a prestação de contas das doações recebidas

bem como da aplicação dos recursos recebidos.

O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, por

tratar-se de uma “Unidade da Administração Direta”, é contabilmente

administrado pelo Poder Executivo.

O Administrador, num gesto de clareza administrativa, deve

prestar contas da aplicação dos recursos do Fundo ao respectivo

Conselho.

O Administrador, ainda, cumprindo as determinações do Decreto-

Lei N° 200/67, deve encaminhar a Tomada de Contas da Gestão ao

Tribunal de Contas.

Todo e qualquer recurso recebido, transferido ou pago pelo

Fundo deve ser registrado e devidamente contabilizado pelo Município.

Nunca é demais lembrar que, considerando que esta é uma conta

pública, caberá também ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança

e do Adolescente tornar igualmente público a prestação de contas das

doações recebidas, bem como da aplicação dos recursos recebidos.

ADMINISTRAÇÃO, CONTROLEE PRESTAÇÃO DE CONTAS

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Projetos de Criação

Regulamentação

Indicação do Administrador

Abertura de Conta Especial

Elaboração do Plano de Ação

O Poder Executivo, com a participação da comunidade elabora o Projeto de Lei constituindo o Fundo, que deverá indicar a origem dos recursos que o constituirão, o objetivo, a natureza das operações, o mecanismo geral das operações, a aplicação e demais condições, bem como a gestão do fundo definindo a representação ativa e passiva do órgão gestor do fundo e o encaminha ao Poder Legislativo para aprovação. Após aprovado, é sancionado pelo Prefeito. Normalmente, são criados o Conselho de Direitos, o Conselho Tutelar e o Fundo de Direitos, na mesma Lei.

Sancionada a lei de criação, o Prefeito providenciará a regulamentação, detalhando seu funcionamento, por Decreto.

O Chefe do Executivo designa, através de Portaria, o Administrador do Fundo.

O Administrador abre, em um banco oficial (Estatal), a conta do Fundo.

É a definição de objetivos e metas com a especificação17

ROTEIRO DE PROVIDÊNCIAS PARACRIAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO FUNDO

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de prioridades que atendam a uma necessidade ou propósito de quem decide. Um plano de ação bem fundamentado tem necessidade de pesquisa e de estudo da situação da infância e da adolescência no município, visando a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente, no sentido de assegurar os direitos nele preconizados, implicando, necessariamente, na mobilização da opinião pública, com vistas à sua indispensável participação. Deve ser elaborado pelo Conselho de Direitos, incluído no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias pelo Chefe do Executivo, encaminhado ao Poder Legislativo para aprovação e, posteriormente, sancionado pelo Chefe do Executivo.

É a distribuição dos recursos por área prioritária que atendam os objetivos e intenções de uma política definida no Plano de Ação. Em obediência ao que determina a Lei nº 4.320/64 o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente terá, obrigatoriamente, que elaborar seu Plano de Aplicação onde constará o seu quadro de despesas, discriminados onde e quando os recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente serão aplicados. Deve ser elaborado pelo Conselho de Direitos, tendo como base o Plano de Ação e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

O Poder Executivo integra o Plano de Aplicação na Proposta Orçamentária e a envia ao Legislativo.

O Administrador registra as receitas do Fundo.

O Administrador, segundo o Plano de Aplicação, efetua as

Montagem do Plano de Aplicação

Aprovação do Orçamento

Recebimento dos Recursos

Execução das despesas

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despesas previstas.

O Administrador, através do Balancete, presta contas periodicamente ao Chefe do Executivo Municipal, ao Conselho de Direitos e anualmente ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas, juntamente com as Contas Municipais. Também deverá ser encaminhada prestação de contas ao Ministério Público.

Prestação de Contas

Em Goiás

ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS Banco do Brasil 4590-X 11212-7

AMARALINA Bradesco 0257-7 530244-7

ANICUNS Banco do Brasil 0557-6 11247-X

ARAGUAPAZ Banco do Brasil 1806-6 16.302-3

ARUANÃ Itaú 5408 00226-8

BRITÂNIA 766-8 6257-9

BURITI ALEGRE Banco do Brasil 0219-4 15211-0

CACHOEIRA ALTA Banco do Brasil 1685-3 61000-3

CACHOEIRA DE GOIÁS 1572-5 11612-2

CAÇU Banco do Brasil 0836-2 8936-2

CALDAS NOVAS Banco do Brasil 1705-1 16934-0

CARMO DO RIO VERDE Banco do Brasil 1757-3 5137-3

CERES Banco do Brasil 0458-3 70662-0

CIDADE OCIDENTAL 4417 03204-4

CRIXÁS Banco do Brasil 2019-2 9725-X

FAZENDA NOVA Banco do Brasil 2057-5 9803-5

Bradesco

Bradesco

Itaú

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CONTAS PARA DOAÇÃO DOS FMDCA

CONTA

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NOVA CRIXÁS Banco do Brasil 4574-8 7.283-4

NOVA GLÓRIA Bradesco 1175-4 6546-3

NOVO BRASIL Banco do Brasil 2057-5 8762-9

NOVO GAMA 3189 0023-6 op. 006

PADRE BERNARDO 2376-0 11.253-4

PANAMÁ 4302 02997-2

PORTELÂNDIA Banco do Brasil 3753-2 7054-8

POSSE 4352 00171-5

RIO VERDE 0566 78-4 op 006

RUBIATABA Banco do Brasil 0780-3 12847-3

SANTA HELENA DE GOIÁS 2255 5960-9

SANTA RITA DO ARAGUAIA Banco do Brasil 0512-6 3140607-6

SANTA TEREZA DE GOIÁS Banco do Brasil 0513-4 21915-0

SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA 12395-1 0757-9

GOIÂNIA CEF 682 060043-0

HEITORAÍ Banco do Brasil 0559-2 33124-4

INACIOLÂNDIA Banco do Brasil 3862-8 5888-2

INHUMAS 0496-0 73203-6

IPIRANGA DE GOIÁS 0780-3 7700-3

ITABERAÍ 0859 10799-4

JATAÍ Banco do Brasil 0313-1 41185-X

JOVIÂNIA 553-1 1762-1

LAGOA SANTA Banco do Brasil 0931-8 9489-7

MARA ROSA Banco do Brasil 1092-8 7396-2

MINEIROS 4403-6 594-7

MONTES CLAROS DE GOIÁS Banco do Brasil 1310-2 8272-4

MORRO AGUDO DE GOIÁS 0559-2 31067-0

MOZARLÂNDIA Banco do Brasil 1806-6 15.596-9

NOVA AMÉRICA Banco do Brasil 0780-3 14.825-3

Banco do Brasil

Banco do Brasil

CEF

Itaú

Itaú

Banco do Brasil

CEF

Banco do Brasil

Itaú

Itaú

CEF

Bradesco

Banco do Brasil

SANTA FÉ DE GOIÁS Bradesco 1312-9 530318-4

JUSSARA 0639-4 8446-8Banco do Brasil

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URUAÇU Banco do Brasil 0529-0 15941-7

VALPARAÍSO DE GOIÁS 3411-8 13.665-4

VIANÓPOLIS Banco do Brasil 3622-6 5282-5

VILA BOA CEF 0791 06053053-1

Banco do Brasil

As contas acima foram informadas pelos municípios, por meio de pesquisa do CAOINFÂNCIA.

Passo a passo da Doação

1º passo

Escolha o município e vislumbre a conta acima e faça o depósito, pode ser feita inclusive por transferência “on-line”. Os depósitos feitos até o último dia útil de dezembro serão incluídos na próxima Declaração de Imposto de Renda pelo formulário completo.

2º passo

Informe a doação ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e solicite o RECIBO DE DOAÇÃO ao Fundo, como comprovante junto à Receita Federal.

3º passo

Quando do preenchimento de sua Declaração de Imposto de Renda pelo formulário completo, vá ao item “Relação de Pagamentos e Doações Efetuadas” e coloque o valor da doação no campo: “Código 15 – Doação – Estatuto da Criança e do Adolescente”.

Uma vez informado sobre o depósito, o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Município escolhido comunicará à Receita Federal a doação, por meio do formulário de Declaração de Benefícios Fiscais (DBF), até o último dia útil do mês de março.

Coloque abaixo os dados do seu município

SENADOR CANEDO Banco do Brasil 4679-5 7733-X

UIRAPURU Banco do Brasil 2019-2 10514-7

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Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - permite

aos contribuintes do Imposto de renda, em seu artigo 260, deduzir o valor das doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Lei nº 8.242-91 - Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Criança

e do Adolescente fixando sua competência.

Lei nº 9.249/95 - Altera a legislação do Imposto de Renda das

pessoas jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido.

Lei nº 9.250/95 - Altera a legislação do Imposto de Renda das

pessoas físicas.

Lei nº 9.532/97 - Dispõe sobre os novos limites de dedutibilidade

dos incentivos fiscais relativos às pessoas jurídicas e fiscais a partir do ano calendário de 1.998.

Lei nº 794/93 - Estabelece limite de dedução do Imposto de Renda

das pessoas jurídicas.

Instrução normativa SRF nº 86/94 - Dispõe sobre os

procedimentos a serem adotados para gozo dos benefícios fiscais referentes às doações aos Fundos para a Infância e Adolescência.

Instrução normativa SRF nº 011/96 - Dispõe sobre a apuração de

renda e da contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas a partir do ano-calendário de 1996.

Instrução normativa SRF nº 25/96 - dispõe sobre as normas de

tributação relativas à incidência do imposto de Renda das pessoas jurídicas.

LEGISLAÇÃO DE APOIO

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Instrução Normativa RFB nº 789, de 30 de novembro de 2007 -

Programa Gerador da Declaração de Benefícios Fiscais – DBF.

Instrução Normativa nº 82, de 31 de outubro de 1997 - Dispõe

sobre os procedimentos relativos ao Cadastro Geral de Contribuintes - CGC.

Instrução Normativa nº 86, de 26 de outubro de 1994 - Dispõe

sobre os procedimentos a serem adotados para gozo dos benefícios fiscais referentes a doações das pessoas físicas e jurídicas aos fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

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¦Faço minha declaração pelo Formulário Completo e estou interessado em destinar recursos para o Fundo, como fazer?

Passo 1 - Calcular o valor máximo de sua destinação. Para pessoa física, o valor é de 6% do Imposto de Renda Devido. Para empresas, 1% do Imposto de Renda Devido. E lembre-se, apenas os optantes pelo Formulário Completo e empresas que adotam o Regime de Lucro Real podem usufruir da renúncia fiscal.

Passo 2 – Escolher o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente para o qual você destinará os recursos. Acesse o endereço eletrônico do CAOINFÂNCIA e conheça as contas dos municípios que possuem F u n d o . ( w w w. m p . g o . g o v. b r / c e n t r o s d e a p o i o / i n f a n c i a e juventude/projetos/infancia/campanhafmdca).

Passo 3 - Depositar o valor na conta do Fundo. Os depósitos deverão ser efetuados dentro do exercício fiscal, ou seja, até 31 de dezembro do ano corrente. Para fazer o depósito, são necessários os dados da conta

PRINCIPAIS DÚVIDAS?

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bancária e o CNPJ a que a conta está vinculada. O CNPJ também será importante na hora de preencher a Declaração de Imposto de Renda. Antes de efetuar o depósito, faça um contato com o Conselho responsável pelo Fundo para confirmar os dados. No Conselho, você também pode se informar sobre como o recurso será investido.

Passo 4 - Fazer contato com o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente e solicitar o recibo da doação. Para isso, informe seus dados (nome, endereço completo, valor do depósito e CPF). Este recibo será o comprovante da destinação junto à Receita Federal.

Passo 5 - Ao preencher sua Declaração de Imposto de Renda, informe a destinação realizada ao Fundo. Há um campo no formulário onde você deverá informar a data, o valor e o CNPJ do Fundo onde o recurso foi depositado. Assim que os dados forem inseridos, o próprio programa da Receita Federal já considera, automaticamente, a renúncia fiscal.

Após a concretização do depósito, solicite ao Conselho Municipal o recibo da destinação. O recibo emitido pelo Conselho é o seu comprovante junto à Receita Federal.

A resposta é: depende. Isso por que os Conselhos tem autonomia para decidir sobre a forma de utilização dos recursos arrecadados pelo Fundo. Alguns Conselhos permitem que o destinador escolha, entre projetos pré-aprovados, aquele que vai receber o valor investido. Outros Conselhos só decidem sobre a aplicação depois que o recurso entra no Fundo. É necessário entrar em contato com o Conselho para conhecer o regime adotado. Vale destacar, todavia, que o Conselho é um órgão que conhece a realidade da infância e da adolescência e que, assim, está qualificado para tomar a decisão sobre o melhor uso para o recurso do Fundo.

¦Como comprovo o depósito realizado ao Fundo para a Receita Federal?

¦É possível escolher o projeto que receberá o recurso destinado ao Fundo?

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¦É possível doar bens para o Fundo?

¦Para onde vai o Imposto de Renda, caso não seja realizada a destinação ao Fundo?

¦Posso destinar o recurso para qualquer Fundo?

¦Qual é a diferença entre Imposto de Renda Devido, Imposto de Renda a Pagar e Imposto de Renda a Receber?

Sim. A destinação de recursos, via incentivo fiscal, para o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente pode ser monetária (depósito em conta) ou por meio da doação de bens/produtos. A renúncia fiscal não é permitida com a doação de serviços.

Para o caixa único da União, de onde o recurso é repartido para as políticas coordenadas pelo Governo Federal, como a saúde, educação, infra-estrutura além de gastos com manutenção da máquina pública. Sobre esse aspecto, é importante destacar a oportunidade que o Fundo representa de municipalização e otimização de recursos. Ao invés de viajarem pela burocracia estatal, o dinheiro pode ser investido com maior agilidade em projetos locais de proteção aos direitos da infância e da adolescência.

Sim. A legislação permite a escolha do fundo que vai receber o recurso, seja ele municipal, estadual ou nacional. Outra informação importante é a possibilidade de destinar recursos para mais de um Fundo, desde que o valor total não ultrapasse o limite de 1% do IR devido, no caso das empresas, e de 6% para pessoa física.

Imposto de Renda Devido (IRD) – É o valor total do imposto calculado com base no rendimento mensal do contribuinte. Só pagam o Imposto de Renda aqueles trabalhadores que têm salário acima de R$ 1.257,12. Para a faixa salarial de R$ 1.257,13 até R$ 2.512,08, a alíquota do IR é de 15%. Para quem recebe acima de R$ 2.512,08, a alíquota é de 27,5% do rendimento bruto.

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Imposto de Renda a Pagar e a Receber

Durante o ano, seja em desconto direto na folha ou no carnê-leão, são descontados valores referentes ao pagamento do IR. Se durante o ano você pagou R$1.000,00 (favor considerar que sua renda foi de R$ 5.000,00, ou seja, seu IRD é de R$ 1375,00), há um saldo a pagar: dizemos que você tem IR a pagar de 375,00. Caso você tenha pago R$1500,00 durante o ano, há um saldo a receber: dizemos que você tem IR a receber ou, em outras palavras, você tem 125,00 de restituição.

São recursos públicos mantidos em contas bancárias específicas. Essas contas têm a finalidade de receber repasses orçamentários e depósitos de doações efetuadas por pessoas físicas ou jurídicas. Cada Município deve manter uma única conta/Fundo. Cada Estado deve, também, manter uma conta/Fundo.

A captação e aplicação dos recursos dos Fundos Municipais de Direitos compete ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Quem cumpre essa tarefa em relação ao Fundo Estadual de Direitos é o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente foram criados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 13/07/90). São compostos, paritariamente, por representantes do Poder Público e da sociedade civil organizada.

¦O que são os FUNDOS DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE?

¦Quem é responsável pela arrecadação e administração dos recursos dessas contas/Fundo?

¦Que legislação criou esses CONSELHOS?

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¦Para que finalidades são destinados os recursos do FUNDO?

¦A quem os CONSELHOS prestam contas das doações recebidas e da destinação dos recursos depositados no FUNDO?

¦As doações podem ser efetuadas diretamente a entidades (governamentais ou não governamentais) que prestam atendimento à criança e/ou ao adolescente?

¦De que forma a doação é deduzida do IMPOSTO DE RENDA?

Os recursos devem ser destinados exclusivamente para execução das políticas sociais para o amparo à criança e ao adolescente, especialmente mediante repasse a entidades governamentais ou não governamentais que prestam atendimento nessa área.

Por determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente e legislação complementar, o Município ou o Estado devem controlar o recebimento e utilização dos recursos pelos Fundos geridos por seus respectivos Conselhos. Os recursos dos Fundos integram a prestação de contas que os Municípios e Estados prestam ao Tribunal de Contas.

Não. As doações efetuadas diretamente às entidades beneficentes não podem ser deduzidas do imposto de renda. Para serem dedutíveis, as doações devem ser depositadas nas contas/Fundo, cujos recursos são repassados pelos respectivos Conselhos às entidades habilitadas.

O valor da doação aos Fundos de Direitos, respeitados os limites legais, é integralmente deduzido do imposto de renda apurado na Declaração anual. Ou seja, para quem faz a doação, o desembolso com o depósito no Fundo, mais o pagamento do imposto, é exatamente igual ao valor que pagaria de imposto se não fizesse a doação. A doação efetuada na forma permitida em lei, corresponde, portanto, a destinação do imposto

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¦Existe "vantagem" em fazer a destinação?

¦Como se deve proceder para fazer a destinação ao FUNDO?

¦Como deve ser feita a comprovação da destinação?

¦O que deve constar do comprovante que o CONSELHO emite para as doações em dinheiro?

Frequentemente as pessoas reclamam que impostos são mal administrados; ou são aplicados em finalidades diferentes das que interessam à população. Com a destinação ao Fundo Municipal, o dinheiro permanece no Município e a pessoa doadora pode verificar "in loco" a aplicação desses recursos. A destinação ao Fundo Estadual permite, igualmente, um maior controle de sua aplicação.

Cabe ao Conselho do município ou do estado a divulgação do estabelecimento bancário e número da conta/Fundo. Após obter esta informação, o doador deve fazer o depósito diretamente na conta/Fundo. Com base no depósito bancário, o Conselho emite o recibo definitivo.

As doações efetuadas a Fundos de Direitos devem ser comprovadas mediante recibos emitidos pelo Conselho Municipal, Estadual ou Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Esses recibos devem ser conservados pelo contribuinte para eventual comprovação junto à Secretaria da Receita Federal.

O Conselho deverá emitir comprovante que especifique:

a) número de ordem;

b) nome, CPF ou CNPJ do doador;

c) data e valor efetivamente recebido em dinheiro (depósito no Fundo);

d) o nome, a inscrição no CNPJ e endereço do emitente (usar o CNPJ do Município ou do Estado, conforme o caso);

e) ser firmado por pessoa competente para dar quitação da operação.

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¦Podem ser feitas doações em bens?

¦Além da emissão do comprovante de doação, os CONSELHOS têm alguma outra obrigação a ser cumprida perante a Secretaria da Receita Federal?

Sim. No caso de doação em bens, o comprovante deverá conter a identificação desses bens, mediante sua descrição em campo próprio ou em relação anexa ao mesmo, informando também se houve avaliação e o CPF ou o CNPJ dos responsáveis por essa avaliação. Nesta hipótese, o doador deverá:

(I) comprovar a propriedade dos bens, mediante documentação hábil;

(II) baixar os bens doados na declaração de bens ou direitos, quando se tratar de pessoa física, ou na escrituração, no caso de pessoa jurídica;

(III) considerar como valor dos bens doados:

- no caso de pessoa física, o valor de aquisição do bem;

- no caso de pessoa jurídica, o valor contábil dos bens;

Nos dois casos, esse valor não pode exceder o valor de mercado ou, em se tratando de imóveis, o valor que serviu de base para cálculo do imposto de transmissão.

Em qualquer hipótese, o doador poderá optar pelo valor de mercado dos bens, que será determinado mediante prévia avaliação, através de laudo idôneo de perito ou empresa especializada, de reconhecida capacidade técnica para aferição do seu valor.

De acordo com o art. 7º da Instrução Normativa nº 86/94, os Fundos Municipais, Estaduais e Nacional da Criança e do Adolescente deverão manter controle das doações recebidas, bem como, emitir, anualmente, relação contendo nome e CPF ou CNPJ dos doadores, a especificação (se em dinheiro ou em bens) e os valores individualizados de todas as doações recebidos mês a mês, a qual deverá ser entregue à unidade da Secretaria da Receita Federal até o último dia útil do mês de junho do ano subsequente.

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¦Como as pessoas físicas podem fazer a opção pela destinação ao FUNDO?

¦Qual é o limite para a dedução das doações efetuadas por pessoas físicas?

¦O limite de 6% do imposto de renda é exclusivo para a destinação aos FUNDOS DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE?

¦Como se calcula o limite dedutível, ao fazer as doações, já que, neste momento, não se dispõe dos dados da Declaração de Ajuste?

Para exercer esta opção, as pessoas físicas devem efetuar a doação ao Fundo até o mês de dezembro de cada ano e deduzir do imposto de renda, na Declaração de Ajuste Anual a ser entregue no mês de abril do ano seguinte.

As pessoas físicas podem deduzir até 6 % do imposto de renda apurado na Declaração (antes da compensação dos valores recolhidos na fonte ou no "Carne Leão").

Não. O limite inclui também as doações e os patrocínios para projetos enquadrados como incentivo a atividades culturais e artísticas e incentivos a atividades audiovisuais.

O limite dedutível só pode ser calculado com precisão no momento do preenchimento da Declaração e dispondo de todos os dados relativos a rendimentos tributáveis e despesas dedutíveis. No entanto, pode-se estimar o valor do limite, da seguinte forma (neste caso, podem ser muito úteis os dados da Declaração do ano anterior, comparados com a situação do ano em curso):

a) Estimar a Base de Cálculo do Imposto de Renda (BC):

BC = Rendimentos Tributáveis - Despesas Dedutíveis

b) Calcular o valor (estimativo) do Imposto de Renda Devido (IR):

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b.1) Se BC entre R$ 10.800,00 e R$ 21.600,00

IR = BC x 0,15 - 1620,00

b.2) Se BC maior que R$ 21.600,00

IR = BC x 0,275 - 4.320,00

c) Calcular o valor (estimativo) para o limite da destinação aos Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente:

LIMITE DEDUTIVEL DA DOAÇÃO = IR x 0,06

Veja os exemplos abaixo:

EXEMPLO 1) Declaração com Imposto a Pagar e doação menor que o limite de dedução

¦Como se calcula a dedução na declaração de ajuste anual da pessoa física?

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SALDO IMPOSTO A PAGAR 100,00 500,00

IMPOSTO APURADO 7.000,00 7.000,00

(-)DEDUÇÃO DA DOAÇÃO AOFUNDO (*)

0,00

7.000,00

(-)IMPOSTO DE RENDA NAFONTE OU CARNE LEÃO

6.500,00 6.500,00

400,00

6.600,00IMPOSTO DEVIDO

COM DOAÇÃO RS 400,00 SEM DOAÇÃO

(*) limite da dedução = R$ 420,00 (6 % de 7.000,00)

EXEMPLO 2) Declaração com Imposto a Restituir e doação menor que o limite de dedução

IMPOSTO APURADO 7.000,00 7.000,00

(-)DEDUÇÃO DA DOAÇÃO AOFUNDO (*)

0,00400,00

COM DOAÇÃO RS 400,00 SEM DOAÇÃO

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SALDO IMPOSTO A RESTITUIR 1.400,00 1.000,00

7.000,00

(-)IMPOSTO DE RENDA NAFONTE OU CARNE LEÃO

8.000,00 8.000,00

6.600,00IMPOSTO DEVIDO

(*) limite da dedução = R$ 420,00 (6 % de 7.000,00)

¦A Pessoa Física que utilizar o formulário simplificado para a entrega da sua declaração de ajuste anual poderá fazer a dedução dos valores doados ao Fundo?

¦E as empresas, como efetuam a destinação?

¦Qual é o limite para a dedução das doações efetuadas por pessoa jurídica?

Não. Embora não esteja expresso em lei que a pessoa física optante pela apresentação da Declaração de Ajuste Anual pelo modelo simplificado esteja impedida de fazer a dedução de valores doados ao Fundo, a Secretaria da Receita Federal entende que o desconto padrão substitui também essa destinação do imposto. Até que seja mudado esse entendimento, o contribuinte não consegue fazer a dedução dos valores doados.

As empresas podem deduzir os valores doados, subtraindo-os do imposto apurado no próprio trimestre da doação. Se optar pelo recolhimento por estimativa com base na receita mensal, a pessoa jurídica pode deduzir do imposto apurado o valor doado no mês, fazendo o ajuste na apuração do lucro anual.

As empresas tributadas pelo Lucro Real podem destinar ao FUNDO até 1 % do seu Imposto de Renda Devido, diminuído do adicional.

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¦Além da limitação de 1 %, a destinação está sujeita a limites conjuntos com outros incentivos fiscais?

¦As empresas podem deduzir esta doação também como despesa?

Não. As doações aos Fundos de Direitos não estão sujeitas a limites globais previstos para outros incentivos fiscais.

Não. O valor correspondente a essas doações não é dedutível como despesa operacional na apuração do Lucro Real, devendo ser adicionado ao lucro líquido.

Exemplo:

Doações efetuadas no período: R$ 5.000,00

Demonstração do Lucro Real:

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Lucro Líquido antes do IRPJ R$ 50.000,00

Adições: Doações aos fundos DCA

Lucro Real no Período

R$ 5.000,00

R$ 55.000,00

¦Como calcular a dedução do imposto de Renda da empresa?

A dedução de 1% deve ser calculada sobre o Imposto de Renda Devido, diminuído do adicional, apurado no mês ou trimestre da doação. Veja o exemplo:

Valor doado ao Fundo Municipal da Criança R$ 120,00

Imposto apurado no mês/trimestre da doação

Dedução do imposto no trimestre(*)

R$ 9.000,00

R$ 90,00

(*) limite da dedução= R$ 90,00(1% de 9.000,00)

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Para fins de dedução do incentivo deve ser observado que:

a) se a pessoa jurídica for optante pela tributação com base no lucro real trimestral, a dedução será feita no imposto devido no trimestre em que for efetuada a doação, até o limite de 1% exposto anteriormente;

b) se a pessoa jurídica for optante pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (lucro real anual):

1) o valor doado poderá ser deduzido do imposto devido no mês, observado o limite, e a parcela excedente do incentivo, em cada mês, poderá ser deduzida do imposto devido nos meses subsequentes do mesmo ano-calendário, observando sempre o referido limite;

2) as doações feitas no ano-calendário poderão ser deduzidas do valor do imposto anual devido até o limite mencionado.

Não. Somente podem ser deduzidos os valores doados no próprio ano.

Não. As doações ao Fundo são consideradas incentivo fiscal, cuja utilização é vedada às empresas que optam por essa forma de tributação.

¦Se houver excesso no valor doado em relação ao limite de dedução, pode ser compensado no ano seguinte?

¦As microempresas e as empresas tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado também podem efetuar a destinação, deduzindo-a do Imposto de Renda?

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Recibo de Doação para o FMDCA – Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

Lei Municipal nº _____ de ___ de ______ de ______ (Lei que cria o Fundo Municipal)

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

Endereço:

35

Número de Ordem:______________

Recebi de ___________________________ CPF/CNPJ ___________

Endereço:(Rua/Av ____________________ nº __________________

Bairro: _________________ CEP: __________Cidade: ____________

Identidade: ____________________Órgão Expedidor: ____________

A quantia de R$: ____________ ( ______________________________

_______________________________________________________ )

Em Dinheiro: ( ) Em Bens:( )

Como doação ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – FMDCA, conforme Leis nº 8.069/90, artigo 260; nº 8.242/91, artigo 10; Decreto nº 794/93; nº 8.981/95, artigo 34; nº 9.430/96, artigo 2º § 4; 9.532/97, artigo 6º, com redação dada pela MP 1.636/97, para pessoas jurídicas. Lei nº 8.383/91, artigo 11, inciso III, § 3º; nº 8.981/95, artigo 12, inciso II alínea “d”; nº 9.532/97, artigo 22, para pessoas físicas.

Local de Data: _____,_____de_______________de________

Presidente do Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente

MODELO DE RECIBO

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Ministério Público do Estado de Goiás. Manual do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – Goiás – Brasil. 2004.

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo. Como doar para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente FUMCAD – São Paulo - Brasil.

Pró-Conselho Brasil. PPA, Fundo da Infância e Declaração de Benefícios Fiscais. Brasília – DF - 2005.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Coordenação:

Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação

Apoio: Conselho Regional de Contabilidade de Goiás

Comissão do Programa de Voluntariado da Classe Contábil do CRC-GO

Escola Superior do Ministério Público do Estado de Goiás.

“É dever assegurar, com absoluta prioridade …

a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude ”

(ECA, art. 4º, d)

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PRODUÇÃO DO MANUAL INFORMATIVO

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Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente

Avenida Anhanguera, 3463, Sala 03, Setor Universitário, Goiânia-GO - Fone: 3201 8546 /8451

http://www.cedca.go.gov.br

ONDE OBTER MAIS INFORMAÇÕES

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