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1.Problematização: Inclusão e cooperação: todos deverão participar e pegar na bola ! No cotidiano escolar é evidente, apesar de um discurso inclusivo, as mais variadas demonstrações e práticas excludentes. A realidade em questão, torna- se ainda mais perturbadora a nós educadores, quando confrontados não nos sentimos capazes de conter a dinâmica com que a exclusão se manifesta. Tomando como base a idéia de que a escola não é um apêndice da sociedade, mas sim é parte integrante desse contexto e nós profissionais da educação responsáveis pela formação para a transformação social, torna-se essencial a reflexão e a busca de alternativas que possam auxiliar na retenção/amenização dessa problemática social. Há uma necessidade urgente de mudança de atitude dos profissionais de educação em relação ao diferente. Roberto Barth, cita que: “O que é importante sobre as pessoas e sobre as escolas é o que é diferente, não o que é igual”. (1999). Na sociedade convivemos com diferentes pessoas e é justamente isso que enriquece as relações sociais. Na escola como parte integrante da sociedade, a situação não é outra, por isso o respeito pelo "diferente" é algo primordial. Alunos dos mais diversos tipos e com as mais diversas dificuldades e anseios é o que compõe hoje o universo escolar. Por isso a escola precisa ser urgentemente repensada em suas práticas para se adaptar e estar atendendo efetivamente a todos os alunos. O deficiente visual, o deficiente físico, o deficiente auditivo, o obeso, o aluno que apresenta dificuldade acadêmica, o que apresenta distúrbio de comportamento, o negro, o pobre, o índio, todos devem ser atendidos por uma escola universal, democrática e de qualidade. Precisamos romper as barreiras estruturais e principalmente atitudinais que dificultam a inclusão de fato. Para Stainback (1999), o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos, independentemente de seu talento, deficiência, origem sócio-econômica ou origem cultural, em escolas onde todas as necessidades dos alunos são satisfeitas.

Inclusão e cooperação: todos deverão participar e pegar na ... · dificultam a inclusão de fato. Para Stainback (1999), o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos,

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Page 1: Inclusão e cooperação: todos deverão participar e pegar na ... · dificultam a inclusão de fato. Para Stainback (1999), o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos,

1.Problematização:

Inclusão e cooperação: todos deverão participar e pegar na bola !

No cotidiano escolar é evidente, apesar de um discurso inclusivo, as mais

variadas demonstrações e práticas excludentes. A realidade em questão, torna-

se ainda mais perturbadora a nós educadores, quando confrontados não nos

sentimos capazes de conter a dinâmica com que a exclusão se manifesta.

Tomando como base a idéia de que a escola não é um apêndice da sociedade,

mas sim é parte integrante desse contexto e nós profissionais da educação

responsáveis pela formação para a transformação social, torna-se essencial a

reflexão e a busca de alternativas que possam auxiliar na retenção/amenização

dessa problemática social.

Há uma necessidade urgente de mudança de atitude dos profissionais de

educação em relação ao diferente. Roberto Barth, cita que: “O que é

importante sobre as pessoas e sobre as escolas é o que é diferente, não o que

é igual”. (1999).

Na sociedade convivemos com diferentes pessoas e é justamente isso que

enriquece as relações sociais. Na escola como parte integrante da sociedade, a

situação não é outra, por isso o respeito pelo "diferente" é algo primordial.

Alunos dos mais diversos tipos e com as mais diversas dificuldades e anseios é

o que compõe hoje o universo escolar. Por isso a escola precisa ser

urgentemente repensada em suas práticas para se adaptar e estar atendendo

efetivamente a todos os alunos. O deficiente visual, o deficiente físico, o

deficiente auditivo, o obeso, o aluno que apresenta dificuldade acadêmica, o

que apresenta distúrbio de comportamento, o negro, o pobre, o índio, todos

devem ser atendidos por uma escola universal, democrática e de qualidade.

Precisamos romper as barreiras estruturais e principalmente atitudinais que

dificultam a inclusão de fato.

Para Stainback (1999), o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos,

independentemente de seu talento, deficiência, origem sócio-econômica ou

origem cultural, em escolas onde todas as necessidades dos alunos são

satisfeitas.

Page 2: Inclusão e cooperação: todos deverão participar e pegar na ... · dificultam a inclusão de fato. Para Stainback (1999), o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos,

A partir desse pressuposto abre-se uma brecha quando não uma grande

oportunidade para que se coloque em prática propostas pedagógicas que

venham superar as de exclusão. Nas aulas de Educação Física, em específico,

se o ambiente propicia de imediato a valorização de certas

habilidades/competências e aqueles que não possuem são desvalorizados,

poderá também chamar a atenção para que claramente evidenciadas as

diferenças estas sigam o ponto de partida para novas práticas

desportivas/pedagógicas.

A Educação Física que tem o corpo como objeto de estudo precisa respeitar as

diferenças e potencialidades de cada um. Cada vez mais nossas aulas de

Educação Física tem se voltado para a competição, aumentando ainda mais o

individualismo e o egocentrismo nas aulas. Quando se prioriza a competição

principalmente relacionada ao esporte ,exclui -se do processo educativo uma

grande parte dos alunos e as aulas devem estar voltadas e atender a todos ,

apesar de suas diferenças e não apenas àqueles que se destacam como

atletas. É necessário uma reflexão acerca das nossas aulas porque atitude

rotineira está sendo a de excluir do processo de desenvolvimento motor e da

participação efetiva os alunos obesos, portadores de necessidades especiais,

com menos habilidades, os de baixa renda. É fato portanto ,que nossa

diferença nos coloca uma individualidade biológica, cultural e social mas que

deve ser compreendida e principalmente trabalhada.

Adotar uma postura consciente diante destes problemas citados, implica a

participação na promoção de intenções e diretrizes que expressem valores

educacionais inclusivos e que nos levem à práticas criativas e inovadoras que

venham servir como um caminho para iniciar a mudança do cenário escolar. O

tal desejado mundo igualitário e justo que defendemos através da educação,

em que a justiça social e os direitos humanos deixem de ser meros conceitos

ou campos de estudo para se tornarem práticas efetivas depende também da

nossa proposta de trabalho e dos métodos que venhamos a utilizar na

efetivação do nosso trabalho.

Um exemplo disso é o que cita Vandecook, Sinclair e Tetlie (1988 apud. Livro

Inclusão) quando se refere à inclusão. Segundo eles nas salas de aulas

integradas todas as crianças enriquecem por terem oportunidade de

aprenderem uma com as outras, desenvolvem-se para cuidar uma das outras e

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conquistam as atitudes, as habilidades e os valores necessários para nossas

comunidades apoiarem a inclusão de todos os cidadãos.

E quando se trata de formar cidadãos significa nesse contexto não só imbuí-lo

de conhecimento mas de valores. A prática pedagógica portanto, deve estar

sustentada na ética, na justiça e nos direitos humanos. Mas o trabalho do

professor essencialmente deve estar fundamentado por uma perspectiva, uma

filosofia, uma concepção que o encaminhe para tal prática. Trabalhar com a

diversidade que a nós é apresentada é tarefa árdua porém necessária para que

a função social da escola de fato se realize.

Nessa perspectiva de incluir os alunos nas aulas de Educação Física um recurso

perfeitamente viável são os Jogos Cooperativos. Estes buscam aproveitar as

condições, capacidades, qualidades e habilidades de cada indivíduo. Neles o

que é mais importante é a colaboração de cada um, para que o grupo possa

atingir a eficiências nas tarefas estabelecidas. Através deles muitos valores

podem ser desenvolvidos como : a construção de uma relação positiva, a

empatia, a cooperação, a comunicação, a participação de todos .É visível a

importância das metas coletivas ao invés das individuais, pois neles não se

ganha de ninguém, não há o adversário e sim a superação de desafios e

obstáculos.

Para Brotto (2001) O jogo e o esporte na perspectiva dos jogos cooperativos

são contextos extraordinariamente ricos para o desenvolvimento pessoal e

para a convivência social. Pode-se aprender que o verdadeiro valor do jogo não

está em necessariamente vencer ou perder, nem em ocupar os primeiros

lugares no pódio, mas está também, fundamentalmente na oportunidade de

jogar juntos.

O jogo tem os elementos necessários à aprendizagem, pois ele desafia

desequilibra, descentraliza o pensamento e o comportamento. Estimula a

reflexão, a criatividade, a cooperação e a reciprocidade. Jogando, a criança vai

organizando o mundo a sua volta, vivenciando experiências, emoções e

sentimentos, descobrindo suas aptidões e possibilidades, construindo e

inventando alternativas. Porque ainda não são devidamente valorizados nas

aulas de Educação Física sendo possível adaptar qualquer jogo ou competição

para a forma cooperativa ? Será necessário perder toda a sua identidade sob a

ótica do brinquedo e da criatividade para que seja valorizado enquanto recurso

educacional nas aulas de Educação Física numa perspectiva inclusiva?

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Por fim indaga-se até quando os alunos de grupos especiais como obesos,

portadores de deficiências, com dificuldades motoras continuarão excluídos do

processo global e interacional das aulas de Educação Física, sendo sua

participação restrita aos espaços de jogos como xadrez e dominó?

Referências Bibliográficas:

BROTTO, Fábio Atuzi. Jogos Cooperativos: O jogo e o esporte como um exercício de convivência. Santos-SP. Projeto Cooperação.

STAINBACK, Susan e STAINBACK William. Inclusão: um guia para educadores. Trad.por Magda França. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

2. Investigação Disciplinar:

“Nas nossas aulas de Educação Física

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não nos basta a integração, nossa meta é a inclusão.”

Reconhecendo a corporalidade e todas as suas manifestações baseados em

cinco grandes eixos que são: jogos/brinquedos/brincadeiras , esporte,

ginástica, dança e lutas, a Educação Física precisa pensar o corpo como centro

de interesse da disciplina. Porém, isso não significa, contudo que se perca de

vista todas as dimensões relacionadas à ele. Faz-se necessário permitir que o

aluno compreenda que seu corpo está inserido em um contexto social cuja

compreensão dessa complexidade se obtém através da formação de uma

consciência crítica.

Como concepção básica dessa disciplina então, temos o corpo em

movimento,mas além dessa premissa há uma outras funções que são a de

propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade no qual está

inserido bem como também a estimulação da criatividade e o maior

conhecimento prático e teórico das mais diversas atividades físicas e

modalidades esportivas. A prática pedagógica precisa ir além da aptidão

física,de aprendizagem motora ou performance esportiva, ou seja, precisa

compreender a disciplina num contexto geral onde as relações sociais,

políticas, econômicas e culturais dos diferentes povos são estabelecidas em

suas relações.

O deficiente visual, o deficiente físico, o deficiente auditivo, o obeso, o aluno

que apresenta dificuldade acadêmica, o que apresenta distúrbio de

comportamento, o negro, o pobre, o índio, enfim, todos devem ser atendidos

por uma escola inclusiva, porém , de qualidade. Há possibilidades de

rompimento com as barreiras estruturais e principalmente atitudinais que

dificultam a inclusão de fato quando há no profissional além da formação e

capacitação que todos precisam, existe a intenção, a vontade em fazer a

"diferença" em relação às dificuldades ou desafios postos. A partir desse

pressuposto abre-se uma brecha , ou melhor, uma grande oportunidade para

que se coloque em prática não uma proposta de integração (como foi sugerido

no início das discussões em educação sobre a temática) mas a de implementar

uma proposta de luta ao“combate” à exclusão. Nas aulas de Educação Física,

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em específico, se o ambiente propicia de imediato a valorização de certas

habilidades/competências, apresentando uma característica enquanto

disciplina curricular excludente, competitiva e seletiva, é preciso que nós

profissionais, estejamos dispostos a resignificá-la enquanto uma área do

conhecimento que possa estar mais voltada ao pedagógico, a uma

aprendizagem significativa, a promoção humana e principalmente politizada.

Dentro dessa perspectiva poderíamos citar e reforçar a importância da

Educação Física enquanto disciplina no processo de escolarização que pode ser

perfeitamente também a de discutir em seus conteúdos práticas e modelos

dominantes que nada mais fazem do que promover a segregação dos alunos.

Se apontarmos para novas práticas como a dos Jogos Cooperativos , por

exemplo, e tomarmos o cuidado de valorizar pedagogicamente tais práticas e

seus contextos culturais e históricos em que estão inseridos teremos uma

ferramenta a mais ao trabalhar com a diversidade e exclusão escolar.

Porque mesmo estando em pleno século XXI ,trabalhar com a inclusão ainda

continua sendo um desafio, já que pressupõe que aprendamos sobre si mesmo

e sobre cada um daqueles que nos rodeiam nas suas inúmeras diversidades.

Na realidade o grande desafio de fato, será nesse contexto o de aprender a

viver com os outros, com as diferenças dos outros e sobretudo a compreender

o universo distinto ao nosso !!! Se a legislação garante as vagas na rede de

ensino regular aos alunos portadores de necessidades especiais cabe-nos

investigar : como estes alunos estão sendo trabalhados dentro de nossas

escolas e em nossas aulas? Será que não temos em nossa vã normalidade

nada a aprender com os que se apresentam com características diferentes?

Nossa metodologia e mensuração usados estão baseados em quais critérios

científicos, ou são provenientes dos nossos pré-conceitos? São alguns

questionamentos que indiscutivelmente farão com que nós, educadores

possamos refletir em nossas práticas pedagógicas e poder propor e efetivar o

novo.

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Referências Bibliográficas

ALVES, Rubens. Conversas sobre Educação. Campinas-SP. Versus, 2003.

BROTTO, Fábio Atuzi. Jogos Cooperativos: O jogo e o esporte como um exercício de convivência. Santos-SP. Projeto Cooperação

3. Perspectiva Interdisciplinar:

“Jogos Cooperativos e Artes: uma parceria possível”

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As diferentes formas de pensar a arte são constituídas nas relações sócios

culturais, econômicas e políticas do mundo histórico em que se desenvolvem,

neste sentido as diversas teorias sobre a arte estabelece referência sobre a

função social da mesma.

A arte precisa compreender a teoria estética que rege a sociedade dentro de

um contexto histórico com a sua referência que gere conhecimentos e articular

saberes de ordem cognitiva com significância sócio histórica de uma

determinada época.

Os jogos cooperativos estão estreitamente relacionados com o ensino de Artes,

pois pode-se através dos jogos desenvolver diferentes formas de expressão

corporal. Pode-se também, através dos jogos, desenvolver formas diferentes de

dança, um exemplo muito claro é a dança cooperativa, onde um ajuda o outro

a desenvolver um todo.

A Educação Física e a disciplina de Artes, estão ligadas de inúmeras formas,

tanto nos jogos, como nas danças,na música, lutas, nos esportes e na própria

ginástica.

Pode-se trabalhar de forma criativa, gostosa e o mais importante numa

perspectiva de educação inclusiva, as Artes ( nas suas várias formas de

manifestação) e Jogos Cooperativos nas escolas.

“ Trabalhando a inclusão numa perspectiva histórica”

Apresentar uma possibilidade de trabalho sobre inclusão na disciplina de

História poderia antes da década de 80 parecer uma tarefa das mais árduas.

Com o processo de abertura política ocorrido a partir de então, novos olhares

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sobre os fatos, acontecimentos e personagens históricos foram paulatinamente

se modificando.

Atualmente através das Diretrizes Curriculares estabeleceu-se a perspectiva de

inclusão social como referência preconizando a reflexão sobre a diversidade

cultural e os movimentos sociais organizados. Aliado a isso alguns

cumprimentos legais como a Lei nº13.381/01 que torna obrigatório os

conteúdos sobre a História do Paraná na rede pública estadual e a Lei nº

10.639/03 que prevê a obrigatoriedade no currículo a temática História e

Cultura Afro-Brasileira passam a fortalecer uma pedagogia inclusiva.

Sendo assim, o ensino de História que deve ser encaminhado mediante uma

aprendizagem significativa, onde o conhecimento que o aluno traz seja o ponto

de partida para posteriormente se relacionar com os demais conhecimentos e

novos significados, oferece dentro dos conteúdos propostos nos eixos: poder,

trabalho e cultura ,inúmeras possibilidades de reflexão da sociedade há

tempos excludente numa ótica que privilegie novos olhares mediante a ação

de medidas inclusivas.

Além de que , as relações interdisciplinares na disciplina de História podem

também perpassar por conceitos, metodologias de outras áreas, como

imagens, sons, textos que podem ser trabalhados historiograficamente.

4. Contextualização :

Cultura corporal:

jogos e brincadeiras nas aulas de Educação Física

A Educação Física carrega consigo marcas de uma história excludente. Já foi

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vista como meio de preparar ajuntamento para a defesa da nação, fortalecer

os trabalhadores ou buscar novos talentos esportivos. No entanto, hoje , é

necessário superar a ênfase na aptidão física para o rendimento padronizado

decorrente deste referencial conceitual e característico da Educação Física de

forma mais abrangente, incluindo todas as dimensões do ser humano

envolvido em cada prática de cultura corporal.

Atualmente é veiculado através da mídia a importância da atividade física

chamando a atenção a partir da idéia de que o corpo é uma máquina e que foi

feita para o movimento. Portanto, se partirmos dessa premissa focaremos em

específico a cultura corporal , o que é válido e necessário, porém passa a ser

indispensável o planejamento consciente para que as aulas de Educação Física

não sejam sectárias mas abrangente a todos. Porque enquanto disciplina que

propicia mais facilmente um ambiente descontraído, seria interessante que

utilizasse esse aspecto na integração/interação social entre os alunos.

Isso poderia se dar a partir de atividades que levassem não basicamente a

momentos competitivos, como a escola é campeã em reforçar, mas de

socialização, como um importante meio para tomada de consciência para que

possamos diminuir o número de pessoas excluídas e marginalizadas dentro da

escola.

Na maioria das vezes, o professor de Educação Física estimula a competição

sem limites, mas podemos criar outras possibilidades para se jogar e viver.

Uma sugestão seria o trabalho inclusivo a partir dos Jogos Cooperativos. A

escola seria o local ideal para se oportunizar o jogo, mas na maioria das vezes

ele só é utilizado para se passar o tempo, perdendo todo seu potencial de

educar através do lúdico.

Barreto apud SOLER (2003. p.21), “Jogos Cooperativos são dinâmicas de

grupos que tem por objetivo, em primeiro lugar, despertar a consciência de

cooperação, mostrar que a cooperação é uma alternativa possível e saudável

no campo das relações sociais; em segundo lugar, promover efetivamente a

cooperação entre as pessoas, na exata medida em que os jogos são, eles

próprios, experiências cooperativas”.

A Educação Física deve ser de todos, para todos e por todos. Desta forma, o

princípio de inclusão pode ser compreendido e entendido sobre duas

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abordagens que se complementam, mas que acabam sendo originados da

mesma questão. O direito de todos a prática de atividades físicas sem

discriminação, igualdade de oportunidade, respeito as diferenças.

Em uma delas a inclusão pode ser compreendida pelo acesso irrestrito dos

alunos portadores de necessidades educativas especiais às aulas de educação

física, no mesmo espaço, na mesma dinâmica que os alunos ditos “normais”. A

outra abordagem compreende o princípio de inclusão como a participação

indiferenciada de todos os alunos, independente de suas prévias capacidades

físicas, sociais ou intelectuais, raça ou gênero.

BROTTO (1997) alerta para fatores que dificultam e que facilitam os jogos.

Segundo ele, os que dificultam são: individualismo, desconfiança, falta de

clareza de objetivos, ausência de comunicação, competição, pressa, falta de

organização, ausência de liderança. Fatores que facilitam: clareza de objetivos,

solidariedade, confiança e respeito mútuo, comunicação aberta, cooperação,

parar para pensar, criatividade, liderança de todos, paz-ciência.

Um trabalho que no final, todos serão vencedores. As pessoas se divertem

muito, formando conceitos tudo de uma forma lúcida e, assim nascerá uma

nova geração, mais cooperativa e, solidária" (SOLER, 2003: 62, 63).

Então pode se considerar tarefa de Educação Física, ensinar a conviver. A vida

é uma convivência de uma fantástica variedade de seres humanos, velhos,

adultos, crianças das mais diversas raças, das mais variadas culturas, das mais

variadas. A escola como é um local de encontro e desencontros, encantos e

desencantos, e a medida em que se busca o igual, o uniforme, o espaço

escolar nem sempre é tido como heterogêneo.

Eizirik (2003) acredita ainda que parece ter havido um esquecimento por parte

das escolas de que os alunos que as freqüentam vem de diferentes contexto

sociais, e desta forma, as diferenças étnicas, sociais, físicas, sexuais e

intelectuais são vistas com estranheza ou como um desvio a ser corrigido.

Ressalta o autor que é fundamental e necessário um novo modo de ver a

escola, construindo-se um espaço onde se possa “viver a expressão, e a

criação” e onde as experiências de vida sejam valorizadas e a aprendizagem

não represente um fracasso, mas um “percurso de múltiplos caminhos”, uma

vez que para Eizirik (2003) “ensinar é perturbar o estável, o igual, estimulando

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e alertando para outras facetas dos fenômenos, incentivando o trânsito por

novos horizontes”.

Neste âmbito, acredita-se que o papel do educador vai além do simples

repassar de informações. É a busca de possibilidades pedagógicas, além da

lógica do possível e não possível. Essas possibilidades servem como alicerces à

construção de novos sentidos ao ensino, o qual deve ser sempre e todo

“especial”.A citação abaixo demonstra que não é só o portador de deficiência

que precisa ser incluído nas aulas de Educação Física, mas todos os alunos :

“Eu vivo nas maiores angústias pessoais: de emagrecer, de não ser nada, de não

valer nada, de ser feio. Eu era gordo, também me lembro do professor de educação física. Ele

entrava, aquele peito enorme, cintura fininha. O que eu fazia na educação física não era nada.

As coisas mais importantes nas aulas de educação física eram as mensurações de desempenho

atlético de cada aluno: salto em altura, salto em distância, corrida de 50 metros, corrida de 200

metros, subir numa corda. Para mim, uma humilhação porque eu era gordo e mole.”

(Dimenstein e Alves, 2003, 26)

Assim, as escolas necessitam eliminar atitudes preconceituosas, adequando

seus programas, preparando os alunos e famílias e capacitando continuamente

seus profissionais.

De acordo com Pereira (2005) mesmo com o advento do novo milênio, o

desenvolvimento constante de novas tecnologias e a incessante busca do

homem pela melhoria, ainda hoje as pessoas portadores de algum tipo de

deficiência são vítimas de preconceitos e discriminações.

Hoje, por meio da educação inclusiva, busca-se a transformação dessas

posturas, tendo como idéia central a mudança no modo de entender a pessoa

que apresenta necessidades especiais , proporcionando assim, como já citou

Sassaki (1999) “uma sociedade para todos”.

Como bem menciona Stainback & Stainback (1999) a educação é uma questão

de direitos humanos e indivíduos com deficiências devem fazer parte das

escolas, as quais precisam modificar seu funcionamento para incluir todos os

alunos, e as características de uma escola de qualidade, decorrem do

paradigma da inclusão, onde enfatiza-se o processo de adequação da escola às

necessidades dos alunos para que possam estudar, aprender, crescer e exercer

plenamente a sua cidadania.

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Referências Bibliográficas:

ALVES, Rubens. Conversas sobre Educação. Campinas-SP. Versus, 2003.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1991.

STAINBACK, Susan e STAINBACK William. Inclusão: um guia para educadores. Trad.por Magda França. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

SOLER, Reinaldo. Jogos Cooperativos para a educação infantil. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint,2003.

5.Sítios:

1. Banco de escola (http://www.bancodeescola.com.br)

Este sítio o professor encontrará textos e artigos sobre inclusão escolar além

de informações sobre diversos temas educacionais. O ambiente virtual sugere

alguns curtas-metragens, indica algumas referências bibliográficas sobre

inclusão escolar e social de pessoas com deficiência.

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2.Educação on line (http://www.educacaoonline.pro.br)

Sítio bastante rico em informações sobre assuntos/questões educacionais

diversos. É um ambiente dedicado ao professor e às pessoas interessadas em

educação. Disponibiliza em sua página inúmeros artigos, inclusive sobre

educação inclusiva, livros e links.

3.Entre Amigos (http://www.entreamigos.com.br)

É um sítio que oferece diversos serviços relacionados a deficiência, como:

Escola Viva ( informações sobre educação inclusiva), Guia Eletrônico

(informação sobre a isenção de impostos), @Bis ( cadastro de emprego para

pessoas com deficiência.). Disponibiliza também em sua página outras séries

de recursos como: notícias, chat, textos e um banco de dados.

4.Inclusão (http://www.inclusao.com.br)

O sítio trabalha a temática da Educação Inclusiva, organizando o conteúdo a

partir do livro infantil “Somos todos iguais?” , inclusive disponibilizando os

personagens infantis como mais um referencial para a pesquisa no site .

Apresenta textos e artigos diversos, oferece dicas e links aos pais,

profissionais, professores que pretendem obter informações sobre tal temática.

5.Jogos Cooperativos (http://www.jogoscooperativos.com.br)

Site que torna a Pedagogia da Cooperação acessível ao maior número possível

de educadores através de informações focadas neste tema.

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6.Vídeos:

1. O Clube dos Cinco

Direção:John Hughes

Produtora:Universal Pictures/ A&M Films

Ano: 1985

Disponível em: http://www.anos80.com.br/filmes/breakfast_club.html

Comentário sobre o filme:

O filme conta a história de cinco adolescentes. Cada um com um perfil próprio,

representando cada cada um esteriótipo. Tinha nesse grupo o atleta, a

princesa, o gênio, o complicado, o criminoso.

Devido as infrações que cometeram no colégio são penalizados e recebem a

tarefa de redigir uma redação com 1.000 palavras falando sobre si.

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Para a sua realização passarão um sábado confinado na biblioteca. Com o

passar do tempo surgem rivalidades, conflitos que depois acabam se

transformando em confissões e auto-análise a ponto de se tornarem amigos.

2.Escritores da Liberdade

Direção: Richard LaGravanese

Produtora:Paramount Pictures Brasil

Ano: 2007

Disponível :http://br.cinema.yahoo.com/dvd/filme/14178/escritoresdaliberdade

Comentário sobre o filme:

O filme conta a história de uma professora inexperiente que ao assumir suas

primeiras aulas num bairro de periferia dos EUA se defronta com uma turma

bastante problemática, onde as rivalidades e preconceitos eram fortíssimos.

Será através de muita perseverança, carinho, dedicação e novos métodos,

entre eles o de leitura sobre livros que contavam histórias de guerras racistas,

separatistas, de gangues, que conseguirá embutir nos seus alunos novos

valores.

7.Imagens:

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Comentário:

As imagens nos permite aprofundar questionamentos quanto a política de

inclusão nas escolas públicas. Mostram que os jogos podem ser organizados

de forma a incluir todos os alunos. Nós como seres humanos, buscamos

estágios superiores, porém para isso ser atingido as diferenças que hoje se

apresentam deverão ser somadas, aceitas e compartilhadas entre todos no

intuito de atingirmos enquanto educadores a visão totalitária do ser humano.

8.Propostas de atividades: Jogos Cooperativos

* Acerta pé:

Organização:

Dois grupos em forma de círculo, sendo um interno de mãos dadas e de costas

voltadas para o centro, e outro externo sem dar as mãos, afastados por volta

de três metros do interno, de frente para este.

Execução:

Com uma bola (ou mais) os do grupo externo tentam acertar os pés dos que

estão no círculo interno. Quem for atingido passará a fazer parte do grupo

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externo. A brincadeira termina quando todos os participantes do grupo interno

forem atingidos.

Sugere-se também, quando sobrar dois ou um no círculo interno, que se faça à

brincadeira do “bobinho”, e quem errar deverá fazer parte do grupo interno

(sem dar as mãos) até formar novamente um grupo com quase metade dos

participantes. Começa-se novamente a atividade.

* Confraternização dos bichinhos:

Organização:

Necessita-se vendar os olhos de todos. Os participantes são separados em

quatro grupos: os números “1” formam um grupo; os números “2” formam

outro grupo, assim como os “3” e os “4”. Cada grupo escolhe um bicho para

imitar o som que ele faz. Após, espalham-se pela quadra.

Execução:

Ao sinal, os bichos de igual som devem se encontrar, somente imitando o som

do animal escolhido. Quando dois se encontrarem, devem se abraçar ou dar as

mãos e procurar outro colega do grupo. Depois que todos se encontraram

(todos os grupos), deve-se realizar uma grande confraternização com todos se

abraçando.

* Golfinhos e sardinhas:

Organização:

Todos os participantes (sardinhas) de um lado da quadra e um pegador

(golfinho) na linha central.

Execução:

O golfinho só pode deslocar-se lateralmente em cima da linha. As sardinhas

tentarão passar para o outro lado da quadra. Quem for pego vira golfinho e dá

a mão ao outro golfinho, formando aos poucos uma corrente. Só os das

extremidades podem pegar. Quando o número de golfinhos ultrapassar o

Page 19: Inclusão e cooperação: todos deverão participar e pegar na ... · dificultam a inclusão de fato. Para Stainback (1999), o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos,

número de sardinhas, as sardinhas podem “salvar” golfinhos (os que quiserem

ser salvos) passando por baixo das pernas dos golfinhos. Assim, tornam-se

novamente sardinhas, e a brincadeira continua infinitamente.

* Jogo Coletivo (duas equipes)

Organização:

Duas equipes. Jogos como “Futpar”, “Basquete amigão”, “Handpar”, “Futebol

paredão”, “Handebol gigante”, “Voleibol gigante” e “Mini-voleibol”, e outros,

podem ser jogados com regras cooperativas.

Execução:

Exemplos de regras: a) só se pode marcar ponto (ou fazer gol) se todos

pegarem na bola; b) vence a equipe em que todos fizeram ponto (ou gol); c)

inversão do goleador (quem faz gol/ponto troca de equipe); d) inversão do

placar (quando acontece um gol/ponto, marca-se para a outra equipe); e)

inversão total (goleador troca de equipe e ponto para a outra equipe); f) todos

têm que passar por todas as posições; g) passe misto (alternar passes entre

meninas e meninos); g) resultado misto (alternar finalização ou ponto/gol entre

meninos e meninas); h) quem fez gol ou ponto não pode mais fazê-lo.

Sugere-se também criar regras mudando as formas de finalização (só pode

com a mão não dominante, com a cabeça, com outra parte do corpo a ser

sugerida) ou de defender (não pode usar as mãos; só pode usar os membros

inferiores; e outros). Pode-se dificultar: só se pode finalizar ou fazer passe se

estiver no ar; quem estiver com a bola e for tocado perde a posse da bola.

* Levando a bola:

Organização:

Necessitam-se dois bastões ou vassouras e uma bola. Em duplas, a turma deve

ser separada em dois grupos. Cada grupo deve ficar em lados opostos da

quadra na formação em coluna.

Page 20: Inclusão e cooperação: todos deverão participar e pegar na ... · dificultam a inclusão de fato. Para Stainback (1999), o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos,

Execução:

Com os bastões, a primeira dupla deve levantar a bola e carregá-la até a dupla

do lado oposto, que deve fazer o mesmo, e assim por diante. Pode-se estipular

um tempo para a tarefa ser realizada por todas as duplas.

* Pára e vai (beisebol):

Organização:

Estabelecer número de bases igual ao número de participantes (cada

participante numa base) em forma de círculo, e as bases distantes em torno de

dois metros uma da outra. Duas bases ficam livres, que são a do arremessador

e do rebatedor. Estes devem ficar na parte interna do círculo.

Execução:

O arremessador terá três tentativas para jogar a bola para o rebatedor. Quem

do círculo interceptar a bola (no ar ou chão) deverá gritar “peguei”. Nesse

momento, o rebatedor que tinha saído correndo a partir de sua base, deverá

parar (mesmo que esteja entre duas bases). O próximo rebatedor (pode ser

sentido horário) fará a mesma coisa do anterior, e este tentará completar seu

percurso. O jogo só termina quando todos voltarem as suas bases. O

arremessador também pode ser trocado.

* Queimada invertida (caçador):

Organização:

Duas equipes distribuídas como no caçador normal.

Execução:

Inicia-se como o caçador normal, porém o participante que for queimado irá

para a base (reserva) da equipe que o queimou, levando a bola. Um dessa base

(reserva) entrará no lugar dele. Caso tenha contagem, procura-se verificar o

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lado que ganhou, e não a equipe.

OBS: Outra brincadeira divertida é o “caçador ao contrário”, em que todos

começam na reserva e só um fica na quadra. À medida que o participante da

quadra é queimado se junta a ele um reserva. No caso cooperativo, sugere-se

entrar na outra equipe.

* Rebatida (beisebol):

Organização:

Pode ser em círculo e cada dupla dentro de uma base. As bases deverão ser

numeradas. Uma dupla (sem base) deverá ser escolhida para ser arremessador

e rebatedor e deverá ficar na parte interna do círculo.

Execução:

Logo que o rebatedor acertar a bola, deverá gritar um número correspondente

a uma base. Os que estiverem nela deverão buscar a bola. Enquanto isso as

duplas devem trocar de bases. A dupla que foi buscar a bola também pode

entrar numa base. Como há uma base a menos, a dupla que ficar sem base

será a próxima a arremessar e rebater.

* Voleibol Gigante Cooperativo:

Organização:

Igual ao voleibol gigante.

Execução:

No momento do rodízio, o participante que estiver saindo pela posição nove

(09) de uma equipe, deve entrar na posição um (01) da outra equipe. Para o

rodízio dar certo e não acumular participantes esperando numa equipe e faltar

em outra (caso uma equipe faça muitos pontos seguidos), sugere-se que as

duas equipes façam rodízio cada vez que for ponto (tanto de uma equipe como

da outra).

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Referências Bibliográficas:

BROTTO, Fábio Atuzi. Jogos Cooperativos: O jogo e o esporte como um

exercício de convivência. Santos:SP. Projeto Cooperação

SOLER, Reinaldo. Jogos Cooperativos para a educação infantil. 3. ed. Rio

de Janeiro: Sprint, 2003.

“Jogos Inclusivos p/ alunos com Deficiência Mental”

Existem diferentes atividades práticas que o professor de Educação Física pode

utilizar em suas aulas para que aconteça a inclusão de fato. Nos esportes

coletivos, o professor deve atentar e direcionar, na forma que todos participem

de tudo o que está acontecendo na aula. O professor não deve se preocupar

com as regras oficiais do esporte, as regras devem ser sempre adaptadas para

que haja a participação efetiva durante todo o jogo. As atividades podem ser

desenvolvidas normalmente. O professor deve explicar de forma clara e

objetiva como vai se desenvolver a atividade. Todos os alunos devem

participar, um ajudando o outro.

Com o deficiente mental pode ser desenvolvidas as seguintes atividades:

*ginástica aeróbica;

*dança de salão;

*dança folclórica;

*ginástica acrobata;

*atletismo;

*salto em altura;

*salto em distância;

*arremesso;

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*corrida de velocidade;

*corrida de longa distância;

*corrida de revezamento.

*futsal adaptado;

*futebol de campo adaptado;

Como propostas de atividades inclusivas (jogos para alunos com Deficiência

Mental e os Jogos Cooperativos), o objetivo geral seria o favorecimento aos

alunos de uma maior participação, a superação da atividade como simples

competição. A avaliação das mesmas dar-se-á mediante o envolvimento e a

colaboração dos alunos para que todos participem efetivamente.

9.Sugestões de Leitura:

CARVALHO.Rosita Edler.Educação Inclusiva:com os pingos nos “is”.Porto

Alegre:Mediação,2004

Comentário:

A autora trabalha a questão do direito a igualdade, a uma educação de

qualidade que satisfaça às necessidades primordiais de cada ser humano. Ques

este possa obter conhecimentos , que sejam exploradas as suas

potencialidades para proporcionar-lhe assim uma vida melhor. Em sua obra

explora a função da escola, das políticas públicas, planejamento e

administração escolar para que assim repensadas as práticas possam ser de

fato inclusivas.

SANTOS,Mônica P;PAULINO,Marcos M .Inclusão em Educação:Culturas,

Políticas e Práticas.São Paulo:Cortez,2006

Page 24: Inclusão e cooperação: todos deverão participar e pegar na ... · dificultam a inclusão de fato. Para Stainback (1999), o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos,

Comentário:

O livro apresenta a dialética entre inclusão/ exclusão a partir de três eixos

básicos: a cultura, as políticas e as práticas. Torna-se uma leitura bastante

interessante a medida que apresenta uma discussão que propõe que esses

eixos devem ser trabalhados juntos numa ação de inclusão. Os obstáculos a

inclusão só seriam superados se as práticas forem decorrentes da reflexão

sobre as inter relações dos eixos propostos. A leitura é principalmente indicada

aos profissionais da educação e a quem busca entender os conceitos que

permeiam esse campo de discussão.

STAINBACK,Susan.STAINBACK,Willian.Inclusão:Um guia para educadores.

Porto Alegre:Artes Médicas,1999

Comentário:

Este livro traz uma visão muito importante sobre a inclusão de alunos

portadores de deficiência na escola regular. Oferece informações para que o

professor possa estar modificando sua prática em sala de aula numa

perspectiva de educação inclusiva. Além de exemplificar de maneira bem

objetiva e prática quanto à organização dos currículos, da própria sala de aula

e situações desafiadoras no cotidiano escolar frente à inclusão.

DIEHL.Rosilene Moraes.Jogando com as diferenças. São Paulo:Phorte,2006

Comentário:

Este livro traz diversas formas de se trabalhar criativamente com os jogos com

pessoas portadoras de deficiências.

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BROTTO. Fábio Orttuzi. Jogos Cooperativos:o jogo e o esporte como um

exercício de convivência. Santos: Re-Nomada, 2002.

Comentário:

Livro que aborda textos e práticas dos jogos cooperativos, bastante importante

para quem quer trabalhar com a Educação Física voltada para a participação

de todos.

SOLER. Reinaldo. Jogos Cooperativos para a educação infantil. Rio de

Janeiro: Sprint, 2003.

Comentário:

Livro que apresenta subsídios para se trabalhar de forma cooperativa com a

Educação Física infantil. Pretende em sua obra orientar sobre como colocar os

jogos cooperativos nas escolas, além de desmistificar a competição como fator

determinante e preponderante na prática escolar .

BROTTO. Fábio Arttuzi. Jogos Cooperativos: se o importante é competir, o

fundamental é cooperar. Santos: Re-Nomada, 1997.

Comentário:

Um livro de fácil leitura que traz subsídios para o professor de educação física

trabalhar suas aulas de forma cooperativa, através de jogos de fácil aplicação.

Em sua obra o autor propõe um novo paradigma, ou seja, um novo enfoque

para os jogos, onde a vitória deixa de ser individualizada, pois o vencedor é

aquele jogador que auxiliou o outro a vencer portanto VENCEM JUNTOS.

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ARGENTA. Luana Pereira. A inclusão da criança no ensino regular.

Disponível em : http://www.geocities.com

Comentário:

O artigo chama-nos a atenção sobre a inserção das pessoas com deficiência

junto à sociedade. Para que uma mudança quanto a um comportamento

excludente construído historicamente ocorra é colocado que há necessidade de

adaptações sociais e educacionais. Centra as informações a respeito dos

portadores de surdez, atribuindo no texto várias orientações pedagógicas

acerca de tal deficiência.

Coletânea de autores. Diretrizes Curriculares. Disponível

em

:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretr

izes/diretrizes/dire

Comentário:

Traz todas as diretrizes do estado do Paraná e da disciplina de Educação Física,

na qual tem uma parte específica que fala dos jogos e brincadeiras. Muito

importante para quem quer desenvolver os jogos cooperativos nas aulas.

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10. Destaques:

Título: Brasil adotará documento da ONU sobre pessoas com

deficiência

Fonte: Ministério da Educação e Cultura

A notícia publicada no dia 14/05/2008 informa que foi aprovado a Convenção

Internacional sobre os Direitos das pessoas com deficiências na Câmara dos

Deputados. Tal Convenção assegura a inclusão educacional das pessoas com

deficiência em todos os níveis de escolaridade. Essa nova política de Educação

Especial demonstra a perspectiva inclusiva e passa a orientar os sistemas de

ensino a se transformarem em sistemas educacionais inclusivos. Veja abaixo o

documento na íntegra e onde acessá-lo.

Brasil adotará documento da ONU sobre pessoas com deficiência

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira, 13, em primeiro turno, a

Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Foram

418 votos favoráveis, nenhum contrário e 11 abstenções. Quando a norma

entrar em vigor, o Brasil passará a ser o 21º país a adotar a Convenção,

elaborada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nos demais países,

vigora desde 3 de maio deste ano.

De acordo com o artigo 5o da Constituição, tratados e convenções

internacionais sobre direitos humanos ganham o status de emenda

Page 28: Inclusão e cooperação: todos deverão participar e pegar na ... · dificultam a inclusão de fato. Para Stainback (1999), o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos,

constitucional se aprovados por três quintos dos votos, em dois turnos, nas

duas casas do Congresso Nacional.

A Secretária de Educação Especial do Ministério da Educação, Cláudia Pereira

Dutra, enfatizou a importância do documento, que foi discutido durante três

anos. “No que diz respeito à educação, a Convenção assegura a inclusão

educacional das pessoas de deficiência em todos os níveis de escolaridade, por

meio do Artigo 24, que garante, por exemplo, que nenhuma pessoa com

deficiência seja excluída do sistema educacional geral sob alegação de

deficiência”.

A política desenvolvida pelo Ministério da Educação na defesa de uma

educação inclusiva se consolidará com a aprovação da Convenção. As medidas

previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e na Agenda Social,

eixo Cidadania e Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência, visam

assegurar o direito de todos à educação de qualidade, promovendo ações de

acessibilidade nos recursos, equipamentos, materiais didáticos e pedagógicos

e nos prédios escolares, com o objetivo de garantir o acesso e a permanência

de pessoas com deficiência nas classes comuns do ensino regular.

A nova Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva,

publicada em janeiro de 2008, orienta os sistemas de ensino a transformarem-

se em sistemas educacionais inclusivos, e estão em sintonia com os princípios

da Convenção.

Acessado em :24/nov/2008

Disponível em :

http: /portal/mec.gov.br/sesp/index.php?option=com_content&task=view&id=

10506&itemid=360

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Título Deficiente auditivo fica famoso

Fonte:Globo.com

O destaque é para Signmark, finlandês, 30 anos e surdo de nascença que

tornou-se o primeiro rapper deficiente auditivo.

A iniciativa de encarar o desafio de "cantar" sem ao menos nunca ter ouvido

sequer uma nota musical, partiu de um imensa vontade em se tornar artista.

Mas confessa que após atitudes preconceituosas na escola por parte de um

professor sentiu-se ainda mais motivado a superar suas dificuldades.

Torna-se o destaque bastante interessante ,sendo possível inclusive observar

na matéria,a demonstração de como a escola muitas vezes contribui

demasiadamente e determinantemente para a política de exclusão e

disseminação do preconceito.

Partindo dessa premissa basicamente as letras de suas músicas denunciam o

preconceito e a discriminação sofrida pelos deficientes auditivos.

Veja o texto na íntegra acessando:

http://g1.globo.com/noticias/musica/o,,mul754790-7085,00.html

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11 .Notícias:

Título: Mais apoio para a educação inclusiva

Edição: Letícia Tancredi

Fonte: Ministério da Educação e Cultura

Disponível em: http://www.mec.gov.br/seesp

Notícia relatando sobre o decreto 6.571/08 que concede um maior apoio do

Ministério da Educação para a educação inclusiva, concedendo mais recursos e

consolidando as diretrizes já existentes .

Veja abaixo a notícia na íntegra:

SOBRE O DECRETO 6.571/08

O decreto 6.571/08, que reestrutura a educação especial, foi apresentado

nesta quinta-feira, 18, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. O

documento consolida diretrizes e ações já existentes, voltadas à educação

inclusiva, e destina recursos do Fundo da Educação Básica (Fundeb) ao

atendimento de necessidades específicas do segmento. O objetivo é dar apoio

complementar à formação de alunos com deficiência.

As escolas públicas de ensino regular que oferecem atendimento educacional

especializado no contra turno das aulas terão financiamento do Fundeb a partir

de 2010. A matrícula de cada aluno da educação especial em escolas públicas

regulares será computada em dobro, com base no censo escolar de 2009,

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aumentando o valor per capita repassado à instituição. Isso vai possibilitar o

investimento na formação continuada de professores, na implantação de salas

de recursos multifuncionais e na reformulação do espaço físico.

Segundo o ministro Fernando Haddad, 97% das crianças de seis a 14 anos

estão na escola, mas o MEC tem buscado os 3% que não estão. Nesse universo

estão muitas crianças com deficiência, com transtornos globais do

desenvolvimento e com altas habilidades ou super dotação. “Se quisermos

atingir os 100%, temos que tratar indivíduo a indivíduo, para que todas as

pessoas tenham acesso à educação de qualidade”, enfatizou.

Uma dessas crianças era Davi Souza, estudante da rede estadual de Fortaleza.

Hoje, o garoto cursa a sétima série do ensino fundamental, mas ele mesmo

conta que foi difícil ingressar na escola por causa da discriminação pela

deficiência. “Minha mãe tentava me matricular, mas as escolas não me

aceitavam. A grande dificuldade das pessoas é não ter informação. Não é um

favor que as escolas fazem ao receber alunos com deficiência, mas uma

obrigação, um dever. É lei”, destacou.

“O Davi é a razão da nossa luta e desse decreto”, exemplificou o ministro. Para

ele, a tarefa de implementar as políticas públicas para a educação especial

exige muito apoio da comunidade e sinergia de ações. Portanto, segundo

Haddad, o documento serve de guia tanto para os gestores quanto para a

sociedade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação determina que o poder público amplie

o atendimento aos estudantes com necessidades especiais na própria rede

pública regular de ensino, preferencialmente. A Política Nacional de Educação

Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva/2008 propõe a mudança de

valores, atitudes e práticas educacionais para atender a todos os estudantes,

sem nenhum tipo de discriminação, assegurando uma educação de qualidade.

Dados do censo escolar mostram que o Brasil tem conseguido reverter quadros

históricos de exclusão educacional. Em 1998, havia 337.326 alunos da

educação especial matriculados em 6.557 escolas. Em 2007, o número saltou

para 654.606 estudantes, em 62.195 escolas, sendo que 63% das matrículas

são na rede pública. O número de alunos nas classes comuns do ensino regular

passou de 43.923, em 1998, para 306.136 em 2007. Destes, 83.117 recebem

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atendimento educacional especializado.

Título: Educação Especial terá investimento

Edição: Ana Guimarães

Fonte: Ministério da Educação e Cultura

Disponível em: http://portal.mec.gov.br/sesp.index.php?

option=com_content&talk=view&id=11222&interna=6

A notícia datada em 10/09/08 informa que no dia 19/009/2008 aconteceria um

pregão eletrônico do Ministério da Educação e Cultura para adquirir novos

equipamentos ( microcomputadores e notebooks)para organização de salas de

recursos multifuncionais.

Ressalta em seu conteúdo que nada substitui o ensino regular e que essas

salas de atendimento funcionariam no período oposto ao que o aluno estivesse

freqüentando as aulas e que serviriam para amenizar as dificuldades destes

alunos.

Segundo a notícia o então presidente Luís Inácio Lula da Silva até o final

daquele mês estaria assinando um decreto que aumentaria os recursos

repassados ao Fundeb para alunos com deficiências.

Veja abaixo a notícia na íntegra:

Educação Especial terá investimento

O Ministério da Educação promoverá pregão eletrônico no dia 19 próximo para

aquisição de equipamentos destinados à montagem de 4,3 mil salas de

recursos multifuncionais. As instalações serão utilizadas para a inclusão de

alunos com deficiência no ensino regular. Entre os aparelhos necessários para o

atendimento especializado estão 4,3 mil microcomputadores completos e 5,6

mil portáteis (notebooks). A intenção é garantir que as escolas tenham

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condições de atender à nova política nacional de educação especial na

perspectiva da educação inclusiva, oficializada em julho.

Um dos pilares da nova política é a idéia de que o atendimento especializado

não substitui o ensino regular. Ou seja, os alunos com deficiência devem

receber atenção específica para minimizar suas dificuldades e, ao mesmo

tempo, cursar o ensino regular. As salas serão montadas justamente para

viabilizar o atendimento especializado, que deve ser proporcionado, de acordo

com especialistas, no turno oposto ao das aulas regulares.

O edital que estabelece as normas do pregão eletrônico está disponível no

Portal de Compras do governo federal e na página eletrônica do Fundo Nacional

de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“Todas as crianças têm direito à educação e, no caso dos alunos com

deficiência, a garantia desse direito é o atendimento especializado”, explica

Rosângela Machado, coordenadora-geral da política pedagógica da educação

especial do MEC.

Avanços — Até o fim deste mês, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da

Silva, deve assinar decreto que destinará mais recursos do Fundo da Educação

Básica (Fundeb) a alunos com deficiência. As escolas receberão duas vezes o

valor do repasse de um aluno sem deficiência para cada aluno com deficiência

matriculado. “Esse dinheiro deve ser utilizado para custear recursos que

garantam a acessibilidade dos estudantes”, afirmou Rosângela.

Em março de 2007, o Brasil assinou a Convenção Internacional sobre os

Direitos das Pessoas com Deficiência, na sede das Nações Unidas, em Nova

York, Estados Unidos. O documento tem equivalência com a Constituição. Ou

seja, nenhuma lei relacionada a pessoas com deficiência pode ir contra os

preceitos estabelecidos pela convenção. Com a assinatura, o país se

compromete a garantir a inclusão de estudantes com deficiência em escolas

regulares.

Pela nova norma, o descumprimento de qualquer item que favoreça a inclusão

das pessoas com deficiência é considerado discriminação. Isso abrange, por

exemplo, a acessibilidade, seja por meio de ônibus adaptados para pessoas

com deficiência ou legendas nos programas de televisão.

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12. Paraná:

Título: Inclusão de alunos especiais ganha respaldo do governo

Neste recurso foi incluído um texto sobre ações e recursos do governo do

Estado em relação a inclusão de alunos especiais no ensino regular. Estas

ações vão desde adaptações arquitetônicas, sala de recursos multifuncionais,

adequação do conteúdo curricular até a preparação/formação dos professores.

Além dessas ações do governo a matéria cita o Portal da Inclusão, uma espécie

de consultoria na área que atende a escolas particulares e aos pais das

crianças e adolescentes com deficiências. Sediada em Curitiba mas com

algumas filiais pelo Paraná, oferece apoio mediante o trabalho de uma equipe

interdisciplinar.

Para ler o texto na íntegra acesse o site:

http:/ www.paranashop.com.br/colunas_notas.php?id=19052

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