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CEM NORTE DE11562011GRC Diretor-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Diretor: Peixoto de Sousa 4,00 euros (IVA incl.) FEVEREIRO • 2ª QUINZENA ANO 82º • 2014 • N o 4 O Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei que fixa os novos critérios legais a considerar no despedimento por extinção de posto de trabalho, na sequência da declaração de inconstitucionalidade dos anteriores critérios, efetuada pelo acórdão do Tri- bunal Constitucional nº 602/2013, de 20.9 (consultar informação publicada no Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 684). Assim, o Governo procedeu à aprovação dos 5 crité- rios objetivos, “densificados” e por ordem hierárquica que permitem o despedimento em caso de extinção do posto de trabalho ou inadaptação do trabalhador. O Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social enumerou os critérios aprovados: - avaliação do desempenho com critérios objetivos e do conhecimento prévio do trabalhador; - habilitações académicas e profissionais; - onerosidade da manutenção do vínculo laboral; - experiência na função que desempenha no mo- mento; - antiguidade na empresa onde trabalha. Inconstitucionalidade justica novas alterações ao Código do Trabalho Despedimento por extinção de posto de trabalho com novas regras NESTE NÚMERO: • IRS: esclarecimentos práticos para o preenchimento e entrega da declaração modelo 3 • Empresas de trabalho temporário: novo regime legal • Sorteio “Fatura da sorte” (Continua na pág. 147) SUMÁRIO Legislação Lei n.º 5/2014, de 12.2 (Empresas de trabalho temporário - agências privadas de colocação de candidatos a empregos - alterações ao DL nº 260/2009, de 25.9).................................... 137 DL nº 26-A/2014, de 17.2 (Medidas de reforço de combate à economia paralela e à evasão fiscal - sorteio “Fatura da sorte”) ...................................... 133 Despacho nº 1962/2014, de 7.2 (Comissão para a Reforma da Fiscalidade Verde - 2014) ......... 136 Informações vinculativas IVA: vinhos da própria produção agrícola - taxas; creches e jardins de infância; serviços prestados por veterinários e quotas pagas pelos associados - taxas ............................... 128 a 130 Obrigações fiscais do mês e informações diversas .......................................................... 110 a 114 IRS: esclarecimentos sobre a declaração mod. 3 115 Trabalho e Segurança Social Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho ............................................ 146 a 149 e 150 Jurisprudência do Trabalho Retribuição - Acordo de redução; Resolução do contrato de trabalho pelo trabalhador; Contrato de trabalho - Discriminação do trabalhador ............ 149 Sumários do Diário da República ............................. 152

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CEM NORTEDE11562011GRC

Diretor-adjunto:Miguel Peixoto de Sousa

Diretor:Peixoto de Sousa

4,00 euros (IVA incl.)

FEVEREIRO • 2ª QUINZENA ANO 82º • 2014 • No 4

O Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei que fi xa os novos critérios legais a considerar no despedimento por extinção de posto de trabalho, na sequência da declaração de inconstitucionalidade dos anteriores critérios, efetuada pelo acórdão do Tri-

bunal Constitucional nº 602/2013, de 20.9 (consultar informação publicada no Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 684).

Assim, o Governo procedeu à aprovação dos 5 crité-rios objetivos, “densifi cados” e por ordem hierárquica que permitem o despedimento em caso de extinção do posto de trabalho ou inadaptação do trabalhador.

O Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social enumerou os critérios aprovados:

- avaliação do desempenho com critérios objetivos e do conhecimento prévio do trabalhador;

- habilitações académicas e profi ssionais;- onerosidade da manutenção do vínculo laboral;- experiência na função que desempenha no mo-

mento;- antiguidade na empresa onde trabalha.

Inconstitucionalidade justifi ca novas alterações ao Código do Trabalho

Despedimento por extinção de posto de trabalho com novas regras

NESTE NÚMERO:• IRS: esclarecimentos práticos

para o preenchimento e entrega da declaração modelo 3

• Empresas de trabalho temporário: novo regime legal

• Sorteio “Fatura da sorte”

(Continua na pág. 147)

SUMÁRIOLegislaçãoLei n.º 5/2014, de 12.2 (Empresas de trabalho temporário - agências privadas de colocação de candidatos a empregos - alterações ao DL nº 260/2009, de 25.9) .................................... 137DL nº 26-A/2014, de 17.2 (Medidas de reforço de combate à economia paralela e à evasão fi scal - sorteio “Fatura da sorte”) ...................................... 133Despacho nº 1962/2014, de 7.2 (Comissão para a Reforma da Fiscalidade Verde - 2014) ......... 136Informações vinculativasIVA: vinhos da própria produção agrícola - taxas; creches e jardins de infância; serviços prestados por veterinários e quotas pagas pelos associados - taxas ............................... 128 a 130Obrigações fi scais do mês e informações

diversas .......................................................... 110 a 114IRS: esclarecimentos sobre a declaração mod. 3 115 Trabalho e Segurança SocialInformações Diversas e Regulamentação do Trabalho ............................................ 146 a 149 e 150Jurisprudência do TrabalhoRetribuição - Acordo de redução; Resolução do contrato de trabalho pelo trabalhador; Contrato de trabalho - Discriminação do trabalhador ............ 149Sumários do Diário da República ............................. 152

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Boletim do Contribuinte110FEVEREIRO 2014 - Nº 4

I R S (Até ao dia 20 de março)

– Entrega do imposto retido no mês de fevereiro sobre ren-dimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS.

– Entrega do imposto retido no mês de fevereiro sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pensões – com exceção das de alimentos (Categorias A, B e H, respetivamente).

I R C

– Entrega das importâncias retidas no mês de fevereiro por retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 94º do Código do IRC. (Até ao dia 20 de março)

– Pagamento especial por conta (PEC) referente ao ano de 2014. A 1ª prestação deste pagamento deve ser efetuada até ao fi nal do mês de março (Até ao dia 31 de março).

I V A

- Entrega do imposto liquidado no mês de janeiro pelos contribuintes de periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 10 de março)*

SEGURANÇA SOCIAL (De 10 a 20 de março)

• Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao mês de fevereiro 2014.

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 31 de março)

– Liquidação, por transmissão eletrónica de dados, e pa-gamento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de março.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 20 de março)– O Imposto do Selo é pago mediante Documento de

Cobrança de modelo ofi cial (DUC).

Segurança SocialEntrega da Declaração Mensal

de Remunerações

Até ao dia 11 de março, deverá ser entregue a Declara-ção Mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

NotáriosDeclaração modelo 11

Até ao dia 17 de março, deverá ser feita a entrega da Declaração Modelo 11, por transmissão eletrónica de da-dos, pelos notários e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profi ssionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, ou que intervenham em operações previstas nas alíneas b), f) e g) do n.º 1 do artigo 10.º, das relações dos atos praticados no mês anterior, suscetíveis de produzir rendimentos.

IVADeclaração periódica

Até ao dia 11 de março os contribuintes deverão proceder ao envio da Declaração Periódica, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em janeiro.

IVADeclaração Recapitulativa – regime normal

Entrega, até ao dia 20 de março, da Declaração Recapi-tulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas, nos termos do art.º 6.º do

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Boletim do Contribuinte 111FEVEREIRO 2014 - Nº 4

CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50 000.

IVADeclaração Recapitulativa

Sujeitos passivos isentos

Entrega da Declaração Recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abri-go do art.º 53.º que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais ope-rações sejam aí localizadas nos termos do art.º 6.º do CIVA.

IVAComunicação das faturas emitidas

Até ao dia 25 de março, deverá ser efetuada a comu-nicação por transmissão eletrónica de dados dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fi scal em território português e aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.

IVARegime dos pequenos retalhistas

Durante este mês deverá ser entregue a declaração Modelo 1074, em triplicado, donde constarão as aquisições efetuadas durante o ano anterior pelos retalhistas sujeitos ao regime de tributação previsto no art. 60.º do CIVA.

IVAPedido de restituição de IVA

Até ao fi nal do mês de março deverá ser entregue, por transmissão eletrónica de dados, pedido de restituição do IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no ano civil anterior, noutro Estado-Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos ou, se período inferior, desde que termine em 31 de dezembro do ano civil imediatamente anterior e o valor não seja inferior a € 50, tal como refere o Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.

IVADeclaração de alterações

Regime de isenção previsto no artigo 53º do CIVA

Entrega da Declaração de Alterações pelos sujeitos passi-vos que a 31 de dezembro de 2013 estavam abrangidos pelo regime de isenção previsto na alínea 33) do art.º 9.º, e que nesse ano tenham realizado um volume de negócios superior a 10 000 € ou não reúnam as demais condições previstas no regime especial de isenção do art.º 53.º .

IRCOpção pelo regime especial de tributação

de grupos de sociedades

Até ao fi nal do mês de março deverá ser entregue a de-claração de alterações, por transmissão eletrónica de dados, para opção pelo regime especial de tributação de grupos de sociedades, ou para comunicação de inclusão ou de saída de sociedades do perímetro (exceto, neste último caso, se a alte-ração ocorreu por cessação de atividade) ou ainda de renúncia ou cessação de aplicação do regime nos casos em que o período de tributação coincida com o ano civil.

IRSDeclaração modelo 3 do IRS

Durante o mês de março decorre o prazo de entrega da Declaração de Rendimentos Modelo 3, em suporte de papel, pelos sujeitos passivos com rendimentos das Categorias A (trabalho dependente) e H (pensões). Se tiverem auferido rendimentos destas categorias provenientes do estrangeiro, juntarão à declaração o Anexo J; se tiverem benefícios fi scais, deduções à coleta, acréscimos ou rendimentos isentos sujeitos a englobamento, apresentarão, com a declaração, o Anexo H.

(Ver informação desenvolvida nas págs. 115 e seguintes)

IRSEntrega da declaração modelo 13

Até ao fi nal de mês de março deverá ser entregue a De-claração Modelo 13, por transmissão eletrónica de dados, pelas instituições de crédito e sociedades fi nanceiras que in-tervenham nas operações com valores mobiliários, “warrants” autónomos e instrumentos fi nanceiros derivados.

OBRIGAÇÕESEM MARÇO

IRSRegime simplifi cado

Entrega da declaração de alterações

Decorre durante o mês de março o prazo para entrega da declaração de alterações, pelos sujeitos passivos de IRS que pretendam alterar o regime de determinação do rendimento e que reúnam os pressupostos para exercer essa opção.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte112FEVEREIRO 2014 - Nº 4

Combate à evasão fi scalSorteios da “Fatura da sorte“

começam já em abril

O sorteio das faturas já tem corpo legal através do Decreto--Lei nº 26-A/2014, transcrito neste número do Boletim do Contribuinte.

A intenção do Governo é realizar o primeiro sorteio em abril, tendo por base as faturas emitidas em janeiro.

O diploma agora publicado vem confi rmar que serão rea-lizados “até um máximo de 60 sorteios por ano”.

Em função dos montantes globais das faturas, serão “atri-buídos números, designados por ‘Cupões Fatura da Sorte’, os quais formam o universo objeto do sorteio”. Falta ainda a portaria que vai regulamentar as lotarias, na qual irá constar, entre outras especifi cações, como serão agregadas as faturas e quais os valores globais que dão origem aos cupões.

O decreto-lei determina também que os prémios, atribu-ídos pela Administração Tributária (AT), são “em espécie”. Para este ano deverão ser automóveis, mas há a intenção de diversifi car o tipo de prémios.

Os nomes dos vencedores serão divulgados pela AT no Portal das Finanças, “sem menção do adquirente premiado e do emitente da fatura, salvo autorização expressa destes”.

Fica ainda determinado que os prémios que não forem reclamados serão “atribuídos no âmbito de sorteios extraor-dinários”.

No máximo, o Estado irá gastar até 10 milhões de euros, por ano, com esta iniciativa de combate à fraude e evasão fi scais.

IRSRegião Autónoma dos Açores

Tabelas de retenção na fonte de IRS para 2014

Acabam de ser aprovadas pelo Despacho nº 2839-B/2014, já disponível no site do Boletim do Contribuinte, as novas tabe-las de retenção mensal de IRS para os titulares de rendimentos do trabalho dependente e de pensões com residência fi scal na Região Autónoma dos Açores, a aplicar em 2014.

Assim, encontram-se já publicadas todas as tabelas de retenção na fonte para 2014, a aplicar respetivamente no Continente, Madeira e Açores.

O referido despacho será publicado no próximo número do Boletim do Contribuinte e enviado por correio eletrónico aos assinantes interessados que o solicitem. Para maior celeridade e efi cácia, envie o seu pedido para o nosso endereço de email [email protected]

(Cfr tabelas de retenção para Continente e RA da Madeira no Boletim do Contribuinte, págs. 51 e 78, respetivamente)

Governo simplifi ca o regime jurídico dos empreendimentos turísticos

Foi alterado, através do Decreto-Lei n.º 15/2014, de 23-01, o regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos.

As alterações são justifi cadas pela necessidade de im-primir maior efi ciência, simplifi cação, diminuição de custos de contexto e liberalização de procedimentos, face à atual conjuntura económica.

Entre as alterações operadas destacam-se as seguintes:- É autonomizada a fi gura do alojamento local, que passará

a ser regulada em diploma próprio, de modo a melhor adaptar à realidade a ainda recente experiência deste tipo de estabelecimento no quadro dos serviços de alojamento temporário;

- É alargada à Autoridade de Segurança Alimentar e Eco-nómica a competência sancionatória relativamente aos estabelecimentos de alojamento local;

- São reduzidas e clarifi cadas as condições necessárias à instalação dos empreendimentos turísticos, sendo au-mentada a margem de escolha dos empresários, em par-ticular no que se refere aos equipamentos necessários;

- Quanto ao procedimento de instalação dos empreendi-mentos turísticos, é consagrado um novo regime que deixa ao critério do promotor optar pelo pedido de licença, nos casos em que o regime da urbanização e edifi cação determine a necessidade de comunicação prévia;

- É criado, no âmbito do procedimento de utilização do empreendimento turístico, um mecanismo de deferi-mento tácito consubstanciado na regular submissão do requerimento de concessão de autorização para fi ns turísticos, o qual constituirá por si só, e ultrapassados os prazos para a emissão do alvará de utilização para fi ns turísticos, título bastante de abertura;

- É consagrado, no processo de classifi cação, a possibilida-de de os requisitos para a categoria serem dispensados, quer em resultado da apreciação efetuada pela entidade administrativa, quer por se verifi carem determinados critérios que serão objeto de regulamentação;

- São eliminadas as taxas devidas pela realização de au-ditorias obrigatórias de classifi cação efetuadas pelo Turismo de Portugal, assim como a Declaração de Interesse para o Turismo.

Agentes de execuçãoFuncionamento das Comissões de Fiscalização

O Regulamento da Câmara dos Solicitadores nº 41/2014, de 3.2 (2ª série do DR), que procedeu à aprovação do Regu-lamento de Fiscalização e de Funcionamento das Comissões de Fiscalização dos Agentes de Execução, tem por fi nalidade disciplinar a compensação de despesas e de perda de rendi-mentos profi ssionais dos agentes de execução que integram as comissões de fi scalização, defi nindo a sua hierarquia remune-ratória e impedimentos.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 113FEVEREIRO 2014 - Nº 4

As comissões de fi scalização podem ser integradas por: - agentes de execução fi scalizadores coordenadores; - agentes de execução fi scalizadores, a selecionar entre

os agentes de execução que concluíram a formação de agente de execução fi scalizador;

- agentes de execução fi scalizadores em formação, que se encontram abrangidos pelo programa de formação inicial dos agentes de execução fi scalizadores.

Cabe à Comissão para a Efi cácia das Execuções (CPEE) defi nir a classifi cação hierárquica dos agentes de execução fi scalizadores em função de critérios curriculares, de dispo-nibilidade e de efi cácia.

Por cada período de prestação de serviço de fi scalização, presencial ou não presencial, correspondente a meio dia, os membros das comissões de fi scalização são compensados por perdas de remuneração nos seguintes termos:

50% de uma unidade de conta (que corresponde a 51 euros), para agentes de execução fi scalizadores coordenadores;

37,5% de uma unidade de conta (que corresponde a 38,25 euros), para agentes de execução fi scalizadores;

12,5% de uma unidade de conta (equivalente a 12,75 euros) para agentes de execução fi scalizadores em formação.

O pagamento dos serviços de fi scalização é efetuado após a emissão do respetivo relatório e contra a entrega da corres-pondente fatura-recibo e comprovativos de despesas.

Nos termos do novo Regulamento, como compensação por perdas de rendimento profi ssional mensal em fi scalizações, o agente de execução não pode receber mensalmente um valor superior a 12 unidades de conta (1224 euros), nem pode dedicar às fi scalizações mais de 10 dias por mês.

Nova organização judiciária

A Lei n.º 62/2013, de 26.8, que aprovou a Lei da Orga-nização do Sistema Judiciário, estabeleceu o enquadramento da reforma do Sistema Judiciário, fi xando três objetivos estra-tégicos: o alargamento da base territorial das circunscrições judiciais, fazendo coincidir, em regra, os distritos adminis-trativos com as novas comarcas; a instalação de jurisdições especializadas a nível nacional e a implementação de um novo modelo de gestão das comarcas.

Esta reorganização veio, além disso, introduzir uma agili-zação na distribuição e tramitação processuais, a simplifi cação na afetação e mobilidade dos recursos humanos e a autonomia das estruturas de gestão dos tribunais no sentido de permitir uma gestão por objetivos.

Outro dos objetivos visados pela nova organização judici-ária é o de permitir que todos os cidadãos e empresas passem a ter acesso a um conjunto de informações de carácter geral e processual e a poder entregar documentos, articulados e requerimentos a partir de qualquer secção central, local ou

de proximidade, no âmbito da respetiva comarca, através de um sistema informático único em todos os tribunais judiciais capaz de permitir a quem gere o sistema aceder a um relatório e ter conhecimento dos objetivos delineados para determinado período e o seu estado de cumprimento.

Neste contexto, o Instituto de Gestão Financeira e Equi-pamentos da Justiça, a Direção-Geral da Administração da Justiça e a Direção-Geral de Política de Justiça procederam ao levantamento das alterações a introduzir nos diversos sistemas de informação e aplicações já existentes, de modo a adequá--los à nova estrutura de organização das comarcas, tomando as medidas necessárias para a preparação da transferência de processos que terá lugar aquando da entrada em vigor da nova organização judiciária.

Para o efeito, e previamente à entrada em funcionamento das novas comarcas, os referidos sistemas serão testados, sendo, nos termos da Resolução do Conselho de Ministros n.º 98/2013, de 30-12, considerados prioritários até 31 de agosto de 2015, entre outros, os seguintes sistemas de informação e aplicações:

- O Sistema de Informação de suporte à atividade dos Tribunais;

- O sistema de tramitação processual dos Tribunais (Citius); - O Balcão Nacional de Arrendamento; - O Balcão Nacional de Injunções; - O sistema das custas processuais e do apoio judiciário; - O sistema Informático dos Tribunais Administrativos e

Fiscais; - O sistema de suporte aos Julgados de Paz e aos Centros

de Arbitragem; - O Sistema de Informação de Identifi cação Criminal.

Práticas restritivas do comércio Novo regime

O novo regime regime jurídico aplicável às práti-cas individuais restritivas do comércio, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 166/2013, de 27.1212, entra em vigor no partir de 25 de Fevereiro de 2014.

O novo regime transfere a competência para a instru-ção dos processos contraordenacionais da Autoridade da Concorrência para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), sempre que não esteja em causa uma afetação sensível da concorrência, sendo de destacar que foram aumentadas de forma considerável as penali-zações pela violação do estatuído na lei, quer através do agravamento das coimas, quer através da possibilidade de adoção de medidas cautelares e de aplicação de sanções pecuniárias compulsórias

Para mais informações sobre este novo regime os in-teressados podem consultar o Decreto-Lei n.º 166/2013, de 27.12, bem como uma informação-síntese quanto às principais alterações, no último número do Boletim do Contribuinte, págs. 96 e 75, respetivamente.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte114FEVEREIRO 2014 - Nº 4

Novo mapa judiciário já foi aprovado

Foi já aprovado o diploma que procede à regulamentação da Lei da Organização do Sistema Judiciário e estabelece o regime aplicável à organização e funcionamento dos tribunais judiciais.

A reorganização do sistema judiciário assenta em três pilares fundamentais: o alargamento da base territorial das circunscrições judiciais, que passam a coincidir, em regra, com os distritos administrativos; a instalação de jurisdições especializadas a nível nacional; e a implementação de um novo modelo de gestão das comarcas.

Assim, no âmbito deste novo mapa judiciário, são defi nidas as sedes, a área de competência territorial e a conformação das 23 novas comarcas, a que correspondem 23 novos tribunais de primeira instância, mais os tribunais de competência territorial alargada, como os tribunais de execução das penas, o tribunal da propriedade intelectual, os tribunais marítimos, o tribunal da concorrência, regulação e supervisão e o tribunal central de instrução criminal.

São, além disso, criadas 390 secções especializadas e oito novos Departamentos de Investigação e Ação Penal, em Braga, Faro, Funchal, Leiria, Lisboa Norte, Ponta Delgada, Santarém e Viseu, a que se somam os seis já existentes.

Por outro lado, são introduzidos o escrutínio pelos utili-zadores dos serviços de justiça e a gestão por objetivos, pas-sando a gestão dos tribunais judiciais de primeira instância a ser garantida por uma estrutura tripartida, formada pelo juiz presidente de cada tribunal, pelo magistrado do Ministério Público coordenador e pelo administrador judiciário.

Apesar da forte contestação por parte de muitos dos municí-pios afetados por esta reorganização judiciária e encerramento de diversos tribunais, o Governo não pretende introduzir al-terações ao diploma ora aprovado e que terá impacto a partir de setembro próximo.

Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)

Fundo de Reestruturação do Setor Solidário (FRSS)

A Portaria nº 31/2014, de 5.2, defi niu a operacionaliza-ção do funcionamento do Fundo de Reestruturação do Setor Solidário (FRSS), tendo estabelecido a respetiva política de investimento, os critérios de acesso, os termos e as condições de concessão dos apoios fi nanceiros a atribuir.

As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ou equiparadas que pretendam candidatar-se ao FRSS, com o

objetivo de garantir a sua reestruturação e sustentabilidade económico-fi nanceira, devem cumprir, cumulativamente, as seguintes condições:

- estarem regularmente constituídas e devidamente regis-tadas há pelo menos 3 anos;

- terem a sua situação regularizada perante a Segurança Social e a Administração Fiscal em matéria de impos-tos, contribuições e reembolsos;

- não se encontrarem em estado de insolvência, de liqui-dação, de cessação de atividade, sujeitas a qualquer meio preventivo de liquidação de património ou em qualquer situação semelhante, nem terem o respetivo processo pendente;

- possuírem contabilidade organizada de acordo com o previsto na lei;

- estarem devidamente autorizadas para o exercício das respetivas atividades;

- terem, pelo menos, 55% das atividades exercidas no âmbito da ação social abrangidas por acordo de co-operação;

A candidatura ao FRSS é formalizada por meio de reque-rimento dirigido ao conselho de gestão do FRSS, podendo este solicitar às entidades candidatas informação adicional que considere necessária à apreciação da candidatura.

A mesma candidatura é instruída com documentos com-provativos do preenchimento das condições de acesso supra referidas, com o relatório de diagnóstico e proposta de plano de reestruturação aprovados pelo órgão de administração da entidade candidata.

Para a elaboração do relatório de diagnóstico e do plano de reestruturação, o conselho de gestão, sob proposta da respetiva entidade representativa, nomeia um gestor de processo ao qual compete apoiar as entidades candidatas na sua preparação, bem como acompanhar a aplicação do citado plano de reestruturação e do acordo de apoio fi nanceiro, nas várias fases e até conclusão dos mesmos.

A concessão do apoio fi nanceiro, no âmbito do FRSS, é formalizada através de um acordo de apoio fi nanceiro a celebrar entre o conselho de gestão e a entidade benefi ciária.

O apoio financeiro a atribuir depende das seguintes condições:

- não exceder 45% do valor global das necessidades de fi nanciamento de médio e longo prazo da entidade benefi ciária;

- ter o limite máximo de 500 mil euros por entidade benefi ciária;

- ser compatível com as obrigações orçamentais a que a entidade benefi ciária esteja sujeita;

- não exceder o prazo máximo de 4 anos, a contar da data de celebração do acordo de apoio fi nanceiro, não sujeito a juros;

- ser atribuído por parcelas, em função do grau de execu-ção defi nido no plano de reestruturação;

- prestação de garantias adequadas do cumprimento das obrigações decorrentes do fi nanciamento reembol-sável.

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Boletim do Contribuinte 115FEVEREIRO 2014 - Nº 4

QUEM É SUJEITO PASSIVO DE IRS

São sujeitos passivos do IRS as pessoas singulares que:- Residam em território português;- Não residindo em Portugal, aqui obtenham rendimentos

(sobre rendimentos obtidos em território nacional, ver art. 18º do Código do IRS).

Existindo agregado familiar, consideram-se como sujeitos passivos as pessoas a quem incumba a sua direção.

QUEM É CONSIDERADO RESIDENTEEM TERRITÓRIO PORTUGUÊS

Consideram-se residentes em território português as pessoas que, no ano a que dizem respeito os rendimentos:

- tenham permanecido em Portugal durante mais de 183 dias, seguidos ou não; vivam em Portugal há menos de 183 dias, mas a 31 de dezembro tenham habitação em condições que façam supor a intenção de cá viver por mais tempo; em 31 de dezembro sejam tripulantes de navios ou aviões ao serviço de entidades residentes em Portugal;

- estejam deslocados no estrangeiro ao serviço do Estado Português;

- embora vivam noutro país, tenham em Portugal a sua mulher ou marido, ou os seus fi lhos, no caso de menores e estudantes, desde que integrem o mesmo agregado familiar, e estes não tenham rendimentos relevantes.

Nota: Deixam de ter a condição de sujeito passivo residente se não tiverem rendimentos sujeitos a IRS em qualquer dos cinco anos anteriores.

Os contribuintes residentes estão sujeitos a IRS por todos os rendimentos que obtenham em Portugal ou no resto do mundo, independentemente do tipo de rendimento.

Mesmo que os rendimentos obtidos noutros países aí paguem imposto, têm que ser incluídos no Modelo 3 e também pagam IRS cá, salvo se houver uma convenção para eliminar a dupla tributação.

No entanto, para não pagar imposto duas vezes sobre o mesmo rendimento, os contribuintes podem descontar ao IRS a pagar em Portugal o imposto pago no outro país, utilizando o crédito de imposto.

QUEM É CONSIDERADO RESIDENTE NAS REGIÕES AUTÓNOMAS

Consideram-se residentes nas regiões autónomas as pessoas que, no ano a que dizem respeito os rendimentos:

IRSDeclaração de rendimentos Modelo 3 – 1ª fase

Benefícios e deduções fi scais – Impressos a utilizar

Esclarecimentos práticos – Categorias de rendimentos – Taxas

O prazo de entrega das declarações de IRS varia consoante o suporte das mesmas (papel ou por transmissão eletrónica de dados) e a natureza dos rendimentos auferidos.

Assim, se no ano de 2013 auferiu apenas rendimentos das categorias A e/ou H (rendimentos do trabalho dependente e/ou pensões), deverá entregar a sua declaração durante o mês de Março ou durante o mês de Abril, consoante a mesma seja entregue em suporte papel ou via internet, respetivamente.

No entanto, se recebeu rendimentos das restantes categorias (por exemplo, rendimentos empresariais e profi ssionais, rendimentos de capitais, rendimentos prediais, rendimentos de mais-valias e/ou outros incrementos patrimoniais), a sua declaração de IRS deverá ser entregue durante o mês de Abril, caso proceda à sua entrega em suporte papel, ou durante o mês de Maio caso a mesma seja entregue por transmissão eletrónica de dados.

Na informação que se segue, prestamos diversos esclarecimentos quanto à obrigação de entrega da declaração de rendimentos, com um enfoque para os contribuintes abrangidos na primeira fase, razão pela qual se analisam os rendimentos do trabalho dependente e rendimentos de pensões.

Também nas páginas 124 a 126 deste número, divulgamos um quadro-síntese dos benefícios e deduções fi scais com menção dos respetivos limites, aplicáveis em sede de IRS ao ano fi scal de 2013.

Relembramos que, pela Portaria nº 365/2013, de 23.12, foram aprovados os seguintes novos modelos: Anexo B (rendimentos empresariais e profi ssionais), Anexo C (rendimentos empresariais e profi ssionais com contabilidade organizada), Anexo D (imputação de rendimentos de entidades sujeitas ao regime de transparência fi scal), Anexo E (rendimentos de capitais), Anexo F (rendimentos prediais), Anexo H (benefícios fi scais e deduções), Anexo I (herança indivisa), Anexo J (rendimentos obtidos no estrangeiro) e Anexo L (rendimentos obtidos por residentes não habituais).

Pelo mesmo normativo legal são mantidos eme vigor a Declaração Modelo 3 e respetivas instruções de preenchimento: Anexo A (rendimentos do trabalho dependente e de pensões), Anexo G (mais-valias e outros incrementos patrimoniais), Anexo G1 (mais-valias não tributáveis).

(Continua na pág. seguinte)

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116 Boletim do ContribuinteFEVEREIRO 2014 - Nº 4

- Tenham permanecido em território regional por mais de 183 dias (seguidos ou interpolados);

- Nele se situe a residência habitual;- Estejam registados para efeitos fi scais.

Quando não for possível determinar a permanência, são considerados residentes no território de uma Região Autónoma os residentes no território português que ali tenham o seu principal centro de interesses, considerando-se como tal o local onde se obtenha a maior parte da base tributável, determinada nos seguintes termos:

– os rendimentos do trabalho consideram-se obtidos no local onde é prestada a atividade;

– os rendimentos empresariais e profi ssionais consideram--se obtidos no local do estabelecimento ou do exercício habitual da profi ssão;

– os rendimentos de capitais consideram-se obtidos no local de estabelecimento a que deva imputar-se o pagamento;

– os rendimentos prediais e incrementos patrimoniais provenientes de imóveis consideram-se obtidos no local onde estes se situam;

– os rendimentos de pensões consideram-se obtidos no local onde são pagos ou colocados à disposição.

São sempre consideradas residentes no território de uma Região Autónoma as pessoas que constituem o agregado fa-miliar, desde que aí se situe o principal centro de interesses.

O imposto sobre o rendimento das pessoas singulares incide sobre o valor anual dos rendimentos das categorias abaixo indicadas, depois de efetuadas as correspondentes deduções e abatimentos.

Sobre residência fi scal, cfr. artigo de Opinião em www.vidaeconomica.pt

Instruções de preenchimento

Quadro 5 - Residência fiscal

A residência a indicar é a que respeitar ao ano a que se reporta a declaração, de acordo com o disposto nos arts. 16.º e 17.º do Código do IRS.

O quadro 5A destina-se a ser preenchido pelos residentes em território português.

O campo 1 (continente) deve ser assinalado pelos sujeitos passivos residentes em território português que, segundo as regras do art. 17.º do Código do IRS, não podem ser considerados residentes nas Regiões Autónomas.

O campo 2 destina-se a ser assinalado por quem, no ano a que respeita o imposto, tenha sido residente na Região Autónoma dos Açores.

O campo 3 destina-se a ser assinalado por quem, no ano a que respeita o imposto, tenha sido residente na Região Autónoma da Madeira.

O quadro 5B destina-se a ser preenchido pelos não residentes, os quais devem assinalar o campo 4 e indicar o número de identificação fiscal do respetivo representante no campo 5, nomeado nos termos do art. 130.º do Código do IRS. Se reside na União Europeia e não tem representante indique o código do país da residência.

PAÍSES CÓDIGOS

Alemanha 276

Áustria 040

Bélgica 056

Bulgária 100

Chipre 196

Dinamarca 208

Eslováquia 703

Eslovénia 705

Espanha 724

Estónia 233

Finlândia 246

França 250

Grécia 300

Hungria 348

Irlanda 372

Islândia 352

Itália 380

Letónia 428

Liechtenstein 438

Lituânia 440

Luxemburgo 442

Malta 470

Noruega 578

Países Baixos 528

Polónia 616

Reino Unido 826

República Checa 203

Roménia 642

Suécia 752

RESIDENTES FISCAIS NÃO HABITUAIS

O Código Fiscal para o Investimento fi xou o regime fi scal dos residentes não-habituais com o objetivo de atrair para Portugal determinados indivíduos e investimentos.

Assim, foi publicada uma lista com as atividades consideradas como de “elevado valor acrescentado”.

Adicionalmente, o regime estabelece uma isenção de tributação para rendimentos de fonte estrangeira, nomeadamente, rendimentos do trabalho dependente e independente, prediais, mais-valias, juros, dividendos, bem como outros rendimentos de capitais, desde que o Estado da fonte do rendimento tenha o direito a tributar, ao abrigo de um Acordo de Dupla Tributação (ADT) ou que esse rendimento tenha sido sujeito a tributação num outro Estado, com o qual não haja ADT e desde que este não conste da lista dos “paraísos fi scais”.

O regime é aplicável por um período de dez anos consecutivos.

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Boletim do Contribuinte 117FEVEREIRO 2014 - Nº 4

Os residentes não habituais que obtenham rendimentos do trabalho dependente e independente, resultantes de atividades consideradas como de “elevado valor acrescentado, com carácter científi co, artístico ou técnico”, serão sujeitos a tributação a uma taxa especial de 20%.

O regime dos residentes não habituais aplica-se aos contribuintes que adquiram residência fi scal em Portugal pela primeira vez em 2009 ou nos anos seguintes e que não tenham tido o estatuto de residente fi scal em Portugal em qualquer dos cinco anos anteriores. Nestas circunstâncias, os contribuintes serão considerados como residentes não habituais com a inscrição dessa qualidade no registo de contribuintes.

O estatuto de residente não habitual adquire-se com a inscrição dessa qualidade no registo de contribuintes na Autoridade Tributária. De acordo com as recentes informações disponibilizadas pelas autoridades fi scais portuguesas, os contribuintes que solicitem o seu registo ao abrigo do regime dos residentes não habituais devem provar no momento da inscrição a residência anterior e efetiva tributação no estrangeiro, através de um certifi cado de residência/declaração de rendimentos.

Em virtude deste novo regime, chamamos à atenção para a criação de um novo anexo à declaração modelo – ANEXO L – para declarar os rendimentos obtidos por quem tenha optado pelo estatuto de «Residente Não Habitual». Este anexo é composto pelos seguintes quadros:

- Quadro 4, para declaração dos rendimentos obtidos em território nacional, distribuídos pelas respetivas categorias A ou B, identifi cando-se:

- quanto aos rendimentos do trabalho dependente, a entidade pagadora, o código do rendimento (conforme anexo A) e da atividade e o valor;

- quanto aos rendimentos do trabalho independente – regime simplifi cado, o campo do Anexo B e o código de atividade, bem como o valor recebido;

- quanto aos rendimentos do trabalho independente – regime da contabilidade organizada, o código de atividade, e o respetivo resultado (lucro ou prejuízo).

Sobre o regime fi scal dos residentes não habituais, cfr. Circular nº 9/2012, de 3.8 em www.vidaeconomica.pt

QUE RENDIMENTOSSÃO TRIBUTADOS EM IRS

Os rendimentos sujeitos a tributação são os seguintes:– rendimentos do trabalho dependente (cat. A);– rendimentos empresariais e profi ssionais (cat. B);– rendimentos de capitais (cat. E);– rendimentos prediais (cat. F);– incrementos patrimoniais (cat. G);

– pensões (cat. H).

Relativamente às pessoas que residam em território português, o IRS incide sobre a totalidade dos rendimentos, incluindo os que tenham sido obtidos fora do país. Tratando-se de não residentes, o IRS incide somente sobre os rendimentos aqui obtidos.

Existindo agregado familiar, o imposto incide sobre o conjunto dos rendimentos das pessoas que o constituem.

A declaração modelo 3 deverá ser acompanhada dos anexos relativos aos rendimentos obtidos e, quando for caso disso, do anexo G1 (Mais-valias Não Tributadas), do anexo H (Benefícios Fiscais e Deduções) e do anexo I (Herança Indivisa) ou do anexo J quando for necessário declarar o número das contas de depósito ou de títulos abertas em instituição fi nanceira não residente em território português.

A indicação do número de anexos será efetuada no quadro 8 do rosto da declaração.

Deve indicar-se o estado civil dos sujeitos passivos em 31 de Dezembro do ano a que respeita a declaração.

No caso de separação de facto (n.º 2 do art. 59.º do CIRS), poderá cada um dos cônjuges apresentar declaração dos seus próprios rendimentos e dos rendimentos dos dependentes a seu cargo. Refi ra-se que, nos termos do art. 63º, nº 3, do Código do IRS, a sociedade conjugal afere-se a 31.12 de cada ano.

Havendo união de facto (art. 14.º do Código do IRS e Lei nº 7/2001, de 11.5, publicada no Bol. do Cont., 2001, pág. 345) há mais de dois anos, nos termos e condições previstos na lei, será assinalado o campo 4. A aplicação deste regime depende da identidade de domicílio fi scal dos sujeitos passivos há mais de dois anos e durante o período de tributação, bem como da assinatura, por ambos, da declaração de rendimentos.

Ainda sobre o assunto encontra-se dispo-nível um artigo de Opinião, do Dr. João Antunes em www.vidaeconomica.pt

Instruções de preenchimento

COMO DECLARAR OS RENDIMENTOS

Para declarar os rendimentos sujeitos a IRS deve-se utilizar uma declaração de modelo ofi cial, que tem que ser entregue anualmente, com referência aos rendimentos auferidos no ano anterior.

Para declarar os rendimentos obtidos em 2013, foram aprovados novos impressos, pela Portaria nº 365/2013, de 23.12.

Quadro 6 - Estado civil do(s) sujeito(s) passivo(s)

Deve indicar-se o estado civil dos sujeitos passivos em 31 de dezembro do ano a que respeita a declaração.

No caso de separação de facto (n.º 2 do art. 59.º do Código do IRS), poderá cada um dos cônjuges apresentar declaração dos seus próprios rendimentos e dos rendimentos dos dependentes a seu cargo, assinalando-se então o campo 3.

(Continua na pág. seguinte)

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118 Boletim do ContribuinteFEVEREIRO 2014 - Nº 4

O fi m da obrigatoriedade de nomeação de representante fi scal pelos sujeitos passivos não residentes de estados mem-bros da União Europeia, face à alteração do artigo 130º do Código do IRS pela Lei nº 64-B/2011, de 30.11 (OE 2012), deu origem à criação de campo novo na declaração mod. 3 – Quadro 5-B. Neste campo deve ser indicado o código do país de residência (de acordo com a lista dísponível no fi nal das instruções de peenchimento da declaração mod. 3). Caso haja representante fi scal nomeado, deve, apenas ser indicado o respetivo NIF no Quadro 5.

Na entrega da declaração em papel, deverão ser exibidos os cartões de contribuinte dos sujeitos passivos, dos ascendentes e dos dependentes.

Instruções de preenchimento

QUEM DEVE ENTREGAR A DECLARAÇÃO MODELO 3

Deverá ser apresentada pelos sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos de qualquer das seguintes categorias:

– Categoria A - Rendimentos do trabalho dependente;– Categoria B - Rendimentos empresariais e profi ssionais;– Categoria E - Rendimentos de capitais;– Categoria F - Rendimentos prediais;– Categoria G - Incrementos patrimoniais;

Entrega em papelA declaração é apresentada em duplicado, destinando-se este a ser

devolvido ao apresentante no momento da entrega, com a autenticação da receção efetuada pelo serviço recetor.

O original e o duplicado do rosto da declaração e dos seus anexos devem pertencer ao mesmo conjunto, de forma a garantir que para cada impresso o código de barras do original e do duplicado seja o mesmo.

Sempre que o número de ocorrências a declarar for superior ao número de campos existentes, deve utilizar-se uma folha adicional ao modelo em causa, indicando-se os elementos respeitantes aos campos dos quadros 2 e 3 e preenchendo-se os dos quadros que se pretendem acrescentar.

No ato de entrega é obrigatório apresentar o cartão de contribuinte ou de cidadão dos sujeitos passivos (quadro 3A), dos dependentes (quadros 3B e 3C), dos dependentes em guarda conjunta (quadro 3D), dos ascendentes em comunhão de habitação (quadro 7B), dos afilhados civis (quadro 7C), dos ascendentes e colaterais até ao 3.º grau em economia comum com os sujeitos passivos (quadro 7E).

Entrega via InternetO cumprimento da obrigação de entrega da declaração por via

eletrónica é efetuado através do Portal das Finanças em www.portaldasfinancas.gov.pt

Imediatamente após a submissão da declaração pode visualizar e imprimir a prova de entrega, que é um documento equivalente ao duplicado da declaração entregue em papel, o qual pode ser obtido em www.portaldasfinancas.gov.pt/obter/comprovativo/IRS

O comprovativo da declaração entregue fi ca disponível para consulta e impressão, depois da declaração ser validada e considerada certa, no endereço atrás indicado.

Posteriormente à data de entrega via Internet, pode a Autoridade Tributária e Aduaneira solicitar a apresentação dos documentos comprovativos da composição do agregado familiar, bem como das restantes pessoas identificadas no rosto da declaração.

APRESENTAÇÃO DA DECLARAÇÃOMODELO 3

Esta declaração deve ser apresentada:– em qualquer repartição de fi nanças;– nos postos de atendimento e outros locais especiais

que a Autoridade Tributária colocará à disposição dos sujeitos passivos;

– enviadas pelo correio para a direção distrital de fi nanças da área da residência (considera-se que a remessa foi efetuada na data aposta pelo carimbo dos CTT ou na data do registo);

– envio através da Internet. Para tal os sujeitos passivos deverão consultar o seguinte site: www.dgci.min-fi nanças.pt.

Se a declaração for enviada pela Internet, a Autoridade Tributária poderá posteriormente solicitar a apresentação dos documentos comprovativos da composição do agregado familiar declarado.

Para tal deverão:

– efetuar o registo, caso ainda não disponham de senha de acesso, através da página das “declarações eletrónicas” no endereço www.dgci.mailcom.pt;

– possuir um fi cheiro com as características e estrutura de informação a defi nir, após aprovação do modelo ofi cial, a disponibilizar no mesmo endereço;

– efetuar o envio de acordo com os seguintes procedimentos:

– selecionar “Entregar o modelo pretendido”;

– preencher a declaração diretamente ou abrir o fi cheiro previamente formatado;

– validar a informação e corrigir os erros locais detetados;

– submeter a declaração;

– consultar, a partir do dia seguinte, a situação defi nitiva da declaração, devendo corrigi-la caso apresente erros, após a verifi cação de coerência com as bases de dados centrais, e imprimir o comprovativo, se a declaração estiver certa após validação central.

A declaração considera-se apresentada na data em que é submetida, sob condição de correção de eventuais erros no prazo de 30 dias, fi ndo o qual é considerada sem efeito.

No caso de falta de identifi cação do técnico ofi cial de contas, a declaração será recusada, considerando-se como não apresentada.

Poderá entregar a declaração via Internet, devendo para o efeito solicitar com antecedência a senha de acesso, ou pedir a alguém que proceda à entrega da declaração na qualidade de gestor de negócios.

Assinaturas dos sujeitos passivos ou do seu representante ou gestor de negócios, constituindo a falta de assinatura motivo de recusa da receção da declaração (art. 146.º do Código do IRS).

No caso da união de facto, a declaração deve obrigatoria-mente ser assinada por ambos os sujeitos passivos (art. 14.º, n.º 2, do Código do IRS).

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Boletim do Contribuinte 119FEVEREIRO 2014 - Nº 4

– Categoria H - Pensões.Na declaração modelo 3 de IRS devem ser incluídos todos

os rendimentos do agregado familiar.Em caso de falecimento, se houver sociedade conjugal,

compete ao cônjuge sobrevivo declarar os rendimentos do falecido em seu nome, devendo assumir obrigatoriamente a posição de sujeito passivo A. Não havendo sociedade conjugal, compete ao cabeça de casal cumprir as obrigações do falecido.

Devem ainda proceder à entrega da declaração:- O cabeça de casal de herança indivisa quando esta integre

rendimentos empresariais (categoria B);- Os sujeitos passivos não residentes, relativamente a

rendimentos obtidos no território português (art. 18.º do Código do IRS), não sujeitos a retenção a taxas liberatórias (rendimentos prediais e mais-valias).

Poderão ser consultadas Questões Práti-cas em www.vidaeconomica.pt

Resumidamente, a declaração modelo 3 deve ser apresentada:

• Pela pessoa singular residente quando esta ou os dependentes que integram o agregado familiar tenham auferido rendimentos sujeitos a IRS que obriguem à sua apresentação (artigo 57.º do Código do IRS);• Pela pessoa singular residente quando esta ou os dependentes que integram o agregado familiar tenham auferido rendimentos sujeitos a IRS que obriguem à sua apresentação (artigo 57.º do Código do IRS);• Pelo cabeça de casal ou administrador de herança indivisa que integre rendimentos empresariais (categoria B).• Pelo herdeiro de herança indivisa, relativamente aos rendimentos da categoria B que lhe foram imputados pelo administrador ou cabeça de casal e aos restantes rendimentos da herança indivisa, de acordo com a sua quota ideal.• Pela pessoa singular que exerça qualquer das atividades integradas na categoria B, ainda que durante o ano não tenha auferido quaisquer rendimentos;• Pelo comproprietário de um bem ou direito que produza rendimentos;• Pelo comproprietário de um bem ou direito que produza rendimentos;• Pelo condómino relativamente aos rendimentos de partes comuns do condomínio;• Pelo alienante de ações detidas durante mais de 12 meses, sem prejuízo da exclusão da tributação que lhe aproveita;• Pelo alienante de imóveis, mesmo que excluídos da tributação;• Pelo dependente que aufi ra rendimentos e opte pela tributação individualmente fora do agregado em que se integra, quando permitida por lei;• Pelo sócio de sociedade sujeita ao regime de transparência fi scal;• Pelo membro de agrupamento sujeito ao regime de transparência fi scal.

• Pelo não residente, relativamente a rendimentos obtidos no território português (artigo 18.º do Código do IRS), não sujeitos a retenção a taxas liberatórias.

QUEM ESTÁ DISPENSADO DEAPRESENTAR A DECLARAÇÃO MOD. 3

Ficam dispensados de apresentar a declaração de IRS os sujeitos passivos que, no ano a que o imposto respeita, apenas tenham auferido, isolada ou cumulativamente:

a) Rendimentos tributados pelas taxas previstas no artigo 71.º do CIRS e não optem, quando legalmente permitido, pelo seu englobamento;

b) Rendimentos de pensões pagas por regimes obrigatórios de proteção social e rendimentos do trabalho dependente, de montante inferior a 72% de 12 vezes o salário mínimo nacional mais elevado (€ 4104,00).

Ano de 2001 4 678,72€Ano de 2002 4 872,14€Ano de 2003 4 992,40€Ano de 2004 5 118,40€Ano de 2005 5 245,80€Ano de 2006 7 500,00€Ano de 2007 6 100,00€Ano de 2008 6 000,00€Ano de 2009 6 000,00€Ano de 2010 6 000,00€Ano de 2011 6 000,00€Ano de 2012 4 104,00 €Ano de 2013 4 104,00 €

Apesar de dispensado da apresentação, o contribuinte não está impedido de a apresentar, se, eventualmente, tiver conve-niência em fazê-lo, uma vez que a lei não o impede.

Falta ou atraso na entrega da declaraçãoSe deixar passar o prazo para entrega da declaração de

rendimentos, terá de pagar uma multa que varia entre os € 100 e os € 2500. No entanto, esses valores podem ser atenuados. Se o contribuinte entregar a declaração nos primeiros 30 dias após o fi m do prazo, a multa é reduzida até € 25. Já se entregar a declaração depois de 30 dias após o fi m do prazo, a multa será de € 50. Se, dois meses decorridos após o fi nal do prazo, não tiver sido entregue, será instaurado um processo e o con-tribuinte fi cará então sujeito à multa até € 2500.

Omissões e erros na declaraçãoCaso se esqueça de referir algum valor ou se inserir um

dado errado também estará sujeito a multa. A falta de aten-(Continua na pág. seguinte)

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120 Boletim do ContribuinteFEVEREIRO 2014 - Nº 4

constituam para o respetivo benefi ciário uma vantagem económica, designadamente:• os abonos de família e das respetivas prestações

complementares, exceto na parte em que não excedam os limites legais estabelecidos;

• os subsídios de refeição na parte que excedam em 20% o limite legal estabelecido (o limite em 2013 é de 6,41 euros (1,5 x 4,27 euros). Se o subsídio de refeição for pago com senhas de refeição, o limite de isenção de IRS é de 7,26 euros.

Nota: O limite de subsídio de refeição para efeitos de isenção em sede de IRS é igual ao ano de 2010, não houve qualquer alteração.

– as importâncias despendidas obrigatória ou facultativamente pela entidade patronal com seguros do Ramo Vida, contribuições para fundos de pensões, fundos de poupança-reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social, desde que constituam direitos adquiridos dos respetivos benefi ciários, bem como as que, não constituindo direitos adquiridos, sejam objeto de resgate, adiantamento, remição ou qualquer outra forma de antecipação da correspondente disponibilidade ou, em qualquer caso, de recebimento de capital, mesmo que estejam reunidos os requisitos exigidos para a passagem à situação de reforma ou esta se tiver verifi cado;

– os subsídios de residência ou equivalentes, ou a utilização de casa de habitação fornecida pela entidade patronal;

– os resultantes de empréstimos sem juros ou a taxa de juro inferior à taxa de juro de referência para o tipo de operação em causa concedidos ou suportados pela entidade patronal, com exceção dos que se destinem à aquisição própria permanente, de valor não superior a 134 675,43 euros e cuja taxa não seja inferior a 65% da prevista no nº 2 do art. 10º do DL nº 138/98, de 16.5 (Bol. do Contribuinte, 1998, pág. 301), fi xada em 3,25% pela Portaria nº 8/99, de 7,1 (Bol. do Contribuinte, 1999, pág. 86);

– as ajudas de custo e as importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em serviço da entidade patronal na parte em que ambas excedam os limites

ção pode custar entre os € 250 e os € 15000. Mas se depois de corrigido o erro, não houver imposto adicional a pagar, a coima é reduzida para um quarto do valor. Assim, compensa verifi car junto dos serviços de Finanças se a declaração está bem preenchida.

Recurso à declaração de substituição No entanto, a coima por erros ou omissões não é das mais

utilizadas, havendo alguma compreensão por parte dos servi-ços. Normalmente o que se faz quando há erros e omissões é pedir que se preencha a chamada declaração de substituição. Depois de entregue, o contribuinte fi ca apenas sujeito à coima cobrada por falta ou atraso na entrega, cujo montante é subs-tancialmente inferior. E claro, se, depois de corrigidos os erros e omissões, for apurado mais imposto a pagar, o contribuinte terá de o pagar.

RENDIMENTOS DO TRABALHO DEPENDENTE

Categoria A (art. 2º do CIRS)Consideram-se rendimentos do trabalho dependente todas

as remunerações pagas ou colocadas à disposição do seu titular provenientes de:

- Trabalho prestado em função de contrato individual de trabalho, ou equiparado;

- Trabalho prestado ao abrigo de contrato de aquisição de serviços ou outro de idêntica natureza, sob a autoridade e a direção da pessoa ou entidade que ocupa a posição de sujeito ativo na relação jurídica dele resultante;

- Exercício de função, serviço ou cargo público;- Atribuição a título de pré-reforma, pré-aposentação ou

reserva, com ou sem prestação de trabalho, bem como de prestações atribuídas, não importa a que título, antes de verifi cados os requisitos exigidos nos regimes obrigatórios de segurança social aplicáveis para a passagem à situação de reforma, ou, mesmo que não subsista o contrato de trabalho, se mostrem subordinadas à condição de serem devidas até que tais requisitos se verifi quem, ainda que sejam devidas por fundos de pensões ou outras entidades que se substituam à entidade originariamente devedora.

Consideram-se remunerações, designadamente: ordenados, salários, vencimentos, gratifi cações, percentagens, comissões, participações, subsídios ou prémios, senhas de presença, emolumentos, participações em multas e outras remunerações acessórias, ainda que periódicas, fi xas ou variáveis, de natureza contratual ou não.

Consideram-se ainda, para este efeito, rendimentos do trabalho dependente:

- remunerações dos membros de órgãos estatutários das pessoas coletivas e entidades equiparadas, com exceção dos revisores ofi ciais de contas (os rendimentos auferidos por estes profi ssionais são sempre incluídos na categoria B);

- benefícios ou regalias auferidos pela prestação ou em conexão da prestação de trabalho dependente e que

Veículos – Coefi cientes de desvalorização

Idade do veículo Desvalorização anual Desvalorização acumulada

0 0,00 0,001 0,20 0,202 0,15 0,353 0,10 0,454 0,10 0,555 0,10 0,656 0,05 0,707 0,05 0,758 0,05 0,809 0,05 0,85

10 ou superior 0,05 0,90

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Boletim do Contribuinte 121FEVEREIRO 2014 - Nº 4

legais, e as verbas para despesas de deslocação, viagens e/ou representação de que não tenham sido prestadas contas até ao termo do exercício (os limites legais acima referidos para o ano de 2009 foram fi xados pela Port. nº 1553-D/2008, de 31.12, publicada no Boletim do Contribuinte, 2009, pág. 52, não havendo atualizações para 2013);

– as importâncias despendidas pela entidade patronal com viagens e estadas, de turismo e similares, não conexas com as funções exercidas pelo trabalhador ao serviço da mesma entidade (por exemplo, se a entidade patronal oferecer ao trabalhador uma viagem a Cuba como prémio de produção);

– os ganhos derivados de planos de opções ou de ações criados pela entidade patronal em benefício dos trabalhadores;

– rendimentos, em dinheiro ou em espécie, pagos ou colocados à disposição a título de direito a rendimento inerente a valores mobiliários ou direitos equiparados;

– a atribuição de viatura automóvel pela empresa para uso pessoal exclusivo ou para uso misto do colaborador (trabalhador ou membro do órgão social), desde que haja acordo escrito entre o trabalhador e a entidade patronal, e desde que gere encargos para esta;

Poderá ser consultado um artigo de Opinião do Dr. João Antunes em www.vidaeconomica.pt

– a aquisição pelo trabalhador ou membro do órgão social de qualquer viatura que tenha originado encargos para a entidade patronal, por preço inferior ao valor do mercado. Presume-se que a viatura foi adquirida pelo trabalhador ou membro do órgão social quando seja registada em seu nome, no de qualquer pessoa que integre o agregado familiar ou no de outrem por si indicada, no prazo de dois anos a contar do exercício em que a viatura deixou de gerar encargos para a entidade patronal. Neste caso, o rendimento corresponde à diferença positiva entre o respetivo valor de mercado e o somatório dos rendimentos anuais tributados como rendimentos decorrentes da atribuição do uso com a importância paga a título de preço de aquisição.

Considera-se valor de mercado o que corresponder à diferença entre o valor de aquisição e o produto desse valor pelo coefi ciente de desvalorização constante da tabela aprovada pela Portaria nº 401/2012, de 6.12 (Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 857);

– os abonos para falhas na parte que excedam 5% da remuneração mensal fi xa;

– as importâncias auferidas, ainda que a título de indemnização, pela mudança do local de trabalho;

– a quota-parte, acrescida dos descontos para a segurança social, que constituam encargos do benefi ciário, devida a título de participação nas campanhas de pesca aos

pescadores que limitem a sua atuação à prestação de trabalho;

– as gratifi cações auferidas pela prestação ou em razão da prestação do trabalho, quando não atribuídas pela entidade patronal;

– as importâncias recebidas pela cessação do contrato de trabalho, de funções de gestor, administrador ou gerente de pessoa coletiva, na parte que excedam o valor da remuneração correspondente a 1,5 mês a remuneração média dos últimos 12 meses multiplicada pelo número de anos ou fração de antiguidade ou de exercício de funções na entidade devedora, salvo quando nos 24 meses seguintes seja criado novo vínculo com a mesma entidade ou outra que com ela esteja em relação de domínio ou de grupo, caso em que as importâncias serão tributadas pela totalidade.

Como declararDeve indicar-se o código correspondente ao rendimento

de acordo com a tabela seguinte:

CÓDIGO DESCRIÇÃO

401 Trabalho dependente – Rendimento bruto

402 Gratifi cações não atribuídas pela entidade patronal [al. g) do n.º 3 do art. 2.º do CIRS] – tributação autónoma

403 Rendimentos de agentes desportivos – tributação autónoma (anos de 2006 e anteriores)

404 Pensões (com exceção das pensões de sobrevivência e de alimentos)

405 Pensões de sobrevivência

406 Pensões de alimentos

407 Rendas temporárias e vitalícias

408 Pré-reforma – regime de transição

Rendimentos não tributados

Não estão sujeitos a tributação os seguintes rendimentos:- Ajudas de custo até ao montante fi xado para os servidores

do Estado (69,19 euros – deslocações em território nacional, 133,66 euros – deslocações no estrangeiro, 0,36/km – deslocação em automóvel próprio – Port. nº 1553-D/2008, de 31.12, publicada no Boletim do Contribuinte, 2009, pág. 52 e DL nº 137/2010, de 28.12);

- Subsídios de refeição até à importância de 5,15 euros (1,5 x 4,27 euros). Se o subsídio for pago em senhas de refeição, o montante não poderá exceder 6,83 euros;

- Abonos para as falhas até 5% da remuneração mensal fi xa calculados da seguinte forma:

RMF (sem diuturnidades) x 14 : 12 em que RMF = Remuneração mensal fi xa;

(Continua na pág. seguinte)

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122 Boletim do ContribuinteFEVEREIRO 2014 - Nº 4

- Abono de família e prestações complementares, tais como subsídios de aleitação, casamento, funeral, nascimento, na parte em que não excedam os limites legais estabelecidos;

- Subsídio de desemprego;- Subsídio de doença, apenas na parte que é suportada

pela segurança social;- Indemnização por incapacidade temporária ou

permanente por motivo de acidente de trabalho;- Passes sociais, ou seja, as importâncias despendidas

pelas entidades patronais com a aquisição de passes sociais desde que tenham carácter geral;

- As importâncias recebidas no caso de cessação convencional ou judicial do contrato individual de trabalho ou de funções públicas, de gestor, administrador ou gerente de pessoa coletiva, na parte que não exceda 1,5 vezes o número de anos ou fração de antiguidade ou de exercício de funções pelo valor da remuneração média dos últimos 12 meses e desde que nos últimos cinco anos o titular não tenha benefi ciado desta exclusão.

Há lugar à tributação da totalidade das importâncias recebidas se:

– nos 12 meses seguintes for criado novo contrato com a mesma entidade ou com outra que com ela esteja em relação de domínio de grupo;

– se o sujeito passivo benefi ciou, nos últimos cinco anos, de não tributação total ou parcial relativamente a importâncias recebidas por cessação de contrato individual de trabalho.

DEDUÇÕES AOS RENDIMENTOS DA CATEGORIA A

Deduções específi cas (art. 25º do IRS)A dedução específi ca sobre os rendimentos do trabalho

dependente – categoria A – é a seguinte:- 72% de doze vezes o salário mínimo nacional mais

elevado, ou seja, 4104,00 euros (475 euros x 12 x 72%).Esta dedução pode ser elevada para 75% de 12 vezes o

salário mínimo nacional, isto é, elevada para 4275,00 euros, desde que a diferença resulte de:

– quotizações para ordens profi ssionais suportadas pelo sujeito passivo e indispensáveis ao exercício da respetiva atividade;

– importâncias comprovadamente pagas e não reembolsadas respeitantes a formação profi ssional, desde que a entidade formadora seja reconhecida pelo Ministério competente (Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho).

Nota: As deduções ainda estão indexadas à remuneração mínima mensal em vigor em 2010, 475 euros. Este valor será aplicado até que o IAS, atualmente em 419,22, atinja os 475 euros.

Contribuições obrigatóriasAs contribuições obrigatórias para os regimes de segurança

social, se o seu montante for superior aos limites atrás mencionados.

Indemnizações pagas pelo trabalhadorAs indemnizações pagas pelo trabalhador à sua entidade

patronal por rescisão unilateral do contrato individual de trabalho sem aviso prévio em resultado de sentença judicial ou de acordo judicialmente homologado, ou, nos restantes casos, a indemnização de valor não superior à remuneração de base correspondente ao aviso prévio.

Quotizações sindicaisAs quotizações sindicais, na parte em que não constituam

contrapartida de benefícios de saúde, educação, apoio à terceira idade, habitação, seguros ou segurança social e desde que não excedam relativamente a cada sujeito passivo 1% do rendimento bruto desta categoria, sendo acrescidas de 50%.

Dedução específica aplicável aos sujeitos passivos defi cientes

Os sujeitos passives, dependentes ou ascendentes com grau de incapacidade permanente igual ou superior a 60%, comprovada através de atestado médico de incapacidade multiuso possuem as seguintes deduções à coleta:

- 1900 euros por sujeito passivo defi ciente;- 2375 euros por sujeito passivo defi ciente das Forças

Armadas;- 712,50 euros por dependente defi ciente;- 712,50 euros por ascendente defi ciente.

Acresce por sujeito passivo ou por dependente defi ciente com grau de incapacidade igual ou superior a 90% despesas de acompanhamento)

PENSÕES

Categoria H (art. 11º do CIRS)Consideram-se pensões:- As prestações que, não sendo consideradas rendimentos

de trabalho dependente, sejam devidas a título de pensões

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Boletim do Contribuinte 123FEVEREIRO 2014 - Nº 4

de aposentação ou de reforma, velhice, invalidez ou sobrevivência, bem como outras de idêntica natureza e respetivos complementos, e ainda as pensões de alimentos;

- As prestações a cargo de companhias de seguros, fundos de pensões ou quaisquer outras entidades, devidas no âmbito de regimes complementares de segurança social em razão de contribuições da entidade patronal, e que não sejam consideradas rendimentos do trabalho dependente;

- As pensões e subvenções não compreendidas nas alíneas anteriores;

- As rendas temporárias ou vitalícias.A remição ou qualquer outra forma de antecipação de

disponibilidade dos rendimentos acima referidos não lhes modifi ca a natureza de pensões.

Estes rendimentos fi cam sujeitos a tributação desde que pagos ou colocados à disposição dos respetivos titulares.

Os pensionistas residentes no território português deverão entregar a declaração periódica de rendimentos modelo 3.

Deduções específi cas sobre os rendimentos provenientes de pensões

A dedução específi ca dos rendimentos provenientes de pensões – categoria H – é automaticamente considerada na liquidação efetuada pelos serviços da Autoridade Tributária.

Aos rendimentos brutos da categoria H de valor anual igual ou inferior a € 4104,00 deduz-se, até à sua concorrência, a totalidade do seu quantitativo por cada titular que os tenha auferido.

Se o rendimento anual, por titular, for superior a € 4104,00, a dedução é igual ao montante nele fi xado.

Os rendimentos brutos da categoria H de valor anual superior a € 22 500, por titular, têm uma dedução de € 4104,00 euros, abatida, até à sua concorrência, de 20% da parte que excede aquele valor anual.

O valor da dedução específi ca dos rendimentos de pensões não está dependente de um eventual grau de invalidez, mas sim do montante anual da pensão.

Instruções de preenchimento

Assim, para efeitos da determinação do valor do rendimento tributável nas rendas temporárias ou vitalícias que correspondam a importâncias pagas a título de reembolso de capital, o valor a abater à totalidade da renda passa de 65% para 80%.

Refi ra-se que os sujeitos passivos defi cientes podem deduzir 30% das despesas de educação e reabilitação, devidamente comprovadas, sem limite, e 25% dos prémios de seguros de vida até 15% da coleta.

Para usufruir destes benefícios deverá o contribuinte preencher os quadros 3-A e 4 da declaração modelo 3.

Anexo a apresentarOs sujeitos passivos que aufi ram rendimentos da categoria

H devem apresentar a declaração modelo 3 e Anexo A.

TAXAS DE IRS 2013

Taxas aplicáveis em 2013À soma de todos os rendimentos destas categorias são

subtraídas algumas deduções.Daqui resulta o rendimento coletável, que está dividido em

vários escalões. Cada escalão tem uma taxa de IRS própria, sendo a taxa mais alta quanto mais alto é o rendimento coletável.

Para os vários escalões são defi nidas, anualmente, tabelas de retenção de IRS. Para os rendimentos obtidos em 2013 as taxas são as seguintes:

- Dedução até € 4104 para pensões até € 22 500- A dedução reduz-se progressivamente para pensões até € 43 020- Quotas para sindicatos até 1% do rendimento bruto, acrescidas

de 50%- Contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e para

subsistemas legais de saúde

Rendimento coletável(em euros)

Continente Madeira Açores

Taxa Parcela a abater Taxa Parcela a abater 20,2 Parcela a abater

Até 7.000 14,50% - 14,50% - 10,15% -

Mais de 7.000 a 20.000 28,50% 980,00 28,50% 980,00 22,80% 885,50

Mais de 20.000 a 40.000 37,00% 2.680,00 37,00% 2.680,00 29,60% 2.245,40

Mais de 40.000 a 80.000 45,00% 5.880,00 45,00% 5.880,00 36,00% 4.805,60

Superior a 80.000 48,00% 8.280,00 48,00% 8.280,00 38,40% 6.725,60

Tabela de taxas IRS 2013

Consulte o Guia Prático do IRS

que o seu Boletim do Contribuinte disponibiliza em

www.vidaeconomica.pt

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124 Boletim do ContribuinteFEVEREIRO 2014 - Nº 4

RENDIMENTO BRUTO E RESPETIVAS DEDUÇÕES

CATEGORIAS TIPO DE RENDIMENTOS DEDUÇÕES

ATrabalho dependenteArt. 2.º do CIRS

1.a) € 4.104,00.b) € 4.275,00 desde que a diferença para o limite referido em a) resulte de quotizações para ordens profi ssionais;c) Ou a totalidade das contribuições obrigatórias para regimes de proteção social quando exceda qualquer daqueles limites.2. Quotizações sindicais, com o limite de 1% do rendimento bruto.3. Indemnizações pagas pelo trabalhador, por rescisão unilateral do contrato individual de trabalho.

BEmpresariais e profi ssionaisArts. 3.º e 4.º do CIRS

Rendimentos determinados com base nas regras do regime simplifi cado ou da contabilidade.

ECapitaisArt. 5.º do CIRS

50% dos lucros ou dividendos pagos quando englobados.

FPrediaisArt. 8.º do CIRS

Despesas de manutenção e de conservação, bem como o Imposto Municipal sobre Imóveis e o Imposto do Selo que incide sobre o valor dos prédios.

G

Incrementos patrimoniais:- Mais-valias- Indemnizações- Assunção de obrigações de não concorrência, Arts. 9.º e 10.º do CIRS

Mais-valias:1. Despesas com a valorização de imóveis realizadas nos últimos 5 anos e as despesas com a aquisição e alienação dos mesmos.2. Despesas com a alienação de valores mobiliários e direitos de propriedade intelectual ou industrial.

HPensõesArt. 11.º do CIRS

1. € 4104,002. Quotizações sindicais, com o limite de 1% do rendimento bruto.3. Ou, se superior, as contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e para subsistemas legais de saúde.

LIMITAÇÕES AOS BENEFÍCIOS FISCAIS

À semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, para o exercício de 2013 não existem alterações aos limites de de-dução aplicáveis aos benefícios fi scais que estão em vigor e cujo limites máximos cumulativos apresentamos na tabela seguinte:

Escalões de rendimento Para 2013, o limite da soma dasDeduções à Coleta é:

Para 2013, o limite da soma dos Benefícios Fiscais é:

- Rendimento coletável situado no 1º escalão(até 7000 euros) Sem limite Sem limite

- Rendimento coletável situado no 2º escalão(de mais 7000 até 20 000 euros) 1.250,00 100,00

- Rendimento coletável situado no 3º escalão(de mais 20 000 até 40 000 euros) 1.000,00 80,00

- Rendimento coletável situado no 4º escalão(de mais 40 000 até 80 000 euros) 500,00 60,00

- Rendimento coletável situado no 5º escalão(superior a 80 000 euros) 0,00 0,00

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Boletim do Contribuinte 125FEVEREIRO 2014 - Nº 4

DEDUÇÕES À COLETA DE IRS - 2013

Casado Não casado

Deduções pessoais

Contribuinte 427,50 213,75

Famílias monoparentais - 332,50

Dependentes 213,75 213,75

Dependentes igual ou inferior a 3 anos a 31 de dezembro do ano em causa 427,50 427,50

Agregados familiares com três ou mais dependentes a seu cargo / Por dependente 237,50 237,50

Ascendentes em comunhão de habitação com o contribuinte e rendimento igual ou inferior à pensão mínima do regime geral 261,25 261,25

Apenas um ascendente em comunhão de habitação com o contribuinte e rendimento igual ou inferior à pensão mínima do regime geral 403,75 403,75

Pessoas portadoras de defi ciência

Por sujeito passivo 3.800,00 1.900,00

Por dependente portador de defi ciência 712,50 712,50

Por ascendente portador de defi ciência 712,50 712,50

30% de despesas educação e reabilitação Sem limite Sem limite

25% de prémios de seguros de vida e contribuições para associações mutualistas 15% coleta 15% coleta

Contribuições pagas para reforma por velhice 130,00 65,00

Despesas de saúde

Dedução das seguintes despesas: Dedução de 10% com limite de:

a) Aquisição de bens e serviços isentos de IVA ou sujeitos à taxa reduzida de 6% 838,44 (2) 838,44 (2)

b) Aquisição de outros bens e serviços desde que devidamente justifi cados através de receita médica65,00 ou

2,5% de a) se superior

65,00 ou 2,5% de a) se superior

c) Nos agregados com três ou mais dependentes com despesas de saúde o limite é elevado por dependente em 125,77 125,77

Despesas de educação e formação profi ssional

Dedução de 30% das despesas com o limite de 760,00 760,00

Nos agregados com três ou mais dependentes com despesas de educação o limite é elevado por cada dependente com despesas de Educação em 142,50 142,50

Encargos com lares

Dedução de 25% dos encargos relativos ao próprio e ascendentes e colaterais até ao 3º grau com rendimentos inferiores ao salário mínimo nacional 403,75 403,75

Prémios de seguros de vida e acidentes pessoais

Dedução de 25% dos prémios de acidentes pessoais e seguros de vida (riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice após os 55 anos de idade e 5 anos de contrato)

Revogado - Apenas se mantêm para profi ssões de desgaste rápido e pessoas portadoras de defi ciência

Pensões de alimentos

Dedução de 20% das importâncias suportadas 419,22 por mês, por benefi ciário

Encargos com imóveis

Dedução de 15% dos seguintes encargos:

1 - Juros de dívidas, por contratos celebrados até 31 de Dezembro de 2011, contraídas com a aquisição, construção ou benefi ciação de imóveis para habitação própria e permanente ou arrendamento devidamente comprovado para habitação permanente do arrendatário.

296,00 296,00

2 - Prestações devidas, em resultado de contratos celebrados até 31 de Dezembro de 2011 com cooperativas de habitação ou no regime de compras em grupo, para aquisição de imóveis para habitação própria e permanente ou para arrendamento para habitação permanente do arrendatário, na parte que respeitem a juros das correspondentes dívidas

296,00 296,00

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126 Boletim do ContribuinteFEVEREIRO 2014 - Nº 4

Casado Não casado

3 - Importâncias pagas a título de rendas por contrato de locação fi nanceira celebrado até 31 de Dezembro de 2011 relativo a imóveis para habitação própria permanente efetuadas ao abrigo deste regime, na parte que não constituam amortização de capital

296,00 296,00

4 - Importâncias líquidas de subsídio ou comparticipações ofi ciais, suportadas a título de renda pelo arrendatário de prédio urbano ou da sua fração autónoma para fi ns de habitação permanente, quando referentes a contratos de arrendamento celebrado ao abrigo do RAU ou do NRAU

502,00 502,00

Os limites estabelecidos nas alíneas 1) e 2) e 3) são elevados da seguinte forma:

- Rendimento coletável até ao limite do 1º escalão - 50%, 444,00 444,00

- Rendimento coletável até ao limite do 2º escalão - 20%. 355,20 355,20

Os limites estabelecidos nas alíneas 4) são elevados da seguinte forma:

- Rendimento coletável até ao limite do 1º escalão - 50%, 753,00 753,00

- Rendimento coletável até ao limite do 2º escalão - 20%, 602,40 602,40

Fundos de Poupança-Reforma e Planos de Poupança-Reforma

Dedução de 20% do valor aplicado

Pessoas com idade inferior a 35 anos 800,00 400,00

Pessoas com idade compreendida entre os 35 e os 50 anos inclusive 700,00 350,00

Pessoas com idade superior a 50 anos 600,00 300,00

Prémios de seguro de saúde

Despesas com prémios de seguros de saúde10% com limite de 100,00

10% com limite de 50,00

Por cada dependente acresce 25,00 25,00

Donativos

Dedução de 25% dos donativos:

Administração Central, Regional ou Local; Fundações Sem limite

Donativos a outras entidades 15% da coleta

CÓDIGOS FISCAIS 2014Serviço gratuito para assinantes já disponivel

Descarregue os Códigos em livraria.vidaeconomica.ptSe ainda não está registado, faça-o agora para poder usufruir deste serviço

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Boletim do Contribuinte 127FEVEREIRO 2014 - Nº 4

BENEFÍCIOS FISCAIS PREVISTOS NO ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS

Outros benefícios Fiscais Limites

Conta Poupança reformado Ficam isentos os juros na parte em que o saldo seja igual ou inferior a 10.500€

Propriedade intelectualOs direitos de autor auferidos pelo titular originário residente em território português são englobados em 50% do seu valor, estando o valor excluído de tributação limitado a 10.000 €. Refi ra-se que o limite anterior era de 20 000 €.

Fundos de investimento Estão isentos os rendimentos de unidades de participação em fundos de investimento mobiliário, imobiliário e fundos de fundos

Fundos de capital de risco As mais-valias resultantes de transmissões de unidades de participação são tributadas à taxa de 10%

Fundos de investimento imobiliário em recursos fl orestais As mais-valias resultantes de transmissões de unidades de participação são tributadas à taxa de 10%

Mais-valias de não residentes

Estão isentas as transmissões de- Partes sociais de sociedades portuguesas- Outros valores mobiliários emitidos por sociedades portuguesas- Warrants autónomos emitidos por sociedades portuguesas- Derivados transacionados em bolsa- Unidades de participação em fundos de capital de riscoExceções- Pessoas residentes em paraíso fi scal - Transmissão de partes sociais em sociedades cujo ativo seja constituído em mais de 50% por imóveis localizados em território português

Contribuições de entidades patronais para regimes de segurança social

As contribuições de entidades patronais para fundos de pensões (ou outros regimes complementares de segurança social) estão isentas de IRS no momento em que são efetuadas, desde que cumpridas determinadas condições

Desportistas

- Ficam excluídos de tributação os prémios e as bolsas atribuídas aos desportistas com defi ciência e aos desportistas de alto rendimento- Ficam também excluídos de tributação as bolsas de formação desportiva para agentes desportivos não profi ssionais (praticantes, juízes e árbitros), até 2375 €.

Outros

- Pessoal das missões diplomáticas e consulares e das organizações estrangeiras ou internacionais- Pessoal em missões de salvaguarda de paz- Acordos e relações de cooperação- Empreiteiros e arrematantes de obras e trabalhos das infraestruturas comuns da NATO

IVA suportado em faturas

5% do IVA suportado que conste de faturas que titulem prestações de serviços comunicadas à AT, com o limite global de € 250.Para o efeito, são relevantes as faturas relativas às seguintes prestações de serviços:• Manutenção e reparação de veículos automóveis;• Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios.E-fatura social. Com a alteração do artigo 66º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais pela Lei nº 83/2013, de 9.12 (2º Orçamento Retifi cativo para 2013) tornou-se possível atribuir a uma igreja ou Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) o benefício em sede de IRS atribuído através da dedução de parte do IVA pago nas contas do restaurante, cabeleireiro e ofi cinas. O contribuinte terá apenas de escolher a IPSS que quer ajudar e que conste da lista ofi cial das instituições.

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128 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

FEVEREIRO 2014 - Nº 4

enquadramento, tributadas à taxa normal, por força da alínea c) do n.º 1 do art.º 18.º.

6. A verba 5 da Lista I anexa ao CIVA abrange, assim, as transmissões de bens efetuadas no âmbito das atividades de produção agrícola.

7. Por sua vez, estabelece a verba 5.5 da citada Lista que “são igualmente consideradas atividades de produção agrícola as atividades de transformação efetuadas por um produtor agrícola sobre os pro-dutos provenientes, essencialmente, da respetiva produção agrícola com os meios normalmente utilizados nas explorações agrícolas e silvícolas”.

8. O conteúdo da verba 5.5 da Lista I anexa ao CIVA resultou da transcrição integral do ponto V do revogado Anexo A ao CIVA, que tinha como objetivo considerar, ainda, atividades de produção agrícola, aquelas que derivavam da transformação efetuada pelos próprios agricultores sobre os pro-dutos essencialmente da sua produção agrícola.

9. Esta premissa provinha, no entanto, do facto de os agricultores benefi ciarem de enquadramento da isenção constante na alínea 33) do art.º 9.º do CIVA e de se pretender enquadrar nessa isenção os bens resultantes da transformação, efetuada pelo próprio agricultor, dos produtos provenientes da sua produção agrícola.

10. Na eventualidade de o agricultor renunciar àquela isenção, nos termos e condições do art.º 12.º do CIVA, e quando no âmbito da sua atividade procedesse à transmissão do vinho resultante da sua produção, a taxa que lhe competia aplicar era a taxa intermédia, por enquadramento na verba 1.10 da Lista II anexa ao CIVA.

11. De facto, desde janeiro de 2002 que, face às alterações introduzidas no Código do IVA, bem como nas Listas I e II anexas a este diploma pela Lei n.º 109-B/2001, de 27 de dezembro (orçamento do Estado para 2002), que o enquadramento dos vinhos comuns se verifi ca na Lista II anexa ao CIVA a que corresponde a taxa intermédia e não na Lista I a que corresponde a taxa reduzida.

12. Refi ra-se que, anteriormente àquela data (ja-neiro de 2002), a transmissão do vinho merecia enquadramento na Lista I anexa ao CIVA, sendo--lhe, consequentemente, aplicada a taxa reduzida. Contudo, o Estado Português, ao manter uma taxa reduzida aplicável à transmissão do vinho, cometeu uma infração aos art.º s 12.º e 28.º, n.º 2, da Diretiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de maio de 1977 (atual Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro), da qual resultou a sua condenação pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (Acórdão de 8 de março de 2001 - Processo C-276/98).

CONCLUSÃO 13. Conclui-se, assim, face à jurisprudência comu-

nitária, designadamente a constante no Acórdão de 8 de março de 2001, proferido no processo C 276/98, que a transmissão de vinhos (comuns), independentemente de serem produzidos ou não pelo próprio vendedor, é enquadrável na verba 1.10 da Lista II anexa ao mesmo diploma e tributada à taxa intermédia, prevista na alínea b) do n.º 1 do art.º 18.º do CIVA.

IVAVinhos da própria produção agrícola - Taxas

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: verba 1.10 da Lista II anexa ao CIVA

-alínea b) do n.º 1 do artigo 18.º Assunto: Taxa – Vinhos da própria produção agrícola Processo: nº 4933, por despacho de 2013-06-26, do SDG do

IVA, por delegação do Director Geral.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por « ….A…», presta-se a seguinte informação.

1. A requerente, enquadrada em sede de IVA no regime normal de tributação, com periodicidade trimestral, pela atividade principal de “PRODU-ÇÃO DE VINHOS E LICOROSOS” - CAE 11021, e pela atividade secundária de “COMÉRCIO POR GROSSO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS” - CAE 46341, desde 2001-10-31, solicita informação vinculativa relativamente à taxa a aplicar, a partir de 1 de abril de 2013, à venda de vinho comum.

2. Refere tratar-se de uma empresa com terrenos próprios onde são produzidas as uvas, que depois são transformadas, nas suas instalações, em vinho comum. Posteriormente, procede ao engarrafamen-to do vinho, que é vendido em garrafas de 0,75 cl a clientes fi nais e a sujeitos passivos, nomeadamente restaurantes e estabelecimentos comerciais de distribuição alimentar.

3. Face à obrigatoriedade de o Estado Português dar cumprimento às imposições instituídas na Diretiva 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro (Diretiva IVA), relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado, o art.º 195.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento de Estado para 2013) revogou a isenção até aí aplicada ao setor agrícola, contida na alínea 33) do art.º 9.º do Código do IVA (CIVA), bem como dos Anexos A e B ao citado código.

4. Da referida revogação resultou o aditamento à Lista I anexa ao CIVA da verba 5 que constitui a transcrição do conteúdo do Anexo A que elencava as atividades de produção agrícola.

5. Estas operações eram consideradas isentas, nos termos da alínea 33) do art.º 9.º do CIVA, podendo esta isenção ser objeto de renúncia nos termos e condições previstas no art.º 12.º do CIVA, implican-do para o produtor que algumas das suas operações fossem tributadas à taxa reduzida ou taxa intermédia por enquadramento, respetivamente, na Lista I ou Lista II, anexas ao Código ou, não merecendo esse

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Boletim do Contribuinte 129

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

FEVEREIRO 2014 - Nº 4

IVACreches e jardins de infância

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 9º Assunto: Isenções - Creches, jardins de infância… - Re-

conhecimento da utilidade social, obtido através do licenciamento dos estabelecimentos do DL nº 64/2007, de 14/03.

Processo: nº 3261, despacho do SDG dos Impostos, substituto legal do Director-Geral, em 2012-06-27.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por « ….A…», presta-se a seguinte informação.

OS FACTOS 1. A requerente refere que “É uma empresa com

fi ns lucrativos de direito privado” que desenvolve “(…) a atividade de jardim de infância” e “Possui “(…)” parecer favorável da segurança social para o exercício dessa atividade”.

2. Assim, pretende a requerente saber se pode “(…) benefi ciar da isenção prevista na alínea 7 nº 1 artº 9º CIVA”.

NORMAS LEGAIS 3. O regime de licenciamento e de fi scalização da

prestação de serviços dos estabelecimentos de apoio social rege-se pelo Decreto-Lei nº 64/2007, de 14 de março. (Esta norma legal revogou o Decreto-Lei nº 133-A/97, de 30 de maio, com as alterações introdu-zidas pelo Decreto-Lei nº 268/99, de 15 de julho.)

4. Na referida disposição legal são estipuladas: no Capítulo II, as normas para a obtenção do licencia-mento ou autorização de construção dos edifícios onde será desenvolvida a atividade de apoio social, e, no Capítulo III, as normas para o licenciamento da atividade de apoio social.

5. Assim, o Capítulo III do referido Decreto-Lei nº 64/2007, de 14 de março, estabelece:

i) Que os estabelecimentos não podem iniciar a sua actividade sem se encontrarem licenciados;

ii) A instrução do processo e a decisão do pedido de licença de funcionamento são da competência do Instituto da Segurança Social, I.P.;

iii) As normas de obtenção do licenciamento; iv) Que os estabelecimentos que se encontrem

licenciados nos termos do presente capítulo são considerados de utilidade social.

6. Em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), a atividade desenvolvida pelos estabele-cimentos de apoio social está contemplada no nº 7 do artº 9º do Código do Imposto sobre o Valor

Acrescentado (CIVA), o qual determina que estão isentas de imposto “As prestações de serviços e as transmissões de bens estreitamente conexas, efec-tuadas no exercício da sua actividade habitual por creches, jardins de infância, centros de actividades de tempos livres, estabelecimentos para crianças e jovens desprovidos de meio familiar normal, lares residenciais, casas de trabalho, estabelecimentos para crianças e jovens defi cientes, centros de rea-bilitação de inválidos, lares de idosos, centros de dia e jovens defi cientes, centros de reabilitação de inválidos, lares de idosos, centros de dia e centros de convívio para idosos, colónias de férias, alber-gues de juventude ou outros equipamentos sociais pertencentes a pessoas coletivas de direito público ou a instituições particulares de solidariedade social ou cuja utilidade social seja, em qualquer caso, reconhecida pelas autoridades competentes”.

7. A isenção prevista neste normativo abrange não só as prestações de serviços e as transmissões de bens estreitamente conexas efetuadas no exercício da sua atividade habitual, por quaisquer equipa-mentos sociais pertencentes a pessoas coletivas de direito público ou a instituições particulares de solidariedade social (IPSS), mas, também, as efetuadas por equipamentos sociais pertencentes a quaisquer outras entidades, seja ou não prosseguida uma fi nalidade lucrativa (ofício-circulado nº 30071, de 2004.06.24, da DSIVA).

8. Contudo e relativamente aos estabelecimentos e serviços privados, onde sejam exercidas atividades de apoio social do âmbito da segurança social, para benefi ciar da isenção prevista no nº 7 do artº 9º do CIVA, torna-se necessário a obtenção do reconhecimento da utilidade social que como já foi referido, é obtido através do licenciamento dos estabelecimentos nos termos do Capítulo III do Decreto-Lei nº 64/2007, de 14 de março (ponto 5 da presente informação).

9. A isenção preconizada no nº 7 do artº 9º do CIVA, bem como as restantes consignadas naquele artigo, designam-se por isenções incompletas, uma vez que os sujeitos passivos por ela abrangidos não liquidam o imposto nas operações que praticam nesse âmbito, nem têm direito a deduzir o imposto suportado nas aquisições de bens e serviços relacionados com essa atividade, uma vez que estas operações não se encontram contempladas no artº 20º do CIVA.

10. Por ultimo, chama-se a atenção de que a isenção só tem aplicação nas atividades prestadas aos utentes diretos dos sujeitos passivos nela enquadrados, pelo que os serviços e as transmissões de bens efetuadas ao exterior, ou seja, faturadas a terceiros, com ou sem o intuito lucrativo, não benefi ciam da referida isenção.

ANÁLISE 11. Verifi ca-se, dos documentos apresentados pela

requerente, que:- Foi -lhe concedido, por parte do Gabinete de Apoio Técnico - Setor de Apoio às Ins-tituições do …, do Instituto da Segurança Social, I.P., um parecer favorável ao projeto de licenciamento de construção, relativamente à instalação de uma Creche; - Foi notifi cado, pela Direção Municipal

(Continua na pág. seguinte)

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130 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

FEVEREIRO 2014 - Nº 4

de Urbanismo da Câmara Municipal do …. da aprovação do projeto de arquitetura, bem como do deferimento do pedido de licenciamento da operação de edifi cação.

12. Constata-se, assim, que a requerente obteve o licenciamento/ autorização a que se refere o Capítulo II do Decreto-Lei nº 64/2007, de 14 de março, para o projeto de construção/recuperação do estabelecimento onde será desenvolvida a atividade de apoio social.

13. Porém, ainda não foi obtido o licenciamento da atividade de apoio social, a que se refere o Capítulo III do Decreto-Lei nº 64/2007, de 14 de março, que confere o reconhecimento de utilidade social, conforme estipula o artº 23º da citada norma legal. Nestes termos, por não reunir as condições supra referidas, a requerente não pode benefi ciar da isenção prevista no nº 7 do artº 9º do CIVA.

14. Deste modo, a atividade desenvolvida pela requerente (ainda que até ao momento, segundo se presume, só tenha realizado operações passivas) é, para efeitos de IVA, uma atividade tributada nos termos gerais.

15. Atente-se, no entanto, que, obtido o reconheci-mento de utilidade social, nos termos já referidos, a requerente está obrigada, no prazo de 15 dias a contar da data desse reconhecimento, a declarar tal facto à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), mediante declaração de alterações a entregar nos termos dos artºs 32º e 35º do CIVA.

16. De facto, a partir da data do reconhecimento de utilidade social a requerente passa a reunir condições de sujeito passivo isento, nos termos do nº 7 do artº 9º do CIVA, isto é, passa a realizar operações isentas de imposto que não conferem o direito à dedução.

17. Verifi ca-se, ainda, em sistema de registo de contribuintes, que a requerente se encontra registada pela atividade de “Educação Pré-Escolar” - CAE 85100, ainda que informe nos elementos constantes do pedido de informação vinculativa, que nunca exerceu a referida atividade, embora a mesma conste do seu objeto social.

18. Em sede de IVA, está enquadrada erradamente no regime de isenção (artº 9º do CIVA), pelas razões referidas no ponto 14 da presente informação. Efe-tivamente deve estar enquadrada no regime normal e, consequentemente, sujeita às obrigações inerentes a este regime de tributação.

CONCLUSÃO 19. A requerente não benefi cia da isenção do nº 7

do artº 9º do CIVA, enquanto não for reconhecida de utilidade pública pelas entidades competentes. Por esse facto, o seu enquadramento, em sede de IVA, é no regime normal de tributação.

20. Nestes termos, deve proceder à apresentação de declaração de alterações (artº 32º do CIVA) para corrigir os seus dados em sistema de registo de contribuintes e, bem assim, o respetivo enquadra-mento em sede de IVA: -“Atividades efetivamente exercidas”, onde deve declarar a atividade de “Ação Social” -“Tipo de Operações em IVA”, onde deve declarar que realiza operações sujeitas a imposto que conferem o direito à dedução.

IVAServiços prestados por veterinários

Actividade associativa e quotas cobradas aos associados

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 18º Assunto: Taxas – Quotas – Serviços prestados por veterinários

– Produtos aplicados por veterinários - Passaporte bovino -Declarações de nascimento/morte - Marcas auriculares

Processo: nº 6022, por despacho de 2014-02-05, do SDG do IVA, por delegação do Director Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira -AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de in-formação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por « ….A…», presta-se a seguinte informação.

1. Segundo consulta ao sistema de registo e cadas-tro dos contribuintes, o Requerente encontra-se registado com o CAE 94995 -”Outras Atividades Associativas, não especifi cadas”, enquadrado no regime normal trimestral, praticando operações que conferem direito à dedução.

2. Vem solicitar informação vinculativa sobre quais as taxas de IVA a aplicar às seguintes situações: i) Quotas cobradas aos seus associados; ii) Que deve ser cobrada pelos veterinários quando passam o recibo verde ao Requerente;

iii) Nos produtos veterinários/sanidade aplicados (desparasitante, vacinas etc.) pelos veterinários, deve aplicar-se a taxa indexada a cada produto (normalmente 6%) ou a taxa de 23%;

iv) No passaporte bovino (Modelo 241-B/DGV) com averbamento;

v) Nas declarações de nascimento/morte -impressos adquiridos na DGV, isentas de IVA.

vi) Nas marcas auriculares adquiridas na DGV, isentas de IVA;

3. A al. 19) do artigo 9º do CIVA dispõe que estão isentas de IVA, “as prestações de serviços e as transmissões de bens com elas conexas efetuadas no interesse coletivo dos seus associados por orga-nismos sem fi nalidade lucrativa, desde que esses organismos prossigam objetivos de natureza politica, sindical, recreativa, desportiva, cultural, cívica ou de

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 131

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

FEVEREIRO 2014 - Nº 4

representação de interesses económicos e a única contraprestação seja uma quota fi xada nos estatutos”.

4. Para que esta isenção opere deve verifi car-se um duplo requisito: é necessário tratar-se de organismos sem fi nalidade lucrativa que prossigam algum dos objetivos ali enunciados, que no caso do Requerente são a representação de interesses económicos e a única contraprestação deverá ser uma quota fi xada nos termos dos seus estatutos.

5. Por sua vez, as alíneas a) a d) do art.10º do CIVA defi nem as seguintes condições a satisfazer, cumulativamente, para que os organismos possam ser considerados sem fi nalidade lucrativa: “a) Em caso algum distribuam lucros e os seus corpos gerentes não tenham, por si ou interposta pessoa, algum interesse direto ou indireto nos resultados da exploração; b) Disponham de escrituração que abranja todas as suas atividades e a ponham à disposição dos serviços fi scais, designadamente para comprovação do referido na alínea anterior; c) Pratiquem preços homologados pelas autoridades públicas ou, para as operações não suscetíveis de homologação, preços inferiores aos exigidos para análogas operações pelas empresas comerciais su-jeitas de imposto; d) Não entrem em concorrência direta com sujeitos passivos do imposto.”

6. Quanto à primeira condição, considera o TJUE que a mesma se reporta aos próprios organismos e não às operações referidas de forma objetiva na norma de isenção. Quando a norma se refere a organismos sem fi ns lucrativos, o seu objetivo é conceder um tra-tamento mais favorável a determinados organismos cujas atividades são orientadas para fi ns distintos dos comerciais. O que se pretende é que os organismos em causa, contrariamente ao que sucede com as empresas comerciais, não sejam geradoras de lucros destinados a ser distribuídos aos seus membros.

7. Acerca da condição do “interesse direto ou indireto dos corpos gerentes no resultado da exploração”, já esclareceu o TJUE que a mesma só diz respeito às pessoas diretamente ligadas à gestão e administração a nível de topo, e não a todas as pessoas afetas ao organismo. Assim, o referido requisito reporta-se aos membros “que exercem efetivamente a gestão e administração do organismo, no sentido de que, à semelhança dos membros dirigentes de uma em-presa comercial, tomam as decisões de ultimo nível relativas à politica do organismo, nomeadamente no domínio fi nanceiro, e efetuam as tarefas de controlo superiores.” Esta restrição não inviabiliza, portanto, que os organismos empreguem pessoal remunerado.

8. Ao contrário da al. b) do primeiro parágrafo do art.133º da Diretiva do IVA, o CIVA não faz menção expressa à gratuitidade das funções dos titulares dos

seus órgãos de gestão ou administração. Tal não signifi ca, porém, que a mesma não deva considerar--se, necessariamente, pressuposta.

9. Segundo o TJUE, a obtenção de uma remune-ração pelos titulares dos órgãos de gestão de topo dos organismos, desde que não seja meramente simbólica, também se consubstancia na detenção de um interesse fi nanceiro por parte dos titulares daqueles órgãos nos resultados da exploração dos organismos.

10. O objetivo da al. c) do art. 10º do CIVA prende-se com o assegurar que as pessoas que são os utentes, ad-quirentes ou destinatários fi nais dos bens e serviços disponibilizados pelos organismos sem fi nalidade lucrativa sejam realmente benefi ciadas pelo facto de esses organismos terem direito à isenção.

11. Na eventualidade de não existirem preços fi xados ou homologados administrativamente, nem haver termo de comparação com os preços praticados pelas empresas comerciais por os bens ou serviços fornecidos por um dado organismo sem fi m lucra-tivo não serem disponibilizados no mercado, fi ca prejudicada a exigência da condição prevista na al. c) do art.10º do CIVA.

12. Não havendo comercialmente disponíveis no mercado os mesmos bens ou serviços, fi ca igual-mente prejudicada a exigência do requisito previsto na al. d) do art.10º do CIVA: “não distorção de concorrência”.

13. O Requerente veio a apresentar cópia dos seus estatutos, os quais são omissos relativamente quer à fi nalidade lucrativa da associação quer à eventual remuneração dos seus órgãos sociais.

14. Caso a Requerente seja uma associação sem fi ns lucrativos e os seus órgãos sociais não sejam remunerados, nos termos supra enunciados, as quotas cobradas aos seus associados são isentas de IVA, por força do disposto na al. 19) do art.9º do CIVA.

15. Quanto à taxa que “deve ser cobrada pelos veterinários quando passam o recibo verde” ao Requerente, questão que é incoerente com o disposto no artigo 14º dos seus estatutos, de acordo com a verba 4.2 da lista I anexa ao CIVA, e por força da al. a) do nº1 do art.18º do CIVA, estão sujeitas à taxa reduzida de IVA de 6%, as “prestações de serviços que contribuem para a realização da produção agrícola”, apresentando um leque exemplifi cativo desses serviços.

16. De acordo com a verba 5.2 da mesma lista, constitui atividade de produção agrícola a criação de animais conexa com a exploração do solo ou em que este tenha caráter essencial.

17. Assim, para efeitos da taxa de IVA aplicável, as atividades relacionadas com a pecuária são consi-deradas atividades de produção agrícola, desde que exista uma conexão com a exploração do solo.

18. Por sua vez, com efeito, a assistência veterinária, designadamente consultoria, sanidade e clínica, é essencial para a atividade de criação de animais e, em geral, na atividade pecuária.

(Continua na pág. seguinte)

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132 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

FEVEREIRO 2014 - Nº 4

19. Deste modo, é aplicável a taxa reduzida de IVA, 6%, aos serviços de medicina veterinária que contribuam para a realização das atividades de criação de animais, desde que essas atividades tenham conexão com o solo ou este tenha caráter essencial. As prestações de serviços que não estejam relacionadas com a atividade pecuária são tributadas à taxa normal (23%).

20. Segundo refere o Requerente, a prestação de serviços de veterinário compreende a aplicação de medicamentos. No que respeita à aplicação da taxa dos referidos medicamentos, esclarece o Ofício circulado n.º 30105 de 2008.09.08, do Gabinete do subdiretor geral da Área de Gestão Tributária do IVA, nomeadamente nos seus pontos 2 e 3, que se transcrevem: “2. De harmonia com o direito co-munitário a possibilidade de aplicação de uma taxa reduzida de IVA, conferida pelo ponto 3) do anexo III da Diretiva 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro de 2006 (Diretiva do IVA), também abrange os medicamentos de âmbito exclusivamente veterinário. 3. Assim, consideram-se abrangidas pela alínea a) da verba 2.5 da Lista I anexa ao Código do IVA as transmissões de medicamentos para uso exclusivo em medicina humana, os medicamentos para uso exclusivo em medicina veterinária, bem como os medicamentos para uso comum aos dois fi ns, não sendo, no entanto, abrangidos outros pro-dutos para uso humano ou animal não inseridos no conceito de medicamentos, especialidades farma-cêuticas e outros produtos farmacêuticos destinados exclusivamente a fi ns terapêuticos e profi láticos”.

21. Nestes termos, se os medicamentos veterinários se enquadrarem na expressão contida na alínea a) da verba 2.5 da Lista I anexa ao CIVA, benefi ciam, na sua transmissão, da aplicação da taxa reduzida prevista na alínea a) do n.º 1 do art.º 18.º do CIVA.

22. Deve, ainda, ter em atenção que a fatura-recibo eletrónica (que substituiu o “recibo verde”) só pode ser emitida para as prestações de serviços, pelo que para prestações de serviços em que haja, em simultâneo, transmissões de bens tem que ser emitida fatura nos termos do art.36º do CIVA e processada em conformi-dade com o art.5º do Decreto-lei nº198/90, de 19/06.

23. Segundo refere o Requerente no pedido de infor-mação vinculativa submetido, presta os seguintes serviços remunerados: aplicação de produtos vete-rinários e de sanidade, passaporte de Bovino com preenchimento.

24. Ainda que esses serviços sejam reservados apenas a associados, a sua onerosidade ultrapassa a quota fi xada nos estatutos, através da Assembleia Geral, pelo que se encontram, desde logo, excluídos da isenção prevista na al. 19) do art. 9º do CIVA.

25. A venda de marcas auriculares adquiridas na DGV e das declarações de Nascimento/Morte são isentas na aquisição e transmitidas pelo mesmo valor de aquisição.

26. Em sede de IVA, apenas o débito das quantias pagas em nome e por conta do adquirente dos bens ou do destinatário dos serviços, registadas pelo contribuinte em contas de terceiros apropriadas, não serão passíveis de tributação em IVA, sendo, para o efeito, necessário que as faturas tenham sido originariamente emitidas em nome do adquirente ou destinatários e contabilizadas em contas de terceiros apropriadas, de acordo com a al. c) do nº 6 do art.16º do CIVA.

27. Fora destas circunstâncias, no débito de des-pesas incorridas em nome próprio, mas por conta de outrem, o reembolso da despesa confi gura uma prestação de serviços, face ao disposto no art. 4º do CIVA, podendo, por sua vez, o prestador, com base em documentos passados em seu próprio nome, exercer o direito à dedução do IVA neles contido, nos termos dos arts.19º a 21º do CIVA.

28. O débito de despesas incorridas em nome próprio, ainda que por conta de outrem, embora constitua uma prestação de serviços, segue o regime aplicável às operações sobre as quais recai o débito (desde que não haja a inclusão de “margem”), isto é, o IVA deve ser aplicado de acordo com a natureza da despesa que se debita.

29. No caso de se tratar do débito de despesas fora do campo de incidência do imposto, designadamente por força do disposto no nº 2 do art. 2º do CIVA, como é o caso de impressos de modelo ofi cial, o débito dessa despesa continua a tratar-se de uma operação fora do campo de incidência do imposto.

30. Assim, o débito relativo ao reembolso de despesas com impressos de modelo ofi cial, que confi gurem prestações de serviços nos termos supra descritos, não deverá ser tributado se forem verifi cadas cumu-lativamente as seguintes condições:

a) Na fatura emitida aos associados constar a discriminação dos respetivos encargos, elementos necessários ao respetivo enquadramento em IVA, designadamente no nº 2 do art. 2º do CIVA.

b) O débito efetuado corresponder aos valores efetivamente suportados.

31. Caso não se verifi quem estas condições, o valor debitado encontra-se sujeito a tributação, à taxa normal.

32. Verifi cando-se que o atual enquadramento da Associação, no cadastro do IVA, é como sujeito passivo do regime normal trimestral, efetuando apenas operações que conferem o direito à dedução, e caso as quotas cobradas aos associados sejam isentas nos termos da al. 19) do art. 9° do CIVA, nos termos supra elencados, deve proceder à alte-ração do seu enquadramento, entregando, para o efeito, nos termos do art. 32° do CIVA, a respetiva declaração de alterações, e assinalando na mesma que realiza, também, operações que não conferem o direito à dedução e indicar qual o método que vai utilizar para efeitos de dedução nos termos do art. 23° do CIVA.

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Boletim do Contribuinte 133FEVEREIRO 2014 - Nº 4

LEGISLAÇÃO

Medidas de combateà economia paralela e à evasão fi scal

Sorteio “Fatura da sorte”

Decreto-Lei n.º 26-A/2014de 17 de fevereiro

(in DR nº 33, I série, 1º Suplemento, de 17.2.2014)

A Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, que aprovou o Orça-mento do Estado para o ano de 2012, promoveu a criação de novas medidas de combate à fraude e evasão fi scal.

Neste contexto, foi publicado o Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 71/2013, de 30 de maio, que estabeleceu a obrigatoriedade de comunicação, por parte dos agentes económicos, dos elementos das faturas emitidas nos termos do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

Concomitantemente, foi criada uma dedução à coleta, em sede do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), cor-respondente a uma percentagem do valor do IVA suportado pelos consumidores nas faturas emitidas e comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), em determinados setores de atividade.

No seguimento do caminho traçado, pretendem-se ainda imple-mentar novas medidas que estimulem o cumprimento da obrigação de emissão de fatura em todas as operações económicas, sustentada num dever de cidadania que sobre todos impende, visando o combate à economia paralela.

Neste contexto, é criado um sorteio, a que fi cam imediatamente habilitados a participar todos os consumidores fi nais, relativamente a todas as faturas emitidas e comunicadas à AT que contenham o núme-ro de identifi cação fi scal dos adquirentes, num determinado período.

Da conjugação de todas estas medidas pretende-se que resulte um aumento importante da receita fi scal, com forte impacto positivo na redução do défi ce e no reforço do combate à economia paralela e à evasão fi scal, evitando a distorção da concorrência e alargando a base tributável, de forma a criar as condições necessárias a um futuro desagravamento da fi scalidade.

Foram ouvidos os órgãos de governo próprio da Região Autónoma dos Açores e a Comissão Nacional de Proteção de Dados.

Foi promovida a audição dos órgãos de governo próprio da Região Autónoma da Madeira.

Assim:No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 242.º da

Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.ºObjeto

O presente decreto-lei cria o sorteio designado por «Fatura da Sorte».

Artigo 2.ºDefi nição e regime de exploração

1 - Por «Fatura da Sorte» entende-se um sorteio com vista à atribuição de prémios, de forma aleatória, nos termos do presente decreto-lei e das normas constantes do respetivo

regulamento, aprovado por portaria do membro do Governo responsável pela área das fi nanças.

2 - O sorteio «Fatura da Sorte» é organizado pela Autori-dade Tributária e Aduaneira (AT), com o apoio e colaboração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Artigo 3.ºFinalidade

A criação do sorteio «Fatura da Sorte» tem por fi nalidade valorizar e premiar a cidadania fi scal dos contribuintes no combate à economia paralela, na prevenção da evasão fi scal e evitando a distorção da concorrência, de forma a prosseguir um sistema fi scal mais equitativo.

Artigo 4.ºParticipação

1 - Podem participar no sorteio «Fatura da Sorte» todas as pessoas singulares que efetuem aquisições de bens ou serviços no território nacional e cujo número de identifi cação fi scal, atribuído pela AT, esteja incluído em fatura comunica-da pelo emitente à AT, nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 71/2013, de 30 de maio, e no presente decreto-lei.

2 - As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) apenas podem participar no sorteio «Fatura da Sorte» através das faturas que titulam aquisições de bens ou serviços efetuadas fora do âmbito da respetiva atividade empresarial ou profi ssional.

3 - As pessoas singulares que, embora reunindo as con-dições para participar no sorteio «Fatura da Sorte», não pretendam que as faturas em que constem como adquirentes sejam consideradas para efeitos do sorteio, devem comunicar expressamente à AT tal opção, através do Portal das Finanças, sendo essa opção reversível.

4 - Os termos e condições do exercício da opção referida no número anterior são regulados na portaria mencionada no n.º 1 do artigo 2.º

Artigo 5.ºDocumentos elegíveis

Para efeitos do sorteio «Fatura da Sorte», são apenas ele-gíveis as faturas, as faturas simplifi cadas e as faturas-recibo que contenham todos os elementos previstos na lei e incluam o número de identifi cação fi scal da pessoa singular adquirente atribuído pela AT, cumpram com os requisitos de emissão e tenham sido validamente comunicadas à AT, pelo emitente, nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 71/2013, de 30 de maio, e no presente decreto-lei.

Artigo 6.ºPrémios

1 - Os prémios são atribuídos pela AT em espécie.2 - O valor total anual dos prémios corresponde a um mon-

tante até (euro) 10 000 000,00, incluindo o valor do Imposto do Selo que incide sobre os prémios.

Artigo 7.ºAquisição de bens e serviços

1 - A aquisição de bens e serviços destinados à realização do sorteio e à entrega dos respetivos prémios é assegurada pela

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte134FEVEREIRO 2014 - Nº 4

LEGISLAÇÃO

AT, que procede à celebração dos contratos, acordos, protocolos ou outros atos necessários para o efeito.

2 - Para efeitos do número anterior, a AT pode atribuir a realização do procedimento de aquisição de bens e serviços à Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I. P. (ESPAP), devendo, neste caso, o respetivo procedimento contratual ser acompanhado pela AT.

3 - O valor anual dos prémios é afeto à AT através de trans-ferência, do Orçamento do Estado, do montante necessário para o efeito, até ao limite referido no n.º 2 do artigo anterior.

4 - A aquisição dos bens e serviços pela AT pode ser efetuada através dos acordos quadro celebrados pela ESPAP, nos termos do Decreto-Lei n.º 37/2007, de 19 de fevereiro, alterado pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, e pelo Decreto-Lei n.º 117-A/2012, de 14 de junho, ou recorrendo ao regime de contratação pública, previsto no Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, ao abrigo do disposto na parte fi nal do n.º 4 do artigo 5.º, não se aplicando o disposto no artigo 6.º daquele decreto-lei.

Artigo 8.ºProcedimento do sorteio

1 - São realizados até um máximo de 60 sorteios por ano.2 - Cada sorteio abrange as faturas devidamente emitidas

que tenham sido comunicadas pelo emitente à AT nos termos do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 71/2013, de 30 de maio, e do presente decreto-lei, até ao fi nal do segundo mês anterior ao da realização do sorteio.

3 - As pessoas singulares que tenham efetuado aquisições de bens ou serviços no território nacional e cujo número de identifi cação fi scal esteja incluído na respetiva fatura podem proceder à comunicação das mesmas à AT, nos termos do re-gulamento do sorteio, nos casos em que estas não tenham sido validamente comunicadas à AT pelo respetivo emitente nos termos do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 71/2013, de 30 de maio, e do presente decreto-lei, até ao fi nal do 2.º mês seguinte ao da sua emissão.

4 - Nos casos previstos no número anterior, e sem prejuízo da responsabilidade contraordenacional que ao caso couber, a AT notifi ca o emitente da fatura para proceder à comunicação da mesma, nos termos do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 71/2013, de 30 de maio, e do presente decreto-lei.

5 - Em função dos valores globais constantes das faturas emitidas relativamente a cada contribuinte e comunicadas pelos respetivos emitentes à AT, são atribuídos números, designados por «Cupão Fatura da Sorte», os quais formam o universo objeto de sorteio.

6 - A AT disponibiliza às pessoas singulares previstas no n.º 1 do artigo 4.º, no Portal das Finanças, a informação sobre os cupões «Fatura da Sorte» que lhes sejam atribuídos e sobre as faturas que se encontram na respetiva origem.

7 - Apenas são elegíveis para o «Fatura da Sorte» as faturas comunicadas à AT nos termos do Decreto-Lei n.º 198/2012,

de 24 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 71/2013, de 30 de maio, e no presente decreto-lei, no prazo de um ano após o termo do mês da sua emissão.

Artigo 9.ºNúmeros premiados

1 - Os cupões «Fatura da Sorte» premiados são divulgados pela AT, no Portal das Finanças, sem menção do adquirente pre-miado e do emitente da fatura, salvo autorização expressa destes.

2 - Os prémios não reclamados dentro do prazo estabele-cido para o efeito nos termos do regulamento do sorteio, são atribuídos no âmbito de sorteios extraordinários, nos termos daquele regulamento.

3 - O adquirente premiado pode optar pela entrega do prémio a uma igreja ou comunidade religiosa radicada em Portugal, a uma pessoa coletiva de utilidade pública de fi ns de benefi -cência, de assistência ou humanitários, ou a uma instituição particular de solidariedade social, constante da lista ofi cial de instituições que podem receber a consignação de quota do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) prevista na Lei da Liberdade Religiosa, aprovada pela Lei n.º 16/2001, de 22 de junho.

4 - Os termos e condições do exercício da opção prevista no número anterior são regulados na portaria prevista no n.º 1 do artigo 2.º

Artigo 10.ºEntrega dos prémios

1 - A entrega do prémio é efetuada mediante recibo assinado pelo premiado, devidamente identifi cado.

2 - Os prémios atribuídos a incapazes só podem ser entregues aos seus representantes legais, devendo o recibo do prémio ser assinado pelo representante legal, devidamente identifi cado.

Artigo 11.ºFiscalização

1 - A receção e guarda em segurança de cópia dos registos das faturas e dos cupões «Fatura da Sorte» elegíveis para efeitos do sorteio, nos termos do respetivo regulamento, a comprovação do direito ao prémio dos cupões «Fatura da Sorte» atribuídos, o escrutínio, bem como a deliberação sobre a atribuição dos prémios competem ao júri dos concursos, nos termos defi nidos no respetivo regulamento.

2 - Os atos praticados em cada sorteio são fi scalizados no local da sua realização por um auditor independente.

3 - As pessoas singulares que se considerem prejudicadas pela não atribuição de cupões «Fatura da Sorte» ou de prémios a que considerem ter direito, podem reclamar para o júri de reclamações, nos termos e prazos defi nidos no respetivo regulamento.

4 - Do indeferimento total ou parcial das reclamações pode ser instaurada ação administrativa especial, nos termos do disposto no Código de Processo nos Tribunais Administrativos.

Artigo 12.ºMembros dos júris

1 - O júri dos concursos é constituído pelos seguintes membros:a) Um membro designado pela Santa Casa da Misericórdia

de Lisboa, que preside;b) Um membro designado pela Inspeção-Geral de Finanças;

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 135FEVEREIRO 2014 - Nº 4

c) Um membro designado pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna;

d) Um membro designado pela AT, que secretaria o júri e não tem direito de voto.

2 - O júri das reclamações é constituído pelos seguintes membros:

a) Um magistrado judicial designado pelo membro do Gover-no responsável pela área da justiça, que preside;

b) Um membro designado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa;

c) Um membro designado pela Inspeção-Geral de Finanças;d) Um membro designado pela Secretaria-Geral do Minis-

tério da Administração Interna;e) Um membro designado pela AT.3 - Cada membro do júri dos concursos e do júri de re-

clamações tem um substituto legal, que atua nas suas faltas e impedimentos, sendo este indicado pela mesma entidade que designa os representantes efetivos.

4 - As regras referentes à competência, periodicidade de reunião, modo de deliberação, bem como aos demais aspetos relativos à composição dos júris constam do regulamento do sorteio.

Artigo 13.ºServiços de apoio

No âmbito da AT funciona um gabinete para a prestação de apoio a todos os atos respeitantes ao sorteio, designadamente para a prestação de apoio técnico ao júri dos concursos e ao júri de reclamações.

Artigo 14.ºFraude

1 - A prática de atos fraudulentos, com vista ao recebi-mento de prémios, é objeto de participação para efeitos de procedimento criminal, nos termos da lei geral, sem prejuízo da aplicação de outras disposições legais.

2 - Havendo fundados indícios da prática de atos fraudu-lentos referidos no número anterior, o diretor-geral da AT pode suspender, por despacho, a atribuição de cupões às faturas associadas àqueles atos, por um prazo máximo de 180 dias.

3 - Não sendo comprovados os indícios da prática de fraude, ou excedido o prazo referido no número anterior, deve o proce-dimento ser arquivado, sendo as faturas elegíveis para efeitos do sorteio, considerando-se, para o efeito, como comunicadas à AT no mês do arquivamento do procedimento.

4 - Ficam excluídas do previsto no número anterior as fa-turas por referência às quais seja instaurado inquérito criminal.

Artigo 15.ºConservação dos dados pessoais comunicados

1 - Os dados pessoais comunicados no âmbito do presente decreto-lei, relativos a faturas em que os adquirentes sejam pessoas singulares que não sejam sujeitos passivos de IVA, devem ser mantidos pela AT durante o prazo de seis meses após o termo do prazo referido no n.º 7 do artigo 8.º, sendo obrigatoriamente destruídos no prazo de seis meses após o decurso do prazo previsto no presente artigo.

2 - No caso de reclamação ou de processo judicial por referência ao sorteio, os dados referidos no número anterior são mantidos até ao fi nal, ou trânsito em julgado do respetivo processo, consoante as situações, caso este apenas fi nde depois do prazo referido no número anterior.

Artigo 16.ºConfi dencialidade e segurança da informação

1 - Os dados pessoais comunicados à AT nos termos do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 71/2013, de 30 de maio, estão abrangidos pelo dever de confi dencialidade previsto no artigo 64.º da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, e apenas podem ser utilizados para as fi nalidades previstas naquele diploma e no presente decreto-lei.

2 - A AT deve adotar as medidas de segurança necessárias relativamente aos dados pessoais comunicados para impedir a respetiva consulta ou utilização indevida por qualquer pessoa ou forma não autorizada e para garantir que o acesso aos dados pessoais está limitado às pessoas autorizadas no âmbito das suas atribuições legais.

3 - Os membros do júri dos concursos e do júri de recla-mações encontram-se abrangidos pelo dever de confi denciali-dade mencionado no n.º 1, apenas podendo aceder aos dados pessoais comunicados na medida em que seja indispensável para o desempenho das suas funções.

4 - A regulamentação dos termos e condições do acesso dos membros do júri dos concursos e do júri de reclamações à informação necessária para o desempenho das suas funções é defi nida na portaria do membro do Governo responsável pela área das fi nanças mencionada no n.º 1 do artigo 2.º

Artigo 17.ºDireito subsidiário

É aplicável, subsidiariamente, e com as necessárias adap-tações, o disposto nos artigos 159.º a 164.º do Decreto-Lei n.º 422/89, de 2 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 10/95, de 19 de janeiro, pela Lei n.º 28/2004, de 16 de julho, pelo Decreto-Lei n.º 40/2005, de 17 de fevereiro, pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 114/2011, de 30 de novembro.

Artigo 18.ºDisposições transitórias

1 - No ano de 2014, o primeiro sorteio tem lugar no mês de abril, por referência às faturas emitidas no mês de janeiro.

2 - Para efeitos de fi nanciamento das despesas com a realiza-ção dos sorteios a realizar no ano de 2014, e a título excecional, é especialmente afetada à AT uma parcela da receita do IVA respeitante às entregas efetuadas no corrente ano, nos termos da alínea c) do n.º 2 do artigo 242.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, e da alínea f) do n.º 2 do artigo 7.º da Lei n.º 91/2001, de 20 de agosto.

3 - A opção referida no n.º 3 do artigo 4.º pode ser exerci-da, por referência às faturas emitidas a partir de 1 de janeiro de 2014, até ao momento da primeira atribuição dos cupões «Fatura da Sorte» às suas faturas.

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte136FEVEREIRO 2014 - Nº 4

LEGISLAÇÃO

(Continuação da pág. anterior)Artigo 19.º

Disposição fi nal

Para os efeitos previstos no presente decreto-lei, apenas serão consideradas as faturas validamente emitidas a partir do dia 1 de janeiro de 2014, inclusive.

Artigo 20.ºEntrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte à data da sua publicação.

Comissão para a Reforma da Fiscalidade Verde - 2014

Despacho n.º 1962/2014, de 7 de fevereiro(in DR nº 27, II série, de 7.2.2014)

O Programa do XIX Governo Constitucional prevê que o Governo, entre outras medidas de natureza fi scal, promova uma Reforma da Fiscalidade Verde.

No contexto do Programa do Governo e do Guião com as Orientações para a Reforma do Estado, e atendendo ao relevante acervo de estudos internacionais nesta matéria, o Governo decidiu iniciar a revisão da fi scalidade ambiental e energética, bem como promover um novo enquadramento fi scal e parafi scal, através do desenvolvimento de mecanismos que permitam a internalização das externalidades ambientais.

A Reforma da Fiscalidade Verde deverá assim contribuir para a ecoinovação e a efi ciência na utilização de recursos, a redução da dependência energética do exterior e a indução de padrões de produção e de consumo mais sustentáveis, bem como fomentar o empreendedorismo e a criação de emprego, a concretização efi ciente de metas e objetivos internacionais e a diversifi cação das fontes de receita, num contexto de neu-tralidade do sistema fi scal e de competitividade económica.

A Reforma da Fiscalidade Verde requer uma avaliação do impacto económico-fi nanceiro e do impacto ambiental das novas opções de fi scalidade verde, bem como um plano de implementação detalhado.

A Reforma deverá orientar-se por critérios de efi ciência alocativa, de simplifi cação de procedimentos, de previsibili-dade, de estabilidade e de equidade e tem em vista rever as bases legais fundamentais do sistema de tributação ambiental e energético, de forma a promover a simplifi cação da fi scalidade verde, a redefi nição da respetiva base tributável e a reavaliação das taxas aplicáveis.

Nesse sentido, para concretização da mencionada Reforma da Fiscalidade Verde, será constituída uma Comissão de Re-forma composta por diversas personalidades de reconhecido currículo académico e experiência profi ssional no domínio da fi scalidade ou do ambiente, bem como em domínios com-plementares.

Nestes termos, dando cumprimento ao Programa do Go-verno, determinamos o seguinte:

É nomeada, na dependência do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia e do Ministério das Finanças, a Comissão para a Reforma da Fiscalidade Verde - 2014, com a seguinte composição:

Prof. Doutor Eng. Jorge Vasconcelos (Presidente).Dr. Afonso Arnaldo.Dr. António Brigas Afonso.Prof. Doutor Carlos Lobo.Prof.ª Doutora Catarina Roseta Palma.Prof.ª Doutora Cláudia Dias Soares.Dr. Fernando Araújo.Dr. João Silva Lopes.Dr.ª Mafalda Alves.Prof. Doutor Rui Ferreira dos Santos.No exercício do mandato que lhe é conferido, a Comissão

de Reforma deverá proceder a uma avaliação profunda e abrangente da fi scalidade verde face aos objetivos traçados no Programa do Governo e no Guião com as Orientações para a Reforma do Estado, considerando para o efeito o trabalho realizado por grupos de trabalho anteriormente constituídos com o mesmo desiderato, e propor as alterações legislativas consideradas necessárias à prossecução dos seguintes objetivos:

1 - Redefi nição das bases legais fundamentais do sistema de tributação ambiental e energética, incluindo, designadamente, a simplifi cação dessa tributação e a revisão dos respetivos elementos essenciais, de forma a promover a competitividade económica, a sustentabilidade ambiental e a efi ciente utiliza-ção dos recursos, no âmbito de um modelo de crescimento sustentável mais efi caz.

2 - Revisão de outras questões conexas no âmbito do direito do ambiente, nomeadamente de cariz regulatório.

De forma a dar cumprimento ao supra mencionado mandato, a Comissão de Reforma reunirá, pelo menos, todos os quinze dias a contar da data de publicação do presente despacho até ao dia 30 de junho de 2014, de acordo com o agendamento a decidir pelos seus membros, sob proposta do seu Presidente.

Os trabalhos da Comissão de Reforma observarão ainda o seguinte calendário:

Até 30 de março de 2014 - elaboração de um documento contendo as linhas gerais da Reforma;

Até 30 de junho de 2014 - apresentação de um Anteprojeto de Reforma;

De 30 de junho a 15 de agosto de 2014 - abertura de um pe-ríodo para consulta e discussão pública do Anteprojeto de Reforma, durante o qual poderão ser apresentados contributos pelas entidades interessadas.

A Comissão de Reforma poderá ainda proceder à audição de entidades e especialistas que considere convenientes tendo em vista a elaboração do Projeto de Reforma;

Até 15 de setembro de 2014 - Entrega ao Governo do Projeto de Reforma.

Os membros da Comissão de Reforma renunciam a qualquer a tipo de remuneração pelos trabalhos realizados no âmbito desta Comissão. O apoio logístico e administrativo necessário ao funcionamento da Comissão de Reforma será assegurado pelo Gabinete do Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia e pelo Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Este Despacho produz efeitos no dia 29 de janeiro de 2014.

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Boletim do Contribuinte 137FEVEREIRO 2014 - Nº 4

LEGISLAÇÃO

Empresas de trabalho temporárioAgências privadas de colocação

de candidatos a empregos

Regime JurídicoAlterações ao DL nº 260/2009,

de 25 de setembro

Lei nº 5/2014, de 12 de fevereiro(in DR nº 30, I série, de 12.2.2014)

Artigo 1.ºObjeto

A presente lei altera o Decreto-Lei n.º 260/2009, de 25 de setembro, procedendo à simplifi cação do regime jurídico do exercício e licenciamento das agências privadas de colocação e das empresas de trabalho temporário e conformando este regime com o disposto no Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, que transpôs a Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2006.

Artigo 2.ºAlteração ao Decreto-Lei n.º 260/2009,

de 25 de setembro

Os artigos 1.º, 7.º, 10.º, 14.º, 16.º, 18.º, 19.º, 22.º, 23.º, 24.º, 25.º, 26.º, 27.º, 28.º, 30.º, 31.º e 34.º do Decreto-Lei n.º 260/2009, de 25 de setembro, passam a ter a seguinte redação:

(As alterações efetuadas encontram-se na versão republicada no presente número do Boletim do Contribuinte)

Artigo 3.ºAditamento ao Decreto-Lei n.º 260/2009, de 26 de julho

São aditados ao Decreto-Lei n.º 260/2009, de 26 de julho, os artigos 28.º-A, 30.º-A, 30.º-B e 30.º-C, com a seguinte redação:

(As alterações efetuadas encontram-se na versão republicada no presente número do Boletim do Contribuinte)

Artigo 4.ºAlterações sistemáticas

1 - O capítulo III passa a denominar-se «Do acesso e exer-cício à atividade de agência».

2 - A secção II do capítulo III passa a denominar-se «Do acesso à atividade de agência».

Artigo 5.ºRegime transitório

1 - As alterações introduzidas pela presente lei aplicam-se, a partir da sua entrada em vigor, às agências que se encontrem, nessa data, licenciadas para o exercício da atividade privada de colocação de candidatos a emprego, salvo no que diz respeito à obrigação de mera comunicação prévia referida no artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 260/2009, de 25 de setembro, na redação na redação atual.

2 - No ano de 2014 e no que respeita às empresas de tra-balho temporário que se encontrem, nessa data, em atividade:

a) As comunicações previstas nos nºs 5 e 9 do artigo 7.º, na redação conferida pela presente lei, devem ser efetuadas até 30 dias após a sua entrada em vigor;

b) A atualização da caução prevista no n.º 4 do artigo 7.º, na redação conferida pela presente lei, deve ser efetu-ada até 60 dias após a comunicação referida na alínea anterior ou até 60 dias após a publicação do diploma que determine a alteração à retribuição mínima mensal garantida, se posterior;

c) O reforço da caução previsto no n.º 8 do artigo 7.º, na redação conferida pela presente lei, deve ser efetuado até 90 dias após a entrada em vigor da mesma.

3 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no número anterior.

Artigo 6.ºNorma revogatória

São revogados os artigos 15.º e 17.º, o n.º 8 do artigo 18.º, os nºs 1 e 4 do artigo 19.º, os artigos 20.º e 21.º, o n.º 6 do artigo 24.º e o n.º 2 do artigo 26.º do Decreto-Lei n.º 260/2009, de 25 de setembro.

Artigo 7.ºRepublicação

É republicado, em anexo à presente lei, da qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 260/2009, de 25 de setembro, com a redação atual.

N.R. 1 - Nas páginas seguintes é reproduzido o Decreto-Lei nº 260/2009, de 25.9, na versão republicada pela presente lei.

2 - Na página 148 deste número ver informação síntese relati-vamente às alterações introduzidas no regime jurídico do exercício e licenciamento das agências privadas de colocação e das empresas de trabalho temporário.

www.BoletimdoContribuinte.ptA informação fi scal na Internet.

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Boletim do Contribuinte138FEVEREIRO 2014 - Nº 4

REGIME JURÍDICO DO EXERCÍCIO E LICENCIAMENTO DAS AGÊNCIAS PRIVADAS DE COLOCAÇÃO E DAS EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO

(Republicação do Dec.-Lei nº 260/2009, de 25 de setembro - Anexo à Lei nº 5/2014, de 12 de fevereiro)

CAPÍTULO IDisposições gerais

ARTIGO 1.ºObjeto e âmbito de aplicação

1 - O presente decreto-lei regula o exercício e licenciamento da atividade da empresa de trabalho temporário.

2 - O presente decreto-lei regula, ainda, o acesso e exercício da atividade da agência privada de colocação de candidatos a emprego, adiante designada por agência.

3 - São excluídas do âmbito de aplicação do presente decreto-lei as atividades de colocação de candidatos a emprego relativas a traba-lhadores marítimos.

ARTIGO 2.ºConceitos

Para efeitos do presente decreto-lei entende-se por:a) «Agência» a pessoa, singular ou coletiva, não integrada na Admi-

nistração Pública, que, fazendo a intermediação entre a oferta e a procura de emprego, promove a colocação de candidatos a emprego, sem fazer parte das relações de trabalho que daí decorram, desen-volvendo pelo menos um dos serviços referidos no artigo 14.º;

b) «Candidato a emprego» a pessoa que procura emprego e que reúne os requisitos legais para exercer uma atividade por conta de outrem;

c) «Colocação de candidato a emprego» a promoção do preenchi-mento de um posto de trabalho na dependência do benefi ciário de uma dada atividade económica;

d) «Empresa de trabalho temporário» a pessoa singular ou coletiva cuja atividade consiste na cedência temporária a utilizadores da atividade de trabalhadores que, para esse efeito, admite e retribui;

e) «Entidade contratante» a pessoa singular ou coletiva, com ou sem fi ns lucrativos, que contrata, sob a sua autoridade e direção, candidatos a emprego colocados por uma agência;

f) «Local de trabalho» o local contratualmente defi nido para o exercí-cio das funções para as quais o candidato a emprego foi contratado ou a que deva ter acesso no desempenho das suas funções;

g) «Trabalhador temporário» a pessoa que celebra com uma empresa de trabalho temporário um contrato de trabalho tem-porário ou um contrato de trabalho por tempo indeterminado para cedência temporária;

h) «Utilizador» a pessoa singular ou coletiva, com ou sem fi ns lu-crativos, que ocupa, sob a sua autoridade e direção, trabalhadores cedidos por uma empresa de trabalho temporário.

CAPÍTULO IIDo exercício e licenciamento da atividade de empresa

de trabalho temporário

SECÇÃO IDo exercício da atividade de empresa de trabalho temporário

ARTIGO 3.ºObjeto da empresa de trabalho temporário

A empresa de trabalho temporário tem por objeto a atividade de cedência temporária de trabalhadores para ocupação por utilizadores, podendo, ainda, desenvolver atividades de seleção, orientação e forma-ção profi ssional, consultadoria e gestão de recursos humanos.

ARTIGO 4.ºContratos a celebrar pela empresa de trabalho temporário

1 - O exercício de trabalho temporário depende da celebração pela empresa de trabalho temporário dos seguintes contratos:

a) Contrato de utilização de trabalho temporário com o utilizador;b) Contrato de trabalho temporário com o trabalhador temporário;c) Contrato de trabalho por tempo indeterminado para cedência

temporária.2 - É proibido à empresa de trabalho temporário cobrar ao candidato

a emprego temporário, direta ou indiretamente, quaisquer importâncias em numerário ou espécie.

3 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no número anterior.

SECÇÃO IIDa licença

ARTIGO 5.ºLicença para o exercício da atividade de empresa de trabalho

temporário

1 - O exercício da atividade de cedência temporária de trabalhadores para ocupação por utilizadores encontra-se sujeito a licença, dependendo a sua concessão da verifi cação dos seguintes requisitos cumulativos:

a) Idoneidade;b) Estrutura organizativa adequada;c) Situação contributiva regularizada perante a administração tri-

butária e a segurança social;d) Denominação social de pessoa singular ou coletiva com a desig-

nação «trabalho temporário»;e) Constituição de caução, nos termos do disposto no artigo 7.º2 - Considera-se verifi cado o requisito de idoneidade referido na

alínea a) do número anterior quando a empresa:a) Tiver capacidade para a prática de atos de comércios;b) Não esteja abrangida pela suspensão ou proibição do exercício

da atividade aplicada nos termos do artigo 66.º ou 67.º do Código Penal;

c) Não esteja suspensa ou interdita do exercício da atividade como medida de segurança ou sanção acessória de contraordenação;

d) Não faça ou tenha feito parte, enquanto sócio, gerente, diretor ou administrador, de pessoa coletiva ou singular em período relativamente ao qual existam dívidas aos trabalhadores, admi-nistração tributária ou segurança social resultante do exercício de atividades anteriores.

3 - A idoneidade é exigida a todos os sócios, gerentes, diretores ou administradores da empresa de trabalho temporário ou aos empresários em nome individual, no caso de pessoas singulares.

4 - Considera-se verifi cado o requisito de estrutura organizativa adequada quando a empresa reúna os seguintes requisitos:

a) Existência de um diretor técnico contratado pela empresa, com habilitações e experiência adequadas na área dos recursos hu-manos, que preste as suas funções diariamente na empresa ou estabelecimento;

b) Existência de instalações adequadas e devidamente equipadas para o exercício da atividade.

5 - Para efeitos da alínea a) do número anterior, consideram-se habilitações e experiências adequadas, cumulativamente:

a) A conclusão com aproveitamento do ensino secundário ou equivalente;

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Boletim do Contribuinte 139FEVEREIRO 2014 - Nº 4

REGIME JURÍDICO DO EXERCÍCIO E LICENCIAMENTO DAS AGÊNCIAS PRIVADAS DE COLOCAÇÃO E DAS EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO

(Republicação do Dec.-Lei nº 260/2009, de 25 de setembro – Anexo à Lei nº 5/2014, de 12 de fevereiro)

b) Três anos de experiência em atividades desenvolvidas no âmbito do suporte administrativo e organizacional à gestão de recursos humanos ou dois anos de experiência profi ssional em funções de responsabilidade na área de gestão de recursos humanos ou um ano de experiência na área de gestão de recursos humanos, no caso de licenciados em áreas cujos planos curriculares integrem disciplinas relativas à gestão de recursos humanos.

6 - Constitui contraordenação muito grave a violação do disposto no n.º 4.

ARTIGO 6.ºProcedimento de concessão da licença para o exercício

da atividade de empresa de trabalho temporário

1 - O interessado apresenta o requerimento de licença para o exercí-cio da atividade de cedência temporária de trabalhadores para ocupação por utilizadores, nomeadamente por via eletrónica, em qualquer unidade orgânica local do serviço público de emprego, com indicação das ativi-dades a exercer e instruído com os seguintes documentos:

a) Declaração na qual o requerente indique o seu nome, o número fi scal de contribuinte, o número do bilhete de identidade ou núme-ro de identifi cação civil, e o domicílio ou, no caso de ser pessoa coletiva, a denominação, a sede, o número de pessoa coletiva, o registo comercial atualizado de constituição e de alteração do contrato de sociedade, os nomes dos titulares dos corpos sociais e, em ambos os casos, a localização dos estabelecimentos em que exerça a atividade;

b) Documentos emitidos pelas autoridades competentes comprova-tivos da idoneidade do requerente e, se for pessoa coletiva, dos sócios, gerentes, diretores ou administradores;

c) Certidão comprovativa de que não se encontra abrangido por suspensão ou interdição do exercício de atividade como sanção acessória de contraordenação, emitida pelo serviço com compe-tência inspetiva do ministério responsável pela área laboral e pelo serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela área da economia;

d) Cópia do contrato de sociedade, sendo pessoa coletiva;e) Comprovação dos requisitos da estrutura organizativa adequada

para o exercício da atividade ou declaração sob compromisso de honra dos requisitos que satisfaz se a licença for concedida;

f) Declaração em como constituiu caução nos termos do artigo 7.º, se a licença for concedida.

2 - Para comprovar a situação regularizada perante a administração fi scal e a segurança social, relativamente ao exercício de atividades anteriores, independentemente de estas se encontrarem ou não cessadas, o requerente deve prestar consentimento para a consulta pelo serviço público de emprego, nos termos previsto no Decreto-Lei n.º 114/2007, de 19 de abril, ou na sua falta, apresentação de certidão de situação tributária ou contributiva regularizada.

3 - O requerimento é apreciado pelo serviço público de emprego, que deve elaborar o relatório e formular a proposta de decisão no prazo máximo de 30 dias.

4 - O requerimento é decidido pelo membro do Governo respon-sável pela área laboral, com faculdade de delegação de competências.

5 - Após a assinatura do despacho para a emissão da licença, o serviço público de emprego notifi ca o requerente para, no prazo de 30 dias, fazer prova da constituição da caução e existência de estrutura organizativa e instalações adequadas para o exercício da atividade que se tenha comprometido satisfazer.

6 - A licença só é emitida e notifi cada ao requerente depois da apresentação da prova referida no número anterior.

ARTIGO 7.ºCaução para o exercício da atividade de trabalho temporário

1 - O requerente constitui, a favor do serviço público de emprego, uma caução para o exercício da atividade de trabalho temporário, de va-lor correspondente a 100 meses da retribuição mínima mensal garantida, acrescida do montante da taxa social única incidente sobre aquele valor.

2 - A caução deve ser anualmente atualizada por referência ao montante da retribuição mínima mensal garantida fi xado para cada ano e à dimensão da empresa de trabalho temporário.

3 - Para efeitos do disposto no n.º 2, a dimensão da empresa de trabalho temporário é defi nida em função do número médio de tra-balhadores temporários ao serviço no ano anterior, de acordo com os seguintes escalões:

a) Até 100 trabalhadores, a caução corresponde ao valor equivalente a 100 meses da retribuição mínima mensal garantida, acrescida do montante da taxa social única incidente sobre aquele valor;

b) De 101 a 200 trabalhadores, a caução corresponde ao valor equivalente a 150 meses da retribuição mínima mensal garanti-da, acrescida do montante da taxa social única incidente sobre aquele valor;

c) De 201 a 300 trabalhadores, a caução corresponde ao valor equivalente a 200 meses da retribuição mínima mensal garanti-da, acrescida do montante da taxa social única incidente sobre aquele valor;

d) Mais de 300 trabalhadores, a caução corresponde ao valor equivalente a 250 meses da retribuição mínima mensal garanti-da, acrescida do montante da taxa social única incidente sobre aquele valor.

4 - A atualização referida no n.º 2 deve ser efetuada até ao fi nal do primeiro trimestre de cada ano ou até 30 dias após a publicação do diploma que determine alteração ao valor da retribuição mínima mensal garantida, se posterior.

5 - Para os efeitos previstos nos nºs 2 e 4, a empresa de trabalho temporário comunica, por escrito, ao serviço público de emprego, até 31 de janeiro de cada ano, o número médio de trabalhadores temporários ao serviço no ano anterior.

6 - Caso a empresa de trabalho temporário não proceda à comuni-cação referida no número anterior, o serviço público de emprego repo-siciona a empresa no escalão correspondente, com base nas declarações de remunerações da segurança social.

7 - Sem prejuízo do disposto no artigo 190.º do Código do Trabalho, se no ano anterior se verifi carem pagamentos de créditos a trabalhadores através da caução, deve a mesma ser reforçada para o valor correspon-dente a pelo menos 15 % da massa salarial anual relativa a trabalhadores em cedência temporária naquele ano.

8 - O reforço da caução previsto no número anterior deve ser efe-tuado por iniciativa da empresa de trabalho temporário até ao fi nal do primeiro trimestre de cada ano.

9 - Para os efeitos previstos nos nºs 7 e 8, a empresa de trabalho temporário comunica, por escrito, ao serviço público de emprego, até 31 de janeiro de cada ano, o valor da massa salarial anual relativa a trabalhadores em cedência temporária naquele ano.

10 - Sempre que se verifi quem pagamentos por conta da caução, o serviço público de emprego notifi ca a empresa de trabalho temporário para, no prazo de 30 dias, fazer prova da sua reconstituição.

11 - A empresa responsável pelo depósito, garantia bancária na mo-dalidade à primeira solicitação ou contrato de seguro só pode proceder à redução ou cessação da garantia prestada mediante autorização prévia expressa do serviço público de emprego.

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte140FEVEREIRO 2014 - Nº 4

REGIME JURÍDICO DO EXERCÍCIO E LICENCIAMENTO DAS AGÊNCIAS PRIVADAS DE COLOCAÇÃO E DAS EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO

(Republicação do Dec.-Lei nº 260/2009, de 25 de setembro - Anexo à Lei nº 5/2014, de 12 de fevereiro)

12 - Provando a empresa de trabalho temporário, mediante decla-ração comprovativa, a liquidação dos créditos reclamados previstos no n.º 1 do artigo 191.º do Código do Trabalho e demais encargos com os trabalhadores, cessam os efeitos da caução e esta é devolvida pelo serviço público de emprego.

13 - Para efeitos do presente artigo, o número médio de trabalha-dores temporários ao serviço resulta do somatório do número de traba-lhadores temporários ao serviço em cada mês dividido por 12 meses.

14 - Para efeitos do número anterior, o número de trabalhadores temporários ao serviço em cada mês corresponde ao somatório do número de trabalhadores temporários ao serviço no início do mês com o número de trabalhadores temporários contratados no decurso do mês.

15 - Constitui contraordenação muito grave a violação do disposto no n.º 1, e contraordenação grave a violação do disposto nos nºs 2, 4, 5 e 7 a 10.

ARTIGO 8.ºLicença e registo para o exercício da atividade de empresa

de trabalho temporário

1 - O exercício da atividade de empresa de trabalho temporário está sujeito à emissão de licença, que deve constar de alvará numerado.

2 - O serviço público de emprego mantém atualizado e disponibiliza por via eletrónica para acesso público o registo nacional das empresas de trabalho temporário, o qual identifi ca as empresas licenciadas e aquelas em que ocorra a suspensão da atividade, caducidade ou cessa-ção da licença ou aplicação de sanção acessória, com indicação, face a cada uma, da sua denominação completa, domicílio ou sede social e número de alvará.

3 - O registo referido no número anterior tem caráter público, po-dendo qualquer interessado pedir certidão das inscrições nele constantes.

4 - Constitui contraordenação muito grave a violação do disposto no n.º 1.

ARTIGO 9.ºDeveres da empresa de trabalho temporário

1 - A empresa de trabalho temporário deve comunicar, no prazo de 15 dias, ao serviço público de emprego, através da unidade orgânica local competente, as alterações respeitantes a:

a) Domicílio ou sede e localização dos estabelecimentos de exer-cício da atividade;

b) Identifi cação dos administradores, sócios, gerentes ou membros da direção;

c) Objeto da respetiva atividade, bem como a sua suspensão ou cessação por iniciativa própria.

2 - A empresa de trabalho temporário deve ainda:a) Incluir em todos os contratos, correspondência, publicações, anún-

cios e de modo geral em toda a sua atividade externa o número e a data do alvará de licença para o exercício da respetiva atividade;

b) Comunicar à unidade orgânica local competente do serviço pú-blico de emprego, por via eletrónica, até aos dias 15 de janeiro e 15 de julho, a relação completa dos trabalhadores, quer nacionais quer estrangeiros, cedidos no semestre anterior, com indicação do nome, sexo, idade, número do bilhete de identidade ou número de identifi cação civil ou passaporte, número de benefi ciário da segurança social, início e duração do contrato, local de trabalho, atividade contratada, retribuição base e classifi cação da atividade económica (CAE) do utilizador e respetivo código postal;

c) Comunicar ao serviço competente pelos assuntos consulares e comunidades portuguesas do ministério responsável pela área dos negócios estrangeiros, por via eletrónica, até aos dias 15 de

janeiro e 15 de julho, a relação dos trabalhadores cedidos para prestar serviço no estrangeiro no semestre anterior, com indica-ção do nome, sexo, idade, número de benefi ciário da segurança social, início e duração do contrato, local de trabalho, atividade de trabalho, atividade contratada, retribuição base, datas de saída e entrada no território nacional, bem como identifi cação, classifi cação da atividade económica (CAE) e localidade e país de execução do contrato.

3 - O serviço público de emprego semestralmente envia, por via eletrónica, ao serviço competente do ministério responsável pela área da economia a informação relevante para as suas atribuições obtida nos termos da alínea b) do número anterior.

4 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no n.º 1 e nas alíneas b) e c) do n.º 2 e contraordenação leve a violação do disposto na alínea a) do n.º 2.

ARTIGO 10.ºDeveres para utilização de trabalhadores no estrangeiro

1 - Sem prejuízo da prestação de caução referida no n.º 1 do artigo 7.º, a empresa de trabalho temporário que celebra contratos para utili-zação de trabalhadores no estrangeiro deve:

a) Constituir, a favor do serviço público de emprego, uma caução específi ca no valor de 10 % das retribuições correspondentes à duração previsível dos contratos e no mínimo de dois meses de retribuição ou no valor das retribuições, se o contrato durar menos de dois meses, acrescido do custo das viagens de repatriamento;

b) Garantir aos trabalhadores prestações médicas, medicamentosas e hospitalares sempre que aqueles não benefi ciem das mesmas prestações no país de acolhimento, através de seguro que garanta o pagamento de despesas de valor pelo menos igual a seis meses de retribuição;

c) Assegurar o repatriamento dos trabalhadores, fi ndo o trabalho ob-jeto do contrato, verifi cando-se a cessação do contrato de trabalho ou, ainda, no caso de falta de pagamento pontual da retribuição.

2 - A caução prevista na alínea a) do número anterior não é exigível se, nos 36 meses anteriores ou, relativamente a empresas de trabalho temporário constituídas há menos tempo, desde o início da sua ativi-dade, não tiver havido pagamentos de créditos a trabalhadores através da caução referida no n.º 1 do artigo 7.º

3 - A empresa de trabalho temporário deve, ainda, comunicar com cinco dias de antecedência ao serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela área laboral a identidade dos trabalhadores a ceder para o estrangeiro, o utilizador, o local de trabalho, o início e o termo previsíveis da deslocação, bem como a constituição da caução e a garantia das prestações, nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1.

4 - O disposto nos nºs 10 a 12 do artigo 7.º, bem como no artigo 190.º e no n.º 1 do artigo 191.º do Código do Trabalho é aplicável à caução referida na alínea a) do n.º 1.

5 - Se a empresa de trabalho temporário não assegurar o repa-triamento nas situações referidas na alínea c) do n.º 1, a pedido dos trabalhadores, o serviço público de emprego procede ao pagamento das despesas de repatriamento por conta da caução.

6 - O disposto no artigo 191.º do Código do Trabalho é aplicável à caução referida na alínea a) do n.º 1 sempre que estejam em causa pagamentos de retribuição.

7 - A empresa de trabalho temporário tem direito de regresso contra o trabalhador relativamente às despesas de repatriamento se ocorrer despedimento por facto imputável ao trabalhador, denúncia sem aviso prévio ou abandono do trabalho.

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Boletim do Contribuinte 141FEVEREIRO 2014 - Nº 4

REGIME JURÍDICO DO EXERCÍCIO E LICENCIAMENTO DAS AGÊNCIAS PRIVADAS DE COLOCAÇÃO E DAS EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO

(Republicação do Dec.-Lei nº 260/2009, de 25 de setembro – Anexo à Lei nº 5/2014, de 12 de fevereiro)

8 - O serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela área laboral deve comunicar imediatamente ao serviço público de emprego a informação obtida nos termos do disposto no n.º 3.

9 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no n.º 1 e contraordenação leve a violação do disposto no n.º 3.

ARTIGO 11.ºVerifi cação da manutenção dos requisitos para o exercício

da atividade de empresa de trabalho temporário

1 - A empresa de trabalho temporário deve fazer prova junto do serviço público de emprego, até ao fi nal do 1.º trimestre de cada ano, do cumprimento dos requisitos previstos no artigo 5.º, relativamente ao ano anterior.

2 - Para efeitos da verifi cação da existência de uma estrutura organi-zativa adequada, a empresa de trabalho temporário tem de ter um número de trabalhadores a tempo completo que corresponda, no mínimo, a 1 % do número médio de trabalhadores temporários contratados no ano anterior ou, quando este número for superior a 5000, 50 trabalhadores a tempo completo.

3 - Caso o serviço público de emprego não notifi que a empresa de trabalho temporário, no prazo previsto no n.º 1, consideram-se cumpri-dos os requisitos previstos no artigo 5.º.

4 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto nos nºs 1 e 2.

ARTIGO 12.ºSuspensão ou cessação da licença

1 - O serviço público de emprego suspende, durante dois meses, a licença de exercício de atividade de cedência temporária de trabalha-dores para utilização de terceiros utilizadores sempre que se verifi que o incumprimento do previsto no n.º 1 do artigo anterior.

2 - A empresa de trabalho temporário é equiparada, em caso de exercício de atividade durante o período de suspensão da licença, a empresa não licenciada.

3 - A suspensão referida no número anterior termina se a empresa de trabalho temporário, antes de decorrido o prazo previsto no n.º 1, fi zer prova do cumprimento dos requisitos em falta.

4 - O membro do Governo responsável pela área laboral revoga, sob proposta do serviço público de emprego, a licença de exercício de atividade da empresa de trabalho temporário, sempre que não seja feita prova, durante o prazo previsto no n.º 1, dos requisitos cuja ausência originou a suspensão.

5 - A licença caduca se a empresa de trabalho temporário suspen-der o exercício da atividade durante 12 meses, por motivo diverso da proibição ou interdição do exercício da atividade.

6 - O titular da licença está obrigado à devolução do respetivo alvará ao serviço público de emprego, sempre que haja lugar a alteração do seu termo ou a mesma cesse.

ARTIGO 13.ºSegurança social e seguro de acidente de trabalho

1 - Os trabalhadores temporários são abrangidos pelo regime geral da segurança social dos trabalhadores por conta de outrem, competin-do à empresa de trabalho temporário o cumprimento das respetivas obrigações legais.

2 - Nas situações a que se refere o artigo 10.º deve ser entregue pela empresa de trabalho temporário uma cópia do contrato de trabalho

temporário no serviço competente do ministério responsável pela área da segurança social.

3 - A empresa de trabalho temporário é obrigada a transferir a res-ponsabilidade pela indemnização devida por acidente de trabalho para empresas legalmente autorizadas a realizar este seguro.

4 - Constitui contraordenação muito grave a violação do disposto no n.º 3 e contraordenação leve a violação do disposto no n.º 2.

CAPÍTULO IIIDo acesso e exercício à atividade de agência

SECÇÃO IDo exercício da atividade de agência

ARTIGO 14.ºObjeto da agência

1 - Para efeitos do presente decreto-lei, a agência tem por objeto um ou mais dos seguintes serviços:

a) Receção das ofertas de emprego;b) Inscrição de candidatos a emprego;c) Colocação de candidatos a emprego;d) Seleção, orientação ou formação profi ssional, desde que desen-

volvida com vista à colocação do candidato a emprego.2 - A agência pode ainda promover a empregabilidade de candidatos

a emprego através do apoio à procura ativa de emprego ou autoemprego.3 - Para efeitos do disposto nos números anteriores, deve a agência

realizar por si os serviços que constituem o seu objeto, sem recorrer a subcontratação de terceiros.

4 - A violação do disposto no número anterior constitui contraorde-nação muito grave, punível com coima de (euro) 2800 a (euro) 6000 ou (euro) 12 000, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

ARTIGO 15.º(Revogado.)

SECÇÃO IIDo acesso à atividade de agência

ARTIGO 16.ºMera comunicação prévia

1 - O exercício da atividade de agência está sujeito a mera comuni-cação prévia perante o serviço público de emprego, tal como defi nida na alínea b) do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, com indicação do nome ou denominação social, domicílio ou sede e estabelecimento principal em território nacional, número de identifi cação fi scal ou número de identifi cação de pessoa coletiva e número de registo comercial ou indicação do código de acesso a certidão permanente de registo comercial, caso existam.

2 - Sem prejuízo do disposto na alínea d) do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, a agência estabelecida em território nacional deve juntar à mera comunicação prévia documentos que comprovem:

a) A idoneidade, nos termos dos nºs 2 e 3 do artigo 5.º;b) A situação contributiva regularizada perante a administração

tributária e a segurança social; ec) A constituição da caução destinada a garantir a responsabilidade

da agência pelo repatriamento do candidato a emprego, em caso de incumprimento do contrato de trabalho ou da promessa de contrato de trabalho, nos termos do n.º 3 do artigo 27.º, caso tenha optado por constituí-la, nos termos do artigo 18.º.

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte142FEVEREIRO 2014 - Nº 4

REGIME JURÍDICO DO EXERCÍCIO E LICENCIAMENTO DAS AGÊNCIAS PRIVADAS DE COLOCAÇÃO E DAS EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO

(Republicação do Dec.-Lei nº 260/2009, de 25 de setembro - Anexo à Lei nº 5/2014, de 12 de fevereiro)

3 - A comunicação prévia de agência não estabelecida em território nacional que neste preste serviços ocasionais e esporádicos nos termos do n.º 3 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, deve ser acompanhada de documento que comprove a existência de garantia fi nanceira equivalente à referida na alínea c) do número anterior, caso a agência dela disponha.

4 - As agências que prestem serviços nos termos referidos no nú-mero anterior fi cam sujeitas ao disposto no n.º 3 do artigo 14.º e nos artigos 23.º a 28.º-A.

5 - A comunicação referida nos nºs 1 a 3 é efetuada ao serviço público de emprego através do balcão único eletrónico dos serviços e é válida para todo o território nacional.

6 - Constitui contraordenação muito grave a não apresentação da comunicação nos termos dos nºs 1 a 3, punível com coima de (euro) 2800 a (euro) 6000 ou (euro) 12 000, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

7 - Constitui contraordenação muito grave a prestação de serviços em território nacional de colocação de candidatos a emprego por agên-cias que não possuam idoneidade e não tenham a situação contributiva regularizada perante a administração tributária e a segurança social nacionais ou, no caso das agências não estabelecidas em Portugal, segundo a legislação do Estado membro de origem, punível com coima de (euro) 2800, a (euro) 6000 ou (euro) 12 000, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

8 - A condenação no pagamento da coima prevista no número anterior por ausência de situação contributiva regularizada perante a administração tributária ou a segurança social nacionais não pode ter lugar na pendência do processo de autorização do pagamento em prestações da dívida em causa.

ARTIGO 17.º(Revogado.)

ARTIGO 18.ºCaução para o exercício da atividade de agência

1 - A agência estabelecida em território nacional pode constituir, a favor do serviço público de emprego, uma caução para o exercício da atividade, de valor mínimo correspondente a 13 vezes o valor da retribuição mínima mensal garantida, a qual pode ser prestada por depósito, garantia bancária na modalidade à primeira solicitação ou contrato de seguro.

2 - A constituição da caução referida no número anterior destina-se a garantir a responsabilidade da agência pelo repatriamento do candidato a emprego, nos termos previstos no n.º 3 do artigo 27.º.

3 - A caução deve ser anualmente atualizada por referência ao valor da retribuição mínima mensal garantida fi xado para cada ano.

4 - Sempre que se verifi quem pagamentos por conta da caução, aplica-se o disposto no n.º 10 do artigo 7.º.

5 - A atualização referida no n.º 3 deve ser efetuada até 31 de janeiro de cada ano ou até 30 dias após a publicação do diploma de revisão da retribuição mínima mensal garantida, se posterior.

6 - Por solicitação da agência, o serviço público de emprego liberta o valor da caução, deduzido o que tenha pago por sua conta.

7 - A agência não estabelecida em Portugal que aqui preste serviços ocasionais e esporádicos, em regime de livre prestação de serviços, pode constituir garantia fi nanceira da sua responsabilidade pelo repa-triamento do candidato a emprego, em conformidade com o disposto no n.º 3 do artigo 27.º, através da prestação de caução prevista no presente

artigo, ou por seguro, garantia ou instrumento fi nanceiro equivalente, nos termos do disposto nos nºs 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho.

8 - (Revogado.)

ARTIGO 19.ºInformação sobre o exercício de atividade de agência

1 - (Revogado.)2 - O serviço público de emprego mantém atualizado e disponibiliza

por via eletrónica para acesso público o registo nacional das agências, o qual contém a identifi cação das agências privadas de colocação de candidatos a emprego, estabelecidas em território nacional ou não es-tabelecidas em território nacional que nele prestem serviços ocasionais e esporádicos, incluindo o número de identifi cação fi scal ou número de identifi cação de pessoa coletiva, o domicílio, sede ou estabelecimento principal, a indicação de eventual suspensão, interdição ou cessação de atividade e, caso seja aplicável, informação sobre a constituição de caução para o repatriamento de candidato a emprego, ou de instrumento fi nanceiro equivalente, no caso de agências não estabelecidas.

3 - O registo referido no número anterior tem caráter público, po-dendo qualquer interessado pedir certidão das inscrições nele constantes.

4 - (Revogado.)

ARTIGO 20.º(Revogado.)

ARTIGO 21.º(Revogado.)

ARTIGO 22.ºExercício ilegal e interdição temporária da atividade

1 - O serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela área laboral interdita temporariamente, nos termos do regime geral do ilícito de mera ordenação social, constante do Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis nºs 356/89, de 17 de outubro, 244/95, de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro, e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro, o exercício de atividade da agência sempre que se verifi que a sua ilegalidade por violação do disposto no n.º 3 do artigo 14.º, no n.º 7 do artigo 16.º, na alínea f) do n.º 1 do artigo 23.º, no n.º 1 do artigo 26.º e no n.º 1 do artigo 28.º

2 - A condenação na sanção acessória prevista no número anterior por ausência de situação contributiva regularizada perante a adminis-tração tributária ou a segurança social nacionais não pode ter lugar na pendência do processo de autorização do pagamento em prestações da dívida em causa.

3 - A interdição é comunicada ao serviço público de emprego no prazo de 10 dias a contar da decisão fi nal de aplicação da sanção.

SECÇÃO IIIDa relação da intermediação laboral

ARTIGO 23.ºRequisitos gerais

1 - No âmbito da sua atividade, a agência deve:a) Sempre que fi zer uso de oferta de emprego publicitada pelos

serviços públicos de emprego, informar desse facto a entidade contratante e o candidato a emprego interessados;

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Boletim do Contribuinte 143FEVEREIRO 2014 - Nº 4

REGIME JURÍDICO DO EXERCÍCIO E LICENCIAMENTO DAS AGÊNCIAS PRIVADAS DE COLOCAÇÃO E DAS EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO

(Republicação do Dec.-Lei nº 260/2009, de 25 de setembro – Anexo à Lei nº 5/2014, de 12 de fevereiro)

b) Atuar segundo o princípio da igualdade de oportunidades no acesso ao emprego, não podendo praticar qualquer discriminação, direta ou indireta, baseada, nomeadamente, na ascendência, idade, sexo, orientação sexual, maternidade, paternidade, estado civil, situação familiar, património genético, capacidade de trabalho reduzida, defi ciência ou doença crónica, nacionalidade, origem étnica, religião, convicções políticas, religiosas ou fi liação sindical;

c) Atuar segundo o princípio da proporcionalidade entre as infor-mações pedidas aos candidatos a emprego e as necessidades e características da relação laboral oferecida;

d) Assegurar a proteção de dados pessoais dos candidatos a emprego, de acordo com a legislação aplicável;

e) Assegurar que a relação laboral oferecida consiste no exercício de funções ou tarefas suscetíveis de poderem ser desempenhadas pelo candidato a emprego, atendendo nomeadamente às suas aptidões físicas, habilitações escolares e formação profi ssional;

f) Assegurar a gratuitidade dos serviços prestados ao candidato a emprego, não lhe cobrando, direta ou indiretamente, quaisquer importâncias em numerário ou em espécie;

g) Respeitar as normas sobre idade mínima de admissão para prestar trabalho e escolaridade obrigatória na inscrição e colocação de candidatos a emprego.

2 - Constitui contraordenação muito grave a violação do disposto nas alíneas b) e g) do número anterior, punível com coima de (euro) 2800 a (euro) 6000 ou (euro) 12 000, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

3 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto nas alí-neas a), e) e f) do n.º 1, punível com coima de (euro) 1200 a (euro) 2600 ou (euro) 4000, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

4 - Constitui contraordenação leve a violação do disposto nas alí-neas c) e d) do n.º 1, punível com coima de (euro) 300 a (euro) 600 ou (euro) 1200, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

ARTIGO 24.ºDeveres da agência

1 - A agência deve comunicar ao serviço público de emprego, atra-vés do balcão único eletrónico dos serviços, as seguintes informações:

a) A alteração do domicílio, sede ou estabelecimento principal em Portugal, no prazo de 15 dias;

b) A cessação da atividade em território nacional, quando neste estabelecida, ou no Estado membro de origem, quando opere a essa data em território nacional nos termos do n.º 3 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, no prazo de 15 dias;

c) As listagens com dados sobre a atividade desenvolvida no ano anterior, com a indicação do número de candidatos a emprego inscritos, das ofertas de emprego recebidas e das colocações efetuadas, por profi ssões e setores de atividade económica, até ao dia 15 de janeiro;

d) A constituição e a extinção da caução ou do instrumento fi nan-ceiro equivalente, previstos no artigo 18.º

2 - A agência deve ainda comunicar, por via eletrónica, ao serviço competente pelos assuntos consulares e comunidades portuguesas do ministério responsável pela área dos negócios estrangeiros, no caso de colocação no estrangeiro, no prazo mínimo de 15 dias antes da saída do território nacional:

a) A identifi cação do candidato a emprego;b) A identifi cação da entidade contratante;c) O local de trabalho;d) O início e termo previsíveis da colocação.

3 - O serviço competente pelos assuntos consulares e comunidades portuguesas do ministério responsável pela área dos negócios estrangei-ros envia ao serviço com competência inspetiva do ministério respon-sável pela área laboral e ao serviço público de emprego a informação obtida nos termos do número anterior.

4 - A agência deve acautelar que o cidadão nacional de país terceiro candidato a emprego em território nacional é detentor de título de auto-rização de residência em Portugal, ou outro título que lhe permita o exer-cício de atividade laboral, nos termos defi nidos na legislação aplicável.

5 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto nos nºs 1, 2 e 4, punível com coima de (euro) 1200 a (euro) 2600 ou (euro) 4000, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

6 - (Revogado.)

ARTIGO 25.ºDireitos e deveres do candidato

1 - O candidato a emprego tem o direito de ser informado, por escrito, sobre:

a) Os métodos e técnicas de recrutamento aos quais se deve sub-meter e as regras relativas à confi dencialidade dos resultados obtidos;

b) O caráter obrigatório ou facultativo das respostas aos testes ou questionários, bem como das consequências da falta de resposta;

c) As pessoas ou empresas destinatárias das informações prestadas, no termo dos processos de recrutamento, mediante pedido do candidato a emprego;

d) Receber informação sobre a negociação coletiva aplicável ao setor da entidade contratante.

2 - O candidato a emprego tem ainda o direito de:a) Ser informado por escrito pela agência sobre os direitos que

tem no âmbito do presente decreto-lei, assim como no âmbito da relação laboral oferecida;

b) Aceder e retifi car as informações prestadas nos processos de colocação;

c) Recusar responder a questionários ou testes que não se relacio-nem com as aptidões profi ssionais ou que se relacionem com a sua vida privada;

d) Receber um documento comprovativo da sua inscrição como candidato a emprego na agência;

e) Ser informado sobre a eventual existência de caução ou de instrumento fi nanceiro equivalente, previstos no artigo 18.º, com a fi nalidade de garantir o repatriamento referido no n.º 3 do artigo 27.º.

3 - O candidato a emprego está obrigado a responder e a prestar informações de acordo com o princípio da boa fé.

4 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no n.º 2, punível com coima de (euro) 1200 a (euro) 2600 ou (euro) 4000, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

5 - Constitui contraordenação leve a violação do disposto no n.º 1, punível com coima de (euro) 300 a (euro) 600 ou (euro) 1200, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

ARTIGO 26.ºOfertas de emprego

1 - O conteúdo dos anúncios e outras formas de publicitação de ofertas de emprego emitidos pela agência devem:

a) Respeitar o princípio da veracidade, não deformando os ele-mentos que caracterizam a relação laboral oferecida;

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte144FEVEREIRO 2014 - Nº 4

REGIME JURÍDICO DO EXERCÍCIO E LICENCIAMENTO DAS AGÊNCIAS PRIVADAS DE COLOCAÇÃO E DAS EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO

(Republicação do Dec.-Lei nº 260/2009, de 25 de setembro - Anexo à Lei nº 5/2014, de 12 de fevereiro)

b) Ser redigido ou formulado em português;c) Respeitar os requisitos gerais enunciados no artigo 23.º;d) Identifi car a agência emitente nos termos defi nidos no presente

decreto-lei;e) Referir a eventual existência de caução ou de instrumento fi -

nanceiro equivalente, previstos no artigo 18.º, com a fi nalidade de garantir o repatriamento referido no n.º 3 do artigo 27.º.

2 - (Revogado.)3 - A entidade responsável pelo meio de comunicação que publicita

as ofertas de emprego tem o dever de exigir e publicar a identifi cação do anunciante.

4 - No caso de as ofertas de emprego serem difundidas sem identi-fi cação do emitente, o serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela área laboral pode obter, mediante notifi cação simples dirigida à entidade responsável pelo meio de comunicação que veicula o anúncio, a sua identifi cação.

5 - No contrato, a celebrar por escrito entre a agência e a entidade contratante, sujeito à lei portuguesa, deve ser feita expressa menção aos elementos que caracterizam a relação laboral oferecida por esta entida-de, nomeadamente a categoria profi ssional, a remuneração mensal, o período normal de trabalho, o horário de trabalho, o local de trabalho, as condições de alojamento e o acesso a cuidados de saúde, bem como a outras condições de trabalho divulgadas na oferta de emprego.

6 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no n.º 1, punível com coima de (euro) 1200 a (euro) 2600 ou (euro) 4000, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

ARTIGO 27.ºColocação de candidatos

1 - No exercício da atividade de colocação deve a agência atuar de acordo com o princípio da boa fé, abstendo-se de efetuar coloca-ções que não garantam boas condições de trabalho, tanto do ponto de vista físico como moral, assegurando nomeadamente que a entidade contratante:

a) Cumpra as prescrições legais e convencionais vigentes relativas à segurança e saúde no trabalho;

b) Tenha a situação contributiva regularizada perante a segurança social e administração tributária;

c) Respeite os direitos de liberdade sindical e de negociação coletiva;

d) Proponha ao candidato a emprego as condições de trabalho divulgadas na oferta de emprego.

2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, na atividade de colocação de candidato a emprego fora do território nacional, deve a agência acautelar que o candidato a emprego tenha, no país de destino:

a) Acesso a prestações médicas, medicamentosas e hospitalares, nas mesmas condições que teria no território nacional;

b) Alojamento adequado.3 - Em caso de incumprimento do contrato de trabalho ou promessa

de contrato de trabalho por causa não imputável ao candidato a emprego, deve a agência assegurar, nas colocações de candidato a emprego fora do território nacional, o seu repatriamento, até seis meses após a colocação.

4 - Na situação prevista no número anterior, a entidade que, em subs-tituição da agência, suportar as despesas associadas ao repatriamento do trabalhador goza de direito de regresso sobre aquela.

5 - Constitui contraordenação muito grave a violação do disposto no n.º 1 do presente artigo, punível com coima de (euro) 2800 a (euro) 6000 ou (euro) 12 000, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

ARTIGO 28.ºDever de informação

1 - Sem prejuízo do disposto no artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, a agência tem o dever de informar por escrito o candidato a emprego sobre os aspetos relevantes da colocação, de-signadamente sobre os direitos que decorrem do presente decreto-lei e, bem assim, informação relevante sobre a relação laboral oferecida, esclarecendo expressamente, no caso de colocações no estrangeiro:

a) As condições de acesso, no país de destino, a prestações médicas, medicamentosas e hospitalares e a alojamento adequado, refe-rindo se a entidade contratante garante esse acesso, no âmbito do contrato de trabalho ou promessa de contrato de trabalho;

b) A aplicabilidade e o processo de repatriamento da responsabi-lidade da agência;

c) A existência de caução ou de instrumento fi nanceiro equivalente para o cumprimento da obrigação referida na alínea anterior.

2 - O disposto no número anterior aplica-se a todas as agências a operar em território nacional, independentemente do direito escolhido pelas partes para reger os contratos em causa.

3 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no presente artigo, punível com coima de (euro) 1200 a (euro) 2600 ou (euro) 4000, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

ARTIGO 28.º-AResponsabilidade penal e civil por não repatriamento

1 - Quem promover a colocação de candidato a emprego no es-trangeiro e estando legalmente obrigado a assegurar o repatriamento daquele o não faça, sujeitando-o a perigo para a vida, a perigo de grave ofensa para o corpo ou a saúde ou a situação desumana ou degradante, é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos.

2 - Se os perigos ou as situações previstos no número anterior forem criados por negligência o agente é punido com pena de prisão até 3 anos.

3 - Se dos factos previstos nos números anteriores resultar ofensa à integridade física grave o agente é punido:

a) Com pena de prisão de 2 a 8 anos no caso do n.º 1;b) Com pena de prisão de 1 a 5 anos no caso do n.º 2.4 - Se dos factos previstos nos nºs 1 e 2 resultar a morte o agente

é punido:a) Com pena de prisão de 3 a 10 anos no caso do n.º 1;b) Com pena de prisão de 2 a 8 anos no caso do n.º 2.5 - À responsabilidade criminal pela prática do crime previsto nos

números anteriores acresce a responsabilidade civil pelo pagamento de todas as despesas inerentes à estada em país estrangeiro e repatriamento do candidato a emprego.

6 - As pessoas coletivas e entidades equiparadas são responsáveis, nos termos gerais, pelo crime previsto no presente artigo.

CAPÍTULO IVDo controlo do exercício da atividade

ARTIGO 29.ºCompetência para inspeção

1 - A fi scalização do cumprimento do disposto no presente decreto-lei e a instrução dos respetivos processos contraordenacionais competem:

a) Ao serviço com competência inspetiva do ministério respon-sável pela área laboral no âmbito do exercício da atividade das agências e empresas de trabalho temporário e, quanto a estas, no âmbito das relações de trabalho e condições de trabalho;

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Boletim do Contribuinte 145FEVEREIRO 2014 - Nº 4

REGIME JURÍDICO DO EXERCÍCIO E LICENCIAMENTO DAS AGÊNCIAS PRIVADAS DE COLOCAÇÃO E DAS EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO

(Republicação do Dec.-Lei nº 260/2009, de 25 de setembro – Anexo à Lei nº 5/2014, de 12 de fevereiro)

b) Ao serviço com competência inspetiva do ministério responsá-vel pela área da economia relativamente à violação de regras da concorrência.

2 - Para efeitos da alínea b) do número anterior, o serviço público de emprego e o serviço com competência inspetiva do ministério respon-sável pela área laboral devem comunicar ao serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela área da economia todas as situações de que tenham conhecimento que evidenciem violação das regras da concorrência.

CAPÍTULO VDisposições complementares, transitórias e fi nais

ARTIGO 30.ºEliminação de certidões

O serviço público de emprego deve tomar as medidas necessárias à eliminação da exigência de entrega das certidões previstas no presente decreto-lei, de modo a substituí-la pela consulta direta à informação pretendida junto das respetivas entidades e, sempre que necessário, mediante prévio consentimento do seu titular.

ARTIGO 30.º-AReconhecimento mútuo

Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, não pode haver duplicação entre as condições exigíveis para o cumprimento dos procedimentos previstos neste diploma e os requisitos e os controlos equivalentes, ou comparáveis quanto à fi na-lidade, a que o requerente já tenha sido submetido em Portugal ou noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu.

ARTIGO 30.º-BBalcão único eletrónico dos serviços

1 - Todas as comunicações e notifi cações, ou em geral quaisquer declarações relacionadas com a atividade das agências e realizadas no âmbito de procedimentos regulados no presente decreto-lei, devem ser efetuadas através do balcão único eletrónico dos serviços, acessível através do sítio na Internet do serviço público de emprego.

2 - Quando, por motivos de indisponibilidade das plataformas eletrónicas, não for possível o cumprimento do disposto no número anterior, a transmissão da informação em apreço pode ser feita por remessa pelo correio, sob registo e com aviso de receção, por telecópia ou por mensagem de correio eletrónico.

ARTIGO 30.º-CCooperação administrativa

As autoridades competentes nos termos do presente diploma par-ticipam na cooperação administrativa, no âmbito dos procedimentos relativos a serviços de agências cujos prestadores sejam provenientes de outro Estado membro, nos termos do capítulo VI do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, nomeadamente através do Sistema de Informação do Mercado Interno (IMI).

ARTIGO 31.ºRegime das contraordenações

1 - O regime geral das contraordenações laborais previsto nos artigos 548.º a 566.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de

12 de fevereiro, aplica-se às infrações por violação do presente decreto--lei, com exceção das infrações por violação dos requisitos de acesso e exercício da atividade de agência, às quais se aplica o regime geral do ilícito de mera ordenação social, constante do Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis nºs 356/89, de 17 de outubro, 244/95, de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro, e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro.

2 - O processamento das contraordenações laborais segue o regime processual aplicável às contraordenações laborais e de segurança social, aprovado pela Lei n.º 107/2009, de 14 de setembro.

3 - A tentativa e a negligência são puníveis, sendo, nesse caso, reduzido para metade os limites mínimos e máximos.

ARTIGO 32.ºSanções acessórias

1 - Para além das sanções acessórias previstas no Código do Traba-lho, o exercício da atividade de cedência de trabalhadores temporários a utilizadores sem licença ou com licença suspensa é ainda punível com ordem de encerramento do estabelecimento onde a atividade é exercida até à regularização da situação, juntamente com a coima.

2 - As sanções acessórias referidas no número anterior são averbadas no registo referido no artigo 8.º-

ARTIGO 33.ºRegime transitório de regularização

1 - As agências que se encontrem já a exercer a atividade privada de colocação devem adaptar-se às disposições previstas no presente decreto-lei, no prazo máximo de 90 dias, a contar da data da sua entrada em vigor.

2 - O incumprimento do disposto no número anterior determina a cessação da atividade.

ARTIGO 34.ºRegiões Autónomas

1 - O presente decreto-lei aplica-se às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, com as devidas adaptações, nos termos da respetiva auto-nomia político-administrativa, cabendo a sua execução administrativa aos serviços e organismos das respetivas administrações regionais autónomas com atribuições e competências no âmbito do presente decreto-lei, sem prejuízo das atribuições das entidades de âmbito nacional.

2 - As meras comunicações prévias referidas no artigo 16.º são válidas para todo o território nacional independentemente de serem dirigidas ao serviço público de emprego do continente ou aos serviços e organismos competentes de uma região autónoma.

ARTIGO 35.ºNorma revogatória

São revogados o Decreto-Lei n.º 124/89, de 14 de abril, e a Lei n.º 19/2007, de 22 de maio, na parte não revogada pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, que aprovou o novo Código do Trabalho.

ARTIGO 36.ºEntrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor 30 dias após a data da sua publicação.

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Boletim do Contribuinte146

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALFEVEREIRO 2014 - Nº 4

Nos termos de informação divulgada pelo Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia, a entre-ga do Relatório Único, para dados referen-tes a 2013, vai decorrer entre 16 de março e 15 de abril de 2014, de acordo com o que estabelece a Portaria nº 55/2010 de 21.1 (Bol. do Contribuinte, 2010, pág. 140).

O Relatório Único é constituído pelo relatório propriamente dito e por 6 anexos:

• Anexo A - Quadro de pessoal;• Anexo B - Fluxo de entrada e/ou saída

de trabalhadores;• Anexo C - Relatório anual de forma-

ção contínua;

• Anexo D - Relatório anual das ativi-dades do serviço de segurança e saúde no trabalho;

• Anexo E – Greves;• Anexo F – Informação sobre presta-

dores de serviço.O prazo de envio é o mesmo para todos

os Anexos. No entanto, os empregadores podem proceder ao seu envio em momen-tos temporais diferentes e pela ordem que decidirem.

É possível entregar o Relatório Único apesar de já ter passado o prazo legal de entrega, tanto em relação ao ano de refe-rência em vigor como a anos anteriores.

RELATÓRIO ÚNICO REFERENTE AO ANO DE 2013

Prazo de entrega

Deve ter-se presente que a resposta ao Anexo F – Informação sobre prestadores de serviço manterá o seu carácter opcional.

Assim, caso opte por não preencher este Anexo, deve selecionar a opção “Não” para resposta à questão inicial do mesmo: “Existiram contratos de prestação de servi-ços em algum período do ano de referência do relatório?”

Segundo o Gabinete de Estratégia e Estudos, todos os documentos de apoio ao preenchimento serão disponibilizados, previsivelmente, a 3 de março de 2014.

Nota: na próxima edição do Boletim do Contribuinte contamos publicar infor-mação mais desenvolvida sobre a entrega do Relatório Único, designadamente com a indicação do endereço eletrónico a utili-zar para o efeito, bem como com algumas indicações relativamente aos documentos de auxílio ao preechimento dos diversos anexos do RU.

A Portaria nº 31/2014, de 5.2, defi niu a operacionalização do funcionamento do Fundo de Reestruturação do Setor Solidá-rio (FRSS), tendo estabelecido a respetiva política de investimento, os critérios de acesso, os termos e as condições de con-cessão dos apoios fi nanceiros a atribuir.

As Instituições Particulares de Solida-riedade Social (IPSS) ou equiparadas que pretendam candidatar-se ao FRSS, com o objetivo de garantir a sua reestruturação e sustentabilidade económico-fi nanceira, devem cumprir, cumulativamente, as se-guintes condições:

- estarem regularmente constituídas e devidamente registadas há pelo menos 3 anos;

- terem a sua situação regularizada pe-rante a Segurança Social e a Adminis-tração Fiscal em matéria de impostos, contribuições e reembolsos;

- não se encontrarem em estado de insolvência, de liquidação, de cessa-ção de atividade, sujeitas a qualquer meio preventivo de liquidação de património ou em qualquer situação

semelhante, nem terem o respetivo processo pendente;

- possuírem contabilidade organizada de acordo com o previsto na lei;

- estarem devidamente autorizadas para o exercício das respetivas atividades;

- terem, pelo menos, 55% das ativi-dades exercidas no âmbito da ação social abrangidas por acordo de cooperação;

A candidatura ao FRSS é formalizada por meio de requerimento dirigido ao conselho de gestão do FRSS, podendo este solicitar às entidades candidatas informa-ção adicional que considere necessária à apreciação da candidatura.

A mesma candidatura é instruída com documentos comprovativos do preen-chimento das condições de acesso supra referidas, com o relatório de diagnóstico e proposta de plano de reestruturação aprovados pelo órgão de administração da entidade candidata.

Para a elaboração do relatório de diagnóstico e do plano de reestruturação, o conselho de gestão, sob proposta da res-petiva entidade representativa, nomeia um

gestor de processo ao qual compete apoiar as entidades candidatas na sua preparação, bem como acompanhar a aplicação do citado plano de reestruturação e do acordo de apoio fi nanceiro, nas várias fases e até conclusão dos mesmos.

A concessão do apoio fi nanceiro, no âmbito do FRSS, é formalizada através de um acordo de apoio fi nanceiro a celebrar entre o conselho de gestão e a entidade benefi ciária.

O apoio fi nanceiro a atribuir depende das seguintes condições:

- não exceder 45% do valor global das necessidades de fi nanciamento de médio e longo prazo da entidade benefi ciária;

- ter o limite máximo de 500 mil euros por entidade benefi ciária;

- ser compatível com as obrigações orçamentais a que a entidade benefi -ciária esteja sujeita;

- não exceder o prazo máximo de 4 anos, a contar da data de celebração do acordo de apoio fi nanceiro, não sujeito a juros;

- ser atribuído por parcelas, em função do grau de execução definido no plano de reestruturação;

- prestação de garantias adequadas do cumprimento das obrigações decorrentes do fi nanciamento reem-bolsável.

INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL (IPSS)

Fundo de Reestruturação do Setor Solidário (FRSS)

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Boletim do Contribuinte 147

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALFEVEREIRO 2014 - Nº 4

(Continuação da pág. 109)Pedro Mota Soares salientou, ainda,

que é importante que os critérios de avaliação de desempenho sejam previa-mente conhecidos pelos trabalhadores para afastar “quaisquer simpatias”.

Na cessação do contrato por extinção do posto de trabalho são objetivados e densificados os crité-rios que têm de ser observados pelo empregador, e retomada a exigência de não estar disponível outro posto de trabalho compatível com a categoria profi ssional do trabalhador.

Também na cessação do contrato por inadaptação é reposto em vigor o requisito de existência, na empresa, de outro posto de trabalho disponível e

compatível com a categoria profi ssio-nal do trabalhador, que se encontrava previsto no nº 1 do art. 375º do Código do Trabalho.

Na sequência da declaração de inconstitucionalidade dos nºs 2 e 4 do artigo 368º do Código do Trabalho, na redação da Lei nº 23/2012, de 25.6 Bol. do Contrib., 2012, pág. 505), o Governo enviou em dezembro passado aos parceiros sociais uma proposta para regular o despedimento por extinção do posto de trabalho, a que as dispo-sições declaradas inconstitucionais respeitavam.

A proposta de lei foi discutida em concertação social, com as associações sindicais e patronais, a 29 de janeiro, e,

posteriormente, realizaram-se conver-sações com os parceiros subscritores do compromisso para o crescimento, a competitividade e o emprego, mas não foi alcançado acordo sobre a matéria.

Reação da central sindical UGTDe acordo com comunicado recen-

temente divulgado, a “UGT lamenta que o Governo insista numa proposta que mantém critérios subjetivos, cen-trados nas necessidades das empresas e não dos trabalhadores, e que resultam numa excessiva margem de discricio-nariedade dos empregadores.

Ainda segundo o mesmo comu-nicado, a UGT considera que “esta proposta diminui e precariza ainda mais a proteção dos trabalhadores, em nada contribui para um mais efi ciente funcionamento do mercado de traba-lho, pode potenciar mais desemprego e comporta riscos de uma segunda inconstitucionalidade.”

INCONSTITUCIONALIDADE DAS REGRAS DE EXTINÇÃO DE POSTO DE TRABALHO

Governo defi niu critérios para despedir

DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃO DO POSTO DE TRABALHO(REGIME EM VIGOR)

A extinção do posto de trabalho determina o despedimento individual, motivado por motivos económicos, estruturais ou tecnológicos relativos à empresa

O empregador encontra-se obrigado a observar os seguintes critérios legais para a seleção dos trabalhadores a despedir: menor antiguidade no posto de trabalho; menor antiguidade na categoria profi ssional; classe

inferior da mesma categoria profi ssional; menor antiguidade na empresa.

Os motivos indicados não sejam devidos a uma atuação culposa do empregador ou trabalhador

Seja impossível a subsistência da relação laboral (quando o empregador não dispuser de outro posto de trabalho compatível com a categoria

profi ssional do trabalhador)

Não se verifi que a existência de contratos a termo para as tarefas correspondentes às do posto de trabalho extinto

Não seja aplicável o regime do despedimento coletivo

Seja posta à disposição do trabalhador a compensação devida

A extinção do posto de trabalho apenas será

lícita se cumulativamente estiverem preenchidos os seguintes requisitos:

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Boletim do Contribuinte148

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALFEVEREIRO 2014 - Nº 4

EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIOSimplifi cação do regime de acesso e de exercício

da atividade

A Lei nº 5/2014, de 12.2, procedeu à simplifi cação do regime jurídico do exercí-cio e licenciamento das agências privadas de colocação e das empresas de trabalho temporário, conformando este regime com o disposto no Decreto-Lei nº 92/2010, de 26.7, que transpôs a Diretiva nº 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12.12.2006, relativa aos serviços no mercado interno.

Relativamente às agências privadas de colocação, destacam-se as seguintes alterações:

exercício da atividade de agência sujeito a mera comunicação prévia perante o serviço público de emprego;

possibilidade de a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), nos termos do regime geral do ilícito de mera ordenação social, aplicar a sanção acessória de interdição tem-porária do exercício da atividade da agência sempre que se verifi que a sua ilegalidade;

responsabilidade civil e penal de quem promove a colocação de can-didato a emprego no estrangeiro, por não repatriamento.

Quanto às empresas de trabalho tem-porário, importa referir:

a atualização anual da caução por referência ao montante do salário mínimo fixado para cada ano e à dimensão da empresa de trabalho temporário.

No que se refere à caução a prestar para o exercício da atividade de trabalho temporário, importa ter presente que o requerente constitui, a favor do serviço público de emprego, uma caução para o exercício da atividade de trabalho temporá-rio, de valor correspondente a 100 meses do salário mínimo (48 500 euros), acrescida do montante da taxa social única incidente sobre aquele valor.

A caução deve ser anualmente atuali-zada por referência ao montante do salário mínimo fi xado para cada ano e à dimensão da empresa de trabalho temporário.

Nos termos da nova redação do Decre-to-Lei nº 260/2009, de 25.9, o exercício da atividade de agência passa a estar sujeito a mera comunicação prévia perante o

serviço público de emprego (deixando de se exigir licença), com indicação do nome ou denominação social, domicílio ou sede e estabelecimento principal em território nacional, número de identifi cação fi scal ou número de identifi cação de pessoa coletiva e número de registo comercial ou indicação do código de acesso a certidão permanente de registo comercial, caso existam.

A agência estabelecida em território nacional pode constituir, a favor do serviço público de emprego, uma caução para o exercício da atividade, de valor mínimo correspondente a 13 vezes o montante da retribuição mínima mensal (6305 euros), a qual pode ser prestada por depósito, ga-rantia bancária na modalidade à primeira solicitação ou contrato de seguro.

Todas as comunicações e notifi cações, ou em geral quaisquer declarações rela-cionadas com a atividade das agências e realizadas no âmbito de procedimentos previstos no novo diploma, devem ser efetuadas através do balcão único eletró-nico dos serviços, acessível através do site do serviço público de emprego em www.iefp.pt.

Quando as plataformas eletrónicas estiverem indisponíveis, a transmissão da

informação em questão pode ser feita por remessa pelo correio, sob registo e com aviso de receção, por telecópia ou por mensagem de correio eletrónico.

A violação dos seguintes deveres das agências privadas de colocação passa a ser punível com coima de 1200 a 2600 euros ou 4000 euros, consoante se trate de pessoa singular ou pessoa coletiva.

Anteriormente, estes montantes encon-travam-se fi xados entre 600 e 1300 euros ou 2000 euros, consoante se tratasse de pessoa singular ou pessoa coletiva.

Importa assim notar que, relativamente às agências privadas de colocação, o can-didato a emprego tem direito de:

- ser informado por escrito pela agência sobre os direitos que tem no âmbito da lei, assim como no âmbito da relação laboral oferecida;

- aceder e retificar as informações prestadas nos processos de colocação;

- recusar responder a questionários ou testes que não se relacionem com as aptidões profi ssionais ou que respei-tem à sua vida privada;

- receber um documento comprovativo da sua inscrição como candidato a emprego na agência;

- ser informado sobre a eventual exis-tência de caução ou de instrumento fi nanceiro equivalente, com a fi nali-dade de garantir o repatriamento do candidato a emprego.

(O Decreto-Lei nº 92/2010, de 26.7, alterado e republicado pela Lei nº 5/2014, de 12.2, é transcri-to na pág. 138 e seguintes deste número)

O Governo aprovou em Conselho de Ministros um diploma legal com vista à criação de um novo tipo de formação superior curta não conferente de grau: os cursos técnicos superiores profi ssionais.

Segundo o Executivo, o objetivo destes cursos é “alargar e diversifi car o espetro da oferta de ensino superior em Portugal e por essa via aumentar o número de cidadãos com qualifi cações superiores necessárias ao país”.

Estes ciclos de estudos curtos terão a duração de dois anos, estando previstos no Quadro Europeu de Qualifi cações com nível 5.

Tais cursos técnicos devem ter uma forte inserção regional, concretizada ao nível da sua criação, defi nição dos planos de estudos e concretização da componen-te de formação em contexto de trabalho, na interação obrigatória com as empresas e associações empresariais da região.

Os ciclos de estudos serão ministra-dos ao nível do ensino superior politécni-co e terão uma componente de formação geral e científi ca, uma componente de formação técnica e uma componente de formação em contexto de trabalho, atra-vés da realização de um estágio.

CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS

Governo cria novo tipo de formação superior

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Boletim do Contribuinte 149FEVEREIRO 2014 - Nº 4

JURISPRUDÊNCIATRABALHO

Para facilitar o acesso dos cida-dãos e das empresas à informação sobre direitos e obrigações decorren-tes da legislação laboral, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) reestruturou o seu serviço informativo telefónico, através da utilização de

um número único – 707 228 448 – que atende diariamente das 9.30h às 12.30h e das 14.00h às 17.30h. A linha telefónica é totalmente assegurada pelos funcionários da ACT.

Segundo o comunicado divulgado, tendo em consideração os resultados alcançados no passado dia 3 de fevereiro,

AUTORIDADE PARA AS CONDIÇÕES DO TRABALHO (ACT)

Linha de informação telefónica

o primeiro dia de funcionamento da-quela linha telefónica, em que foram atendidas cerca de 500 pessoas, está prevista uma signifi cativa procura, em particular de trabalhadores e empresas que pretendem diversas informações e esclarecimentos de caráter laboral.

Com esta iniciativa a ACT “pre-tende alcançar um novo patamar na promoção do conhecimento e cum-primento da legislação laboral no país, no quadro da sua missão mais ampla de contribuir para promoção da melhoria das condições de trabalho”.

Retribuição - Acordo de redução

I − O trabalhador nomeado administrador, por deliberação da entidade empregadora, fi ca com o seu contrato de trabalho suspenso, nos termos o nº 2 do art. 398º do Código das So-ciedades Comerciais, ainda que tenha mantido as funções que anteriormente desempenhava;

II – A suspensão do contrato de trabalho referida no nú-mero anterior cessa no termo do desempenho das funções de administrador, readquirindo o trabalhador, a partir daí, o direito à situação que tinha antes da suspensão, sem prejuízo do cômputo do tempo da suspensão para efeitos de antiguidade;

III – É nulo o acordo celebrado entre as partes num con-trato de trabalho que vise a redução da retribuição devida ao trabalhador, fora das condições legais em que tal redução é permitida, mantendo o trabalhador o direito às diferenças entre a retribuição que lhe seria devida e a efectivamente prestada.

IV – A nulidade a que se refere o número anterior não atinge os quantitativos auferidos pelo trabalhador durante o período em que desempenhe as funções de administrador como contrapartida do desempenho das tarefas que lhe sejam atribuídas nessa situação.

(Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 23 de outubro de 2013, publicado no número de dezembro da Revista Trabalho & Segurança Social e disponível em www.dgsi.pt)

Resolução do contrato de trabalho pelo trabalhador

I – Sendo taxativas as formas de cessação do contrato de trabalho, provado que ele cessou através de determinada

forma, não pode posteriormente pretender-se que a cessação ocorreu por forma diversa.

II – Assim, demonstrado que o contrato cessou por re-solução com invocação de justa causa pelo trabalhador, não pode este posteriormente pretender que, face à celebração de acordo escrito de acerto de contas entre as partes, o contrato tenha cessado por revogação, por mútuo acordo.

(Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 9 de dezembro de 2013, disponível em www.dgsi.pt)

Contrato de trabalhoDiscriminação do trabalhador

I - A circunstância de outros trabalhadores com a cate-goria do Autor poderem ter sido nomeados para cargos de direcção e chefi a da empregadora, ou terem ascendido a categorias profi ssionais superiores à do Autor, não signifi -ca, sem mais, que este tenha sido discriminado por aquela e que, por isso, tenha também direito a essa categoria ou a esse cargo: só perante o concreto circunstancialismo é possível aferir se um determinado trabalhador foi ou não discriminado em relação a outros.

II - É de considerar verifi cada a violação do direito à ocupação efetiva quando a empregadora, empresa de grande dimensão, perante a extinção do serviço onde o trabalhador desempenhava as suas funções, o mantém inativo, em casa, a aguardar a colocação, durante um período de cerca de cinco anos e meio;

III - Perante tal circunstancialismo, e considerando ainda que durante o período em causa a empregadora não proporcionou formação profi ssional ao trabalhador, nem o informou da possibilidade de ele concorrer a concursos internos e externos que foi abrindo, e atendendo ainda a que a empregadora apresenta uma boa situação económico--fi nanceira, mostra-se justa e equilibrada a indemnização de € 10 000 a título de danos não patrimoniais.

(Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 20 de janeiro de 2014, disponível em www.dgsi.pt)

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FEVEREIRO 2014 - Nº 4

Boletim do Contribuinte150

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - FEVEREIRO/2014

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de fevereiro de 2014)

preço dos medicamentos sujeitos a receita médica e dos medicamentos não sujeitos a receita médica comparticipadoMinistério da Agricultura e do Mar – Lei Orgânica

DL n.º 18/2014, de 4.2 - Aprova a Lei Orgâ-nica do Ministério da Agricultura e do MarMinistério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia – Lei Orgânica

DL n.º 17/2014, de 4.2 - Aprova a Lei Or-gânica do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e EnergiaPortos de pesca

DL n.º 16/2014, de 3.2 - Estabelece o regime de transferência da jurisdição portuária direta dos portos de pesca e marinas de recreio do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, I.P., para a Docapesca - Portos e Lotas, S. A.Prestação de serviços com veículos pronto--socoro

DL n.º 25/2014, de 14.2 - Procede à pri-meira alteração ao Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, que estabeleceu o regime de acesso e exercício da atividade de prestação de serviços com veículos pronto-socorro, visando a sua simplificaçãoProdutos petrolíferos – reservas estratégicas

Declaração de Retificação n.º 9-A/2014, de 14.2 – (Supl.) - Retifica o DL n.º 165/2013, de 16 de dezembro, do Ministério do Ambiente, Orde-namento do Território e Energia, que transpõe a Diretiva n.º 2009/119/CE do Conselho, de 14 de setembro de 2009, que obriga os Estados-Mem-bros a manterem um nível mínimo de reservas de petróleo bruto e/ou de produtos petrolíferos, e procede à reestruturação e redenominação da

Entidade Gestora de Reservas Estratégicas de Pro-dutos Petrolíferos, E.P.E., procedendo à segunda alteração aos estatutos desta entidade, aprovados pelo DL n.º 339-D/2001, de 28 de dezembro, publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 243, de 16 de dezembro de 2013Recrutamento militar

Port. n.º 37/2014, de 14.2 - Cria a Comissão de Planeamento e Coordenação do Recrutamento MilitarSaúde - Terapêuticas não Convencionais

Port. n.º 25/2014, de 3.2 - Estabelece as competências e regras de funcionamento do Conselho Consultivo para as Terapêuticas não ConvencionaisSaúde - unidades de saúde de medicina nuclear

Port. n.º 33/2014, de 12.2 - Estabelece os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas para o exercício da atividade das unidades de saúde de medicina nuclear

Port. n.º 34/2014, de 12.2 - Estabelece os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas para o exercício da atividade das unidades privadas de serviços de saúde de radioterapia/radioncologia

Port. n.º 35/2014, de 12.2 - Estabelece os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas das unidades de saúde de radiologiaSetor Público Empresarial

Dec. Regul. n.º 1/2014, de 10.2 - Estabelece a missão, as atribuições, a organização e o funcio-namento da Unidade Técnica de Acompanhamen-to e Monitorização do Setor Público Empresarial

(Continuação da pág. 152)

1 - Transcrito neste número.2 - A publicar no próximo número.

Aviso n.º 19/2014, de 11.2 - Torna público que a República das Ilhas Fiji depositou o seu instrumento de adesão em conformidade com o artigo 48.º, à Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, adotada na Haia, a 29 de maio de 1993Setor Social – Fundo de reestruturação

Port. n.º 31/2014, de 5.2 - Estabelece os termos de operacionalização do funcionamento do Fundo de Reestruturação do Setor SocialTrabalho e Segurança Social

Declaração de Retificação n.º 5/2014, de 3.2 - Retifica a Port. n.º 17/2014, de 27 de janeiro, do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, que procede à primeira alte-ração à Port. n.º 286-A/2013, de 16 de setembro que cria a medida Incentivo Emprego, publicada no Diário da República n.º 18, 1.ª série, de 27 de janeiro de 2014Transportes aéreos

Res. Assemb. Rep. n.º 12/2014, de 13.2 - Recomenda o restabelecimento da ligação aérea Lisboa-Vila Real-Bragança-Vila Real-Lisboa

Res. Assemb. Rep. n.º 13/2014, de 13.2 - Recomendação ao Governo relativamente ao Céu Único EuropeuTransporte de mercadorias perigosas

DL n.º 19-A/2014, de 7.2 – (Supl.) - Procede à segunda alteração ao DL n.º 41-A/2010, de 29 de abril, relativo ao transporte terrestre de mercado-rias perigosas, transpondo a Diretiva n.º 2012/45/UE, da Comissão, de 3 de dezembro

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 4, 5 e 6, de 2014

Siglase

Abreviaturas

Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Coletivo de TrabalhoACT - Acordo Coletivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas

Atividades turísticas- Acordo de empresa entre a Sociedade Pauta

de Flores, Lda e o SITESE - Sindicato dos Trabalha-dores e Técnicos de Serviços

(Bol. do TE, nº 4, de 29.1.2014)Bombeiros profissionais

- Acordo de empresa entre a Associação Humanitária de Bombeiros de Aljustrel e o SNBP - Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 4, de 29.1.2014)Bombeiros Voluntários

- Acordo de empresa entre a Associação Hu-manitária de Bombeiros Voluntários da Amadora e o SNBP - Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais – Alteração

(Bol. do TE, nº 6, de 15.2.2014)- Acordo de empresa entre a Associação

Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova e o SNBP - Sindicato Nacional

dos Bombeiros Profissionais - Alteração salarial e outras/texto consolidado

(Bol. do TE, nº 6, de 15.2.2014)Farmácias

- Contrato coletivo entre a ANF - Associação Nacional das Farmácias e o SNF - Sindicato Nacio-nal dos Farmacêuticos – Alteração

(Bol. do TE, nº 4, de 29.1.2014)Futebol Profissional

- Acordo de empresa entre o Futebol Clube do Porto e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e

outros - Alteração salarial e outras(Bol. do TE, nº 6, de 15.2.2014)

Petróleos- Acordo de empresa entre a Repsol Políme-

ros, SA e a COFESINT - Confederação de Sindica-tos da Indústria, Energia e Transportes - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 6, de 15.2.2014)Vidro

- Acordo coletivo entre a NORMAX - Fábrica de Vidro Científico, Lda e outra e a FEVICCOM - Federação Portuguesa dos Sindicatos da Constru-ção, Cerâmica e Vidro - Alteração salarial e outras e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 5, de 8.2.2014)Transportes Marítimos

- Acordo de empresa entre a United Euro-pean Car Carriers Unipessoal, L.da e a FESMAR - Federação de Sindicatos dos Trabalhadores do Mar - Alteração salarial e outras/texto consolidado

(Bol. do TE, nº 5, de 8.2.2014)

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Boletim do Contribuinte 151FEVEREIRO 2014 - Nº 4

Estudos indicam que “Menos de 10% das estratégias efetivamente

” e que “na maioria das falhas - em torno dos 70% - o problema real não é estratégia ruim... É execução ruim”.

O que mudou no Código do Trabalhoem quase 5 anos de vigência?

Inscrições/Informações:Patrícia Flores (Dep. Formação) / Vida Económica - Editorial SA.

Organização:

PORTO 20 e 21 março09.30h às 13.00h / 14.30h às 18.00h

Programa1. A reforma da legislação laboral

3. O novo regime dos contratos de muito curta duração, de comissão de serviço e de trabalho temporário

4. Novas regras para os contratos a termo

5. O novo regime dos feríados

6. O novo regime de férias e o modo de atribuição, contabilização e regime de férias

7. Regime jurídico das faltas e das suas consequências para os trabalhadores

8. Da suspensão do contrato

9. Da cessação do contrato de trabalho

10. O novo regime do trabalhador-estudante

11. Procedimentos e indemnizações devidas pelos despedimentos coletivo, por inadaptação e por extinção do posto de trabalho

12. O novo regime do Fundo de Compensação do Trabalho ou Mecanismo Equivalente

13. A Lei n.º 76/2013, de 7 de Novembro e o novo regime de renovação extraordinária dos contratos de trabalho a termo certo.

Preços:Público em Geral: €220 + IVAAssinantes VE: €140 + IVA

*O preço inclui almoço, coffee-breaks,

Formador: Dra. Filipa Matias Magalhães, assistente convidada no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro.Mestre em ciências jurídico-políticas pela

Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, na qual se encontra presentemente a frequentar o Doutoramento.Paralelamente à docência, exerce advocacia na área do Direito do Trabalho e Direito Administrativo, áreas em que é formadora, tendo, neste domínio, colaborado com várias entidades, públicas e privadas.

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FEVEREIRO 2014 - Nº 4

Boletim do Contribuinte152

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - FEVEREIRO/2014

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de fevereiro de 2014)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.

AçoresDec. Leg. Reg. n.º 3/2014/A, de 14.2 - Cria

o Programa Regional de Apoio às Sociedades Recreativas e Filarmónicas da Região Autónoma dos Açores

Dec. Regul. Regional n.º 4/2014/A, de 14.2 - Executa o orçamento da Região Autónoma dos Açores para 2014Agências de viagens e turismo

DL n.º 26/2014, de 14.2 - Procede à segun-da alteração ao DL n.º 61/2011, de 6 de maio, que regula o acesso e exercício da atividade das agências de viagens e turismo, reduzindo o valor da taxa devida ao Turismo de Portugal, I.P., pela inscrição no registo nacional das agências de viagens e turismoAgricultura e Florestas

Port. n.º 32/2014, de 6.2 - Estabelece os procedimentos aplicáveis à submissão, no pedido único (PU), dos apoios a projetos de florestação de terras agrícolas (FTA), aprovados no âmbito do RURIS, bem como no âmbito das medidas flo-restais na agricultura instituídas pelo Regulamento (CEE) n.º 2080/92, do Conselho, de 30 de junho, e das medidas florestais nas explorações agrícolas do Regulamento (CEE) n.º 2328/91, do Conselho, de 15 de julho, aprovados no continente, e uniformiza os respetivos critérios materiais de elegibilidade com vista à sua decisão e pagamentoArrendamento - Regime de renda apoiada

Res. Assemb. Rep. n.º 10/2014, de 6.2 - Recomenda ao Governo que proceda à revisão do Regime de Renda ApoiadaBolsa nacional de terras

DL n.º 21/2014, de 11.2 - Estabelece as formas e o procedimento de cedência dos prédios do domínio privado do Estado e do património próprio dos institutos públicos através da bolsa nacional de terras para utilização agrícola, florestal ou silvopastoril, criada pela Lei n.º 62/2012, de 10 de dezembroBombeiros voluntários

Port. n.º 32-A/2014, de 7.2 – (3º Supl.) - De-fine o regime aplicável ao serviço operacional das várias carreiras de bombeiro voluntário do quadro ativo e revoga a Port. n.º 571/2008, de 3 de julho

Port. n.º 32-B/2014, de 7.2 – (3º Supl.) - Primeira alteração ao Regulamento Disciplinar dos Bombeiros Voluntários, aprovado pela Port. n.º 703/2008, de 30 de julhoCódigo da Estrada – Infrações - intercâmbio transfronteiriço

Lei n.º 4/2014, de 7.2 - Estabelece os prin-cípios e as regras do intercâmbio transfronteiriço de informações relacionadas com a prática de infrações rodoviárias com utilização de veículo matriculado num Estado membro distinto daquele onde a infração foi cometida, e transpõe a Diretiva n.º 2011/82/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro, que visa facilitar o intercâmbio transfronteiriço de informações sobre infrações às regras de trânsito relacionadas com a segurança rodoviáriaCódigo dos Valores Mobiliários e Mercados Financeiros

Lei n.º 6/2014, de 12.2 - Autoriza o Governo a aprovar o regime que assegura a execução, na ordem jurídica interna, das obrigações decorrentes do Regulamento (UE) n.º 648/2012, do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 4 de julho de 2012, relativo aos derivados do mercado de balcão, às contrapartes centrais e aos repositórios de transações, a estabelecer o respetivo regime sancionatório, bem como a alterar o Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo DL n.º 486/99, de 13 de novembroComércio e industria - Certificados de origem

Port. n.º 26/2014, de 4.2 - Autoriza a Asso-ciação Industrial Portuguesa - Câmara de Comér-cio e Indústria (AIP - CCI) a emitir certificados de origem na área territorialCooperação

Aviso n.º 13/2014, de 3.2 - Torna público que a República Portuguesa depositou, o seu instrumento de ratificação relativo ao Protocolo de Cooperação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa no Domínio da Defesa, assinado na cidade da Praia em 15 de setembro de 2006Defesa do Consumidor – Contratos de venda a distância

DL n.º 24/2014, de 14.2 - Transpõe a Dire-tiva n.º 2011/83/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2011, relativa aos direitos dos consumidoresEleições

Declaração de Retificação n.º 6/2014, de 3.2 - Retifica o mapa oficial dos resultados das elei-ções gerais dos órgãos das autarquias locais de 29 de setembro de 2013 (Mapa Oficial n.º 1-A/2013)Energia elétrica

Port. n.º 27/2014, de 4.2 - Fixa a data para os comercializadores de último recurso continu-arem a fornecer eletricidade a clientes finais com consumos em AT, MT e BTE que não tenham contratado no mercado livre o seu fornecimentoEnsino

Lei n.º 7/2014, de 12.2 - Primeira alteração, por apreciação parlamentar, ao DL n.º 146/2013, de 22 de outubro, que procede à 12.ª alteração do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pelo DL n.º 139-A/90, de 28 de abril, e à primeira alteração ao DL n.º 132/2012, de 27 de junho

Port. n.º 28/2014, de 4.2 - Autoriza o registo dos estatutos do ISLA-Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia

Port. n.º 30/2014, de 5.2 – Identifica as unidades orgânicas de ensino da rede pública do Ministério da Educação e Ciência, constituídas por agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas a funcionar no ano escolar de 2013-2014

Res. Cons. Min. n.º 12/2014, de 12.2 - Adota a Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020Ensino - formação contínua de professores

Lei n.º 5/2014, de 12.2 - Procede à primeira alteração ao DL n.º 260/2009, de 25 de setembro,

simplificando o regime de acesso e exercício da atividade das agências privadas de colocação de candidatos a empregos

DL n.º 22/2014, de 11.2 - Estabelece o regi-me jurídico da formação contínua de professores e define o respetivo sistema de coordenação, administração e apoioFormação profissional

Port. n.º 36/2014, de 14.2 - Define os aspetos relativos às ações de formação contínua do diretor técnico e do técnico de exercício físicoInfrações rodoviárias

Lei n.º 4/2014, de 7.2 - Estabelece os prin-cípios e as regras do intercâmbio transfronteiriço de informações relacionadas com a prática de infrações rodoviárias com utilização de veículo matriculado num Estado membro distinto daquele onde a infração foi cometida, e transpõe a Diretiva n.º 2011/82/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro, que visa facilitar o intercâmbio transfronteiriço de informações sobre infrações às regras de trânsito relacionadas com a segurança rodoviáriaLei Orgânica do XIX Governo Constitucional

DL n.º 20/2014, de 10.2 - Procede à quinta alteração ao DL n.º 86-A/2011, de 12 de julho, que aprova a Lei Orgânica do XIX Governo ConstitucionalMadeira

Declaração de Retificação n.º 9/2014, de 13.2 - Retifica a Res. Assemb. Legisl. da RA da Madeira n.º 25/2013/M, de 17 de dezembro, que aprova o Orçamento da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira para o ano de 2014, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 244, de 17 de dezembro de 2013

Res. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º 5/2014/A, de 13.2 - Encarrega a Comissão Permanente de Economia de definir uma posição sobre o POSEI, perante os Governos Regional e da República, o Parlamento Europeu e as Institui-ções Europeias

Res. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º 6/2014/A, de 13.2 - Recomenda ao Governo da República a abertura de uma delegação da Fun-dação Luso-Americana para o desenvolvimento na Ilha Terceira e o reforço do investimento da fundação na Região Autónoma dos Açores

Dec. Regul. Regional n.º 3/2014/A, de 13.2 - Quarta alteração do Dec. Regul. Regional n.º 30/2002/A, de 22 de novembro, que cria o Conselho Consultivo Regional para os Assuntos da ImigraçãoMedicamentos – Regime geral das compar-ticipações

DL n.º 19/2014, de 5.2 - Procede à quarta alteração ao DL n.º 48-A/2010, de 13 de maio, que aprova o regime geral das comparticipações do Estado no preço dos medicamentos, e à terceira alteração ao DL n.º 112/2011, de 29 de novembro, que aprova o regime da formação do

(Continua na pág. 150)

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IBoletim do Contribuinte

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Nome

Morada

C. Postal

E-mail Nº Contribuinte

r Solicito o envio de exemplar(es) do livro Direito Tributário 2014, na modalidade abaixo indicada.

r Papel €47 €42,30 PVP Especial (Assinantes e funcionários AT)r eBook €33 €29,70 r Papel €42 €37,80r Papel + eBook €55 €49,50 r Papel + eBook €45 €40,50

r Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de € ,

r Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

Autor: Joaquim Fernando RicardoConsultor Fiscal (ex-quadro superior da Administração Tributária)

Páginas: 1552

Preço: €47 €42,30

(recortar ou fotocopiar)

[email protected] • 223 399 400 • http://livraria.vidaeconomica.pt

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 PORTO

Com anotações, remissões, transcrição da anterior redação quando relevante, quadros e tabelas síntese.

OBRA REVISTA E ATUALIZADA EM FEVEREIRO DE 2014

DIREITO TRIBUTÁRIO 2014A OBRA DE REFERÊNCIA MAIS COMPLETA

Disponível a partir de 24.02.2014

Inclui Reforma da Tributação em IRC, para além das alterações efetuadas nos vários códigos �scais e legislação complementar pela Lei do Orçamento do Estado para 2014.

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TODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTARTODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

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Boletim do ContribuinteII

NOVIDADE

Nome

Morada

C. Postal

E-mail Nº Contribuinte

r Solicito o envio de exemplar(es) do livro A Nova Diretiva de Contabilidade, com o PVP unitário de 11,90€.

r Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de € ,

r Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

Autor: Eduardo Sá Silva

Páginas: 144

P.V.P.: € 11,90

(recortar ou fotocopiar)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c

4000-263 PORTO

Esta obra dá um contributo sobre uma realidade que se aproxima (é já em 2016), efetuando uma

comparação entre o que a Diretiva propõe e o que consta do atual normativo português,

nomeadamente, nas NCRF (normas contabilísticas e de relato �nanceiro).

[email protected] • 223 399 400 • http://livraria.vidaeconomica.pt

Estrutura da obra:

• Conceitos introdutórios: apresentação genérica da Diretiva• Princípios gerais do relato financeiro: bases conceptuais da Diretiva • Balanço e Demonstração de Resultados: aspetos basilares destas demonstrações financeiras • Notas: o essencial na divulgação • Outras simplificações: outros aspetos de eliminação da carga administrativa

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IIIBoletim do Contribuinte

VOLUME 1Abordagem Convencional Neste volume são tratados os aspetos básicos da análise de projetos de investimento, nomeadamente, os critérios tradicionais do VAL (Valor Atual Líquido) e TIR (Taxa Interna de Rendibilidade).

VOLUME 2Análise de Risco e IncertezaNeste volume são tratados os aspetos relacionados com a análise do risco, com particular destaque para as opções reais.

Duas obras que vão contribuir para o estudo da ANÁLISE DE INVESTIMENTOS EM ATIVOS REAIS

Autores:

Eduardo Sá SilvaMário Queirós

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Exclusivo paracompras online

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Nome

Morada

C. Postal

E-mail Nº Contribuinte

r Solicito o envio de exemplar(es) do(s) livro(s) abaixo indicad(s)

r Análise de Investimentos em Ativos Reais – Volume 1: Abordagem Convencional - 16€

r Análise de Investimentos em Ativos Reais – Volume 2: Análise de Risco e Incerteza - 16€

r Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de € ,

r Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

Volume 1 - Abordagem ConvencionalPáginas: 288

P.V.P.: €16

Volume 2 - Análise de Risco e IncertezaPáginas: 304

P.V.P.: €16

(recortar ou fotocopiar)

[email protected] • 223 399 400 • http://livraria.vidaeconomica.pt

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c4000-263 PORTO

Novo Código de Processo CivilA Ação Executiva no Novo Código de Processo Civil

Nome

Morada

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r Solicito o envio de exemplar(es) de: r MELHOR OPÇÃO: Pack Ação Executiva + Código de Processo Civil (€32) r A Ação Executivano Novo Código de Processo Civil (18€) r Novo Código de Processo Civil (€22)

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R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c4000-263 PORTO

A AÇÃO EXECUTIVA NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVILAutores: Lurdes Mesquita e Francisco Costeira da RochaPáginas: 400 P.V.P.: €18

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (2ª EDIÇÃO)Autores: Ana Rebelo Sousa, Márcia Passos e Miguel MirandaPáginas: 928 P.V.P.: €22

A AÇÃO EXECUTIVA NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVILUm instrumento de trabalho sobre o atual regime da ação executiva após as alterações introduzidas pelo novo Código de Processo Civil.

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVILPrático e essencial um guia de trabalho, onde a cor-respondência entre os artigos antigos e novos é con-creta e clara, permitindo a todos estabelecer ligações sistemáticas e de conteúdos, alertando ainda para o que é totalmente NOVO.

Page 48: Inconstitucionalidade justifi Despedimento por extinção de ... · las de retenção mensal de IRS para os titulares de rendimentos do trabalho dependente e de pensões com residência

Boletim do ContribuinteIV

Estudos indicam que “Menos de 10% das estratégias efetivamente formuladas são eficientemente executadas” e que “na maioria das falhas - em torno dos 70% - o problema real não é estratégia ruim... É execução ruim”.

O Novo Regime jurídico dos Trabalhadoresem Funções Públicas após o OE para 2014

No espaço de um ano, o Regime Jurídico da Função Pública, composto por diversos diplomas, foi alterado pelas Leis nº 66/2012, de 31 de dezembro, e nº 66-B/2012, de 31 de dezembro, pelo Decreto-Lei nº 47/2013, de 5 de abril e, mais recentemente, pelas Leis nº 68/2013, de 29 de agosto, e nº 83-C/2013, de 31 de dezembro, que aprovou o Orçamento de Estado para 2014.

Objetivos gerais do cursoProceder a uma análise das alterações introduzidas no último ano ao regime jurídico da Função Pública e compreender o seu alcance prático, expurgando eventuais inconstitucionalidades e compreendendo a importância prática da aplicação das novas regras do estatuto jurídico dos trabalhadores em funções públicas.

Preços:Público em Geral: €220 + IVAAssinantes VE: €140 + IVA

*O preço inclui almoço, coffee-breaks, documentação e Certificado de Presença

PORTO 6 e 7 março09.30h às 13.00h / 14.30h às 18.00h

Conteúdos programáticos1. Princípios orientadores dos diplomas que compõem o novo

Regime de Gestão de Recursos Humanos na Função Pública

2. A revisão do Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas

3. A avaliação de desempenho na função pública (SIADAP)

4. O novo regime de vinculação na Função Pública

5. O novo Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores em Funções Públicas

6. Lei n.º 80/2013, de 28 de Novembro, que aprovou o Regime Jurídico da Requalificação de Trabalhadores em Funções Públicas

7. Alterações do OE para 2014 ao regime jurídico da Função Pública

Formador: Dra. Filipa Matias Magalhães, assistente convidada no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro.Mestre em ciências jurídico-políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, na qual se encontra presentemente a frequentar o Doutoramento.Paralelamente à docência, exerce advocacia na área do Direito do Trabalho e Direito Administrativo, áreas em que é formadora, tendo, neste domínio, colaborado com várias entidades, públicas e privadas.

Patrícia Flores (Dep. Formação) / Vida Económica - Editorial SA.Tlf: 223 399 437/00 / Fax: 222 058 098Email: [email protected]