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Incorporação das Cartas Geotécnicasde Aptidão à Urbanização no
Plano Diretor Participativo de São José/SC
17 de agosto de 2016
Auditório da Associação dos Municípios
Contexto da elaboração das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização para o Município de São José/SC.
• A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) - Lei Federal nº12.608/2012 possui entre seus princípios, as ações de mapeamento e prevenção a desastres, bem como a integração com as demais políticas setoriais, como o ordenamento territorial;
• As Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização foram elaboradas com a finalidade de delimitar as áreas de expansão da ocupação urbana dos municípios, a partir da classificação quanto a aptidão à urbanização frente aos desastres naturais;
• Elaboração da Carta para a área piloto da bacia do Rio Forquilhas em São José/SC;
• Oportunidade de mapeamento para o Município em tempo hábil para incorporação no processo de elaboração do Plano Diretor Participativo;
• Interação entre as equipes técnicas e aperfeiçoamento das diretrizes da legenda da Carta, no sentido de tornar mais operacional a atuação dos técnicos que deverão lidar com este novo produto nos licenciamentos.
Contexto da elaboração das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização para o Município de São José/SC.
Considerando-se especialmente as seguintes Leis:
Na Constituição Federal, de 1988,
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial,
mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do
solo urbano;
Contexto da elaboração das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização para o Município de São José/SC.
Na Lei nº 12.608/2012 (Política Nacional de Proteção e Defesa Civil),
Art. 8º Compete aos Municípios:
III - incorporar as ações de proteção e defesa civil no planejamento municipal;
IV - identificar e mapear as áreas de risco de desastres;V - promover a fiscalização das áreas de risco de desastre e
vedar novas ocupações nessas áreas;VII - vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando
for o caso, a intervenção preventiva e a evacuação da população das áreas de alto risco ou das edificações vulneráveis;
Contexto da elaboração das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização para o Município de São José/SC.
Por fim, na Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade),
Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
VI - ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
h) a exposição da população a riscos de desastres.
Contexto da elaboração das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização para o Município de São José/SC.
Possibilitar a integração da PNPDEC com as políticas relacionadas ao uso, ocupação e parcelamento do solo e com as demais políticas do Município.
Dentre seus objetivos, além da própria aplicação da Política Nacional, destaca-se:
• instituir o Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil, incorporando as ações de proteção e defesa civil no planejamento municipal;
• mapear e atualizar periodicamente o levantamento das áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos, inundações ou processos correlatos, criando um sistema de fiscalização e controle destas áreas;
• planejar e implementar medidas necessárias à prevenção e à mitigação de impactos e desastres.
Integração de conteúdo da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil ao Plano Diretor.
• Previsão da elaboração do Plano de Implantação de Obras e Serviços para a Redução de Riscos de Desastres;
• Mapa 07 anexo à proposta preliminar do Plano Diretor, foram delimitadas as áreas de risco junto às Áreas de Especial Interesse Social, como instrumento de análise nos processos de regularização e prevenção de desastres.
Integração de conteúdo da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil ao Plano Diretor.
• A Carta Geotécnica do Município foi base fundamental para a definição do Zoneamento do Plano Diretor Participativo de São José/SC.
• No início do processo participativo, frequentemente foi relatado o problema da escassez de áreas para expansão urbana do Município: desde áreas para ocupação residencial até para uso industrial.
Utilização das informações das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização no processo de planejamento do território.
• qual a demanda populacional prevista para os próximos anos?
• qual a demanda para criação de novos postos de trabalho?
• qual a demanda para criação de equipamentos e serviços urbanos?
• qual a área disponível e apta no território de São José para acomodar todas essas demandas ao longo do tempo?
Utilização das informações das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização no processo de planejamento do território.
São José, 1980-2100: população ajustada e projetada (pontos pretos)
segundo duas hipóteses de saldos migratórios
50.000
75.000
100.000
125.000
150.000
175.000
200.000
225.000
250.000
275.000
300.000
325.000
350.000
375.000
400.000
1980
1990
2000
2010
2020
2030
2040
2050
2060
2070
2080
2090
2100
Po
pu
laç
ão
Ano
Hip. com s. migr. inercial
Hip. com s. migr. elevado
58%
37%
5%
13%
58%
29%
Importância da criação de novas oportunidades de emprego para a promoção do desenvolvimento do Município:
• na estruturação das centralidades urbanas, a mistura de usos e a proximidade entre as habitações e atividades econômicas favorecem a vitalidade e reduzem os deslocamentos;
• a instalação de novos empreendimentos possibilita a geração de renda aos empreendedores e o incremento da receita municipal;
Em escala metropolitana, os estudos do PLAMUS evidenciaram a grande dependência dos municípios com relação à capital, indicando como diretriz o incentivo a criação de oportunidades de emprego em São José, devido a sua localização estratégica.
Utilização das informações das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização no processo de planejamento do território.
Quanta área apta há disponível para ocupação?
Quais são as áreas com restrição ambiental?
Como as Cartas Geotécnicas orientaram o Zoneamento?
Como ficaram distribuídas as densidades populacionais?
Previsão da aplicação da Carta Geotécnica nos processos de licenciamento:
• critérios complementares, em determinadas áreas, para o licenciamento e fiscalização do parcelamento, uso e ocupação do solo.
Aplicação das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização no Plano Diretor Participativo de São José/SC.
A incorporação da Carta Geotécnica como instrumento e anexo no Plano Diretor:
• desencadeia o planejamento e a implementação, de forma integrada, de ações, planos, programas e projetos no território do Município, como a expansão de infraestruturas;
• permite a aplicação de forma integrada dos demais instrumentos relacionados com a política urbana do Município, especialmente em processos de regularização.
Aplicação das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização no Plano Diretor Participativo de São José/SC.
• Diante desta experiência de incorporação da Carta Geotécnica no Plano Diretor, abre-se a possibilidade de discussão e aprimoramento para outras experiências;
• Em Santa Catarina, disponibilidade da base cartográfica do Governo do Estado;
• Na Região Metropolitana da Grande Florianópolis, obrigatoriedade da elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado – PDUI com o mapeamento das áreas de suscetíveis e de risco.
Oportunidades e desafios para os municípios planejarem seus territórios frente aos desastres naturais.