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INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA e a REVOLUÇÃO FRANCESA Prof. Carlos Eduardo Viana Kortz IIES – 2º Semestre - 2012

Independência EUA e a Revolução Francesa

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Processo de Independência dos EUA

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INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA e aREVOLUÇÃO FRANCESA

Prof. Carlos Eduardo Viana Kortz

IIES – 2º Semestre - 2012

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Antes da Independência, os EUA eraformado por treze colônias controladaspela metrópole: a Inglaterra.

Dentro do contexto histórico do séculoXVIII, os ingleses usavam estas colôniaspara obter lucros e recursos minerais epara obter lucros e recursos minerais evegetais não disponíveis na Europa.

Era também muito grande a exploraçãometropolitana, com relaçãoaos impostos e taxas cobrados doscolonos norte-americanos.

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Ingleses na América do Norte

Em função do clima, os dois modelos decolonização foram aplicados pelos inglesesna costa leste da América do Norte.

Ao sul, surgiram colônias de exploração,muito semelhantes ao Nordeste açucareiroaqui no Brasil. Ao norte, estabeleceramprósperas colônias de povoamento.

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Características das Treze Colônias

Colônia de exploração- latifúndios;- agroexportação;- mão-de-obra escrava;

Colônia de povoamento- pequenas propriedades;

- agricultura- mão-de-obra escrava;- gêneros

tropicais exóticos.

- agricultura

de subsistência;

- mão-de-obra livre(predominantemente);

- gêneros similares aoseuropeus.

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Desenvolvimento econômico

As colônias do norte, sobretudo, por serempouco interessantes economicamente,desenvolveram um importante mercado interno.

Rapidamente, esse mercado expandiu-separa o exterior, em direção ao Caribe e à África(comércio triangular).

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Divulgação das idéias iluministas

Muitos colonos norte-americanosinteressaram-se rapidamente pelas ideias doIluminismo europeu.

Homens como Thomas Paine, ThomasJefferson e Benjamin Franklin tornaram-seexpoentes do pensamento racional ecientífico na América do Norte.

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Guerra dos Sete Anos (1756-63)

França e Inglaterra disputaram a possedo Canadá e de outros territórios coloniais(na África e na Índia). Desse confronto,participaram os colonos norte-americanos, aolado dos ingleses.lado dos ingleses.

Apesar de vitoriosa, a Inglaterra passoupor sérias dificuldades financeiras, e resolveucobrar alguns impostos aos colonos,iniciando uma revolta generalizada.

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As “leis intoleráveis”

� Lei do Açúcar (1764): taxas sobre osderivados da cana-de-açúcar (açúcar,melaço, rum);

� Lei do Selo (1765): taxa sobre todos os� Lei do Selo (1765): taxa sobre todos osimpressos (jornais, Bíblias, baralhos,documentos em geral);

� Lei do Chá (1773): taxa sobre um produtoimportado (da Índia) e muito consumido.

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As “leis intoleráveis”

Após manifestações dos colonos (como aBoston Tea Party), o governo da Inglaterrafechou o porto de Boston e ocupou militarmentea região, exigindo indenizações da colônia.

Diante dessas medidas, e das ideiasiluministas que circulavam na região, osrepresentantes das colônias reuniram-se nacidade de Filadélfia, em congressos“continentais”.

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A declaração de independência

� Primeiro Congresso Continental da Filadélfia (1774):repúdio às “leis intoleráveis”; pleiteavam o fim dasmedidas restritivas impostas pela metrópole e maiorparticipação na vida política da colônia;

� Rei inglês George III não aceitou as propostas doCongresso, editando a Lei do Aquartelamento

� Segundo Congresso Continental da Filadélfia(1776): assinatura da Declaração deIndependência dos Estados Unidos da América ,em 4 de julho, escrita por Thomas Jefferson.

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Guerra de independência� A guerra entre EUA e Inglaterra ocorreu entre

1776 e 1781;

� O comandante das tropas norte-americanasfoi o fazendeiro George Washington;foi o fazendeiro George Washington;

� Com o apoio militar da França e da Espanha,os norte-americanos conseguiram,finalmente, a sua independência.

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A primeira Constituição iluminista

Em 1787, os representantes das colôniasinglesas independentes aprovaram aConstituição norte-americana, válida até hoje.

Essa constituição defende:

1. governo republicano;2. divisão do Estado em três poderes

(Legislativo,Executivo e Judiciário);3. eleição dos governantes pelo povo.

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Consequências

O primeiro país a adotar as ideiasiluministas, no entanto, não libertou os seusescravos e nem se importou com os povosindígenas da região.indígenas da região.

Apesar disso, os EUA tornaram-semodelo de aplicação daquelas idéias, porserem considerados a primeira democraciamoderna .

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REVOLUÇÃO FRANCESA

� Pode se dizer que a RevoluçãoFrancesa teve relevante papel nas bases dasociedade de uma época, além de ter sido ummarco divisório da história dando início àidade contemporânea.

� Esse movimento teve a participação de váriosgrupos sociais: pobres, desempregados,pequenos comerciantes, camponeses (estes,tinham que pagar tributos à nobreza eao clero).

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� Em 1789, a população da França era a maior do mundo, e era dividida em três estados: clero (1º estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado).

� Clero� - Alto clero (bispos e abades)� - Baixo clero (sacerdotes pobres)

� Nobreza� Nobreza� - Nobreza cortesã (moradores do Palácio de

Versalhes)� - Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no

interior)� - Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam

títulos de nobreza e cargos políticos e administrativos)

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� Povo

- Camponeses

- Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários ecomerciantes)

- Média burguesia (profissionais liberais)

- Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)

-Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados,desempregados). Tinham este nome porque não usavamdesempregados). Tinham este nome porque não usavamos calções curtos com meias típicos da nobreza.

� O clero e a nobreza tinham vários privilégios: nãopagavam impostos, recebiam pensões do estado epodiam exercer cargos públicos.

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� O povo tinha que arcar com todas as despesasdo 1º e 2º estado. Com o passar do tempo einfluenciados pelos ideais do Iluminismo , o 3ºestado começou a se revoltar e a lutar pelaigualdade de todos perante a lei.

� Pretendiam combater, dentre outras coisas,o absolutismo monárquico e os privilégios danobreza e do clero.nobreza e do clero.

� A economia francesa passava por uma crise,mais da metade da população trabalhava nocampo, porém, vários fatores ( clima, secas einundações), pioravam ainda mais a situação daagricultura fazendo com que os preços subissem,e nas cidades e no campo, a população sofriacom a fome e a miséria.

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� Além da agricultura, a indústria têxtil tambémpassava por dificuldades por causa da concorrênciacom os tecidos ingleses que chegavam do mercadointerno francês. Como consequência, váriostrabalhadores ficaram desempregados e a sociedadeteve o seu número de famintos e marginalizadoselevados.

� Toda esta situação fazia com que a burguesia (ligadaà manufatura e ao comércio) ficasse cada vez maisà manufatura e ao comércio) ficasse cada vez maisinfeliz. A fim de contornar a crise, o Rei Luís XVIresolveu cobrar tributos ao povo (3º estado), em vezde fazer cobranças ao clero e a nobreza.

� Sentindo que seus privilégios estavam ameaçados, o1º e 2º estado se revoltaram e pressionaram o reipara convocar a Assembléia dos EstadosGerais que ajudaria a obrigar o povo a assumir ostributos.

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� Essa atitude prejudicou a nobreza que não tinhaconsciência do poder do povo e também porqueas eleições para escolha dos deputadosocorreram em um momento favorável aosobjetivos do 3º estado, já que este vivia namiséria e o momento atual do país era de criseeconômica, fome e desemprego.

� Em maio de 1789, após a reuniãoda Assembléia no palácio de Versalhes , surgiuo conflito entre os privilegiados (clero e nobreza)e o povo.

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� A nobreza e o clero, perceberam que o povo tinhamais deputados que os dois primeiros estadosjuntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer ovoto por ordem social. O povo (que levavavantagem) queria que o voto fosse individual.

� Para que isso acontecesse, seria necessário umaalteração na constituição, mas a nobreza e o cleronão concordavam com tal atitude. Esse impasse feznão concordavam com tal atitude. Esse impasse fezcom que o 3º estado se revoltasse e saísse dosEstados Gerais.

� Fora dos Estados Gerais, eles se reuniram eformaram a Assembleia Nacional Constituinte.

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� O rei Luís XVI tentou reagir, mas o povopermanecia unido, tomando conta das ruas. Oslogan dos revolucionários era “Liberdade,Igualdade e Fraternidade” .

� Em 14 de julho de 1789 os parisienses invadirame tomaram a Bastilha (prisão) que representavao poder absoluto do rei, já que era lá que ficavamos inimigos políticos dele. Esse episódio ficouos inimigos políticos dele. Esse episódio ficouconhecido como “A queda da Bastilha”.

� O rei já não tinha mais como controlar a fúriapopular e tomou algumas precauções paraacalmar o povo que invadia, matava e tomava osbens da nobreza: o regime feudal sobre oscamponeses foi abolido e os privilégios tributáriosdo clero e da nobreza acabaram.

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Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

� No dia 26 de agosto de 1789 a AssembléiaNacional Constituinte proclamou a Declaraçãodos Direitos do Homem e do Cidadão , cujosprincipais pontos eram:

� - O respeito pela dignidade das pessoas- Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei- Direito à propriedade individual

- Direito de resistência à opressão política- Liberdade de pensamento e opinião

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� Em 1790, a Assembléia Constituinte reduziu opoder do clero confiscando diversas terras daIgreja e pôs o clero sob a autoridade do Estado.Essa medida foi feita através de um documentochamado “Constituição Civil do Clero ”. Porém,o Papa não aceitou essa determinação.

� Sobraram duas alternativas aos sacerdotes fiéis ao rei.ao rei.

� 1ª) Sair da França2º) Lutar contra a revolução

� Muitos concordaram com essa lei para poderpermanecer no país, mas os insatisfeitos fugiramda França e no exterior decidiram se unir eformar um exército para reagir à revolução.

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� Em 1791, foi concluída a constituição feita pelos membros da Assembleia Constituinte.

� Principais tópicos dessa constituição� - Igualdade jurídica entre os indivíduos� - Fim dos privilégios do clero e nobreza� - Liberdade de produção e de comércio (sem a � - Liberdade de produção e de comércio (sem a

interferência do estado)� - Proibição de greves� - Liberdade de crença� - Separação do estado da Igreja� - Nacionalização dos bens do clero� - Três poderes criados (Legislativo, Executivo e

Judiciário)

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� O rei Luís XVI não aceitou a perda do poder e passoua conspirar contra a revolução, para isso contatavanobres emigrados e monarcas da Áustriae Prússia (que também se sentiam ameaçados). Oobjetivo dos contrarrevolucionários era organizar umexército que invadisse a França e restabelecesse amonarquia absoluta.

� Em 1791, Luís XVI quis se unir aoscontrarrevolucionários e fugiu da França, mas foicontrarrevolucionários e fugiu da França, mas foireconhecido, capturado, preso e mantido sobvigilância.

� Em 1792, o exército austro-prussiano invadiu aFrança, mas foi derrotado pelas tropas francesas naBatalha de Valmy. Essa vitória deu nova força aosrevolucionários franceses e tal fato levou os líderesda burguesia decidir proclamar a República (22 desetembro de 1792).

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� Com a proclamação, a Assembléia Constituintefoi substituída pela Convenção Nacional quetinha como uma das missões elaborar uma novaconstituição para a França.

� Nessa época, as forças políticas que mais sedestacavam eram as seguintes:

� - Girondinos : alta burguesia- Jacobinos : burguesia (pequena e média) e o� - Jacobinos : burguesia (pequena e média) e oproletariado de Paris. Eram radicais e defendiamos interesses do povo. Liderados porRobespierre e Saint-Just, pregavam acondenação à morte do rei.

� - Grupo da Planície : Apoiavam sempre quemestava no poder.

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� Mesmo com o apoio dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro de 1793. A morte do rei trouxe uma série de problemas como revoltas internas e uma reorganização das forças absolutistas estrangeiras.

� Foram criados o Comitê de SalvaçãoPública e o TribunalPública e o TribunalRevolucionário (responsável pela morte naguilhotina de muitas pessoas que eramconsideradas traidoras da causarevolucionária).

� Esse período ficou conhecido como “Terror”,ou “Grande Medo“, pois os não-jacobinostinham medo de perder suas cabeças.

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� Começa uma ditadura jacobina, liderada porRobespierre. Durante seu governo, ele procuravaequilibrar-se entre várias tendências políticas,umas mais identificadas com a alta burguesia eoutras mais próximas das aspirações dascamadas populares.

� Durante o governo dele vigorou a nova� Durante o governo dele vigorou a novaConstituição da República (1793) queassegurava ao povo:

� - Direito ao voto� - Direito de rebelião� - Direito ao trabalho e a subsistência� - Continha uma declaração de que o objetivo do

governo era o bem comum e a felicidade detodos.

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� Quando as tensões decorrentes da ameaçaestrangeira diminuíram, os girondinos e ogrupo da planície uniram-se contraRobespierre que sem o apoio popular foipreso e guilhotinado em 1794.

Após a sua morte, a Convenção Nacional foi� Após a sua morte, a Convenção Nacional foicontrolada por políticos que representavamos interesses da alta burguesia. Com novaorientação política, essa convenção decidiuelaborar outra constituição para a França.

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� A nova constituição estabelecia a continuidade do regimerepublicano que seria controlado pelo Diretório (1795 – 1799).Neste período houve várias tentativas para controlar odescontentamento popular e afirmar o controle político daburguesia sobre o país.

� Durante este período, a França voltou a receber ameaças dasnações absolutistas vizinhas agravando a situação.

� Nessa época, Napoleão Bonaparte ganhou prestígio comomilitar e com o apoio da burguesia e do exército, provocou ummilitar e com o apoio da burguesia e do exército, provocou umgolpe.

� Em 10/11/1799, Napoleão dissolveu o diretório e estabeleceuum novo governo chamado Consulado. Esse episódio ficouconhecido como 18 Brumário.

� Com isso ele consolidava as conquistas da burguesia dandoum fim para a revolução.

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Fontes:

� http://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos

� http://www.academia.edu/720564/As_Transformacoes_do_Poder_Politico_na_Revolucao_Francesa

� DAVID, René. Os grandes sistemas do direito contemporâneo . 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, contemporâneo . 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

� LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos . 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

� NASCIMENTO, Walter Vieira do. Lições de história do direito . Rio de Janeiro: Forense, 1998.