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INDICADORES DE SAÚDE
Enf Fernanda Rodrigues
Objetivos
Conhecer os indicadores de saúde mais utilizados em estudos epidemiológicos;
Interpretar os principais indicadores.
Estudos Epidemiológicos
Estudo da frequência e distribuição das doenças na população com a identificação de seus fatores determinantes.
Avaliação do impacto da atenção a saúde sobre as doenças.
Sistemas de Informação
Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) Sistema de Informações de Nascidos Vivos
(SINASC) Sistema de Informações de Agravos de
Notificação (SINAN) Sistema de Informação Hospitalar (SIH-SUS) Sistema de Informação Ambulatorial (SIA-SUS) Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB)
Conceito de Indicadores de Saúde
Medidas (coeficientes, índices) que
procuram demonstrar o efeito de determinantes de natureza variada (sociais, econômicos, ambientais, biológicos) sobre o estado de saúde de uma determinada população (Medronho, 2005).
Principais usos dos indicadores
Analisar a situação atual de saúde e de vida de uma população;
Fazer comparações (populações, tempo, espaço) e planejar intervenções;
Investigação epidemiológica; Avaliar mudanças ao longo do tempo.
Unidades de medidas
Valores absolutos ...O Ministério da Saúde acompanha 37 casos suspeitos de Influenza A
(H1N1) no país...Os casos suspeitos estão nos estados de São Paulo (14), Minas Gerais (7), Distrito Federal (4), Pernambuco (3), Rio de Janeiro (3), Alagoas (2), Ceará (1), Pará (1), Rio Grande do Sul (1) e Rondônia (1). (Fonte: MS)
Valores relativos Coeficiente: relações entre o número de eventos reais e os que
poderiam ocorrer, o quociente é multiplicado por 1000, 100.000 ou 10n
Índice: frequências atribuídas da mesma unidade, subconjunto, o quociente é multiplicado por 100 e expresso e %.
Risco
Frequência
Principais indicadores de saúde
Mortalidade – risco de morrer, indica gravidade.
Morbidade – risco de adoecer.
Indicadores de Mortalidade
1. Coeficiente de Mortalidade Geral Nº de óbitos em período definido X
1.000Nº total da população mesmo período
Mede o risco de morte por todas as causas em uma população de um dado local e período.
Avaliação do estado sanitário de determinadas áreas.
Avaliação do estado geral de saúde.
Cobertura do sistema de Informações sobre Mortalidade. Brasil e Regiões - 1991 a 2004
Fonte: MS, Brasil
Indicadores de Mortalidade
2. Coeficiente de mortalidade infantil
Nº de óbitos em crianças < de 1 ano X 1.000
Nº de nascidos vivos
Mede o risco de morte para crianças menores de um ano de um dado local e período.
Erros por sub-registro de nascimento e óbito principalmente no interior da região nordeste.
• É considerado um indicador sensível das condições de vida e saúde de uma comunidade. Seu aumento está relacionado á características sócio-esconômicas.
Taxa de mortalidade infantil do Brasil segundo regiões e comparação com alguns países em 2003
Brasil - 23,6Norte - 26,2Nordeste - 35,5Sudeste - 15,6Sul - 15,8Centro-Oeste - 18,7Fonte: Secretaria de Vigilância em Sáude - MS
Argentina - 16,5Chile - 7,8Cuba - 5,8México - 19,7Peru - 33,4Fonte: OPAS, 2006
Indicadores de Mortalidade
3. Coeficiente de Mortalidade Neonatal Nº de óbitos em crianças menores de 28 dias X
1.000
Nº total de nascidos vivos
Mede o risco de morte para crianças menores de 28 dias.
Pode indicar falha ou ausência do pré-natal, precárias condições sanitárias e/ou sócio-econômicas
Coeficientes de Mortalidade4. Coeficiente de Mortalidade Materna
Nº de óbitos maternos ligados a gestação, parto e puerpério que ocorram
até 42 dias após o parto X 100.000
Nº total de nascidos vivos
Representa o risco de óbitos por causas ligadas à gestação, ao parto ou ao puerpério.
Indica a qualidade de assistência à gestação, ao parto e ao puerpério em uma comunidade.
Indicadores de Mortalidade
5. Coeficiente de Mortalidade por causas
Nº óbitos por causa determinada X 100.000
Nº total da população exposta
Representa o risco de óbito por determinada patologia ou evento.
Indica eficiência ou não dos serviços de prestação e controle de saúde.
Mortalidade por causas externas, segundo sexo e tipo de causa. Estado de São Paulo, 2005.
Causa Coef. Coef. Coef.
Acidentes de transporte 29,3 6,6 17,7
Quedas 6,0 1,9 3,9
Afogamento e submersões acidentais 4,5 0,5 2,5
Queimaduras 0,5 0,3 0,4
Envenenamentos 0,0 0,0 0,0
Suicídios 6,7 1,7 4,1
Homicídios 41,8 3,9 22,5
Eventos (fatos) cuja intenção é indeterminada 18,0 6,1 11,9
Todas as outras causas externas 8,4 3,2 5,8
Total 115,3 24,2 68,9
Fonte: SIM/SES-SP
Indicadores de Mortalidade
6. Coeficiente de Letalidade Nº óbitos por causa ou evento determinado X
100
Nº total de casos ou eventos
É uma proporção que mede o poder da doença em determinar a morte.
Informa sobre a qualidade da assistência médica prestada ao doente.
Indicadores de Mortalidade
7. Índice de Swaroop e Uemura Nº de óbitos em pessoas com 50 anos ou mais X
100
Nº total de óbitos• Mede a proporção de óbitos de pessoas com 50
anos ou mais em relação ao total de óbitos em um dado local e período.
• Quanto mais elevado este índice, melhores as condições de saúde e sócio-econômicas da região.
• Países desenvolvidos índice de 80 a 90%• Países subdesenvolvidos índice de até 50%
Indicadores de Morbidade
1. Coeficiente de Morbidade Nº de casos de determinada doença X
10n
População definida Seus dados tem por objetivo o controle
de doenças ou agravos. Estudo comparativo demonstra o
comportamento da doença.
Indicadores de Morbidade
2. Coeficiente de Incidência Nº de casos novos de determinada doença ou evento
X 10n
População
É o surgimento de novos casos de determinada doença em intervalo de tempo, dia, semana, mês, ano.
Avalia crescimento ou velocidade de doenças ou eventos.
Alto incidência - alto risco população.
Indicadores de Morbidade
3. Coeficiente de AtaqueNº de casos da doença em local e período
X 100População exposta ao risco
Investigação de surtos de doenças em população específica como creche, escola, casamento, em tempo expresso em dias ou semanas.
Indica gravidade e nível de acometimento do surto.
Indicadores de Morbidade
4. Coeficiente de Prevalência Nº de casos conhecidos + casos novos
X 10n População
É a força com que prevalecem a doenças nas coletividades.
Importante ferramenta de planejamento do gestor de saúde.
Prevalência
Casos que imigram + casos novos
Cura Óbito Emigração
Fonte: Adaptado de Rouquayrol, MZ e Almeida, N. Epidemiologia e Saúde. 6 ed. Rio de Janeiro: 2003. p. 54.
Referências
ROUQUAYROL MZ. ALMEIDA FILHO N. Epidemiologia & Saúde. 6a ed. Rio de Janeiro: Medsi; 2003.
MEDRONHO RA. Epidemiologia. 2 ed. São Paulo: Atheneu; 2005.
BRASIL. Curso Básico de Vigilância Epidemiológica. 1 ed. Brasilia: MS; 2005.