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Indicadores e Segurança Pública: arranjos e modelos institucionais Renato Sérgio de Lima Maio de 2015 Workshop “Estratégias de Monitoramento e Redução de Violência”

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Indicadores e Segurança Pública: arranjos e modelos institucionais

Renato Sérgio de LimaMaio de 2015

Workshop “Estratégias de Monitoramento e Redução de Violência”

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Matrizes Históricas e Construção do Conhecimento;

Expressas em números, assim sendo, valem-se da linguagem que se quer, na tradição científica ocidental, objetiva e universal.

São construções científicas que revelam realidades previamente idealizadas; vê-se o que se pode ver, e não o que se quer ver;

Tornam mundo distantes conhecidos e, portanto, pensáveis e governáveis (tecnologia

de governo)

Trazem à tona (em tabelas, gráficos e mapas) uma população, em si, e em suas relações,

existentes num território.

S ig n if icad o s e C o n ce itos C o n teú d o s e C o nh e c im e n tos

E s ta tís t ic as C rim in a is

Políticas de Segurança Pública, Crime e Violência no Brasil

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Século XVIIIReincidentes oficiais (sete mortes)Quem conta?

Século XIXLei 2033/1871 (Justiça)Decreto 7001/1878 (83 páginas)Decreto 4676/1871 (Governo)

1907linguagem jurídica e as gatunagens

Bifurcação e Esforços de Coordenação

1936

Resolução 7 da Assembléia Geral do CNE definia que caberia ao Setor de Diretoria de Estatística Geral do Ministério da Justiça gerir as estatísticas dos chamados “Crimes eContravenções”

As estatísticas criminais no Brasil – linha do tempo

Era Vargas

Ficha francesa (1909) e Boletim Individual

Sistema de Justiça Criminal

Gabinetes de Identificação

Centralização política

Século XX

Código de Processo Penal (art 809), 1941

Segredos e competências

Estatística na história e no ciclo do conhecimento

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Até 1964Produção Sistemática e bifurcada

Pós 1964Campanhas IBGEDescentralização das estatísticas e centralização das fontesNão inclusão no PGEN/IBGE

1988Pesquisas de vitimização e IBGE

Orçamentos públicos

Crimes Invisíveis (violência contra a mulher, etc)

1995

Estatísticas trimestrais em São Paulo(Lei 9155/95)

O tempo da demanda

As estatísticas criminais no Brasil – linha do tempo (cont)

Anos 2000

Sistemas de Informações Estatísticas

PNSP 1 e 2

Padronização

Tecnologia

Pesquisas de Vitimização

Anuário FBSP

Anos 2010

SINESP

Câmara Técnica SP

Uma conclusão possível...

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... Simulacro funcionalTransparência formal = opacidade

organizacional e política, com foco na tecnologia e não na pactuação

metodológica e conceitual.

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e faz com que seja deslocado o lugar do crime e das instituições, definindo os seus papéis

sociais...

E, ainda, que alguns Eventos tenham centralidade assumida e mobilizem

Estado, Governo e Sociedade

Nesse movimento, vale analisarmos o exemplo das informações mobilizadas pelo FBSP

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MA7,7

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Síntese do cenário da segurança pública e da produção de indicadores na área.

• Campo em consolidação, com múltiplos atores e imerso em profundas disputas sobre o significado de lei, ordem e segurança pública no Brasil. Em meio a esse processo, sistemas de informação ainda são frágeis e não há mecanismos de transparência consolidados. Há avanços, mas o simulacro funcional destacado no início continua forte na determinação das práticas institucionais e das culturas organizacionais;

• Tema tabu na agenda política brasileira e, muitas vezes, circunscrito apenas às polícias, mas que envolve várias outras instituições e atores e está associado às estratégias de controle do crime colocadas em prática nas últimas décadas.

• Diante desse cenário, a avaliação do FBSP é de que os dilemas dos sistemas de informação sobre segurança pública no Brasil derivam de processos mais amplos e pelos quais o problema da área é eminentemente político; não é um problema básico de gestão e/ou tecnologia. Temos dados, mas ainda há muito o que ser feito para transformá-los em informações e em conhecimento, ou seja, em ações que façam do Brasil um país com mais segurança e menos violência.

• Foco na Transparência e na Prestação de Contas como ferramentas de mudança