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Escola EB 2,3 Inês deCastro T.I.C.
Mariana Monteiro e Beatriz Bogalho 07-06-2011 1
Índice
Introdução ........................................................................................................................ 2
O que é a Telemedicina? .................................................................................................. 3
História da Telemedicina .................................................................................................. 4
Áreas de Interveção .......................................................................................................... 7
Formas de Aplicação ......................................................................................................... 8
Vantagens e Desvantagens ............................................................................................. 10
Equipamentos Utilizados ................................................................................................ 13
Telemedicina em Portugal .............................................................................................. 14
Caso Exemplo.................................................................................................................. 16
Futuro da Telemedicina .................................................................................................. 17
Conclusão........................................................................................................................ 18
Webgrafia ....................................................................................................................... 19
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Introdução
No âmbito da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) foi-
nos solicitada a realização de um trabalho subordinado ao tema Telemedicina.
Quando o professor nos propôs este tema, ambas colocámos perguntas como:
o que é a Telemedicina? Já existe em Portugal? Quais as vantagens e desvantagens da
Telemedicina? Como se aplica a Telemedicina? Será que tem futuro? Decidimos fazer
uma breve pesquisa e chegámos á conclusão que várias definições são propostas para
descrever a Telemedicina, no entanto todas elas se centram na prestação de cuidados
de saúde à distância.
Como toda a gente sabe cada vez mais a tecnologia marca presença e se torna
imprescindível na prática Médica e no desenvolvimento da aplicação dos cuidados de
saúde. A utilização do potencial oferecido pelas actuais tecnologias de
telecomunicação na prestação de cuidados de saúde dá origem a termos como
Telemedicina.
Neste trabalho vamos falar da história da Telemedicina, da definição, das suas
vantagens e desvantagens, dos equipamentos utilizados, das formas de aplicação e
áreas de intervenção, da Telemdecina em Portugal, do futuro desta e, por último,
vamos dar alguns casos exemplos onde esta foi aplicada.
No final do trabalho esperamos ter esclarecidas todas as questões
anteriormente referidas e, também, adquirido alguns conhecimentos.
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O que é a Telemedicina?
Designa-se Telemedicina o conjunto de tecnologias e aplicações que permitem
a realização de acções médicas à distância. Por outras palavras, consiste na
transferência de informações médicas obtidas por diferentes meios (palavra escrita ou
falada, sondas, digitalizadores de imagem, versões electrónicas de instrumentos
correntes), através de diversos meios de comunicação (correio electrónico, telefone
fixo, GSM, videoconferência, cabo, RDIS, satélite, etc.). O seu grau de sofisticação pode
ir da simples utilização de um telefone para a discussão de um caso clínico entre dois
profissionais de saúde até à utilização de poderosos sistemas de videoconferência via
satélite entre prestadores de cuidados de saúde de dois países distantes. Não é uma
modalidade de especialização médica, mas sim um método que consiste no fácil e
rápido atendimento médico nos casos em que a distância entre o profissional e o
paciente é um factor adverso.
A Telemedicina é aplicada mais frequentemente em hospitais e instituições de
saúde e utilizada principalmente para discussões de casos clínicos, auxílio diagnóstico e
assistência a pacientes crónicos, idosos e a utentes de alto risco. Possibilita a troca de
diferentes dados, como informações necessárias para diagnósticos mais precisos, para
a promoção da prevenção e/ou do tratamento ou para a construção de bancos de
dados de referência epidemiológica.
Fig. 1 – Telemedicina
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História da Telemedicina
Ao contrário do que as pessoas pensam, a Telemedicina não é um conceito
recente, nem é fruto da imaginação dos criadores de filmes de ficção científica. É uma
técnica antiga que se tem vindo a desenvolver na forma como é aplicada e na
facilidade de alcance. A aplicação e o alcance da utilização da Telemedicina evoluem, a
par da evolução dos meios tecnológicos de telecomunicação à disposição.
Os cuidados de saúde prestados à distância apareceram no século XIX, numa
época em que o principal meio de comunicação era o correio. Nessa altura os médicos
trocavam informações entre si, e com os seus doentes através de cartas. No século XIX,
a velocidade a que a informação se propagava não era a ideal, visto que era muito
lenta. Existem especialistas que reportam a épocas mais longínquas, considerando que
quando existia um surto de peste numa determinada povoação, os habitantes
avisavam a outra povoação através de fogueiras ou outro tipo de sinais.
Com o revolucionamento dos sistemas de comunicação, primeiro com o
telégrafo e mais tarde com o telemóvel/telefone, surgem, na sociedade, novas e
melhoradas forma de trocar informação. A Telemedicina adaptou-se rapidamente ao
uso destes meios, uma vez que a troca de informações era muito mais eficaz.
Em 1906, surge a primeira experiencia de envio de electrocardiogramas através
da linha telefónica. Wilhelm Einthoven foi o inventor do primeiro aparelho de
electrocardiograma, denominando essa técnica como “Le Telecardiogramme”. Iniciou
experiências de consulta remota através da rede telefónica e descreve como realizar a
transmissão por telefone de electrocardiogramas. Em 1910, surge o primeiro
estetoscópio eléctrico. Este tipo de estetoscópio estava associado à tecnologia rádio.
Isto é, permitia a realização de consultas longínquas com auscultação, a produção de
diagnósticos e a prescrição de medicamentos consoante a doença da pessoa.
Outra tecnologia que fez com que a medicina ultrapassa-se grandes barreiras
foi o rádio. Durante a 1º Guerra Mundial (1916), o rádio foi utilizado para ligar os
médicos da frente de batalha, com os hospitais da retaguarda. Em 1920 efectuaram-se
consultas a marinheiros em alto mar. Vinte e oito anos mais tarde, transmitiu-se pela
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primeira vez imagens de radiologia através do telefone entre West Chester e
Philadelphia. Nos anos 50, radiologistas do Hospital Talon, no Canada criaram a
teleradiologia.
O aparecimento da televisão, veio alargar mais o leque de capacidades da
Telemedicina, possibilitando não só a emissão de sons mas, também, a transmissão de
imagens. Em 1955 foi construído um sistema de circuito fechado de TV para consultas
entre especialistas do Instituto de Psiquiatria do Nebraska e entre os especialistas de
clínica geral de Norfolk State Hospital.
Em 1966/1967 foi criado um sistema de videoconferência entre o aeroporto
internacional de Boston e o Massachusetts General Hospital, para apoio médico aos
viajantes e aos trabalhadores do aeroporto.
Entre 1972 e 1975 com o início das viagens espaciais, são concebidos pela NASA
(National Aeronautics and Space Administration) mecanismos para monitorizar os
sinais vitais dos astronautas. A NASA e a SCI Systems, em 1974, conduziram um estudo
para determinar os requisitos mínimos necessários para realizar telediagnósticos. Essa
experiência foi conduzida com a ajuda de um sistema de simulação. A base deste
estudo foi uma cassete de alta qualidade contendo exames médicos realizados por
uma enfermeira sob a direcção de um médico que a observava num circuito de
televisão fechada. A cassete foi electronicamente degradada para simular sistemas
com pouca qualidade de radiodifusão. Finalmente, a gravação gravada foi mostrada a
um grande número de médicos que tentaram alcançar um diagnóstico correcto e
visualmente reconhecer sinais físicos em cada paciente.
Desde 1977, o Centro de Telemedicina da MUN trabalhou para desenvolver
redes de áudio interactivas para programas educacionais e transmissão de dados
médicos. Este centro foi activo na teleconferência internacional e em 1985 esteve
envolvida no satélite internacional. A MUN foi um exemplo do uso consciencioso e
barato da tecnologia relacionada com a Telemedicina.
A NASA, em 1989, conduziu o primeiro programa internacional de
Telemedicina. No mês de Dezembro de 1988, um grande terramoto atingiu a Republica
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Soviética da Arménia. Os Estados Unidos prestaram auxílio à União Soviética para
consulta médica no local do desastre. Com o apoio e com a supervisão de um grupo de
trabalho especialista em biologia espacial, realizaram consultas de Telemedicina
utilizando o vídeo, a voz e o fac-simile entre o centro médico em Yerevan, Arménia e
quatro centros médicos nos EUA. Este programa demonstrou que consultas médicas
poderiam ser realizadas através de uma rede de satélites, ultrapassado diferenças
políticas, culturais, sociais e económicas.
Na Europa, os primeiros passos da Telemedicina propriamente dita, só
ocorreram nos anos 70. Mas só nos anos 80 é que houve um investimento efectivo na
área por parte da Comunidade Europeia, através de um programa da Comissão
Europeia, conhecido como AIM (Advanced Informatics in Medicine). Entre 1989 e 1990
a fase exploratória do programa foi levada a cabo com 42 projectos, entre eles: ADAM
(Advanced Architecture in Medicine), AEMI (Advanced Environment for Medical Image
Interpretation) e KISS (Knowledge-based Interactive Sygnal Monitoring System.
Actualmente, com as mais recentes tecnologias de comunicação é possível
desenvolver sistemas de Telemedicina com maior qualidade e versatilidade. É de
assinalar, por exemplo, a utilização de sistemas de transmissão de ECG (transmissão de
electrocardiogramas) e vídeo entre as ambulâncias e o hospital, para a prestação de
cuidados em situações de emergência e catástrofes. Há sistemas de teleradiologia e
telecardiologia que permitem a realização de exames em locais remotos do planeta. A
visualização e análise desses exames são feitas por especialistas em centros
referenciados, como os hospitais.
A utilização da internet por milhões de pessoas, tornou-a num meio poderoso
de propagação da informação clínica. Isto torna possível o desenvolvimento de
sistemas de informação e sistemas de educação e sensibilização da comunidade.
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Áreas de Interveção
As áreas de intervenção da Telemedicina são diversas. São exemplos dessas áreas
as seguintes:
Ambientes militares;
Estabelecimentos prisionais;
Áreas remotas, como zonas rurais ou de difícil acesso;
Espaço.
Fig. 2 – Zona Rural
Fig. 3 – Astronauta no Espaço
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Formas de Aplicação
A Telemedicina tem diversas formas de aplicação, sendo classificadas de acordo
com o acto clínico:
Teleconsulta – utilização de um meio interactivo de comunicação em que os
intervenientes (médico/paciente) podem estabelecer um conversa. Pode ser
realizada através de vídeo-conferência, telefone ou sites de conversação.
Teleintervenção – permite a realização de intervenções cirúrgicas à distância.
Nesta forma de aplicação, unem-se as tecnologias relacionadas com a Robótica,
como meio mecânico de levar a cabo as instruções dadas pelo cirurgião.
Telemonitorização – monitoriza os sinais vitais com ou sem alertas remotos.
Alguns sistemas de monitorização permitem ao paciente continuar com a sua
vida quotidiana o mais normal possível, pois são portáteis.
Teleformação – possui sistemas de informação para a sensibilização da
população e da comunidade, tais como a formação clínica de médicos e
enfermeiros. A partilha de informação pode ser através da “colecção” de
informação ou, de um modo mais interactivo, através de vídeo-conferência.
Fig. 4 – Teleconsulta
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Exemplos de aplicação da Telemedicina e a sua área de aplicação
Clínico Educacional Administrativo
Tele-Cardiologia Tele-Educação Registos Inter-Instituições
Tele-Psiquiatria Investigação Registos Electrónicos do
Doente Tele-Dermatologia Educação Médica Continua
Tele-Oncologia Sensibilização da
Comunidade
Tele-Oftalmologia
Tele-Radiologia
Tele-Enfermagem
Tele-Nefrologia
Tele-Patologia
Tele-Emergencia e serviços
de salvamento
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Vantagens e Desvantagens
Vantagens
Para o doente:
Possibilidade de hospitalização domiciliária;
As populações podem fixar-se nos arredores das cidades (periferia);
Maior comodidade;
Permite que os pacientes sejam seleccionados pelo seu banco de dados, a fim
de participarem em ensaios médicos;
O atendimento é de maior qualidade;
Permite apoio médico 24 horas por dia, durante os 7 dias da semana;
Possibilita um diagnóstico e tratamento mais eficaz.
Para o médico:
Inclui melhor educação e actualização de médicos de clínicas gerais das
pequenas cidades, através de vídeo-conferência com especialistas das grandes
cidades;
Há possibilidade, no caso de existir dúvidas no diagnóstico, de pedir uma a 2ª
opinião;
Maior mobilidade, pois pode-se trabalhar a partir de casa;
Permite o aperfeiçoamento de técnicas pouco invasivas;
Possibilidade de vídeo-conferência, de pesquisa conjunta, de obtenção de
segundas opiniões e de pareceres de especialistas para melhor condução do
caso;
Troca de experiências entre profissionais.
Para a instituição:
As urgências não ficam tão congestionadas;
Redução da utilização de recursos materiais e humanos;
Redução de custos nos transportes de doentes.
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Para o paciente e para o médico:
Resolve problemas de distância e de agendamento;
Permite um acesso mais fácil, mais rápido e mais cuidado da informação
médica da história clínica do paciente;
As consultas são mais pequenas;
Rapidez na partilha de informação, tanto dos dados do paciente como dos
exames.
Desvantagens
Sociais:
Preconceitos tecnológicos;
Resistência a mudanças organizacionais e comportamentais relevantes nos
serviços de saúde.
Económicas:
Grande investimento em tecnologia;
Pagamento dos serviços de Telemedicina.
Ético-legais:
Pode tornar a relação médico-doente menos afectiva e tornar-se somente
técnica;
Quanto menos informação obtivermos sobre o estado do doente, maior é a
probabilidade de tirarmos conclusões erradas e, chegar a errar o diagnóstico
clinico do doente;
Falta de responsabilidade por parte da instituição de saúde ou mesmo dos
médicos;
Licenciamento e credenciamento.
Segurança e confiança:
Garantir ao doente privacidade e confidencialidade;
Falta de segurança nos meios de comunicação (internet). É dificil manter um
sistema de informações, cuja qualidade seja de confiança ;
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Garantir a correcta identificação dos médicos e pacientes;
Má-prática médica;
Falta de precisão das suturas realizadas à distância. Apesar de ter sido a mesma
que tivesse sido realizada no local, leva o dobro do tempo para ser realizada.
Um atraso na transmissão da informação pode alterar a precisão da sutura.
As imagens e os dados transmitidos podem alterar-se devido à qualidade do
equipamento e da amostra enviada;
Quanto mais avanlça a tecnologia, os médicos e os técnicos têm de ter mais
qualificações, a fim de evitar erros na transmissão de dados.
Fig. 5 – Maior comodidade no atendimento
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Equipamentos Utilizados
Os primeiros equipamentos utilizados na prática de Telemedicina forma os
rádios (para difusão da informação), os telemóveis e/ou telefones. Posteriormente,
apareceu o Monitor Card Guard, sendo substituído pelo Monitor Wincardio.
O Monitor Card Guard permite fazer electrocardiogramas de doze derivações
(grava simultaneamente as derivações D1, D2, D3, VR, VL, VF, V1 e V2, na segunda fase
grava V3 e V4 e, na terceira fase V5 e V6). A operação do sistema é bastante simples,
sendo constituído por apenas 3 fios e 2 botões. Devido às dificuldades com a utilização
da internet, o Monitor Card Guard era o mais utilizado.
Hoje em dia, o Wincardio é mais utilizado. É um aparelho bastante superior ao
Monitor Card Guard, pois utiliza a internet.
Para além dos equipamentos anteriormente referidos, também são necessários:
Computadores;
Câmaras digitais ou analógicas de alta resolução;
Gravadores de vídeo e som;
Projectores;
Impressoras.
Fig. 6 – Vídeo projector
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Telemedicina em Portugal
A Telemedicina está em Portugal à sensivelmente 17 anos. Nos últimos anos,
no nosso país, tem havido experiências, mas não uma estratégia nacional para a
implantação com sucesso da Telemedicina. Houve por parte do Ministério da Saúde
algumas tentativas preparatórias de orientações gerais nesta área, mas não de uma
forma contínua. Deste modo, o projecto foi avançando com financiamentos diferentes
e com resultados bastante diferentes do esperado.
Medidas postas em prática, em Portugal, para a divulgação da Telemedicina:
1994 – foram apresentados mais de 50 projectos na conferência do AIM –
Advanced Informatics for Medicine que ocorreu em Portugal;
1998 – em Coimbra, iniciou-se a prática de teleconsultas de cardiologia
pediátrica e fetal entre diferentes unidades hospitalares.
1999 – foi criada a comissão de Acompanhamento da Iniciativa Estratégica para
o Desenvolvimento da Telemedicina. Ocorreu a conferência “Fórum
Telemedicina 99”, onde se desenvolveu 16 projectos, apoiados pelo Ministério
da Saúde.
2003 – encontram-se em funcionamento actos médicos de Telemedicina, no
Alentejo.
2004 - arrancou o Projecto TeleMedAlentejo 2004 que permitiu ao Alentejo
apresentar uma cobertura muito significativa de serviços de Telemedicina ao
longo de todo o seu espaço geográfico, entre os distintos hospitais e centros de
saúde.
2006 - na zona Norte de Portugal iniciam-se diversas experiências em relação à
Telemedicina.
2007 - na região do Algarve, após experiências iniciais de Teleconsulta, que se
verificaram não sustentáveis, foram desenvolvidas redes de telediagnóstico
entre Hospitais, Centros de Saúde e Centros da Especialidade, dando resposta,
de forma sustentável, a uma opinião radiológica.
2007 – O INEM desenvolve uma oferta de serviços de emergência pré-
hospitalar e coloca ambulâncias especiais SIV (Suporte Imediato de Vida),
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coordenadas por um centro de interacção central, na ligação com hospitais.
São usados serviços de Telemedicina – voz, dados e imagens. Estes serviços
estão a actuar ao longo de Portugal.
2007 – a linha de saúde 24 está em funcionamento desde Abril de 2007, é uma
linha e contacto 24*7, ou seja, 24 horas por dia * 7 dias da semana.
2008 – o Sistema de Telemedicina de Cardiologia Pediátrica, ligou consultas
desta especialidade (cardiologia) entre hospitais de Portugal Continental e
hospitais estrangeiros, como é o caso do Hospital Maranon, em Madrid.
Fig. 7 – Implantação da Telemedicina em Portugal
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Caso Exemplo
Primeira operação cardíaca por Telemedicina em Angola
Em 2006 realizou-se a primeira cirurgia cardíaca por Telemedicina em Angola. A
operação durou cerca de 20 minutos e foi feita a uma mulher de 53 anos. A senhora
esteve inconsciente durante a duração da cirurgia e ficou de repousos 6 horas no
hospital e mais 12 horas em casa.
A doente foi internada num hospital militar porque apresentava um estado crítico,
pois apresentava dores no peito há três meses. Esta intervenção foi realizada por três
médicos: dois angolanos, nomeadamente Vasco Sabino e Rosa Cunha, e pelo director
dos Serviços de Radiologia do Hospital de Gaia, o cardiologista português Vasco Gama.
Mais recentemente
Um cirurgião italiano, proveniente de Milão, operou um porco localizado na
Califórnia utilizando duas luvas de posicionamento digital “datagloves”. Estas luvas
sentem e transmitem para o computador a posição exacta das mãos do cirurgião e a
movimentação dos dedos. Têm incorporadas um capacete de visão binocular, munido
de duas teclas de computador que transmitem uma visão tridimensional do campo
operatório. Estas “mãos” robóticas são extremamente preciosas e, nesta ocasião
foram utilizadas para segurar nos instrumentos cirúrgicos.
Sistemas deste tipo foram desenvolvidos pela NASA, a agência espacial norte
americana, com a finalidade de prestar cuidados médicos aos astronautas que vão à
Lua e a Marte.
Fig. 8 - Datagloves
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Futuro da Telemedicina
Os peritos mundiais de saúde reuniram-se no dia 10 de Março em Washington
DC numa conferência organizada pela FSMB (Federação dos Conselhos de Medicina do
Estado), para discutir o futuro da Telemedicina e o seu impacto na saúde a nível global.
Esta conferência identificou as lacunas no conhecimento na política e nos
recursos estruturais que devem ser utilizados de modo a facilitar a adopção da
Telemedicina e a sua expansão. Assim, certifica-se a segurança do paciente e a
qualidade médica, as principais prioridades. Os participantes passaram o dia a trocar
ideias de forma a focar a tecnologia, as questões relacionadas com os pacientes e com
os fornecedores de material, e o papel dos decisores políticos estaduais e federais no
futuro da Telemedicina.
Uma das conclusões que se chegou nesta conferência foi que os benefícios da
Telemedicina são muitos. Vão desde a melhoria do atendimento das comunidades
carentes e rurais, a um custo menor e uma maior eficiência. Mas, o seu rápido
crescimento levante questões relacionadas com a salvaguarda do paciente, a
privacidade das informações médicas e, por último, as normas reguladoras do
funcionamento e do licenciamento.
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Conclusão
Num quotidiano dominado por avanços cientificos cada vez mais significativos e
determinantes na vida das pessoas, procurámos através de uma análise a esta
temática, demonstrar a importância que o recurso a esta metedologia pode assumir na
resolução favorável e satisfatória de situações até ao momento irresoluveis.
Sentimos algumas dificuldades na procura de informação relativa aos
equipamentos utilizados, áreas de intervenção, ao futuro e ao caso exemplo. Em
relação aos restantes temas foi bastante fácil e assecível a procura de informação . O
subtema que gostámos mais de trabalhar foi a História da Telemedicina, pois
pensámos que era uma coisa recente, mas na realidade já existe à muitos anos.
De uma maneira geral gostámos de fazer o trabalho, apredemos coisas que não
faziamos ideia que existiam, ficámos a saber o que era a Telemedicina ao pormenor e
descobrimos curiosidades, que embora não estejam no trabalho, são bastantes
interessantes. Também gostámos que o professor nos tenha dado as especificações,
pois tornou-se mais fácil a realização deste trabalho.
Esperamos que o professor tenha gostado.
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Webgrafia
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Mariana Monteiro e Beatriz Bogalho 07-06-2011 22
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