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Índice de Homicídios na Adolescência

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Índice de Homicídios na Adolescência. Laboratório de Análise da Violência (UERJ) Parceiros: Observatório de Favelas UNICEF SEDH. Não se distribui aleatoriamente: sexo, idade, raça, estado civil, escolaridade, área de residência - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Índice de Homicídios na Adolescência
Page 2: Índice de Homicídios na Adolescência

Índice de Homicídios na Adolescência

Laboratório de Análise da Violência (UERJ)Parceiros:

Observatório de FavelasUNICEF

SEDH

Page 3: Índice de Homicídios na Adolescência

Violência Letal

Não se distribui aleatoriamente: sexo, idade, raça, estado civil, escolaridade, área de residência

Pico mais elevado costuma estar entre os 20 e 24 anos, mas as dinâmicas que levam a esse resultado começam bem antes

Page 4: Índice de Homicídios na Adolescência

Criação de Indicadores de Violência Letal contra Adolescentes e Jovens

Monitoramento do fenômeno, comparação no tempo e no espaço

Instrumento de mobilização social: impacto e dramaticidade

Fácil de calcular e de compreender Calculável periodicamente a partir de dados

disponíveis Aplicável a áreas de abrangência diferente Descentralizável Passível de decomposição em faixas

Page 5: Índice de Homicídios na Adolescência

Criação do Índice de Violência Letal

Baseado no modelo da Tábua de Mortalidade

Interpretação: número de pessoas perdidas (mortas por homicídio) entre a idade inicial e a idade final, para cada coorte de 1.000 pessoas na idade inicial

Interpretação transversal (incidência no ano) e longitudinal (vítimas esperadas em 7 anos, se as condições persistirem)

Page 6: Índice de Homicídios na Adolescência

Etapas na Criação do Índice

– Estimação do número de vítimas de homicídio residentes na área durante o ano de interesse, por idade;

– Estimação da população residente na área e ano de interesse, por idade;

– Cálculo das taxas de homicídio específicas para cada idade;

– Aplicação iterativa das taxas específicas de homicídio a uma coorte inicial de 1.000 crianças, adolescentes ou jovens, idade a idade;

– Somatório, idade a idade, do número esperado de adolescentes mortos por causa dos homicídios.

Page 7: Índice de Homicídios na Adolescência

Fontes para a Criação dos Índices

– – DATASUS – Ministério da Saúde ( www.datasus.gov.br) Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, baseado nas Declarações de Óbito; Dados sobre mortalidade de residentes – 1979 a 2006.

– – IBGE (www.ibge.gov.br) Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA; Levantamento Censitário: Censo 2000 Estimativa Anual de População por Município

Page 8: Índice de Homicídios na Adolescência

Criação do Banco de Homicídios

Ano 2006 Unidade de Análise: Municípios Municípios de mais de 100.000 hab. no ano

de 2006 Banco contém todos os registros individuais

de mortes por homicídio (agressão) Para Causas de Morte em que não são

contemplados 100% dos casos (ver tabela anterior) foram selecionados aleatoriamente, para cada município, os casos que correspondiam à proporção fixada

Page 9: Índice de Homicídios na Adolescência

Fatores de Correção

Para evitar a subestimação decorrente da falta de dados

Para evitar que municípios com dados de pior qualidade sejam ‘beneficiados’ (subestimados)

Suposto: os óbitos sem informação numa certa variável se distribuem da mesma forma do que aqueles sobre os quais a informação está disponível

São multiplicativos em relação ao valor obtido sem correções

Page 10: Índice de Homicídios na Adolescência

Estimativa das Populações em 2006

Estimativa da população total de cada município em 2006 (DATASUS):

- Aplicando a distribuição por sexo e idade do Censo 2000 à população estimada pelo IBGE para 2006 nesse município

Page 11: Índice de Homicídios na Adolescência

Elaboração do Índice de Homicídio na Adolescência

A estes sobreviventes que chegaram à idade de 13 anos, aplicou-se a taxa específica de homicídio dos 13 anos, resultando em um novo número esperado de homicídios e de sobreviventes aos 14 anos;

Aplicou-se o procedimento acima descrito iterativamente até que se alcançasse a idade final definida: 18 anos.

A soma de todos os mortos esperados, idade a idade, representa, para uma coorte de 1.000 indivíduos, o número de adolescentes de 12 anos de idade que terão morrido, por causa dos homicídios, antes de completar 19 anos.

Page 12: Índice de Homicídios na Adolescência

IHA para os municípios

Tabela 3: Estatísticas Descritivas do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)

Estatísticas Valor

Número de Municípios 267

Média 2,03

Desvio Padrão 1,69

Variância 2,85

Mínimo 0,00

Percentil 10 0,29

Percentil 25 0,76

Mediana 1,62 Percentil 75 2,90

Percentil 90 4,29

Máximo 9,74

Page 13: Índice de Homicídios na Adolescência

IHA para os municípios

2,00 4,00 6,00 8,00

10

20

30

40

Page 14: Índice de Homicídios na Adolescência

IHA para os municípiosCódigo

Geográfico Município Estado IHA (2006) Ordem

Número de mortes esperadas

por homicídio (entre 12 e 18 anos)

410830 Foz do Iguaçu PR 9,7 1º 446 312770 Governador Valadares MG 8,5 2º 327 320130 Cariacica ES 7,3 3º 393 260960 Olinda PE 6,5 4º 353 320320 Linhares ES 6,2 5º 118 320500 Serra ES 6,1 6º 375 330170 Duque de Caxias RJ 6,1 7º 683 260790 Jaboatão dos Guararapes PE 6,0 8º 578 270430 Maceió AL 6,0 9º 826 261160 Recife PE 6,0 10º 1263 330190 Itaboraí RJ 6,0 11º 175 320520 Vila Velha ES 5,6 12º 315 311860 Contagem MG 5,5 13º 460 411915 Pinhais PR 5,5 14º 93 521250 Luziânia GO 5,4 15º 149 330070 Cabo Frio RJ 5,4 16º 121 312980 Ibirité MG 5,2 17º 133 150420 Marabá PA 5,2 18º 185 310670 Betim MG 5,0 19º 304 315460 Ribeirão das Neves MG 5,0 20º 241

Page 15: Índice de Homicídios na Adolescência

IHA para as capitaisMunicípio IHA (2006) Ordem

Número de mortes esperadas por

homicídio (entre 12 e 19 anos)

Maceió 6,0 9º 826 Recife 6,0 10º 1263 Rio de Janeiro 4,9 21º 3423 Vitória 4,3 25º 190 Porto Velho 4,2 32º 259 Belo Horizonte 4,0 35º 1248 Cuiabá 3,8 36º 323 Macapá 3,1 58º 192 Curitiba 3,0 59º 693 João Pessoa 2,8 74º 278 Salvador 2,4 91º 988 Fortaleza 2,2 103º 811 Belém 2,1 108º 448 Natal 2,0 112º 244 Florianópolis 1,8 122º 95 Manaus 1,7 128º 445 Brasília 1,7 131º 567 Porto Alegre 1,7 132º 289 Teresina 1,6 133º 219 Boa Vista 1,6 136º 64 Campo Grande 1,6 137º 173 Goiânia 1,5 143º 259 São Luís 1,4 148º 251 São Paulo 1,4 151º 1992 Rio Branco 1,2 161º 62 Aracaju 1,2 164º 93 Palmas 0,6 214º 20

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IHA para os municípios

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IHA para os municípios

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IHA para os municípios

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IHA para os municípios

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Comparação dos Homicídios com outras Causas Externas de Mortalidade na Adolescência

Mortes Mal Definidas

3%

Homicídios46%

Suicídios3%

Acidentes22%

Mortes Naturais

26%

Page 29: Índice de Homicídios na Adolescência

Homicídio: Riscos Relativos

Risco Relativo pode ser definido como uma razão entre a probabilidade de ser vítima de homicídio de dois grupos diferentes, definidos de acordo com uma variável. (Exemplo: RR por sexo: quociente das taxas dos homens e das mulheres.)

O risco relativo permite avaliar a força da associação entre um fator e o risco de sofrer violência letal.

Em geral, colocamos o grupo de maior risco relativo no numerador, de forma que o valor final seja superior a 1. A interpretação pode ser feita assim: quantas vezes é maior o risco de homicídio para o primeiro grupo em comparação com o segundo.

Page 30: Índice de Homicídios na Adolescência

Riscos Relativos Sexo da Vítima

inaFeHomicídiosdeTaxa

MasculinaHomicídiosdeTaxaRRSEXO min___

___

Cor ou Raça da Vítima

)_cos_cos_(____

)___(Pr____

AmareloseBranBranparaHomicídiosdeTaxa

PardoseetosNegrosparaHomicídiosdeTaxaRRCOR

Idade da Vítima

)_18__12_(____

_____

anosaiaAdolescêncnaHomicídiosdeTaxa

EtáriasFaixasporHomicídiosdeTaxaRRIDADE

Armas de Fogo

MeiosOutrosporHomicídiosdeTaxa

FogodeArmasporHomicídiosdeTaxaRRPAF _____

______

Page 31: Índice de Homicídios na Adolescência

Resumo dos Riscos Relativos

11,91

2,603,29

0,03

1,00

2,36 2,12

1,300,84 0,62 0,51

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

11,00

12,00

13,00

Homens /Mulheres

Negros /Brancos

Arma defogo /OutrosMeios

Faixa 0-11 / Faixa

12-18

Faixa 12-18 / Faixa

12-18

Faixa 19-24 / Faixa

12-18

Faixa 25-29 / Faixa

12-18

Faixa 30-39 / Faixa

12-18

Faixa 40-49 / Faixa

12-18

Faixa 50-59 / Faixa

12-18

Faixa 60e mais /

Faixa 12-18

Descrição dos Riscos

Val

or d

os R

isco

s

Page 32: Índice de Homicídios na Adolescência

Risco Relativo por Cor

Page 33: Índice de Homicídios na Adolescência

Risco Relativo por Meio UtilizadoTabela 9: Estatísticas Descritivas do Risco Relativo para Mortes

cometidas com armas de fogo nos municípios com mais de 100.000 habitantes segundo o Estado

Estado Média Municípios Desvio Padrão

RJ 6,2 23 3,9 AL 6,0 2 1,8 PE 5,2 10 1,9 ES 5,1 9 5,6 PB 4,6 3 2,3 MG 4,2 27 5,9 RS 4,0 20 3,7 PR 3,4 18 2,4 RN 3,2 3 1,3 BA 3,1 15 1,6 SP 3,0 72 2,3 SE 2,7 2 0,5 GO 2,6 8 1,4 SC 2,3 10 1,9 DF 1,9 1 . MS 1,9 3 0,3 PA 1,8 9 0,9 MT 1,8 4 0,8 RO 1,7 2 0,6 CE 1,6 8 0,8 TO 1,1 2 0,7 MA 1,0 8 0,5 AM 0,8 2 0,9 PI 0,7 2 0,6 RR 0,6 1 . AP 0,5 2 0,3

AC 0,4 1 .

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Risco Relativo por Meio Utilizado

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Risco Relativo por Meio Utilizado

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Risco Relativo por Meio Utilizado

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Risco Relativo por Meio Utilizado

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Observando conjuntamente o IHA e o risco relativo por arma de fogo, encontra-se uma associação entre o risco relativo do uso de armas de fogo e o índice de homicídios na adolescência. O coeficiente de correlação de 0,45 é positivo, moderado e estatisticamente significativo.

Deste modo, municípios com maior número de adolescentes perdidos tendem a apresentar maiores riscos de que estas mortes tenham como instrumento uma arma de fogo. Esse resultado frisa, mais uma vez, a importância das armas de fogo no fenômeno da violência letal contra adolescentes e jovens.

Riscos Relativos por Meio Utilizado

Arma de Fogo (numerador) vs. Outros Meios

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Riscos Relativos por Meio Utilizado

0,00 10,00 20,00

Risco Relativo: Armas de Fogo/Outros meios

0,000

2,500

5,000

7,500

10,000

Olinda

Contagem

Governador Valadares

Ibirité

Santa Luzia

Cariacica

Guarapari

Resende

Botucatu

Indaiatuba

Foz do Iguaçu

Guaíba

Page 40: Índice de Homicídios na Adolescência

Outras Ações PRVL Ações de mobilização sobre o problema Levantamento de Programas de Prevenção existentes

no Brasil (11 regiões metropolitanas) Escassez de programas específicos para redução da violência

letal, ainda mais contra adolescentes e jovens Violência Letal não é uma prioridade – afeta aos setores mais

desfavorecidos da população – é preciso mudar isso

Importância de um diagnóstico local: a etiologia da violência não é igual em todos os lugares e o diagnóstico não pode ser centralizado

Criação de um Plano de Prevenção Local com todos os atores – estamos trabalhando para produzir um guia para os municípios