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IDENTIFICAÇÃO DO DOCUMENTO N º RF- ABAST- 23 COMITÊ SETORIAL: FOLHA: Abast 1 de 23 COORDENADOR DO COMITÊ SETORIAL: ENTIDADE: Luiz Alberto Gaspar Domingues Petrobras COORDENADOR DO PROJETO: ENTIDADE: Paulo Turazzi de Carvalho Petrobras CÓDIGO DO PROJETO: TÍTULO DO DOCUMENTO: RF- ABAST- 23 Relatório Final do Projeto ABAST 23 NOME DO PROJETO: GESTÃO DO CONTEÚDO LOCAL PARA O SETOR PETROQUÍMICO ÍNDICE DE REVISÕES REV DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS 0 EMISSÃO ORIGINAL REV. 0 REV. A REV. B REV. C CONTROLE DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA EMISSÃO (Coordenador do Projeto) APROVAÇÃO (Coordenador do Comitê Setorial) As aprovações abaixo serão aplicáveis quando da emissão dos produtos finais APROVAÇÃO (Coordenador Executivo) APROVAÇÃO (Coordenador do Comitê Executivo)

ÍNDICE DE REVISÕES - PROMINPantigoprominp.petrobras.com.br/objects/files/2008-03/2056... · Antônio Jorge Abdalla Kurban (Petrobras) Coordenador (in memoriam) ... Destacamos, a

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COMITÊ SETORIAL: FOLHA:

Abast 1 de 23 COORDENADOR DO COMITÊ SETORIAL: ENTIDADE:

Luiz Alberto Gaspar Domingues Petrobras COORDENADOR DO PROJETO: ENTIDADE:

Paulo Turazzi de Carvalho Petrobras CÓDIGO DO PROJETO: TÍTULO DO DOCUMENTO:

RF- ABAST- 23 Relatório Final do Projeto ABAST 23 NOME DO PROJETO:

GESTÃO DO CONTEÚDO LOCAL PARA O SETOR PETROQUÍMICO

ÍNDICE DE REVISÕES

REV DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0

EMISSÃO ORIGINAL

REV. 0 REV. A REV. B REV. C CONTROLE

DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA

EMISSÃO (Coordenador do Projeto)

APROVAÇÃO (Coordenador do Comitê Setorial)

As aprovações abaixo serão aplicáveis quando da emissão dos produtos finais APROVAÇÃO (Coordenador Executivo)

APROVAÇÃO (Coordenador do Comitê Executivo)

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RF- ABAST- 23 2 de 23 TÍTULO DO DOCUMENTO:

Relatório Final do Projeto ABAST 23

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RELATÓRIO FINAL DO PROJETO ABAST 23

Paulo Turazzi de Carvalho

Resumo Executivo

Indução O relatório apresenta uma avaliação do conteúdo local no fornecimento de bens e

serviços existente no atual parque petroquímico brasileiro e busca analisar as principais causas e

motivações ocorridas no passado para justificar a importação de bens e serviços durante a

implantação do parque petroquímico nacional. O levantamento foi realizado, em especial,

naquelas indústrias nas quais a Petrobras/Petroquisa tem participação acionária, principalmente

devido à maior facilidade de acesso à informações do passado. Com base no levantamento

efetuado, foram amplamente discutidas, pelas associações de fornecedores de bens e serviços,

pelas entidades de classe e por profissionais integrantes do setor petroquímico, formas e ações

visando ao aumento do conteúdo local na implantação de empreendimentos petroquímicos no

país.

Os principais produtos obtidos no projeto foram:

a) Diagnóstico do Conteúdo Nacional nas empresas ligadas à PETROQUISA

b) Estimativa do Conteúdo Nacional nos projetos aprovados, em implementação pela

PETROQUISA;

c) Estabelecimento de mecanismos visando aumentar o Conteúdo Nacional em

empreendimentos Petroquímicos

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4

1.1 Atividades Desenvolvidas ........................................................................................................................................ 4

2 METODOLOGIA ........................................ ...................................................................... 6

2.1 Levantamento do Conteúdo Local de Bens e Serviços dos Empreendimentos da Área de Petroquímica e

Fertilizantes . .......................................................................................................................................................................... 6

3 ANÁLISE DOS RESULTADOS............................. ........................................................... 9

3.1 Reunião da EPPG com a Petrobras/Petroquisa. ................................................................................................... 9

3.2 1º Workshop dos Projetos Prominp Abast 22 e 23.............................................................................................. 10

3.3 2º Workshop do Prominp na Indústria Petroquímica. ....................................................................................... 12

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ........................ ............................................... 14

4.1 Propostas da EPPG................................................................................................................................................ 14

4.1.1Considerações da ABEMI ......................................................................................................................................... 18

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................... ............................................... 19

5.1 Conclusões .............................................................................................................................................................. 19

5.2 Estabelecimento do percentual mínimo de conteúdo nacional........................................................................... 19

5.3 Recomendações ...................................................................................................................................................... 20

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................... ..................................................... 21

7 ANEXOS ........................................................................................................................ 22

7.1 Conteúdo da pasta dos Relatórios da EPPG ....................................................................................................... 22

7.2 Conteúdo da pasta das Apresentações do 1º Workshop..................................................................................... 22

7.3 Conteúdo da pasta das apresentações do 2º Workshop...................................................................................... 22

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1 INTRODUÇÃO

A previsão de grandes investimentos para a área petroquímica brasileira caracteriza uma excelente oportunidade para ampliar a participação dos fornecedores nacionais de bens e serviços na a área petroquímica. Um esforço coletivo da indústria petroquímica brasileira juntamente com os fornecedores de bens e serviços, sob a coordenação do PROMINP, permitirá proporcionar uma participação intensiva da indústria nacional no fornecimento local de bens e serviços para os novos empreendimentos que estão sendo contemplados na área petroquímica. Como se sabe, a Petrobras planeja executar na área petroquímica entre 2008 e 2012 um investimento de US$ 4,3 bilhões. Considerando-se os investimentos das demais empresas participantes do segmento petroquímico brasileiro, pode-se inferir que o volume total de investimento previsto para a área petroquímica nos próximos cinco anos demonstra o acerto de ter sido criado, no âmbito do Prominp, o Projeto Abast 23- Gestão do Conteúdo Local para o Setor Petroquímico. O projeto Abast 23 visa criar uma grande conscientização de todas as partes envolvidas na área petroquímica para assegurar uma participação intensiva da indústria nacional no fornecimento local de bens e serviços para os novos empreendimentos do setor, permitindo que o Brasil aproveite esta excelente oportunidade para desenvolver sua indústria nacional de fornecedores bens e serviços para a área petroquímica além de criar empregos, gerar riquezas e divisas.

1.1 Atividades Desenvolvidas

O Diagnóstico do Conteúdo Nacional nas empresas ligadas à PETROQUISA foi efetuado pela

empresa EPPG Escola de Políticas Públicas e de Governo, através do contrato n.

6000.0021669.06.2, coordenado pelo Eng Luiz Alfredo Salomão, diretor da EPPG e

fiscalizado pelo Eng Paulo Turazzi de Carvalho da Petrobras.

1.1.1 Participantes do Projeto

Antônio Jorge Abdalla Kurban (Petrobras) Coordenador (in memoriam) Paulo Turazzi de Carvalho (Petrobras) Coordenador

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Mônica Hernandes Duarte (ABINEE) André Luiz Brandão Vieira (Petrobras) Antonio Sergio Fragomeni (Petroquisa) Paulo Sérgio Alonso (Petrobras) Edval Dan Junior (Petrobras) Ivan Magalhães (ABCE) Caio Pimenta (ONIP) Stella Castello Branco (ABCE) Antônio Carlos M. Bastos (ABEMI)

1.1.2 Equipe da EPPG

O trabalho foi desenvolvido pela seguinte equipe de profissionais da EPPG:

Nome Função Especialidade Eng. Luiz Alfredo Salomão

Coordenador do projeto Engenharia Econômica e Políticas Públicas

Eng. Maurício Alvarenga Consultor senior Empreendimentos de Petróleo e Gás

Eng. Roberto Villa Consultor senior Empreendimentos de Petróleo, Gás e Petroquímica

Eng. Alberto Machado Consultor Suprimento de Materiais, Equipamentos e Serviços para a Indústria do Petróleo e Gás;

Eng. Hélio Guedes Consultor Engenharia de Petróleo, Gás e Petroquímica

Eng. Gilberto Baeta Consultor Processos, Equipamentos e Serviços na Indústria de Petróleo e Gás

Eng. Manfredo Rosa Consultor Planejamento de Empreendimentos da Indústria de Petróleo e Gás

Eng. Lucas Macedo Consultor Tecnologia da Informação

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2 METODOLOGIA

A orientação básica para o desenvolvimento dos trabalhos foi pautada pelos conceitos, métodos e diretrizes contidos na Cartilha do PROMINP. Este método culmina com o preenchimento de planilhas que detalharam as características dos bens e serviços demandados pelos projetos, principalmente seus valores, dos quais se destacaram as parcelas nacional e importada. Sempre que a aplicação dos critérios constantes na Cartilha do Conteúdo Local foi impraticável em função da inexistência, ou impossibilidade de rastreamento dos documentos necessários, utilizou-se uma metodologia alternativa, descrita em anexo, para a apuração da origem e cálculo do Índice de Nacionalização respectivo. Ainda assim houve dificuldades na obtenção dos dados necessários à aplicação da referida metodologia. Alguns dos empreendimentos relacionados para efetuar os levantamentos eram muito antigos e a documentação correspondente já não existe; outros eram projetos em estágio ainda preliminar, com tecnologia ainda não escolhida em caráter definitivo e, por conseguinte, sem os elementos necessários; finalmente, outros não dispunham de pessoal para efetuar os levantamentos previstos utilizando registros contábeis muito antigos, conforme demandado pela Cartilha do PROMINP. Após a conclusão do levantamento do conteúdo local pela EPPG, o trabalho foi discutido no âmbito interno da Petrobras e Petroquisa, sendo agregados os comentários pertinentes. Após essa primeira apresentação, o trabalho foi novamente apresentado e discutido no 1º Workshop com as principais Associações de Classe e Associações de Fornecedores de Bens e Serviços para a Indústria Petroquímica e posteriormente analisado e discutido novamente em um 2º Workshop, desta vez com as empresas do setor petroquímico.

2.1 Levantamento do Conteúdo Local de Bens e Serviços dos Empreendimentos da Área de Petroquímica e Fertilizantes .

O trabalho de levantamento do conteúdo local foi desenvolvido de acordo com as etapas seguintes: • Realização de Entrevistas com as empresas petroquímicas ligadas à Petroquisa; • Análise dos dados, Aplicação da metodologia com cálculos e preenchimento final dos formulários; • Elaboração da Análise e Conclusões. Estas três etapas estão apresentadas no relatório da EPPG em anexo, denominado “Relatório do Programa A”, o qual inclui a descrição da metodologia básica orientadora do desenvolvimento dos trabalhos. Destacamos, a seguir, um quadro resumo do conteúdo nacional obtido no levantamento

efetuado nas plantas estudadas conforme apresentado no “Relatório do Programa A” ,

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CONTEÚDO NACIONAL DAS PLANTAS ESTUDADAS

INS INB ING

UPB - - -

PPSA 96,1 79,9 89,8

A.ACRÍLICO 88,8 62,3 75,0

COPESUL 72,6 51,0 58,0

PQU - - -

DETEN 66,3 75,9 72,1

TRIUNFO 91,4 59,7 78,9

PETROCOQUE 1 91,8 100,0 95,9

PETROCOQUE 2 100,0 100,0 100,0

PETROCOQUE 3 100,0 100,0 100,0

METANOR - - -

FCCSA-Imp 84,3 97,2 98,0

FCCSA-1a expansão 100,0 98,5 99,3

FCCSA-2a expansão 87,4 88,9 88,1

INNOVA 93,1 73,6 83,9

FAFEN-SE - - -

FAFEN-BA 83,8 60,6 67,8

UFN - - -

MÉDIA 88,9 80,6 85,1 onde: INS é o índice de nacionalização de Serviços INB é o índice de nacionalização de Bens ING é o índice de nacionalização Geral

O levantamento foi efetuado a partir de dados fornecidos pela PETROQUISA tais como: descrição geral básica dos projetos, suas estimativas relativas aos investimentos fixos globais para o cenário 2006-2012, cronogramas básicos previstos e detalhamento do investimento. Outras informações básicas das empresas entrevistadas foram solicitadas por intermédio de um formulário denominado “formulário 5.1” As empresas que responderam ao formulário 5.1 constam do quadro resumo acima mostrado. Comentários sobre os índices de Nacionalização obtidos O índice médio de nacionalização obtido através do trabalho realizado pela EPPD foi de 85,1% o que pode ser considerado um índice de nacionalização razoável para a

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petroquímica brasileira tendo-se em conta as dificuldades da indústria de fornecedores de bens e serviços do Brasil que são submetidos a uma intensa competição do exterior. No levantamento efetuado constata-se que o Índice de Nacionalização de Serviços (88,9%) supera com uma boa margem o Índice de nacionalização de Bens (80,6%) A explicação básica para esta diferença reside no fato de que os serviços ligados às obras de construção civil por suas características intrínsecas serão sempre realizados no país o que faz com que o índice de Serviços cresça proporcionalmente ao índice de Bens . Desta forma, para uma adequada proteção da indústria nacional de fornecedores de bens e serviços para a indústria petroquímica, devemos concentrar nossa análise na parte do fornecimento de bens e serviços excluindo a parte relativa à construção civil. Também encontra-se em anexo o “Relatório do Programa C” o qual analisa as informações de cada um dos itens detalhados nos Formulários 5.1 ( Estrutura de Custos Típica Nacional x Importado) e nos Formulários 5.2 (Planilhas de Índices de Nacionalização), para subseqüente preenchimento dos Formulários 5.3( Projeção 2006-2012 para cada um dos projetos previstos nos segmentos de Petroquimica e Fertilizantes). O “Relatorio de Programa C” refere-se à terceira parte do escopo previsto no Contrato firmado entra a Petrobras e a Escola de Políticas Publicas e de Governo - EPPG, para obtenção dos Índices de Nacionalização – IN dos itens típicos de Empresas e Projetos Petroquímicos e de Fertilizantes onde a PETROQUISA tem participação.

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3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

3.1 Reunião da EPPG com a Petrobras/Petroquisa.

Os Relatórios da EPPG foram analisados detalhadamente por técnicos da Petrobras, das áreas de petroquímica, materiais, engenharia e pesquisa e desenvolvimento e as seguintes sugestões foram identificadas para buscar-se um maior conteúdo nacional nos empreendimentos petroquímicos do país: 1-Buscar presença da Engenharia Nacional desde as primeiras fases dos projetos, em parceria com o projetista estrangeiro. 2-Analisar tipos e mecanismos de financiamento – dificultar operações casadas com obrigações genéricas de compras no país de origem do financiamento. 3- Desenvolver tecnologia e buscar inovação na área petroquímica 4- Desenvolvimento de fornecedores para os principais produtos importados 5-Expressar a vontade política da sociedade através de avaliação de: Isonomia tributária Requisitos compulsórios – multa Proteção do mercado nacional. 6-Planejamento integrado de compras Chapas Máquinas rotativas Instrumentação Caldeiraria Válvulas 7- Integração com os outros projetos do Prominp, ex:– Securitização, Fluxo de caixa neutro, etc. 8- Buscar integração com as ações que são desenvolvidas na área de exploração e produção: Um exemplo que mereceu destaque para uma avaliação específica foi o conteúdo nacional verificado durante a construção da Plataforma P-52 Itens totais comprados 125 Sem fornecedor nacional 29 Fabricantes brasileiros cotaram 92 ( 4 itens nem cotaram! ) Fabricantes brasileiros ganharam 70 Itens colocados no exterior 55 Reflexão: Em função dos resultados obtidos na construção da plataforma, também, na área petroquímica, deverão merecer uma atenção especial os seguintes aspectos:

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disponibilidade de tecnologia, capacidade fabril do fabricante nacional, custo, interesse do fabricante nacional pelo tamanho dos lotes licitados, etc.

3.2 1º Workshop dos Projetos Prominp Abast 22 e 23

Após a análise dos relatórios da EPPG por profissionais internos ao sistema Petrobras/Petroquisa, decidiu-se apresentar e discutir o trabalho da EPPG com os representantes dos fornecedores de bens e serviços para a área petroquímica, através da realização do 1º Workshop do Prominp na Indústria Petroquímica O convite para o Seminário reflete a natureza dos assuntos a serem discutidos: “Você está convidado para participar no próximo dia 17 de janeiro de 2007 do 1º Workshop do Projeto ABAST 23 que integra a carteira de projetos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional (PROMINP). Ele acontecerá no Auditório do Abastecimento da Petrobras no 21º andar do Edifício Sede da Petrobras na Rua República do Chile nº 65, das 09 as 17 horas. O Workshop será constituído, principalmente, por apresentações de profissionais da empresa EPPG (Escola de Políticas Públicas de Governo) que foi contratada pela Petrobras, no âmbito do projeto ABAST 23, para efetuar um levantamento do conteúdo nacional dos projetos petroquímicos existentes ou em fase de implementação no Brasil. O levantamento foi efetuado junto aos diversos ativos petroquímicos nos quais a Petroquisa tem participação acionária, e os resultados do trabalho acabam de ser apresentados pela EPPG. Os diversos profissionais da EPPG, que participaram diretamente do levantamento do conteúdo nacional das companhias petroquímicas analisadas, apresentarão seus comentários sobre os resultados obtidos e sobre os aspectos mais relevantes que puderam observar durante o levantamento. Deverão também apresentar os pontos que, em suas visões, devem ser levados em consideração quando se deseja incentivar a maior participação das empresas brasileiras nos projetos que ainda estão por vir. Após as apresentações dos profissionais da EPPG, teremos os comentários das Associações de Classe que defendem o aumento do conteúdo nacional no setor de petróleo e gás:ABEMI, ABCE, ABINEE, ABIDIB, ABIMAQ, PROTEC e ABIQUIM, além da participação das seguintes entidades : IBP, ONIP, FIRJAN, FIENG, FIEB e FIEP. Após as respectivas apresentações, será efetuado um amplo debate e serão propostas ações a serem desenvolvidas com vistas ao aumento do conteúdo nacional nos empreendimentos petroquímicos no Brasil.” 3.2.1 Conclusões do 1º Workshop dos Projetos Prominp Abast 22 e 23 As principais conclusões do 1º Workshop dos Projetos PROMINP ABAST 22 e 23 podem ser vista no relatório abaixo:

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Relatório do 1º Workshop dos Projetos Prominp Aba st 22 e 23 O ABASTECIMENTO-PQF, como parte do Comitê Setorial de Abastecimento do PROMINP promoveu no último dia 17 de janeiro no Auditório do ABAST, no 21° andar do Edifício Sede da Petrobras o 1º Workshop dos Projetos ABAST 22 e 23 os quais integram a carteira de projetos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional (PROMINP). Os dois projetos em questão destinam-se a desenvolver ações para aumentar o conteúdo local nas atividades ligadas à petroquímica e fertilizantes. A abertura do Workshop foi feita pelo Presidente da Petroquisa e Gerente Executivo do Abast PQF, engenheiro José Lima de Andrade Neto, que discorreu sobre o planejado aumento das atividades petroquímicas e de fertilizantes em nosso país. Lima também ressaltou a importância da contribuição do PROMINP na busca de um elevado conteúdo nacional de bens e serviços nos diversos projetos a serem realizados nestas áreas. O Workshop teve como principal objetivo a discussão de sugestão de ações que permitam à Petroquímica e Fertilizantes alavancar o conteúdo nacional de seus projetos, preservando a competitividade dos mesmos. A parte central do workshop consistiu na apresentação e discussão dos resultados obtidos pela empresa EPPG (Escola de Políticas Públicas de Governo), que foi contratada pela Petrobras no âmbito do projeto ABAST 23, para efetuar um levantamento do conteúdo nacional dos projetos petroquímicos e de fertilizantes existentes ou em fase de implementação no Brasil. O levantamento foi efetuado junto aos diversos ativos petroquímicos nos quais a Petroquisa tem participação acionária, e os relatórios finais do trabalho acabam de ser produzidos pela EPPG. O grande interesse do público pela matéria foi comprovado pela presença no workshop de 65 participantes que lotaram o auditório. Dentre os participantes, 20 pertenciam às seguintes associações de classe: ABIMAQ, ABDIB, ABEMI, ABCE, ABINEE e ABIFINA. Outros 25 participantes vieram do Sistema Petrobras (Cenpes, Engenharia, Materiais e Abastecimento) e Petroquisa , além de 6 participantes de Federações de Indústrias do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo. Também estiveram presentes ao Workshop 3 representantes do IBP, 3 da ONIP e 2 do BNDES e 6 da EPPG. Na parte inicial do Workshop foi feito um retrospecto do andamento dos trabalhos do projeto Abast 23 pelo coordenador do projeto, eng. Paulo Turazzi de Carvalho. Também, o coordenador do Prominp na Petroquisa, eng Antonio Sergio Fragomeni discorreu sobre procedimentos que conduzem ao aumento do conteúdo local em projetos do setor de Óleo e Gás. O eng. Gabriel Lourenço Gomes do BNDES abordou pontos esclarecedores quanto às influências dos aspectos ligados a financiamentos na definição do conteúdo nacional dos projetos petroquímicos. Além das condições visando ao aumento de conteúdo nacional, na fase inicial foram descritos pelo eng Alberto Biolchini Neto os projetos que estão sendo planejados na área de fertilizantes, no que foi apoiado em suas explanações por consultoras especializados da FAFEN. A seguir foram apresentados os resultados obtidos pela EPPG por seu Diretor Luis Alfredo Salomão, o qual foi apoiado pelos diversos profissionais da EPPG, que participaram

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diretamente do levantamento do conteúdo nacional das companhias petroquímicas analisadas. Dentre estes profissionais destacaram-se alguns ex-integrantes do Sistema Petrobras, como Maurício Alvarenga, Roberto Villa, Manfredo Rosa, Gilberto Baeta e Helio Guedes. Dando seqüência às exposições dos profissionais da EPPG, foram apresentados os comentários das Associações de Classe que defendem o aumento do conteúdo nacional no setor de Petróleo e Gás na seguinte seqüência: ABEMI: André Petroff ABCE: Lindolpho Correia de Souza ONIP: Roberto Magalhães IBP: Raimar Van Den Bylaardt ABINEE: Paulo Sergio Galvão ABIMAQ: Walter Luiz Lapietra ABIFINA: Nelson Brasil Após as apresentações foi realizado um amplo debate entre todos os participantes com o objetivo de propor ações a serem desenvolvidas com vistas ao aumento do conteúdo nacional nos empreendimentos petroquímicos e de fertilizantes no Brasil. As conclusões serão consolidadas em um conjunto de informações que será disponibilizada no site do PROMINP para acesso de todos os interessados.

3.3 2º Workshop do Prominp na Indústria Petroquímica.

Depois dos levantamentos do conteúdo nacional elaborados pela EPPG terem sido0 debatidos internamente na Petrobras/Petroquisa, e os resultados também analisados e discutidos amplamente com as principais empresas entidades de classe e as fornecedoras de bens e serviços para a indústria petroquímica decidiu-se levar às empresas petroquímicas do país as conclusões a que se tinha chegado através da realização do 2º Workshop da Indústria Petroquímica. O evento teve como objetivos principais apresentar o Projeto Abast 23 às empresas da área petroquímica, apresentar o Prominp e alguns de seus projetos que demonstram potencialidade também para a área petroquímica; apresentar os mecanismos discutidos com os fornecedores do setor no âmbito do Abast 23; mobilizar as empresas petroquímicas para os trabalhos de capacitação e preparação da mão-de-obra e colher e trocar informações sobre os mecanismos de indução de conteúdo nacional para a indústria petroquímica. O 2º Workshop do prominp na Indústria petroquímica foi aberto pelo Presidente da Petroquisa, Eng José Lima de Andrade Neto, que em sua saudação inicial destacou os seguintes pontos: "o Prominp tem uma importância fundamental para esta nova postura da Petrobras na petroquímica pois, por trás dos investimentos, das tecnologias e dos processos, estão as pessoas e precisamos de técnicos preparados para que a petroquímica brasileira ocupe o seu devido lugar no cenário mundial deste competitivo e importante mercado."

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Os objetivos do 2º Workshop da Indústria Petroquímica podem ser sintetizados como a seguir:

Apresentar o PROMINP e alguns de seus outros projetos que demonstram potencialidade

para também para a área petroquímica;

Apresentar o projeto ABAST-23 às empresas da área petroquímica mostrando as

possibilidades de aumentar o conteúdo nacional nas aquisições e investimentos,

aumentando também a competitividade das mesmas;

Apresentar os mecanismos discutidos com os fornecedores de bens e serviços para o

aumento de conteúdo nacional na indústria petroquímica;

Colher e trocar sugestões sobre outros mecanismos a serem explorados para o incremento

do conteúdo nacional;

Mobilizar as empresas petroquímicas para o aumento do conteúdo nacional.

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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1 Propostas da EPPG

Considerando a experiência adquirida pela equipe da EPPG nos levantamentos efetuados sobre conteúdo nacional das plantas das Empresas e Projetos de que a PETROQUISA participa (E/P’s), pode-se relacionar uma série de pontos que mereceriam ser examinados em maior profundidade, com vistas à constituição da mencionada “vontade política”, primeiro no âmbito interno da PETROBRAS e depois expandido para outros atores, visando o aumento da capacidade de fornecimento da indústria nacional de B&S aos novos projetos petroquímicos e de fertilizantes. 1- Escopo Amplo e Programação da Demanda A primeira questão diz respeito às dimensões do mercado a ser contemplado em matéria de fornecimento de B&S aos novos projetos do setor pela indústria nacional. Não se pode estabelecer qualquer política pública ou compromisso dos atores privados com vistas ao objetivo colimado, de aumento da participação da empresa brasileira, considerando apenas os novos projetos estudados: PPSA, Ácido Acrílico, Petrocoque, FCCSA, UFN e COMPERJ. Como foi observado na nossa reunião, os fornecedores nacionais só serão competitivos no mercado brasileiro se também o forem no mercado internacional. Por conseguinte, é fundamental mirar para a trajetória de expansão provável da indústria petroquímica e de fertilizantes em escala mundial, com ênfase particular na América Latina (sobretudo na Argentina, Venezuela, Peru, Colômbia, Bolívia e México) onde atores brasileiros já estão atuando em projetos concretos. Evidentemente, é preciso ponderar que o ritmo da implantação de novos projetos petroquímicos e de fertilizantes sofre com a volatilidade dos mercados destes produtos nos principais países consumidores, o que torna difícil prever seus desdobramentos. Mas é indispensável criar um painel dos principais projetos destes dois setores industriais, segundo certos cenários, e acompanhá-los permanentemente. De qualquer sorte, é importante contar-se com alguma projeção sobre a implantação destes projetos — mais imprecisa nos mercados distantes e com maior acuidade no mercado brasileiro e dos países vizinhos — de modo a dela inferir alguma previsão da demanda de B&S correspondentes e, a partir daí, para que a indústria nacional possa programar a expansão de sua capacidade de oferta. Tal exercício certamente será complexo e difícil, seja pela diversidade dos atores, suas características e seus interesses não necessariamente congruentes, seja pela necessidade de uma imersão adequada no problema, de modo a alcançar a necessária compreensão de todas as principais variáveis envolvidas. Além disto, sua execução depende apenas de esforço sistemático e vigoroso para a obtenção e refinamento das informações sobre os novos projetos de aproximadamente 30-40 empresas/grupos internacionais.

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2- Seleção dos Subsetores Prioritários da Indústria Nacional de B&S Nenhum país pode pretender ser auto-suficiente no suprimento de suas necessidades de B&S para expandir sua indústria petroquímica e de fertilizantes. O Brasil não vai produzir e fornecer todos os componentes requeridos pelos projetos destes dois setores. Mas também não deve se conformar com respostas simplistas à questão: o que devemos produzir localmente e o que é mais vantajoso importar? Já se tornou voz corrente, por exemplo, que “turbinas a gás” devem ser necessariamente importadas, não obstante a assertiva carecer de demonstração, na medida em que o país é, por exemplo, o maior fornecedor mundial de turbinas hidráulicas. São famílias de bens de capital diferentes, é verdade. Mas, quem fornece um — em escala mundial, diga-se de passagem —, pelo menos em tese, deveria ser capaz de fornecer o outro. De qualquer forma, é indispensável estabelecer-se compromissos entre as empresas responsáveis por grandes projetos, como a PETROBRAS e suas subsidiárias, as empresas do setor elétrico, as grandes mineradoras, indústrias químicas e petroquímicas, etc. e os fornecedores nacionais de B&S, sob a mediação do MDIC e do BNDES, de modo a eleger quais são as famílias destes B&S em que os produtores nacionais vão investir para se capacitar a fornecer em bases competitivas com os concorrentes estrangeiros. Evidentemente, dessa discussão emergirão outras questões, tais como incidência de tributos e outros encargos sobre os B&S produzidos no Brasil, condições de financiamento para os fornecedores locais e para seus fornecimentos etc. 3 – Fortalecimento das Empresas de Engenharia Nacional A crise fiscal, a retirada do Estado como produtor de bens e serviços para a sociedade em vários setores da atividade, a privatização através de empresas estrangeiras, taxas medíocres de investimento do setor pùblico associadas à evolução modesta do PIB, elevação da carga tributária, além de outros fatores, tiveram como um de seus corolários o debilitamento da engenharia consultiva no Brasil. Empresas de engenharia que se constituiram ao longo dos anos 60 e 70, viveram seu auge durante o chamado “milagre brasileiro”, seguido de período de prolongada agonia a partir de meados dos anos 80 e feneceram na década de 90. Estas empresas tiveram papel fundamental na absorção de diversas tecnologias, sobretudo do setor industrial, inclusive na área de gestão da implantação de grandes empreendimentos, conferindo ao Brasil uma capacitação que — ainda que insuficiente — outros países em desenvolvimento não conseguiram construir. As empresas desapareceram com seus currículos e tradição,suas equipes foram desfeitas e estão dispersas, seus acervos técnicos provavelmente se tornaram obsoletos por falta de atualização. Mas tudo isso pode ser remontado, inclusive em bases mais eficientes, se houver a retomada do crescimento econômico, como promete o governo nessa segunda gestão. A atuação das Empresas de Engenharia brasileiras desde as primeiras definições dos novos projetos, inclusive de plantas petroquímicas e de fertilizantes, constitui fator de direcionamento natural de encomendas de B&S necessários a sua implantação para fornecedores nacionais, onde isto é viável. Ao escolher entre alternativas equivalentes, ao projetar e especificar máquinas, equipamentos, componentes e serviços, em função do melhor conhecimento da capacidade de oferta nacional e das redes de contatos profissionais, uma empresa brasileira de engenharia tem muito mais razões para dar

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preferência a fornecedores também brasileiros que uma empresa de engenharia estrangeira de engenharia. No passado, a própria PETROBRAS ajudou o surgimento de Empresas de Engenharia brasileiras, fornecendo-lhes, através do Cenpes, os projetos conceituais e básicos e, através do Segen, as condições para a execução dos respectivos projetos executivos. Hoje talvez a situação seja bastante diferente, mas certamente o “poder de compra” de serviços de engenharia da PETROBRAS , representado por investimentos da ordem de US$ 85 bilhões até 2011, é suficientemente grande para ajudar a reorganizar a engenharia consultiva no Brasil. Obviamente, tudo que foi dito anteriormente, sobre a existência de uma programação da demanda de B&S gerada pelos projetos petroquímicos e de fertilizantes, bem como sobre a necessidade de os fornecedores nacionais atuarem em escala internacional, se aplica claramente aos prestadores de serviços de engenharia. Note-se que há uma nuance que distingue as empresas de projetos de engenharia das chamadas epcistas, cujo esquema de contratação e remuneração aponta na direção de licitar praticamente tudo que for possível em busca do cumprimento de metas de minimização de valor, ou mesmo sua superação, não se preocupando com a origem dos B&S. Por outro lado, as grandes empresas de engenharia de construção e montagem, além de se tornarem epcistas, estão se integrando “a montante” na área de projetos (conceitual, básico e de detalhe), passando a cobrir parte mais nobre da cadeia produtiva dos serviços de engenharia. Finalmente, cabe um comentário positivo em relação ao ressurgimento da Engenharia Consultiva no Brasil no atual momento. Quando da constituição das primeiras empresas deste setor (Promon, Natron, Internacional de Engenharia, Dyna etc.) eram modestos o número de profissionais disponíveis e seu nível de capacitação, com muito poucos mestres e doutores. Hoje, a abundância relativa de recursos humanos altamente qualificados e com experiência internacional constitui fator favorável ao rápido renascimento das empresas de engenharia com esta especialização. 4 – Outras Causas Extrínsicas de Importação a Evitar Já se tornou folclórico o caso de um grande projeto petroquímico no qual as luminárias industriais foram importadas por exigências do esquema de financiamento do empreendimento. Há vários casos também em que, ainda que houvesse similar nacional em condições competitivas de fornecimento, por imposição do acionista detentor da tecnologia, ou de poderes societários especiais, foram adquiridos desnecessariamente bens ou serviços importados. Da mesma forma em que se pode argumentar que o Brasil hoje não vive as agruras cambiais da década de 60/70/80, podendo importar “sem culpa” quando isso for conveniente, pode-se afirmar também que o país hoje tem condições de avaliar melhor as intenções de sócios potenciais ou de fontes estrangeiras de financiamento e negociar suas condições em bases mais favoráveis. Neste particular é fundamental envolver no processo de constituição da “vontade política” antes referida três órgãos importantes: o BNDES e o INPI, ambos vinculados ao MDIC, e o BACEN. Estes atores podem induzir regras informais, criar barreiras de entrada formais e,

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assim, fortalecerem os responsáveis pelos projetos do lado brasileiro para que negociem melhor sua relação com acionistas e fornecedores de tecnologia estrangeiros, bem como com fontes de financiamento externo. Ademais o BNDES e o Banco do Brasil são atores estratégicos na tarefa de equalizar condições de financiamento domésticas com aquelas desfrutadas pelos fornecedores estrangeiros de B&S, seja para o fornecimento a um E/P no Brasil, seja para a exportação de bens de capital ou de serviços. Competir em pé de igualdade em matéria de condições de financiamento com os fornecedores estrangeiros, que dispõem de apoio especial para a exportação de B&S dos governos dos países onde têm suas sedes, ou quando fazem parte de conglomerados em que o braço financeiro permite a oferta de prazos e taxas de juros especialmente favorecidos, é tudo que os fornecedores nacionais de B&S alegam necessitar para aumentar sua capacidade de fornecimento. Ao lado desta possibilidade de equalização dos financiamentos de fontes brasileiras, os fornecedores nacionais de B&S, por seu turno, têm de se capacitar para captar financiamento externo e/ou ligar-se a grupos financeiros capazes de prestar este apoio que seus concorrentes estrangeiros oferecem. 5 – Outros Atores que Formam a “Vontade Política” Foram referidos nos itens anteriores alguns atores importantes cuja conscientização e compromisso com a necessidade de evitar importações que não se justifiquem por razões sólidas (preço, qualidade, prazos de entrega etc.), são fundamentais para a conformação da “vontade nacional” de aumentar a participação da indústria de B&S no fornecimento aos novos projetos petroquímicos e de fertilizantes. Além da PETROBRAS, dos próprios fornecedores nacionais de B&S interessados, particularmente das empresas de engenharia, do BNDES, do INPI, do MDIC e do BACEN, há um outro tipo de ator fundamental a ser envolvido no processo: são as empresas privadas do setor químico e petroquímico (notadamente as deste último: BRASKEN, SUZANO, UNIPAR, ULTRA e IPIRANGA). Elas são de fato, ao longo do tempo, a circunstância mais favorável para a absorção da tecnologia empregada em suas plantas, se tiverem a preocupação de capacitar-se e constituir núcleos internos de adaptação/desenvolvimento tecnológico. A PETROQUISA é sócia minoritária de muitas destas empresas. O que não impede que seus representantes nos Conselhos de Administração respectivos possam ter uma ação vigorosa em favor do aumento da participação das empreas nacionais nos fornecimentos, desde que haja uma uma doutrina e uma política definida de retomada dos investimentos do grupo PETROBRAS na petroquímica e na produção de fertilizantes. Caso se conforme a “vontade política” objeto deste ensaio, estes representantes do acionista PETROQUISA passariam a jogar um papel doutrinário importante no sentido de comprometer as grandes operadoras no processo de aumento da participação da indústria brasileira de B&S para os projetos do setor. Estas são, em essencia, as reflexões iniciais da equipe da EPPG a respeito dos temas que poderiam ser priorizados na oficina de trabalho programada para o dia 13 p.v. Caso V.Sa. esteja de acordo com esta linha, os consultores ficarão à sua disposição para desenvolver cada um deles, indicando propostas concretas de políticas públicas ou de normas de comportamento das empresas privadas envolvidas, com vistas a galvanizar uma vontade

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política coletiva para o aumento da participação nacional no fornecimento de B&S para a indústria petroquímica e de fertilizantes .

4.1.1Considerações da ABEMI Abaixo, apresentamos as considerações que foram levantadas pelo Eng André Petroff, após as apresentações do 1º Workshop : -Vendor List e Cadastro: A preocupação apresentada é que os projetos da área Petroquímica e Fertilizante apresentem em seu Vendor List o maior numero possível de fornecedores nacionais para os diversos tipos de materiais e equipamentos que compõem uma planta petroquímica , pois assim a possibilidade da compra ser local é muito maior. Já o Cadastro deve ter regras bem claras e racionais para que a maioria dos fornecedores, financeiramente estáveis e com qualidade e tecnologia façam parte do mesmo. -Projetos com Financiamento do Exterior: Criar dispositivos que neutralizem a obrigação de compra no país de origem do financiamento, pois dessa forma eliminaremos distorções de importações com produtos que tem domínio no mercado nacional. Muitos exemplos foram apresentados o que demonstra que a pratica é comum no mercado Brasileiro e mesmo no exterior. Assim cabe até uma sugestão de que antes de se decidir pela compra que se apresente um comparativo, em mesmas bases, do melhor preço no mercado local versus o melhor preço do mercado externo, e ai independe se é no país do financiamento , mas sim globalizado. -Para ABEMI os EPC’s apresentam uma complexidade extraordinária na área tributária e fiscal que é a quantidade de impostos e a forma de aplicação dos mesmos onerando bastante o valor final dos bens e serviços. Agora como essa situação é generalizada em todos os setores do país e o PROMINP tem projetos específicos que tratam dessa questão, , esta nota fica a titulo de lembrança para a área Petroquímica e de Fertilizante que deve apresentar o mesmo cenário. De uma forma geral desde o estabelecimento do PROMINP, e a participação das associações, muita coisa já tem evoluído e ajudado nas concorrências do Óleo e Gás, mas ainda tem muito para ser feito no intuito de se chegar ao objetivo maior do programa. Já a área Petroquímica e de Fertilizante deve se utilizar dessas mudanças como ponto de partida para seus empreendimentos aproveitando que o mercado que ira acessar será o mesmo.

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5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 Conclusões

Para aumentar a competitividade de nossas empresas fornecedoras de bens e serviços da área petroquímica , foram identificados vários aspectos que , em sua maioria, dependem de ações que teriam que ser tomadas pelo Estado Brasileiro no sentido de se: Apoiar a inovação como estratégia. Reduzir os tributos sobre as empresas. Reduzir a burocracia. Reduzir a taxa interna de juros. Promover uma política cambial favorável. Usar o poder de compra do estado. Defender nossas empresas através do estabelecimento barreiras técnicas ou comerciais tipo sobretaxas ou cotas de importação ou outros mecanismos cabíveis.

5.2 Estabelecimento do percentual mínimo de conteúdo nacional

Embora o levantamento efetuado pela EPPG tenha chegado a um Índice de Nacionalização na Petroquímica bastante elevado, de 85,1%, há que se considerar diversas incertezas que influenciaram o valor encontrado. De início, poucas, dentre as empresas entrevistadas, detinham informações adequadas à avaliação do conteúdo local de suas instalações através dos critérios da Cartilha do Prominp. Em muitos casos, diante da impossibilidade da obtenção dos dados mais precisos, foi utilizado como critério o pagamento em moeda nacional ou mesmo critérios “Ad Hoc”. Ademais, pela grande especificidade de alguns equipamentos típicos da indústria petroquímica, muitas vezes não há demanda sustentável para o fornecimento local de certos tipos de equipamento, sendo comum haver apenas um ou dois fabricantes determinados tipo de equipamento no mundo, e por isso, a medida que os projetos tornam-se mais sofisticados, o percentual de fabricação local tende a diminuir. Com base nestas considerações, julgou-se oportuno que para iniciar uma política de apoio à nacionalização para o fornecimento de bens e serviços na área petroquímica, poder-se-ia estabelecer a exigência de um conteúdo nacional para os próximos 5 anos, de no mínimo 70%, medido por intermédio da Cartilha do PROMINP.

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5.3 Recomendações

Considerando-se que a empresa brasileira fornecedora de bens e serviços para a indústria petroquímica sofre, na origem, uma competição desigual do fabricante estrangeiro, julgou-se conveniente estabelecer procedimentos específicos para proteger a indústria nacional, a exemplo do que ocorre na área de E&P. O procedimento a ser estabelecido seria através da exigência da Empresa responsável pela condução do empreendimento de atender obrigatoriamente a um conteúdo nacional mínimo, estabelecido pela autoridade que concederá a licença de operação da Planta. Devido ao possível aumento de custos gerado por esta proposta, consideramos que a definição do percentual a ser fixado para o conteúdo nacional mínimo deve ser amplamente discutido entre o Governo e a representação das indústrias petroquímicas do país, a ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química) sendo levado em consideração, em cada caso, além dos aspectos inerentes ao tipo de indústria, também a quantidade de empregos que a nova empresa a ser instalada possibilitará ser gerado no país.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Contrato N.o 6000.0021669.06.2, firmado entre a Petrobras (Contratante) e a EPPG (Contratada); • RP-INDP&G05-PIR-001-0 - Construcao de Metodologia, Sistematica, Afericao e Auditagem para a Apuracao de Conteudo Local, elaborado pela ONIP/BNDES, também chamada de Cartilha do PROMINP; • P-EPPG-01-R01 – Procedimento para o Levantamento do Conteudo Local de B&S dos Empreendimentos da Area de Petroquimica e de Fertilizantes, elaborado pela EPPG e aprovado pela Contratante, especificamente par a desenvolvimento dos trabalhos.

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7 ANEXOS

Os anexos ao presente relatório estão organizados em três pasta : 1-Pasta dos Relatórios da EPPG 2-Pasta das apresentações do 1º Workshop 3-Pasta das apresentações do 2º Workshop

7.1 Conteúdo da pasta dos Relatórios da EPPG

Relatório A EPPG - Metodologia Relatório C EPPG - Resultados Carta da EPPG - Entrega do Relatório C Carta da EPPG – Linhas de ação sugeridas Carta da EPPG - Equipe

7.2 Conteúdo da pasta das Apresentações do 1º Workshop

Apresentação do Instituto Brasileiro do Petróleo do Petróleo, Gás e Biocombustíveis – Raimar Van Den Bylaard Apresentação da Petrobras Química SA - Petroquisa – Antonio Sergio Pizarro Fragomeni Apresentação da Associação Brasileira dos Consultores de Engenharia (ABCE) Lindolpho Correia de Souza Apresentação da Associação da Indústria Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades – Nelson Brasil Agenda do 1º Workshop dos projetos Prominp Abast 22 e 23 Carta convite dos participantes do 1º Workshop dos projetos Prominp Abast 22 e 23 Relação dos participantes do 1º Workshop dos projetos Prominp Abast 22 e 23

7.3 Conteúdo da pasta das apresentações do 2º Workshop

Apresentação Petrobras - Paulo Turazzi de Carvalho Apresentação Petroquisa - Antonio Sergio Pizarro Fragomeni Apresentação da Associação Brasileira dos Consultores de Engenharia (ABCE) Lindolpho Correia de Souza. Apresentação do Programa PROMINP – Michel Fabianski Campos. Apresentação da Rede de Excelência em Petroquímica – REDEPEQ – Dora Coe de Oliveira. Apresentação da Área de Materiais da Petrobras – Paulo Sergio Rodrigues Alonso. Apresentação do Banco Nacional de desenvolvimento econômico- BNDES- Eduardo Fernandes. Apresentação da Organização Nacional da Indústria do Petróleo – ONIP- Cadastro -Roberto Magalhães.

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Apresentação da Organização Nacional da Indústria do Petróleo – ONIP- Diagnóstico de Lacunas Oferta x Demanda - Roberto Magalhães. Apresentação do Sindicato Nacional da Indústria de Construção Naval (SINAVAL) e Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Indústria de Base (ABIDIB) – Augusto Mendonça e Oswaldo Palma Filho. Relação de Participantes do 2º Workshop Prominp da Indústria Petroquímica.