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Índice - ACSS e Contas 2009 CHEDV.pdf · 2 - Indicadores económico-financeiros e da actividade assistencial 3 3 - Órgãos Sociais 5 4 - Organograma 6 ... Azeméis, unidade que

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Índice

1 - Mensagem do Conselho de Administração 1

2 - Indicadores económico-financeiros e da actividade assistencial 3

3 - Órgãos Sociais 5

4 - Organograma 6

5 - Breve apresentação 7

6 - Actividade assistencial desenvolvida em 2009 15

7 - Avaliação da satisfação dos utentes 39

8 - Recursos humanos 45

Evolução dos efectivos 45

Segurança higiene e saúde no trabalho 49

Formação 51

9 - Sistemas de Informação 53

10 - Visão económica e financeira 56

Impacto da integração dos Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel 57

Análise económica 58

Situação financeira e patrimonial 76

Investimentos 78

11 - Desenvolvimento estratégico e actividade para 2010 81

Principais linhas de actuação 81

Actividade assistencial prevista 83

Investimentos 84

12 - Proposta de aplicação de resultados 86

13 - Demonstrações financeiras 87

Balanço analítico 87

Demonstração de resultados 89

Demonstração dos fluxos de caixa 91

Demonstração de resultados por funções 92

14 - Anexo ao balanço e à demonstração de resultados 93

15 - Certificação legal de contas 102

16 - Relatório e parecer do Fiscal Único 104

17 - Governo da sociedade 105

18 - Mapas de controlo orçamental 117

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

1

Mensagem do Conselho de Administração

O presente Relatório e Contas reporta o movimento assistencial e a actividade económica e

financeira do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E., entidade jurídica que foi

criada nos termos do Decreto-Lei n.º 27/2009, de 27 de Janeiro, do período compreendido

entre 1 de Fevereiro a 31 de Dezembro de 2009, correspondendo assim ao primeiro exercício

económico.

O Centro Hospitalar veio agrupar o Hospital de São Sebastião, E.P.E., o Hospital Distrital de

S. João da Madeira e o Hospital de S. Miguel - Oliveira de Azeméis, sendo que os dois

últimos estavam integrados no Sector Público Administrativo, possuindo uma pequena

dimensão e com estruturas assistenciais complementares, tendo como áreas de atracção os

concelhos de São João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra.

O Hospital de São Sebastião foi criado pelo Decreto-Lei n.º 218/95, de 20 de Novembro, com

início de funcionamento em 4 de Janeiro de 1999, tendo completado 10 anos de

funcionamento em Janeiro de 2009.

O Hospital constituiu a primeira experiência de gestão empresarial no conjunto de Hospitais

do Serviço Nacional de Saúde, beneficiando para o efeito de um estatuto jurídico inovador. A

área de atracção estava centrada nos concelhos de Santa Maria da Feira, Arouca e Castelo

de Paiva, embora atendesse igualmente, sobretudo por razões de proximidade, a maior parte

dos doentes do concelho de Ovar.

A criação do Centro Hospitalar veio culminar um processo de reorganização da prestação de

cuidados hospitalares desta região, implementado de forma progressiva a partir de 2006,

com o encerramento do bloco de partos do Hospital de São Miguel, a assumpção da urgência

cirúrgica do Hospital de São João da Madeira, o encerramento do internamento de Pediatria

no Hospital Francisco Zagalo (Ovar) e no Hospital de S. Miguel, a implementação da VMER e,

por último, a criação do serviço de psiquiatria.

Estas medidas de concentração de recursos e capacidade assistencial tiveram como objectivo

fundamental proporcionar uma maior segurança no tratamento dos doentes, bem como a

racionalização dos recursos humanos e materiais disponíveis, de forma a dotar a região da

parte Norte do Distrito de Aveiro, com uma população a rondar os 340.000 habitantes, de

uma capacidade de resposta mais adequada às necessidades da saúde.

Com a criação do Centro Hospitalar foram criadas as condições indispensáveis a uma melhor

articulação entre as Unidades Hospitalares que o integram, proporcionado uma maior

equidade no tratamento dos doentes, tanto no acesso às consultas de especialidade

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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prescritas nos Centros de Saúde como na realização da actividade cirúrgica, passando a

haver listas únicas de doentes para cada uma destas áreas, e, deste modo, tornando

possível o atendimento de acordo com os níveis de prioridades atribuídos.

O Conselho de Administração mantém-se fortemente empenhado na melhoria das

instalações dos Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel, bem como na substituição

dos equipamentos quando se revele necessário, de modo a proporcionar uma melhor

qualidade e segurança na prestação de cuidados e a tornar estas instituições mais atractivas

para os colaboradores que aí exercem funções.

Importa ressaltar que se estão a elaborar os estudos para o Novo Hospital de Oliveira de

Azeméis, unidade que deverá ser enquadrada como um hospital de proximidade,

vocacionada fundamentalmente para o ambulatório (consultas externas, cirurgia do

ambulatório e meios complementares de diagnóstico e terapêutica), dispondo ainda de

instalações para internamento e de um serviço de urgência básico.

No processo de estruturação do Centro Hospitalar houve a preocupação de unificar os

serviços, abrangendo não só os de gestão e logística mas também os de prestação de

cuidados, o que foi concretizado nos três primeiros meses de funcionamento. Os principais

objectivos da produção definidos para 2009 foram alcançados, com a excepção da urgência

do Hospital de São Sebastião, a qual registou um decréscimo no número de doentes

atendidos, tendência que já se havia registado em 2008, indo assim de encontro aos

objectivos estratégicos definidos pelo Ministério da Saúde para esta área.

O Conselho de Administração

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Indicadores da actividade assistencial

2008 2009 1 Fev-31Dez

2009

Internamento e Cirurgia do Ambulatório

Nº de Camas 428 403 404

Doentes Saídos

Internamento (com Berçário e sem OBS) 25.298 21.204 23.263

Cirurgia do Ambulatório 4.656 5.433 5.891

Total 29.954 26.637 29.154

Demora Média 4,6 4,7 4,7

Taxa de Ocupação 74,8 73,1 73,5

Doentes Tratados / Cama 59 53 58

Case - mix 0,93 0,95 0,95

Ambulatório

Consultas Externas

Total de Consultas 327.155 297.344 324.838

Nº de Primeiras Consultas 120.475 112.177 122.483

Primeiras Consultas / Total 36,8% 37,7% 37,7%

Urgências 204.710 179.655 197.522

Urgências / Dia 559 538 541

Hospital Dia Oncológico (nº de sessões) 16.523 14.479 15.629

Outros

Medicina Física e Reab. (nº de sessões) 469.547 429.878 461.713

Serviço Domiciliário (nº de visitas) 1.870 1.963 2.086

Nota:

1. O ano de 2008 inclui a produção autónoma das três unidades agora integrantes do CHEDV;

2. O ano de 2009 (11 meses) considera o período do CHEDV, uma vez que este Centro Hospitalar foi apenas

constituído no dia 1 de Fevereiro de 2009;

3. O ano de 2009 (completo), para além dos 11 meses do CHEDV, incorpora o mês de Janeiro de cada uma das

três unidades.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Indicadores económicos e financeiros

2009

(1 Fev. - 31 de Dez.)

Contas de Resultados

Prestações de Serviços 82.501.920

Subsidios à Exploração 196.610

Resultados Operacionais -3.148.594

Resultados Financeiros 693.017

Resultados Correntes -2.455.577

Resultado Líquido -1.585.160

EBITDA 1.222.830

Estrutura do Balanço

Activo Fixo 26.354.391

Activo Circulante 82.736.842

Activo Total 109.091.233

Capital Próprio 76.704.095

Passivo Corrente 32.387.137

Rácios de Situação Financeira

Liquidez Geral 2,55

Liquidez Reduzida 2,48

Rácios de Estrutura

Autonomia Financeira 0,70

Solvabilidade 2,43

Rácios de Gestão

Prazo Médio Recebimento (em dias) 48

Prazo Médio Pagamento (em dias) 57

Duração Média Existências (em dias) 44

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Órgãos Sociais

Conselho de Administração

Presidente Fernando Martins da Silva

Vogais Maria da Piedade Pacheco Amaro - Directora Clínica

José David dos Santos Ferreira – Enfermeiro Director

Pedro Nuno Figueiredo dos Santos Beja Afonso

Luís Manuel de Sousa Matias

António Cândido Ferreira Lima

Fiscal Único

Efectivo Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Álvaro, Falcão &

Associados, representada pelo Dr. Guy Alberto Fernandes de Poças

Falcão

Suplente Dr.ª Ana Isabel Silva de Andrade Fino de Sousa

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Organograma

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Breve apresentação

Enquadramento

O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E., adiante designado por CHEDV,

com sede em Santa Maria da Feira, foi constituído através do Decreto-Lei n.º 27/2009, de 27

de Janeiro de 2009, com efeitos a 1 de Fevereiro de 2009. O Centro Hospitalar veio agregar

o Hospital de São Sebastião, E.P.E. (Santa Maria da Feira), o Hospital de São João da

Madeira e o Hospital São Miguel (Oliveira de Azeméis).

Desta forma, a nova instituição passou a ser responsável pelos cuidados de saúde a uma

população de aproximadamente 350.000 habitantes, residentes nos concelhos de Santa

Maria da Feira, Arouca, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e Ovar.

Actualmente o CHEDV inclui também na sua área de influência algumas freguesias do

concelho de Castelo de Paiva.

Por outro lado, a criação do Centro Hospitalar veio culminar um processo de reorganização

dos cuidados hospitalares na parte Norte do Distrito de Aveiro, sendo de referir a

centralização do núcleo de partos, da urgência médico-cirúrgica e do atendimento urgente e

do internamento de pediatria.

O Hospital de São Sebastião (HSS), criado em 1996, entrou em funcionamento a 4 de

Janeiro de 1999, na sequência da publicação do Decreto-Lei n.º 151/98, de 5 de Junho. Foi

dotado com um modelo de gestão inovador, o qual define o estatuto jurídico pelo qual a

instituição passou a reger-se. Este diploma conferiu, pela primeira vez a um hospital público,

uma natureza empresarial, recorrendo aos métodos, técnicas e instrumentos habitualmente

utilizadas pelo sector privado, para a sua organização e gestão. Desses meios de gestão,

podem salientar-se, entre outros, a contratualização do financiamento em função das

actividades a prosseguir, o estabelecimento de contratos individuais de trabalho e de

incentivos aos profissionais, e a agilização da contratação dos meios necessários ao seu

funcionamento.

O Hospital de São João da Madeira (HSJM), instalado num edifício dos anos 60 do século

XX, da Santa Casa da Misericórdia local, foi integrado, em Dezembro de 1974, na rede

nacional de hospitais públicos (i.e. SNS), por força da nacionalização, consignada no Decreto

de Lei n.º 704/74, de 7 de Dezembro. O Hospital, ao longo dos anos, foi aumentado e

melhorado quer em instalações (consulta externa, blocos cirúrgicos, urgência, fisioterapia e

outros), quer em equipamentos. Até à constituição do CHEDV este hospital pertencia ao

Sector Publico Administrativo (SPA), estando a sua organização e ferramentas de gestão

enquadradas neste estatuto.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Inaugurado a 1 de Julho de 1895, o Hospital de São Miguel (HSM), sediado em Oliveira

de Azeméis, foi erigido graças à determinação de beneméritos da então vila de Oliveira de

Azeméis e doado à Santa Casa da Misericórdia, entretanto fundada com o propósito de

assumir a sua gestão, o que aconteceu até 1975 - data da sua nacionalização, já com o

estatuto adquirido três anos antes de Hospital Distrital.

À semelhança do Hospital de São João da Madeira, esta unidade hospitalar sempre pertenceu

ao SPA. Trata-se de uma unidade que apresenta instalações muito degradadas e

desadequadas para as actuais exigências da prática médica, apesar de algumas

remodelações de que foi alvo nos últimos anos.

Em 1979, pelo Decreto de Lei n.º 3/79, de 24 de Fevereiro, é criado o “Centro Hospitalar de

Aveiro Norte”, juntando os hospitais de S. João da Madeira e de Oliveira de Azeméis,

situação que se manteve até 1989. Desta fusão, pela nova organização, resultou a junção de

especialidades e respectiva distribuição pelas duas unidades, ficando em São João da

Madeira as especialidades cirúrgicas e em Oliveira de Azeméis as especialidades médicas e

materno-infantil - situação que se manteve, até a criação do Centro Hospitalar. Note-se que,

no momento da criação do CHEDV o Ministério da Saúde já tinha encerrado o Serviço de

Urgência existente no Hospital de São João da Madeira e a Maternidade do Hospital São

Miguel.

A transformação de diversos hospitais em Entidades Públicas Empresariais (EPE) teve o

seu início com o Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro. Desde então, vários

hospitais foram transformados em EPE, permitindo uma gestão com carácter empresarial,

orientada para a satisfação das necessidades dos utentes. Nos últimos anos o Ministério da

Saúde tem optado por reorganizar a prestação dos cuidados de saúde hospitalares, sob a

forma de Centros Hospitalares, perspectivando-se a criação de sinergias e potenciando-se

uma melhor organização da oferta de cuidados de saúde, considerando as vertentes da

acessibilidade e segurança do doente, assim como da eficiência dos cuidados prestados.

A constituição do CHEDV implicou, necessariamente, uma reorganização de todos os serviços

de apoio logísticos do Centro Hospitalar e uma redefinição do perfil assistencial de cada

unidade. Esta reorganização teve por base a implementação de três princípios estratégicos,

em concreto:

a. Privilegiar a proximidade;

b. Assegurar os níveis máximos de segurança do doente;

c. Fomentar a eficiência.

No âmbito dos serviços de apoio logísticos centralizou-se no HSS todas as actividades,

criando-se no HSM e no HSJM um serviço multifunções de apoio geral, no âmbito das

actividades relacionadas com o Serviço de Recursos Humanos, Serviços Financeiros e

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Serviços de Aprovisionamento. Ao longo do ano, interveio-se nos serviços de limpeza e de

apoio e vigilância de cada unidade, optando-se pela implementação do modelo de insourcing,

em uso no HSS. Quanto ao Serviço de Limpeza e Tratamento de Roupa mantém-se, para o

HSM e HSJM, o modelo de outsourcing. Foi feito um redimensionamento dos Serviços de

Patologia Clínica e dos Serviços Farmacêuticos, em cada hospital, e procedeu-se à

concentração dos Serviços de Esterilização das duas unidades satélite no HSJM.

A implementação de um serviço de transporte entre as várias unidades foi fundamental para

viabilizar a concentração de algumas actividades, em particular nas áreas laboratoriais,

farmacêuticas e de aprovisionamento geral. De modo a permitir uma ágil circulação dos

funcionários entre as várias unidades, criou-se um serviço de transfer, com horários fixos.

Em termos informáticos, refere-se que em Outubro de 2009 procedeu-se à unificação do

sistema de informação SONHO do HSJM com o do HSS. A integração do SONHO do HSM foi

realizada no dia 1 de Janeiro de 2010. É de referir que a co-existência de três SONHOS ao

longo de vários meses provocou um conjunto de constrangimentos, em particular, na gestão

das agendas e das listas de esperas. O processo clínico electrónico utilizado no HSS e

desenvolvido internamente, denominado por Medtrix EPR, começou também a ser utilizado

no HSJM a partir de Agosto de 2009. No caso do HSM o inicio da utilização do Medtrix EPR foi

só possível com a integração do SONHO.

No que se refere à componente de prestação de cuidados destacam-se as medidas

contempladas no quadro seguinte.

Principais medidas tomadas no âmbito da reorganização assistencial

Hospital São João da Madeira Hospital São Miguel

Abertura da Unidade de Cirurgia de Ambulatório

Dinamização da cirurgia de ambulatório

Redução no número de camas de internamento (de 60 para 32 camas)

Reestruturação das equipas da “Consulta de Medicina Geral”, em particular no período nocturno

Reestruturação das equipas médicas/enfermagem de apoio ao internamento

Dinamização da consulta de Psiquiatria

Criação da oferta da consulta de Pediatria

Encerramento do Serviço de Internamento de Pediatria

Dinamização dos meios de diagnóstico no âmbito da Cardiologia

Reestruturação do apoio médico de suporte avançado de vida

Reestruturação das equipas de enfermagem do internamento

Reestruturação das equipas médicas de apoio ao SUB

Fim da realização de actividade cirúrgica (cirurgia pediatria de ambulatório)

Centralização da consulta de Neurologia no HSS

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Um dos factos relevantes a enunciar foi o inicio, em Outubro de 2009, da unificação do

Processo Clínico, sendo o objectivo a existência de um processo clínico único por utente no

CHEDV, de modo a potenciar a avaliação clínica. Este projecto começou no HSJM, tendo sido

estendido em Janeiro de 2010 ao HSM.

Para além da reorganização dos serviços, efectuou-se ao longo do ano de 2009 um conjunto

de intervenções físicas / investimentos relacionadas com o processo de integração das

unidades, destacando-se, de seguida algumas intervenções realizadas nas unidades de São

João da Madeira e de Oliveira de Azeméis:

Principais intervenções físicas / investimentos

Hospital São João da Madeira Hospital São Miguel

Criação da Unidade de Cirurgia de Ambulatório

Intervenção no recobro do Bloco Operatório, gerando-se um aumento de lotação de 4 para 7 camas

Reabilitação das instalações de Imagiologia, com colocação de equipamento digital

Intervenção nos armazéns do hospital

Intervenção na Casa Mortuária

O ano de 2009 ficou marcado por ser o ano de reorganização do Centro Hospitalar, com a

concentração de alguns dos serviços de logística, a normalização de procedimentos, a criação

de novas competências e ofertas de serviços, a mobilidade interna de alguns funcionários, a

reorientação do perfil assistencial das unidades e a nomeação de lideranças únicas para os

vários serviços que compõem o CHEDV.

Uma vez que o CHEDV foi apenas constituído a 1 de Fevereiro de 2009, o que limita as

análises comparativas aconselháveis na realização de um Relatório e Contas, optamos por

apresentar a informação referente ao movimento assistencial estruturado da seguinte forma:

Ano de 2008 - representa o acumulado dos três hospitais, que nesse ano

funcionavam de forma perfeitamente autónoma;

1 de Fevereiro a 31 de Dezembro de 2009 - traduzem os resultados efectivos do

Centro Hospitalar;

Ano de 2009 – considera, para além dos resultados do Centro Hospitalar, o mês de

Janeiro de cada uma das unidades, de modo a permitir uma análise comparativa.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Missão e valores

No regulamento interno do CHEDV assume-se que “ a missão do Centro Hospitalar está

centrada no atendimento e no tratamento, em tempo útil, dos doentes dos concelhos da

parte norte do distrito de Aveiro, com eficiência, qualidade e a custos socialmente

comportáveis, em articulação com a rede de hospitais que integram o Serviço Nacional de

Saúde, com a rede de cuidados de saúde primários e com a rede nacional de cuidados

continuados integrados. Faz, ainda, parte da sua missão a participação no ensino e na

formação pré e pós–graduada de pessoal técnico de saúde e o desenvolvimento de linhas de

investigação clínica”.

Ainda de acordo com o mesmo regulamento, o funcionamento do Centro Hospitalar e a

actuação dos colaboradores regem-se por um conjunto de valores que se podem sintetizar

nos seguintes:

Respeito pelo indivíduo - Procurando responder às necessidades dos doentes e dos

colaboradores, com respeito pela privacidade e encorajando a sua participação no

processo de decisão;

Qualidade - Procurando a excelência na prestação de cuidados, utilizando modernas

tecnologias, num ambiente seguro, atractivo e amigável;

Performance - Utilizando de modo eficiente os recursos da comunidade;

Inovação - Incentivando e premiando a exploração de novas ideias e o

desenvolvimento de novas actividades;

Ética - Advogando os mais elevados princípios de conduta em todas as acções e

decisões, como base para a confiança pública.

Evolução da população residente na área de atracção

O CHEDV presta assistência a uma área que integra um conjunto de sete concelhos

localizados na região norte do distrito de Aveiro. Em 2007, a constituição do Centro

Hospitalar Gaia/Espinho veio alterar a rede de referenciação nesta região, uma vez que os

habitantes do concelho de Espinho passaram a ser referenciados para a unidade hospitalar

de Gaia, o que não invalida que os utentes deste concelho ainda recorram ao serviço de

urgência médico-cirúrgica existente no Hospital de São Sebastião.

A população residente nestes concelhos era constituída, segundo o último censo realizado

em 2001, por 332 milhares de habitantes, dos quais 170 milhares eram do sexo feminino e

162 milhares do sexo masculino, conforme se regista no quadro seguinte.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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População residente por concelho

Concelho 1991 2001 v. 91-01

H M HM H M HM HM

Sta. Maria da Feira 57.573 61.068 118.641 66.601 69.363 135.964 14,6%

Ovar 24.181 25.478 49.659 26.936 28.262 55.198 11,2%

Arouca 11.609 12.285 23.894 11.891 12.337 24.228 1,4%

Sub-Total 93.363 98.831 192.194 105.428 109.962 215.390 12,1%

Oliveira de Azeméis 32.739 34.107 66.846 34.683 36.038 70.721 5,8%

Vale de Cambra 12.022 12.515 24.537 12.226 12.572 24.798 1,1%

S. João da Madeira 8.910 9.542 18.452 10.072 11.030 21.102 14,4%

Sub-Total 53.671 56.164 109.835 56.981 59.640 116.621 6,2%

Total 147.034 154.995 302.029 162.409 169.602 332.011 9,9%

Continente 4.521.845 4.854.081 9.375.926 4.765.270 5.103.780 9.869.050 5,3%

Fonte: INE - Censos 2001

A população do concelho de Santa Maria da Feira representa cerca de 41% do total de

residentes nesta parte do distrito de Aveiro, sendo também este o concelho que apresentou

um maior crescimento entre 1991 e 2001. O crescimento populacional foi também

significativo nos concelhos de São João da Madeira e Ovar, enquanto que nos restantes

concelhos esse crescimento foi moderado.

Caracterização do dispositivo assistencial

A prestação de cuidados hospitalares na parte norte do distrito de Aveiro é assegurada pelos

hospitais de Santa Maria da Feira, de Oliveira de Azeméis e de São João da Madeira, que

constituem o CHEDV, e pelos hospitais de Ovar e de Espinho, este último integrado no

Centro Hospitalar Gaia/Espinho, desde 2007.

Até 2006, os hospitais de Oliveira de Azeméis e de São João da Madeira

complementavam-se, sendo que ao Hospital São Miguel estavam cometidas

responsabilidades assistenciais nas especialidades de Cardiologia, Medicina Interna,

Ginecologia/Obstetrícia, Pneumologia e Pediatria, competindo ao Hospital de São João da

Madeira a assistência nas especialidades de Cirurgia Geral, Ortopedia, ORL, Oftalmologia e

Urologia.

Porém, a exígua dimensão dos quadros médicos destes dois hospitais em algumas

especialidades, a par da inexistência de unidades de cuidados intermédios ou intensivos,

transformaram o Hospital de São Sebastião no hospital de referência dos mesmos, em

especial na Oftalmologia, Cardiologia, Neurologia, Gastrenterologia, Urologia e Oncologia.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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No que diz respeito ao Hospital de Espinho, uma vez integrado num Centro Hospitalar, ficou

perfeitamente definido o encaminhamento dos pedidos de consulta externa das diversas

especialidades e o fluxo de doentes para a urgência, tendo-se registado uma diminuição dos

que acorrem ao HSS, desde essa data.

O Hospital Francisco Zagalo - Ovar tem vindo a passar por uma reformulação da sua missão,

com uma aposta na cirurgia do ambulatório e na prestação de cuidados continuados. Este

deverá continuar a drenar os doentes para o HSS, em desfavor do Hospital de Aveiro, por

razões de acessibilidade e preferência da população.

A partir de 2006, assistiu-se a uma profunda reformulação do dispositivo assistencial desta

região, como consequência de um conjunto de reformas que foram definidas pelo Ministério

da Saúde, não abrangendo apenas as que se prendem com a reestruturação da rede de

urgências. Salienta-se de seguida as que tiveram um impacto mais importante na actividade

assistencial do Hospital de São Sebastião.

Em 1 de Junho de 2006, na sequência do plano de reorganização da rede de

maternidades do país, foi encerrado o núcleo de partos do Hospital São Miguel, pelo

que, desde então, todos os partos passaram a ser realizados no HSS, assim como as

urgências obstétricas e ginecológicas.

A partir de Março de 2007 o Hospital de São Sebastião deixou de ter um SAP a

funcionar nas suas instalações, que era assegurado por médicos do Centro de Saúde

de Santa Maria da Feira no período compreendido entre as 8 e as 24 horas. Este SAP

funcionava, desde de Janeiro de 1999, com base num protocolo celebrado com a

Sub-Região de Saúde de Aveiro.

Em Abril de 2007 foi encerrada a urgência e o internamento de pediatria do Hospital

de Ovar, competindo ao Hospital de São Sebastião a responsabilidade pelo

atendimento na urgência e no internamento de todos os doentes do foro pediátrico

que até então eram atendidos naquele hospital.

Em Junho de 2007 o Hospital de São Sebastião passou a depender da Administração

Regional de Saúde do Norte, bem como os restantes hospitais atrás mencionados,

com excepção do Hospital de Ovar.

Em Outubro de 2007 a urgência cirúrgica do Hospital de São João da Madeira passou

a ser assegurada integralmente pelo Hospital de São Sebastião, com base num

protocolo celebrado entre as duas instituições.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Em Dezembro de 2007 foi encerrada a urgência do Hospital de Ovar, passando os

doentes a ser encaminhados para o Hospital de São Sebastião.

Em Fevereiro de 2009 é criado o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga,

integrando os hospitais de São Sebastião, de São João da Madeira e de Oliveira de

Azeméis.

Em Março de 2009 foi inaugurada uma Unidade de Cirurgia de Ambulatório no

Hospital de São João da Madeira, que resultou numa intervenção em cerca de 500

m2 do primeiro piso. Esta unidade inclui, para além de gabinetes de consulta e de

pequena cirurgia, uma área de recobro pós-cirúrgico com 6 camas (e respectivo

cadeirão de apoio) e 5 cadeirões.

Em Maio de 2009 procedeu-se ao encerramento de um piso de internamento do

Hospital de São João da Madeira com 35 camas.

Em Maio de 2009 o Hospital São Miguel deixou de ter internamento de Pediatria,

optando-se pela sua concentração no Hospital de São Sebastião.

Ao longo do ano de 2009 foram criadas as condições para a instalação de um Serviço

de Psiquiatria no CHEDV, de modo a dar uma resposta no âmbito da Saúde Mental.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

15

Actividade assistencial desenvolvida em 2009

Internamento No ano de 2009 registou-se um decréscimo considerável no número de doentes saídos do

internamento, quando se compara com o ano de 2008 (-8,0%). Esse decréscimo resulta

essencialmente de uma diminuição acentuada no Hospital de São da Madeira (-46,8%) e de

uma variação negativa de -8,9% no Hospital de São Miguel. Quanto ao Hospital de São

Sebastião verificou-se uma ligeira diminuição (-1,2%), resultado de uma quebra de -9,2%

no berçário e de -8,7% na obstetrícia. Excluindo o berçário, verificou-se uma certa

estagnação (-0,3%) no número de doentes saídos no Hospital de São Sebastião.

Esta evolução relaciona-se com um conjunto de factores, uns de natureza interna e outros

de natureza externa, que se sintetizam nos seguintes pontos:

No ano de 2009 houve uma reconfiguração acentuada no perfil assistencial do HSJM,

em virtude da necessidade de aumentar os níveis de segurança clínica, de acesso e

de eficiência. Assim sendo, o HSJM passou a ter uma vocação essencialmente de

ambulatório, havendo uma transferência de doentes cirúrgicos do internamento para

o hospital de dia cirúrgico, provocando um aumento considerável da actividade desta

linha de produção.

A redução da natalidade e consequente redução do número de partos tem sido uma

constante nos últimos anos, afectando o movimento do serviço de obstetrícia e do

berçário - apesar do encerramento da maternidade do HSM.

O encerramento do Serviço de Internamento de Pediatria no HSM (14 camas), em

Maio de 2009. Refere-se que o Serviço de Pediatria do HSS teve mais 41 doentes

saídos e o correspondente no HSM apresentou uma diminuição de 302 doentes

saídos, face a 2008. Assim sendo, após o encerramento do serviço no HSM, não se

assistiu a uma exacta transferência do número de episódios de internamento de

pediatria do HSM para o HSS.

A redução da actividade cirúrgica desenvolvida no âmbito do exercício da clínica

privada.

Verificou-se um ligeiro aumento da demora média, associada ao facto de ter havido uma

transferência de doentes para a cirurgia de ambulatório. Apesar da transferência de um

número elevado de doentes para a cirurgia de ambulatório, foi possível manter o indicador

taxa de ocupação, uma vez que se reduziu o número de camas cirúrgicas no HSJM, com o

encerramento de um piso de internamento cirúrgico com 35 camas.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

16

Evolução dos indicadores do internamento

Indicadores 2008 2009 1 Fev-31Dez

2009 Δ% 08/09

Total de doentes saídos 25.298 21.204 23.263 -8,0%

Doentes saídos sem Berçário e OBS 22.823 19.078 20.975 -8,1%

Berçário 2.573 2.169 2.336 -9,2%

OBS 18 0 0 -100,0%

Demora média 4,62 4,67 4,66 0,9%

Demora média sem Berçário e OBS 4,77 4,85 4,83 1,3%

Demora média do Berçário 3,10 3,03 3,03 -2,3%

Demora média do OBS 1,00 - - -

Taxa de Ocupação 73,9 73,1 73,5 -0,6%

Taxa de ocupação sem Berçário e OBS 74,7 73,5 74,0 -1,0%

Taxa de ocupação do Berçário 75,8 67,7 66,7 -12,0%

Taxa de ocupação do OBS 1,0 - - -

Doentes saídos por cama 59 53 58 -1,7%

Doentes saídos por cama s/ Berçário e OBS 57 51 56 -1,8%

Doentes saídos por cama no Berçário 89 75 81 -9,0%

Doentes saídos por cama no OBS 4 - - -

As especialidades médicas apresentam uma diminuição de 0,7%, o que se deve em grande

medida ao decréscimo do movimento da pediatria (-18,0%), tal como já se referiu.

Foi nas especialidades cirúrgicas onde se verificou uma maior diminuição dos doentes saídos

do internamento (-9,7%), face ao ano de 2008. Esta diferença resultou essencialmente das

alterações verificadas no HSJM, em particular na área oftalmológica. Entre 2008 e 2009,

verificou-se uma diminuição de 33,2% (-256 episódios) nos doentes saídos do Serviço de

Oftalmologia, sendo que, só no HSJM, foram intervencionados nesta especialidade, em

cirurgia de ambulatório, mais 300 doentes do que em 2008.

Nas outras especialidades merece destaque a actividade assistencial da Unidade de Cuidados

Intensivos Polivalente (UCIP), com uma taxa de crescimento de 10,2% no número de

doentes saídos, ao mesmo tempo que apresentou uma forte redução na demora média, a

qual evoluiu de 9,9 dias nem 2008 para 8,3 dias em 2009.

Um dos factos relevantes de 2009 foi a epidemia da Gripe H1N1. Apesar do hospital ter

sentido a necessidade de activar o seu Plano de Contingência em Novembro de 2009, devido,

essencialmente, ao acréscimo de fluxo de doentes ao Serviço de Urgência, a Gripe H1N1 não

teve impacto significativo no internamento.

No que respeita ao “índice case-mix” dos doentes internados, importa salientar que este

indicador sofreu uma alteração positiva em 2009, face a 2008, quando analisamos o

conjunto das três unidades, tendo progredido de 0,93 para 0,95.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Evolução do índice case-mix (ICM) por unidade

Unidades 2008 2009 1 Fev-31Dez 2009

Hospital de São Sebastião 0,95 0,95 0,95

Hospital São João da Madeira 0,94 1,03 1,01

Hospital São Miguel 0,80 0,90 0,88

No caso da unidade de São João da Madeira, o aumento do ICM está relacionado com a

deslocação de um grande volume de doentes, com “case-mix” mais baixo, para a cirurgia de

ambulatório. Já no caso da unidade de Oliveira de Azeméis a variação de 10% no ICM

relaciona-se com o fim do Serviço de Internamento de Pediatria nesta unidade, desde Maio

de 2009, que por norma tem um “case-mix” mais reduzido.

Evolução do ICM dos doentes saídos por serviço

Serviços 2008 2009 1 Fev-31Dez

2009

Berçário 0,16 0,14 0,14

Cardiologia 1,67 1,51 1,52

Cirurgia Geral 1,06 1,09 1,09

Ginecologia 0,73 0,78 0,77

Medicina 1,18 1,15 1,14

Neonatologia 3,53 6,10 5,87

Neurologia 0,81 0,87 0,87

OBS - - -

Obstetrícia 0,51 0,50 0,50

Oftalmologia 0,69 0,72 0,72

Ortopedia 1,46 1,48 1,47

ORL 0,74 0,75 0,75

Pediatria 0,61 0,85 0,80

Pneumologia 1,00 1,10 1,10

Quartos Particulares 1,28 0,85 0,91

Unidade de Cuidados Intermédios 1,38 1,18 1,21

UCI Cardiológicos 1,72 1,77 1,72

UCI Polivalente 3,52 3,86 3,69

Urologia 0,76 0,79 0,79

Total 0,93 0,95 0,95

Do quadro acima, realça-se o aumento do ICM na Neonatologia (+66,3%) e na Pediatria

(+30,6%), o que traduz que, apesar do número de internamentos ter diminuído nestes

serviços, a complexidade dos doentes aumentou, facto esse bem explícito na Neonatologia.

Quanto à Pediatria, constata-se que este serviço tinha, em 2008, um ICM de 0,44 no HOAZ e

de 0,72 no HSS. A integração do serviço de pediatria, entre outros factores, levou a um

aumento do “case-mix” deste serviço.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

18

Como contributo para o aumento do ICM merece também destaque, nas especialidades

médicas, o tratamento dos acidentes vasculares cerebrais e a utilização de técnicas nas

áreas da pneumologia e da gastrenterologia. Nas especialidades cirúrgicas é de referir a

utilização da cirurgia minimamente invasiva num grau mais elevado, bem como a utilização

generalizada de técnicas cirúrgicas por via laparoscópica. Deve ainda salientar-se a cirurgia

da obesidade por bypass (cirurgia geral), a cirurgia do fígado e do pâncreas (cirurgia geral),

a cirurgia da coluna, da anca, do joelho e da mão (ortopedia), a vitrectomia e o transplante

da córnea (oftalmologia) e a cirurgia guiada por computador (ORL).

Bloco Operatório

O CHEDV possui três blocos operatórios, dois no HSS e um no HSJM. O primeiro bloco

localiza-se no piso 3 do HSS e tem seis salas de operações, com uma zona de recobro com

apenas 7 camas, o que provoca algumas limitações no fluxo normal dos doentes

intervencionados. O segundo localiza-se no piso 1 do HSS e tem apenas duas salas, sendo

utilizado em exclusivo pela oftalmologia e ORL. O terceiro bloco situa-se no HSJM e é

constituído por três salas de bloco, com 7 camas de recobro (antes da reformulação

efectuada na última semana de Dezembro de 2009 este bloco tinha apenas 4 camas de

recobro).

Número total de doentes intervencionados

Serviços 2008 2009 1 Fev-31Dez

2009

Cirurgia Geral 5.117 4.363 4.780

Cirurgia Pediátrica 123 60 75

Cirurgia Plástica 123 94 108

Obstetrícia 1.120 966 1.048

Ginecologia 1.398 1.335 1.426

Oftalmologia 3.272 3.261 3.566

ORL 1.339 1.349 1.467

Ortopedia 3.929 3.442 3.803

Urologia 602 476 512

Cirurgia Privada 47 17 25

Total 17.070 15.363 16.810

Em 2009, o número de doentes intervencionados diminuiu em 1,5% (-260 doentes), quando

comparado com o somatório das três unidades em 2008, fundamentalmente devido aos

seguintes factores:

Diminuição de 13,7% da actividade cirúrgica no HSJM, ou seja, menos 487 doentes

intervencionados. Esta redução relaciona-se, essencialmente, com a diminuição de

428 doentes operados, face a 2008, no âmbito de um programa extraordinário para

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

19

recuperação da lista de espera SIGIC. O ano de 2008 ficou marcado no HSJM por

uma forte produção no âmbito do SIGIC, que uma vez recuperada a lista de espera

local deixou de se justificar em 2009.

Deixaram-se de realizar no HSJM cirurgias urológicas (-182 doentes do que no ano

de 2008), em virtude da saída do único urologista sediado no HSJM, para um hospital

central.

Redução de 39,0% da actividade cirúrgica no HSM (-47 doentes), uma vez que, a

partir de Julho de 2009, centralizou-se a cirurgia pediátrica de ambulatório realizada

nesta unidade no HSS.

Uma vez que, entre 2008 e 2009, houve apenas uma diminuição de 260 doentes

intervencionados nas três unidades, podemos dizer que, cerca de metade da quebra cirúrgica

verificada no HSJM e no HSM foi recuperada no HSS. Realça-se o aumento da produção nos

serviços de oftalmologia e de otorrinolaringologia, que, para além da própria reorganização

dos serviços, contribuiu, no caso da oftalmologia, a implementação do Programa de

Intervenção de Oftalmologia, necessário para reduzir as listas de espera para cirurgia da

catarata.

No Hospital de São Sebastião os serviços cirúrgicos apresentam um volume de produção

superior ao registado no ano anterior (+275 doentes intervencionados), dando cumprimento

às metas fixadas no âmbito da contratualização interna.

Em sentido contrário ao que se vinha a verificar nos últimos anos, o serviço de ginecologia

apresenta uma tendência de recuperação da sua actividade cirúrgica, em resultado da

dinamização desta actividade no HSJM. Para uma melhor ilustração deste facto, refira-se

que, entre 2008 e 2009, a actividade cirúrgica de ginecologia quase duplicou no HSJM,

passando de 209 doentes intervencionados para 401 doentes, sendo que em Janeiro de

2009, antes da constituição do CHEDV, não há registo deste tipo de actividade no HSJM.

A referir, ainda, que a cirurgia privada desenvolvida no HSS tem mantido a tendência

decrescente, o que levou, já em 2008, a uma diminuição no número de quartos particulares

reservados para esta actividade, de 5 para 3. A cirurgia plástica e a cirurgia pediátrica

enquadram-se num âmbito de consultadoria externa.

Olhando especificamente para a cirurgia urgente, que é apenas realizada no HSS, observa-se

um crescimento de 3,4%, face a 2008, recuperando-se, assim, parte da quebra verificada

em 2008. Assinale-se que, neste âmbito, foram intervencionados por dia 8,6 doentes em

2007, 8,1 em 2008 e em 8,4 em 2009.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

20

Número de doentes intervencionados por tipo de cirurgia

Áreas 2008 2009 1 Fev-31Dez 2009

Programada convencional 9.450 7.117 7.855

Ambulatório 4.656 5.433 5.891

Urgente 2.964 2.813 3.064

Total 17.070 15.363 16.810

Total doentes programados 14.106 12.550 13.746

% Ambulatório 33,0% 43,3% 42,9%

A cirurgia de ambulatório teve, em 2009, um incremento muito significativo, atingindo um

peso relativo de 42,9% no total da cirurgia programada, o que significa um acréscimo de

cerca de 10 p.p.. A tabela seguinte ilustra a orientação estratégica, muito concreta, para a

cirurgia de ambulatório, concretizada através da reorganização efectuada no HSJM.

Evolução da taxa de cirurgia de ambulatório por unidade

Áreas 2008 2009 1 Fev-31Dez 2009

Hospital de São Sebastião 39,0% 41,0% 41,0%

Hospital São João da Madeira 13,0% 49,9% 47,7%

Para além da Unidade de Cirurgia de Ambulatório existente no HSJM, o conselho de

administração preocupou-se já em 2008 em melhorar as condições no HSS, de modo a

permitir o desenvolvimento da cirurgia do ambulatório, designadamente quando os doentes

não possuem condições para seguir no próprio dia para as suas residências, afectando, para

o efeito, 10 camas para os doentes que precisam de permanecer menos de 24 horas. Esta

medida foi concretizada à custa de uma redução da lotação dos quartos particulares situados

no piso 9.

Número de doentes intervencionados na cirurgia do ambulatório

Serviços 2008

2009

2009 1 Fev-31Dez

Cirurgia Geral 525 592 658

Cirurgia Pediátrica 123 59 74

Cirurgia Plástica 13 0 0

Ginecologia 400 460 479

Oftalmologia 2.549 2.824 3.092

ORL 481 677 717

Ortopedia 488 761 809

Urologia 75 60 61

Cirurgia Privada 2 0 1

Total 4.656 5.433 5.891

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

21

Realça-se o crescimento significativo da cirurgia de ambulatório nas especialidades de

ortopedia e de otorrinolaringologia, com variações, entre 2008 e 2009, de 65,8% e de

49,1%, respectivamente. O número de doentes intervencionados no âmbito da cirurgia de

ambulatório teve uma variação positiva de 26,5%.

A aposta no desenvolvimento cirúrgico no HSJM é ilustrado, também, através da

concretização de duas medidas, a saber:

Realização de obras no recobro cirúrgico desta unidade, em Dezembro de 2009,

passando-se de uma lotação de 4 para 7 camas.

Reformulação do Serviço de Esterilização, dando-lhe uma maior capacidade com a

transferência de equipamento para esta unidade. Esta medida permitiu o

encerramento do Serviço de Esterilização do HSM e a resposta no HSJM das

necessidades de esterilização destas duas unidades.

Em termos da lista de espera cirúrgica verifica-se um aumento de cerca de 301 doentes,

quando se confronta a situação existente em 31 de Dezembro de 2009 com a mesma data

do ano anterior. Este facto é o resultado de uma maior dinamização da consulta externa (i.e.

primeiras consultas), como se verá de seguida.

Apesar do aumento do número de doentes em espera, constata-se uma diminuição na

mediana do tempo de espera dos doentes que aguardam pela cirurgia para um valor de 2,8

meses. Refira-se que em 31 de Dezembro de 2007 a mediana do tempo de espera dos

doentes que aguardavam cirurgia no HSS era de 4,6 meses, como tal, este é um dos

indicadores que tem sofrido uma melhoria significativa.

Nº de doentes inscritos na lista de espera cirúrgica e tempo de espera

Serviço

31-Dez-08 31-Dez-08 31-Dez-09

HSS HSJM CHEDV

Nº Doentes Mediana Nº Doentes Mediana Nº Doentes Mediana

Cirurgia Geral 560 1,6 122 1,9 1.031 1,5

Cirurgia Plástica 170 9,6 - - 296 8,3

Ginecologia 315 1,9 76 7,5 319 1,7

Oftalmologia 1.259 3,2 128 1,7 992 2,4

Ortopedia 1.352 3,7 206 1,4 2.155 4,7

ORL 598 3,9 192 7,6 611 3,7

Urologia 77 1,8 132 6,0 84 2,1

Total 4.331 3,0 856 3,0 5.488 2,8

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Para além da Cirurgia Plástica, que sofrerá em 2010 um plano de intervenção específico,

apenas as especialidades de Ortopedia e de Otorrinolaringologia apresentam uma mediana

de espera superior a 3 meses. É notória a melhoria no acesso proporcionada com a criação

do CHEDV aos utentes de São João da Madeira nas especialidades de Ginecologia, ORL e

Urologia.

Analisando especificamente os tempos de espera dos utentes referenciados internamente

para o HSJM verifica-se que, a 31 de Dezembro de 2009, a mediana de espera foi de 2,3

meses (ou seja, -0,7 meses do que a 31 de Dezembro de 2008). Constata-se, nos utentes

inscritos para serem intervencionados nesta unidade, uma melhoria significativa em

Ginecologia (1,3 meses) e ORL (3,6 meses) e um ligeiro aumento em Oftalmologia (2,6

meses) e Ortopedia (2,8 meses), ficando, ainda, a mediana de espera abaixo dos 3 meses.

Deste modo, os tempos de espera estão, de uma forma genérica, dentro de parâmetros

clinicamente aceitáveis, com excepção da cirurgia plástica.

Após o grande desenvolvimento na produção cirúrgica de oftalmologia, este serviço que

tinha um peso de 29,1% na lista de espera do CHEDV, apresentou, a 31 de Dezembro de

2009, um peso de 18,1%. Em contrapartida, a Cirurgia Geral, que a 31 de Dezembro de

2008 tinha um peso de 12,9%, passou para 18,8%. O Serviço de Ortopedia é aquele que

apresenta um maior peso na lista de espera cirúrgica, pois cerca de 39,1% dos utentes em

espera estão inscritos nesta especialidade. Para além da Cirurgia Plástica, no ano de 2009, a

especialidade de Ortopedia foi aquela em que se verificou um aumento no número de

inscritos para cirurgia (+38,3%), neste caso bastante significativo. Analisando

especificamente a lista de espera de Ortopedia, verifica-se que, a 31 de Dezembro de 2009,

a mediana do tempo de espera dos utentes referenciados internamente para cada uma das

unidades era de 5,4 meses no HSS e de 2,8 meses no HSJM.

Para 2010 estima-se um desenvolvimento da actividade cirúrgica, em particular na área de

Ortopedia.

Para uma devida comparação entre os anos de 2008 e 2009, no que respeita ao número de

cirurgias (ver quadro “Actividade Cirúrgica – nº de cirurgias e doentes intervencionados”), é

de referir que no HSJM foi corrigido, a partir de Junho de 2009, o registo de cirurgias

oftalmológicas. Isto é, entre 2008 e 2009, passou-se de um rácio de 2,6 cirurgias por doente

intervencionado para 1,7, nesta unidade de saúde. Esta correcção explica a variação

negativa de -3,5% no número intervenções cirúrgicas e o aumento de +9,0% no número de

doentes intervencionados no Serviço de Oftalmologia do CHEDV.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Núcleo de Partos Como se pode verificar pelo gráfico, apesar de um ligeiro crescimento verificado em 2006,

que coincidiu com o encerramento da maternidade do HSM (Oliveira de Azeméis),

concretizado em 1 de Junho de 2006, o número de partos apresenta uma tendência

decrescente, atingindo-se em 2009 o valor mais reduzido desde o inicio do HSS, em 1999.

Refere-se que no ano de 1999 as maternidades do Hospital de Ovar e do Hospital São Miguel

ainda estavam activas.

Na realidade, em consequência da baixa da taxa de natalidade que se tem vindo a sentir em

todo o país e do possível aumento da oferta na área obstétrica no sector privado, assiste-se

a uma diferença de 642 partos, quando se compara o ano com maior número de partos

(2000) com o de 2009. Entre 2008 e 2009 verificou-se uma variação negativa de -9,9%

(-262 partos) no número de partos realizados no CHEDV.

Uma análise dos partos por concelho permite verificar que houve uma diminuição acentuada

nos partos cuja parturiente

reside em Castelo de Paiva (-

30,5%), uma vez que houve

uma alteração da rede de

referenciação. Por outro lado, é

com agrado que se verifica que

o concelho de São João da

Madeira apresentou uma

variação positiva de 34,8%, o

que significa que as suas

parturientes começaram a ser

referenciadas para o HSS ou a optar por esta maternidade.

Verificou-se uma certa estagnação na taxa de cesarianas (31,9%), depois da redução

verificada no ano de 2008 (31,2%), quando comparado com o ano de 2007 (34,6%). Porém,

o valor atingido continua próximo dos objectivos defendidos pela DGS.

Movimento do núcleo de partos

2008

2009

2009 1 Fev-31Dez

Tipo de partos

Eutócicos 1.546 1.280 1.384

Cesarianas 828 710 763

Ventosas 273 215 232

Forceps 8 13 14

Total 2.655 2.218 2.393

Taxa de cesarianas 31,20% 32,00% 31,90%

N.º de partos por dia 7,3 6,1 6,6

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Consulta Externa

A consulta externa mantém o dinamismo verificado nos anos anteriores, propiciando uma

boa acessibilidade nas diversas especialidades.

Evolução do número de consultas

2008 2009 1 Fev-31Dez

2009

Primeiras consultas 120.475 112.177 122.483

Consultas subsequentes 206.680 185.167 202.355

Total 327.155 297.344 324.838

Primeiras consultas / Total (%) 36,8% 37,7% 37,7%

Considerando o somatório das três unidades no ano de 2008, verifica-se, em 2009, uma

variação positiva de 1,7% nas primeiras consultas e uma redução de -2,1% nas consultas

subsequentes. Ainda assim, apesar da saída de vários médicos, em particular no HSJM, o

número total de consultas apresentou uma redução de apenas -0,7%.

Analisando cada uma das unidades individualmente, face a 2008, verifica-se que o HSJM

apresenta uma variação positiva de +1,1% no número total de consultas, o HSS de +0,4% e

o HSM uma redução de -14,3% (-4.076 consultas). Cerca de 60% da diminuição das

consultas no HSM relaciona-se com a redução das consultas de Pediatria e de Anestesiologia

(Dor).

Quanto ao Serviço de Pediatria, como já se referiu, este sofreu uma reestruturação ao longo

do ano de 2009, com a concentração do internamento no HSS. Apesar de se ter mantido a

área de ambulatório no HSM houve uma evidente quebra na produção, sendo

frequentemente a oferta de consultas superior à procura. No que se refere à Anestesiologia

procedeu-se a uma reformulação no tipo de registos da actividade desenvolvida.

Excluindo as consultas não médicas e as consultas realizadas no âmbito da “consulta de

medicina geral” existente no HSJM, o HSS representa 76,7% do total das consultas, o HSJM

15,4% e o HSM 7,8%.

As especialidades cirúrgicas apresentam uma taxa de crescimento de 2,0%, enquanto que

nas especialidades médicas regista-se uma variação negativa (-4,1%).

Refere-se que nas especialidades médicas, a Psiquiatria apresentou um crescimento

exponencial de 72,8%, resultado da contratação de psiquiatras no decorrer do ano de 2009,

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

25

uma vez que é uma área que está em franco desenvolvimento no CHEDV. As perturbações,

por saída/ausência de recursos médicos na Cardiologia, Imuno-hemoterapia e Oncologia

contribuíram em grande parte para a redução das consultas das especialidades médicas.

Quanto às especialidades cirúrgicas, realça-se o crescimento verificado na Oftalmologia

(+9,2%), resultado da implementação do programa para recuperação da lista de espera da

catarata e da reorganização implementada no serviço, uma vez que se realizaram mais

1.691 consultas de oftalmologia no HSJM (+22,1%), face a 2008. No caso de Urologia,

apesar da saída do único urologista existente no HSJM, foi possível aumentar a produção

através da implementação de um programa para a recuperação da lista de espera urológica,

assistindo-se a uma variação positiva de 5,5% no número de consultas de urologia do

CHEDV.

Excluindo a consulta de medicina geral existente no HSJM, o peso relativo das primeiras

consultas no total evoluiu positivamente, entre 2008 e 2009, nas especialidades médicas,

passando de 28,5% para 29,9%, e no sentido de uma ligeira redução nas especialidades

cirúrgicas, passando de 32,2% para 31,8%.

No quadro da página seguinte apresenta-se a evolução do número de doentes a aguardar

marcação para primeiras consultas no final de cada ano, constatando-se uma evolução

marcadamente positiva. Consequentemente verifica-se, igualmente, uma melhoria

generalizada no tempo de espera para a primeira consulta.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

26

Nº de doentes (P1’s) a aguardar marcação de primeiras consultas

Serviço

31-Dez-08 (2)

31-Dez-09 (2)

CHEDV HSS HSJM HSM

CHEDV

Nº Doentes TME (1) TME (1) TME (1) Nº Doentes TME (1)

Anestesia (Dor) 1 51 48 24

4 19

Cardiologia 23 32 62 72 14 49

Cirurgia Geral 1.603 81 55 0 658 40

Consultorias 8 57 0 0 1 42

Gastroenterologia 398 99 0 0 197 110

Ginecologia 340 52 84 79 473 125

Imuno-hemoterapia 1 39 0 32 0 28

Medicina Interna 58 35 37 59 27 40

MFR 40 90 29 17 33 62

Neurologia 36 20 0 170 44 36

Nutrição 19 134 0 172 1 0

Obstetrícia 16 20 0 47 15 25

Oftalmologia 2.797 109 182 0 1.584 72

Oncologia 2 15 0 0 0 19

ORL 433 80 156 0 391 56

Ortopedia 662 140 50 0 1.065 84

Pediatria 46 41 0 37 130 77

Pneumologia 173 90 0 159 30 44

Psicologia 7 0 0 30 1 0

Psiquiatria 0 0 0 0 3 0

Reumatologia 19 178 0 0 1 56

Urologia 676 156 189 0 550 117

Total 7.358 90 91 60 5.222 66

(1) Tempo médio de espera para as consultas realizadas

(2) Fonte SONHO

Na análise do Tempo Médio de Espera para as consultas realizadas, constata-se um conjunto

de melhorias em várias áreas. Destacam-se as seguintes especialidades: Cirurgia Geral,

Neurologia, Oftalmologia, ORL, Ortopedia, Pneumologia e Urologia.

A melhor acessibilidade à consulta externa é reforçada através da tabela seguinte, podendo-

se constatar uma melhoria significativa no Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG),

nas três unidades e em particular no HSJM. A tabela seguinte indica, com base nas primeiras

consultas referenciadas através do programa Alert P1, qual a percentagem de consultas

referenciadas pelos Centros de Saúde que cumpre os requisitos, estipulados na Portaria n.º

615/2008, de 11 de Julho (Consulta a Tempo e Horas), e na Portaria n.º 1529/2008, de 26

de Dezembro (Tempos Máximos de Resposta Garantidos).

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

27

Cumprimento dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG)

UUnniiddaaddee UUnniiddaaddee FFeevv--0099 FFeevv--1100

HSS

In TMRG 84%

Out TMRG 16%

Mediana (dias) 72

HSJM

In TMRG 76%

Out TMRG 24%

Mediana (dias) 84

HSM

In TMRG 85%

Out TMRG 15%

Mediana (dias) 31

CHEDV

In TMRG 94%

Out TMRG 6%

Mediana (dias) 49

Fonte: Relatórios Consulta a Tempo e Horas - ARS Norte.

Como se pode verificar houve, ao longo de 2009, uma evolução bastante positiva na

resposta às solicitações dos Centros de Saúde. Da comparação dos resultados das três

unidades, no momento de constituição do CHEDV, com o resultado do mês homólogo de

2010, constata-se que as referências dos Centros de Saúde (P1’s) estão a ter uma melhor

resposta e que se enquadram dentro dos limites definidos pelo Ministério da Saúde em 94%

dos casos.

O CHEDV tem reforçado os mecanismos de aviso aos doentes, através de envio de

mensagens por SMS, mediante o acesso ao agendamento das consultas e exames registados

na aplicação de gestão de doentes SONHO. No entanto, só no inicio do ano de 2010 é que

esse procedimento foi adoptado também para as unidades de São João da Madeira e de

Oliveira de Azeméis. Se no caso do HSS é já possível atingir uma taxa de faltas de

comparência às consultas de 8,4%, já no HSJM esse indicador foi de 13,6% e no HSM de

14,6%. Perspectiva-se que, para estas duas últimas unidades, este indicador melhore

substancialmente em 2010.

O processo de reorganização do CHEDV, implicou, também, a concretização de alguns

ajustamentos na Consulta de Medicina Geral que actualmente existe no Hospital de São João

da Madeira (HSJM), conhecida como “urgência”. Procedeu-se a um ajustamento das equipas

médicas, em particular, no período nocturno, passando a estar escalado um médico entre as

24h e as 8h, em vez de dois. O redimensionamento da equipa não pôs em causa a

acessibilidade do doente nem qualquer nível de segurança, uma vez que o número de

doentes que ocorreram a este serviço em 2008, entre as 0h e 8h, não chegou a representar

um doente por hora.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

28

De modo a aumentar os níveis de segurança dos doentes, criou-se uma Equipa de

Transporte de Doentes, intra e extra unidades, assegurada por um médico anestesista e por

um enfermeiro (período nocturno), garantindo desta forma que o doente em estado crítico

seja transferido em segurança para o nível de cuidados superiores necessários. Neste

âmbito, refere-se que o HSJM foi equipado com equipamento de suporte avançado de vida,

no internamento, na cirurgia de ambulatório e na consulta externa, e foi disponibilizada

formação em suporte avançado de vida a todos os cirurgiões que trabalham no HSJM, assim

como aos enfermeiros da Consulta de Medicina Geral.

Serviço de Urgência

O Serviço de Urgência do CHEDV é composto por uma urgência médico-cirúrgico, existente

no HSS, e pelo Serviço de Urgência Básica (SUB) do HSM.

Em 2009 a actividade do serviço de urgência registou uma variação de -3,5%, assistindo-se

a uma diminuição mais acentuada no SUB do HSM (-7,4%), do que na urgência médico-

cirúrgica do HSS (-2,4%).

No entanto, apesar da variação negativa existente nas duas unidades, regista-se um

acréscimo no número dos doentes mais graves, uma vez que, por exemplo no HSS, os

doentes com um nível de “prioridade vermelho” cresceram 7,7%, a “prioridade laranja” teve

uma variação positiva de 6,5% e os doentes com “prioridade amarela” aumentaram 3,0%,

entre 2008 e 2009.

Movimento da urgência

2008 2009 1 Fev-31Dez 2009

Atendimentos urgentes

SUB 46.502 38.930 43.042

Emergência 158.208 140.695 154.480

Total 204.710 179.655 197.522

Média diária 559 538 541

A redução no número de urgências torna-se mais significativa, uma vez que em 2007 esta

região foi alvo de um conjunto de medidas que se inseriram no plano de reestruturação da

rede de urgências, a saber:

O encerramento da urgência cirúrgica do Hospital de S. João da Madeira;

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

29

O encerramento da urgência do Hospital de Ovar;

A concentração do atendimento urgente e emergente de pediatria, existente nos

Hospitais de Ovar e de Oliveira de Azeméis;

A transformação do serviço de urgência do Hospital São Miguel num Serviço de

Urgência Básica (SUB).

Proveniência dos doentes admitidos no serviço de urgência

Proveniência 2008 2009 1 Fev-31Dez

2009

Sta. Maria da Feira 95.757 79.855 88.069

Ovar 23.223 22.276 24.470

Oliveira de Azeméis 51.612 46.028 50.513

Arouca 6.240 5.910 6.507

S. João da Madeira 6.843 6.973 7.678

Espinho 2.401 1.866 2.038

Vale de Cambra 6.978 6.492 7.101

Castelo de Paiva 2.633 2.360 2.586

Outros concelhos do distrito de Aveiro 2.627 2.341 2.573

Distrito do Porto 3.645 3.085 3.371

Outros distritos 1.270 1.107 1.184

Sem indicação de distrito 1.481 1.362 1.432

Total 204.710 179.655 197.522

O número de doentes provenientes dos concelhos de Espinho (-15,1%) e de Santa Maria da

Feira (-8,0%) continuou a evoluir no sentido de uma forte queda, à semelhança do que se

tinha passado no ano de 2008 na urgência do HSS. Por sua vez, há que registar o maior

afluxo de doentes provenientes dos concelhos de São João da Madeira (+12,2%) e de Ovar

(+5,4%).

Um dos factores que se deve ter em consideração na análise do movimento do serviço de

urgência relaciona-se com o facto de, com a constituição do Centro Hospitalar, se terem

deixado de contabilizar, para fins estatísticos e de facturação, as transferências entre os dois

serviços de urgências. Em 2009 foram transferidos do SUB do HSM para a urgência médico-

cirúrgica do HSS cerca de 2329 doentes, o que representa mais de 60% da quebra verificada

entre 2008 e 2009 no HSS e justificará a variação negativa verificada nos utentes do

concelho de Oliveira de Azeméis.

O ainda impacto da reestruturação da rede de urgência e a implementação da Reforma dos

Cuidados de Saúde Primários serão certamente duas variáveis que contribuíram para estes

resultados.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

30

Doentes transferidos para hospitais de nível superior ou especializados

Hospital 2008 2009 1 Fev-31Dez 2009

CHVNG – Gaia 885 699 765

H. Sto. António – Porto 384 364 397

H.S. João – Porto 237 344 367

HUC – Coimbra 41 27 30

IPO – Porto 26 21 23

H da Prelada – Porto 13 1 4

HC Maria Pia – Porto 0 5 5

H. Joaquim Urbano – Porto 9 3 3

Maternidade Júlio Diniz – Porto 0 3 3

Outros 22 36 39

Total 1.617 1.503 1.636

Transferências / Doentes emergentes (%) 0,79% 0,84% 0,83%

Entre 2008 e 2009 assistiu-se a uma subida na percentagem de doentes transferidos para

hospitais de nível superior. O Hospital de São João foi aquele onde houve uma variação mais

significativa (+54,9%). Em contrapartida assistiu-se a uma diminuição de 13,6% das

transferências para o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho.

Estes resultados serão, certamente, influenciados pelo ajustamento nas redes de

referenciação e pela maior severidade dos doentes atendidos.

Hospital de Dia Oncológico

O Hospital de Dia Oncológico constitui o sector do hospital com maiores taxas de

crescimento verificadas nos últimos anos. No seguimento dos anos anteriores, em 2009, o

CHEDV assegurou o tratamento integral de cuidados, desde as terapêuticas oncológicas por

quimioterapia, até aos tratamentos por radioterapia, sem necessidade de recurso aos IPO’s.

Apenas para algumas situações de doença, cujas técnicas terapêuticas são impossíveis de

implementar localmente, é efectuado o recurso a estes hospitais especializados.

Uma parte da procura corresponde a doentes residentes para além da área de

responsabilidade directa do hospital, não tendo o Conselho de Administração determinado

quaisquer medidas para condicionar o acesso destes doentes, dada a natureza da prestação

dos cuidados e a exigência de um tratamento o mais célere possível.

No ano de 2009 houve uma redução no número de doentes em tratamento por quimioterapia

(-10,8%), porém, verificou-se um aumento substancial nos doentes com tratamento de

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

31

radioterapia (+30,5%). Este crescimento foi acompanhado por um aumento, não

proporcional, no número de sessões de radioterapia.

Movimento do hospital de dia oncológico

2006 2007 2008

2009

2009 1 Fev-31Dez

Nº de sessões de tratamento 15.758 17.652 16.523 14.479 15.629

Nº de doentes em tratamento 1.753 1.946 1.946 1.688 1.736

Nº de tratamentos de radioterapia 9.685 9.664 11.669 12.714 13.817

Nº doentes em radioterapia 325 342 371 447 484

O volume de quimioterapia realizada no hospital, conjugado com o prolongamento dos

tratamentos e com o recurso a “novos” fármacos, e o aumento exponencial dos doentes em

radioterapia têm originam um acréscimo acentuado de encargos com medicamentos e

subcontratos, como mais adiante se pormenoriza.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

32

INTERNAMENTO - Número de doentes saídos

Especialidade 2008 2009 1 Fev-31Dez 2009 Δ% 08/09

Cardiologia 494 523 575 16,4%

Medicina Interna 3.122 3.239 3.589 15,0%

Neurologia 500 514 550 10,0%

Pediatria 1.447 1.026 1.186 -18,0%

Pneumologia 531 140 150 -71,8%

Total das especialidades médicas 6.094 5.442 6.050 -0,7%

Cirurgia Geral 6.148 5.226 5.699 -7,3%

Ginecologia 1.177 1.021 1.103 -6,3%

Oftalmologia 770 472 514 -33,2%

ORL 966 805 892 -7,7%

Ortopedia 3.875 3.134 3.471 -10,4%

Obstetrícia 3.133 2.641 2.860 -8,7%

Urologia 624 522 556 -10,9%

Quartos Particulares 55 22 28 -49,1%

Total das especialidades cirúrgicas 16.748 13.843 15.123 -9,7%

UCIC 247 225 248 0,4%

UCIP 315 317 347 10,2%

UC Intermédia 1.382 1.229 1.345 -2,7%

Neonatologia 253 179 192 -24,1%

Total de outras especialidades 2.197 1.950 2.132 -3,0%

Total sem berçário e OBS (a) 22.823 19.078 20.975 -8,1%

Berçário 2.573 2.169 2.336 -9,2%

OBS 18 0 0 -100,0%

Total com berçário e OBS (a) 25.298 21.204 23.263 -8,0%

(a) Não estão incluídas as transferências internas

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

33

INTERNAMENTO - Demora média dos doentes saídos

Especialidade 2008 2009 1 Fev-31Dez 2009 Δ% 08/09

Cardiologia 4,16 3,91 3,99 -4,1%

Medicina Interna 8,37 7,39 7,46 -10,8%

Neurologia 6,42 6,30 6,40 -0,3%

Pediatria 4,33 4,61 4,57 5,5%

Pneumologia 7,55 12,44 12,03 59,5%

Total das especialidades médicas 6,84 6,56 6,58 -3,7%

Cirurgia Geral 3,60 3,59 3,58 -0,5%

Ginecologia 3,16 3,25 3,21 1,6%

Oftalmologia 1,91 1,66 1,69 -11,6%

ORL 1,94 1,90 1,89 -2,5%

Ortopedia 4,00 4,20 4,12 2,9%

Obstetrícia 3,60 3,48 3,48 -3,4%

Quartos Particulares 3,60 3,95 4,00 11,1%

Urologia 4,25 4,38 4,30 1,2%

Total das especialidades cirúrgicas 3,51 3,55 3,52 0,4%

UCIC 1,90 1,90 1,89 -0,5%

UCIP 9,90 8,25 8,25 -16,7%

UC Intermédia 1,80 1,79 1,79 -0,5%

Neonatologia 9,60 13,64 13,09 36,4%

Total de outras especialidades 3,80 3,94 3,87 1,9%

Total sem berçário e OBS (a) 4,77 4,85 4,83 1,3%

Berçário 3,10 3,03 3,03 -2,3%

OBS - - - -

Total com berçário e OBS (a) 4,62 4,67 4,66 0,8%

(a) Não estão incluídas as transferências internas

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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INTERNAMENTO - Doentes tratados por cama

Especialidade 2008 2009 1 Fev-31Dez 2009 Δ% 08/09

Cardiologia 62 65 72 16,4%

Medicina Interna 40 37 41 3,2%

Neurologia 50 51 55 10,0%

Pediatria 52 44 49 -4,6%

Pneumologia 41 28 30 -26,6%

Total das especialidades médicas 44 40 45 1,4%

Cirurgia Geral 79 83 90 14,8%

Ginecologia 74 75 81 9,7%

Oftalmologia 77 67 73 -4,6%

ORL 60 67 74 23,1%

Ortopedia 73 50 55 -24,2%

Obstetrícia 78 66 72 -8,7%

Quartos Particulares 11 7 9 -15,2%

Urologia 48 61 64 33,6%

Total das especialidades cirúrgicas 73 66 72 -0,7%

UCIC 124 113 124 0,4%

UCIP 32 32 35 10,2%

UC Intermédia 154 137 149 -2,7%

Neonatologia 28 20 21 -24,1%

Total de outras especialidades 73 65 71 -3,0%

Total sem berçário e OBS (a) 57 51 56 -2,2%

Berçário 89 75 81 -9,2%

OBS - - - -

Total com berçário e OBS (a) 59 53 58 -2,6%

(1) Não estão incluídas as transferências internas

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

35

CONSULTA EXTERNA - Nº total de consultas

Especialidade 2008 2009 1 Fev-31Dez 2009 Δ% 08/09

Anestesia 20.207 18.240 19.833 -1,9%

Cardiologia 8.847 6.799 7.520 -15,0%

Gastroenterologia 3.636 3.189 3.515 -3,3%

Imuno-hemoterapia 10.181 7.741 8.508 -16,4%

Medicina Interna 13.031 11.749 12.852 -1,4%

MFR 14.746 12.758 13.834 -6,2%

Neurologia 7.460 6.522 7.049 -5,5%

Oncologia 20.070 16.302 17.808 -11,3%

Pediatria 18.449 16.321 17.894 -3,0%

Pneumologia 7.415 7.455 8.087 9,1%

Hematologia 371 103 122 -67,1%

Psiquiatria (1) 1.295 2.135 2.238 72,8%

Endocrinologia (1) 1.724 1.676 1.818 5,5%

Reumatologia (1) 1.509 2.048 2.231 47,8%

Clínica Geral (1) 1.587 1.014 1.111 -30,0%

Medicina do Trabalho 1.201 1.703 1.878 56,4%

Total das Especialidades Médicas 131.729 115.755 126.298 -4,1%

Cirurgia Geral 35.144 32.655 35.680 1,5%

Cirurgia Pediátrica 523 224 281 -46,3%

Obstetrícia 9.798 8.714 9.569 -2,3%

Ginecologia 13.077 10.894 12.038 -7,9%

Oftalmologia 33.747 33.924 36.855 9,2%

ORL 16.029 14.454 15.777 -1,6%

Ortopedia 35.918 33.536 36.839 2,6%

Urologia 6.525 6.284 6.881 5,5%

Cirurgia Plástica (1) 1.262 1.039 1.158 -8,2%

Total das Especialidades Cirúrgicas 152.023 141.724 155.078 2,0%

Nutrição 5.172 4.162 4.572 -11,6%

Psicologia 7.551 5.758 6.344 -16,0%

Total Esp. Não Médicas 12.723 9.920 10.916 -14,2%

Outras 30.680 29.945 32.546 6,1%

Total 327.155 297.344 324.838 -0,7%

(1) Consultas em regime de consultadoria

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

36

CONSULTA EXTERNA - Nº de primeiras consultas e primeiras/total

Especialidade 2008 2009 1 Fev-31Dez 2009 Δ%08/09 2008 2009

1 Fev-31Dez 2009

Anestesia 13.416 12.523 13.528 0,8% 66,4% 68,7% 68,2%

Cardiologia 2.186 1.912 2.089 -4,4% 24,7% 28,1% 27,8%

Gastroenterologia 1.234 1.157 1.293 4,8% 33,9% 36,3% 36,8%

Imuno-hemoterapia 898 777 852 -5,1% 8,8% 10,0% 10,0%

Medicina Interna 2.656 2.604 2.865 7,9% 20,4% 22,2% 22,3%

MFR 5.551 4.798 5.260 -5,2% 37,6% 37,6% 38,0%

Neurologia 2.225 1.944 2.105 -5,4% 29,8% 29,8% 29,9%

Oncologia 865 872 938 8,4% 4,3% 5,3% 5,3%

Pediatria 4.361 3.661 4.011 -8,0% 23,6% 22,4% 22,4%

Pneumologia 2.196 2.274 2.522 14,8% 29,6% 30,5% 31,2%

Hematologia 139 40 45 -67,6% 37,5% 38,8% 36,9%

Psiquiatria (1) 380 694 719 89,2% 29,3% 32,5% 32,1%

Endocrinologia(1) 415 457 493 18,8% 24,1% 27,3% 27,1%

Reumatologia(1) 312 346 380 21,8% 20,7% 16,9% 17,0%

Clinica Geral(1) 449 340 366 -18,5% 28,3% 33,5% 32,9%

Medicina do Trabalho 288 229 265 -8,0% 24,0% 13,4% 14,1%

Total Esp. Médicas 37.571 34.628 37.731 0,4% 28,5% 29,9% 29,9%

Cirurgia Geral 9.938 9.342 10.240 3,0% 28,3% 28,6% 28,7%

Cirurgia Pediátrica 264 83 107 -59,5% 50,5% 37,1% 38,1%

Obstetrícia 3.016 2.813 3.108 3,1% 30,8% 32,3% 32,5%

Ginecologia 3.616 3.250 3.540 -2,1% 27,7% 29,8% 29,4%

Oftalmologia 15.094 15.307 16.627 10,2% 44,7% 45,1% 45,1%

ORL 5.530 4.270 4.715 -14,7% 34,5% 29,5% 29,9%

Ortopedia 9.271 7.972 8.854 -4,5% 25,8% 23,8% 24,0%

Urologia 1.918 1.609 1.789 -6,7% 29,4% 25,6% 26,0%

Cirurgia Plástica(1) 294 309 332 12,9% 23,3% 29,7% 28,7%

Total Esp. Cirúrgicas 48.941 44.955 49.312 0,8% 32,2% 31,7% 31,8%

Nutrição 1.566 1.288 1.415 -9,6% 30,3% 30,9% 30,9%

Psicologia 1.716 1.361 1.479 -13,8% 22,7% 23,6% 23,3%

Total Esp. Não Médicas 3.282 2.649 2.894 -11,8% 25,8% 26,7% 26,5%

Outras 30.680 29.945 32.546 6,1% 100,0% 100,0% 100,0%

Total 120.474 112.177 122.483 1,7% 36,8% 37,7% 37,7%

(1) Consultas em regime de consultadoria

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

37

ACTIVIDADE CIRÚRGICA - Nº de cirurgias e doentes intervencionados

Especialidade Número de cirurgias Número doentes intervencionados

2008 2009 1 Fev-31Dez 2009 Δ%08/09 2008 2009

1 Fev-31Dez 2009 Δ%08/09

Cirurgia Geral 5.516 4.587 5.037 -8,7% 5.117 4.363 4.780 -6,6%

Cir. Pediátrica 128 63 81 -36,7% 123 60 75 -39,0%

Cir. Plástica 153 111 135 -11,8% 123 94 108 -12,2%

Obstetrícia 1.244 1.068 1.159 -6,8% 1.120 966 1.048 -6,4%

Ginecologia 2.766 2.213 2.388 -13,7% 1.398 1.335 1.426 2,0%

Oftalmologia 4.266 3.729 4.118 -3,5% 3.272 3.261 3.566 9,0%

ORL 2.207 2.154 2.338 5,9% 1.339 1.349 1.467 9,6%

Ortopedia 4.414 3.691 4.093 -7,3% 3.929 3.442 3.803 -3,2%

Urologia 740 550 589 -20,4% 602 476 512 -15,0%

Cirurgia Privada 57 18 28 -50,9% 47 17 25 -46,8%

Total 21.491 18.184 19.966 -7,1% 17.070 15.363 16.810 -1,5%

CIRURGIA DO AMBULATÓRIO - Nº de cirurgias e doentes intervencionados

Especialidade

Número de cirurgias Número doentes intervencionados

2008 2009 1 Fev-31Dez 2009 Δ%08/09 2008 2009

1 Fev-31Dez 2009 Δ%08/09

Cirurgia Geral 572 621 690 20,6% 525 592 658 25,3%

Cir. Pediátrica 128 62 80 -37,5% 123 59 74 -39,8%

Cir. Plástica 16 0 0 -100,0% 13 0 0 -100,0%

Ginecologia 966 679 724 -25,1% 400 460 479 19,8%

Oftalmologia 2.884 3.185 3.521 22,1% 2.549 2.824 3.092 21,3%

ORL 728 983 1.044 43,4% 481 677 717 49,1%

Ortopedia 527 789 840 59,4% 488 761 809 65,8%

Urologia 78 63 64 -17,9% 75 60 61 -18,7%

Cirurgia Privada 2 0 2 0,0% 2 0 1 -50,0%

Total 5.901 6.382 6.965 18,0% 4.656 5.433 5.891 26,5%

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

38

URGÊNCIA - Nº total de doentes e por dia

Área Número de doentes Número de doentes / dia

2008 2009 1 Fev-31Dez

2009 Δ%08/09 2008 2009 1 Fev-31Dez

2009 Δ%08/09

HSS 158.208 140.695 154.480 -2,4% 432 421 423 -2,4%

HSM 46.502 38.960 43.042 -7,4% 127 117 118 -7,4%

TOTAL 204.710 176.655 197.522 -3,5% 559 538 541 -3,2%

HOSPITAL DE DIA ONCOLÓGICO - Nº doentes e tratamentos

Especialidade 2008 2009 1 Fev-31Dez

2009 Δ%08/09

Nº de sessões de tratamento 16.523 14.479 15.629 -5,4%

Nº de doentes em tratamento 1.946 1.688 1.736 -10,8%

Nº de tratamentos de radioterapia 11.669 12.714 13.817 18,4%

Nº doentes em radioterapia 371 447 484 30,5%

MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

Especialidade 2008 2009 1 Fev-31Dez

2009 Δ%08/09

Anatomia patológica 14.425 14.656 15.901 10,2%

Cardiologia 20.564 21.186 23.056 12,1%

Gastroenterologia 6.712 6.199 6.845 2,0%

Ginecologia/Obstetrícia 52.476 45.049 49.309 -6,0%

Imagiologia 147.302 146.041 159.679 8,4%

Imunohemoterapia (análises) 4.518 3.685 4.014 -11,2%

Imunohemoterapia (transfusões) 5.619 5.311 5.750 2,3%

Neurologia 5.197 4.031 4.341 -16,5%

MFR (exames) 1306 1803 1974 51,1%

MFR (tratamentos) 469.547 429.878 461.713 -1,7%

Oftalmologia 18.599 19.279 20.708 11,3%

ORL 13.360 11.484 12.460 -6,7%

Patologia clínica 1.379.828 1.266.135 1.391.356 0,8%

Pneumologia 16.251 17.031 18.300 12,6%

Oncologia 54.303 40.503 43.661 -19,6%

Pediatria 458 379 417 -9,0%

Psiquiatria de ligação 5.509 5.681 6.177 12,1%

Urologia 886 903 1.008 13,8%

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

39

Avaliação da satisfação dos utentes

No presente capítulo procede-se a uma abordagem das reclamações e dos elogios

apresentados pelos utentes, bem como da avaliação do grau satisfação dos utentes, na

sequência da prestação dos cuidados de saúde. A análise é efectuada em separado para cada

uma das três unidades que constituem o Centro Hospitalar, sendo que para o segundo

destes aspectos apenas o Hospital de São Sebastião procedia à recolha e divulgação dos

dados respeitantes aos inquéritos realizados.

Hospital de São Sebastião

Desde a abertura do Hospital de São Sebastião, em 1999, o Conselho de Administração de

determinou que a avaliação de satisfação dos utentes deveria constituir um instrumento

indispensável para o acompanhamento do processo de produção e para a avaliação do

funcionamento dos diversos serviços, determinando os pontos fortes e fracos, na perspectiva

dos utentes, e de modo a influenciar em tempo oportuno as decisões internas sobre os

ajustamentos que se revelem indispensáveis.

Assim, nesta unidade, é realizada mensalmente uma sondagem aos doentes internados, com

base num inquérito pré-definido, de forma a avaliar o nível de expectativas e o grau de

satisfação centrado nos atendimentos técnico e humano do pessoal médico, do pessoal

enfermagem e do pessoal assistente operacional. Engloba não só o internamento, mas

também as outras áreas com as quais o doente teve contacto, designadamente a consulta

externa, o núcleo de partos e a urgência. Por outro lado, procede-se ainda à auscultação

sobre a satisfação respeitante à alimentação e ao sistema de visitas.

Desta forma, os doentes atribuem as classificações de Bom, Satisfaz e Mau, em resposta aos

diversos aspectos para os quais são questionados. Em média foi possível recolher a opinião

de cerca de 2/3 dos doentes internados. No gráfico seguinte, regista-se a evolução, entre

2005 e 2009, da percentagem de respostas a que foi atribuído o grau Bom.

Da análise do gráfico, verifica-se que o nível de satisfação dos utentes se mantém elevado

ao longo dos anos considerados, no que respeita ao atendimento médico, de enfermagem e

dos assistentes operacionais no internamento, sendo que a média global do parâmetro Bom

ronda os 95%.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

40

Evolução do grau de satisfação dos doentes/familiares de 2005 a 2009 (Nível Bom)

No que concerne aos restantes aspectos que são objecto de avaliação, ou seja, os

atendimentos na consulta externa e na urgência, o grau de satisfação situa-se nos 77,8% e

73,3%, respectivamente. Nestes dois serviços tem havido uma evolução desfavorável desde

2007, justificada pelo grande volume de doentes tratados e também pela profunda

reorganização da prestação de cuidados na região de Aveiro Norte.

Em particular no serviço de urgência, o ano de 2009 ficou marcado por uma grande

dificuldade em disponibilizar uma adequada cobertura das equipas médicas, face à

competição entre os hospitais na contratação do pessoal médico existente no mercado,

agravando os tempos de espera dos utentes.

Já no que diz respeito ao núcleo de partos, o grau de satisfação mais alto revela uma

tendência de melhoria progressiva, situando-se no ano de 2009 nos 85,6%.

Em relação à alimentação, mantém-se também a tendência de subida dos níveis de

satisfação, ultrapassando neste ano a fasquia dos 81% na avaliação do parâmetro Bom.

Em conclusão, a evolução do grau de satisfação dos doentes internados no Hospital de São

Sebastião nos diversos aspectos manteve-se relativamente estável em comparação com o

ano de 2008, sendo que apenas a consulta externa e a urgência apresentaram um pior

desempenho, com níveis inferiores a 80% no parâmetro Bom, conforme se pode verificar no

quadro seguinte.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

41

Avaliação da satisfação dos doentes internados no ano 2009

Áreas Bom % Satisf. % Mau % Total

Internamento

Médicos 5.248 94,9% 211 3,8% 71 1,3% 5.530

Enfermeiros 5.328 96,3% 165 3,0% 37 0,7% 5.530

Assistentes Operacionais 5.369 97,1% 120 2,2% 41 0,7% 5.530

Alimentação 3.986 81,5% 815 16,7% 91 1,9% 4.892

Actos administ. / Gestão 4.486 82,4% 920 16,9% 40 0,7% 5.446

Núcleo de partos 844 85,6% 88 8,9% 54 5,5% 986

Consulta externa 3.856 77,8% 1.014 20,5% 88 1,8% 4.958

Urgência 1.420 73,3% 418 21,6% 98 5,1% 1.936

No que diz respeito às exposições entradas no Serviço de Relações Públicas, quer seja por

via espontânea (presencial, carta, e-mail e telefone) ou registadas no Livro de Reclamações

(Livro Amarelo), constata-se um crescimento de 21,8% entre 2008 e 2009. Aqui merece

realçar uma subida acentuada no número de reclamações, essencialmente dirigidas ao

serviço de urgência e à consulta externa, enquanto que o número de elogios apresenta

igualmente uma progressão, correspondendo a cerca de 8% das exposições.

Número de exposições por tipo de ocorrência

Tipologia

2007 2008 2009

Quant. % Quant. % Quant. %

Reclamações 759 75,7% 859 76.9% 1.054 77.6%

Pedidos de esclarecimento 137 13,7% 145 13,0% 188 13.8%

Sugestões 17 1,7% 14 1,3% 10 0.7%

Elogios 90 9,0% 99 8,9% 107 7.9%

Total 1.003 100,0% 1.117 100,0% 1.359 100,0%

Da análise das exposições registadas ao longo destes três anos, verifica-se que, apesar do

número de exposições efectivas ter aumentado significativamente, em 2009 o peso relativo

das reclamações apresentou um aumento inferior a um ponto percentual (0,7%).

Em relação à tipologia das reclamações, como se constata no quadro seguinte, cerca de

59,4% dos motivos de insatisfação prendem-se com a prestação de cuidados, registando um

aumento de cerca de 2,1 p.p., comparativamente com o ano de 2008. Esta área apresenta a

seguinte decomposição percentual: cuidados desadequados (15,8%), doentes sem cuidados

(8,9%) e tempo de espera para cuidados (75,2%). Neste último item, os tempos de espera

referem-se, essencialmente, ao serviço de urgência.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

42

De notar que em relação ao item cuidados desadequados houve um decréscimo dos motivos

de insatisfação de 8,7 p.p. comparativamente com 2008. Em contrapartida, o item tempo de

espera para cuidados teve um aumento de 9,3 p.p..

Tipologia das reclamações – Área / problemas de nível 1

Tipologia 2007 2008 2009

Quant. % Quant. % Quant. %

Prestação de cuidados 381 50,2% 492 57,3% 626 59,4%

Actos administrativos/ Gestão 209 27,5% 197 22,9% 237 22,5%

Relacionais / Comportament. 148 19,5% 142 16,5% 171 16,2%

Infraestruturas / Amenidades 21 2,8% 28 3,3% 20 1,9%

Total 759 100,0% 859 100,0% 1.054 100,0%

Fazendo agora uma análise do número de reclamações por grandes áreas de atendimento,

no que se refere ao ano de 2009, continua, naturalmente, a verificar-se que a grande

maioria das reclamações se refere ao serviço de urgência (78,5%), seguido da consulta

externa com 14,8% e, por último, o internamento com 6,7%.

De notar que em 2009, comparativamente com o ano de 2008, houve um decréscimo do

peso das reclamações no serviço de urgência (-4.7%) no total, por contrapartida de um

aumento significativo na consulta externa (+4.3%).

Evolução das reclamações por grande área de atendimento (2007-2009)

Comparando o número de reclamações com o número de episódios efectivados, constata-se

que em 2009 ocorreu uma reclamação em cada 418 episódios de atendimento no

internamento, consulta externa e urgência.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

43

Assim, no internamento registou-se uma reclamação por cada 197 doentes tratados,

enquanto que na consulta externa cada reclamação reporta-se a 1.637 episódios. No que

respeita à urgência, registou-se um agravamento, passando o número de reclamações/dia

do valor de 1,7 em 2008 para 2,0 em 2009.

Total de reclamações por grandes áreas de atendimento

Áreas

2007 2008 2009

Episód. Reclam. % Episód. Reclam. % Episód. Reclam. %

Internamento 20.409 47 0,23% 19.986 47 0,24% 19.738 62 0,31%

Consulta externa 218.673 85 0,04% 222.589 77 0,03% 224.319 137 0,06%

Urgência 135.730 507 0,37% 146.540 612 0,42% 142.933 726 0,51%

Hospitais de S. Miguel e S. João da Madeira

Em relação aos hospitais de São Miguel e de São João da Madeira, as mesmas não

procediam a um registo sistemático das exposições entradas nos Gabinetes do Utente,

limitando-se, quase em exclusivo, ao registo das reclamações entradas via Livro de

Reclamações, vulgo Livro Amarelo.

Assim, os dados que se poderão extrair do Sistema Nacional de Registo de Sugestões e

Reclamações (Sim-Cidadão) são parcelares e não ilustrarão fielmente a realidade destas

instituições, no que respeita ao número de exposições tratadas pelos Gabinetes do Utente.

No ano de 2009, quando estas duas unidades se tornaram parte integrante do Centro

Hospitalar, foram registadas 58 reclamações e 1 pedido de esclarecimento no Hospital de S.

João da Madeira e 89 reclamações e 3 elogios no Hospital de S. Miguel.

De acordo com o quadro abaixo, constata-se que o Hospital de S. Miguel regista uma maior

percentagem de insatisfação na prestação de cuidados (62,9%), comparativamente com o

Hospital de S. João da Madeira (50,0%), tendo em conta que o primeiro dispõe de um

serviço de urgência básico com um número de doentes significativamente maior que os

atendidos na “consulta de medicina geral” do segundo.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

44

Tipologia das reclamações – Área / problema de nível 1

Tipologia Hospital S. Miguel H. S. João Madeira

Quant. % Quant. %

Prestação de Cuidados 56 62,9% 29 50,0%

Actos Administrativos / Gestão 15 16,9% 20 34,5%

Relacionais / Comportamentais 12 13,5% 9 15,5%

Infra-estruturas / Amenidades 6 6,7% 0,0%

Total 89 100,0% 58 100,0%

De referir ainda que aproximadamente 65% das reclamações relativas à prestação de

Cuidados no Hospital de S. Miguel estão relacionadas com o serviço de urgência,

maioritariamente associadas com o tempo de espera.

Quanto às grandes áreas de atendimento, conforme se pode verificar no quadro abaixo, a

maior incidência de reclamações registadas no Hospital de S. Miguel refere-se ao serviço de

urgência básico (87,2%), enquanto que no Hospital de S. João da Madeira uma grande parte

das reclamações registadas tem a ver com o atendimento na consulta externa (61,1%).

Saliente-se que o atendimento urgente do Hospital de São João da Madeira apresenta

características próprias, sendo tipificada como “consulta de medicina geral”.

Total de reclamações por grandes áreas de atendimento

Áreas Hospital S. Miguel H. S. João Madeira

Quant. % Quant. %

Urgência / Medicina Geral 75 87,2% 17 31,5%

Consulta Externa 3 3,5% 33 61,1%

Internamento 8 9,3% 4 7,4%

Total 86 100,0% 54 100,0%

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

45

Recursos Humanos

Evolução dos efectivos

À data da constituição do Centro Hospitalar, no que concerne ao estatuto jurídico dos

colaboradores, constatava-se que a estrutura dos recursos humanos dos três hospitais era

substancialmente distinta, implicando uma estratégia de integração que pudesse potenciar

os objectivos de produção traçados em sede do Contrato-Programa.

Por um lado, o Hospital de São Sebastião, que tendo beneficiado desde o início do seu

funcionamento, em Janeiro de 1999, de um estatuto jurídico inovador, nos termos do

Decreto-Lei nº 155/98, de 15 de Julho, caracterizava-se por dispor maioritariamente de

trabalhadores em regime de contrato individual de trabalho e com um sistema de incentivos

destinado ao pessoal técnico, tendo em vista a obtenção de indicadores de produtividade

acima dos verificados na generalidade dos restantes hospitais do SNS.

Por outro lado, o Hospital de São João da Madeira e o Hospital de Oliveira de Azeméis

integravam o sector público administrativo, com colaboradores apenas vinculados pelo

regime jurídico da função pública, onde a gestão dos recursos humanos procurava colmatar

as necessidades detectadas, não assumindo a prestação de cuidados de saúde como foco

principal da sua actividade.

O processo de reorganização dos serviços de prestação de cuidados, bem como dos serviços

de festão e logística, implicou a mobilidade interna de muitos colaboradores entre os três

hospitais, de forma a suprir as carências que foram detectadas, tendo presente o esforço de

contenção dos custos com o pessoal, conforme foi imposto pelo Ministério da Saúde em sede

de negociação do Contrato-Programa.

Número de colaboradores com vínculo permanente

Grupo profissional 31-Dez-08 31-Jan-09 31-Dez-09

Conselho de Administração / Pessoal Dirigente 14 13 10

Médico 217 215 209

Enfermagem 427 425 423

Técnico Superior 43 51 49

Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 95 96 97

Outro Pessoal Técnico 6 4 5

Assistente Técnico 167 162 163

Assistente Operacional 478 477 477

Outro Pessoal 1 1 2

Total 1.448 1.444 1.435

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

46

Em 31 de Dezembro de 2009 o Centro Hospitalar tinha 1.435 colaboradores a ocupar lugares

do quadro permanente, correspondendo a um decréscimo de 13 efectivos (cerca de -1%) em

relação à data homóloga do ano anterior, quando se considera os dados agregados das três

unidades hospitalares.

Os grupos de pessoal médico, com menos oito colaboradores, e o pessoal de enfermagem e

técnico (administrativo), com menos quatro colaboradores cada, apresentam as maiores

variações negativas, não se verificando alterações sensíveis noutras categorias.

No que respeita ao pessoal médico assistiu-se à saída de colaboradores em diversas

especialidades, particularmente na oncologia, cirurgia geral e obstetrícia. Sublinhe-se que os

hospitais da cidade do Porto, Gaia e Matosinhos, além de reterem uma grande parte dos

médicos que aí terminam o internato de especialidade, passaram a captar médicos em

hospitais mais periféricos. Por outro lado, é sobejamente conhecido que muitos médicos têm

optado pelo exercício de funções em instituições privadas, rescindindo os contratos que os

vinculavam a instituições do SNS.

Verifica-se uma forte carência de médicos nalgumas especialidades, como é o caso da

urologia, gastrenterologia e oncologia. Por outro lado, em 2009, não foi possível ainda

recompor a dotação das equipas médicas da urgência do Hospital de São Sebastião,

verificando-se também aqui uma grande competição entre os hospitais, e por força disso a

um crescimento sustentado dos custos salariais. Para colmatar as necessidades de cobertura

das equipas médicas verifica-se que a contratação de serviços médicos para a urgência

médico-cirúrgica do Hospital de São Sebastião assume um peso significativo, com uma

dependência ainda maior no serviço de urgência básica do Hospital de Oliveira de Azeméis e

na consulta de medicina geral do Hospital de São João da Madeira.

Número de colaboradores com vínculo à função pública e CIT

Grupo profissional 31-Dez-08 31-Jan-09 31-Dez-09

FP CIT Total FP CIT Total FP CIT Total

Conselho Adm./ P. Dirig. 10 4 14 9 4 13 6 4 10

Médico 62 155 217 62 153 215 57 152 209

Enfermagem 180 247 427 181 244 425 179 244 423

Técnico Superior 12 31 43 18 33 51 16 33 49

Téc. Diagnóstico e Terap. 42 53 95 42 54 96 42 55 97

Outro Pessoal Técnico 3 3 6 2 2 4 2 3 5

Assistente Técnico 82 85 167 76 86 162 74 89 163

Assistente Operacional 155 323 478 154 323 477 147 330 477

Outro Pessoal 1 0 1 1 0 1 1 1 2

Total 547 901 1.448 545 899 1.444 524 911 1.435

Dist.. % 37,8% 62,2% 100,0% 37,7% 62,3% 100,0% 36,5% 63,5% 100,0%

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

47

Quanto à natureza do vínculo, do total de efectivos em 31 de Dezembro de 2009, 524

colaboradores exerciam funções no âmbito do regime jurídico da função pública (FP),

oriundos dos quadros de pessoal dos extintos Hospitais de São Paio de Oleiros, São João da

Madeira e Oliveira de Azeméis, representando 36,5% do total. Por outro lado, os 911

colaboradores vinculados com contrato individual de trabalho sem termo (CIT)

correspondiam a 63,5% dos efectivos totais.

No decurso do ano de 2009, considerando as três unidades hospitalares observa-se um

decréscimo dos efectivos com vinculo à função pública (-23 colaboradores) e um aumento

dos que exercem funções no âmbito do contrato individual de trabalho (+10 colaboradores),

não resultando uma grande variação no peso relativo de cada um dos tipos de vínculo.

Número de colaboradores com vínculo por sexo

Grupo profissional 31-Dez-08 31-Jan-09 31-Dez-09

H M Total H M Total H M Total

Conselho Adm./ P. Dirig. 7 7 14 7 6 13 5 5 10

Médico 107 110 217 106 109 215 104 105 209

Enfermagem 77 350 427 77 348 425 78 345 423

Técnico Superior 12 31 43 9 42 51 8 41 49

Téc. Diagnóstico e Terap. 21 74 95 21 75 96 21 76 97

Outro Pessoal Técnico 2 4 6 3 1 4 4 1 5

Assistente Técnico 23 144 167 20 142 162 21 142 163

Assistente Operacional 79 399 478 80 397 477 79 398 477

Outro Pessoal 1 0 1 1 0 1 1 1 2

Total 329 1.119 1.448 324 1.120 1.444 321 1.114 1.435

Dist.. % 22,7% 77,3% 100,0% 22,4% 77,6% 100,0% 22,4% 77,6% 100,0%

A dotação de pessoal do centro hospitalar em 31 de Dezembro de 2009 é composta

maioritariamente por colaboradores do sexo feminino (superior a ¾ do total), tendência que

se tem vindo a acentuar desde há alguns anos.

Número de colaboradores com vínculo por grupo etário

Grupo etário 31-Dez-08 31-Jan-09 31-Dez-09

Total % %Acum. Total % %Acum. Total % %Acum.

Até 24 anos 8 0,6% 0,6% 10 0,7% 0,7% 5 0,3% 0,3%

25-29 anos 225 15,5% 16,1% 228 15,8% 16,5% 165 11,5% 11,8%

30-34 anos 336 23,2% 39,3% 338 23,4% 39,9% 372 25,9% 37,8%

35-39 anos 220 15,2% 54,5% 220 15,2% 55,1% 236 16,4% 54,2%

40-44 anos 194 13,4% 67,9% 185 12,8% 67,9% 189 13,2% 67,4%

45-49 anos 172 11,9% 79,8% 169 11,7% 79,6% 168 11,7% 79,1%

50-54 anos 169 11,7% 91,4% 170 11,8% 91,4% 172 12,0% 91,1%

55-59 anos 85 5,9% 97,3% 84 5,8% 97,2% 93 6,5% 97,6%

mais 60 anos 39 2,7% 100,0% 40 2,8% 100,0% 35 2,4% 100,0%

Total 1.448 1.444 1.435

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

48

Por outro lado, a incorporação dos Hospitais de São João da Madeira e Oliveira de Azeméis

no Centro Hospitalar conduziu a uma redução significativa dos grupos etários mais baixos,

situação que caracterizava a estrutura etária do Hospital de São Sebastião.

Neste Hospital a idade média dos colaboradores era significativamente mais baixa do que a

da generalidade dos hospitais portugueses, como resultado da proximidade temporal em

relação ao início do funcionamento do Hospital de São Sebastião (Janeiro de 1999), sendo

que o número total de efectivos desta unidade hospitalar representava cerca de 70% do total

de colaboradores do Centro Hospitalar no início de Fevereiro de 2009.

O número de efectivos com idade inferior a 34 anos apresenta uma variação ligeiramente

negativa de 2008 para 2009, passando de 39,3% para 37,8% do total. Em sentido inverso, o

peso relativo dos colaboradores com 50 ou mais anos não registou um aumento assinalável,

passando de 20,2% do total em 31 de Dezembro de 2008 para 20,9% na mesma data do

ano de 2009.

Número de colaboradores com vínculo por nacionalidade

Grupo profissional 31-Dez-08 31-Jan-09 31-Dez-09

Port. U E Out Total Port. U E Out Total Port. U E Out Total

C. Adm./ P. Dirigente 13 1 14 12 1 13 10 10

Médico 198 8 11 217 196 7 12 215 191 5 13 209

Enfermagem 394 33 427 392 33 425 390 33 423

Técnico Superior 42 1 43 50 1 51 42 6 1 49

Téc. Diag. e Terap. 94 1 95 95 1 96 96 1 97

Outro Pessoal Técnico 6 6 4 0 4 5 5

Assistente Técnico 166 1 167 161 1 162 162 1 163

Assistente Operacional 471 1 6 478 470 1 6 477 469 1 7 477

Outro Pessoal 1 1 1 1 2 2

Total 1.385 42 21 1.448 1.381 41 22 1.444 1.367 45 23 1.435

Dist.. % 95,6% 2,9% 1,5% 100,0% 95,6% 2,8% 1,5% 100,0% 95,3% 3,1% 1,6% 100,0%

No total dos efectivos, em 31 de Dezembro de 2009 havia 68 que não possuíam a

nacionalidade portuguesa (aproximadamente 4,7%), com especial destaque para o pessoal

de enfermagem, em cujo grupo profissional, num total de 423 colaboradores, 33 possuíam

nacionalidade estrangeira (cerca de 8% do total), sendo a Espanha o país de origem

predominante.

No que se refere ao pessoal médico verifica-se que o número de profissionais de

nacionalidade estrangeira ascende já a 9% do total (18 médicos num total de 209).

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

49

Número de colaboradores com contrato de trabalho a termo

Grupo profissional 31-Dez-08 31-Jan-09 31-Dez-09

CTTC CTTI Total CTTC CTTI Total CTTC CTTI Total

Conselho Adm./ P. Dirig.

Médico 4 0 4 3 0 3 0 0 0

Enfermagem 89 13 102 77 17 94 53 40 93

Técnico Superior 3 0 3 3 1 4 4 1 5

Téc. Diagnóstico e Terap. 9 5 14 6 4 10 10 3 13

Outro Pessoal Técnico 0 0 0 0 0 0 3 0 3

Assistente Técnico 8 6 14 6 6 12 4 4 8

Assistente Operacional 30 29 59 20 34 54 39 45 84

Outro Pessoal 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Total 143 53 196 115 62 177 113 93 206

Dist.. % 73,0% 27,0% 100,0% 65,0% 35,0% 100,0% 54,9% 45,1% 100,0%

Para suprir necessidades temporárias, essencialmente, por férias, doença, licença de

maternidade ou, ainda, por acréscimo de actividade, no final de 2009 estavam contratados

206 profissionais, dos quais 113 a termo certo (CTTC) e 93 a termo incerto (CTTI), o que no

conjunto corresponde a aproximadamente 14% dos colaboradores do quadro. Nos grupos de

pessoal de enfermagem e assistente operacional, maioritariamente do sexo feminino, muitas

contratações a termo tornam-se indispensáveis para suprir ausências por maternidade e

assistência a menores, de forma a manter o funcionamento normal dos serviços de prestação

de cuidados.

No tocante à avaliação do desempenho, foi dada continuidade à implementação do SIADAP a

todos os colaboradores dos grupos profissionais que se enquadram no âmbito de aplicação

da respectiva legislação, tendo sido concluído o processo relativo ao ano de 2008, nas três

unidades hospitalares.

Tendo presente que nos últimos anos foi publicado um conjunto de diplomas legais, como o

novo regime jurídico de vinculações, carreiras e remunerações, o novo estatuto disciplinar e

a nova figura do contrato de trabalho em funções públicas, que pela aplicação subjectiva aos

trabalhadores com relação jurídica laboral de emprego público, afectaram ainda que

indirectamente a política de gestão de recursos humanos no centro hospitalar.

Segurança, higiene e saúde no trabalho

Com a formação do centro hospitalar, o Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

(SSHST) do Hospital de São Sebastião, a funcionar desde 2005, passou a integrar o SSHST

do Hospital de Oliveira de Azeméis, criado em Outubro de 2008, na modalidade de serviços

externos para as áreas de higiene, segurança e medicina no trabalho e a área de medicina

no trabalho do Hospital de São João da Madeira, existente na modalidade de serviço externo.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

50

Desta forma o SSHST do centro hospitalar ficou sedeado no Hospital de São Sebastião,

assegurando com recursos próprios as área da higiene e segurança, enquanto que a

medicina do trabalho é assegurada mediante a contratação de serviços externos. O

desenvolvimento deste serviço constitui uma prioridade no âmbito da gestão dos recursos

humanos, melhorando o grau de satisfação dos colaboradores e potenciando uma mais

adequada organização e funcionamento dos serviços.

O serviço assegura a realização de consultas de medicina do trabalho e avalia os riscos

potenciais dos serviços, definindo as medidas preventivas e/ou correctivas de forma a

minimizar os mesmos riscos. Por outro lado, colabora também na formação dos

trabalhadores em questões de segurança, higiene e saúde, na recolha e tratamento das

participações respeitantes a ocorrências em serviço e na participação e acompanhamento das

doenças profissionais.

Número de exames

Grupo profissional 2008 (Jan. - Dez.) 2009 (Jan.) 2009 (Fev. - Dez.)

Exames de admissão 317 51 321

Exames periódicos 543 33 899

Exames ocasionais 267 37 271

Total 1.127 121 1.491

Considerando os dados recolhidos nas três unidades hospitalares, numa análise comparativa

aos anos de 2008 e 2009, é possível constatar que se verificou um acréscimo significativo no

número de exames realizados neste último ano, com mais 364 exames (+32%), sendo que a

variação positiva foi mais acentuada para os exames periódicos (+66%).

De igual forma, considerando a informação disponível nas três unidades hospitalares,

verifica-se que o número de acidentes de trabalho ocorridos em 2008 (150 no Hospital de

São Sebastião, 18 no Hospital de São João da Madeira e 6 no Hospital de Oliveira de

Azeméis) evoluiu de forma favorável em 2009, tendo sido reportados menos 23 acidentes,

passando-se de 174 para 151 acidentes, ou seja uma diminuição de 13%, (133 no Hospital

de São Sebastião, 12 no Hospital de São João da Madeira e 6 no Hospital de Oliveira de

Azeméis).

Número de acidentes de trabalho

Grupo profissional 2008 (Jan. - Dez.) 2009 (Jan.) 2009 (Fev. - Dez.)

H M Total H M Total H M Total

Inferior a 1 dia 41 103 144 4 12 16 21 96 117

De 1 a 3 dias 0 1 1 0 1 1 0 0 0

De 4 a 30 dias 6 15 21 1 2 3 2 18 20

Mais de 30 dias 5 3 8 1 4 5 3 11 14

Total 52 122 174 6 19 25 26 125 151

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

51

Relativamente ao absentismo originado por acidentes de trabalho, e no que se refere ao

número de dias de ausência ao serviço, assinale-se que em 2008 apenas 29 acidentes de

trabalho tiveram como consequência um período de baixa superior a 3 dias (21 acidentes

entre os 4 a 30 dias e 8 com mais de 30 dias), enquanto no último ano, foram 34 os

acidentes de trabalho que provocaram baixa durante igual período (20 acidentes entre 4 a

30 dias e 14 com mais de 30 dias).

No ano de 2009 apenas oito doenças profissionais foram reconhecidas pelo Centro Nacional

de Protecção Contra os Riscos Profissionais, (menos uma do que em 2008), repartindo-se

cinco por colaboradores do Hospital de São Sebastião e três por colaboradores do Hospital de

Oliveira de Azeméis.

Formação

A promoção da formação, do ensino e da investigação tem sido assumida pelo Conselho de

Administração como uma parte fundamental da missão do Centro Hospitalar. Por outro lado,

a implementação de processos de melhoria contínua é decisiva para a melhoria do

desempenho dos colaboradores e da prestação de cuidados de saúde aos utentes.

Tem-se assistido a um aumento progressivo do número de médicos a frequentar o internato

médico, tanto no que respeita ao ano comum como para a frequência da especialidade. Em

2009, foram aceites 34 novos médicos dos internatos médicos (21 do ano comum e 13 para

o internato de especialidade). Por outro lado, o internato de especialidade contou com um

total de 60 médicos.

Distribuição dos médicos do internato por especialidade

Especialidades Anos

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano Total

Hospital de São Sebastião Anestesiologia 2 1 2 5

Cardiologia 2 1 3

Cirurgia Geral 1 1 3 1 1 1 8

Medicina Interna 1 1 1 1 1 5

MFR 1 1

Neurologia 1 1 2 4

Oftalmologia 1 1 1 2 5

Oncologia Médica 1 1 2 4

ORL 1 1 2

Ortopedia 1 1 1 2 5

Patologia Clínica 2 2

Pediatria 1 1 1 3

Radiologia 1 1 2

Hospital de São João da Madeira

Cirurgia Geral 1 1

Ortopedia 1 1 2 4

Hospital de Oliveira de Azeméis Medicina Interna 1 1 1 3 6

Total 13 8 19 6 8 6 60

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

52

O centro hospitalar acolheu ainda um número significativo de médicos de outras instituições

nacionais (20 da especialidade de medicina geral e familiar e 18 de outras especialidades),

bem como estágios de médicos estrangeiros. Na sequência de protocolos formalizados com

instituições de ensino superior, o centro hospitalar recebeu ainda estagiários de enfermagem

e das carreiras técnica superior de saúde e técnica de diagnóstico e terapêutica.

Relativamente à formação profissional, durante o ano de 2009, o Centro de Formação do

Centro Hospitalar organizou 283 acções de formação, a que correspondeu um conjunto de

526 horas de formação, frequentadas por um total de 3.741 colaboradores, distribuídas

pelas três unidades hospitalares conforme o quadro seguinte.

Actividade formativa em 2009

Unidades Hospitalares Nº Acções Nº Presenças Nº Horas

Hospital de São Sebastião 244 3.031 476

Hospital de São João da Madeira 20 376 26,5

Hospital de Oliveira de Azeméis 19 334 23,5

Total 283 3.741 526

Os serviços de prestação de cuidados tem desenvolvido uma actividade intensa na formação

em serviço. Neste contexto, em 2009 foram envolvidos a maior parte dos serviços, com

particular destaque para a Medicina Interna, Emergência/UCI, Pediatria/Neonatalogia, Núcleo

de Partos, Bloco Operatório e Ortopedia. O Hospital de São Sebastião realizou 124 acções de

formação em serviço, o Hospital de São João da Madeira realizou 4 e o Hospital de Oliveira

de Azeméis realizou 10.

De entre a formação de carácter obrigatório e outras actividades de formação destacam-se,

pela sua frequência e/ou relevância, as seguintes acções, por área de formação:

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho: Luta e prevenção contra incêndios,

emergência e evacuação; Plano de emergência interno específico; Segurança,

higiene e saúde no trabalho; Risco profissional; Risco eléctrico; Ergonomia;

Protecção radiológica em ambiente de trabalho;

Controlo de Infecção: Gripe A (H1N1); Controlo de infecção; Higienização

hospitalar; Higiene das mãos;

Emergência e Reanimação: Suporte básico de vida; Suporte avançado de vida;

Abordagem avançada da paragem cardiorespiratória; Triagem de prioridades na

urgência; Infecção e sépsis;

Outras: Acolhimento a novos colaboradores; Formação para assistentes

operacionais; Resíduos hospitalares.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

53

Sistemas de Informação

Com a criação do Centro Hospitalar os sistemas de informação existentes nas três unidades

hospitalares tiveram de sofrer uma profunda reestruturação, face a numa nova realidade

claramente mais complexa. De modo a melhorar o funcionamento da nova instituição

impunha-se a tomada de um conjunto de medidas, a realizar num período de tempo

relativamente curto, devendo salientar-se as seguintes: a unificação do processo clínico dos

utentes; o acesso a informação clínica de forma integrada; a melhoria das comunicações

entre as três unidades hospitalares. De uma forma genérica, impunha-se a disponibilização

das mesmas ferramentas a todos colaboradores, independentemente da unidade onde, em

cada momento, estão a exercer funções.

Assinale-se que, à data da criação do Centro Hospitalar, as infraestruturas e os sistemas de

informação existentes em cada um do hospitais eram claramente distintas, apresentando

dois deles algumas debilidades, como se sintetiza de seguida:

Infraestruturas

o Hospital de São Sebastião - Rede de dados redundante e actualizada e com um

data-center bem consolidado;

o Hospital de S. João da Madeira - Rede de dados tecnologicamente

ultrapassada, embora com um data-center adequado à sua dimensão;

o Hospital de S. Miguel - Rede de dados actualizada, mas sem um data-center e

com sistemas em produção dispersos pelo hospital.

Sistemas de Informação

o Gestão Administrativa dos Doentes(SONHO): em todas os hospitais;

o Processo Clínico Electrónico: Hospital de São Sebastião (MEDTRIX EPR); Hospitais

de S. João da Madeira e de S. Miguel (SAM);

o Arquivo de Imagens (PACS): Os Hospitais de São Sebastião e S. Miguel

dispunham de um PACS; O Hospital de S. João da Madeira não dispunha de um

serviço de radiologia digitalizado;

o Gestão do Laboratório de Patologia Clínica: cada hospital dispunha de um sistema

de gestão diferente, ou seja com a intervenção de três empresas;

o Sistema de Gestão de Aprovisionamento e Farmácia.

Principais medidas

O Conselho de Administração optou por uma estratégia de concentração e consolidação dos

sistemas existentes no Centro Hospitalar num data-center central (Hospital de São

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

54

Sebastião), mantendo nos dois outros hospitais dois data-center satélites para sistemas de

infraestrutura locais, com redundância e cópias de seguranças de dados remota. Das novas

soluções implementadas ou existentes alvo de mudanças significativos durante o ano de

2010 destacam-se as seguintes:

- Gestão Administrativa de Doentes (Sonho) – De modo a conseguir uma identificação

única e coerente dos doentes foi decidido manter um dos sistemas existentes como base

(Hospital de São Sebastião) e migrar os utentes dos outros dois hospitais. Este processo foi

faseado, tendo-se realizado a migração dos dados do Hospital de São João da Madeira em

Setembro de 2009 e os do Hospital de São Miguel em Dezembro de 2009.

- Data-Center no Hospital de São Miguel - Foi construído um novo data center

permitindo integrar todos os equipamentos num único local, facilitando a sua gestão e

segurança e com um forte impacto na sua disponibilidade e eficiência.

- Gestão de Aprovisionamento e Farmácia (GHAF) - Os serviços de gestão do

aprovisionamento e farmácia existentes nos três hospitais foram integrados num único

sistema de informação, permitindo a gestão centralizada dos processos de aquisição de bens

e serviços, bem como a distribuição pelos serviços utilizadores e a gestão adequada dos

stocks dos armazéns e serviços existentes em cada unidade.

- Rede Voz e Dados do CHEDV - Devido à opção tomada no sentido de integração e

unificação dos sistemas de informação no Centro Hospitalar, tornou-se, desde o início,

evidente a necessidade de uma rede de dados de suporte à interligação das três unidades,

dotada de uma largura de banda e robustez adequadas. Para ser possível esta

integração/uniformização dos sistemas de informação e fluxos de trabalho identificou-se

como necessário a criação de uma rede de voz também unificada. Desta forma todos os

colaboradores passaram a poder comunicar directamente independentemente da unidade em

que se encontrem.

- Gestão da Informação da Imagiologia (IMATRIX) – O sistema de informação da

imagiologia, a funcionar há alguns anos no Hospital de São Sebastião, foi substituído por

uma nova versão, mais amigável e com novas funcionalidades. Foi utilizada a mesma

plataforma tecnológica existente no MEDTRIX EPR, o que permitiu uma integração directa e

uma aprendizagem mais rápida;

- Digitalização da Imagiologia do Hospital de São João da Madeira – Procedeu-se a

uma actualização tecnológica dos sistemas de aquisição de imagem existentes no Hospital de

São João da Madeira, passando-se de um sistema analógico para um sistema digital

compatível com a norma DICOM (“Digital Imaging and Communication in Medicine”). Com

esta actualização eliminaram-se as películas e os resíduos químicos, integrando-se as

imagens produzidas no sistema de arquivo e distribuição existente. Por outro lado, a

implementação de um novo processo de trabalho integrado com o IMATRIX, propiciou uma

grande redução no número de erros na identificação e melhor controlo da qualidade.

- Rede informática do Hospital de São João da Madeira - Foi adquirida uma nova

solução de equipamentos activos para o Hospital de São João da Madeira que permitiu

garantir a disponibilidade, a largura de banda, a escalabilidade e a segurança.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

55

- Sistema de Arquivo de Imagens Médicas (PACS) – Foi reforçado o arquivo de imagens

existente no PACS do Hospital de São Sebastião para poder receber e distribuir as imagens

produzidas nas diferentes unidades do Centro Hospitalar.

- Gestão do Laboratório de Anatomia Patológica - No âmbito do processo de

actualização tecnológica do serviço de Anatomia Patológica, foi adquirido um sistema de

informação departamental que permite a integração dos pedidos gerados no MEDTRIX e a

consulta dos resultados obtidos de forma integrada, à semelhança do que já acontecia para

os serviços de Patologia Clínica e Imagiologia. Adicionalmente a entrada em funcionamento

deste sistema permitiu também a facturação directa dos exames realizados neste serviço

para o sistema SONHO.

O desenvolvimento do processo clínico electrónico

Desde o início de funcionamento do Hospital de São Sebastião em 1999, o Conselho de

Administração deu uma especial atenção ao desenvolvimento de um processo clínico

electrónico (MEDTRIX EPR), de modo a simplificar os processos de trabalho e a tornar a

instituição mais eficaz e eficiente na prestação de cuidados de saúde.

Em 2009 assistiu-se a uma franca melhoria nas funcionalidades disponíveis e ao alargamento

à maioria dos serviços do Hospital, envolvendo um número considerável de colaboradores

em acções de formação, dirigidas em especial a médicos e a enfermeiros.

Em temos sintéticos, devem salientar-se as seguintes medidas:

Adaptação do MEDTRIX EPR à nova realidade do Centro Hospitalar alargando-o às

três unidades hospitalares;

Melhoria da integração com as aplicações de imagiologia, patologia clínica, farmácia

e anatomia patológica;

Aperfeiçoamento do circuito do medicamento, envolvendo todas as fases do mesmo

e em particular: a prescrição (médico); a validação (farmácia); a administração

(enfermagem);

Desenvolvimento de novos módulos: bloco operatório (agendamento); enfermagem

(internamento); consulta anestésica; consulta de medicina geral.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

56

Visão Económica e Financeira

Na análise económica e financeira que se apresenta neste capítulo procede-se à explicitação

das principais rubricas de custos e proveitos do Centro Hospitalar nos 11 meses de 2009, em

confronto com os dados agregados dos três hospitais para o período compreendidos entre 1

de Janeiro e 31 de Dezembro de 2008 e, ainda, para o período de 1 de Janeiro a 31 de

Janeiro de 2009, durante os quais as instituições possuíam autonomia própria.

A actividade económica das três instituições nos anos anteriores à constituição do Centro

Hospitalar era consideravelmente distinta, devendo caracterizar-se em termos genéricos da

seguinte forma:

O Hospital de São Sebastião, E.P.E. apresentou anualmente desde 2003 resultados

líquidos positivos, com uma estrutura de recursos humanos adequada à actividade

produtiva definida em sede dos contratos programa anuais, possuindo assim uma

sólida situação financeira.

Os Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel apresentaram por norma

resultados de exploração negativos, manifestamente subavaliados dado que o

financiamento obedecia a critérios de natureza histórica, ou seja não eram

financiados de acordo com a actividade assistencial efectivamente realizada.

Entre 2003 e 2008, o Hospital de São Sebastião, E.P.E. beneficiou da alteração do processo

de contratualização da prestação de cuidados de saúde aos beneficiários do Serviço Nacional

de Saúde, obtendo sempre resultados líquidos positivos, próximos dos 2,5 milhões de euros,

apesar de não lhe serem dadas quaisquer verbas de convergência, as quais continuaram a

ser atribuídas a uma parte significativa dos hospitais transformados em entidades publicas

empresariais.

Assim, a alteração do modelo de financiamento dos hospitais, evoluindo da atribuição de

subsídios à exploração, efectuado por critérios essencialmente de natureza histórica, para o

pagamento dos cuidados de saúde efectivamente prestados aos beneficiários do Serviço

Nacional de Saúde, veio permitir uma mais clara detecção das ineficiências existentes nas

instituições e implicar os órgãos de gestão num maior esforço de racionalização dos custos

de exploração.

No entanto, este modelo de financiamento definido pelo Ministério da Saúde, para o

pagamento dos cuidados de saúde dos beneficiários do SNS, revela nos últimos anos um

manifesto desajustamento, tendo em conta não só a evolução do custo dos factores de

produção, em que todos os hospitais concorrem utilizando os mesmos instrumentos, mas

também devido às alterações estruturais registadas na actividade assistencial, em especial o

aumento da cirurgia do ambulatório, a redução das taxas de natalidade, a descida do

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

57

internamento pediátrico e, por último, a queda no número de doentes atendidos no serviço

de urgência (sobretudo os menos graves).

Desta forma, a manterem-se preços de pagamento substancialmente mais baixos nos

Hospitais Distritais do que nos Hospitais Centrais, para prestações de cuidados idênticos ou

com o mesmo nível de complexidade, assistir-se-á a uma degradação contínua dos

resultados dos primeiros, prejudicando também a avaliação do nível de eficiência das

diferentes instituições que integram o SNS.

Por outro lado, os preços de pagamento de algumas linhas de produção não têm

acompanhado a evolução dos custos de produção, apesar de darem resposta à estratégia

definida pelo Ministério da Saúde na área de prestação dos cuidados hospitalares, sendo de

assinalar um conjunto de aspectos que condicionam o valor pago a titulo de prestação de

serviços:

Os preços da cirurgia do ambulatório (cada vez com mais técnicas minimamente

invasivas), permanecem, na maior parte dos casos, abaixo dos custos de produção,

e muito inferiores aos praticados para o internamento;

Os preços definidos para o hospital de dia oncológico não tomam em linha de conta a

totalidade dos encargos com os medicamentos utilizados, em particular com os

novos medicamentos que têm vindo a ser introduzidos;

Os custos com os medicamentos cedidos para o ambulatório, fundamentalmente

para tratamento de doenças crónicas, também não são reembolsados numa grande

parte das situações;

Os tratamentos de medicina física e reabilitação continuam a não ser contemplados

com qualquer pagamento específico;

Nos encargos com a formação dos médicos, no âmbito do internato médico, apenas

uma pequena parcela é objecto de reembolso pela ACSS;

Impacto da integração dos Hospitais de S. J. da Madeira e S. Miguel

De modo a conhecer o impacto económico da integração dos Hospitais de S. João da Madeira

e de S. Miguel no Centro Hospitalar, procedeu-se a uma análise entre os montantes

atribuídos através de subsídios à exploração em 2008 e a facturação emitida nos termos dos

respectivos contratos programa. No quadro apresentado na página seguinte, além desta

diferença consideraram-se ainda os resultados operacionais efectivamente registados.

De facto, verifica-se as duas instituições apresentavam custos de exploração muito

superiores aos proveitos que resultavam da valorização da actividade assistencial,

influenciando negativamente os resultados operacionais do centro hospitalar num montante

próximo dos 6 milhões de euros.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

58

Resultados operacionais do HSJM e HSM em 2008 (corrigidos em função da produção realizada)

Rácios 2008

H. S.J.Madeira H. S.Miguel Total

Diferença (Facturação Cuid. Saúde - Subsído Expl.) -651.574 -3.218.576 -3.870.150

Resultados operacionais -780.314 -1.227.864 -2.008.178

Total -1.431.888 -4.446.440 -5.878.328

Análise Económica

Resultados

Nos onze meses de 2009 o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga EPE obteve

resultados líquidos negativos próximos dos -1.585 milhares de euros, contrastando com os

resultados positivos alcançados pelo Hospital de São Sebastião em 2008 (2.486 milhares de

euros). Este valor foi assim influenciado pela junção dos Hospitais de S. João da Madeira e

de S. Miguel, os quais apresentavam em particular uma estrutura de custos com recursos

humanos desajustada da actividade assistencial, como foi referido no início deste capítulo.

Como adiante se explana, os resultados líquidos negativos deveram-se sobretudo à

diminuição dos proveitos, dada a estabilidade registada nos custos. De todo o modo, o valor

do EBITDA mantém-se positivo atingindo no exercício o montante de 1.222.830 euros.

Por outro lado, os resultados correntes foram prejudicados por um decréscimo acentuado

nos resultados financeiros, os quais no conjunto dos três hospitais passaram de 2.024,6

milhares de euros em 2008 para 781,2 milhares de euros nos dois exercícios de 2009, como

resultado da descida das taxas de juro das disponibilidades financeiras depositadas na

Direcção Geral do Tesouro e no Fundo de Apoio aos Pagamentos do Serviço Nacional de

Saúde.

Evolução dos resultados

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan -31 Dez) (1 Jan -31 Jan) (1 Fev -31 Dez)

Resultados Operacionais -814.792 -208.917 -3.148.594

Resultados Financeiros 2.024.590 88.173 693.017

Resultados Correntes 1.209.798 -120.744 -2.455.577

Resultados Extraordinários 413.290 -94.265 870.416

Resultado Liquido do Exercício 667.811 -249.103 -1.585.160

EBITDA 3.876.053 163.844 1.222.830

Valores em euros

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

59

Proveitos

A facturação global das prestações de serviço ao SNS é determinante para o montante global

de proveitos registados pelos hospitais, representando um valor que se situa entre os 90% e

os 95%, apesar de alguma degradação dos preços de pagamento dos cuidados de saúde de

algumas linhas de produção.

No entanto, apesar de um maior cuidado no registo de dados, continua a verificar-se um

conjunto de situações que impedem que as mesmas atinjam a dimensão exacta dos cuidados

de saúde prestados aos beneficiários do SNS, a saber:

O modelo de pagamento no âmbito do contrato programa apresenta uma grande

rigidez. Assim, só é possível a facturação até ao limite de 10% da produção

contratada, e, por outro lado, não é possível a transferência entre as linhas de

produção com a mesma natureza (por exemplo entre o internamento urgente e o

programado);

A facturação a companhias de seguros, em situações de acidentes de viação , é

muitas vezes anulada passados meses ou anos, inviabilizando a facturação dos

respectivos valores à ACSS;

O hospital tem excedido a produção base contratada, em particular nas linhas de

produção da consulta externa e da oncologia, situação em que o pagamento da

produção adicional é substancialmente mais baixo;

Ainda que com uma importância inferior à de anos anteriores, e em especial para os

atendimentos no serviço de urgência, uma parte dos doentes não é objecto de

facturação por impossibilidade de identificação ou por dificuldade na obtenção do

número do cartão de utente do SNS.

Em 2009, o Centro Hospitalar assumiu objectivos de produção ambiciosos, que na

globalidade veio a atingir, com crescimentos sustentados na actividade da consulta externa,

do hospital de dia cirúrgico e no hospital de dia de oncologia. No entanto, o número de

doentes saídos do internamento apresentou um decréscimo devido ao desenvolvimento da

cirurgia do ambulatório e à redução da pediatria e obstetrícia, bem como o número de

atendimentos na urgência.

Evolução dos proveitos

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev.- 31 Dez.)

Proveitos Totais 98.777.077 7.986.205 87.718.689

Proveitos Operacionais 94.937.708 7.541.632 85.436.403

Proveitos Financeiros 2.033.004 88.832 711.651

Proveitos Correntes 96.970.713 7.630.464 86.148.055

Proveitos Extraordinários 1.806.364 355.742 1.570.635

Valores em euros

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

60

Os proveitos totais atingiram os 87.719 milhares de euros no exercício de 2009. Em termos

de anos completos, comparando os proveitos nas três instituições e no centro hospitalar, os

proveitos de 2009 atingiram os 95.705 milhares de euros, correspondendo a uma descida

relativamente ao ano anterior de -3,1%, quando os mesmos alcançaram um montante

próximo dos 98.777 milhares de euros, devido fundamentalmente à queda dos proveitos

financeiros e da facturação de prestação de serviços para a ACSS.

Em 2008 o subsídio à exploração do Hospital de São Sebastião EPE apresentava um valor

diminuto (314 milhares de euros), ao contrário das outras duas instituições, rubrica onde era

registado a totalidade do financiamento atribuído por parte do Ministério da Saúde. Por esta

razão, na análise desta rubrica, os montantes dos subsídios à exploração não são

comparáveis entre os anos de 2008 e 2009.

Peso relativo das prestações de serviços e subsídios à exploração

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev.- 31 Dez.)

1. Proveitos Totais 98.777.077 7.986.205 87.718.689

2. Subsídios à Exploração 21.326.671 1.780.300 196.610

3. Prestação de Serviços 70.950.384 5.602.440 82.501.882

4. (2 ) / ( 1) 21,6% 22,3% 0,2%

5. (3 ) / (1) 71,8% 70,2% 94,1%

Valores em euros

Em 2009, os subsídios à exploração representaram um peso muito reduzido no conjunto dos

proveitos totais (0,2%), idêntico ao valor registado pelo Hospital de São Sebastião EPE em

2007 e ligeiramente inferior ao de 2008 do mesmo hospital (0,4%).

Com a emissão de facturação dos cuidados de saúde prestados a beneficiários do Serviço

Nacional de Saúde à ACSS para a totalidade da produção das três unidades, para além da

que compete a terceiros legal ou contratualmente responsáveis, a rubrica prestação de

serviços do centro hospitalar passou a representar 94,1% dos proveitos totais.

Custos

Nos 11 meses de 2009 os custos totais ascenderam 89.304 milhares de euros, sendo que

para a totalidade do ano de 2009 (97.505 milhares de euros), os mesmos custos foram

praticamente idênticos aos registados em 2008 (97.154 milhares de euros), ou seja

registando uma ligeira subida com +0,4%.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

61

Esta variação foi influenciada positivamente pelo queda dos custos extraordinários (-17,4%),

sendo que os custos operacionais apresentaram uma variação de +0,6% relativamente ao

ano anterior.

Evolução dos custos

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev. - 31 Dez.)

Custos Totais 97.153.989 8.201.214 89.303.849

Custos Operacionais 95.752.500 7.750.548 88.584.997

Custos Financeiros 8.415 659 18.634

Custos Correntes 95.760.915 7.751.207 88.603.631

Custos Extraordinários 1.393.074 450.007 700.218

Valores em euros

Em particular, os custos com pessoal apresentaram uma variação de +1,1%, muito abaixo

da actualização das tabelas salariais da função pública em 2009 (2,9%), enquanto que o

custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (-1,9%) e os fornecimentos e

serviços externos (+2,8%) registaram variações distintas, pelas razões que à frente se

pormenorizam.

No que concerne ao custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, anote-se

uma descida no custo com os produtos farmacêuticos (-5,1%), em consequência do

alargamento dos protocolos celebrados com diversas empresas e ainda às medidas de

racionalização introduzidas em diversos serviços. Este resultado é de realçar tendo em conta

os encargos adicionais que foram suportados com o surto da Gripe A (H1N1).

Peso relativo das grandes rubricas de custos

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev.- 31 Dez.)

1. Custos Totais 97.153.989 8.201.214 89.303.849

2. Custos com o Pessoal 54.843.847 4.544.142 50.802.420

3. CMVMC 20.755.730 1.619.527 18.738.140

4. Forn. Serv. Ext. 15.327.303 1.204.315 14.558.790

5. (2) / (1) 56,5% 55,4% 56,9%

6. (3 ) / ( 1) 21,4% 19,7% 21,0%

7. (4 ) / (1) 15,8% 14,7% 16,3%

Valores em euros

No que respeita aos fornecimentos e serviços externos, o crescimento dos encargos teve a

ver sobretudo com o aumento dos encargos com a contratação de recursos médicos para as

urgências geral e pediátrica dos três hospitais. Tendo em conta as dificuldades na

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

62

contratação de serviços médicos, assistiu-se a uma forte competição entre os hospitais do

SNS, conduzindo a um crescimento dos encargos por hora de trabalho médico.

Por outro lado, registou-se um agravamento considerável dos encargos com transporte de

doentes, e com a aquisição no exterior de exames de ressonância magnética, de medicina

nuclear e tratamentos de radioterapia.

Entre os anos de 2008 e 2009, o peso relativo das três principais rubricas nos custos totais

não apresenta grandes oscilações, devendo assinalar-se um ligeiro crescimento dos custos

com pessoal, registando taxas de 56,5% e 56,9%, respectivamente. No mesmo sentido

evoluíram os fornecimentos e serviços externos, os quais passaram de 15,8% para 16,3%

dos custos totais nos dois anos em análise.

Em sentido inverso, os custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

registaram uma variação negativa, evoluindo de 21,4% em 2008 para 21,0% em 2009.

Custos por grandes rubricas

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

Em 2009, o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas apresentou uma

variação negativa (-1,9%), claramente melhor que os objectivos para o crescimento das

rubricas produtos farmacêuticos e material de consumo clínico traçados pelo Ministério da

Saúde, fixados aquando da elaboração dos Planos de Desempenho para 2009 (4%).

Em termos das duas principais rubricas da despesa - produtos farmacêuticos e material de

consumo clínico – verifica-se uma evolução diferente, quando se confrontam os custos de

2009 com os registados no ano anterior, com uma descida de -5,1% e um acréscimo de

2,8%, respectivamente.

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev.- 31 Dez.)

Produtos Farmacêuticos 13.358.413 1.018.634 11.653.263

Material de Consumo Clínico 6.448.259 508.966 6.118.651

Produtos Alimentares 10.035 1.266 10.783

Material de Consumo Hoteleiro 429.556 41.444 415.405

Material de Consumo Administrativo 264.620 27.118 271.605

Material de Manut. e Conservação 244.846 22.099 268.433

Total 20.755.730 1.619.527 18.738.140

Valores em euros

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

63

Como mais à frente se pormenoriza, a generalidade das rubricas de material de consumo

clínico apresentam variações negativas, devendo apontar-se o acréscimo dos encargos

material de prótese (9,3%), em consequência do desenvolvimento da actividade cirúrgica

dos serviços de ortopedia e de oftalmologia

Para as três restantes classes de produtos verificou-se um assinalável crescimento nos

encargos, como a seguir se pormenoriza:

Os custos com material de consumo hoteleiro apresentaram uma ligeira subida

(+6,4%), dada a necessidade de aquisição de fardamento e roupa, em especial para

os Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel, uma vez que as dificuldades

financeiras que tinham em 2008 os impediram de se equiparem devidamente;

Os custos com material de consumo administrativo apresentaram uma forte

crescimento em 2009 (+12,9%). O processo de reorganização do centro Hospitalar,

em particular a unificação dos processos clínicos das três unidades, conduziu a

aquisições superiores ao consumo normal, tanto de impressos como de pastas de

processos clínicos;

Os custos com a aquisição de material de manutenção e conservação, com cerca de

268 milhares de euros, apresentavam uma taxa de crescimento elevada (+18,7%),

devido sobretudo a um procedimento errado na classificação contabilística destes

encargos por parte dos Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel em 2008. Por

outro lado, e no que respeita ao Hospital de S. Sebastião, em 2008 tinha-se assistido

a uma forte queda em relação ao ano anterior (-22,3%), colocando-se mesmo num

patamar inferior ao registado em 2006 (263 milhares de euros). O hospital não tem

procedido à substituição de muitos equipamentos no final do período de amortização,

optando pela aquisição das peças necessárias à sua reparação, efectuada pelos

colaboradores do serviço de instalações e equipamentos.

Produtos farmacêuticos

Nos dois anos em apreciação, na evolução de todas as rubricas que compõem os produtos

farmacêuticos (medicamentos, reagentes e gases medicinais), constataram-se descidas nos

custos de 2009, sendo de assinalar as seguintes medidas:

Aquisição centralizada de todos os medicamentos, com alargamento dos protocolos

celebrados com diversas empresas farmacêuticas;

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

64

Centralização de alguns tipos de análises no serviço de patologia clínica do Hospital

de São Sebastião;

Renegociação dos contratos de fornecimento de gases medicinais utilizados nos

Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel

.

Deste modo, entre 2008 e 2009, os encargos com os reagentes diminuíram 8,2%, enquanto

que nos gases medicinais foi possível uma redução muito mais significativa (-35,9%). Neste

caso, o processo de negociação foi determinante, embora a ligeira redução do número de

doentes internados tenha contribuído para a diminuição das quantidades consumidas.

Decomposição dos produtos farmacêuticos

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev. - 31 Dez.)

Medicamentos 10.973.568 867.369 9.714.211

Reagentes 2.029.195 131.808 1.730.549

Outros 355.652 19.457 208.502

Total 13.358.414 1.018.634 11.653.263

Valores em euros

Quando se procede a uma análise mais pormenorizada sobre a evolução dos custos com

medicamentos nos dois anos em apreciação, e tendo em atenção os principais serviços/áreas

onde foram utilizados, importa realçar os seguintes aspectos:

Nas áreas nas quais o hospital apresenta quantitativamente a maior parte dos

doentes tratados – Internamento, Consulta Externa, Hospital de Dia e Urgência –

observa-se uma descida acentuada em 2009, quando se compara com o ano

anterior (-5,6%);

Os medicamentos imputados ao hospital de dia oncológico apresentaram uma

variação de -7,4%, contrariando as fortes taxas de crescimento verificadas nos anos

anteriores no Hospital de São Sebastião, apesar de manter uma grande utilização de

antineoplásicos e imunomodeladores;

Os medicamentos cedidos gratuitamente para uso em ambulatório (patologias renal,

neurológica, reumatológica e hepática, etc.), registaram um aumento de 17,0%,

fundamentalmente devido a um crescimento do número de doentes tratados.

Assinale-se que em Agosto de 2008 foi publicado um diploma legal do Ministério da

Saúde que impõe a cedência de medicação para tratamento da artrite reumatóide

pelos Hospitais, mesmo quando prescrita em consultórios privados.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

65

Custo dos medicamentos por áreas

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev. - 31 Dez.)

Internam. / C. Externa / Urgência 5.139.794 440.976 4.408.484

Hospital de Dia Oncológico 4.475.440 312.976 3.829.345

Medic. cedidos para o Ambulatório 1.358.334 113.418 1.476.382

Total 10.973.568 867.369 9.714.211

Valores em euros

É de assinalar que uma grande parte dos medicamentos usados no tratamento das

patologias do foro oncológico apresenta preços unitários elevadíssimos, sendo normalmente

comercializados em situação de exclusividade pela empresa que desenvolveu a investigação

do produto.

No entanto, para estes produtos e sempre que surge um genérico, após ter expirado o

período de protecção da patente, assiste-se a um abaixamento brutal nos preços. No quadro

abaixo apresenta-se a evolução dos encargos suportados com o consumo de medicamentos

registado entre 2007 e 2009, respeitante a todos os serviços do centro hospitalar, e de

acordo com a desagregação por famílias de produtos.

Custo dos medicamentos por famílias

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev. - 31 Dez.)

Antineoplásicos e imunomodelad. 4.946.767 393.729 4.498.610

Sistema nervoso central 1.123.473 84.351 952.735

Medicamentos anti-infecciosos 1.054.079 99.322 775.753

Correctivos da volémia 610.246 37.688 463.497

Sangue 516.003 43.780 484.065

Vacinas e outros imunoterápicos 595.069 32.989 600.122

Hormonas e outros esp. doenç. end. 242.974 21.947 210.102

Indefenido (Idursulfase) 257.985 30.713 257.935

Restantes grupos 1.626.973 122.851 1.471.393

Total 10.973.568 867.369 9.714.211

Valores em euros

Da análise comparativa dos dados destes dois anos sublinham-se as famílias com um maior

valor absoluto, as quais apresentam uma evolução distinta como a seguir se pormenoriza:

Crescimento dos produtos enquadrados nas rubricas sangue (+2,3%) e vacinas e

outros imunoterápicos (+6,4%);

Forte redução nos encargos com os medicamentos anti-infecciosos (-17,0%),

medicamentos do sistema nervoso central (-7,7%), e correctivos da volémia(-17,9%).

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

66

No quadro indicado de seguida apresenta-se os dados respeitantes aos produtos utilizados

no hospital de dia oncológico com um encargo anual próximo ou superior a 100 milhares de

euros, referindo-se também o número de doentes em que foram administrados.

Este conjunto de doze produtos apresenta uma progressão de 20,6% entre 2008 e 2009,

denotando uma cada vez maior concentração dos encargos num conjunto limitado de

produtos. Assim, no primeiro ano, os mesmos representaram 22,8% do total dos encargos

com medicamentos, enquanto que no segundo ano já representavam 28,5%.

Sublinhe-se o crescimento explosivo do medicamento Bevacizumab, com um encargo

próximo dos 400 milhares de euros em 2009, enquanto que no Transtuzumab foi invertida a

curva de crescimento registada desde 2006. Mesmo assim, este medicamento foi

responsável por custos um pouco inferiores a 700 milhares de euros, representando cerca de

cerca de 7% do total.

Custo dos principais medicamentos usados no hospital de dia oncológico

Principio activo 2008 (1 Jan. - 31 Dez.) 2009 (1 Jan. - 31 Jan.) 2009 (1 Fev. - 31 Dez.)

Nº doentes Valor Nº doentes Valor Nº doentes Valor

Trastuzumab 35 838.192 16 42.334 39 640.629

Bevacizumab 8 57.299 2 4.361 31 389.526

Docetaxel 96 372.458 22 25.093 83 361.250

Cetuximab 22 287.156 3 8.053 20 225.868

Rituximab 25 208.032 13 38.843 26 209.113

Capecitabina 163 158.204 37 14.580 162 206.056

Leuprorrelina 183 114.591 50 15.326 189 167.288

Acido zoledrónico 79 71.084 35 10.078 108 142.730

Imatinib 8 99.131 5 13.264 7 140.045

Epoietina 119 95.881 16 6.936 67 125.665

Sunitinib 6 77.871 3 11.915 7 105.806

Doxorrubicina lipossómica 60 118.109 6 10.841 19 97.794

Total 804 2.498.008 208 201.624 758 2.811.770

Valores em euros

Material de consumo clínico

Em 2009 os encargos com o material de consumo clínico apresentam uma variação de 2,8%,

em grande medida devido ao crescimento da actividade cirúrgica de alguns serviços, tendo

ainda presente que o serviço de obstetrícia/ginecologia, com menor consumo de produtos

por cirurgia, regista por outro lado uma redução do número de doentes intervencionados.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

67

Custos com material de consumo clínico por rubricas

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev.- 31 Dez.)

Penso 239.076 21.606 213.750

Artigos Cirúrgicos 729.207 77.411 623.164

Tratamento 1.671.611 161.297 1.471.090

Electromedicina 75.401 7.210 68.977

Laboratório 176.913 17.527 143.654

Próteses 1.421.957 51.819 1.502.397

Osteosintese 519.205 31.753 602.397

Outro 1.614.889 140.344 1.493.222

Total 6.448.259 508.966 6.118.651

Valores em euros

O material de penso, os artigos cirúrgicos e o material de tratamento apresentam pequenos

decréscimos. Na última classe de artigos, representando aproximadamente 25% do total da

rubrica, foi possível conter os custos resultantes do crescimento do número de

procedimentos cirúrgicos, onde é utilizada a cirurgia minimamente invasiva.

As rubricas material de prótese, material de osteosintese e outro material de consumo

evoluíram em sentido contrário, apresentando variações significativas nos dois primeiros

casos, com +9,3% e +22,1%, respectivamente. Importa salientar alguns aspectos que têm

vindo a pressionar os encargos de algumas das rubricas:

O crescimento do número de procedimentos cirúrgicos onde é utilizada a cirurgia

minimamente invasiva nos serviços de cirurgia geral, ginecologia e urologia. Se por

um lado, se registam grandes benefícios traduzidos em menores tempos de

internamento e menores complicações pós-operatórias, por outro, passaram a ser

utilizados materiais significativamente mais caros;

Uma maior utilização de material de uso único, em especial material de tratamento

e batas e campos operatórios, em sintonia com as politicas de controlo da infecção

hospitalar;

A progressiva diferenciação dos serviços no tratamento de diversas patologias, a

exemplo da cirurgia da obesidade (colocação de bypass gástrico), da cirurgia para

resolução da incontinência urinária (colocação de tvt) e da cirurgia oncológica;

O alargamento da actividade do serviço de ortopedia, tanto para a colocação de

próteses, como para o desenvolvimento da cirurgia da coluna.

Um acréscimo do número de cirurgias programadas para revisão de próteses,

constatando-se que uma parte de doentes não tinham sido submetidos a prótese

primária no hospital.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

68

Custos com o pessoal

Em 2009 os custos com o pessoal apresentaram um crescimento de 1,1% relativamente ao

ano anterior, abaixo da taxa de actualização da tabela da função pública. Por outro lado, o

peso relativo dos custos com o pessoal no total dos custos aproximou-se dos 56,9%,

correspondendo a um aumento próximo de meio ponto percentual em relação a 2008.

Evolução das rubricas dos custos com pessoal

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev.- 31 Dez.)

Remunerações base do pessoal 27.480.417 2.389.670 24.690.364

Suplementos de remunerações 13.253.428 1.019.642 12.715.845

Prestações sociais directas 304.197 32.201 248.059

Subsidio de férias e natal 4.530.530 291.846 4.370.312

Pensões 880.830 63.444 845.560

Encargos sobre remunerações 7.227.719 626.635 6.887.886

Seguro acid. trab./Doenças profiss. 117.674 7.255 145.591

Outros custos com pessoal 431.665 58.908 447.100

Total 54.226.460 4.489.601 50.350.717

Valores em euros

Relativamente ao ano anterior, e à data de 31 de Dezembro, o número de colaboradores

com vínculo jurídico à função pública e com contrato individual de trabalho sem termo

diminuiu cerca de 1,0%, se bem que se tivesse registado um pequeno aumento do número

de colaboradores com contratos de trabalho a termo certo ou incerto.

No âmbito da reorganização das estruturas assistencial e logística, por força da criação do

Centro Hospitalar, o Conselho de Administração tomou diversas medidas com o objectivo de

racionalizar os custos com pessoal, destacando-se as seguintes:

Unificação de todos os serviços, os quais passaram a ter um único responsável;

Centralização do internamento de pediatria no Hospital de São Sebastião, a partir de

Abril de 2009;

Racionalização da cobertura médica de residência nos Hospitais de S. João da Madeira

e de Oliveira de Azeméis;

Reestruturação dos serviços de patologia clínica e imagiologia dos Hospitais de S. João

da Madeira e de Oliveira de Azeméis;

Redução do internamento do Hospital de S. João da Madeira, unidade que passou a

estar vocacionada preferencialmente para a cirurgia do ambulatório.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

69

Como já foi referido atrás a estrutura de recursos humanos existente nos Hospitais de S.

João da Madeira e de Oliveira de Azeméis era manifestamente desajustada face à actividade

assistencial desenvolvida, salientando-se a dificuldade em proceder aos ajustamentos

necessários.

Deve referir-se um conjunto de aspectos que influenciaram o crescimento dos custos com

pessoal, a saber:

:

Em 2009 os encargos sobre as remunerações ascenderam a 7,5 milhões de euros,

progredindo cerca de 4,0% em relação ao ano anterior. Registe-se um agravamento

do peso relativo desta rubrica no total dos custos com pessoal, atingindo um valor de

14,9% em 2009, muito acima da taxa de 2008 (13,3%);

Do mesmo modo, os encargos com pensões cresceram cerca de 3,2% de 2008 para

2009, atingindo neste ano cerca de 845.000 euros. Nesta rubrica, deve sublinhar-se

que os encargos que transitaram dos Hospitais de S. João da Madeira e de Oliveira

de Azeméis, representam cerca de 75% do total.

O aumento do número de médicos do internato médico colocados no hospital,

reembolsados apenas numa pequena parte pela ACSS;

O Hospital não tem beneficiado do impacto da saída de pessoal por aposentação, ao

contrario da generalidade dos hospitais, tendo em conta o número reduzido de

colaboradores com vínculo jurídico à função pública.

Nos suplementos de remunerações deve sublinhar-se a inclusão dos montantes devidos pelo

programa interno de produção extraordinária dos serviços cirúrgicos.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

70

Custos com fornecimentos e serviços externos

Os custos com fornecimentos e serviços externos em 2009 atingiram um valor de 14,6

milhões de euros, apresentando uma taxa de crescimento de 2,8% em comparação com o

ano de 2008, como resultado de uma descida de -8,0% nos fornecimentos e serviços e de

um crescimento de 22,7% nos subcontratos.

Evolução dos custos com fornecimentos e serviços externos

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev.- 31 Dez.)

Fornecimentos e serviços 9.933.339 826.332 8.316.488

Subcontratos 5.393.964 377.982 6.242.302

Total 15.327.303 1.204.315 14.558.790

Por outro lado, o peso relativo dos custos desta rubrica nos custos totais situou-se nos

16,3%, meio ponto acima do ao ano anterior (15,8%).

Nos primeiros meses de funcionamento do Centro Hospitalar foram tomadas medidas de

contenção dos custos na rubrica fornecimentos e serviços, passando pela renegociação dos

contratos indicados a seguir:

Prestação de serviços de electricidade para oa três unidades hospitalares;

Assistência técnica dos elevadores das três unidades hospitalares;

Manutenção de equipamentos informáticos nos Hospitais de S. João da Madeira e de

S. Miguel;

Manutenção dos equipamentos de radiologia nos Hospitais de S. João da Madeira e de

S. Miguel;

Prestação de serviços médicos nos Hospitais de S. João da Madeira e S. Miguel.

Evolução dos custos com fornecimentos e serviços por rubricas

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev.- 31 Dez.)

Fornecimentos e serviços I 1.668.495 229.303 1.328.479

Fornecimentos e serviços II 2.816.704 194.466 1.908.717

Fornecimentos e serviços III 5.411.596 400.499 5.070.824

Outros fornecimentos e serviços 36.544 2.065 8.468

Total 9.933.339 826.332 8.316.488

Valores em euros

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

71

Os subcontratos apresentam uma variação positiva de 22,7% em 2009, sendo de assinalar o

crescimento da rubrica meios complementares de terapêutica (53,1%), tendo em conta o

crescimento do número de doentes enviados para tratamentos de radioterapia numa

empresa do Porto e, por outro lado, com os custos suportados com a aquisição de unidades

de sangue, em que o Instituto Português de Sangue praticamente duplicou os preços. No

que concerne aos tratamentos de radioterapia, a partir de Janeiro de 2010, a

responsabilidade pelo tratamento dos doentes passou a caber ao Instituto Português de

Oncologia do Porto.

Assim, o fornecimento de unidades de sangue evoluiu de 665 milhares de euros em 2008

para 1.231 milhares de euros em 2009. No tocante à prestação de serviços de radioterapia,

nos mesmos anos, registou-se um crescimento de 828 milhares de euros para 1.227

milhares de euros. Estas duas rubricas representam cerca de 73% do crescimento dos custos

nos subcontratos.

Evolução dos custos com subcontratos por rubricas

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev. - 31 Dez.)

Produtos Vendidos por Farmácias 0 0 0

Meios Complement. de Diagnóstico 2.537.624 180.156 2.614.147

Meios Complement. de Terapêutica 1.796.709 133.708 2.617.450

Transporte de Doentes 788.559 62.786 993.765

Outros 271.072 1.332 16.941

Total 5.393.964 377.982 6.242.302

Valores em euros

Nos meios complementares de diagnóstico, assistiu-se a um acréscimo de 10,1% nos

encargos suportados em 2009 (2.794 milhares de euros) em confronto com o ano anterior

(2.538 milhares de euros), e que tem a ver, essencialmente, com as áreas da imagiologia,

medicina nuclear, gastrenterologia e anatomia patológica. Refira-se que no Hospital de São

Sebastião passaram a ser realizados diversos exames que os Hospitais de S. João da Madeira

e de S. Miguel adquiriam no exterior (tomografias axiais computorizadas, exames

laboratoriais, ecografias, etc.).

No transporte de doentes o Centro Hospitalar passou a assumir novas obrigações, em

particular com o transporte dos utentes dos concelhos de Arouca e Vale de Cambra, que em

grande medida eram assumidos pelos Centros de Saúde. Desta forma, houve uma

progressão de 34,0% em 2009, registando-se uma forte pressão para a emissão de

credenciais de transporte em ambulância para os tratamentos de medicina física e

reabilitação e radioterapia.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

72

Amortizações

O montante de amortizações ascendeu a 4.382 milhares de euros em 2009, valor

ligeiramente inferior ao contabilizado em 2008 (4.448 milhares de euros).

Durante os onze anos de funcionamento do Hospital de São Sebastião foi sempre calculada a

amortização do edifício, num montante aproximado de 1,6 milhões de euros por ano. Desta

forma, amortizou-se 55% do valor total investido pelo Estado (32 milhões de euros).

Em 2005 terminou a amortização de uma parte significativa dos equipamentos do hospital,

pelo que em 2006 se registou uma queda substancial no montante contabilizado nas

diferentes rubricas respectivas. Enquanto que nos primeiros anos de funcionamento as

amortizações chegaram a exceder os 6 milhões de euros, em 2008 atingiu-se um montante

total de 3,6 milhões de euros, correspondendo a uma variação de +9,6% face ao ano

anterior.

Já no que respeita aos Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel, em que os edifícios

são propriedade da Santa Casa da Misericórdia local, o montante global de amortizações

aproxima-se dos 800 milhares de euros, ou seja inferior a um quarto do total.

Evolução dos custos com amortizações

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan. - 31 Dez.) (1 Jan. - 31 Jan.) (1 Fev. - 31 Dez.)

Imobilizações corpóreas

Terrenos e recursos naturais 0 0 0

Edifícios e outras construções 1.915.479 159.784 1.779.457

Equipamento básico 1.716.697 144.138 1.545.178

Equipamento de transporte 5.940 639 13.792

Ferramentas e utensílios 2.221 164 1.466

Equipamentos adm. e informático 772.172 58.873 645.536

Taras e Vasilhame 64 5 59

Outras imobilizações corpóreas 35.585 2.736 30.860

Sub-total 4.448.160 366.339 4.016.348

Imobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 0 0 0

Total 4.448.160 366.339 4.016.348

Valores em euros

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

73

Mesmo assim, as amortizações continuam a assumir um peso muito significativo nos custos

de exploração, representando cerca de 5,0% em 2008, contra 4,5% em 2009.

Proveitos

A rubrica prestação de serviços não apresenta uma comparabilidade directa entre 2008 e

2009. De facto, tanto em 2008 como em Janeiro de 2009, o financiamento atribuído pela

ACSS aos Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel era classificado na rubrica subsídios

à exploração.

Os proveitos totais de 2009 registaram uma variação de -3,1% comparativamente com o

ano anterior. Em grande medida esta evolução dos proveitos teve a ver principalmente com

a descida dos proveitos financeiros e a redução do montante facturado à ACSS, a titulo das

prestações de serviços ao Serviço Nacional de Saúde. Esta foi a razão que determinou a

apresentação de resultados líquidos negativos em 2009.

Em termos de estrutura dos proveitos, as prestações de serviços equivalem a 92,1% do

total, muito acima do valor registado em 2008 (71,8%), pelas razões anteriormente

aduzidas.

No que respeita ao contrato programa celebrado com a ACSS, para o período compreendido

entre 1 de Fevereiro e 31 de Dezembro de 2009, o Centro Hospitalar emitiu facturação no

montante de 70.884 milhares de euros, dos quais 53,9% dizem respeito a doentes tratados

no internamento e cirurgia do ambulatório, 26,1% na consulta externa e 14,9% na urgência,

Prestações de serviços para o SNS – Contrato Programa

Linha de Produção 2008 2009 2009

(1 Jan-31 Dez) (1 Jan-31 Jan) (1 Fev-31 Dez)

Internamento 28.462.722 2.313.565 32.301.091

Cirurgia do Ambulatório 4.063.718 351.862 5.848.540

Consulta Externa 14.097.157 1.114.482 18.470.230

Urgência 9.130.074 711.257 10.594.129

GDH Médicos 3.300.944 212.796 2.872.264

Hospital de Dia 194.543 16.285 244.596

MCDT 1.045 4.567 14.602

Serviço Domiciliário 73.615 5.260 66.389

Sub-Total 59.323.818 4.730.074 70.411.841

Outras prestações de serviços 527.565 28.551 472.014

Total 59.851.383 4.758.626 70.883.855

Valores em euros

O Hospital de S. Sebastião tem colaborado activamente no programa de tratamento da

retinopatia diabética, bem como na colheita de órgãos e no transplante de córneas. Na

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

74

primeira destas áreas assistiu-se a um acréscimo significativo no número de doentes

enviados, pelo que a facturação apresentou uma taxa de crescimento superior a 250%.

Prestações de serviços para o SNS – Outras

Linha de Produção 2008 2009 2009

(1 Jan-31 Dez) (1 Jan-31 Jan) (1 Fev-31 Dez)

Retinopatia Diabética 11.492 0 40.362

Transplantes e Recolha de Órgãos 97.640 28.551 74.101

Doenças Lisossomais de Sobrecarga 240.825 0 329.550

Assistência Médica no Estrangeiro 177.608 0 0

Ajudas Técnicas 0 0 28.000

Incentivos Institucionais 925.248 229.320 2.913.780

Plano de convergência 0 0 349.147

Total 1.452.814 257.871 3.734.941

Valores em euros

Em 2009, o reembolso de medicamentos com doenças lisossomais de sobrecarga foi

claramente superior ao registado em 2008, não se tendo verificado o encaminhamento de

doentes para assistência no estrangeiro, que em 2008 somaram um total de 178 milhares de

euros. Por outro lado, os incentivos institucionais calculados em função do cumprimento de

objectivos, apresentam uma grande variação face a 2008, tendo em conta as alterações

definidas no âmbito do contrato programa de 2009.

As prestações de serviços facturadas a subsistemas de saúde e a outras entidades

legalmente responsáveis, assim como os montantes cobrados a título de taxas moderadoras,

apresentam uma variação de -11,8% face ano anterior, atingindo-se um valor próximo dos

8.970 milhares de euros. A par de uma menor captação de utentes de subsistema de saúde,

a diminuição da sinistralidade automóvel e do trabalho contribuíram para esta evolução.

Evolução das prestações de serviços para subsistemas de saúde e outros

Linha de Produção 2008 2009 2009

(1 Jan-31 Dez) (1 Jan-31 Jan) (1 Fev-31 Dez)

Internamento 3.648.152 224.489 2.859.318

Cirurgia do Ambulatório 239.733 12.326 318.766

Consulta Externa 697.130 51.224 647.105

Urgência 2.333.256 154.578 1.706.961

GDH Médicos 374.756 0 505.479

Quartos Particulares 36.350 4.200 17.195

MCDT 1.028.564 38.225 1.016.268

Taxas Moderadoras 1.649.673 128.333 1.270.652

Serviço Domiciliário 1.746 162 2.058

Outras prestações de serviços 164.391 958 11.296

Total 10.173.751 614.494 8.355.099

Valores em euros

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

75

A análise do total das prestações de serviços é prejudicada pela alteração da contabilização

do pagamento dos cuidados aos beneficiários do SNS dos Hospitais de S. João da Madeira e

de S. Miguel. Refira-se, por último, que a prestação de cuidados a beneficiários da ADSE e a

outros subsistemas de saúde públicos tem vindo a diminuir gradualmente de importância,

face à diminuição do numero de beneficiários ou porque os mesmos optam pela assistência

em consultórios e hospitais privados, com convenções com os mesmos subsistemas.

Evolução do total das prestações de serviços

Linha de Produção 2008 2009 2009

(1 Jan-31 Dez) (1 Jan-31 Jan) (1 Fev-31 Dez)

Internamento 32.110.874 2.538.054 35.160.409

Cirurgia do Ambulatório 4.303.451 364.188 6.167.305

Consulta Externa 14.794.287 1.165.706 19.117.336

Urgência 11.463.330 865.835 12.301.091

GDH Médicos 3.675.701 212.796 3.377.743

Hospital de Dia 194.543 16.285 244.596

Quartos Particulares 36.350 4.200 17.195

MCDT 1.029.609 42.791 1.030.869

Taxas Moderadoras 1.649.673 128.333 1.270.652

Serviço Domiciliário 75.361 5.423 68.447

Outras 164.391 958 11.296

Sub- total 69.497.569 5.344.569 78.766.941

Outras Prestações de Serviços 1.452.814 257.871 3.734.941

Total 70.950.383 5.602.440 82.501.882

Valores em euros

Como foi atrás referido, as restantes rubricas representam um peso relativo de 5,9% no total

dos proveitos, destacando-se de seguida os montantes de 2009 e a sua evolução em

comparação com o ano anterior:

Proveitos suplementares – 254 milhares de euros (-11%)

Outros proveitos e ganhos operacionais – 2.643 milhares de euros (+11%)

Proveitos e ganhos financeiros – 800 milhares de euros (-61%)

Proveitos e ganhos extraordinários – 1.926 milhares de euros (+7%)

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

76

Situação Financeira e Patrimonial

Balanço e Estrutura Patrimonial

Em 31 de Dezembro de 2009 os fundos próprios do Centro Hospitalar ascendiam a 76.704

milhares de euros, apresentando uma ligeira evolução negativa quando se analisa os valores

respeitantes aos balanços do Hospital São Sebastião, E.P.E., na mesma data do ano de 2008

(77.455 milhares de euros), bem como em 31 de Janeiro de 2009 (77.550 milhares de

euros).

Por outro lado, em 1 de Fevereiro de 2009 os fundos próprios da nova instituição ascendiam

a 78.283.692 euros, apresentando assim uma variação negativa de -2,0%, entre as datas de

início e final do primeiro exercício.

O imobilizado líquido em 31 de Dezembro de 2009, no valor de 26.354 milhares de euros,

apresenta uma variação negativa de -3,5% relativamente ao início do exercício, porquanto o

volume dos investimentos realizados não acompanhou o valor contabilizado a título de

amortizações. Ainda assim, o imobilizado líquido representava cerca de 24% do activo

líquido.

Em 31 de Dezembro de 2009 o activo circulante atingiu 60.042 milhares de euros,

equivalendo a uma variação de -8,4%, em relação à data da constituição do Centro

Hospitalar. Refira-se que em Dezembro de 2008 o Hospital de São Sebastião, E.P.E. aplicou

um montante de 35 milhões de euros no Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do SNS,

de acordo com as orientações do Ministério da Saúde, situação que se mantinha no final do

exercício.

No entanto, as restantes disponibilidades financeiras registaram uma descida acentuada,

passando de 16.786 milhares de euros em 1 de Fevereiro de 2009 para 9.106 milhares de

euros em 31 de Dezembro de 2009, em grande medida por força do pagamento de dívidas

transitadas dos Hospitais de S. João da Madeira e de S. Miguel. De facto, à data da

constituição do Centro Hospitalar estas instituições registavam débitos nos montantes de

2.081 e 1.544 milhares de euros, respectivamente.

No que respeita ao passivo, as dívidas a curto prazo a fornecedores, ao Estado e a outros

credores representam cerca de 81% do total, não se registando qualquer valor a título de

dívida financeira.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

77

Principais rubricas do balanço

Rubricas 2008 (a) 2009 (a) 2009

(31 Dez.) (31 Jan.) (31 Dez.)

Activo

Imobilizado líquido 27.565.237 27.309.272 26.354.391

Circulante 65.078.392 65.513.184 60.041.527

Acréscimos e diferimentos 2.224.536 7.310.141 22.695.315

Total 94.868.165 100.132.596 109.091.233

Fundos Próprios e Passivo

Património 78.532.795 78.283.692 76.704.095

Passivo Curto prazo 10.503.430 15.615.550 26.223.868

Acréscimos e diferimentos 5.831.941 6.233.354 6.163.269

Sub-Total 16.335.371 21.848.904 32.387.137

Total 94.868.165 100.132.596 109.091.233

(a) Agregação dos dados dos três Hospitais Valores em euros

Rácios

O Centro Hospitalar apresenta uma elevada capacidade para satisfazer o pagamento das

dívidas em 31 de Dezembro de 2009, conforme se pode verificar na análise dos rácios de

situação financeira. Assim, o rácio de autonomia financeira (0,70) garante uma elevada

cobertura do passivo exigível, embora nos rácios de liquidez geral e reduzida se tenha

verificado alguma degradação, em relação a 31 de Dezembro de 2008.

Alguns rácios de situação financeira

Rácios 2008 (a) 2009

(31 Dez.) (31 Dez.)

Autonomia financeira 0,83 0,70

Liquidez geral 4,12 2,55

Liquidez reduzida 3,99 2,48

(a) Agregação dos dados dos três Hospitais

Tendo em conta a facturação de prestações de serviços ao SNS e o reembolso dos encargos

com medicamentos cedidos para ambulatório e com o internato médico nos termos dos

respectivos contratos programa celebrados com a ACSS, o Centro Hospitalar tem ainda a

receber desta entidade verbas respeitantes a exercícios económicos do Hospital de São

Sebastião, E.P.E., no montante de 2.853 milhares de euros, dos quais 2.254 milhares de

euros de 2008, e 599 milhares de euros de 2009 referentes a Janeiro de 2009.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

78

No que respeita ao prazo médio de pagamento aos fornecedores, o Centro Hospitalar

apresenta um dos melhores indicadores de entre os hospitais constituídos em entidades

públicas empresariais, situando-se o mesmo nos 33 dias. Tendo em conta a boa situação

económica e financeira conseguiu-se alcançar um valor considerável a título de proveitos

financeiros, por antecipação de pagamentos a muitos fornecedores.

O prazo médio de recebimento apresentou um valor de 49 dias no final do exercício,

piorando relativamente ao registado pelo Hospital de São Sebastião na mesma data do ano

anterior (43 dias), mas melhor que os dados da agregação dos três hospitais. Assinale-se um

aumento da duração média das existências, indicador influenciado pelo aumentos dos stocks

de produtos farmacêuticos e material de consumo clínico, constituídos no âmbito do Plano de

Contingência da Gripe A.

Alguns rácios de pagamentos/recebimentos/existências

Rácios 2008 (a) 2009

(31 Dez.) (31 Dez.)

Prazo médio de pagamento (nº de dias ) 45 33

Prazo médio de recebimento (nº de dias ) 51 49

Duração média das existências (nº de dias ) 41 44

(a) Agregação dos dados dos três Hospitais

Investimentos

Os investimentos realizados em 2009 atingiram um montante de 3.071 milhares de euros,

ficando a um nível inferior ao valor contabilizado a título de amortizações no exercício (4.016

milhares de euros), apesar dos encargos que foi necessário suportar no âmbito da integração

informática das três unidades e dos efectuados para a modernização da radiologia do

Hospital de S. João da Madeira.

O Cento Hospitalar manteve uma política bastante restritiva neste domínio, a exemplo da

anteriormente adoptada, tentando prolongar a vida útil dos equipamentos, desde que dai

não resultem encargos adicionais na manutenção e simultaneamente não prejudique a

qualidade das prestações de saúde.

Assim, comparando os investimentos registados pelas três unidades em 2008 (3.020

milhares de euros), com os realizados em 2009 (3.185 milhares de euros), verifica-se um

aumento de 5,4%, conforme é apresentado no quadro abaixo.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

79

Evolução dos investimentos por rubrica

Rubricas 2008 2009 2009

(1 Jan -31 Dez) (1 Jan -31 Jan) (1 Fev -31 Dez)

Imobilizações corpóreas

Terrenos e recursos naturais 0 0

Edifícios e outras construções 636.130 71.586 617.332

Equipamento básico 1.583.866 37.303 1.969.539

Equipamento de transporte 31.768 0 0

Ferramentas e utensílios 282 0 49

Equipamentos administrativo e informático 742.418 4.265 465.879

Taras e vasilhame 0 0 0

Outras imobilizações corpóreas 25.740 0 18.604

Sub-total 3.020.204 113.155 3.071.403

Imobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 0 0 0

Total 3.020.204 113.155 3.071.403

Valores em euros

Os projectos que apresentam um montante superior a cem milhares de euros, são os

seguintes:

Realização de obras de remodelação e ampliação do internamento do serviço de

pediatria no Hospital de S. Sebastião, de modo a receber os doentes internados no

Hospital de S. Miguel (391 milhares de euros);

Reapetrechamento da radiologia do Hospital de S. João da Madeira, com substituição

de equipamentos de modo a permitir a digitalização de imagem, eliminando-se assim

as películas nas três unidades(187 milhares de euros);

Remodelação de um piso do Hospital de S. João da Madeira para instalação de uma

unidade de cirurgia do ambulatório, conforme a orientação estratégica do Ministério

da Saúde (162 milhares de euros);

Renovação de uma parte dos monitores de sinais vitais do Hospital de São Sebastião,

substituindo equipamentos com dez anos de utilização (132 milhares de euros);

Aquisição de um nova central de monitorização para a unidade de cuidados

intermédios (126 milhares de euros);

Aquisição de um sistema de angiografia para o serviço de oftalmologia, substituindo

um equipamento com dez anos de utilização (118 milhares de euros);

No quadro apresentado abaixo são indicados outros investimentos realizados no exercício de

2009, tendo sido dada prioridade à aquisição de equipamentos de tecnologia médica,

substituindo alguns com dez anos de utilização intensiva, bem como a renovação de

equipamentos informáticos.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

80

Descrição Serviço

Aquisição de equipamento de comunicação de voz e dados Informática

Aquisição de camas hospitalares Diversos serviços

Aquisição de equipamento de refrigeração Instalações e equipamentos

Aquisição de ecógrafo de alta resolução Imagiologia

Aquisição de carros para stock e dose unitária Farmácia

Aquisição de sistema automático de distribuição de medicamentos Farmácia

Aquisição de sistema de monitorização Cuidados intermédios

Aquisição de otocoagulador laser e lâmpada Oftalmologia

Aquisição de ecógrafo Bloco Operatório

Aquisição de sistema para cirurgia minimamente invasiva Ortopedia

Aquisição de biometro Oftalmologia

Aquisição de computadores Diversos serviços

Aquisição de cadeiras para exames Diversos serviços

Remodelação de instalações Medicina Legal

Remodelação de instalações Imagiologia

Aquisição de desfibrilhador Urgência

Aquisição de máquina de reembalagem de medicamentos Farmácia

Aquisição de tonometro/refractometro Oftalmologia

Aquisição de broncofribroscópios UCI/Pneumologia

Aquisição cadeira para cirurgia ORL/Oftalmologia

Aquisição de broncovideoscópio Pneumologia

Maquina de lavar louça Serviço de alimentação

Aquisição de electrocardiógrafos Urgência

Aquisição de câmara de fluxo laminar Oncologia médica

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

81

Desenvolvimento estratégico para 2010

Principais linhas de actuação

Não estando ainda aprovado o Plano de Desempenho para 2010, reproduzem-se de seguida

as principais linhas de orientação e a actividade prevista para o Centro Hospitalar, na

sequência do que tem sido o plano estratégico seguido nos últimos anos e a proposta

efectuada à Administração Regional de Saúde do Norte.

A actividade assistencial do Centro Hospitalar tem sido orientada para a satisfação de

necessidades de saúde que se têm vindo a manifestar, de modo a:

Responder à procura na área do ambulatório, em particular na consulta externa,

como forma de suster o crescimento das listas de espera e moderar a procura

dirigida ao serviço de urgência;

Dar resposta à lista de espera cirúrgica, através de um melhor aproveitamento da

capacidade do bloco operatório;

Responder à doença oncológica, através do crescimento do número de consultas e de

sessões de quimioterapia e radioterapia;

Promover a rápida reabilitação e integração social dos doentes, dando particular

ênfase ao funcionamento do serviço de MFR;

Garantir que a avaliação médica tem acesso aos meios de diagnóstico necessários;

Propiciar condições de amenidades adequadas a uma boa prestação de cuidados de

saúde;

Oferecer aos utentes uma resposta de proximidade, conjugada com a garantia da

segurança clínica e com níveis de eficiência adequados.

Apesar de existir alguma limitação na contratação de recursos humanos, em particular de

pessoal médico, o nível de resposta oferecido à população que tem sido adequado. Existem,

no entanto, as especialidades de gastrenterologia e urologia permanecem como as áreas

mais críticas, a par da constituição da cobertura das equipas médicas da urgência.

As principais linhas de actuação definidas pelo Conselho de Administração para 2010

procuram dar resposta a algumas insuficiências que se têm manifestado, como a seguir se

detalha.

Integração, articulação e desenvolvimento assistencial

A melhoria do processo de integração das três unidades que compõem o Centro

Hospitalar;

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

82

A melhoria da articulação com as instituições de prestação de cuidados de saúde

primários e diferenciados de Aveiro Norte;

A melhoria da articulação com a rede nacional de cuidados integrados;

A redução do tempo de espera para a consulta externa e para a cirurgia nas

especialidades com maior atraso;

O desenvolvimento da cirurgia de ambulatório ou “cirurgia de um dia” (one day

surgery), para os casos em que não é possível dar alta ao doente no mesmo dia;

O desenvolvimento do Serviço de Psiquiatria;

A reestruturação da urgência, em sintonia com a política definida para as redes de

referenciação da emergência hospitalar, através da implementação das várias vias de

acesso.

Governação Clínica

A racionalização do consumo de exames de diagnóstico e de medicamentos, com a

introdução de protocolos clínicos ajustados a cada situação e através da dinamização

da Comissão de Farmácia e Terapêutica;

O reforço das auditorias ao processo clínico, em particular na avaliação dos episódios

de mortalidade;

A melhoria dos níveis de gestão do risco, em particular os associados à segurança

dos utentes e do medicamento.

Sistemas de informação

O desenvolvimento do processo clínico electrónico Medtrix EPR;

O desenvolvimento de sistemas de informação, nomeadamente nas seguintes áreas:

Medicina Física e Reabilitação, Nutrição e Alimentação e Gestão de Transporte de

Doentes;

A promoção de uma melhor integração dos vários sistemas de informação de apoio à

gestão e o desenvolvimento de novos instrumentos de reporting;

Infra-estruturas e equipamentos

A criação no HSS de novas instalações para a VMER;

O reforço dos investimentos em equipamentos médicos e em meios complementares

de diagnóstico e terapêutica, em particular no serviço de imagiologia e no bloco

operatório;

A elaboração do Perfil Assistencial e o Programa Funcional do novo Hospital de

Oliveira de Azeméis;

A centralização da esterilização do Centro Hospitalar;

A elaboração de um plano estratégico que direccione a organização e a criação de

novas instalações, nas áreas da gestão do doente critico e do doente oncológico.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

83

Recursos humanos

O aprofundamento da capacidade formativa, melhorando a integração de novos

colaboradores e o desenvolvimento das competências;

O desenvolvimento de processos de avaliação.

Qualidade

O desenvolvimento do processo de acreditação pela Joint Commission International;

O reforço da auditoria dos processos respeitantes à actividade desenvolvida pelos

serviços de gestão e logística;

Actividade assistencial prevista para 2010

O Conselho de Administração tem procurado adequar a actividade produtiva do Centro

Hospitalar à procura de cuidados de saúde nas diversas especialidades da sua área de

influência, suprindo ainda necessidades específicas em valências a cargo de outros hospitais

de Aveiro Norte, fundamentalmente no que respeita a consultas externas.

Apresenta-se de seguida as tendências de evolução das principais linhas de produção do

hospital:

A capacidade do internamento não deverá sofrer alterações;

O número de doentes saídos deverá apresentar uma ligeira redução em relação ao

ano de 2009, face à tendência de queda do número de partos e do berçário, assim

como da transferência de doentes para a cirurgia do ambulatório;

O peso relativo das especialidades cirúrgicas no total do internamento deverá

apresentar uma ligeira descida, face à aposta no desenvolvimento da cirurgia do

ambulatório, mantendo-se um pouco acima dos 62% do total;

A demora média deverá manter-se próxima da registada em 2009 (4,7 dias), apesar

de um desvio significativo de doentes menos pesados para a cirurgia de ambulatório.

Mesmo assim, o resultado alcançado é, certamente, um dos melhores do conjunto

dos hospitais do SNS;

A taxa de ocupação das camas do internamento deverá manter-se próxima dos

73,5% registados em 2009;

Na cirurgia do ambulatório, prevê-se um crescimento de 16% no número de doentes

intervencionados, evoluindo de 5.891 doentes em 2009 para 6.820 doentes em

2010;

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

84

A consulta externa deverá manter o movimento ascendente, registado nos últimos

anos. Prevê-se um aumento de cerca de 4.400 consultas relativamente a 2009,

embora se antevejam dificuldades em algumas especialidades no cumprimento dos

tempos de resposta garantidos no Programa a Tempo e Horas, como é o caso de

urologia e gastrenterologia;

O serviço de urgência, apesar de continuar a registar um número elevado de

atendimentos por dia, deverá apresentar uma diminuição no número de episódios,

em resultado do processo de reorganização interna e do impacto da reforma dos

cuidados de saúde primários em curso;

O hospital de dia de psiquiatria deverá entrar em franco desenvolvimento;

A actividade do hospital de dia oncológico, em consequência do elevado nível de

actividade cirúrgica e, ainda, à recidiva de muitos doentes tratados em anos

anteriores, deverá manter um crescimento sustentado (+10%).

Actividade assistencial prevista por linha de produção para 2010

Linhas de produção Unidade de medida Quantidade

Internamento Nº de doentes saídos 22.640

Cirurgia do ambulatório Nº de doentes 6.820

Consultas externas Nº de consultas 329.245

Urgência Nº de urgências 195.300

Hospital de dia oncológico Nº de sessões 14.900

Hospital de dia médico Nº de sessões 14.200

Serviços Domiciliários Nº de visitas 2.000

Investimentos previstos para 2010

Como foi referido anteriormente o valor anual dos investimentos tem sido manifestamente

inferior ao valor contabilizado a titulo de amortizações, dado o valor ekevado da amortização

anual do edifício do Hospital de São Sebastião (aprox. 1,6 milhões de euros).

Para 2010 prevê-se um montante de investimentos a rondar os 4,0 milhões de euros, que

visam a renovação das instalações de alguns serviços, o reforço da capacidade do serviço de

imagiologia e a aquisição de equipamentos de tecnologia médica, em muitos casos para

substituir alguns com mais de dez anos de funcionamento. Pretende-se ainda manter o

esforço na substituição de equipamentos informáticos e no desenvolvimentos dos sistemas

de informação.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

85

Apresenta-se de seguida uma relação dos principais projectos de investimento, que se prevê

concretizar em 2010:

Obras de reinstalação da neonatalogia (900.000 euros);

Intervenção nas coberturas do Hospital de São Sebastião (190.000 euros);

Remodelação das instalações da unidade de cuidados intermédios (140.000 euros);

Construção de novas instalações da VMER (100.000 euros);

Obras para a instalação do hospital de dia de psiquiatria (95.000 euros)

Reabilitação das infra-estruturas das três unidades (150.000 euros);

Climatização das instalações (90.000 euros);

Aquisição de um equipamento de ressonância magnética (800.000 euros);

Aquisição de equipamento de radiologia digital directa (350.000 euros);

Aquisição de equipamento de ventilação para o bloco operatório (150.000 euros);

Aquisição de equipamento de distribuição automática de medicamentos (95.000

euros);

Aquisição de instrumental cirúrgico diverso (95.000 euros);

Aquisição de equipamento informático diverso (350.000 euros);

Renovação do equipamento da lavandaria (85.000 euros);

Renovação do equipamento de esterilização (75.000 euros).

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

86

Proposta de aplicação de resultados

Nos termos da competência estatuária, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de

Entre o Douro e Vouga, E.P.E., vem propor que o resultado líquido do exercício, respeitante

ao período compreendido entre 1 de Fevereiro e 31 de Dezembro de 2009, no montante de

-1.585.160,25 euros, seja transferido para a conta Resultados Transitados.

Santa Maria da Feira, 19 de Março de 2010

O Conselho de Administração

Fernando Martins da Silva Maria da Piedade Pacheco Amaro

José David dos Santos Ferreira Pedro Nuno Figueiredo Beja Afonso

Luís Manuel de Sousa Matias António Cândido Ferreira Lima

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

87

Balanço em 31 de Dezembro de 2009 valores em euros

Contas Activo Bruto Amort. / Ajust. Activo Liquido

ACTIVO

IMOBILIZADO IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Despesas de instalação 272.725,30 272.725,30 0,00

Despesas investigação e desenvolvimento 0,00

Imobilizaç. em curso de imob. incorpóreas 0,00

Adiantamentos p/ conta imob.incorpóreas 0,00

Sub-Total 272.725,30 272.725,30 0,00 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Terrenos e recursos naturais 560.164,00 560.164,00

Edifícios e outras construções 39.834.145,45 21.423.483,38 18.410.662,07

Equipamento básico 30.006.845,39 23.923.255,27 6.083.590,12

Equipamento de transporte 275.096,25 242.131,99 32.964,26

Ferramentas e utensílios 24.207,08 21.250,00 2.957,08

Equipamento administrativo e informático 7.642.098,82 6.477.773,17 1.164.325,65

Taras e vasilhame 661,36 570,58 90,78

Outras imobilizações corpóreas 468.003,91 368.367,26 99.636,65

Imobilizaç. em curso de imobil. corpóreas 0,00

Adiantament por conta de imob.corpóreas 0,00

Sub-Total 78.811.222,26 52.456.831,65 26.354.390,61 INVESTIMENTOS FINANCEIROS 0,00 0,00 0,00 CIRCULANTE EXISTÊNCIAS

Matérias-primas,subsid.e consumo 2.348.532,78 2.348.532,78

Sub-produtos, desperd. resíd. e refugos 0,00

Produtos acabados intermédios 0,00

Mercadorias 0,00

Adiantament por conta de compras 0,00

Sub-Total 2.348.532,78 0,00 2.348.532,78 DIVIDAS DE TERC. - Curto prazo

Empréstimos concedidos

Clientes c/c 3.882.085,65 3.882.085,65

Utentes c/c 331.937,39 331.937,39

Instituições do Ministérios da Saúde 6.733.454,26 6.733.454,26

Clientes e utentes cobrança duvidosa 981.187,54 981.187,54 0,00

Devedores por execução do orçamento 0,00 0,00

Adiantamentos a fornecedores 8.906,06 8.906,06

Adiantamentos a fornec. imobilizado 0,00 0,00

Estado e outros entes públicos 911.305,21 911.305,21

Outros devedores 1.719.447,72 1.719.447,72

Sub-Total 14.568.323,83 981.187,54 13.587.136,29 TÍTULOS NEGOCIÁVEIS

Outras Aplicações de Tesouraria 35.000.000,00 35.000.000,00

DEPÓSITOS INST. FINANC./CAIXA Conta no Tesouro 0,00

Depósitos em instituições financeiras 9.103.216,71 9.103.216,71

Caixa 2.641,09 2.641,09

Sub-Total 9.105.857,80 9.105.857,80 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Acréscimos de proveitos 22.530.944,03 22.530.944,03

Custos diferidos 164.371,20 164.371,20

Sub-Total 22.695.315,23 22.695.315,23 Total de amortizações 52.729.556,95

Total de ajustamentos 981.187,54

TOTAL DO ACTIVO 162.801.977,20 53.710.744,49 109.091.232,71

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

88

Balanço em 31 de Dezembro de 2009 valores em euros

Contas 2009

FUNDOS PRÓPRIOS

Património 29.930.000,00

Reservas:

Reservas Legais 2.224.610,72

Reservas Estatutárias 11.065.298,25

Reservas Contratuais

Reservas Livres 35.069.346,75

Sub-Total 48.359.255,72

Resultados transitados

Resultado líquido do exercício -1.585.160,25

TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS 76.704.095,47

PASSIVO

PROVISÕES

Provisões para cobranças duvidosas

Provisões para riscos e encargos 368.672,33

Sub-Total 368.672,33

DIVIDAS A TERCEIROS - Médio longo prazo 0,00

DIVIDAS A TERCEIROS - Curto prazo

Adiantamentos de clientes, utentes e instit. MS 16.776.544,23

Fornecedores c/c 3.065.531,74

Fornecedores - Facturas rec. e conferência

Empréstimos obtidos

Credores pela execução do orçamento

Fornecedores de imobilizado c/c 1.106.386,86

Estado e outros entes públicos 1.873.982,52

Outros credores 3.032.750,78

Total dividas a terceiros 25.855.196,13

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Acréscimos de custos 5.393.425,92

Proveitos diferidos 769.842,86

Total acréscimos e diferimentos 6.163.268,78

TOTAL DO PASSIVO 32.387.137,24

TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO 109.091.232,71

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

89

Demonstração de Resultados

Custos e Perdas (1 de Fevereiro a 31 de Dezembro) valores em euros

Contas 2009

Custos das merc.vend.e das mat. cons.

Mercadorias

Matérias de consumo 18.738.139,68 18.738.139,68

Fornecimentos e serviços externos 14.558.790,03 14.558.790,03

Custos com o pessoal

Remuner. dos orgão directivos 451.702,86

Remunerações de pessoal 42.024.579,88

Pensões 845.560,44

Encargos sobre remunerações 6.887.885,55

Seguros acid trab e doenç profiss. 145.591,33

Encargos sociais voluntários 0,00

Outros custos com o pessoal 447.099,68 50.802.419,74

Transf. correntes conc. e prest. soc.

Amortizações do exercício 4.016.347,59

Ajustamentos do exercício 355.076,44 4.371.424,03

Outros custos e perdas operacionais 114.223,68

(A) 88.584.997,16

Custos e perdas financeiras 18.634,02

(C) 88.603.631,18

Custos e perdas extraordinárias 700.218,23

(E) 89.303.849,41

Imposto s/ rendimento do exercício 0,00

(G) 89.303.849,41

Resultado líquido do exercício -1.585.160,25

Total 87.718.689,16

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

90

Demonstração de Resultados

Proveitos e Ganhos (1 de Fevereiro a 31 de Dezembro) valores em euros

Contas 2009

Vendas e prestação de serviços

Vendas 38,30

Prestação de serviços 82.501.881,68 82.501.919,98

Impostos, taxas e outros

Trabalhos para a própria instituição

Proveitos suplementares 233.175,71 233.175,71

Transferências e sub. correntes obtidos

Transferências - Tesouro

Transferências correntes obtidas

Subsid. correntes obt- Out.entes púb. 196.609,58

De outras entidades 196.609,58

Outros proveitos e ganhos operacionais 2.504.697,77

(B) 85.436.403,04

Proveitos e ganhos financeiros 711.651,47

(D) 86.148.054,51

Proveitos e ganhos extraordinários 1.570.634,65

(F) 87.718.689,16

Resumo

Resultados Operacionais: (B) - (A) -3.148.594,12

Resultados Financeiros: (D-B) - (C-A) 693.017,45

Resultados Correntes: (D) - (C) -2.455.576,67

Resultados Extraordinários: (F-D) - (E-C) 870.416,42

Resultados Antes de Impostos: (F) - (E) -1.585.160,25

Resultados Liquido do Exercício: (F) - (G) -1.585.160,25

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

91

Demonstração dos Fluxos de Caixa

valores em euros

Contas 2009

ACTIVIDADES OPERACIONIAS

Recebimento de Clientes 79.346.996,1

Pagamentos a Fornecedores -35.332.772,0

Pagamentos ao Pessoal -50.442.128,3

Fluxos Gerados Pelas Operações -6.427.904,1

Pagamento/Recebimento de Imp. s/ Rendimento -966.687,9

Outros Recebimentos relativos à actividade oper. 1.416.142,8

Outros Pagamentos relativos à actividade oper. -163.083,0

Fluxos Gerados Antes rub ext -6.141.532,3

Recebimentos Relacionados com Rubricas Extr. 106.864,5

Pagamentos Relacionados com Rubricas Extr. -20.475,2

Fluxos das Actividades Operacionais (1) -6.055.143,0

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de:

Investimentos Financeiros

Imobilizações Corpóreas

Imobilizações Incorpóreas

Subsídios de Investimento 501.461,0

Juros e Proveitos Similares

Dividendos

501.461,0

Pagamentos Respeitantes a:

Investimentos Financeiros

Imobilizações Corpóreas -2.796.302,6

Imobilizações Incorpóreas

-2.796.302,6

Fluxos das Actividades de Investimento (2) -2.294.841,6

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos Obtidos

Aumentos de Capital, Prest. Supl. e P. de Emissão

Subsídios e Doações

Venda de acções Próprias

Cobertura de Prejuízos

Juros e proveitos similares 688.933,6

688.933,6

Pagamentos Respeitantes a:

Empréstimos Obtidos

Amortização de Contratos de Locação Financeira

Juros e Custos Similares -18.634,0

Dividendos

Reduções de Capital e Prestações Suplementares

Aquisição de Acções Próprias

-18.634,0

Fluxos das Actividades de Financiamento (3) 670.299,6

Var. de Caixa e seus Equiv. (4) = (1) + (2) + (3) -7.679.684,9

Efeitos das Diferenças de Câmbio

Caixa e seus Equivalentes no Inicio do Período 51.785.542,7

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 44.105.857,8

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

92

Demonstração dos Resultados por Funções valores em euros

Contas 2009

Vendas e Prestações de Serviços 82.501.919,88

Custo das Vendas e das Prestações de Serviços -75.678.945,84

Resultados Brutos 6.822.974,04

Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 2.934.483,06

Custos de Distribuição

Custos Administrativos -6.702.430,79

Outros Custos e Perdas Operacionais -6.203.620,53

Resultados Operacionais -3.148.594,22

Outros Juros e Proveitos Similares 711.651,47

Juros e Custos Similares -18.634,02

Resultados Correntes -2.455.576,77

Proveitos e Ganhos Extraordinários 1.570.634,65

Custos e Perdas Extraordinárias -700.218,33

Resultados Antes Impostos -1.585.160,45

Imposto sobre o Rendimento do Exercício

Resultados Líquidos -1.585.160,45

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

93

Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

Exercício: 1 de Fevereiro e 31 de Dezembro de 2009

Nota introdutória

O Centro Hospital de Entre o Douro e Vouga, E.P.E., foi criado nos termos do Decreto-Lei nº

27/2009, de 27 de Janeiro, agregando os Hospitais de S. Sebastião, E.P.E., Distrital de S.

João da Madeira e S. Miguel - Oliveira de Azeméis, sendo dotado com um estatuto jurídico

correspondente a um estabelecimento público dotado de personalidade jurídica, autonomia

administrativa, financeira e patrimonial e com natureza empresarial.

Enquanto que os dois últimos hospitais estavam integrados no sector público administrativo,

o Hospital de São Sebastião beneficiou desde 1999 de estatutos com natureza empresarial,

apresentando-se de seguida uma breve evolução do mesmo.

O Hospital de São Sebastião foi criado pelo Decreto-Lei n.º 218/96, de 20 de Novembro,

passando cerca de um ano e meio depois a ter o seu estatuto jurídico definido com a

publicação do Decreto-Lei n.º 151/98, de 5 de Junho, consagrando um modelo de gestão

inovador, o qual visava uma maior agilidade na contratação de recursos humanos e

materiais.

Em 1999 (4 de Janeiro), o Hospital iniciou a prestação de cuidados de saúde aos utentes

provenientes dos concelhos da região norte do distrito de Aveiro, com uma área geográfica

de atracção mais ou menos alargada consoante as especialidades clínicas.

Em 2002, com a publicação do Decreto-Lei n.º 296/2002, de 11 de Dezembro, o Hospital foi

transformado numa sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, com efeitos a

partir de 12 de Dezembro de 2002, com uma dotação de capital inicial, no montante de

29.930 mil euros, integralmente subscrito e realizado pelo Estado.

Em 2005, com a publicação do Decreto-Lei n.º 233/2005, de 30 de Dezembro, teve lugar a

transformação em entidade publica empresarial, com efeitos a 31 de Dezembro de 2005.

Nota 1 – Apresentação das demonstrações financeiras

Os valores indicados são expressos em euros. Foram seguidos os critérios previstos no Plano

Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS), criado pela Portaria n.º 898/2000,

de 28 de Setembro e, subsidiariamente, o que está definido no Plano Oficial de Contabilidade

(POC), aprovado pelo Decreto-lei nº 410/89, de 20 de Novembro.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

94

Nota 2 – Comparabilidade com exercícios anteriores

Os dados a seguir apresentados reportam a um período de 11 meses, compreendido entre

01 de Fevereiro a 31 de Dezembro de 2009, ou seja o primeiro exercício económico do

Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E., pelo que não é possível a

comparabilidade com exercícios anteriores.

Nota 3 – Bases de preparação das contas e critérios valorimétricos

As demonstrações financeiras foram preparadas segundo a convenção dos custos históricos e

em conformidade com os princípios contabilísticos fundamentais da prudência, consistência,

substância sobre a forma, materialidade e especialização dos exercícios. Foram utilizados os

seguintes critérios valorimétricos:

(a) Existências

As existências estão valorizadas ao custo médio de aquisição, considerando-se custo de

aquisição de um bem a soma do respectivo preço de compra com os gastos suportados para

o colocar no armazém. Como método de custeio das saídas, ou consumos, é utilizado o custo

médio ponderado.

(b) Imobilizações corpóreas

No final do exercício de 2003 foi realizada a inventariação e a avaliação dos bens do

imobilizado corpóreo do Hospital de S. Sebastião, com excepção dos terrenos e outros

recursos naturais, e dos edifícios e outras construções, por uma empresa contratada para o

efeito, a qual utilizou os seguintes métodos:

Custo histórico – atribuição do valor contabilístico, mediante a informação

encontrada nas facturas.

Comparativo – avaliação dos bens de acordo com o valor atribuído a outros com

as mesmas características.

Valor do mercado – avaliação de acordo com o preço corrente no mercado.

Na sequência da inventariação realizada procederam-se a ajustamentos em algumas rubricas

do imobilizado. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de

acordo com as taxas previstas nas tabelas I e II anexas à Portaria n.º 737/81, de 29 de

Agosto, com as alterações que lhe foram introduzidas pelas Portarias n.º 990/84, de 29 de

Dezembro, e n.º 85/88, de 9 de Fevereiro, e ainda pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90, de

12 de Janeiro.

No que diz respeito aos Hospitais de São João da Madeira e de São Miguel, no exercício de

2009 as amortizações foram contabilizadas de acordo com os registos existentes naquelas

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

95

unidades, impondo-se, no entanto, a realização de um novo processo de inventariação dos

bens aí existentes.

(c) Encargos com férias e subsídios de férias

No exercício de 2009 o Centro Hospitalar contabilizou, na rubrica acréscimos e diferimentos,

um montante total de 5.181 milhares de euros. Deste montante, aproximadamente 5.031

milhares de euros correspondem a encargos com férias e subsídios de férias deste ano, mas

só devidos em 2010.

Nota 7- Número de efectivos de pessoal

O número de colaboradores do Cento Hospitalar em 31 de Dezembro de 2009, com vínculo à

função pública ou com contrato individual de trabalho sem termo é apresentado no mapa

abaixo. Por outro lado, na mesma data, havia ainda 206 colaboradores contratados a termo

certo ou incerto.

Efectivos de pessoal

Grupo profissional 31-Dez-09

Conselho de Administração / Pessoal Dirigente 10

Médico 209

Enfermagem 423

Técnico Superior 49

Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 97

Outro Pessoal Técnico 5

Assistente Técnico 163

Assistente Operacional 477

Outro Pessoal 2

Total 1.435

Nota 8 - Movimento da conta Outras Aplicações de tesouraria

Está registado na conta 118111 - Outras Aplicações de Tesouraria – Unidades de

Participação em Fundos de Investimento Mobiliários – FASP SNS – o valor de 35 milhões de

euros correspondente a 350 unidades de participação, aplicado no “Fundo de Apoio ao

Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde”, com o valor nominal unitário de cem

milhares de euros.

Nota 10 - Movimento no activo imobilizado

Os edifícios e outras construções do Hospital de São Sebastião, sede do Centro Hospitalar,

estão registados pelos valores comunicados em 1999 pela Direcção Regional de Instalações e

Equipamentos da Saúde do Centro, não estando contabilizado o valor dos terrenos onde os

mesmos estão instalados. Os edifícios dos Hospitais de São João da Madeira e de São Miguel

são propriedade da Santa Casa da Misericórdia dos respectivos concelhos.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

96

Alterações nas contas do imobilizado

Rubricas Saldo Inicial Aumentos Alienações Ajustament. Transf./abat. Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas

Despesas de instalação 272.725 0 0 0 0 272.725

Sub-total 272.725 0 0 0 0 272.725

Imobilizações Corpóreas

Terrenos e recursos naturais 560.164 0 0 0 560.164

Edifícios e outras construções 39.216.813 617.332 0 0 0 39.834.145

Equipamento básico 28.104.970 1.969.539 0 0 67.665 30.006.845

Equipamento de transporte 275.096 0 0 0 0 275.096

Ferramentas e utensílios 24.158 49 0 0 0 24.207

Equipam. administ./informático 7.272.590 465.879 0 0 96.371 7.642.099

Taras e Vasilhame 661 0 0 0 0 661

Outras imobilizações corpóreas 449.459 18.604 0 0 59 468.004

Sub-total 75.903.912 3.071.403 0 0 164.094 78.811.222

Total 76.176.638 3.071.403 0 0 164.094 79.083.947

Valores em euros

Alterações nas contas de amortizações

Rubricas Saldo Inicial Reforços Regularizações Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas

Despesas de instalação 272.725 0 0 272.725

Sub-total 272.725 0 0 272.725

Imobilizações Corpóreas

Terrenos e recursos naturais 0 0 0

Edifícios e outras construções 19.644.026 1.779.457 21.423.483

Equipamento básico 22.436.265 1.545.178 58.188 23.923.255

Equipamento de transporte 228.340 13.792 242.132

Ferramentas e utensílios 19.784 1.466 21.250

Equipamento administ. e informático 5.928.148 645.536 95.910 6.477.773

Taras e Vasilhame 512 59 571

Outras imobilizações corpóreas 337.566 30.860 59 368.367

Sub-total 48.594.641 4.016.348 154.156 52.456.832

Total 48.867.366 4.016.348 154.156 52.729.557

Valores em euros

Nota 12 - Reavaliação do imobilizado corpóreo

Não foi feita a reavaliação do imobilizado corpóreo, nem existem reservas a este título.

Nota 14 - Imobilizações corpóreas e em curso

Todas as imobilizações estão afectas à actividade da sociedade, nada se encontrando

implantado em propriedade alheia ou em poder de terceiros.

Nota 15 - Locação financeira

Não existem bens em regime de locação financeira.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

97

Nota 19 - Diferenças entre os valores do activo circulante e os de mercado

Não existem diferenças materialmente relevantes entre os valores do activo circulante e os

valores de mercado.

Nota 21 - Provisões extraordinárias para o activo circulante

Não existem razões que levem à constituição deste tipo de provisões.

Nota 23 - Dívidas de cobrança duvidosa

Em 31 de Dezembro de 2009 o valor global dos créditos de cobrança duvidosa é de 981.188

euros, inscritos na rubrica clientes de cobrança duvidosa, sendo que cerca de 2/3 referem-se

a companhias de seguros.

Dívidas de cobrança duvidosa

Contas 31-Dez-09

Companhias de seguros 673.990

Outros clientes 83.192

Utentes c/ corrente 224.006

Total 981.188

Valores em euros

Nota 25 - Dívidas activas e passivas com o pessoal

Nesta rubrica, em 2009 foi contabilizado um montante de 5.181 milhares de euros, dos quais

cerca de 97% dizem respeito aos encargos com férias e subsídio de férias devidos em 2010,

vencidos e não pagos em 2009 ( 5.031 milhares de euros).

Nota 28 - Dívidas em mora ao Estado e outros Entes Públicos

Em 31 de Dezembro de 2009, a sociedade não tinha quaisquer dívidas em mora ao Estado

ou a outros Entes Públicos.

Nota 29 - Dívidas a terceiros a mais de cinco anos

Não há dívidas a terceiros a mais de cinco anos.

Nota 31 - Compromissos financeiros assumidos e não incluídos no balanço

Não existem compromissos financeiros assumidos e não incluídos no balanço.

Nota 33 - Diferenças entre as dívidas a pagar e as quantias arrecadadas

Não existem quaisquer diferenças nas dívidas a pagar e nas quantias arrecadadas, as quais

se encontram lançadas pelo seu valor exacto.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

98

Nota 34 - Movimento das contas de provisões

Em 2009 foram constituídas provisões para cobranças duvidosas no valor de 355 milhares de

euros, respeitante a dívidas com dois ou mais anos de antiguidade ou com processos em

contencioso. Existe um processo contra o Centro Hospitalar que não foi provisionado, no

valor de 432.188 euros, respeitante a pedido de indemnização de um utente por alegada

assistência hospitalar deficiente, já que face ao andamento do processo, a acção deverá ser

julgada improcedente e, em consequência, não se vislumbrar a existência de risco financeiro

para a instituição.

Movimento das contas de provisões

Contas Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final

Prov. p/ Cobranças Duvidosas

Companhias de seguros 694.123 211.774 231.907 673.990

Outros clientes 87.962 16.593 21.363 83.192

Utentes c/ corrente 190.969 126.709 93.672 224.006

Sub-Total 973.054 355.076 346.942 981.188

Prov. p/ Riscos e Encargos

Processos Judiciais em Curso 511.162 0 142.490 368.672

Sub-Total 511.162 0 142.490 368.672

TOTAL 1.484.216 355.076 489.432 1.349.860

Valores em euros

Nota 35 - Movimentos ocorrido no património

O património inicial do centro hospitalar é de 29.930 milhares de euros, correspondendo ao

património do extinto Hospital de São Sebastião, E.P.E.. Em relação aos fundos patrimoniais

dos Hospitais de São João da Madeira e de São Miguel, foram de acordo com nota técnica nº

2/2008 do SIDC, agregados na conta 5741 – Reservas do SPA.

Nota 40 – Variação das contas dos fundos próprios

As rubricas que compõem os fundos próprios, durante o exercício de 2009, apresentam os

seguintes movimentos:

Contas dos fundos próprios

Rubricas Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

Património 30.191.827 261.827 29.930.000

Reservas de Reavaliação 0 0

Reservas Legais 2.205.698 18.913 2.224.611

Reservas Estatutárias 10.989.648 75.650 11.065.298

Reservas Contratuais 0 0

Reservas Livres 39.999.866 4.930.519 35.069.347

Resultados Transitados -4.854.245 4.854.245 0

Resultados Líquidos -249.103 1.336.057 -1.585.160

Total 78.283.692 4.948.808 6.528.403 76.704.097

Valores em euros

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

99

Nota 41 - Demonstração do custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas

O valor do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no exercício de 2009

é apresentado no quadro seguinte.

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas

Rubricas 2009

(1 Fev.- 31 Dez.)

Existências iniciais 2.194.170

Compras 18.956.129

Regularização de existências -63.627

Existências finais 2.348.533

Custos no exercício 18.738.140

Valores em euros

Nota 43 - Remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais

Nos exercícios de 2009 as remunerações abonadas aos membros que integram os órgãos

sociais apresentam os seguintes valores.

Remunerações dos órgãos sociais

Órgãos Sociais 2009

(1 Fev.- 31 Dez.)

Conselho de Administração 451.703

Fiscal Único 13.873

Mesa da Assembleia Geral 0

Valores em euros

Nota 45 - Demonstração dos resultados financeiros

No exercício de 2009 o Centro Hospitalar apresentou resultados financeiros próximos dos

700 milhares de euros, sendo que 62% deste valor refere-se a juros obtidos com a aplicação

das disponibilidades. Os proveitos e ganhos financeiros e os custos e perdas financeiras

apresentam os seguintes valores.

Proveitos e ganhos financeiros

Rubricas 2009

(1 Fev.-31 Dez.)

Juros obtidos 445.017

Diferenças de câmbio favoráveis 64

Descontos de pronto pagamento obtidos 256.570

Ganhos de alienação de aplicações financeiras

Outros proveitos e ganhos financeiros 10.000

Total 711.651

Valores em euros

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

100

Custos e perdas financeiras

Rubricas 2009

(1 Fev.-31 Dez.)

Juros suportados 11.051

Provisões para aplicações financeiras

Diferenças de câmbio desfavoráveis

Outros custos e perdas financeiras 7.583

Resultados financeiros 693.017

Total 711.651

Valores em euros

Nota 46 - Demonstração dos resultados extraordinários

No exercício de 2009, os resultados extraordinários apresentam um valor muito próximo do

que se havia registado em 2008 no conjunto dos três hospitais do centro hospitalar. Os

montantes contabilizados nas rubricas proveitos e ganhos extraordinários e custos e perdas

extraordinárias são apresentados nos quadros seguintes.

Proveitos e ganhos extraordinários

Rubricas 2009 (1 Fev.- 31 Dez.)

Recuperação de dívidas 290

Ganhos em existências 852

Ganhos em imobilizações 0

Beneficios e penalidades contratuais

Reduções de amortizações e provisões 489.431

Correcções relativas a exercícios anteriores 702.550

Outros proveitos e ganhos extraordinários 377.511

Total 1.570.635

Valores em euros

Custos e perdas extraordinárias

Rubricas 2009 (1 Fev.- 31 Dez.)

Donativos

Dividas incobráveis 54.966

Perdas em existências 64.479

Perdas em imobilizações 4.859

Multas e penalidades 835

Aumentos de amortizações e provisões

Correcções relativas a exercícios anteriores 555.614

Outros custos e perdas extraordinários 19.466

Resultados extraordinários 870.416

Total 1.570.635

Valores em euros

Nota 48 – Acréscimos e diferimentos

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

101

Contas do activo

Contas 31-Dez-09

Acréscimo de Proveitos

Juros a Receber 6.281

Outros Acréscimos de Proveitos 22.524.663

Custos Diferidos 164.371

Valores em euros

Contas do passivo

Contas 31-Dez-09

Acréscimo de Custos

Remunerações a liquidar 5.180.985

Juros a liquidar 0

Outros acréscimos de custos 212.511

Proveitos Diferidos

Subsídios para investimento 769.843

Valores em euros

Santa Maria da Feira, 19 de Março de 2010

O Conselho de Administração

Fernando Martins da Silva Maria da Piedade Pacheco Amaro

José David dos Santos Ferreira

Pedro Nuno Figueiredo Beja Afonso

Luís Manuel de Sousa Matias António Cândido Ferreira Lima

O Técnico de Contas

Ângela Paula da Silva Fernandes

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

103

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

104

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Governo da sociedade

Anexo 1

1. Missão, objectivos e politicas da empresa

O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga , E.P.E. foi criado pelo Decreto Lei nº

27/2009, de 27 de Janeiro, agregando os Hospitais de S. Sebastião, E.P.E., o Hospital de S.

João da Madeira e o Hospital de S. Miguel (Oliveira de Azeméis), com efeitos a 1 de

Fevereiro de 2009. Desta forma, procurou-se reformular a rede de prestação de cuidados

hospitalares da parte norte do distrito de Aveiro, introduzindo uma gestão empresarial para

esta nova entidade, em sintonia com o carácter inovador do estatuto jurídico de que o

Hospital de São Sebastião já beneficiava, desde o início do funcionamento em Janeiro de

1999.

O regulamento interno do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga , E.P.E. foi elaborado

nos termos do artigo 22.º do Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro e ainda conforme

os estatutos constantes do anexo II do mesmo diploma legal. Nos termos do artigo 2.º do

regulamento estipula-se o seguinte:

“a missão do centro hospitalar está centrada no atendimento e no tratamento, em tempo útil, dos doentes dos concelhos da parte norte do distrito de Aveiro, com eficiência, qualidade e a custos socialmente comportáveis, em articulação com a rede de hospitais que integram o Serviço Nacional de Saúde, com a rede de cuidados de saúde primários e com a rede nacional de cuidados continuados integrados. Faz, ainda, parte da missão, a participação no ensino e na formação pré e pós–graduada de pessoal técnico de saúde e o desenvolvimento de linhas de investigação clínica.”

Foi celebrado um contrato programa com a ACSS e a ARSN para os onze meses do ano de

2009, ou seja para o período compreendido entre Fevereiro e Dezembro, com base no plano

de desempenho elaborado para a nova entidade jurídica. Assim, tendo em conta as metas

definidas para as diferentes linhas de produção, apresenta-se o grau de cumprimento das

mesmas.

Movimento das principais linhas de produção

Linhas de Produção 2009 (Fev. - Dez.)

P. Activ. Realizado Tx. Exec.

Internamento (c/ Berçário e OBS) 21.617 21.204 98%

Doentes Intervencionados - Total 15.612 15.363 98%

Consultas Externas 295.468 297.344 101%

Nº de Urgências 191.369 179.655 94%

Nº de Sessões de Oncologia 10.160 14.478 143%

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

106

A actividade do internamento foi fortemente prejudicada pela redução da actividade do

serviço de obstetrícia, influenciada pela redução da taxa de natalidade, bem como da

actividade do serviço de pediatria, apesar de neste caso se ter concentrado no Hospital de S.

Sebastião o internamento de crianças e adolescentes existente no Hospital de S. Miguel,

medida implementada em Abril de 2009. Por outro lado, o aumento da actividade de cirurgia

do ambulatório veio influenciar igualmente de forma negativa o movimento do internamento.

Tanto a consulta externa como o hospital de dia oncológico superaram os objectivos

previstos, com um crescimento acentuado no segundo caso. Em sentido inverso, a actividade

do serviço de urgência evoluiu em baixa, em grande medida por força da implementação de

novas unidades de saúde familiares (USF), na área de influência do Centro Hospitalar.

2. Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita

No diploma legal que transformou os hospitais em entidades públicas empresariais é referida

a sua natureza como pessoas colectivas de direito publico de natureza empresarial dotadas

de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. A superintendência é da competência

do Ministro da Saúde e a tutela financeira é exercida em conjunto pelos Ministros da Saúde e

das Finanças.

O regulamento interno do centro hospitalar, elaborado nos ternos do art. 22º do Decreto-Lei

nº 233/2005, de 29 de Dezembro, encontra-se em fase de homologação pela tutela. Fazem

parte deste documento, a missão, os valores, o objecto, a legislação aplicável, a descrição

dos órgãos sociais, de direcção técnica, de apoio técnico e de auditoria interna; a

organização dos serviços; a gestão de recursos e as garantias.

3. Informação sobre transacções relevantes com entidades relacionadas

No que concerne a este ponto não há nada a assinalar.

4. Informação sobre outras transacções

Nos termos do regulamento interno do centro hospitalar, a aquisição de bens e serviços e os

contratos de empreitadas de obras públicas regem-se pelas normas do direito privado, sem

prejuízo da aplicação do Código dos Contratos Públicos e das directivas comunitárias.

As rubricas de produtos farmacêuticos e de material de consumo clínico constituem as que

envolvem maiores valores nas transacções com empresas do exterior. No que respeita à

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

107

primeira, é privilegiado o recurso ao Catálogo do Ministério da Saúde, procedendo-se à

formatação de pacotes de produtos por empresa, de modo a obter um benefício adicional

para o centro hospitalar, combinando produtos exclusivos e não exclusivos, sendo o

fornecimento válido para um período compreendido entre um e três anos. Quanto à segunda

rubrica, os procedimentos de concurso são válidos igualmente por períodos de um a três

anos, podendo ser objecto de revisão anual de preços, se tal for do interesse do centro

hospitalar. Para as restantes rubricas, o centro hospitalar procura obter os mais baixos

preços praticados pelo mercado, sem desprezar a qualidade dos produtos seleccionados, de

forma a proporcionar um elevado nível de qualidade na prestação dos cuidados de saúde.

No desenvolvimento da actividade assistencial continua-se a incentivar a escolha de produtos

que garantam a qualidade dos cuidados de saúde, comparando os preços unitários propostos

pelos diversos fornecedores, e que ao mesmo tempo garantam a sustentabilidade económica

e financeira do centro hospitalar.

Em 2009, entre Fevereiro e Dezembro, as empresas/instituições que forneceram produtos

ou serviços com um valor superior a um milhão de euros foram as seguintes: Roche

Farmacêutica Química, Lda. (1.757 milhares de euros); Instituto Português de Sangue , IP

(1.166 milhares de euros); Abbott Laboratórios, Lda. (1.144 milhares de euros); Johnson &

Johnson Medical (1.074 milhares de euros).

5. Indicação do modelo de governo e identificação dos órgãos sociais

De acordo com o regulamento interno, os órgãos sociais do hospital compreendem o

conselho de administração, o fiscal único e o conselho consultivo. Todos estes órgãos têm as

composições, mandato, competências e funcionamento descritas de uma forma genérica nos

Estatutos aprovados pelo Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. No que respeita aos

membros que integram o Conselho de Administração, identifica-se de seguida as suas

funções e responsabilidades.

Fernando Silva - Presidente do Conselho de Administração: Para além das funções de

representação do Conselho de Administração em juízo e fora dele, acompanha de uma forma

geral a actividade desenvolvida pelos serviços e coordena a actividade do Conselho de

Administração.

Maria da Piedade Amaro – Directora Clínica: Para além das funções de coordenação

técnica dos serviços de prestação de cuidados, coordena a actividade do serviço de higiene e

segurança no trabalho e o processo de avaliação mensal do desempenho dos serviços de

prestação de cuidados.

José David Ferreira – Enfermeiro Director: Para além das funções de coordenação

técnica e avaliação do desempenho nas áreas a que respeita, coordena a actividade do

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

108

serviço de esterilização e monitoriza a actividade desenvolvida pelo serviço de nutrição e

alimentação.

Pedro Beja Afonso – Vogal Executivo: Para além das funções de coordenação de serviços

de suporte à prestação de cuidados e de logística, prepara e apresenta ao Conselho de

Administração um conjunto de matérias da competência deste, incluindo os planos anuais e

plurianuais da actividade, os orçamentos de exploração e investimento e as dotações de

pessoal necessárias.

Luís Matias – Vogal Executivo: Para além das funções de coordenação geral da actividade

da Unidade de São João da Madeira, integra e coordena grupos de trabalho sobre matérias

específicas, por designação do Conselho de Administração.

António Lima – Vogal Executivo: Para além das funções de coordenação geral da

actividade da Unidade de Oliveira de Azeméis, integra e coordena grupos de trabalho sobre

matérias específicas, por designação do Conselho de Administração.

O Centro Hospitalar não tem ainda designado o Conselho Consultivo, sendo que o Fiscal

Único é representado pela Sociedade de Revisores de Contas Álvaro, Falcão & Associados,

SROC.

6. Remuneração dos órgãos sociais

Informação contida nos documentos anexos

7. Análise da sustentabilidade nos domínios económico, social e ambiental

Estratégias adoptadas

Apesar do curto período de existência do centro hospitalar, cujo início de actividade se

reporta a 1 de Fevereiro de 2009, e de toda a reorganização resultante de um processo de

integração de três unidades hospitalares, com culturas institucionais distintas, o Conselho de

Administração tem pautado a sua actuação por uma estratégia de desenvolvimento da

actividade assistencial em função da procura efectiva de cuidados de saúde, em sintonia com

as orientações gerais fixadas pelo Ministério da Saúde. Assim, as principais linhas de

actuação são as seguintes:

A melhoria da articulação e integração com as restantes instituições prestadoras de

cuidados de saúde da região de Aveiro Norte;

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

109

A redução do tempo de espera para a primeira consulta em especialidades com

maior atraso;

O desenvolvimento da cirurgia de ambulatório ou “cirurgia de um dia” (one day

surgery) para os casos em que não é possível dar alta ao doente no mesmo dia;

A reestruturação das urgência geral e pediátrica, em sintonia com a politica definida

para as redes de referenciação da emergência hospitalar;

A racionalização do consumo de exames de diagnóstico e de medicamentos, com a

implementação de protocolos clínicos ajustados a cada situação;

O reforço dos investimentos em equipamentos médicos e em meios complementares

de diagnóstico e terapêutica.

Uniformização das práticas e procedimentos de gestão nas três unidades.

Grau de cumprimento das metas fixadas

Entre Fevereiro e Dezembro de 2009, os custos totais situaram-se 1,1% abaixo do previsto

no Plano de Actividades e Orçamento, com uma variação negativa mais acentuada no custo

das mercadorias vendidas e das matérias consumidas e nos custos e perdas extraordinárias.

Evolução dos custos e perdas

Rubricas 2009 (Fev. - Dez.)

P. Activ. Realizado Tx. Exec.

Custos com pessoal 50.979.722 50.802.420 99,7%

Custo merc. vend. e mat. consumidas 19.612.542 18.738.140 95,5%

Fornecimentos e serviços de terceiros 14.303.667 14.558.790 101,8%

Outros custos operacionais 121.917 114.224 93,7%

Custos e perdas financeiras 7.058 18.634 264,0%

Custos e perdas extraordinárias 877.708 700.218 79,8%

Total 85.902.613 84.932.425 98,9%

(em euros)

O valor global dos proveitos e ganhos ficou 3,0% abaixo do orçamentado, sendo de salientar

a execução em baixa nas rubricas prestações de serviços, proveitos suplementares e

proveitos e ganhos financeiros. Neste último caso, assistiu-se a uma brutal redução das

taxas de juro que remuneraram as disponibilidades financeiras depositadas no IGCP e ainda

das fixadas para a remuneração do montante aplicado no Fundo de Apoio aos Pagamentos

do SNS.

As prestações de serviços pagas no âmbito do contrato programa para os beneficiários do

SNS ficaram abaixo do previsto. De acordo com o modelo de contratação, verificou-se que

uma parte significativa da actividade do hospital de dia oncológico não foi objecto de

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

110

facturação à ACSS, porquanto excedeu o limite máximo desta linha de produção (10%), de

que resultou uma perda estimada no montante aproximado de 800 milhares de euros.

Evolução dos proveitos e ganhos

Rubricas 2009 (Fev. - Dez.)

P. Activ. Realizado Tx. Exec.

Prestações de serviços 86.521.731 82.501.920 95,4%

Proveitos suplementares 283.525 233.176 82,2%

Subsídios à exploração 275.000 196.610 71,5%

Outros proveitos operacionais / Outros 1.412.900 2.504.698 177,3%

Proveitos e ganhos financeiros 1.123.100 711.651 63,4%

Proveitos e ganhos extraordinários 779.167 1.570.635 201,6%

Total 90.395.422 87.718.689 97,0%

(em euros)

Como é explicado no presente Relatório, a constituição do centro hospitalar veio prejudicar

os resultados positivos que o Hospital de São Sebastião registou desde 2003, porquanto as

duas outras unidades hospitalares registavam uma actividade produtiva manifestamente

insuficiente para cobrir os custos com os recursos humanos de que dispunham. Assim, no

período em análise os resultados líquidos do exercício ascenderam a -1,6 milhões de euros.

Eficiência económica

À semelhança do que foi conseguido durante o período de funcionamento do Hospital de São

Sebastião, EPE, o centro hospitalar tem pugnado por apresentar os mais baixos custos de

produção na prestação de cuidados de saúde. De referir que em 2008, um documento

elaborado pela ACSS indicava que o Hospital de São Sebastião, EPE apresentava o mais

baixo custo unitário por doente padrão, no conjunto dos hospitais constituídos como

entidades públicas empresariais.

O centro hospitalar tem procurado o desenvolvimento e a diferenciação da actividade

assistencial procurando manter custos de produção inferiores à média dos hospitais do SNS,

alinhando-se algumas das políticas que vão de encontro a este objectivo:

O ajustamento do número de efectivos de pessoal de acordo com o desenvolvimento

da actividade assistencial;

A racionalização do consumo de medicamentos e de material clínico;

O desenvolvimento de processos de negociação com os fornecedores para obtenção

dos mais baixos preços na aquisição de bens e serviços;

A racionalização do consumo de exames de diagnóstico e de medicamentos, com a

introdução de protocolos clínicos ajustados a cada situação;

O desenvolvimento dos sistemas de informação.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

111

Responsabilidade social e desenvolvimento sustentável

O centro hospitalar tem promovido a igualdade de oportunidades dos sexos, tanto na

contratação dos recursos humanos como nas políticas remuneratórias. No total dos efectivos

do quadro, mais de três quartos são mulheres.

Na contratualização interna com os serviços de prestação de cuidados, em particular na área

cirúrgica, continuam a ser contemplados pagamentos adicionais aos colaboradores, caso os

objectivos de produção sejam alcançados.

O centro hospitalar desenvolve um plano de formação dos recursos humanos e pretende

aumentá-lo significativamente. A par, tem vindo a colaborar activamente com várias escolas

do ensino superior, autorizando a realização de estágios de enfermagem, técnicos de

diagnóstico e terapêutica, farmácia, serviço social, informática, etc. Por outro lado, tem

recebido um número significativo de médicos para frequência do ano comum ou para o

internato de especialidade. O centro hospitalar colabora ainda com diversas entidades na

formação de alunos do ensino técnicoprofissional, bem como com o Instituto de Emprego e

Formação Profissional.

No que respeita à política ambiental, o centro hospitalar procura desenvolver práticas

ambientalmente correctas. Assim, tem-se vindo a consolidar um conjunto de medidas

encetadas pelo Hospital de São Sebastião, agora alargadas às restantes unidades que

compõem o centro hospitalar, que se enumeram a seguir:

Melhoria da separação dos lixos hospitalares, em especial aos classificados nos

grupos III e IV;

Recolha, triagem e encaminhamento para reciclagem ou eliminação de um conjunto

alargado de resíduos (lâmpadas, pilhas, baterias, plásticos, óleos, etc.);

Recolha selectiva do papel e cartão inutilizado pelos serviços;

Eliminação das películas do serviço de imagiologia;

Tratamento de todos os resíduos líquidos perigosos;

Racionalização da iluminação de algumas áreas, com cortes em períodos nocturnos

ou de fim-de-semana;

Colocação de prelatores nas torneiras de modo a diminuir o desperdício.

Investigação e inovação

No que respeita a estas áreas é de salientar:

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

112

A publicação de muitos trabalhos científicos por parte de colaboradores médicos;

A introdução, aperfeiçoamento e divulgação de novas técnicas médicas;

O desenvolvimento de um processo clínico electrónico;

O alargamento da radiologia digital a todos os serviços de prestação de cuidados;

O desenvolvimento de aplicações dirigidas aos serviços de gestão e logística;

O reforço da rede informática.

Qualidade

Em 2000 o Hospital de São Sebastião aderiu a um projecto de avaliação e melhoria contínua

da qualidade, agora alargado às restantes unidades que integram o centro hospitalar,

designado por PQIP (Portuguese Quality International Project), negociando para o efeito com

o Center for Performance Sciences, empresa da Associação de Hospitais de Maryland, EUA. O

hospital liderou este projecto em Portugal, tendo também aderido mais sete hospitais

portugueses.

No centro hospitalar, o Hospital de São Sebastião, E.P.E está envolvido no processo de

acreditação junto da Joint Commission International, estimando-se que o mesmo deva ficar

concluído em 2011.

8. Princípios de bom governo

A complexidade da organização hospitalar e natureza da prestação dos cuidados de saúde

não impedem o cumprimento dos princípios do bom governo. No entanto, o processo de

empresarialização dos hospitais tem uma vigência relativamente curta e a estrutura

organizativa carece de um reforço significativo.

Sublinhe-se que os hospitais possuem uma estrutura dos recursos humanos muito

diversificada, em que cerca de metade dos colaboradores têm habilitações de nível superior,

registando-se uma cada vez maior especialização dos mesmos.

A contratualização da produção, por parte do Ministério da Saúde, tem vindo a aperfeiçoar-

se em função das necessidades de saúde. No entanto, devem ser clarificadas as redes de

referenciação hospitalar e a articulação com os cuidados de saúde primários.

10. Código de Ética

O centro hospitalar não procedeu ainda à elaboração de um código de ética aplicado a todos

os colaboradores. No entanto, no artigo 3º do regulamento interno, refere-se que o centro

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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hospitalar advoga “ …os mais elevados princípios de conduta em todas as acções e decisões,

como base para a confiança pública…”

O centro hospitalar possui uma Comissão de Ética, com a composição, mandato,

competências e funcionamento, conforme estabelece o Decreto-Lei nº 97/95, de 10 de Maio.

Refira-se que, todos os grupos profissionais são obrigados ao respeito pelos deveres de

lealdade, confidencialidade e sigilo profissional, devendo ainda respeitar as normas de

deontologia profissional previstas nos regulamentos.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Anexo 2

Modelo de Governo

Mandato I – 2009/2011

Cargo Órgãos Sociais Nomeação Mandato

Conselho de Administração

Presidente Fernando Martins da Silva 01-02-2009 3 Anos

Vogal (1) Dir. Clínica Maria da Piedade Pacheco Amaro 01-02-2009 3 Anos

Vogal (2) Enf. Director José David dos Santos Ferreira 01-02-2009 3 Anos

Vogal (3) Executivo Pedro Nuno Figueiredo dos Santos Beja Afonso 01-02-2009 3 Anos

Vogal (4) Executivo Luís Manuel de Sousa Matias 01-02-2009 3 Anos

Vogal (5) Executivo António Cândido Ferreira Lima 01-02-2009 3 Anos

Fiscal Único

Efectivo Álvaro, Falcão & Associados, SROC 01-02-2009 3 Anos

Suplente Ana Isabel Silva de Andrade Fino de Sousa 01-02-2009 3 Anos

Estatuto remuneratório fixado

1. Conselho de Administração

A remuneração dos membros do Conselho de Administração é regulada pela RCM nº 29/89,

de 26 de Agosto, tendo sido atribuída ao Centro Hospitalar a classificação correspondente ao

nível A2.

Presidente

Remuneração Base – 4.204,18 €, 14 vezes por ano;

Despesas de Representação – 1.471,46 €, 12 meses por ano;

Subsídio de Alimentação – 4,11 €, por cada dia de trabalho;

Viatura de serviço e telemóvel.

Vogal (1) Directora Clínica

Remuneração Base (opção pelo vencimento de carreira) – 5.239,94 €, 14 vezes por

ano;

Despesas de Representação – 1.115,72 €, 12 meses por ano;

Subsídio de Alimentação – 4,11 €, por cada dia de trabalho:

Telemóvel.

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

115

Vogal (2) Enfermeiro Director

Remuneração Base – 3.719,08 €, 14 vezes por ano;

Despesas de Representação – 1.115,72 €, 12 meses por ano;

Subsídio de Alimentação – 4,11 €, por cada dia de trabalho:

Viatura de serviço e telemóvel.

Vogal (3) Executivo

Remuneração Base – 3.719,08 €, 14 vezes por ano;

Despesas de Representação – 1.115,72 €, 12 meses por ano;

Subsídio de Alimentação – 4,11 €, por cada dia de trabalho;

Viatura de serviço e telemóvel.

Vogal (4) Executivo

Remuneração Base – 3.719,08 €, 14 vezes por ano;

Despesas de Representação – 1.115,72 €, 12 meses por ano;

Subsídio de Alimentação – 4,11 €, por cada dia de trabalho;

Viatura de serviço e telemóvel.

Vogal (3) Executivo

Remuneração Base (opção pelo vencimento de carreira) – 5.523,24 €, 14 vezes por

ano;

Despesas de Representação – 1.115,72 €, 12 meses por ano;

Subsídio de Alimentação – 4,11 €, por cada dia de trabalho;

2. Fiscal Único

Fixada pelo n.º 2 do Despacho n.º 7107/2009, de 23 de Fevereiro, do Senhor Secretário de

Estado do Tesouro e Finanças, onde se refere que a remuneração anual ilíquida do fiscal

único efectivo do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E. tem como limite

máximo o equivalente a 25% da quantia correspondente a 12 meses do vencimento base

mensal ilíquido atribuído, nos termos legais, ao presidente do conselho de administração.

Remuneração Mensal – 1.261,22 €, 12 meses por ano

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

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Remunerações dos Órgãos de Administração / Fiscalização

Ano: 2009 (Fevereiro a Dezembro)

Conselho de Administração

Presid. Vogal 1 Vogal 2 Vogal 3 Vogal 4 Vogal 5

1. Remuneração

Remuneração base 46.246 € 57.366 € 40.910 € 40.910 € 40.910 € 61.026 €

Acumulação de funções de gestão n.a. n.a n.a n.a n.a n.a

Remuneração complementar n.a. n.a n.a n.a n.a n.a

Despesas de representação 16.186 € 12.273 € 12.273 € 12.273 € 12.273 € 12.273 €

Prémios de gestão n.a. n.a n.a n.a n.a n.a

Outras remunerações n.a. 20.744 € n.a n.a n.a n.a

2. Outras regalias e compensações

Gastos de utilização de telefones 377 € 85 € 75 € 511 € 574 € n.a

Valor aquisição, pela empresa, viatura serv. 39.300 € n.a 22.917 € 40.000 € (a) n.a

Valor do combustível com viatura serviço 1.864 € 0 € 1.220 € 3.399 € 893 € 0 €

Subsídio de deslocação n.a. n.a n.a n.a n.a n.a

Subsídio de refeição 921 € 637 € 921 € 883 € 759 € 896 €

Outras n.a. n.a n.a n.a n.a n.a

3. Encargos com benefícios sociais

Segurança social obrigatório 5.237 € 8.802 € 4.282 € 9.716 € 6.136 € 9.154 €

Planos complementares de reforma n.a. n.a n.a n.a n.a n.a

Seguros de saúde n.a. n.a n.a n.a n.a n.a

Seguros de vida n.a. n.a n.a n.a n.a n.a

Outros n.a. n.a. n.a n.a n.a n.a

4. Informações Adicionais

Opção pelo vencimento de origem não Sim não não sim não

Regime Segurança Social CGA CGA CGA S Social CGA CGA

Cumprimento do n.º 7 da RCM 155/2005 n.a. n.a n.a. n.a. n.a. n.a.

Ano de aquisição de viatura pela empresa 2004 n.a 2006 2004 (a) não

Exercício opção aquisição de viatura serviço não não não não não não

Usufruto de casa de função não não não não não não

Exercício funções remuneradas fora grupo não não não não não não

Outras n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

(n.a.) nada a assinalar

(a) Viatura cedida pela Direcção Geral do Património em 2001 (Hosp. S. J.Madeira)

Revisor Oficial de Contas

Remuneração anual 13.873 €

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

117

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31619

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3163

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3166

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317

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318

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4

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009

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

118

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422

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423

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4231

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4232

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4233

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4

4234

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6

4235

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4239

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424

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427

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009

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

119

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6215

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009

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

120

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31.2

71.9

11,6

3-4

78.0

78,3

0-4

78.0

78,3

0-4

78.0

78,3

0418.9

78,0

0

621814

Pro

duto

s v

endid

os p

or

farm

ácia

s0,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

0

621815

Inte

rn. S

er.

Enf.

Par.

T. doente

s0,0

01.8

00,0

01.8

00,0

01.8

00,0

0-1

.800,0

0-1

.800,0

0-1

.800,0

00,0

0

621819

Outr

os

2.7

50,0

09,1

09,1

09,1

02.7

40,9

02.7

40,9

02.7

40,9

00,0

0

To

tal d

a c

on

ta 6

2181

1.4

65.7

50,0

01.8

94.1

58,9

81.8

71.3

03,3

81.8

64.4

32,2

5-4

28.4

08,9

8-4

05.5

53,3

8-3

98.6

82,2

5470.6

95,0

5

Em

ou

tras

en

tid

ad

es

Su

b c

on

trato

s:

621891

Assis

tencia

am

bula

tória

0,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

0

621892

Meis

o C

om

ple

meta

res d

e d

iagnóstic

o1.6

40.8

33,3

32.2

33.8

77,0

02.0

45.5

45,6

92.0

37.7

04,2

4-5

93.0

43,6

7-4

04.7

12,3

6-3

96.8

70,9

11.7

52.8

48,7

8

621893

Meio

s c

om

ple

menta

res d

e tera

peutic

a973.5

00,0

01.3

68.8

42,2

11.3

68.8

42,2

11.3

45.5

38,2

3-3

95.3

42,2

1-3

95.3

42,2

1-3

72.0

38,2

31.0

98.5

68,4

1

621894

Pro

duto

s v

endid

os p

or

farm

ácia

s0,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

0

621895

Inte

rn. S

er.

Enf.

Par.

T. doente

s828.6

66,6

71.0

37.6

27,8

51.0

30.7

93,2

7993.7

64,8

6-2

08.9

61,1

8-2

02.1

26,6

0-1

65.0

98,1

9884.5

12,2

0

621896

Apare

lhos c

om

ple

menta

es d

e tera

peutic

a11.0

00,0

00,0

00,0

00,0

011.0

00,0

011.0

00,0

011.0

00,0

00,0

0

621897

Assis

tencia

no e

str

angeiro

119.1

66,6

7565,4

1565,4

1565,4

1118.6

01,2

6118.6

01,2

6118.6

01,2

6299,6

3

621898

Term

alis

mo s

ocia

l0,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

0

621899

Outr

os

458,3

3297,5

0297,5

0297,5

0160,8

3160,8

3160,8

30,0

0

To

tal d

a c

on

ta 6

2181

3.5

73.6

25,0

04.6

41.2

09,9

74.4

46.0

44,0

84.3

77.8

70,2

4-1

.067.5

84,9

7-8

72.4

19,0

8-8

04.2

45,2

43.7

36.2

29,0

2

TO

TA

L D

A C

ON

TA

6218

5.0

39.3

75,0

06.5

35.3

68,9

56.3

17.3

47,4

66.2

42.3

02,4

9-1

.495.9

93,9

5-1

.277.9

72,4

6-1

.202.9

27,4

94.2

06.9

24,0

7

6219

Outo

s s

ubcontr

ato

s0,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

0

Fo

rne

cim

en

tos

e s

erv

iço

s:

6221

Forn

ecim

ento

s1.5

67.5

00,0

01.5

68.7

85,2

01.5

09.7

52,9

61.3

28.4

78,9

2-1

.285,2

057.7

47,0

4239.0

21,0

81.3

01.5

29,0

3

6222

Forn

ecim

ento

s e

Serv

iços I

2.7

98.5

83,3

32.2

44.0

80,5

31.9

08.7

16,7

81.9

08.7

16,7

8554.5

02,8

0889.8

66,5

5889.8

66,5

51.8

71.8

93,5

6

6223

Forn

ecim

ento

s e

Serv

iços II

4.8

69.3

33,3

35.9

59.8

51,6

65.0

70.8

23,5

95.0

70.8

23,5

9-1

.090.5

18,3

3-2

01.4

90,2

6-2

01.4

90,2

64.0

97.5

46,1

9

6229

Outr

os F

orn

ecim

ento

s e

Serv

iços

28.8

75,0

09.9

05,2

58.4

75,0

58.4

68,2

518.9

69,7

520.3

99,9

520.4

06,7

58.3

57,3

7

To

tal d

a c

on

ta 6

22

9.2

64.2

91,6

69.7

82.6

22,6

48.4

97.7

68,3

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16.4

87,5

4-5

18.3

30,9

8766.5

23,2

8947.8

04,1

27.2

79.3

26,1

5

TO

TA

L D

A C

ON

TA

62

14.3

03.6

66,6

616.3

17.9

91,5

914.8

15.1

15,8

414.5

58.7

90,0

3-2

.014.3

24,9

3-5

11.4

49,1

8-2

55.1

23,3

711.4

86.2

50,2

2

63

Tra

nsf

corr

conc P

rest S

ocia

is0,0

00,0

00,0

00,0

00,0

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00,0

00,0

0

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co

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s

Dif

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nças

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o/C

ob

rad

o

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

121

Co

nta

De

sig

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s

6411

Rem

unera

ções b

ase

325.5

01,8

9292.9

61,6

6292.9

61,6

6292.9

61,6

632.5

40,2

332.5

40,2

332.5

40,2

3268.9

55,7

3

6412

Subsid

io d

e f

érias e

nata

l70.3

21,8

363.2

91,8

063.2

91,8

063.2

91,8

07.0

30,0

37.0

30,0

37.0

30,0

339.2

85,8

7

6413

Suple

mento

s d

e r

em

unera

ções

83.6

58,9

675.3

13,2

975.3

13,2

975.2

95,6

28.3

45,6

78.3

45,6

78.3

63,3

475.2

95,6

2

6414

Pre

sta

ções S

ocia

is D

irecta

s0,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

0

6419

Outr

as R

em

unera

ções

22.3

92,3

220.1

53,7

820.1

53,7

820.1

53,7

82.2

38,5

42.2

38,5

42.2

38,5

420.1

53,7

8

To

tal d

a c

on

ta 6

41

501.8

75,0

0451.7

20,5

3451.7

20,5

3451.7

02,8

650.1

54,4

750.1

54,4

750.1

72,1

4403.6

91,0

0

Re

mu

ne

raçõ

es

bas

e d

o p

es

so

al

64211

Pessoal Q

uadro

s-R

eg f

unção p

ublic

a9.6

79.7

85,6

08.6

17.2

82,5

88.6

17.2

82,5

88.6

17.2

82,5

81.0

62.5

03,0

21.0

62.5

03,0

21.0

62.5

03,0

27.8

93.5

54,3

3

64212

Pessoal c

/ contr

ato

a term

o c

ert

o1.7

12.8

00,0

0533.3

53,3

1533.3

53,3

1533.3

53,3

11.1

79.4

46,6

91.1

79.4

46,6

91.1

79.4

46,6

9488.7

83,6

2

64213

Pessoal e

m q

ualq

uer

outr

a s

ituação

12.7

91.5

14,0

714.3

89.9

07,5

114.3

89.9

07,5

114.3

89.9

07,5

1-1

.598.3

93,4

4-1

.598.3

93,4

4-1

.598.3

93,4

413.3

27.0

85,6

3

64214

Pessoal Q

uadro

s-R

eg c

ont in

d tra

balh

o1.9

59.2

47,3

31.1

49.8

20,4

41.1

49.8

20,4

41.1

49.8

20,4

4809.4

26,8

9809.4

26,8

9809.4

26,8

91.0

57.2

80,1

6

To

tal d

a c

on

ta 6

421

26.1

43.3

47,0

024.6

90.3

63,8

424.6

90.3

63,8

424.6

90.3

63,8

41.4

52.9

83,1

61.4

52.9

83,1

61.4

52.9

83,1

622.7

66.7

03,7

4

Su

ple

me

nto

s d

e r

em

un

era

ção

642211

Hora

s e

xtr

aord

inárias

5.2

98.3

33,0

05.6

31.7

78,0

25.6

31.7

78,0

25.6

32.7

55,1

1-3

33.4

45,0

2-3

33.4

45,0

2-3

34.4

22,1

15.6

32.7

55,1

1

642212

Pre

venções

263.0

83,3

3122.8

31,7

1122.8

31,7

1122.8

31,7

1140.2

51,6

2140.2

51,6

2140.2

51,6

2122.8

31,7

1

642221

Noite

s e

suple

mento

s2.1

26.6

67,0

02.3

06.9

73,7

82.3

06.9

73,7

82.3

06.6

05,3

7-1

80.3

06,7

8-1

80.3

06,7

8-1

79.9

38,3

72.3

06.6

05,3

7

642222

Subsid

io d

e turn

o0,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

0

64223

Abono p

ara

falh

as

6.8

18,1

75.4

62,2

75.4

62,2

75.3

82,8

01.3

55,9

01.3

55,9

01.4

35,3

75.3

82,8

0

64224

Subsid

io d

e R

efe

ição

1.5

34.3

39,5

81.4

51.3

10,4

21.4

51.3

10,4

21.4

41.4

70,2

783.0

29,1

683.0

29,1

692.8

69,3

11.4

41.4

70,2

7

64225

Aju

das d

e C

usto

38.5

00,0

017.6

54,1

117.6

54,1

117.6

54,1

120.8

45,8

920.8

45,8

920.8

45,8

917.6

54,1

1

64226/7

Vestu

ário, art

pes.a

li. E

alo

jam

ento

0,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

0

642281

P.E

C.L

.E.C

.682.9

16,6

7587.7

68,4

9587.7

68,4

9629.1

52,0

195.1

48,1

895.1

48,1

853.7

64,6

6583.9

09,0

1

642282 a

9O

utr

os S

uple

mento

s2.2

00.4

58,3

32.5

59.9

94,0

72.5

59.9

94,0

72.5

59.9

94,0

7-3

59.5

35,7

4-3

59.5

35,7

4-3

59.5

35,7

42.4

55.6

61,4

5

To

tal d

a c

on

ta 6

422

12.1

51.1

16,0

812.6

83.7

72,8

712.6

83.7

72,8

712.7

15.8

45,4

5-5

32.6

56,7

9-5

32.6

56,7

9-5

64.7

29,3

712.5

66.2

69,8

3

6423

Pre

sta

ções s

ocia

is d

irecta

s245.6

66,6

7248.0

58,8

3248.0

58,8

3248.0

58,8

3-2

.392,1

6-2

.392,1

6-2

.392,1

6248.0

58,8

3

6424

Subsid

io f

érias e

nata

l4.1

96.8

51,9

34.3

70.3

11,7

64.3

70.3

11,7

64.3

70.3

11,7

6-1

73.4

59,8

3-1

73.4

59,8

3-1

73.4

59,8

32.4

46.6

42,7

2

6425

Pré

mio

s d

e D

esem

penho

0,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

00,0

0

643

Pensões

779.1

66,6

7845.5

60,4

4845.5

60,4

4845.5

60,4

4-6

6.3

93,7

7-6

6.3

93,7

7-6

6.3

93,7

7845.5

60,4

4

645

Encarg

os s

/rem

unera

ções

6.5

27.2

12,0

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1

646

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96.2

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9

647

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0,0

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648

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s c

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RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

122

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694

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7

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698

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RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

123

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4

7122

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019.1

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7123

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7125

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7126

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7127

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7128

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72

Imposto

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rencia

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743

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009

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

124

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219

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os e

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Adia

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28

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Imposto

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743

Subsid

ios c

orr

ente

s o

btid

os -

Outr

os e

nte

s p

ublic

os

167.6

79,3

028.9

30,2

8196.6

09,5

8

749

Subsid

ios c

orr

ente

s o

btid

os -

de o

utr

as e

ntid

ades

0,0

00,0

00,0

0

76

Outr

os p

roveito

s e

ganhos o

pera

cio

nais

681.0

94,6

01.8

23.6

03,1

72.5

04.6

97,7

7

78

Pro

veito

s e

ganhos f

inanceiros

792.2

45,6

4-8

0.5

94,1

7711.6

51,4

7

792/3

/4/5

/8Pro

veito

s e

ganhos e

xtr

aord

inários

106.8

64,5

230.0

92,0

8136.9

56,6

0

To

tal d

os

pro

ve

ito

s d

o e

xe

rcic

io59.3

76.0

21,5

426.9

08.9

89,5

786.2

85.0

11,1

1

REC

EIT

AS

DO

EX

ER

CIC

IO143.7

53.0

58,6

527.8

32.4

12,1

2171.5

85.4

70,7

7

797

Corr

ecções r

ela

tivas a

exerc

icio

s a

nte

riore

s10.3

08.2

74,6

69.3

39.7

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48.0

16,8

1

REC

EIT

AS

DE E

XER

CIC

IOS

AN

TER

IOR

ES

10.3

08.2

74,6

69.3

39.7

42,1

519.6

48.0

16,8

1

TO

TA

L G

ER

AL

205.8

46.0

61,0

337.1

72.1

54,2

7243.0

18.2

15,3

0

Flu

xo

s fi

na

nce

iro

s -

Re

ce

ita

Fe

ve

reir

o a

De

ze

mb

ro d

e 2

009

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

125

Co

nta

De

sig

nação

Pag

oV

alo

r e

m D

ivid

aT

ota

l

219

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nta

mento

de c

liente

s59.4

10.1

30,0

974.8

15.7

03,1

5134.2

25.8

33,2

4

229

Adia

nta

mento

a f

orn

ecedore

s48.1

21,4

10,0

048.1

21,4

1

24

Esta

do e

outr

os e

nte

s p

úblic

os

12.2

93.1

13,0

31.2

83.7

09,5

713.5

76.8

22,6

0

261

Adia

nta

mento

a f

orn

ecedore

s d

e im

obilizado

0,0

00,0

00,0

0

262

Adia

nta

mento

s a

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essoal

30.0

22,0

40,0

030.0

22,0

4

263

Sin

dic

ato

s71.9

54,4

86.4

94,3

278.4

48,8

0

264

Regula

rização d

e d

ívid

as p

or

ord

em

do T

esouro

0,0

00,0

00,0

0

268

Devedore

s e

cre

dore

s d

ivers

os

608.4

90,4

322.7

67,8

0631.2

58,2

3

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ios

72.4

61.8

31,4

876.1

28.6

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4148.5

90.5

06,3

2

23

Em

pré

stim

os o

btid

os

0,0

00,0

00,0

0

272

Custo

s D

iferidos

33.8

24,9

31.3

07,9

535.1

32,8

8

28

Em

pre

stim

os c

oncedid

os(C

oncessão)

0,0

00,0

00,0

0

312

Merc

adorias

0,0

00,0

00,0

0

3161

Pro

duto

s f

arm

aceutic

os

11.1

56.9

73,4

8668.5

25,2

111.8

25.4

98,6

9

3162

Mate

rial d

e c

onsum

o c

linic

o5.4

29.2

34,6

0735.6

91,5

56.1

64.9

26,1

5

3163

Pro

duto

s a

limenta

res

9.6

53,5

71.0

29,5

810.6

83,1

5

3164

Mate

rial d

e c

onsum

o h

ote

leiro

369.8

72,7

654.3

95,8

1424.2

68,5

7

3165

Mate

rial d

e c

onsum

o a

dm

inis

trativ

o184.6

35,9

683.6

48,3

4268.2

84,3

0

3166

Mate

rial d

e c

onserv

ação e

repara

ção

212.5

76,6

749.8

91,5

7262.4

68,2

4

3169

Outr

o m

ate

rial d

e c

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o0,0

00,0

00,0

0

To

tal d

a c

on

ta d

e c

om

pra

s17.3

62.9

47,0

41.5

93.1

82,0

618.9

56.1

29,1

0

41

Investim

ento

s f

inanceiros

0,0

00,0

00,0

0

42

Imobilizações c

orp

óre

as

1.9

54.3

74,4

41.1

11.9

50,7

03.0

66.3

25,1

4

43

Imobilizações in

corp

óre

as

0,0

00,0

00,0

0

44

Imobilizações e

m c

urs

o0,0

00,0

00,0

0

45

Bens de d

om

ínio

públic

o0,0

00,0

00,0

0

To

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a c

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iliz

açõ

es

1.9

54.3

74,4

41.1

11.9

50,7

03.0

66.3

25,1

4

6211

Assis

tência

am

bula

tória

0,0

00,0

00,0

0

6212

Meio

s c

om

ple

nta

res d

e d

iagnóstic

o0,0

00,0

00,0

0

6213

Meio

s c

om

ple

menta

res d

e tera

pêutic

a0,0

00,0

00,0

0

6214

Pro

duto

s v

endid

os p

or

farm

ácia

s0,0

00,0

00,0

0

6215

Inte

rnam

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s0,0

00,0

00,0

0

6216

Tra

nsport

e d

e d

oente

s0,0

00,0

00,0

0

6217

Apare

lhos c

om

ple

menta

res d

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pêutic

a0,0

00,0

00,0

0

6218

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os e

xecuta

dos n

o e

xte

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4.2

06.9

24,0

72.0

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78,4

26.2

42.3

02,4

9

6219

Outr

os s

ub-c

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s0,0

00,0

00,0

0

To

tal d

a c

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06.9

24,0

72.0

35.3

78,4

26.2

42.3

02,4

9

6221

Forn

ecim

ento

s e

serv

iços I

1.3

01.5

29,0

326.9

49,8

91.3

28.4

78,9

2

6222

Forn

ecim

ento

s e

serv

iços II

1.8

71.8

93,5

636.8

23,2

21.9

08.7

16,7

8

6223

Forn

ecim

ento

s e

serv

iços II

I4.0

97.5

46,1

9973.2

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70.8

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9

6229

Outr

os s

erv

iços

8.3

57,3

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5

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87,5

4

Flu

xo

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na

nce

iro

s -

De

spe

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reir

o a

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mb

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e 2

009

RELATÓRIO E CONTAS 2009 | Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E.

126

Co

nta

De

sig

nação

Pag

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ivid

aT

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l

63

Tra

nsfe

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s c

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00,0

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0

641

Rem

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os o

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os

403.6

91,0

00,0

0403.6

91,0

0

6421

Rem

unera

ções b

ase d

o p

essoal

22.7

66.7

03,7

40,0

022.7

66.7

03,7

4

6422

Suple

mento

s d

e r

em

unera

ções

12.5

66.2

69,8

30,0

012.5

66.2

69,8

3

6423

Pre

sta

ções s

ocia

s d

irecta

s248.0

58,8

30,0

0248.0

58,8

3

6424

Subsid

io d

e f

érias e

nata

l2.4

46.6

42,7

20,0

02.4

46.6

42,7

2

6425

Pré

mio

s d

e d

esem

penho

0,0

00,0

00,0

0

643

Pensões

845.5

60,4

40,0

0845.5

60,4

4

645

Encarg

os s

obre

rem

unera

ções

5.5

79.7

59,4

1575.6

16,4

46.1

55.3

75,8

5

646

Seguro

s e

acid

ente

s n

o tra

balh

o146.1

88,5

2-1

5.1

07,7

9131.0

80,7

3

647

Encarg

os s

ocia

is v

olu

ntá

rios

0,0

00,0

00,0

0

648

Outr

os c

usto

s c

om

pessoal

406.4

29,1

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3482.2

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1

To

tal d

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on

ta d

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es

pe

sas

co

m p

es

so

al

45.4

09.3

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7636.3

59,8

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45.6

63,5

5

65

Outr

os c

usto

s e

perd

as o

pera

cio

nais

102.5

55,1

611.6

68,5

2114.2

23,6

8

68

Custo

s e

perd

as f

inanceiras

18.6

34,0

20,0

018.6

34,0

2

691

Tra

nsfe

rência

s d

e c

apita

l concedid

as

0,0

00,0

00,0

0

693

Perd

as d

e e

xis

tência

s0,0

00,0

00,0

0

694

Perd

as e

m im

obilizações

0,0

00,0

00,0

0

695

Multa

s e

penalid

ades

1.0

09,1

7-1

74,5

2834,6

5

698

Outr

os c

usto

s e

perd

as e

xtr

aord

inárias

19.4

66,0

70,0

019.4

66,0

7

To

tal d

a c

on

ta c

us

tos

/pe

rdas

extr

ao

rdin

ári

os

20.4

75,2

4-1

74,5

220.3

00,7

2

86

Imposto

s/ re

ndim

ento

do e

xerc

icio

(PC

)0,0

00,0

00,0

0

DES

PES

AS

DO

EX

ER

CIC

IO148.8

16.3

71,2

782.5

55.5

09,2

4231.4

05.7

05,4

4

69764

C.R

.E.A

. -

Despesas c

om

Pessoal

5.5

71.5

67,2

02.4

79,0

35.5

74.0

46,2

3

697

C.R

.E.A

. -

Outr

os

7.3

53.0

79,7

61.4

47.0

32,9

78.8

00.1

12,7

3

DES

PES

AS

DE E

XER

CIC

IOS

AN

TER

IOR

ES

12.9

24.6

46,9

61.4

49.5

12,0

014.3

74.1

58,9

6

Caix

a2.6

41,0

92.6

41,0

9

Depósito

s In

stit

.Fin

anceiras

0,0

0

Depósito

s à

ord

em

3.1

03.2

16,7

13.1

03.2

16,7

1

Depósito

s a

pra

zo

6.0

00.0

00,0

06.0

00.0

00,0

0

Outr

os d

epósito

s0,0

00,0

0

9.1

03.2

16,7

19.1

03.2

16,7

1

Titu

los N

egociá

veis

0,0

00,0

0

Outr

as a

plic

aç. Tesoura

ria

35.0

00.0

00,0

035.0

00.0

00,0

0

SA

LD

O F

INA

L44.1

05.8

57,8

044.1

05.8

57,8

0

TO

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L G

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AL

205.8

46.8

76,0

384.0

05.0

21,2

4289.8

85.7

22,2

0

Flu

xo

s f

ina

nce

iro

s -

De

spe

saF

eve

reir

o a

De

ze

mb

ro d

e 2

009