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EDITORIALÍNDICE

Pensando sempre avante na conquista da pátria para Cristo, Missões

Nacionais, desde a década

de 30, rompe barreiras na

vanguarda da comunicação,

aproximando os missionários

que estão no campo dos crentes

e igrejas. É por meio da inovação

que enfrentamos as distâncias de dimensões con-

tinentais.

Nesses 110 anos de história o pioneirismo se tor-

nou uma marca registrada. Em 1939, L. M. Bratcher,

então diretor executivo, levava consigo uma máqui-

na para filmar a viagem pelo vale do Tocatins. Para

ele esse método de informar era o mais eficiente e

proveitoso da época. Bratcher, mesmo sem saber, já

nos ensinava a importância de identificar e otimizar

oportunidades e recursos para transmitir e envolver

o máximo de pessoas na evangelização do Brasil.

Desde então, não temos medido esforços para

compartilhar as maravilhas que Deus tem operado

nos campos missionários e o número de pessoas

que tiveram a vida transformada por Jesus. Foi com

esse propósito que Missões Nacionais lançou, em

2012, o programa “Seja Luz”, que retorna em 2017

completamente reformulado e com novas atrações.

A próxima temporada está prevista para entrar no ar

em maio e terá um formato mais dinâmico, interativo e

moderno, com divulgação exclusiva pelas nossas redes

sociais. Um estúdio foi montado com equipamentos de

ponta na nova sede da JMN, para registrar e divulgar

com qualidade e excelência toda semana, sempre às

terças-feiras, às 21horas, um pouco de tudo que acon-

tece no avanço da obra de Missões Nacionais.

Nesta edição da sua revista missionária, criada

também por Bratcher há 75 anos, confira os se-

guintes destaques: entrevista com o pastor Samuel

Mitt, pioneiro nas Operações Jesus Transforma; os

desafios dos jovens que se disponibilizaram para

o projeto Radical Brasil e um artigo com o pastor

Fabricio Freitas sobre a visão de Igreja Multiplica-

dora, que tem sido o norte de nossos projetos e

que está alavancando a obra de evangelização em

todo o país.

Boa leitura!

Pr. Jeremias Nunes dos Santos

Editorial 1

palavra do diretor“Minha Pátria para Cristo” 2

gente que faz missõesCasa Rosa e Cristolândia Criança recebem visita da

União Feminina do Espírito Santo 4Uma Aventura ao Sertão 5

ParceriaParceria inédita entre Brasil e Estados Unidos mobiliza recursos para

ribeirinhos 7

PANORAMA MISSIONÁRIOCristolândia 8Igreja Multiplicadora 9

CapaVida Radical: eles estão onde mais ninguém quis ir 10

Na mídiaPrograma Seja Luz retorna em 2017 mais dinâmico e interativo 13

110 anos da JMN110 anos de Avanço M issionário no Brasil 14Samuel Mitt: os desafios do campo missionário 16

Clubinho missionário 19

CristolândiaCristolândia: desafios de um novo tempo 20

IGREJA MULTIPLICADORAVoltando às velhas e boas práticas 22

CAPELANIA PRISIONALLibertando cativos e multiplicando o amor de Deus 25

vida e obraNara: uma mulher que viveu perto de Jesus e

levava Jesus para perto dos outros 26Gizalva Alves: 30 anos de atuação missionária no Nordeste do Brasil 27

ViverEscolhendo a Vida 29

Projeto AmazôniaAqui, ali e além do Solimões! 30

sempre orandoPovos indígenas brasileiros 32

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PALAVRA DO DIRETOR

Uma publicação da Junta de Missões Nacionais

da Convenção Batista Brasileira

Ano LXX nº 274Tiragem: 40.000

Abril de 2017

Endereço da sede:Rua José Higino, 416, prédio 18

Tijuca - 20510-412 Rio de Janeiro – RJ

Telefax: (21) 2107-1818

Nossa Missão:“Multiplicar discípulos”

Nossa visão: “Alcançar todos

com o Evangelho”.

ISSN 2316-6843

Direção ExecutivaPr. Fernando Brandão

Gerência Executiva de ComunicaçãoPr. Jeremias Nunes

Jornalista responsávelRaquel Lima • DRT/RJ 19.171/2007

RedaçãoRebeca Nascimento

Ana Luiza Castro

RevisorAdalberto A. de Sousa

ArteOliverartelucas

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Em junho deste ano a Junta de Missões Nacionais completa 110 anos de existência. A motivação para sua criação foi a visão que o Senhor concedera

às igrejas batistas para alcançarem cada pessoa em solo brasileiro com a mensagem de salvação, mesmo nos mais distantes rincões do Brasil. Ao longo destas décadas, milhões de pessoas foram abençoadas com proclamação das boas novas. O Espírito Santo usou inúmeros irmãos e irmãs como missionários que foram instrumentos no Reino de Deus para cumprir a missão. É maravilhoso ler sobre a história de Missões Nacionais e conhecer a visão de amor, compaixão e graça que movia o coração de todos que se dedicaram à obra de evangelização pátria, como dizia o grande missio-nário L. M. Bratcher. Alguns viajaram a pé, em lombo de animais, de canoas, barcos... para chegarem em lugares de difícil acesso com o poder transformador do Evangelho de Cristo Jesus. A oração, a evangelização, o discipulado, a formação de líderes, a plantação de igrejas, a compaixão e graça sempre pautaram as ações dessa agencia missionária ao longo da sua jornada. Milhares de igrejas foram plantadas, líderes formados e muitas vidas abençoadas. Louvamos e agradecemos a Deus por todos que se dedicaram e aqueles que ainda dedicam suas vidas ao Senhor na Junta de Missões Nacionais.

Não podemos perder o foco multiplicador que é uma das marcas da Igreja do Senhor Jesus desde o seu início. Avançar e proclamar, fazendo discípulos que se multipli-quem é a ordem do Mestre em Mateus 28:18 – 20 (Grande Comissão). Temos inúmeros desafios em nosso país que se tornam oportunidades para demonstrarmos o amor de Deus e levarmos esperança e paz aos que estão vivendo em trevas sem conhecer a Palavra. O Brasil vive dias que não podemos perder para testemunhar, sendo sal e luz.

Saiba mais do que está acontecendo nos campos missionários e as oportunidades para orar, investir e participar, acessando as informações que disponibiliza-mos diariamente nos meios de comunicação (website, email, facebook, youtube, etc). Você não pode deixar de participar naquilo que o Espírito Santo está fazendo em todo o Brasil.

Agradeço a Deus todos os dias pelos irmãos e irmãs, igrejas, pastores e líderes que oram, apoiam e ofertam sustentando esta grande obra em nossa pátria. Rogo que todos os batistas e igrejas se envolvam com os pro-jetos de Missões Nacionais para avançarmos muito mais, alcançando todos com as maravilhas de Cristo Jesus.

“Minha Pátria para Cristo, eis a minha petição”

Pr. Fernando M. Brandão

“Minha Pátria para Cristo”

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“““

GENTE QUE FAZ MISSÕES

Casa Rosa e Cristolândia Criança recebem visita da união feminina do Espírito Santo

“ Para aqueles mais envolvidos na obra missionária, existem momentos muito especiais proporcio-nados pela nossa Junta de Missões Nacionais,

como, por exemplo, receber um missionário ‘ao vivo’ na igreja, trazendo até nós as histórias e desafios da realidade de lá. Mas deixe-me dizer uma coisa pra você, leitor e apaixonado por missões: nada se compara a experiência de colocar os pés no campo missionário! No dia 14 de janeiro de 2017, a União Feminina Missio-nária Batista do Estado do Espírito Santo (UFMBEES) realizou uma viagem missionária para São Paulo, com o objetivo de visitar a Cristolândia Criança e a Casa Rosa, que atende mulheres em situação de rua. Partimos em caravana com um grupo bem animado de 40 pessoas, entre elas, integrantes das Mensageiras do Rei, Juven-tude e Mulheres.

“Saímos de lá repletas de emoção, senso de res-ponsabilidade, alegria e até mesmo o sentimento de incapacidade. Deixamos São Paulo pensando que po-deríamos ter feito mais, que nossas igrejas poderiam ter dado melhores respostas aos desafios que foram apresentados. Participamos das atividades com as crianças, conversamos com cada uma delas, uma das adolescentes da Cristolândia aceitou Jesus. Enfim... vivemos uma experiência fantástica.

“Participar desta viagem para mim foi e está sendo um presente de Deus. Ouvi falar daquilo que Deus tem feito por meio de homens e mulheres que se

colocam à disposição da obra é muito lindo”.

Helena Custódio (Igreja Batista Novo México)

“Uma coisa ficou no meu coração: os campos estão brancos para a ceifa, mas são poucos os trabalhadores. Há muito o que fazer e juntos eu creio que podemos fazer muito

mais. Se você tiver a oportunidade de visitar algum desses espaços, vá! O tempo é agora, não podemos deixar pra

depois. Tenha certeza de que não voltará o mesmo”.

Olga Karina Ramos Vicente (Igreja Batista em Colina de Laranjeiras)

“Olhar para cada criança e mulher me fez refletir sobre o que tenho feito como serva do Senhor. É algo simples: oração; orar e agir. Me colocar à disposição de Deus, e ser

usada onde Ele quiser, como Ele quiser”.

Isabela Affonso (Igreja Batista de Muniz Freire)

Quero desafiar a cada pessoa que ama a obra mis-sionária a investir um pouco do seu tempo no campo missionário, nas nossas Cristolândias, no projeto Novo Sorriso da Amazônia, Projeto Novos Sonhos, plantação de igrejas. Ter a experiência de estar no campo missio-nário é algo que muda a nossa vida e também nos faz pensar em nossas prioridades. Podemos fazer muito mais, podemos participar muito mais! ”

Valdice DecotéMissionária de Alianças Estratégicas em Vitória (ES)

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“ Foram quatro meses de planejamento e divulga-ção e cerca de 70 pessoas encararam a viagem ao sertão com muita disposição na época do

carnaval. Duas igrejas se uniram para este projeto: a minha, Igreja Batista da Praia da Costa e a Igreja Batista de Jardim Camburi. Saímos com nossas juventudes de Vila Velha, Espírito Santo, rumo a Bom Jesus da Lapa, na Bahia. Foram mais de 24 horas de viagem em um ônibus e um micro-ônibus pra chegar até a base missionária que fica em Paratinga, região metropolitana de Bom Jesus da Lapa.

“Ali nos dividimos em várias equipes para visitar as casas e proclamar a Palavra de Deus e levar a verdadei-ra Esperança a todos os sertanejos da comunidade. Em cada casa que visitamos, Jesus foi apresentado, vidas foram transformadas e víamos a felicidade em cada rosto por estarem recebendo a visita dos missionários em seu lar. Em uma das casas, a dona do lar pediu que todas as equipes entrassem pois ela tinha preparado um café fresquinho. Ela pediu oração e uma bíblia, pois ainda não tinha.

“Uma das grandes experiências que tivemos foi visi-tar a dona Maria do Carmo. Ela mora em um casebre na região e, ao ver a gente batendo palma em frente a sua casa, um misto de alegria e tristeza tomou conta do seu coração. Ela nos disse que estava ansiosa por uma visita dos missionários, mas também estava triste de nos receber na casa dela pois a casa era muito feia. Dis-semos que a gente estava ali mesmo por amor a Cristo e por amor a ela e não para reparar na sua casa. Neste

momento a alegria venceu a tristeza e dona Maria do Carmo, com os olhos cheios de lágrimas, juntamente com seu filho e sua irmã, entregaram a vida a Jesus.

“Mesmo com muita precariedade, em uma zona rural de difícil acesso, casas longe uma das outras, muitas pessoas se juntaram a nós para um culto ao ar livre.

“Na comunidade de Favelândia, onde o trabalho é liderado pelo pastor Ralison Costa, tivemos um recorde de atendimentos médicos e odontológicos. Acho que nem preciso dizer da extrema importância que é um trabalho na área da saúde no sertão. Visitamos muitas casas onde Jesus continuou transformando vidas e a Palavra foi pregada com ousadia e alegria.

“Para fechar esta experiência com chave de ouro, no fim do dia choveu, para a alegria de todos, quan-do estávamos na ilha Cana Brava, e presenciamos o testemunho da irmã Iraci, que ao ir para o local do seu batismo, se acidentou de bicicleta e chegou suja de lama. Mesmo assim, ela celebrou com muita alegria o momento de sua pública confissão de fé e esse foi o primeiro de muitos batismos naquela ilha!

“Voltamos para casa com o coração cheio de alegria por cumprir nosso chamado. Convido você a fazer o mesmo e doar alguns dias de sua vida para evangelizar no sertão do Brasil. Existe um povo lindo, amoroso e sedento esperando para ouvir a Palavra de Deus.”

Tiago CataPastor da Juventude MovePrimeira Igreja Batista da Praia da Costa.

Uma Aventura ao Sertão

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Os batistas do Texas (EUA) es-tão engajados na promoção de novas oportunidades de evan-

gelismo além de suas fronteiras. Du-rante o lançamento do Missionary Adoption Program (Programa de Adoção Missionária), na Baptist Ge-neral Convention of Texas (Conven-ção Geral Batista do Texas) na sua assembleia anual, em Waco (EUA), o diretor executivo da convenção texana, David Hardage, anunciou a parceria que a organização está firmando com os batistas brasileiros. O objetivo do programa, inédito nos Estados Unidos, é mobilizar recursos para investir na plantação de igrejas nos 140 povos não alcançados que vivem na região.

Os pastores Vanderlei Marins, presidente da CBB, e Fernando Brandão, diretor executivo da Jun-ta de Missões Nacionais, estiveram no evento que deu início à parceria. Jair Campos, brasileiro atuante na convenção do Texas, será o media-dor entre as igrejas americanas e os missionários no Brasil.

“Esse é um tempo muito especial. As trevas têm avançado e a única coisa capaz de impedir o avanço das trevas é a igreja do Senhor Jesus. Não podemos deixar a res-ponsabilidade deste tempo. Não podemos recuar, nós precisamos avançar na pregação do Evangelho, e para isso contamos com cada igreja texana nesta grande parceria missionária”, afirmou o pastor Fer-nando Brandão.

“Nós esperamos que vocês orem com suas igrejas e avaliem como sua congregação pode apoiar um missionário no Brasil, na Amazô-nia e além das nossas fronteiras”, afirmou Hardage ao conclamar as igrejas texanas a abraçarem o trabalho missionário dos batistas brasileiros.

Os batistas brasileiros estão avan-çando no programa Parceiros na Ação Missionária e encontraram nos batistas texanos um coração disposto a obedecer ao Ide de Je-sus. Glória a Deus por isso!

Parceria inédita entre Brasil e Estados Unidos

mobiliza recursos para ribeirinhos

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PANORAMA MISSIONÁRIO

Cristolândia

Alunos da Cristolândia São Gonçalo saindo

para evangelismo Cristolândia Criança (SP)

Cristolândia de Brasília é reconhecida pelo trabalho com alfabetização

Inauguração da Escola de Panificação na unidade Macedônia da Cristolândia Pernambuco

Oração na Cristolândia BA

Trabalho feito pela

Cristolândia RJ

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Igreja Multiplicadora

Batismos em Icapuí (CE)

Batismos na Comunidade Ribeirinha

Campinas do Norte em Manacapuru (AM)

Igreja Batista em Libras em Marituba (PA)

Nosso missionário, Pr. Charles

Ramos, teve a grande alegria de batizar a própria mãe!

PGM no Lar Batista David Gomes Projeto Sertão em Barreiras (BA)

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Vida Radical: eles estão onde mais ninguém quis ir

CAPA

Em locais remotos do Brasil e em áreas margina-lizadas, homens e mulheres têm dedicado a vida para levar amor e esperança. Nas comunidades

ribeirinhas da Amazônia, nas Cracolândias e no ser-tão nordestino, o Evangelho de Cristo tem alcançado muitos corações por intermédio da vida desses que aceitaram o chamado. Eles saíram do conforto para viver de forma radical.

“Entreguei a Ele tudo o que poderia entregar de melhor: meu emprego com um bom salário, a facul-dade que estava cursando, minha família, os amigos e, na época, um relacionamento. O único arrependi-mento que tenho é de não ter feito isso antes.”

Relatos impactantes como esse da Radical Cris-tolândia Érika Tavares, de 26 anos, são comuns entre outros jovens que se dispuseram a servir no campo. Gente que “largou tudo” para obedecer à principal ordenança de Cristo: pregar o Evangelho a toda a criatura.

Nas Cristolândias, já são 9 anos de atuação dos radicais. Nas Missões e Centros de Formação Cristã, eles atuam desde a evangelização do público aten-dido e dos alunos até a limpeza diária de todo o es-

paço de atendimento. São parte da obra transforma-dora que Cristo tem executado na vida de pessoas que antes estavam perdidas no mundo das drogas.

Na Amazônia, viagens de barco, atendimento na área de saúde bucal, agricultura de subsistência e atividades de plantação de igrejas fazem parte da rotina dos jovens, muitos na faixa dos 20 anos, que trocaram a vida na cidade pelo isolamento. Eles en-tenderam a urgência de chegar às cerca de 30 mil comunidades ribeirinhas isoladas daquela região.

No sertão nordestino, poucas cadeiras colocadas no chão de barro debaixo do sol são preenchidas por um povo sedento da água que só Cristo pode dar. Para chegar às pessoas que se dispuseram a apren-der mais do Evangelho, quilômetros são percorridos a pé pelo agreste brasileiro.

Viver de forma radical pode ter inúmeros signi-ficados para o público jovem, mas glorificamos a Deus porque esses abraçaram a melhor definição. A disposição em pregar o Evangelho e falar do amor e graça de Cristo tem sido recompensada diariamente com experiências marcantes e enriquecedoras para o Reino.

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“ Não foi uma decisão fácil sair da agitação do Rio de Janeiro diretamente para a Amazô-nia. Que loucura! Mas Deus aos poucos

me mostrou que Ele tinha um plano muito maior para mim, que só bastava eu confiar nele. Então, Ele me mostrou que existia um lugar onde a urgência de anunciar a sua Palavra era muito maior e que também existia um povo que precisava de amor.

“A Amazônia é uma terra rica em beleza e cultura, mas que por trás de tanto encanto esconde realidades sofri-das. Atualmente trabalho em uma comuni-dade ribeirinha, que fica localizada na região do médio Solimões. Certa vez um dos moradores do local disse: ‘há tempos eu pedia a Deus que Ele enviasse pessoas que nos ensinassem sobre a Bíblia;

agora eu sei que Ele ouviu as minhas orações porque nos enviou vocês’.

“Quando nos colocamos à disposição de Deus, Ele nos capacita e usa a nossa vida para sermos obje-

to de transformação na vida daqueles que são sedentos da Sua Verdade. É quando vemos que os nossos sonhos e as nossas vontades não valem de nada em comparação aos sonhos e planos que Deus tem para nós.

“E nessa caminhada como missionária vejo que não existe nada melhor do que

dedicar a minha juventude ao Senhor. Deus se faz presente em cada momento do meu dia,

e contemplar a sua obra tem se tornado o meu fascínio e, ao mesmo tempo, o motivo do meu viver.”

Renata Nascimento, 23 anosRadical Amazônia

“ Em 2015, fiz uma viagem missionária para o sertão de Pernambuco e Deus falou ao meu coração que era no sertão que eu iria dedicar minha vida

na obra. Eu não poderia ficar calado nem para-do. No povo sertanejo muitas famílias ainda não foram alcançadas pelo Evangelho. Em 2016, pedi demissão da empresa em que trabalhava, abri mão do meu conforto e do meu comodismo e cumpri o Ide.

“Nesse período no campo, tenho en-contrado grandes desafios. Conheci uma família cujos membros queriam tirar a própria vida. Quando começamos a conhecê-los e a falar do amor de Deus e de suas promessas, eles começaram a buscar a Deus e a confiar. E, por meio da fé que nasceu neles, a situação começou a mudar e eles passaram a

não sentir mais os desejos de suicídio. Eles entregaram a vida para Jesus.

“Sem Deus, nada podemos fazer. Devemos sempre confiar naquele que nos chamou para a grande

obra. Porque Deus é bom o tempo todo e suas misericórdias não têm fim. Ele é Deus dos mínimos detalhes. O povo sertanejo precisa ouvir e saber que Jesus é o cami-nho, a verdade e a vida e que não existe outro caminho que nos leve à salvação.

“Estou muito feliz por fazer parte dessa equipe como Radical Sertanejo e por poder

ser um canal de bênção na vida do povo sertanejo. Toda a honra e glória é para Deus!”

Danilo Rodrigo de Souza, 24 anosRadical Sertanejo atuando na área rural de Exu (PE)

“ Mesmo com todas as experiências que tive na vida cristã, nenhuma delas teve um impacto tão profundo em minha vida como par-

ticipar do Radical. Entreguei ao Senhor tudo o que poderia entregar de melhor: meu emprego com um bom salário, a faculda-de de Psicologia que estava cursando, minha família, os amigos e, na época, um relacionamento. O único arrepen-dimento que tenho é de não ter feito isso antes.

“Me lembro até hoje de ver os olhos dos meus pais cheios de lágrimas e a in-certeza do que eu encontraria pela fren-te. Deus me mostrou que seria difícil, mas Ele também disse que estaria comigo e que minha alma poderia se aquietar.

“Meu primeiro contato com as pessoas em situação de rua me deixou profundamente emocionada e eu

dizia ao Senhor: ‘É por eles que estou aqui, é para cuidar deles’. O abraço apertado, a conversa

e o carinho deles comigo ganhou meu coração para sempre.

“Ser uma Radical Cristolândia me en-sinou algo que Seminário Teológico ne-nhum ensina: a servir e servir com excelên-cia. Nenhum salário paga o prazer de ver a

ação de Jesus na vida dessas pessoas. Eu louvo o Senhor porque por intermédio do

Radical Cristolândia eu cheguei ao centro da vontade de Deus para a minha vida.”

Érica Dayane Rodrigues Tavares, 26 anosRadical Cristolândia no Distrito Federal

Amazônia

Sertão

Cristolândia

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A nova temporada está prevista para entrar no ar no mês de maio e terá um formato mais dinâmico, interativo e moderno, com divulgação exclusiva pelas nossas redes sociais. O Diretor Executivo, Pr. Fernando Brandão, irá dialogar diretamente com as igrejas, os parceiros, intercessores, vocacionados e voluntários que participam ativamente da grande comissão.

Um novo estúdio foi montado com equipamentos de ponta na sede administrativa, na cidade do Rio de Janeiro, para registrar e divulgar com qualidade e ex-celência as atividades e projetos que tem contribuído com a expansão do Reino de Deus.

Cada um dos investimentos reforça um dos nossos principais valores institucionais: ética, transparência e integridade, que agora retornam de forma ainda mais acessível para os batistas e lares brasileiros. Toda semana, sempre às terças-feiras, às 21h, vamos levar até você um pouco de tudo que acontece no avanço da obra de Missões Nacionais. Como certeza, você vai ser inspirado a conhecer, se envolver e promover todas as maravilhas que Deus tem realizado, nunca esquecendo de que o chamado é para todos nós!

Programa Seja Luz retorna em 2017 mais dinâmico e interativo

Pensando sempre avante na conquista da pátria para Cristo, Missões Nacionais, desde a década de 30, rompe barreiras na vanguarda da comunicação

aproximando os missionários que estão no campo aos batistas e alvos de fé. É por meio da inovação e de recursos midiáticos que nossa organização enfrenta as distâncias e dimensões continentais.

Nesses quase 110 anos de história o pioneirismo se tor-nou uma marca registrada. Em 1939, L.M.Bratcher levara consigo uma máquina para filmar em viagem pelo vale do Amazonas. Para ele esse método de informar era o mais eficiente e proveitoso da época. Bratcher, mesmo sem saber, já nos ensinava a importância de identificar e otimizar oportunidades e recursos para transmitir e en-volver o máximo de pessoas na evangelização do Brasil.

Desde então, não temos medido esforços e inves-timentos para compartilhar as maravilhas que Deus tem operado nos campos missionários e o número de pessoas que tiveram as vidas transformadas através dos nossos projetos e da permissão do Senhor. Foi com esse propósito que Missões Nacionais lançou, em 2012, o programa “Seja Luz” que retorna em 2017 completa-mente reformulado e com novas atrações.

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110 anos de Avanço Missionário no Brasil

1907 a 1917

⟩⟩ Organização da Junta de Evangelização Nacional, mais tarde, Junta de Missões Nacionais

⟩⟩ Criação da Sede da JMN na cidade de Campos, RJ

⟩⟩ Realização de 15 batismos em Paranaguá, PR, por William Buck Bagby

1918 a 1928

⟩⟩ Sede da JMN na cidade do Rio de Janeiro.

⟩⟩ Realização da primeira viagem missionária de L.M. Bratcher pelos Vales do Tocantins e Araguaia.

⟩⟩ Ida de Zacharias e Noemi Campello para evangelização dos índios Kraôs.

1929 a 1939

⟩⟩ Início das atividades do Colégio Batista do Tocantins, TO

⟩⟩ Nomeação de Sarah Cavalcanti como primeira enfermeira dos batistas brasileiros e ida para Pedro Afonso, GO

1940 a 1950

⟩⟩ Inauguração do Lar Batista Francisco Fulgêncio Soren em Itacajá, TO

⟩⟩ Lançamento da revista “A Pátria Para Cristo”

⟩⟩ Nomeação do casal José Júlio da Silva Junior e Carmem Guarita para evangelização dos hansenianos na Colônia de Marituba, PA

1951 a 1961

⟩⟩ É iniciado o trabalho entre os índios Xerente, GO, com o Pr. Guenther Carlos Krieger e Wanda Braidotti Krieger

⟩⟩ Primeiro Congresso Missionário com a presença de 44 obreiros do Vale do Tocantins

Wiliam Buck Bagby

Primeira viagem de L.M. Bratcher no Baixo Tocantins

Lar Batista FF Soren

Missionária Enfermeira - Sara Cavalcante

o Pr. Guenther Carlos Krieger com Xerentes

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110 anos de Avanço Missionário no Brasil

1962 a 1972

⟩⟩ Início da evangelização da tribo Munduruku, PA

⟩⟩ Inauguração do Lar Batista David Gomes, em Barreiras, BA

1973 a 1983⟩⟩ Realização da Operação Transtotal, projeto missionário na Transamazônica.

⟩⟩ Início das atividades no Dispensário Batista de Pacatuba, SE

1984 a 1994

⟩⟩ Realização da Primeira Clínica de Crescimento de Igreja (CCI).

⟩⟩ Início do Plano Nacional de Evangelização

⟩⟩ Início da evangelização na Casa de Detenção de São Paulo, SP

1995 a 2005⟩⟩ A Tenda da Esperança foi montada em Juazeiro do Norte, CE

⟩⟩ Tenda da Esperança em Belém do Pará, durante o Círio de Nazaré

⟩⟩ Criação do Radical Brasil

2006 a 2017

⟩⟩ 715 missionários

⟩⟩ 392 projetos de plantação de igrejas

⟩⟩ 37 unidades Cristolândia em 7 estados

⟩⟩ 2 lares

Lar Batista David Gomes

Paul Vandoros Missionário na Casa de Detenção de SP

Pastor Xavier na TransTotal

Tenda da Esperança

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Ativo na obra cristã aos 85 anos, o pastor Samuel Mitt pode ser consi-derado um dos grandes nomes do

trabalho missionário batista no Brasil. Contemporâneo de David Gomes, serviu como missionário ao lado de sua esposa, Marlene, em campos brasileiros e estran-geiros, foi diretor do Instituto Batista Teológico de Carolina (MA) e serviu, por 10 anos, como diretor executivo da Jun-ta de Missões Nacionais. Há cerca de 10 anos é capelão da Faculdade Teológica Batista do Paraná e hoje atua também como conselheiro geral do Ministério Em Células da Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba (PR), onde usa sua experi-ência como missionário e pastor para a mentoria.

Como missionário e administrador, suas ênfases foram: a plantação de igre-jas, despertamento da autonomia das igrejas nos campos missionários e sus-tento condigno dos obreiros. Foi através de sua visão missionária que, em 1974, a Junta de Missões Nacionais realizou a primeira Operação Transtotal, que per-correu a Transamazônica para pregar o Evangelho, e hoje acontece em todo o Brasil com o nome de Operação Jesus Transforma.

Em 1978, o pastor Samuel Mitt deixou a administração da JMN com a seguinte frase: “Que jamais percamos de vista a finalidade para a qual esta Junta existe, que é levar o homem brasileiro a con-frontar-se com Cristo crucificado”. Em tantos anos de experiências e trabalho missionário, não faltam histórias e tes-temunhos do que Deus fez e tem feito no Brasil.

Samuel Mitt: os desafios do campo missionário

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“A alegria é minha, mas

a glória é do Senhor.”

APPC - Pastor, fale-nos um pouco sobre os desafios do campo missionário durante sua época de atuação.

S.M. - Depois de ter estado no contexto brasileiro, bo-liviano e de Portugal e da Europa, eu chego à conclusão de que nós estamos enfrentando a mesma realidade do tempo de Jesus. Grande é a seara, mas poucos os cei-feiros. Entendo que chegou o tempo de nós clamarmos ao Senhor, segundo a ordem dada por Jesus, para que nós peçamos mais obreiros para a seara. E não apenas mais obreiros, porém mais obreiros qualificados, que se dediquem, que se lancem à obra com o coração e aquele desejo sincero de ver Cristo sendo glorificado por intermédio das pessoas que o aceitem como seu salvador pessoal.

APPC - Como surgiu a ideia da Operação Transtotal?

S.M. - Naquela altura a Rodovia Transamazônica já es-tava aberta desde Marabá até Itaituba (PA) e também a estrada Cuiabá-Santarém estava em construção, e fo-mos visitar. Tivemos contato com muitos colonos, sabendo do que estavam pensando e de onde vie-ram, e pela noite tivemos um culto na casa de um deles. E durante aquele culto Bill Morgan disse uma coisa bonita: “Que tal se nós envi-ássemos equipes aqui para a Tran-samazônica para a evangelização? ”. Essa palavra foi impactante. No dia seguinte, na hora da oração, nós sentimos uma presença pode-rosa de Deus e todos nós sentimos que Deus queria que algo acon-tecesse na Transamazônica, mas não sabíamos exatamente como isso seria realizado. Isso foi em junho de 1974, quando nós estávamos tendo a ideia e foi estabelecido que esse projeto seria executado em dezembro do mesmo ano.

APPC - Quais foram as dificuldades para realizar a Transtotal?

S.M. - A maior dificuldade, a meu ver, eram as dis-tâncias. O plano era que nós atingíssemos 500 quilô-metros, depois se estendeu para mais 15. No fim, havia 1.000 quilômetros para serem alcançados.

APPC - Como foi a receptividade do povo às equi-pes da Trans?

S.M. - Quando as equipes chegavam nós percebía-mos que havia como que uma sede. Porque os colonos estavam lá a uma distância muito grande de um para o outro. Então, quando a equipe chegava, simpática,

eles alcançavam não apenas a mente mas o coração das pessoas. Então os colonos vinham à noite para os cultos nas casas. Foi muito lindo ver como houve pessoas que fizeram sua decisão. Foi impactante ver Deus agindo no coração de tantos colonos.

APPC - Faça uma análise da evolução do trabalho evangelístico no Brasil.

S.M. - Hoje em dia eu percebo que há uma grande ênfase na semeadura e na colheita, no sentido de conservação dos resultados, que vem por intermédio do discipulado. Essa mudança se torna muito signifi-cativa porque quando a pessoa se torna um mentor de um novo convertido, ela vai transferindo seus conhecimentos, suas experiências, suas vivências e o novo convertido passa a crescer ao lado de um crente mais experiente. Ele vai crescendo e desenvolvendo a sua fé contra as doutrinas estranhas que existem por aí. Gosto de ver que o Evangelho está sendo pregado

na sua essência: Cristo morreu pelos nossos pecados, foi sepul-tado e ao terceiro ressuscitou. Isso que é importante! É dizer: “Venha e tenha essa experiência com Cristo”. Então, é semelhante no sentido de que a pregação do Evangelho consiste em levar pessoas a uma experiência pes-soal com Cristo, mas a diferença é trabalhar em um programa or-ganizado de discipulado desses novos convertidos.

APPC - Como o senhor se sente por ser parte da história dos batistas brasileiros na evangelização da pátria?

S.M. - A alegria é minha, mas a glória é do Senhor. Essa glória pertence a Ele porque Ele usou um instru-mento frágil, limitado, que sou eu. Eu sei de quantas limitações eu tenho na realização do trabalho. Ao longo desses anos todos eu tenho confiado no Senhor e o Senhor tem suprido cada necessidade minha.

Eu tenho uma palavra final para você, missionário, você, voluntário. Essa palavra é o último versículo do capítulo 15 de 1 Coríntios, que diz assim: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”. Eu desejo a vocês a maior bênção dos céus, para que tudo seja feito para a glória d’Ele. A alegria será de vocês que participam, mas que a glória pertença a Ele! Que Deus abençoe a todos vocês.

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avançando neste projeto, que tem dado tantos frutos.

No Estado do Rio de Janeiro, o pastor Aider Gouveia assumiu em julho de 2016 a coordenação do trabalho, que inclui a Missão Cris-tolândia, em Madureira; três unida-des de atendimento feminino, entre elas a Cristolândia Sonho de Mãe, para mães e seus filhos; três unida-des masculinas e a Casa Viver, que atende crianças em Costa Barros.

Para o pastor, o desenvolvimento do VIVER no estado é um dos prin-cipais objetivos. “Hoje temos um foco muito lindo, que é o Movimen-to Viver. Oramos para que o povo batista esteja empenhado em se envolver com esse movimento, pois ele será primordial para que nossas Cristolândias tenham menos alunos. É isso que queremos e por isso o

Cristolândia: desafios de um novo tempo

povo batista deve orar e investir na prevenção. Nossas crianças têm que ser alcançadas por esse movi-mento para que elas não cheguem às Cristolândias”, afirmou.

O Viver também tem sido motivo de oração em Pernambuco, onde atua o pastor Gildo Gomes desde julho de 2016. No estado, paralelo ao trabalho das Cristolândias, o Vi-ver tem sido enfatizado nas igrejas com oficinas e palestras. A coorde-nação no estado enfrenta o desafio de cuidar de uma capital que sofre com o aumento de mulheres envol-vidas com o crack.

“Temos o desafio de iniciar uma Casa Feminina. A gente sabe a reali-dade da drogadição, que ataca muito os homens, mas tem crescido nos últimos dias o número de mulheres usuárias de crack. A Fiocruz de Recife fez uma pesquisa e usou como base uma casa da prefeitura e o resultado que eles tiveram foi que, no Brasil, a capital em que mais cresce o número de mulheres usuárias de crack é o Recife. É uma necessidade uma Casa Rosa e a gente quer abrir uma casa feminina não na área rural, mas na área urbana, para ter acessibilidade e mobilidade para as igrejas, volun-tários, ser próximo de hospitais e de escolas, para facilitar o atendimento das mulheres”, explicou o pastor.

Após anos de trabalho, a Junta de Missões Nacionais agra-dece a Deus o desempenho

das Cristolândias ao redor do país. Atualmente, estamos em 7 estados com 37 unidades, que atendem dia-riamente e de forma intensiva, ho-mens, mulheres e crianças envolvi-das ou afetadas pelo vício no crack. Pessoas antes escravas das drogas e abandonadas pela sociedade têm encontrado refúgio, esperança e transformação em Cristo.

Para a glória de Deus, mais pesso-as têm chegado para somar a esse trabalho. O ano de 2017 começou com três novas coordenadorias, nos estados do Rio de Janeiro, Pernam-buco e Bahia. São muitos os desafios deste novo tempo, mas cremos que, com a ajuda de Deus e a parceria do povo batista brasileiro, seguiremos

CRISTOLÂNDIA

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Na Bahia, com a graça de Deus, a Casa Rosa já é uma realidade, graças à parceria com o povo batista. A coordenação das Cristolândias no estado está con-tando com o pastor Raphael Scotelaro que, há cinco anos, vem desenvolvendo trabalhos voluntários e mis-sionários nas Cristolândias do Rio e desde agosto de 2016 assumiu as unidades da Bahia. Com a Casa Rosa inaugurada, o casal missionário Raphael e Joyce pede a Deus que envie mulheres e homens desejosos de somar à obra.

Celebramos a já vista evolução no trabalho que está sendo feito naquele estado. Antes atendendo apenas cerca de 15 pessoas diariamente com café da manhã e cortes de cabelo, atualmente a Cristolândia Salvador recebe mais de 40 pessoas, oferecendo café, almoço e cuidados com a saúde física e espiritual, chegando a distribuir cerca de 1.500 almoços em um mês.

“Há muita coisa a ser feita. Oramos para que Deus nos dê a direção para encontrarmos o foco de cada momento, as prioridades. Temos caminhado assim, na esperança de avançar e fazer o trabalho de Deus com excelência”, comentou o pastor.

O trabalho tem dado lindos resultados, como a abertura da Padaria Escola na Cristolândia Recife, uma parceria com igrejas e com o Sindicato de Panificação do estado, que proporcionará o curso profissionalizante para os alunos, fazendo com que muitos deles sejam absorvidos pelo mercado após a conclusão.

No Rio, o cenário também é animador, com muitos relatos de alunos transformados. “Temos visto alunos reinseridos na sociedade, com carteira de trabalho assinada, outros de volta à família, outros com boas notas do Enem e entrando na faculdade. Essas coisas mobilizam muito a gente”, relatou o pastor Aider.

O trabalho não pode parar! Nas três unidades, os líde-res clamam a Deus pelo envolvimento das igrejas com o trabalho realizado nas unidades das Cristolândias. É preciso juntar esforços para que o trabalho continue sendo realizado com excelência, fazendo com que a Cristolândia continue sendo uma referência nacional entre programas de recuperação para usuários do crack, como apontou o livro “Crack e exclusão social” (2016), publicado pelo Ministério da Justiça e Cidada-nia, com organização de Jessé Souza. O programa e a forma de trabalho das unidades Cristolândia foram analisados no livro ao lado de projetos laicos de todo o Brasil.

A Junta de Missões Nacionais agradece a Deus e a todos os parceiros da Cristolândia pela bênção de ser-mos uma referência no combate às drogas. Sabemos que apenas por intermédio de Jesus é possível uma transformação verdadeira em qualquer pessoa.

Queremos continuar sendo bênção na vida de tantas pessoas e famílias por meio das Cristolândias. Você pode nos ajudar a continuar esse lindo trabalho! Seja um parceiro orando, doando ou se voluntariando!

Unidade

Contatos

Ore!

Cristolândia RJ

Cristolândia Rio de Janeiro (21) 2263-3153

AIDER GOUVEIA DE SIQUEIRA

• Pelo movimento Viver, para que o povo batista se empenhe e envolva com esse movimento.

Cristolândia PE

Cristolândia Recife (81) 3072 5728

GILDO GOMES DE FREITAS E ANA NERY PEREIRA DA SILVA

• Pelo casal missionário; pela equipe atuante nas unidades;

• Pelos alunos em processo de transformação;

• Para que Deus envie mais voluntários e missionários

Cristolândia BA

Cristolândia Salvador (71) 3415 4556

RAPHAEL PAULO SCOTELARO E JOICE MODESTO CORIOLANO SCOTELARO

• Pelo casal missionário;

• Pela equipe de missionários e voluntários;

• Para o desenvolvimento do Viver na Bahia;

• pela reforma das unidades;

• pela Casa Rosa BA, inaugurada neste ano

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Desde 2010 a Junta de Missões Nacionais, em par-ceria com as convenções, associações e igrejas, tem investido no retorno aos princípios do Novo

Testamento. Só em 2016 foram realizados mais de 300 encontros em que mais de 36 mil líderes foram desafiados a olhar para o Novo Testamento e retor-nar às práticas da oração, da evangelização disci-puladora, da plantação de igrejas, da formação de líderes e da compaixão e graça. Aprendemos com o passado, mas prosseguimos totalmente focados em viver o presente já fazendo a diferença no futuro.

O que temos feito não tem nada de novo. Estamos apenas voltando para nossas antigas práticas. Em dé-cadas passadas, nós, batistas brasileiros, fomos des-pertados a esse retorno por meio de diversas publi-cações da Junta de Educação Religiosa e Publicações (JUERP). Duas delas foram escritas por Waylon B. Moore: Integração segundo o novo testamento (1976) e Multiplicando discípulos: o método neotestamentá-

rio para o crescimento da igreja (1983). Essas obras

mostram a grande importância de um discipulado

que envolva o cuidado efetivo um a um, isto é, um

discipulado que aconteça em meio a um relaciona-

mento intencional entre um discípulo e outro, visando

ao seu aperfeiçoamento para a multiplicação. Ob-

serve os seguintes trechos do segundo livro citado:

“Os líderes eclesiásticos, por toda parte, estão começando a perceber o vasto potencial que existe na abordagem feita a pequenos grupos, e especialmente no discipulado um a um, para conseguir a multiplicação efetiva.

(...)

“O discipulado no nível pessoal, um a um, é a maneira mais rápida que conheço para se desenvolver líderes espirituais que podem multiplicar outros discípulos”

VOLTANDO ÀS VELHAS E BOAS PRÁTICAS

IGREJA MULTIPLICADORA

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Esse cuidado um a um é o que a visão de Igreja Multiplicadora apresenta como Relacionamento Dis-cipulador, que é o relacionamento intencional entre um discípulo multiplicador com outra pessoa vi-sando torná-la outro discípulo multiplicador. É algo que acontece desde antes da conversão. De fato, a comunicação do Evangelho deve se dar em meio a um relacionamento intencional que compreenda o convívio, o acolhimento, a intercessão, o zelo pela pessoa, o ensino e a solicitação de contas.

Esses elementos do Relacionamento Discipula-dor são descritos no livro Igreja Multiplicadora: cinco princípios para crescimento, dentro do princípio da evangelização discipuladora. Segundo propomos, os Pequenos Grupos Multiplicadores são o ambiente em que esse relacionamento discipulador é poten-cializado, gerando edificação mútua.

Desde a década de 70, autores como Cecil G. Osborne se tornaram defensores dessa forma bí-blica de ser igreja, como ensina em seu livro A arte de conhecer a si mesmo, também publicado pela JUERP em 1976:

“A ideia de grupo pequeno é uma das forças espirituais mais dinâmicas do século vinte… Sob vários nomes, pequenos grupos são formados com grande rapidez, em igrejas e denominações. Homens e mulheres estão redescobrindo que os serviços e atividades rotineiras da igreja local não trazem motiva-ção suficiente para o crescimento espiritual significativo.”

Quando falaram dessa relação de cuidado efetivo um a um e mutualidade, esses e outros autores fo-ram influenciados pelo Movimento dos Navegadores (The Navigators – www.navigators.org), que teve início na década de 1930 por Dawson Trotman. O objetivo do movimento era espalhar as Boas-No-vas por meio de relacionamentos intencionais que capacitassem novos discípulos à multiplicação. O fundamento era a palavra de Paulo em 2 Timóteo 2.2: “O que ouviste de mim, diante de muitas tes-temunhas, transmite a homens fiéis e aptos para também ensinarem a outros”.

Os Navegadores se baseavam no cuidado indi-vidual modelado por Barnabé a Paulo e por este a Timóteo, Tito e tantos outros. Enfatizavam a im-portância de passarmos horas com novos crentes, individualmente e em pequenos grupos. Buscavam estudar a Bíblia, orar, encorajar, aconselhar e en-sinar aqueles que estão nos primeiros passos da caminhada cristã. É a transmissão de verdade e vida por meio dos relacionamentos. Aliás, muitas vezes

encontramos nos escritos do movimento a expres-são “vida na vida”.

A influência dos Navegadores abraçou muitos batistas americanos. O grande evangelista Billy Graham convidou Dawson Trotman para ajudá-lo a capacitar discipuladores para atender os milha-res de pessoas alcançadas pelas suas cruzadas evangelísticas. Segundo narra David Earley em seu livro Transformando Membros em Líderes , durante esse tempo, Dawson Trotman e Billy Graham se tornaram amigos próximos, a ponto de evangelista ser o pregador em seu funeral, em 1956, quando testemunhou:

“Creio que ele tocou mais vidas do que qual-quer outra pessoa que já conheci. Nós hoje representamos milhares de pessoas tocadas por esse grande homem”.

A influência desses princípios chegou até nós no Brasil ainda na década de 70, com os livros de Wa-ylon Moore já mencionados acima. Também vemos esse sentimento de inconformismo com a falta de multiplicação de discípulos no Manual da Escola Bíblica, de 1986, escrito por Cathryn Smith:

“Quando uma igreja se satisfaz com os mem-bros que tem e aqueles que espontaneamen-te se apresentam, não se interessando em alcançar as multidões, ela deixa de cumprir integralmente a sua missão como igreja.”

Isso nos mostra que os batistas brasileiros têm se esforçado há pelo menos quatro décadas para trazer de volta o discipulado relacional e o cuidado recíproco entre irmãos em pequenos grupos. Por-tanto, a visão de Igreja Multiplicadora não é uma formulação de última hora para acompanhar ten-dências. É um chamado para assumirmos de uma vez por todas aquilo que, como batistas brasileiros, temos praticado muito timidamente ao longo de todos esses anos.

Centenas de igrejas de todo o Brasil já estão viven-do este retorno aos princípios. Deus continua agindo em nosso meio para fazer isso acontecer, pois Ele é o mesmo “ontem, hoje e eternamente” (Hb 13.8). Diante de tudo isso, sinto-me encorajado, como batista brasileiro, a intensificar a multiplicação de discípulos onde estou. Que tal fazermos isso juntos?

Fabrício Freitas Gerente executivo de Evangelismo da Junta de Missões Nacionais

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“Graças a Ele e sua misericórdia infinita foi no presídio que eu tive a maior

aproximação com o Senhor.”

Rafael e Luana. Um casal separado pelas grades da Casa de Custódia de São José dos Pinhais (PR). Ele, preso há um ano e 4 meses após um assalto

e tentativa de homicídio. Ela, do lado de fora, com o sonho de se casar. A situação que poderia ser conside-rada pela sociedade como mais uma família destruída pelo crime se tornou um testemunho de transformação, fé e amor dentro do presídio por meio do trabalho de evangelização da Capelania Prisional da Junta de Missões Nacionais.

“Eu sempre quis casar. Só que ele sempre dizia que, já que a gente estava morando juntos, não precisá-vamos casar. Foi través da igreja, que vem fazendo cultos dentro do presídio, que ele encontrou Deus, me trouxe também para dentro da igreja e resolveu nos unir”, contou Luana Moura, que hoje frequenta a Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba (PR).

A graça de Cristo alcançou Rafael no momento de maior dificuldade, porém, de mais sensibilidade para uma mensagem de esperança. Ao chegarem nos pre-sídios, nossos missionários e voluntários encontram homens retraídos, sem alegria e introspectivos. É com tempo, trabalho e oração que eles abrem o coração e passam a participar dos cultos e estudos promovidos pela Capelania Prisional.

“Trabalhamos para que o evan-gelho também seja um privilégio para aquela pessoa que está pre-sa. Nosso objetivo é ter uma igreja dentro de cada presídio e, para isso, a gente precisa conscientizar as igrejas batistas da necessidade que os presos também têm de ouvir o evangelho e a Palavra de Deus”, explica o pastor Luis Carlos

Magalhães, missionário que coordena o trabalho no estado do Paraná.

Além do trabalho realizado no Paraná, que abrange a Penitenciária Federal de Catanduvas, a Junta de Mis-sões Nacionais tem atuado direta e indiretamente em outros três presídios federais: em Mossoró (RN), com o missionário Dario Fonseca; em Porto Velho (RO), com o trabalho de voluntários e em Campo Grande (MS), por meio de parcerias. Missões Nacionais também tem trabalhado para alcançar as mulheres presidiárias e ex--presidiárias. Por intermédio da Casa Alma Livre (MG).

Ainda com o trabalho do Projeto Fase para Cristo, coordenado pela missionária Adriana Abraão, temos levado o evangelho para menores infratores internos e egressos da Fundação de Atendimento Sócio-Edu-cativo (FASE) em Porto Alegre (RS).

Em meio ao caos do sistema prisional brasileiro, Deus tem levantado pessoas conscientes de que a Palavra deve ser pregada para todos, inclusive para homens e mulheres que estão presos.

É apenas aceitando nossa responsabilidade como cristãos e levando o evangelho às pessoas desacre-ditadas pela sociedade que poderemos testemunhar a transformação em Cristo na vida de pessoas como o Rafael.

“Graças a Ele e sua misericór-dia infinita foi no presídio que eu tive a maior aproximação com o Senhor. Independentemente do lugar em que eu me encon-tro, tenho orgulho de dizer que tenho intimidade e amor com o Todo-Poderoso, que me deu a vida e sei que, estando com Je-sus, nada nunca vai me abalar. ”

LIBERTANDO CATIVOS E MULTIPLICANDO O AMOR DE DEUS

CAPELANIA PRISIONAL

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Deus chamou para si, no dia 11 de março, a missio-nária Nara Rúbia Taetes, que atuava há 17 anos como missionária entre os indígenas e, há cerca de

três anos, lutava contra o câncer. Ela descansou de seu sofrimento terreno, deixou de ser peregrina em terra estranha e adentrou os portais da eternidade, a Santa Cidade, a sua verdadeira pátria.

Missões Nacionais registra suas considerações a esta grande serva de Deus, uma guerreira, uma heroína, uma missionária que honrou e dignificou o Mestre durante toda a sua caminhada, ao lado do Pr. Elias, seu esposo e seus dois filhos Nayane e Eliseu.

Nara Rúbia da Silva Coelho Taets nasceu no dia 13 de julho de 1977, na cidade de Goiânia, GO. Filha de Josimar e Maria Helena Coelho. O avô de Nara Rúbia era chefe de um posto da Funai e seu pai foi criado na aldeia Xavante, no Mato Grosso. Seu pai sempre contava histórias sobra a vida dos índios e ensinava algumas palavras em Xavan-te. A família frequentava a Igreja de Cristo em Goiânia, onde havia conferências missionárias periodicamente e Nara ouvia pessoas falando sobre os índios. Começou a observar as necessidades dos índios e sentiu um desper-tamento missionário em seu coração. Terminou o ensino médio, fez o curso teológico e também de linguística, este último na Missão ALEM, em Brasília (DF), onde conheceu Elias de Oliveira Taets, que tinha o mesmo chamado para levar à mensagem de Cristo aos indígenas.

Casou-se com Elias, no dia 11 de julho de 1998. Foram contratados como missionários de Missões Nacionais em 9 de outubro de 1999, para atuarem entre indígenas, em Roraima. O casal tem dois filhos: Nayane (13 anos) e Eliseu (11 anos).

O casal chegou em Boa Vista (RR) em outubro de 1999 e passou a trabalhar com indígenas de uma tribo que habita o Brasil e a Venezuela, e que, somente no Brasil, somam mais de 15 mil pessoas distribuídas em 255 aldeias, 197 dessas em Roraima.

Não foi fácil conquistar a amizade desse grupo. Mas Nara fez muitos amigos. As mulheres dessa etnia, quan-do vão dar à luz, só permitem a presença do parente mais próximo, geralmente as mães. Mas certa ocasião, quando Nara estava grávida de seu filho Eliseu, a índia Xepla permitiu que Nara a vise dando à luz uma linda menina. Pela primeira vez Nara presenciou um parto, uma prova da confiança e da amizade que tinha na-quele povo.

Nara deixou como legado a participação na tradução do Novo Testamento para essa etnia (que está em fase de conclusão) e um projeto sobre Histórias Bíblicas para as crianças indígenas.

Toda família de Missões Nacionais está triste com esta perda, mas confortados pela certeza da vitória de Cristo sobre a morte e pela garantia de que um dia não haverá mais separação e que todos nós estaremos juntos eternamente.

Precisamos agora responder ao desafio que Nara nos deixou em uma de suas cartas: “Precisamos da sua ajuda para que os povos indígenas se rendam aos pés de Deus”. Este clamor foi escrito para você!

Ao Senhor da seara, nossa gratidão pela preciosa vida de Nara e nossa oração para que muitos se le-vantem com o propósito de levar Cristo aos distantes pontos da Pátria.

Nara: uma mulher que

viveu perto de Jesus e levava Jesus para

perto dos outros

VIDA E OBRA

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Quantas vidas podem ser impactadas por uma só mulher em 30 anos? Mesmo sem termos a resposta exata para essa pergunta, sabemos, com a convic-

ção de que o trabalho em Cristo não é vão, que centenas de pessoas foram influenciadas pela atuação da nossa missionária Gizalva Alves de Menezes, que dedicou três décadas exclusivamente ao trabalho missionário no Nor-deste do Brasil, pela Junta de Missões Nacionais. No Dia Internacional da Mulher, ao contar um pouco da história da missionária Gizalva, queremos honrar todas as mulheres que têm juntado esforços na obra missionária do Brasil.

Hoje atuante em Lagarto, cidade do agreste de Sergipe, a missionária Gizalva é natural do mesmo estado, onde, na cidade de Japaratuba, teve o primeiro contato com o evangelho, através da missionária aposentada Zênia Birzniek, também da JMN. Aos 6 anos e de família cató-lica, seus pais não gostavam que frequentasse a casa da missionária. Mesmo assim, atraída pela palavra do evan-gelho, Gizalva aceitou a Cristo em seu coração através da pregação da missionária.

Em 1982, ingressou no Seminário de Educação Cristã – SEC e em 1986 foi chamada pela Junta de Missões Na-cionais. Desde então, passou por 8 campos missionários, realizando o trabalho de plantação de igrejas. Em todos esses locais, ajudou pessoas, levou o amor de Cristo, in-fluenciou e abençoou vidas com seu testemunho, e fez muitos discípulos para a glória de Deus. Ela agradece a Deus pela oportunidade de servir em Sua obra.

“Agradeço por ter sido escolhida por Ele para exercer esse trabalho maravilhoso na conquista de vidas para Cristo e poder dar a minha parcela de contribuição para o crescimento do Reino de Deus. Eu nunca me vi fazendo outra coisa a não ser sendo missionária”, afirmou Gizalva.

Foi um tempo de muitos desafios, como mulher, mãe, esposa e missionária. Um dos maiores foi na cidade de Pedro Alexandre (BA)

“Ao iniciar, em 2006, havia dificuldade de água, transporte e as pessoas eram muito arredias ao evangelho. E foi onde eu tive que me separar da minha filha Maely, com apenas 6 anos de idade na época, para que ela não fosse prejudicada nos estudos. Mas Deus é bom, vidas foram sendo salvas e ali ficou um grupo firme para a glória do Pai”, conta Gizalva.

Mesmo se aposentando após os 30 anos, a missioná-ria Gizalva já afirmou que o trabalho missionário ainda fará parte de sua vida! Ela celebrou as três décadas de atuação e dedicou a Deus o mérito de um trabalho que rendeu lindos frutos.

“Completo esse tempo com alegria, sensação de traba-lho realizado e satisfação. E agradeço porque o Senhor me deu saúde suficiente para levar esse trabalho adiante durante todo esse tempo. Quero mais trinta anos para continuar esse ministério”, completou a missionária.

A missionária Gizalva encoraja as mulheres cristãs a se envolverem com a obra missionária. Ela considera o serviço cristão como um privilégio.

“Na minha opinião a obra missionária não existe sem o envolvimento da mulher. Ela é parte fundamental, rele-vante nesse trabalho, porque ela é capaz de se doar, de se entregar inteiramente. Mulher, você faz parte desse ministério! Vale a pena servir ao Senhor como missioná-ria no campo ou no ministério que Ele lhe confiou para realizar. É um privilégio. Se você sente esse chamado diga SIM. Missões é investir em vidas e esse investimento não dá prejuízo porque é para a eternidade”, finalizou a missionária Gizalva.

Gizalva Alves: 30 anos de atuação

missionária no Nordeste do Brasil

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Segundo pesquisas feitas nas Cristolândias em todo o Brasil, 85% dos alunos em tratamento

nas unidades já tiveram contato com nossas igrejas, mas por algum motivo não permaneceram e aca-baram se envolvendo com as dro-gas. Histórias como essas não são difíceis de encontrar. Somos desa-fiados a mudar essa realidade atu-ando de forma preventiva com as crianças e adolescentes, para que as próximas gerações não façam parte dessa estatística tão triste.

O VIVER é o Movimento Nacional de Prevenção ao Uso de Drogas da Junta de Missões Nacionais. O ob-jetivo é investir nas crianças e ado-lescentes de dentro e fora da igreja, incentivando-as a fazerem boas escolhas, formando assim uma ge-ração forte, que seja influenciadora para o não uso de drogas. A ideia é que cada igreja reconheça a neces-sidade de seu bairro e implemente ações de prevenção contínuas e in-tencionais, visando mudar a realida-de de drogas e consolidando essas crianças e adolescentes na Palavra de Deus, para que cresçam firmes em sua fé e decisão por Cristo.

No dia 20 de novembro de 2016 foi inaugurada a Casa VIVER em Costa Barros, Rio de Janeiro (RJ), um lugar onde o movimento VIVER é realizado de forma prática. Situa-do em uma das comunidades mais perigosas do Rio, o projeto visa tra-

balhar os princípios do movimento de prevenção com crianças entre 4 e 14 anos que vivem diariamente em uma realidade de drogas, tráfico e violência. Funcionando de terça a sábado, das 9h às 17h as crian-ças são atendidas com atividades diversas: aula de reforço escolar, futebol, balé, recreação, estudo bí-blico, atendimento e acompanha-mento social, aula de inglês, esco-la de pais, oficinas, etc. Todas as atividades com a intencionalidade de prevenção, mostrando a cada um que eles têm potencial e opor-tunidade de desenvolverem seus talentos e terem uma expectativa de vida diferente do que eles estão acostumados a ver.

Todos têm lugar no reino de Deus, e com certeza há algo em você que pode ser útil na obra missionária. Se você não pode estar presente, invista nesse projeto por intermédio do PAM. Sua contribuição vai ajudar a salvar vidas! E não se esqueça de orar pelos missionários, pelas crianças que moram perto do pro-jeto, pela família das crianças e por todas as barreiras que precisam ser quebradas para que a salvação che-gue a cada um. Você pode ser um grande parceiro nesse movimento que vai mudar nosso país.

Laíse FélixCoordenadora da Casa Viver

Escolhendo a Vida

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Na Amazônia estão mais de 24 milhões de pessoas, em cerca de 35 mil comunidades ribeiri-

nhas e 147 etnias indígenas. Os ba-tistas brasileiros têm se empenhado na evangelização dos povos que estão no norte do Brasil. O Proje-to Amazônia, da Junta de Missões Nacionais, tem sido uma ferramenta eficaz, reunindo os princípios da Igreja Multiplicadora e projetos a fim de alcançar região.

Com o projeto Amazônia, coloca-mos em prática os cinco princípios bíblicos que Deus deseja para igre-ja: oração; evangelização discipula-dora, com a inserção dos Radicais nas comunidades ribeirinhas, viven-do e se relacionando com o povo local; plantação de igrejas, por meio das bases missionárias para planta-ção de igrejas; formação de líderes multiplicadores, no Centro de For-mação Missionária da Amazônia; compaixão e graça, por meio do Projeto Novo Sorriso da Amazônia e de caravanas missionárias, utili-zando o barco O Missionário, como a Trans Saúde, que aconteceu pela primeira vez no início do ano.

TRANS SAÚDEA bordo do barco O Missionário

estava uma equipe comprometida e feliz em fazer parte de um projeto que transforma vidas, a começar das que ali estavam. O mais im-portante não era a profissão que estavam exercendo ali, mas o Deus que iriam apresentar. Assim foi a 1ª Trans Amazônia.

Todas as ações de saúde foram ferramentas para que o Evangelho fosse pregado. Nenhuma pessoa saiu do consultório sem que fos-se ministrada com uma oração e uma palavra do Senhor. O grupo de profissionais levou compaixão e apresentou a Graça aos ribeiri-nhos da Amazônia. Participaram da caravana de 28 voluntários: 5 médicos, 6 dentistas, 8 enfermei-

ros, 1 farmacêutico, 1 psicólogo e 7 profissionais de outras áreas, que formaram a equipe de apoio. Foram atendidas cerca de 500 pessoas em 7 comunidades.

A mobilização aconteceu em Cos-ta do Jussara, Itapeua, Jacaré, Japiin, Ubin, Moreira e Fátima, onde a Junta de Missões Nacionais já tem Radi-cais que desenvolvem o trabalho de evangelização discipuladora – essa é uma estratégia que abre portas e possibilita aos Radicais mais aproxi-mação com a comunidade.

Dentre as pessoas atendidas que ouviram o Evangelho, 31 se decidi-ram por Cristo. Na evangelização de crianças, 145 ouviram sobre o Amor de Jesus e 45 decidiram en-tregar a vida a Cristo. Vinte e duas bíblias foram distribuídas. A equipe médica atendeu 469 pessoas, sen-do 271 adultos e 198 crianças. No atendimento odontológico, 412 pes-soas foram atendidas, sendo 243 crianças e 169 adultos. Foram feitos 534 procedimentos odontológicos. A equipe também ofereceu aten-dimento psicológico, consultando a 7 adultos e 3 crianças. Ao todo, a equipe médica distribuiu 1045 medicamentos e 412 kits odontoló-gicos para a comunidade ribeirinha.

“Deus usou as situações que en-contramos entre os ribeirinhos para me mostrar que preciso olhar mais em volta e não usar o meu trabalho só de uma maneira técnica, mas que eu lido com seres humanos que precisam da Graça de Deus”, con-tou Vivian Teles, dentista e membro da IB de Magé (RJ).

A Trans Saúde, que aconteceu nos dias 21 a 29 de janeiro, foi uma ação evangelística realizada pela JMN, ligada ao Projeto Novo Sorriso da Amazônia, que é coordenado pelos missionários e dentistas An-dré e Germana Matheus. Torne-se um parceiro de Missões Nacionais e faça parte da evangelização dos ribeirinhos. Acesse o site www.mis-soesnacionais.com.br e saiba mais.

Aqui, ali e além do Solimões!

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SEMPRE ORANDO

POVOS INDÍGENAS BRASILEIROS1 Por mais iniciativas da sociedade civil com relação à oferta de projetos de desenvolvimento sustentável nas aldeias brasileiras.

2 Pela revisão do novo dicionário bilíngue Xerente-Português (em an-damento) - Tocantins

3 Pelos profissionais da saúde que participarão de ações de compaixão em aldeias do Amazonas.

4 Pelos indígenas universitários, para que consigam assimilar o conteúdo ensinado e se tornem protagonistas das mudanças positivas para os seus povos.

5 Por novos vocacionados para o trabalho de tradução de literatura para línguas indígenas.

6 Por mais vocacionados que que-rem dedicar seus dons e talentos em favor dos povos indígenas.

7 Pela capacitação dos líderes indí-genas que fazem parte da equipe de Missões Nacionais, para que conti-nuem sendo relevantes nas áreas da educação, da saúde e do ensino da Palavra de forma contextualizada.

8 Pela proteção das lideranças indí-genas que sofrem perseguições por parte de alguns grupos de fazendei-ros, madeireiros e outros explorado-res da sua terra.

9 Pelos órgãos governamentais e não governamentais indigenistas, para que tenham zelo e responsa-bilidade com o trato das questões indígenas.

10 Pela paz entre as etnias que vi-vem no Vale do Javari, Amazonas, local onde foram registrados sérios conflitos nos últimos anos.

11 Pelo amparo e respeito da popu-lação não indígena pelos indígenas,

lançando fora todo preconceito e in-diferença que alguns ainda mantêm.

12 Por um levante dos cristãos bra-sileiros contra o desmatamento das nossas florestas.

13 Pela implantação dos programas de formação de líderes autóctones no Norte e Nordeste.

14 Pela expansão dos projetos so-ciais entre indígenas de Roraima.

15 Pela saúde física e emocional dos missionários e seus filhos.

16 Pela implantação do Programa Novo Sorriso (erradicação da cárie) entre povos indígenas.

17 Por uma ampliação da visão da igreja brasileira sobre as oportuni-dades que temos de servir entre os povos não alcançados.

18 Pela implantação do programa VIVER (prevenção ao uso de álcool e drogas) em aldeias indígenas.

19 Pela equipe de missionários que está sendo formada no norte da Bahia.

20 Por uma política de demarca-ção de terra que seja justa, técnica e que respeite os direitos dos povos indígenas.

21 Pelo fim dos casos de suicídio entre povos indígenas.

22 Por iniciativas das igrejas que

auxiliem na preservação da cultura

indígena e promovam o fortaleci-

mento de cada povo.

23 Contra a precariedade dos ser-

viços de saúde prestados a muitas

comunidades indígenas.

24 Por um envolvimento maior das

igrejas evangélicas na oração pelos

povos indígenas.

25 Pela publicação das histórias

bíblicas nas línguas indígenas.

26 Pelos parceiros e igrejas que

participam fielmente no sustento e

cuidado dos missionários.

27 Pelo CONPLEI (Conselho Nacio-

nal de Pastores e Líderes Evangéli-

cos Indígenas), para que avance na

implantação de projetos relevantes.

28 Para que mensagem do Evan-

gelho seja anunciada de forma

contextualizada, respeitando as

características culturais de cada

etnia.

29 Por novos intercessores e man-

tenedores dos projetos indígenas.

30 Pelo trabalho de tradução do

Antigo Testamento na língua Xe-

rente, que está em andamento.

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