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Monografia Indigena

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    Monografia: O Ensino Religioso naEducao Pblica no Brasil

    Fundao Educacional Unificada Campo-Grandense FEUC

    Faculdades Integradas Campo-Grandenses FIC

    Rio de Janeiro, 2!"

    #onografia su$metida ao corpo docente do curso de%icenciatura &lena em Ci'ncias (ociais das FaculdadesIntegradas Campo-Grandenses )FIC*, mantidas pelaFundao Educacional Unificada Campo-Grandense

    )FEUC*, como parte dos re+uisitos necessrios o$teno do grau de %icenciado em (ociologia"

    .rientadora/ &rof0" 1r0" driana &ai3a

    4444444444444444DEDICAO

    o grande ar+uiteto do uni3erso +ue, por no se dei5ar

    limitar por +uais+uer concep6es 7umanas, dei5a-serepresentar por todas as formas de crenas, por meio dali$erdade de consci'ncia"

    4444444444444444

    AGRADECIMENTOS

    todos +ue me au5iliaram e au5iliam na 8ornada da

    construo do con7ecimento, sem fim" Especialmente professora 1r0 driana &ai3a, min7a coordenadora neste

    https://www.spreaker.com/user/marcondeslucena
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    tra$al7o de pes+uisa, +ue me deu sem-igual a8uda emtodos os sentidos"

    4444444444444444

    RESUMO

    Este artigo de pes+uisa analisa sucintamente apro$lemtica gerada pela insero da disciplina EnsinoReligioso na educao p9$lica no :rasil, a$ordando atra8et;ria 7ist;rica da relao de corporati3ismo entrereligio e Estado, com pro33eis refle5os na sociedadeatual" 1emonstra algumas concep6es de especialistas

    so$re a disciplina, seus pro$lemas s;cio-pedag;gicos ecomo ela pode ser tra$al7ada por meio dos temastrans3ersais da educao"

    &ala3ras-c7a3e/ ensino religioso< escola p9$licaal3e o principal tema relacionado ao ensino religioso emescolas p9$licas se8a a pro$lemtica do laicismo do

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    Estado, isto , a concepo de +ue, em$ora no se8ampr;-ateAstas ou anti-religiosos, os ;rgos p9$licos de3emser neutros em +uest6es de consci'ncia e li$erdadereligiosas"

    discusso atual so$re a insero do ensino religioso emescolas p9$licas est interligada a fatores 7ist;ricosparticularmente $rasileiros" Constata-se ao longo datra8et;ria 7ist;rica nacional uma forte influ'ncia dossetores pri3ados, as corpora6es" Elas atuariam nosentido de transformar o Estado num simples facilitadorde seus o$8eti3os" Esta tend'ncia e5plicada por 1emo)!OOP*, ao analisar a participao do Estado numadinQmica polAtica dicotmica, no +ue di respeito a fatoreseconmicos, em determinados momentos Hacenandopara as classes populares e em outros, para as elites" J&aulS )2P* menciona em sua pes+uisa um

    Hlobbyeclesistico, demonstrando +ue o corporati3ismopode estender-se, 7istoricamente, rea religiosa"(emel7antemente, as e5peri'ncias polAticas atuais, comoa demonstrao de apoio pelos candidatos em campan7a

    a determinadas causas sociais )causa gaS, proteo smul7eres, criminaliao do a$orto, etc"* e3idencia certademagogia por parte destes agentes do Estado emresposta ao Hcorporati3ismo dos 3rios grupos ousetores e5istentes na sociedade" >ais fatos nospossi$ilitam considerar o corporati3ismo como seapresentando em di3ersas reas/ econmica, polAtica,social e, neste caso analisado em nossa pes+uisa,

    religiosa"E3identemente, a importQncia +ue se d ao ensinoreligioso no caso do :rasil de3e-se ao fato de o paAs tersido coloniado por &ortugal, um paAs de forte orientaocat;lica romana" &ortanto, de3emos analisar um poucodessa tra8et;ria 7ist;rica da religio e do ensino religiosono :rasil para ad+uirirmos ferramentas capaes deconte5tualiar, interpretar e criticar construti3amente

    esse corporati3ismo intrigante e persistente, tendo emmente as mudanas ocorridas no panorama religioso

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    nacional, com a multireligiosidade, e com a necessidadede uma prtica polAtica laica, participati3a erepresentati3a de todos os grupos sociais"

    &ara tanto, di3idiremos o estudo da tra8et;ria 7ist;rica doensino religioso no :rasil de forma sistemtica, ou se8a,em tr's perAodos/ !T" &erAodo Colonial< 2T" &erAodoRepu$licano e BT" &erAodo tual p;s-%1:"

    1212 Perodo Co,o+a,

    desco$erta do :rasil por &ortugal coincidiu com omo3imento europeu da Reforma Religiosa &rotestante por

    #artin7o %utero e a Contra-Reforma pela Igre8a Cat;licapost;lica Romana" Isso ocorreu por 3olta de !!V epossi$ilitou o surgimento de no3as seitas crists econse+uente intolerQncia religiosa entre cat;licos eprotestantes na Europa" .s tri$unais da (anta In+uisioforam criados desde !!LP, no sul da Frana" J aCongregao do (anto .fAcio, ou In+uisio Romana, foifundada em !P2"W2X.s portugueses e espan7;is, fiis a

    Roma, impulsionaram a Contra-Reforma e a In+uisio,defendendo a H3erdadeira f e perseguindo os +ue anega3am"

    =este perAodo os &apas proclama3am &ortugal e Espan7acomo um Hpo3o messiQnico, eleitos por 1eus parale3arem a f crist at os Hconfins da >erra, e l7esconcediam direitos especAficos so$re sua misso religiosa"Com isto, surgiu o &adroado, ou a tutela do Estado so$re

    a Igre8a Cat;lica na Espan7a, &ortugal e suas colnias"Foi por meio deste artifAcio +ue surgiu o +ue podemosc7amar de primeira forma de ensino religioso nos setoresp9$licos no :rasil" #as como isto se deuK

    :em, como o sistema de capitanias 7ereditrias nofuncionou ade+uadamente na sua funo de po3oamentode e5plorao das colnias, o go3erno &ortugu's resol3eucriar o sistema de Go3erno Geral" >om de (oua foi oprimeiro dos Go3ernadores-Gerais da colnia e rece$eu

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn2https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn2
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    de 1" Joo III instru6es so$re +ual seria o intuitoci3iliador de &ortugal/ Ho ser3io de 1eus e a e5altaoda (anta F"WBXCom >om de (oua 3ieram seismissionrios 8esuAtas )religiosos cat;licos da Compan7ia

    de Jesus, .rdem fundada em !BP pelo espan7ol Inciode %oiola e apro3ada pelo &apa &aulo III em !P*" Elesforam os primeiros respons3eis pela o$ra de educao ee3angeliao a+ui no :rasil, tendo como liderana opadre #anuel da =;$rega"

    partir de !, os 8esuAtas fundaram as primeirasescolas para os gentios )pessoas de crenas no crists,como os Andios*" . Go3erno no inter3eio como primeirointeressado e nem props uma filosofia educacional" .o$8eti3o da educao 8esuAtica era a Hatualiao daspotencialidades da pessoa 7umana, de maneira acapacit-la para rece$er a lu da f e sal3ar sua alma"&ara atingir estes o$8eti3os, a educao dos 8esuAtasser3ia-se das ci'ncias, das artes e da naturea, e eradi3idida em tr's fases/ primria, mdia e superior")1=>(, 22, p" 2O*"

    &elo acordo esta$elecido entre a Igre8a Cat;lica e o Reide &ortugal, o ensino da Religio de3eria ter por o$8eti3oa e3angeliao dos gentios, Hpara a transmisso de umacultura +ue 3isa3a a adeso ao catolicismo"WPXEsse tipode ensino pri3ilegia3a o conte9do doutrinrio, conformeas normas do ConcAlio de >rento"WXCom o tempo, tendoem 3ista mel7orar o processo de cate+uese aosindAgenas, os missionrios 8esuAtas criaram o +uecon7ecemos como #iss6es ou Redu6es" lm dedefend'-los da escra3ido, a pregao era feita em suapr;pria lAngua materna" >am$m se esta$eleceu apropriedade coleti3a, com a manuteno de pecuria,oficinas de artesanato e manufaturas, etc" Essas aldeiasmissionrias, em$ora no ten7am destruAdo a culturaindAgena de forma radical, promo3eram a suadestri$aliao, a marginaliao dos caci+ues, e a

    perseguio dos pa8s"WYX

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn3https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn4https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn5https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn6https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn3https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn4https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn5https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn6
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    Uma das primeiras crises para o ensino religioso no :rasil3eio no perAodo do go3erno do #ar+u's de &om$al )!V-VV*, ento secretrio do E5terior e da Guerra de &ortugal". seu go3erno acusou as miss6es 8esuAticas de tentarem

    formar um Estado dentro do Estado" sua perseguioao clero e no$rea 3isa3a o fortalecimento do poderreal" Com isto, e5pulsou toda a Compan7ia de Jesus dosdomAnios de &ortugal em !VO, leiloou os $ens da .rdem,transformou as miss6es e aldeias em 3ilas, +ueimou$i$liotecas e, mais importante, rompeu o monop;lioclerical na educao ao criar um sistema de ensino laico,tornando o$rigat;ria a lAngua portuguesa, impondo uma

    das $ases da futura unidade nacional"WVXJunto a esse processo de e5pulso ocorreu tam$m a3inda da FamAlia Real para o :rasil, ocasionandoposteriormente o fim do sistema colonial e do monop;lioda metr;pole, os mo3imentos de independ'ncia,ad3indos dos ideais da Re3oluo Francesa, e a ideia deConstituio cada 3e mais latente" >odos esses e3entosreforaram a elitiao na educao e a marginaliao

    das classes populares" t mesmo a Igre8a passa a sofrermodifica6es em suas fileiras, com o distanciamento

    Hentre o catolicismo tradicional popular luso-brasileiro,leigo, medieval, social, familiar e sincrtico; e ocatolicismo renovado, isto , romano, clerical, tridentino,individual, sacramental e aliado do poder.WLX

    12%2 Perodo Re0'b,$a+o

    s derrotas sociais no campo de influ'ncia sofridas pelaIgre8a na poca colonial somente se a3olumaram com a3inda da Rep9$lica" Esta o$ser3ao, no entanto, de3eestar a par do fato de +ue a estratgia educacional daIgre8a 7a3ia mudado neste perAodo em +uesto" =esteconte5to no 7a3ia a preocupao em se direcionar osesforos na educao para as classes populares, poispara se faer representar socialmente a Igre8a

    necessita3a da adeso das elites aos seus prop;sitos,

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    precisando manter-se presente na educao dos fil7osdesses grupos para isto" Ze8amos como isto se deu"

    1e acordo com Fausto )!OLP, 3ol" P, p" 2VY*, logo no

    limiar da Rep9$lica,s elites afastam-se rapidamente da Igre8a, encontrando noli$eralismo, no protestantismo e no positi3ismo o su$stituto para a3iso de mundo proposta pelo catolicismo" franco-maonariaoferece um +uadro social su$stituti3o para as Irmandades e .rdens>erceiras"

    crise entre a Igre8a e as no3as ideologias em 3oga

    um importante aspecto a ser 3erificado em nossa anlise7ist;rica do ensino religioso na educao p9$lica no:rasil" ideia de laicismo defendida at 7o8e pelos +uedese8am manter a religio separada do Estado possuisuas origens nesta poca em considerao" H Igre8a no mais 3ista como uma fonte possA3el de legitimao dopoder do Estado mas [como fora polAtica contrria aosinteresses do Estado e da sociedade WMX tend'ncia dere8eitar a Igre8a como instituio social\" )FU(>., !OLP,3ol" P, p" 2VY*"

    Esta estratgia da Igre8a de manter-se presente naeducao dos fil7os da elite interessante e merececomentrios a respeito, pois pode ser facilmente refletidaatualmente por meio de algum lobbypromo3ido por Romanas institui6es p9$licas" 1e acordo com as nossaspes+uisas realiadas em documentao manica,

    Igre8a Cat;lica defendia o pensamento conser3ador e a maonaria oli$eral" Igre8a tin7a nas mos as escolas +ue educa3am somente osricos< a maonaria agiu no sentido de mudar essa situao" Criouescolas noturnas e conseguiu diminuir o custo do ensino, tornando-omais acessA3el s classes menos a$astadas" Isso frustrou o o$8eti3oda Igre8a, +ue era manter o status quoda poca, ou se8a, impedir+ue o poder mudasse de mos" 1o inAcio do sculo ]] at os dias de7o8e, no se tem notAcia de conflitos entre a Igre8a Cat;lica e a

    maonaria" )=E>., 2, p" YP*"

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    1e tais conflitos aos +uais o autor citado se referepodemos destacar, por e5emplo, o +ue ocorreu em !LV!e perdurou at !OB, momento da dissoluo dopredomAnio da ordem li$eral" . conflito citado, entre a

    #aonaria e a Igre8a Cat;lica, gan7ou posteriormente onome de Huesto Religiosa e le3ou priso dois $isposno :rasil )os de .linda e do &ar*" Enfra+uecidaideologicamente e nos seus apoios tradicionais, a Igre8ano tem condi6es de negociar uma posio de fora, umno3o pacto com o Estado Repu$licano +ue se instala em! de no3em$ro de !LLO" H iniciati3a est com o Estado+ue imp6e pelo decreto de V de 8aneiro de !LO a

    separao entre a Igre8a e o Estado" )FU(>., i$idem, p"2VV*"

    Como conseguir a aceitao pelos detentores da no3aordemK :em, sa$emos +ue 3rias re3oltas estalaram nocampo, pro3enientes da penetrao capitalista em taislugares, e da ruptura das antigas formas de rela6es deproduo e de rela6es sociais/ Canudos na :a7ia,Juaeiro e Caldeiro no Cear, Contestado entre (anta

    Catarina e &aran" >ais re3oltas $uscam na religio seuponto de partida, apoio e inspirao" Igre8a oficial, noentanto, H a primeira a condenar o +ue c7ama defanatismo religioso dos seguidores de Consel7eiro e aemprestar seu apoio represso do Estado +ue 3ai seseguir" )Fausto, !OLP, p" 2VV*"

    contece o mesmo com o &adre CAcero de JuaeiroWOX,suspenso de ordens at o final da 3ida e com o mongeJos #aria, do Contestado" 1a mesma forma ocorre comos grupos ur$anos +ue se articulam para lutar contra ae5plorao capitalista 4 no encontram na Igre8a umaaliada mas sim em ideologias como o anar+uismo e osocialismo sua 3iso de mundo" H. +ue ela $usca suaaceitao pelos detentores da no3a ordem" )idem* Comoconseguir isso na prticaK

    estratgia da Igre8a na poca repu$licana no 3isa diretamente aopo3o e sim s elites" N esta$elecendo uma rede importante de

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn9https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn9
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    colgios em todo paAs +ue a Igre8a conta cristianiar as elites, para+ue estas por sua 3e Hcristianiem o po3o, o Estado, a %egislao" Numa estratgia de reforma pelo alto, so$rando para o po3o,so$retudo da ona rural, as 3isitas do missionrio para a deso$riga

    pascal, os $atiados e casamentos e a pregao das (antas #iss6es"=o mais, o po3o continuar a 3i3er uma religio domstica de Hmuitosanto e pouca missa afastado do padre e da prtica sacramental daIgre8a")FU(>., i$idem, p" 2L*

    &arece, ento, +ue separao entre a Igre8a e o Estadono causou grandes mudanas para as classes populares" +uesto escolar, ponto de disputa muito importanteentre a Igre8a e o Estado, no atingia a populao po$re,

    pois ela era Hinteiramente ausente do sistemaescolar"W!X. ensino religioso nas escolas oficiais nosensi$ilia3a as classes dominantes desta poca, poisestas podiam en3iar seus fil7os e fil7as para os colgiosde padres e freiras a elas destinados e aA o$ter suaeducao religiosa" H&or isto mesmo, as reclama6es daIgre8a contra o Estado ad+uirem um carter mais ret;ricodo +ue real" )idem*"

    partir da dcada de 2, as +uest6es at ento agitadaspelo aparel7o eclesistico gan7am a opinio p9$lica,atra3s do grupo de intelectuais cat;licos +ue faem suasas causas da Igre8a 7ierr+uica" 1om %emeW!!X,arce$ispo de .linda, por meio de sua Carta &astoraldirigida em !O!Y aos seus diocesanos, dei5a3atransparecer claramente o seu ponto de 3ista, e +ui daIgre8a, so$re a prtica da democracia/

    ue maioriacat;lica essa, to insensA3el, +uando leis, go3ernos,literatura, escolas, imprensa, ind9stria, comrcio e todas as demaisfun6es da 3ida nacional se re3elam contrrias ou al7eias aosprincApios e prticas do catolicismoK )M* .$literados em nossaconsci'ncia os de3eres religiosos e sociais, c7egamos ao a$surdo deformarmos uma grande fora nacional, mas uma fora +ue no atua eno influi, uma fora inerte" (omos pois uma maioriaineficiente" W!2X

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    >al ideologia apresentou posteriormente um desenrolarde fatos interessante/

    Re3oluo de B foi um momento estratgico para o retorno da

    Igre8a Cat;lica ao cenrio polAtico" Consciente de sua pr;pria fora eda insta$ilidade do Go3erno &ro3is;rio de Get9lio Zargas, ela semo$iliou no s; para a segurana do seu futuro, como para propor-se ao Regime como instrumento de manuteno da ordem"W!BX

    Em !OB! dois acontecimentos marcaram a ascenso doscat;licos no cenrio nacional/ a proclamao de =ossa(en7ora de parecida como padroeira do :rasil pelo &apa&io ]I, +ue se tornou uma importante fora de

    aglutinao do Catolicismo ap;s a re3oluo de B< e ainaugurao do monumento a Cristo Redentor, ocasioem +ue 1om %eme, rce$ispo do Rio de Janeiro,

    H[entrega ao !residente provis"rio da #ep$blica a listadas reivindica%&es cat"licas a serem contempladas no

    pro'eto da nova (onstitui%)o a ser elaborada embreve.W!PX

    Igre8a se articulou no3amente, 3isando umposicionamento 8unto ao Estado, por meio de umacomisso de intelectuais cat;licos, acerca de +uest6es deseu interesse, dentre os +uais o ensino religioso naeducao p9$lica" &or meio da %iga Eleitoral Cat;lica)%EC*, apoia3a a campan7a de polAticos +ue aderissemaos seus ideais"W!XEm !OBP, conseguiram contemplar ote5to referente ao ensino religioso na =o3a Constituio". artigo nT !B rea3a da seguinte forma/

    . ensino religioso ser de fre+u'ncia facultati3a e ministrado deacordo com os princApios da confisso religiosa do aluno, manifestadapelos pais ou respons3eis, e constituir matria dos 7orrios nasescolas p9$licas primrias, secundrias, profissionais e normais"W!YX

    J a Constituio $rasileira de !OBV, outorgada ap;s umgolpe de Estado, elimina3a a clusula da Constituio de!OBP +ue possi$ilita3a uma cola$orao recAproca entre

    Estado e Igre8as e tam$m todas as c7amadas EmendasCat;licas, e5ceto a referente ao ensino religioso, +ue foi

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    mantido, em$ora em alcance reduido, pois o te5topassou a rear da seguinte forma/

    . ensino religiosopoder*ser contemplado como matria do curso

    ordinrio das escolas primrias, normais e secundrias" =o poder,porm, constituir o$8eto de o$rigao dos mestres ou professores,nem de fre+u'ncia compuls;ria por parte dos alunos" W!VX)Grifoacrescentado*"

    Esta situao do ensino religioso no sofreu grandesaltera6es ap;s a Constituio de !OBV" J em !OY!surge a primeira %ei de 1iretries e :ases da Educao=acional )%1:*, perAodo +ue analisaremos agora"

    12-2 Perodo A"'a, 0#!3LD4

    . ensino religioso, tal como o con7ecemos atualmente,possui sua fi5ao em !OY!, com a primeira %1: no:rasil" . artigo OV da+uela %ei rea3a da seguinte forma/

    . Ensino Religioso constitui disciplina dos 7orrios normais dasescolas oficiais, de matrAcula facultati3a e ser ministrado sem nus

    para os cofres p9$licos, de acordo com a confisso religiosa do aluno,manifestada por ele, se for capa, ou pelo seu representante legal ourespons3el"

    !T pargrafo formao de classe para o ensino religiosoindepende de n9mero mAnimo de alunos"

    2T pargrafo . registro dos professores de ensino religioso serrealiado perante a autoridade religiosa respecti3a" )pud CE>=.,

    2V, p" VP*"

    Esta %ei mante3e os mesmos princApios da Constituiode !OPY referentes ao ensino religioso, contudo, o e5cluiudos sistemas de ensino ao introduir a e5presso Hsemnus para os cofres p9$licos, discriminando, destaforma, o professor da disciplina" Conforme analisado porCaetano, [esta forma de normatiao promo3e tanto apreteriao do professor de Ensino Religioso, de3ido ao

    fato do Estado no assumir sua remunerao, +uanto a

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn17https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn17
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    discriminao dessa disciplina, +ue de3eria ser ministradafora do 7orrio escolar\"W!LX1e acordo com Figueiredo)!OOY*, outros pro$lemas administrati3os e pedag;gicospodem ser enfatiados por este tratamento diferenciado

    ao ensino religioso, como

    a di3iso das turmas em grupos di3ersificados< aus'nciade espao fAsico na escola, para a acomodao dessasturmas< o controle de 7orrios< as dificuldades deentrosamento entre o corpo docente, en3ol3ido noprocesso educacional, uma 3e +ue os professores deensino religioso ficaram parte do cotidiano escolar")pud CE>=., i$idem, pp" V, VY"*

    Esta situao causou muita pol'mica nos setores dasociedade, promo3ida principalmente pela Igre8a Cat;lica"uando uma no3a %1: foi apro3ada em !OOY mante3e-sea e5presso Hsem nus para os cofres p9$licos, no artigo+ue normatia o ensino religioso )art" BB*, pro3ocandomais pro$lemas pela formulao da lei e pelodescontentamento das comunidades escolares e das

    di3ersas denomina6es religiosas" 1epois de seremapresentadas tr's propostas de modificao do referidoartigoW!OX, apro3ou-se, finalmente, a lei nT O"PV^OV,faendo o ensino religioso 3oltar ao Qm$ito daresponsa$ilidade do Estado, de onde 7a3ia se apartado,desde !LLO"

    (em d93ida esta no3a redao ao artigo BB da %1: mais a$rangente" lm de conce$er o ensino religioso

    como disciplina escolar, por consider-lo uma rea decon7ecimento e como faendo parte da formao $sicado cidado, respeita a di3ersidade cultural religiosa,proi$indo o proselitismo nas escolas, responsa$ilia ossistemas de ensino pela regulamentao dosprocedimentos para a definio dos conte9dos do EnsinoReligioso e pela ela$orao de normas para a 7a$ilitaoe admisso dos professores e determina o nus para os

    cofres p9$licos" #as +uais so os grandes desafios e+uest6es atuais do ensino religioso no :rasilK (er +ue a

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn18https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn19https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn18https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn19
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    redao do artigo BB da %1: est sendo colocado emprticaK N o +ue 3eremos nos pr;5imos capAtulos destetra$al7o de pes+uisa"

    4444444444444444Ca0"',o %

    &'e!"(e! Pedag#g$a!) T*$+$a! e So$o$',"'ra! doE+!+o Re,go!o

    Como 3imos, o ensino religioso na educao p9$licapossui uma longa tra8et;ria 7ist;rica, desde sua insero

    pelos 8esuAtas nos prim;rdios da coloniao $rasileira por&ortugal at os dias atuais por meio da %ei de 1iretries e:ases da Educao )%1:*" #as +uais so os desafiospara a implantao e manuteno dessa disciplina emescolas p9$licasK uais foram os progressos eretrocessos atuais da temtica no +ue di respeito s+uest6es legais, pedag;gicas e socioculturais naeducaoK Isto o +ue a$ordaremos neste capAtulo denossa pes+uisa"

    %212 &'e!"(e! ,ega!

    atual %1: )OBOP^OY* tra, no seu artigo BB, a seguinteredao/

    . ensino religioso, de matrAcula facultati3a, constitui disciplina dos7orrios normais das escolas p9$licas de ensino fundamental, sendooferecido, sem +nus para os cofres p$blicos,de acordo com as

    prefer'ncias manifestadas pelos alunos ou por seus respons3eis, emcarter/

    I confessional, de acordo com a opo religiosa do aluno ou do seurespons3el, ministrado por professores ou orientadores religiosospreparados e credenciados pelas respecti3as igre8as ou entidadesreligiosas< ou

    II interconfessional, resultante de acordo entre as di3ersas

    entidades religiosas, +ue se responsa$iliaro pela ela$orao dorespecti3o programa" )Grifo acrescentado*"

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    Conforme se nota, a %1: afirma +ue o ensino religioso uma parte integrante da formao $sica do cidado e+ue de3e constituir uma disciplina dos 7orrios normaisdas escolas p9$licas" . modo como este processo se d

    de3e ser matria de anlise, 3isto a Constituio Federalde !OLL afirmar, no seu artigo !O, o +ue se segue/

    N 3edado Unio, aos Estados, ao 1istrito Federal e aos #unicApios/

    I esta$elecer cultos religiosos ou igre8as, subvencion*-los,em$araar-l7es o funcionamento ou manter com eles ou seusrepresentantes rela6es de depend'ncia ou aliana, ressal3ada, naforma da lei, a cola$orao de interesse p9$lico" )Grifo

    acrescentado*"

    1e acordo com CurS )2P, p" 2*, H laicidade clara, orespeito aos cultos insofism3el e +uando a lei assim odeterminar pode 7a3er campos de m9tua cooperao emprol do interesse p9$lico, como o caso de ser3iosfilantr;picos" Zisto +ue o Estado laico e no podesu$3encionar cultos religiosos e igre8as, como se resol3ea +uesto relati3a aos nus financeiros da oferta destadisciplina pelo poder p9$licoK . Consel7o =acional deEducao )C=E*, atra3s do parecer C=E nT ^OV sepronunciou a fim de dirimir a +uesto/

    WMX por ensino religioso se entende o espao +ue a escola p9$licaa$re para +ue estudantes, facultati3amente, se iniciem ou seaperfeioem numa determinada religio" 1esse ponto de 3ista,somente as igre8as, indi3idualmente ou associadas, poderocredenciar seus representantes para ocupar o espao como resposta demanda dos alunos de uma determinada escola" )p" 2*"

    inda segundo o mesmo autor/

    Essa redao Wda %1:X no agradou 3rias autoridades religiosas, emespecial as cat;licas, cu8o o$8eti3o inicial era pressionar a presid'nciada Rep9$lica a faer uso do seu direito de 3eto" . pr;prio E5ecuti3oassumiu, ento, o compromisso de alterar o art" BB mediante pro8etode lei, daA resultando a lei nT O"PV^OV" )Colc7etes acrescentados*")CUR_, i$idem, p" B*"

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    1e modo +ue o artigo BB da %1: )OBOP^OY*, citado noinAcio deste capAtulo, passou a rear da seguinte forma/

    . ensino religioso, de matrAcula facultati3a, parte integrante da

    formao $sica do cidado e constitui disciplina dos 7orrios normaisdas escolas p9$licas de ensino fundamental, assegurado o respeito di3ersidade cultural religiosa do :rasil, 3edadas +uais+uer formas deproselitismo" )Redao dada pela %ei nT O"PV, de 22"V"!OOV*

    ` !T .s sistemas de ensino regulamentaro os procedimentos para adefinio dos conte9dos do ensino religioso e esta$elecero asnormas para a 7a$ilitao e admisso dos professores"

    ` 2T .s sistemas de ensino ou3iro entidade ci3il, constituAda pelasdiferentes denomina6es religiosas, para a definio dos conte9dosdo ensino religioso"

    =ote-se +ue foi retirada a e5presso sem +nus para oscofres p$blicos.=o entanto, conforme e5plica CurS )2P,p" P*/ HCa$e ainda aos poderes p9$licos de cada sistemade ensino esta$elecer as normas para a 7a$ilitao eadmisso dos professores" Como se pode fi5ar a oferta

    de uma disciplina e ao mesmo tempo no esta$elecernormas e regulamentos no +ue tange oferta damesmaK

    (o$re a formao de professores para a disciplina deensino religioso, o Consel7o &leno do C=E, por meio doparecer C&^C=E nT OV^OO, di, em alguns trec7osimportantes/

    =esta formulao Wda lei nT O"PV^OVX a matria parece fugir compet'ncia deste Consel7o, pois a +uesto da fi5ao de conte9dose 7a$ilitao e admisso dos professores fica a cargodos diferentessistemas de ensino" Entretanto, a +uesto se recoloca para oConsel7o no +ue di respeito formao de professores para o ensinoreligioso, em nA3el superior, no (istema Federal de Ensino" WMX %einT O"PV no se refere formao de professores, isto , aoesta$elecimento de cursos +ue 7a$ilitem para esta doc'ncia, masatri$ui aos sistemas de ensino to somente o esta$elecimento de

    normas para 7a$ilitao e admisso de professores" WMX

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    Considerando estas +uest6es preciso evitar que o stado interfirana vida religiosa da popula%)o e na autonomia dos sistemas deensino" WMX Esta parece ser, realmente, a +uesto crucial/ a imperiosanecessidade, por parte do Estado, de no interferir e, portanto, n)o

    se manifestar sobre qual o conte$do ou a validade desta ou daquelaposi%)o religiosa, de decidir sobre o car*ter mais ou menosecumnico de conte$dos propostos WMX )p" B, grifos acrescentados*"W2X

    =ote-se +ue o Consel7o se a$stm de pronunciar-seso$re os critrios de formao dos professores destadisciplina" Isto, e3identemente, causa srios pro$lemaspedag;gicos e socioculturais relacionados educao"

    falta de centraliao e controle so$re a oferta destadisciplina produ +uest6es pol'micas a respeito dalegitimidade de certos conte9dos programticoscolocados pelos sistemas de ensino e pelas institui6es deensino" &arece no 7a3er um paradigma ou orientaosegura so$re os assuntos a serem a$ordados em taisaulas, le3ando-se facilmente o meio p9$lico da educaoa uma usurpao por algumas correntes corporati3istas

    religiosas" . ensino religioso a 9nica disciplina +ue nopossui parQmetros curriculares e pedag;gicosmonitorados pelos ;rgos p9$licos de educao" .parecer C&^C=E nT OV^OO conclui da seguinte forma suaredao/

    WMX no ca$e Unio determinar, direta ou indiretamente, conte$doscurriculares+ue orientem a formao religiosa dos professores, o +ueinterferiria tanto na li$erdade de crena como nas decis6es do

    estados e municApios referentes organiao dos cursos em seussistemas de ensino, n)o le compete autori/ar, nem reconecer, nemavaliar cursos de licenciatura em ensino religioso, cu8os diplomasten7am 3alidade nacional" )p" P, grifos acrescentados*"W2!X

    %2%2 &'e!"(e! Pedag#g$a!

    uais os conte9dos de3em ser ministrados em aulas deensino religiosoK 1e acordo com a %1:, 8 citada, so

    H3edadas +uais+uer formas de proselitismo e +ue Hossistemas de ensino ou3iro entidade ci3il, constituAda

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn20https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn21https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn20https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn21
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    pelas diferentes denomina6es religiosas, para a definiodos conte9dos do ensino religioso" Como possA3elconstituir tal conte9do programtico, de modo a garantiruma contemplao de toda a di3ersidade religiosa

    presente no :rasilK 1e modo +ue argumenta CurS o fatode +ue

    WMX o +ue transparece a necessria articulao do poder p9$lico dossistemas com essa entidade ci3il multirreligiosa +ue, a rigor, de3eriarepresentar um f;rum de cu8o consenso emanaria a definio dosconte9dos dessa disciplina" =esse caso, complicado +ue um te5tolegal impon7a a e5ist'ncia de uma entidade ci3il, sendo +ue algumadenominao religiosa pode no aceit-la"

    Z'-se, pois, +ue o ensino religioso ficaria li3re dessa comple5idadepolAtico-$urocrtica caso se manti3esse no Qm$ito dos respecti3oscultos e igre8as em seus espaos e templos" WMX )i$idem, p" !LV*

    situao educacional +ue encontramos no panoramapedag;gico relacionada ao ensino religioso no :rasil no nada fa3or3el implementao ou continuao destadisciplina em escolas p9$licas" %ei +ue estipula

    regulamentos gerais para a educao nacional, a %1:, diclaramente, no seu artigo Y2, +ue,

    formao de docentes para atuar na educa%)o b*sicafar-se- emn0vel superior, em curso de licenciatura, de graduao plena, emuni3ersidades e institutos superiores de educao, admitida, comoformao mAnima para o e5ercAcio do magistrio na educao infantile nas +uatro primeiras sries do ensino fundamental, a oferecida emnA3el mdio, na modalidade =ormal" )Grifos acrescentados*"

    parte +ue estamos analisando no artigo citado arelacionada Heducao $sica< esta dicotomia serresol3ida com o fim da modalidade =ormal do ensinomdio, onde todos, sem e5ceo, precisaro de cursosuperior para atuar na educao" Este regulamento tempor o$8eti3o a 3aloriao da+ueles +ue a %ei c7ama de

    Hprofissionais da educao )art" Y!*" Zoltamos, portanto,

    discusso pedag;gica de +ual profissional estaria7a$ilitado, 3isto no 7a3er uma centraliao ou

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    orientao curricular nacional, a ministrar as aulas deensino religioso" =a 3erdade, a forma como estadisciplina ministrada pelos diferentes sistemas einstitui6es de ensino dei5a muito a dese8ar na +uesto

    profissional, com respeito preparao pedag;gica emetodol;gica" Conforme mostra a e5peri'ncia, osprofissionais +ue ministram o ensino religioso nas escolasp9$licas no so compro3adamente 7a$ilitados em umarea tal3e relacionada aos temas multiculturalismoreligioso, ecumenismo ou religio em si, como poderiaser argumentado no caso dos profissionais formados em(ociologia, Filosofia ou &edagogia" Estas afirma6es

    podem ser 3erificadas pelo fato do Consel7o =acional deEducao )C=E* pelo seu parecer nT ^OV, de !!^B^OV,recon7ecer a e5ist'ncia de uma Hprtica nas escolas em+ue se permite +ue o ensino religioso sir3a para

    WMX assegurar +ue um professor, fosse l +ual sua crena, desde +ueti3esse cumprido as formalidades +ue l7e permitem a doc'ncia,passasse a ensinar matria Hreligio, muitas ve/es completando,para sua con3eni'ncia ou da pr;pria escola, a carga or*ria de sua

    disciplinade formao, registro e ingresso" )p" 2* )pud &U%_, 2P,p" !VB, grifos acrescentados*"

    &erce$a-se +ue o Consel7o admite a possi$ilidade de emalgumas escolas +ual+uer professor ministrar adisciplina ensino religiosocomo uma forma decomplementao de sua carga 7orria de formao" N porisso +ue comum encontrarmos, dando tais aulas,professores de filosofia, de sociologia, de 7istoria, ou at

    mesmo de educao fAsica ou de informtica" .sconte9dos so escol7idos instinti3amente, peloentendimento de tais profissionais de +uais se8am ostemas apropriados para tais aulas" >al situao, de fato,pode causar pro$lemas srios em sala de aula, dada adesregulamentao e descentraliao de tal disciplina"Conforme artigo pu$licado na re3istapoca, e5peri'nciasnegati3as esto associadas prtica do ensino religioso

    em escolas p9$licas" &or e5emplo, uma aluna de nome>auana dos (antos Faria, +ue adepta do Candom$l,

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    ou3iu de sua professora da rede estadual do Rio deJaneiro +ue sua crena Hcoisa do 1ia$o" J aprofessora EpifQnia =eta, cat;lica e formada em Dist;ria,esforando-se a a$ordar todas as religi6es em sala de

    aula, te3e pro$lemas com os pais de um dos alunos, +ueno admitem +ue seus fil7os rece$am refer'ncias deoutras religi6es"W22X

    %2%2 &'e!"(e! So$o$',"'ra!

    Em$ora ten7amos 3isto at a+ui os pro$lemas tcnicos)legais e pedag;gicos* ligados manuteno do ensinoreligioso em escolas p9$licas, precisamos a$ordartam$m a pro$lemtica relacionada ao setorsociocultural, gerada pelo fator religio nos meiosp9$licos"

    Uma +uantidade consider3el de analistas da temticaHensino religioso em escolas p9$licas procura a$ordar agrande pro$lemtica do laicismo do Estado 3ersuso lobbycorporati3ista das religi6es" Interessante +ue

    &aulS )2P* demonstra +ue o Hlobbyeclesistico +ueapro3ou a lei nT O"PV^OV, alterando o art" BB da %ei de1iretries e :ases da Educao =acional, cometeu umerro polAtico estratgico/ le3antou a suspeitade +ue asigre8as no +uiseram assumir Ho nus da disciplina e aomesmo tempo no a$rir mo de e3entuais 3antagens +uedela presumiam rece$er" =um mundo de intensaseculariao e declAnio do poder ideol;gico das religi6es,essas institui6es tentam de 3rias formas, inclusi3e pela

    educao p9$lica, le3antar-se e se faer presentes nasociedade"

    =a concluso de seu artigo, &aulS 3erifica +ue

    WMX a lei nT O"PV aca$ou com a possi$ilidade de as igre8as e religi6escontrolarem o ensino religioso na escola p9$lica" &or essa lei, pelasegunda 3e na 7ist;ria repu$licana $rasileira, elas perderam ocontrole so$re currAculo, formao e seleo do corpo docente de

    ensino religioso" partir de agora, as igre8as +ue +uiserem influir no

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn22https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn22
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    ensino religioso podem fa'-lo como entidades da sociedade ci3ilinseridas na comunidade escolar, e pela con+uista do apoio dedocentes e discentes desse ensino WMX" )i$idem, p" !L!*

    Essa Hinflu'ncia mencionada no final da citao, em$oraparea preocupante, o +ue realmente ocorrecostumeiramente nas aulas de ensino religioso" .s temasou materiais de estudo )te5tos, apostilas, filmes, etc"*so selecionados pela con3ico ideol;gica do professor+ue, como 3imos, nem sempre est 7a$ilitadoteoricamente para lidar +uer com a di3ersidade religiosa+uer com a religiosidade em si"

    (oares )2O* e5plica +ue e5istem tr's modelos para setra$al7ar o ensino religioso/ o cate+utico, o teol;gico e oda Ci'ncia da Religio" =o seu tra$al7o, e5plica-se +ue ocate+utico corresponde ao modelo de ensino religiosoantigo, ligado a determinada religio )como o dos

    8esuAtas, por e5emplo*< o teol;gico 3em em seguida e um modelo +ue se constr;i num esforo de dilogo com asociedade plural e seculariada e so$re $ases

    antropol;gicas< 8 o da Ci'ncia da Religio ainda est emconstruo e o modelo defendido pelo autor como omais propAcio para $asear a prtica do ensino religioso,pois se trataria de um

    WMX enfo+ue multifacetado +ue $usca lu na Fenomenologia, naDist;ria, na (ociologia, na ntropologia e na &sicologia da Religio,contemplando, ao mesmo tempo, o ol7ar da Educao" lm defornecer a perspecti3a, a rea de con7ecimento da Ci'ncia da Religio

    fa3orece as prticas do respeito, do dilogo e do ecumenismo entreas religi6es" Contri$ui, desse modo, com uma educao de cartertransconfessional +ue poder incidir na formao integral do ser7umano" WMX ssim, o Ensino Religioso na rede p9$lica de ensino sermais +ue educa%)o da religiosidade )ou daespiritualidade*< 3isar educa%)o do cidad)o, uma 3e +ue a dimenso religiosa algopresente no indi3Aduo e na sociedade" (ecundariamente, o EnsinoReligioso at poder contri$uir com o discernimento eaperfeioamento da religiosidade dos pr;prios estudantes, mas esse

    no seu pressuposto necessrio" )pp" B, P, os grifos so dele*"

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    Em$ora esta se8a uma sugesto efica no +ue di respeitoao ensino religioso, no corresponde ao padro +ue 3emsendo colocado em prtica nas escolas p9$licas, pelosmoti3os 8 apresentados, isto , a falta de formao

    especAfica, a disciplina como complementao da carga7orria dos professores de di3ersas reas e, o maisgra3e, olobbyreligioso influenciando o conte9do dasaulas, regredindo o modelo de Ci'ncia da Religio para ocate+utico"

    >emos e5emplos recentes so$re tentati3as deimplantao do modelo cate+utico para o ensinoreligioso nas escolas/ o modelo implantado pela %eiBPO^2, do 1eputado Carlos 1ias, sancionada pelogo3ernador nt7onS Garotin7o, no Estado do Rio deJaneiro, com carter confessional e sendoo$rigatoriamente parte da grade curricular e de matrAculafacultati3a< outro e5emplo parte da Igre8a Cat;lica em(o &aulo, 3isando a implantao e a dinamiao do

    Hensino religioso confessional cat;lico nas escolasestaduais e municipais"W2BX

    Conforme demonstrado por Casse$ )2O*, o modelo daCi'ncia da religio ter muitas dificuldades em rompercom as estruturas confessionais e interconfessionaisainda 7o8e remanescentes"

    4444444444444444

    Ca0"',o -

    O E+!+o Re,go!o Como Um Tema Tra+!.er!a,

    . +ue o ensino religiosoK . +ue ensinariaK &ra +ueser3eK . ensino religioso de3e ser religioso, ou so$re areligiosidadeK +ue interesses ser3e o ensino religiosoK4 estas so perguntas +ue de3em ser feitas e analisadaspor todos +ue procuram defender o ensino religioso comomatria especAfica em escolas p9$licas"

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn23https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn23
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    =;s 3imos at a+ui, em nossa pes+uisa, como surgiu oensino religioso no :rasil, a +ue prop;sitos ser3ia, asderrotas e 3it;rias em sua tra8et;ria 7ist;rica em relaoao Estado e, por fim, os desafios e dificuldades em sua

    implementao e manuteno nos dias atuais" =opoderAamos, ento, dei5ar de comentar algo so$re areligio, a religiosidade ou o fenmeno religioso em si,+ue, supostamente, so o o$8eto de estudo destadisciplina"

    1e acordo com a pes+uisa de CurS/

    etimologia do termo religio, donde procede o termo religioso, pode

    nos dar uma primeira apro5imao do seu significado" Religio 3emdo 3er$o latino religare )re-ligare*" Religar tanto pode ser um no3oliame entre um su8eito e um o$8eto, um su8eito e outro su8eito, comotam$m entre um o$8eto e outro o$8eto" .$3iamente, o religar sup6eou um momento originrio sem a dualidade su8eito^o$8eto ou um eloprimrio )ligar* +ue, uma 3e desfeito, admite uma no3a ligao )re-ligar*" )2P, p" !LV*"

    (endo a religio a forma pela +ual os 7omens procuramse Hreligar ao transcendente )a di3indade ou oso$renatural*, o estudo cientAfico da religio, cu8o modelo o +ue se 7armonia educao de um Estadorepu$licano laico, de3eria se concentrar nas di3ersasformas pelas +uais esse Hreligamento acontecesocialmente, nas di3ersas culturas e grupos,incenti3ando-se o respeito e apro5imao ao diferente" grande +uesto +ue surge, no entanto, a +ue se segue/

    realmente necessria a introduo de uma disciplinaHensino religioso na educao p9$lica para se estudar otema HreligiosidadeK =o so as disciplinas escolaresdas reas 7umanas, como filosofia, 7ist;ria e sociologia,

    8 consagradas, capaes de atender e contemplar essatemtica sociocultural de uma forma efica einterdisciplinarK

    &recisamos analisar os c7amados &arQmetros Curriculares

    =acionais )&C=s* e seus temas trans3ersais para dirimir

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    as nossas d93idas a respeito da capacidade das ci'ncias7umanas e suas tecnologias em pro3er um estudoade+uado da religiosidade num conte5to multicultural eefica"

    . +ue so os &C=sK 1e acordo com a definio dada pelo#inistrio da Educao/

    .s &arQmetros Curriculares =acionais constituem um referencial de+ualidade para a educao no Ensino Fundamental em todo o &aAs"(ua funo orientar e garantir a coer'ncia dos in3estimentos nosistema educacional WMX &or sua naturea a$erta, configuram umaproposta fle5A3el, a ser concretiada nas decis6es regionais e locais

    so$re currAculos e so$re programas de transformao da realidadeeducacional empreendidos pelas autoridades go3ernamentais, pelasescolas e pelos professores" =o configuram, portanto, um modelocurricular 7omog'neo e impositi3o WMX . con8unto das proposi6esa+ui e5pressas responde necessidade de referenciais a partir dos+uais o sistema educacional do &aAs se organie, a fim de garantir+ue, respeitadas as di3ersidades culturais, regionais, tnicas,religiosas e polAticas +ue atra3essam uma sociedade m9ltipla,estratificada e comple5a, a educao possa atuar, decisi3amente, no

    processo de construo da cidadania, tendo como meta o ideal deuma crescente igualdade de direitos entre os cidados, $aseado nosprincApios democrticos" WMX )(ecretaria de Educao Fundamental,!OOV, p" !B*"

    . o$8eti3o principal dos &C=s nada mais do +ue norteara criao dos pro8etos educacionais em nA3eis regionais elocais" o mesmo tempo em +ue se mantm a autonomiados educadores locais em esta$elecer seus pro8etos, elesso orientados por esses princApios gerais, maiscentraliados, e podem participar no pro8eto de criaode uma educao nacional $aseada em alguns princApiosuni3ersais, em 7armonia com o espArito democrtico,tApico da educao 7umanista"

    &ara atingir esse o$8eti3o uni3ersaliante, os &C=slanam mos dos >emas >rans3ersais" . +ue so estesK .

    mesmo te5to e5plica o seguinte/

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    dotando essa perspecti3a, as pro$lemticas sociais so integradasna proposta educacional dos &arQmetros Curriculares =acionais como>emas >rans3ersais" 1)o constituem novas *reas, mas antes umcon'unto de temas que aparecem transversali/ados nas *reas

    definidas, isto , permeando a concep%)o, os ob'etivos, os conte$dose as orienta%&es did*ticas de cada *rea, no decorrer de toda aescolaridade obrigat"ria" trans3ersalidade pressup6e umtratamento integrado das reas e um compromisso das rela6esinterpessoais e sociais escolares com as +uest6es +ue estoen3ol3idas nos temas, a fim de +ue 7a8a uma coer'ncia entre os3alores e5perimentados na 3i3'ncia +ue a escola propicia aos alunose o contato intelectual com tais 3alores" )p" P, grifo acrescentado*"

    1e acordo com o mesmo documento em +uesto, os>emas >rans3ersais esto representados na a$ordagemdos seguintes t;picos/ Ntica, (a9de, #eio m$iente,&luralidade Cultural e .rientao (e5ual por Hen3ol3erempro$lemticas sociais atuais e urgentes, consideradas dea$rang'ncia nacional e at mesmo de carter uni3ersal")idem*" =ote-se +ue e5iste um amplo espao te;rico dediscusso para os assuntos religio, religiosidade oufenmeno religioso em si dentro dos temas trans3ersaisdos &C=s, como tica e pluralidade cultural" >ratar datemtica Hreligio neste conte5to s; aumenta ainterdisciplinaridade e diminui os riscos de catecismosnas escolas p9$licas"

    1e acordo com os &arQmetros Curriculares =acionais parao ensino mdio, +ue apresentam detal7adamente ospapis das Ci'ncias Dumanas e suas >ecnologiasW2PX/

    presena da rea de Ci'ncias Dumanas e suas >ecnologias naorganiao curricular do Ensino #dio tem por o$8eti3o aconstituio de compet'ncias +ue permitam ao educando/Compreender os elementos cogniti3os, afeti3os, sociais e culturais+ue constituem a identidade pr;pria e a dos outros" )p" !!"*

    . +ue isto significa na prticaK ue a+uelas matriascon7ecidas como Ci'ncias Dumanas, formadas por

    disciplinas como (ociologia, Dist;ria e &olAtica,acompan7adas da Filosofia, de3em ser3ir para a

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn24https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn24
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    promoo da cidadania nos 8o3ens educandos do ensinomdio, prestes a ingressar na 3ida adulta e tra$al7ista"inda segundo o documento/

    . senso de responsa$ilidade perante o social +ue daA se origina e5igecon7ecimentos de Dist;ria, (ociologia e &olAtica +ue deem conta dainter-relao entre o p9$lico e o pri3ado, para +ue se e3ite tanto oesmagamento do segundo pelo primeiro, +uanto a pro8eoindi3idualista, no sentido in3erso" )p" !2*"

    Esta preocupao laica de Hesmagamento do setorp9$lico so$re o indi3Aduo e do indi3idualismo contra osetor p9$lico o +ue importa socialmente no estudo das

    rela6es interpessoais" religiosidade do indi3Aduo s;de3e gan7ar importQncia +uando esta se fa transparecercomo fenmeno social, +uer se8a numa a$ordagempositi3a ou negati3a dentro de uma mesma cultura, +uerse8a numa a$ordagem relati3ista referente a culturasdi3ersas"

    >am$m se fa necessrio, numa poca marcada pelomulticulturalismo e pela enorme 3ariedade decomportamentos, mo3imentos e grupos sociais, aconsiderao analAtica das Hrela6es sociais pol'micas,mais con7ecidas como tabus" inda so perceptA3eisentre alguns adolescentes dos ensinos fundamental emdio algumas dificuldades em dominar a capacidadeconsciente de con3i3'ncia multicultural, no +ue direspeito di3ersidade social e5istente" &odemos 3erificar+ue determinada parcela desses alunos permanece com

    alguns pontos de 3ista acrAticos, potencialmentegeradores de 3iol'ncia nas escolas, pro3enientes dealgumas tradi6es das gera6es anteriores" &or isso importante a contemplao das afirma6es dos &C=s,+uando diem/

    . Ensino #dio, en+uanto etapa final da Educao :sica, de3econter os elementos indispens3eis ao e5ercAcio da cidadania e noapenas no sentido polAtico de uma cidadania formal, mas tam$m na

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    perspecti3a de uma cidadania social, e5tensi3a s rela6es detra$al7o, dentre outras rela6es sociais"

    &or sua naturea pr;pria, as Ci'ncias Dumanas e a Filosofia

    constituem um campo pri3ilegiado para a discusso dessas +uest6es"#as, no se de3e perder de 3ista +ue a cidadania no de3e serencarada, no Ensino #dio, apenas como um conceito a$strato, mascomo uma 3i3'ncia +ue perpassa todos os aspectos da 3ida emsociedade" )p" !2*

    Essas Houtras rela6es sociais comentadas na citaopodem estar relacionadas, por e5emplo, ao respeito pluralidade cultural, tica e s diferenas na orientao

    se5ual, importantes temas trans3ersais, porm muitas3ees pouco a$ordados" . estudo e discussoconscienciosa desses temas ini$em atos de 3iol'ncia)como bulling2 e de 3andalismos )como pic7a6es*,comuns na adolesc'ncia"

    ue dier das capacidades tecnol;gicas das Ci'nciasDumanas especAficas +uais alternati3as eficaes ao ensinoreligioso como disciplina em escolas p9$licasK Ze8amosisoladamente, porm interdisciplinarmente, cada caso"

    -212 A! C5+$a! H'ma+a! e !'a! Te$+o,oga!

    . +ue significa as tecnologias das Ci'ncias Dumanas epor +ue so importantesK =o documento dos &arQmetrosCurriculares =acionais +ue estamos analisando a$orda-seesta +uesto" N necessrio +ue entendamos $em estetermo, para +ue o seu uso se8a amplamente di3ulgado eaperfeioado" 1e modo +ue o documento nos esclareceos fatos da seguinte forma/

    Entretanto, uma compreenso mais ampla da tecnologia comofenmeno social permite 3erificar o desen3ol3imento de processostecnol;gicos di3ersos, amparados nos con7ecimentos das Ci'nciasDumanas" N preciso, antes de tudo, distinguir as tecnologias dasCi'ncias Dumanas em sua especificidade ante as das Ci'ncias da

    =aturea" En+uanto estas 9ltimas produem tecnologias Hduras,configuradas em ferramentas e instrumentos materiais, as Ci'ncias

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    Dumanas produem tecnologias ideais, isto , referidas maisdiretamente ao pensamento e s ideias, tais como as +ue en3ol3emprocessos de gesto e seleo e tratamento de informa6es,em$asados em recortes sociol;gicos" .utro aspecto +ue permite

    associar as tecnologias s Ci'ncias Dumanas di respeito ao uso +ueestas faem das tecnologias originrias de outros campos decon7ecimento, como o recurso aos satlites e fotografia area nacartografia" E, por fim, ca$e ainda rea de Ci'ncias Dumanasconstruir a refle5o so$re as rela6es entre a tecnologia e atotalidade cultural, redimensionando tanto a produo +uanto a3i3'ncia cotidiana dos 7omens" Inclui-se a+ui o papel da tecnologianos processos econmicos e sociais e os impactos causados pelastecnologias so$re os 7omens, a e5emplo da percepo de um tempo

    fugidio ou eternamente presente, em decorr'ncia da acelerao doflu5o de informa6es" )&arQmetros Curriculares =acionais, p" O*"

    e5plicao $em clara" s tecnologias das Ci'nciasDumanas so os mecanismos usados por elas naproduo, transmisso e aperfeioamento decon7ecimentos da rea" #enciona-se, por e5emplo, osprocessos de gesto e seleo e tratamento deinforma6es e frisa-se o fato interessante de +ue taisCi'ncias faem uso de tecnologias de outros campos docon7ecimento" =o o$stante, o ponto mais importante detodos, na nossa concepo, o fato das Ci'nciasDumanas Hconstruir a refle5o so$re as rela6es entre atecnologia e a totalidade cultural, redimensionando tantoa produo +uanto a 3i3'ncia cotidiana dos 7omens" (oas tecnologias das Ci'ncias Dumanas +ue do sentido anlise da 3ida social 4 e o fenmeno religioso fa parte

    do grupo de temas aos +uais tal capacidade tecnol;gica capa de a$ranger"

    -21212 Co+6e$me+"o! de H!"#ra

    .s &arQmetros Curriculares =acionais, so$re o por+u' doestudo de Dist;ria, nos informa o seguinte/

    Dist;ria, en+uanto disciplina escolar, ao se integrar rea de

    Ci'ncias Dumanas e suas >ecnologias, possi$ilita ampliar estudosso$re as pro$lemticas contemporQneas, situando-as nas di3ersas

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    temporalidades, ser3indo como arca$ouo para a refle3)o sobrepossibilidades e4ou necessidades de mudan%as e4ou continuidades.

    integrao da Dist;ria com as demais disciplinas +ue comp6em as

    denominadas Ci'ncias Dumanas permite sedimentar e aprofundartemas estudados no Ensino Fundamental, redimensionando aspectosda vida em sociedade e o papel do indiv0duo nas transforma%&es doprocesso ist"rico, completando a compreenso das rela6es entre ali$erdade )ao do indi3Aduo +ue su8eito da 7ist;ria* e anecessidade )a6es determinadas pela sociedade, +ue produto deuma 7ist;ria*" )p" 2, grifos acrescentados*"

    &erce$e-se +ue e5iste ampla margem para estudos de

    assuntos ligados ao 7umanismo e 7umanidade e suaspeculiaridades, principalmente pelos dois fatos a seguir/primeiro, refle5o so$re possi$ilidades ou necessidadesde mudanas ou continuidades na 7ist;ria< segundo,integrao com outras disciplinas das Ci'ncias Dumanas,redimensionando aspectos da 3ida em sociedade" Estarefle5o so$re o Hcomo somos e so$re o Hcomoseremos, aliada ao estudo de aspectos sociais ligados smudanas 7ist;ricas produ um mel7or entendimento nos

    8o3ens )ou nos adultos* da e5peri'ncia religiosa, comoum fenmeno tipicamente 7umano, cultural, carente derelati3ia6es e processos de tolerQncia"

    .s &C=s realmente direcionam o estudo da Dist;ria parao lado 7umano do termo, possi$ilitando desnaturaliar osprocessos ideol;gicos de dominao e incenti3ando aconstruo de uma 3iso no Hro$;tica dos papis

    sociais/>ais constata6es so$re as incerteas e mitos 3i3idos pelos 8o3ens daatual gerao implicam delimitar com maior preciso o papeleducati3o da rea, no sentido de possi$ilitar um Ensino #dio decarter 7umanista capa de impedir a constitui%)o de uma vis)oapenas utilit*ria e profissional das disciplinas escolares" )p" 2, grifosacrescentados*"

    compreenso correta e efica dos su8eitos 7ist;ricos,dos processos 7ist;ricos e das mudanas 7ist;ricas sem

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    d93ida au5iliar no estudo e compreenso da religionuma perspecti3a trans3ersal"

    -212%2 Co+6e$me+"o! de So$o,oga) A+"ro0o,oga e

    Po,"$aH&ara +ue ser3e (ociologiaK 4 Esta uma das primeirasperguntas dos 8o3ens alunos ingressantes no Ensino#dio ao terem contato com esta rea do con7ecimento"Isto acontece no por acaso" &ode-se concluir +ue essareao se8a um resultado educacional da mcompreenso das tecnologias das Ci'ncias Dumanas" Estareao est relacionada, na 3erdade, H3iso apenasutilitria e profissional das disciplinas escolares,mencionada no t;pico anterior"

    =o entanto, os &C=s faem uma demonstrao doso$8eti3os e tecnologias destas tr's ci'ncias +ue podemser re3eladoras +uer na prtica pedag;gica da disciplinacorrespondente no ensino mdio +uer no estudotrans3ersal da religio em si, +ue nosso ponto em

    +uesto"&or e5emplo, so$re os aspectos da representa%)oeda comunica%)o, destacam-se como compet'ncias dessasci'ncias as capacidades de Hidentificar, analisar ecomparar os diferentes discursos so$re a realidade e de

    Hproduir no3os discursos so$re as diferentes realidadessociais, a partir das o$ser3a6es e refle56es realiadas")p" PB* J so$re os aspectos da compreens)oe

    dainvestiga%)o, frisa-se a capacidade de

    Compreender e 3aloriar as diferentes manifesta6es culturais deetnias e segmentos sociais, agindo de modo apreservar o direito 5diversidade, en+uanto princApio esttico, polAtico e tico +ue superaconflitos e tens6es do mundo atual" )idem, grifo acrescentado*"

    =o aspecto conte3tuali/a%)o sociocultural, destaca-se acompet'ncia de/

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    Construir a identidade social e polAtica, de modo a 3ia$iliar oe5ercAcio da cidadania plena, no conte5to do Estado de 1ireito,atuando para +ue 7a8a, efeti3amente, uma reciprocidade de direitos ede3eres entre o poder p9$lico e o cidado e tam$m entre os

    diferentes grupos" )idem*"

    1e3emos ter presente o fato de +ue tais compet'nciasnas reas de (ociologia, ntropologia e &olAtica sodesen3ol3idas pelos docentes formados em Ci'ncias(ociais, com 7a$ilitao em (ociologia" ntropologia ea &olAtica so estudadas como Hmatrias afins (ociologia, e eram a$ordadas de forma demasiadamentelimitada at a implantao da (ociologia nos tr's anos do

    ensino mdio" Com a recente mudana em +uesto,ti3emos uma ampliao da capacidade, em$ora aindareduida tratando-se da $ai5a carga 7orria anual, dea$ordarmos importantes temas sociais, de formatrans3ersal, indispens3eis ao e5ercAcio da cidadania, dali$erdade e da pa"

    -212-2 Co+6e$me+"o! de 7,o!o8a

    s ci'ncias 7umanas como a Dist;ria, a (ociologia, antropologia e a Ci'ncia &olAtica precisam da Filosofia emsuas a$ordagens pedag;gicas" . in3erso tam$m 3erdade" Filosofia fa uso das ci'ncias 7umanas parapoder transmitir de forma efica seus conceitos a$stratosna 3ida prtica dos alunos" =a 3erdade, simplesmenteimpossA3el a concepo de uma prtica pedag;gica +ueno este8a $aseada em uma lin7a te;rico-filos;fica" Isto

    ocorre por+ue a construo e a transmisso docon7ecimento precisam ser feitos de forma consciente,tornando o aluno capa de refletir so$re os papisdesempen7ados pelas correntes de con7ecimentos so$reo pr;prio ser +ue os cria, o ser 7umano"

    uerendo ser, portanto, a religio ou a religiosidade umaforma ou rea de con7ecimento, precisa su$meter-se auma a$ordagem filos;fica, em interdisciplinaridade comas Ci'ncias Dumanas comentadas at a+ui nesta

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    pes+uisa" Esta afirmao est em 7armonia com asdiretries curriculares para o ensino mdio, comentadasrapidamente nos &C=s so$ o tema HFilosofia,demonstrando +ue, de acordo com a %1:, de3e-se

    destacar Ho domAnio dos con7ecimentos de Filosofia e de(ociologia necessrios ao e5ercAcio da cidadania" )p" P*=o podemos conce$er o estudo da religiosidade semuma noo de cidadania, por mais primiti3a +ue se8a,dado o fato de a religio ser somente mais um aspecto da3ida social, localiada num panorama mais geral ouglo$al" (e filosofia e cidadania se confundem, note-se+ue a religio pode ser um tema trans3ersal tam$m

    dessa rea do con7ecimento" filosofia pode ser 9til para a compreenso da religiotam$m no +ue di respeito sua enorme facilitao dede$ates" Esta parece ser uma tend'ncia filos;fica maisatual e $astante endossada pelos &C=s, conforme senota/

    Fica claro, ento, a partir do sentido proporcionado pelo conte5to

    originrio da Filosofia, por+ue esta uma espcie de compet'ncia-sAntese das anteriores/ a partir de um ponto de 3ista rico nainformao, claro na formulao, concatenado na articulao efundamentado refle5i3amente, 3ale dier, ela$orado conscientementee decididamente posicionado, o aluno deve poder participar, emigualdade de condi%&es, em qualquer debate, sistemtico ou no,intra e^ou e5traescolar"

    Uma 3e +ue se trata de construir con7ecimento e 3ida em

    comum, ele est* imediatamente convocado a participar no debate, acome%ar pelo espa%o escolar/ s; ser possA3el desen3ol3er acapacidade de uma tomada de posio refletida se, durante ae5posio do professor, em sua pr;pria e5posio oral, na discussoem pe+uenos grupos ou num de$ate generaliado em sua turma, eleti3er e atri$uir de modo simtrico aos interlocutores a oportunidadede, com toda liberdade, perguntar, responder, solicitar e faeresclarecimentos, opor-se, criticar, confrontar diferentes posi6es epossi$ilidades, recusar interpreta6es, faer interpreta6es etc e, em

    especial, mudar de posi%)o quando estiver convencido de que a sua

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    pode n)o ser necessariamente a melor" )p" Y!, grifosacrescentados*"

    Fica claro, portanto, +ue a a$ordagem so$re a religio,

    +ual fator sociocultural, pode ser facilmente contempladacomo um tema trans3ersal interligado noo decidadania, por profissionais 7a$ilitados nas di3ersas reasdas Ci'ncias Dumanas e da Filosofia" Este ponto de 3ista defendido por algumas autoridades da reaeducacional" Conforme di ris Clia bannini, presidentedo Consel7o Estadual de Educao do cre/ HN difAcilgarantir +ue os professores no 3o faer proselitismoem tais aulas de ensino religioso" 1e modo +ue &enildon(il3a Fil7o, diretor do Instituto nAsio >ei5eira,respons3el pela formao dos professores na (ecretariade Educao da :a7ia, admite/

    >emos alunos dei5ando a escola por+ue sofreram discriminaoreligiosa e de3ido a sua opo se5ual WMX Como gestor e mem$ro dogo3erno, procuro sensi$iliar os professores para +ue tra$al7em adi3ersidade nessa aula" #as, como cidado e educador, ac7o +ue a

    tolerQncia religiosa de3eria ser um tema trans3ersal, assim como acidadania, a tica, a se5ualidade e o meio am$iente" =o entendo por+ue 7a3er uma aula s; para ensino religioso" W2X

    tualmente e5istem grupos en3ol3idos na polAtica tanto afa3or como contrrios manuteno do ensino religiosoem escolas p9$licas" 1esta forma, a pol'mica a respeitodo laicismo do Estado ou +ue posicionamento ele de3etomar relacionado s religi6es e suas intromiss6es nas

    polAticas p9$licas ainda est em a$erto"4444444444444444

    Co+!dera9(e! 7+a!

    Em nossa pes+uisa 3erificamos, sucintamente, algunspontos interessantes a respeito do ensino religioso naeducao $rasileira" Fiemos a a$ordagem 7ist;rica,

    demonstrando como se deu a introduo da educaoreligiosa pelos 8esuAtas nas colnias desco$ertas por

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn25https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftn25
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    &ortugal e como este fato tanto se refletiu socialmente,na religio do po3o, como tam$m sofreu refle5os de umfenmeno social mais amplo/ as mudanas pelas +uais3in7am passando os reinos europeus, no +ue di respeito

    ao laicismo pro3eniente da separao entre religio eEstado" &udemos 3isualiar tam$m as 3rias etapas7ist;ricas, e manipula6es polAticas correspondentes,pelas +uais a doutrinao religiosa se fe representar nos;rgos p9$licos de educao"

    =o podAamos dei5ar de analisar a parte prtica doensino religioso nas escolas" Zerificamos os 3riospro$lemas e desafios legais, pedag;gicos e socioculturaisenfrentados pela introduo e manuteno destadisciplina na educao" &udemos perce$er +ue, emgrande parte, o ensino religioso ser3e mais a o$8eti3ospolAticos, ao Hlobbyeclesistico, do +ue a um interessepragmtico na educao, no +ue se refere discusso dotema Hreligio em si, 3isto ele poder ser estudadoeficamente como tema trans3ersal por todas as Ci'nciasDumanas e suas >ecnologias e a Filosofia"

    #as, como sa$emos, o ensino religioso 8 um fatoconsumado na educao" J fa parte da grade curriculardas escolas p9$licas" &ortanto, o nosso o$8eti3o principalno era promo3er a descontinuao da disciplina e simincenti3ar a sua e3oluo, desde +ue ela se faa de umaforma cientAfica e com um o$8eto de estudo especAfico sdemais, em$ora mantendo a interdisciplinaridade"

    &or 9ltimo, precisamos destacar a importQncia de umapresena maior do Estado no oferecimento destadisciplina, promo3endo a formao especAfica doseducadores na rea e esta$elecendo normas claras decentraliao pedag;gica, laicas, tendo em mente ospro33eis interesses corporati3istas, sectrios, nosconte9dos ministrados por esta rea importante docon7ecimento 7umano, o estudo da f"

    4444444444444444

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    4b,ogra8a

    CE>=., #aria Cristina" O e+!+o re,go!o e a8orma9o de !e'! 0ro8e!!ore!: dificuldades e

    perspecti3as" 2V" BL f" 1issertao )#estrado* &ontifAcia Uni3ersidade Cat;lica de #inas Gerais"1isponA3elem7ttp/^^"$i$lioteca"pucminas"$r^teses^EducacaoCaetano#C!"pdf" cesso ! de out" de 2!"

    C((E:, (amir rau8o" E+!+o Re,go!o: Leg!,a9o e!e'! de!dobrame+"o! +a! !a,a! de a',a do4ra!,2Comunica6es do III F;rum #undial de >eologia e%i$ertao" :elm, :rasil" 2! a 2 de 8aneiro de 2O"

    CUR_, Carlos Ro$erto Jamil" Ensino religioso na escolap9$lica/ o retorno de uma pol'mica recorrente"Re.24ra!2 Ed'$2, Rio de Janeiro, n" 2V, 1ec" 2P"1isponA3el em 7ttp/^^"scielo"$r^scielo"p7pKscriptsciartte5tpid(!P!B-2PVL2PB!Blngennrmiso" cesso ! de out" de

    2!"1=>(, 1ouglas Ca$ral" O e+!+o re,go!o +a rede0;b,$a e!"ad'a, de 4e,o Hor

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    &U%_, E3aldo %uis" . dilema epistemol;gico do ensinoreligioso"Re.2 4ra!2 Ed'$2, Rio de Janeiro, n"2V, 1ec" 2P" 1isponA3el em7ttp/^^"scielo"$r^scielo"p7pKscriptsciartte5tpid(!P!B-2PVL2PB!2langpt" cesso

    ! de out" de 2!"

    (ecretaria de Educao Fundamental" Par>me"ro!C'rr$',are! Na$o+a!: Introduo aos &arQmetrosCurriculares =acionais" :rasAlia/ #EC ^ (EF,!OOV" 1isponA3elem7ttp/^^portal"mec"go3"$r^se$^ar+ui3os^pdf^li3ro!"pdf"cesso !de out" de 2!"

    (.RE(, fonso #aria %igorio" Ci'ncia da Religio, EnsinoReligioso e &rofisso 1ocente" Re.!"a de E!"'do! daRe,go2) (o &aulo, (et" 2O" 1isponA3elem7ttp/^^"pucsp"$r^re3er^r3B2O^tsoares"pdf" cesso !de out" de 2!"

    W!Xrtigo disponA3elem7ttp/^^re3istaepoca"glo$o"com^Re3ista^Epoca^,,E#I!!PL-!22L-B,-

    JE(U(ZIE(C.%"7tml, acesso em 2V de outu$ro de 2!"

    W2XE5istiu at !OY, sendo reorganiada pelo &apa &aulo ZI, c7amando-a a partirdesta data de Congregao &ara a 1outrina da F"

    WBXC=::, O e+!+o re,go!o +a! Co+!""'9(e! do 4ra!,) +a! ,eg!,a9(e! dee+!+o) +a! ore+"a9(e! da Igre?a" !" ed" (o &aulo/ &aulinas, !OLV, apud

    1=>(, 22, p" 2L"

    WPXC=::, apud 1=>(, i$idem, p" !Vl

    WX#>.(, Denri+ue Cristiano Jos" Cam+6a+do 0e,a H!"#ra da Igre?a2 :eloDorionte" . %utador, !OO" Zol" II", pp" -Y" pud 1antas, i$idem"

    WYX1antas, i$idem, p" B2"

    WVXC=::, apud 1=>(, 22, p" BB"

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782004000300012&lang=pthttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782004000300012&lang=pthttp://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdfhttp://www.pucsp.br/rever/rv3_2009/t_soares.pdfhttps://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref1http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI11548-15228-3,00-JESUS+VAI+A+ESCOLA.htmlhttp://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI11548-15228-3,00-JESUS+VAI+A+ESCOLA.htmlhttps://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref2https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref3https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref4https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref5https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref6https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref7http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782004000300012&lang=pthttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782004000300012&lang=pthttp://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdfhttp://www.pucsp.br/rever/rv3_2009/t_soares.pdfhttps://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref1http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI11548-15228-3,00-JESUS+VAI+A+ESCOLA.htmlhttp://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI11548-15228-3,00-JESUS+VAI+A+ESCOLA.htmlhttps://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref2https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref3https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref4https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref5https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref6https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref7
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    WLX=ER_, Jos Israel" O e+!+o re,go!o e!$o,ar +o 4ra!, +o $o+"e@"o da6!"#ra e da! ,e!2Re3ista de Educao da EC, :rasAlia, nT LL, p"V -2, 8ul"-

    set"!OOB, apud 1=>(, i$idem, p" BP"

    WOX&adre CAcero foi oficialmente e5comungado, em$ora o catolicismo popular dosnordestinos o 3enere como santo at os dias atuais"

    W!XFU(>., i$idem, p" 2L!"

    W!!X(e$astio %eme de (il3eira Cintra nasceu em EspArito (anto do &in7al, 7o8e&in7al )(&* no dia 2 de 8aneiro de !LL2" Foi arce$ispo de .linda e Recife )!O!Y-

    !O2!*< arce$ispo do Rio de Janeiro )!OB-!OP2*" :iografia completa disponA3el

    em 7ttp/^^"fg3"$r^C&1.C"

    W!2Xpud FU(>., !OLP, p" 2L2"

    W!BXCUR_, Carlos Ro$erto Jamil" Ensino religioso e escola p9$lica/ o curso7ist;rico de uma pol'mica entre Igre8a e Estado no :rasil"Ed'$a9o em re.!"a,

    :elo Dorionte, nT !V, pp" 2-BV, 8un" OB" pud 1=>(, 22, p" PV"

    W!PX#>.(, Denri+ue Cristiano Jos" Cam+6a+do 0e,a H!"#ra daIgre?a2 :elo Dorionte" . %utador, !OO" Zol" III" pud 1=>(, i$idem, p" PL"

    W!X1=>(, 22, p" PL"

    W!YXpud 1=>(, i$idem, p" PO"

    W!VXpud 1=>(, i$idem, p" !"

    W!LXCE>=., i$idem, p" V"

    W!OX. &ro8eto de %ei n" 2VV^OV do 1eputado =elson #arc7ean< o &ro8eto de %ei2OOV^OV do 1eputado #aurAcio Re+uio< o &ro8eto de %ei BPB^OV por iniciati3a do

    &oder E5ecuti3o" )CE>=., i$idem, p" !*"

    W2Xpud CUR_, i$idem, p" !LY.

    W2!Xpud CUR_, 2P, pp"!LY, !LV

    W22Xrtigo disponA3elem7ttp/^^re3istaepoca"glo$o"com^Re3ista^Epoca^,,E#I!!PL-!22L-B,-

    JE(U(ZIE(C.%"7tml, acesso em 2V de outu$ro de 2!"

    https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref8https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref9https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref10https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref11http://www.fgv.br/CPDOChttps://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref12https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref13https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref14https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref15https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref16https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref17https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref18https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref19https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref20https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref21https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref22http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI11548-15228-3,00-JESUS+VAI+A+ESCOLA.htmlhttp://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI11548-15228-3,00-JESUS+VAI+A+ESCOLA.htmlhttps://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref8https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref9https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref10https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref11http://www.fgv.br/CPDOChttps://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref12https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref13https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref14https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref15https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref16https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref17https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref18https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref19https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref20https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref21https://marcondeslucena.wordpress.com/wp-includes/js/tinymce/plugins/paste/pasteword.htm?ver=3393-syntaxhighlighter2.3.9#_ftnref22http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI11548-15228-3,00-JESUS+VAI+A+ESCOLA.htmlhttp://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI11548-15228-3,00-JESUS+VAI+A+ESCOLA.html
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    W2BXpud C((E:, 2O, p" 2OO"

    W2PX&arQmetros Curriculares =acionais" 1isponA3elem7ttp/^^portal"mec"go3"$r^se$^ar+ui3os^pdf^ciencia7"pdf", acesso ! de out" de

    2!"

    W2Xpud #evista poca. rtigo disponA3elem7ttp/^^re3istaepoca"glo$o"com^Re3ista^Epoca^,,E#I!!PL-!22L-B,-

    JE(U(ZIE(C.%"7tml, acesso em 2V de outu$ro de 2!"

    4444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444

    Primeira fase 1500-1889

    Regime jurdico de Unio Estado-Religio, nesse caso, a Unio com a igrejaCatlica

    15!9Trazidos pelo governador geral Tom de Souza, chegam ao Brasil seismissionrios jesutas liderados por Manuel da Nbrega !m Salvador, "undam ocolgio da #ompanhia de $esus, a primeira de centenas de escolas p%blicas egratuitas espalhadas pelo Brasil &riginalmente essas institui'(es seriam para osindgenas, mas eles "re)*entavam apenas as unidades de "azenda, onde serviamde m+o de obra para os jesutas &s colonos reivindicaram as escolas para educartambm seus "ilhos e se tornaram seus usurios eclusivos

    1"59&s jesutas s+o epulsos de -ortugal e dos territrios pelo Mar)u.s de -ombal &ensino p%blico passa /s m+os de outros setores da 0greja #atlica

    18#!#ome'a a vigorar a primeira #onstitui'+o do pas 1 2#onstitui'+o -oltica do0mprio do Brazil2 1 outorgada por 3 -edro 0 no dia 45 de mar'o de 6748 9 cartaestabelece )ue a religi+o #atlica 9postlica :omana continuar a ser a :eligi+odo 0mprio

    $egunda fase 1890-19%0Regime jurdico de Plena $e&ara'o Estado-Religi(es

    1890& 3ecreto 66;19 assinado pelo presidente Manoel 3eodoro da

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    )erceira fase 19%1-#008Regime jurdico de $e&ara'o *tenuada Estado-Religi(es

    19%1

    +ecreto de etlio .argasreintroduz o ensino religioso nas escolas p%blicas decarter "acultativo !m resposta, "oi lan'ada a #oliga'+o Nacional -r1!stado=eigo, composta por representantes de todas as religi(es, alm de intelectuais,como a poetisa #eclia Meireles

    19%!> promulgada uma nova #onstitui'+o, cujo artigo 65? de"ine@ 2& ensino religiososer de "re)*.ncia "acultativa e ministrado de acordo com os princpios dacon"iss+o religiosa do aluno mani"estada pelos pais ou responsveis e constituirmatria dos horrios nas escolas p%blicas primrias, secundrias, pro"issionais enormais2

    19!/9 #onstitui'+o )ue passa a valer em 67 de setembro diz@2& ensino religioso constitui disciplina dos horrios das escolas o"iciais, dematrcula "acultativa e ser ministrado de acordo com a con"iss+o religiosa doaluno, mani"estada por ele, se "or capaz, ou pelo seu representante legal ouresponsvel2

    19/19 primeira =ei de 3iretrizes e Bases A=3B 848CD6E prop(e em seu artigo ;F@ 2&ensino religioso constitui disciplina dos horrios das escolas o"iciais, de matrcula"acultativa, e ser ministrado sem Gnus para os poderes p%blicos, de acordo com acon"iss+o religiosa do aluno, mani"estada por ele, se "or capaz, ou pelo seurepresentante legal ou responsvel H 6I 9 "orma'+o de classe para o ensinoreligioso independe de n%mero mnimo de alunos H 4I & registro dos pro"essoresde ensino religioso ser realizado perante a autoridade religiosa respectiva2

    19/"9 nova #onstitui'+o

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    matrcula "acultativa, constituir disciplina dos horrios normais das escolasp%blicas de ensino "undamental2 & artigo 5 de"ine@ 2 inviolvel a liberdade deconsci.ncia e de cren'a, sendo assegurado o livre eerccio dos cultos religiosos egarantida, na "orma da lei, a prote'+o aos locais de culto e a suas liturgias2 Noartigo 6;, consta@ > vedado / Jni+o, aos !stados, ao 3istrito

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    constitui disciplina dos horrios normais das escolas p%blicas de ensino"undamental, assegurado o respeito / diversidade cultural religiosa do Brasil, emcon"ormidade com a #onstitui'+o e as outras leis vigentes, sem )ual)uer "orma dediscrimina'+o2

    3ontes1 -rojeto 2& carter educativo da laicidade do !stado para a es"era p%blica2 AJM!S-CJS-CM-3C

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    ensino religioso nas escolas p%blicas saber como pensam os representantes das

    religi(es, os representantes de rg+os de educa'+o, intectuais e pensadores de

    )uest(es teolgicasP, disse Barroso na %ltima semana

    9 a'+o da -: "oi proposta em 46 pela ent+o vice1procuradora 3bora 3uprat

    Segundo entendimento da procuradoria, o ensino religioso s pode ser o"erecido se o

    conte%do programtico da disciplina consistir na eposi'+o Odas doutrinas, prticas,

    histrias e dimens+o social das di"erentes religi(esP, sem )ue o pro"essor tome

    partido -ara a procuradora, o ensino religioso no pas aponta para a ado'+o do

    Oensino da religi+o catlicaP e de outros credos, "ato )ue a"ronta o princpio

    constitucional da laicidade & ensino religioso est previsto =ei de 3iretrizes e Bases

    da !duca'+o Nacional e no 3ecreto F6FC46, acordo assinado entre o Brasil e o

    Qaticano para o ensino da matria

    !m 466, a *g6ncia 7rasilpublicou uma srie de matrias retratando o desa"io das

    escolas brasileiras de o"erecer um ensino religioso )ue respeite as diversas cren'as

    & especial !scolas de "@ a religi+o na sala de aula"oi ganhador do -r.mio 9ndi"es de

    $ornalismo 464 na categoria educa'+o bsica

    http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/agenciabrasil/grande-reportagem/2011-08-19/escolas-de-fe-religiao-na-sala-de-aula

    http://www.ebc.com.br/sobre-a-ebc/sala-de-imprensa/2013/06/materia-da-agencia-

    brasil-sobre-ensino-religioso-ganha-premio

    O mundo espiritual indgena

    Espiritual: Expresso dos Antepassados

    Religio e Mitos

    http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/agenciabrasil/grande-reportagem/2011-08-19/escolas-de-fe-religiao-na-sala-de-aulahttp://www.ebc.com.br/sobre-a-ebc/sala-de-imprensa/2013/06/materia-da-agencia-brasil-sobre-ensino-religioso-ganha-premiohttp://www.ebc.com.br/sobre-a-ebc/sala-de-imprensa/2013/06/materia-da-agencia-brasil-sobre-ensino-religioso-ganha-premiohttp://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/agenciabrasil/grande-reportagem/2011-08-19/escolas-de-fe-religiao-na-sala-de-aulahttp://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/agenciabrasil/grande-reportagem/2011-08-19/escolas-de-fe-religiao-na-sala-de-aulahttp://www.ebc.com.br/sobre-a-ebc/sala-de-imprensa/2013/06/materia-da-agencia-brasil-sobre-ensino-religioso-ganha-premiohttp://www.ebc.com.br/sobre-a-ebc/sala-de-imprensa/2013/06/materia-da-agencia-brasil-sobre-ensino-religioso-ganha-premiohttp://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/agenciabrasil/grande-reportagem/2011-08-19/escolas-de-fe-religiao-na-sala-de-aulahttp://www.ebc.com.br/sobre-a-ebc/sala-de-imprensa/2013/06/materia-da-agencia-brasil-sobre-ensino-religioso-ganha-premiohttp://www.ebc.com.br/sobre-a-ebc/sala-de-imprensa/2013/06/materia-da-agencia-brasil-sobre-ensino-religioso-ganha-premiohttp://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/agenciabrasil/grande-reportagem/2011-08-19/escolas-de-fe-religiao-na-sala-de-aulahttp://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/agenciabrasil/grande-reportagem/2011-08-19/escolas-de-fe-religiao-na-sala-de-aulahttp://www.ebc.com.br/sobre-a-ebc/sala-de-imprensa/2013/06/materia-da-agencia-brasil-sobre-ensino-religioso-ganha-premiohttp://www.ebc.com.br/sobre-a-ebc/sala-de-imprensa/2013/06/materia-da-agencia-brasil-sobre-ensino-religioso-ganha-premio
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    A palavra religio originria

    do termo latino religare, significa a religao entre o homem e um ser divino. As referncias

    sobre a religio dos ndios brasileiros esto ligadas aos mitos de cada povo porue os pr!prios

    indgenas no usavam a palavra religio.

    Eles tinham um conceito diferente do que era se religar a alguma coisa. Na verdade, para osindgenas h uma ligao com a natureza e dela com Deus.

    Os mitos seriam histrias com verdades consideradas fundamentais para determinado povo ou

    grupo que vo caracteriz!las pela import"ncia que eles cont#m. $am%#m pode ser definido de

    acordo com o nvel de linguagem de um indivduo ou a forma dele se e&pressar e contar suas

    narrativas para o povo. Este, pode fazer desenhos na areia, realizar atos de performance, danar,

    cantar, gesticular, tudo isso para melhor visualizar a histria.

    O Mito nas Sociedades Indgenas

    Os mitos nas sociedades indgenasensinam algo so%re a histria dos povos e o modo de pensar de

    cada um deles. 'o capazes de e&primir sentimentos e at# mostrar valores e deveres de

    determinada tri%o. Eles precisavam atender necessidades na narrativa desses fatos e primeiro

    procuravam e&plicar como era o seu mundo (cosmologia ou teoria de mundo), as regras

    comportamentais da tri%o e a transmisso delas para as futuras gera*es.

    +om um misto de criatividade entre a imaginao e os o%etos do mundo natural que envolvepassado, presente e futuro, o ndio %uscava construir algo que moldasse o mundo, na percepo

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    dele, variando de tri%o para tri%o e sendo um forte caracterizador de sua identidade. O indgena

    depende do mundo que o cerca- meio am%iente, os ciclos que regem a natureza e a vida. m

    e&emplo disso # o surgimento do dia e da noite.

    O Nascimento da Noite em Tupim mito Tupi, chamado $ucum, relata o surgimento da noite- / noite no e&istia, pois ela estava

    presa dentro do coco de $ucum (palmeira) guardado por uma serpente com caractersticas

    humanas e poderes so%renaturais. +omo a filha dessa serpente queria consumar o seu casamento,

    era necessria a li%erao da noite para que ela pudesse se deitar. O esposo dela enviou tr0s ndios

    para %uscar o o%eto, s que no meio do caminho, eles comearam a escutar rudos de sapos e

    grilos e a curiosidade fez com que eles a%rissem o fruto.

    O dia escureceu e a filha da serpente tentou desco%rir um eito para separar a noite do dia.

    1uando surgiu a 2rande estrela da 3adrugada, ela criou o pssaro +uu%im afim dele cantar para

    nascer a manh. /ps isto, criou o pssaro 4nham%u para cantar afim de nascer a tarde at# que

    surgisse a noite, e tam%#m fez outros pssaros para animar o dia. Os ndios foram amaldioados ese transformaram em macacos de %oca preta. /l#m da filha da serpente, todos os seres puderam

    dormir.

    Regras e Costumes IndgenasOutro fato tam%#m so as regras de comportamento que seria aquilo que # moralmente correto

    para ns. ma lei especfica era usada por diferentes tri%os. No caso do ci5me, por e&emplo, h

    um mito que revela que um certo dia as esposas (como se fossem semi deusas) do 'ol e da 6ua

    estavam tristes porque seus maridos no tinham ci5mes delas. /ssim, %uscaram um rem#dio no

    pa# para aumentar o ci5me deles, que foi demasiado, fazendo com que o 'ol e a 6ua