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Pesquisa Setor/Segmento Indústria da Confecção Apresentação Sintética dos Resultados

Indústria da Confecção Sebrae/UFs/SP...Identificar as características e tendências que impactam diretamente o segmento da Indústria de Confecção e também identificar os “usos

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Pesquisa Setor/Segmento Indústria da ConfecçãoApresentação Sintética dos Resultados

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Identificar as características e tendências que impactam

diretamente o segmento da Indústria de Confecção e também

identificar os “usos e costumes”, no que se refere à gestão dos

negócios, operação e relações trabalhistas deste segmento.

Objetivos

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Metodologia

Metodologia: Mista (Qualitativa e Quantitativa)

Etapa Qualitativa, composta por:

a) entrevistas em profundidade conduzidas presencialmente, entre formadores de opinião do segmento da Indústria de Confecção, realizadas entre os dias 26 de agosto e 6 de setembro de 2016.

b) discussões em grupo, reunindo empresários provenientes de subsegmentos homogêneos, realizados nos dias 4 e 5 de outubro de 2016.

Etapa Quantitativa

• Etapa quantitativa probabilística, representativa do universo, por município, CNAE, porte, cliente e não cliente SEBRAE-SP

• Erro amostral de até 5pp e 95% de nível de confiança e variabilidade máxima, para o resultado geral.

• Mailing fornecido pelo SEBRAE-SP, proveniente do Cadastro SEBRAE de Empresas - CSE.

• Foram realizadas 401 entrevistas (267 na Capital, 108 na Região metropolitana e 26 no Interior), por telefone. A amostra foi calculada

considerando o universo de 58.139 empresas do Cadastro SEBRAE-SP de Empresas - 2014, enquadradas como MEI, ME ou EPP.

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Classificação Instituição/Empresa

Associação SENAI CETIQT/ TexBrasil /ABIT

Associação COMTEXTIL (FIESP)

Associação ABIT

Empresa de médio porte

Fé Modas/ Controvento

Empresa Exportadora

Focus Têxtil

Perfil dos Entrevistados (fase qualitativa)

Classificação Instituição/Empresa

Empresa Inovadora Basico.com

Ensino SENAI Francisco Matarazzo

EnsinoAnhembi Morumbi/Belas

Artes

Profissional de

comunicaçãoLVBA Comunicação

Entrevistas em profundidade

Grupo 4EPPs e MEs com

menos de 5 anos de atuação no mercado

Grupo 1MEIs que

comercializam sua própria produção

Grupo 2MEIs que

atendem MPEs

Grupo 3EPPs e MEIs com mais de

5 anos de atuação no mercado

Grupos Focais

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Perfil dos entrevistados (fase quantitativa)

� Perfil bastante feminino (de forma mais acentuada

ainda nos MEIs), o segmento – que em mais de 40%

dedica-se à moda feminina - conta com empresários

com mais de 30 anos (um pouco mais velhos nas

EPPs).

3%

20%

30%

36%

12%

18 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 anos ou mais

Base: 401

18% 82%

� A maioria deles dedicam-se a esse segmento há

12 anos e 5 meses, em média e, embora a maior

parte esteja em seu primeiro negócio, 46% já

trabalhavam na área.

GêneroIdade

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Capital; 45%

Interior; 32%

Região Metropolitana;

23%

Base: 401 entrevistados

Maior número de EPPs, comparado à amostra total

MEI - Até R$60mil85%

ME - Mais de R$60 a R$

360mil;10%

EPP - Mais de R$ 360mil a R$ 3,6 milhões;

5%

PORTE da empresa (faturamento declarado)

R$

Mediana 30.000,00

Localização geográfica da empresa

Maior número de não-clientes SEBRAE-SP

Maior número de clientes SEBRAE-SP

Perfil dos Entrevistados (fase quantitativa)

Nota: de acordo com a distribuição proposta pelo Sebrae-SP

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PRINCIPAIS RESULTADOS

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Estrutura física

Instalações limitadas: em muitos casos, o dono da confecção não é o proprietário do espaço (inibe

investimentos em melhoria).

Nem todas as confecções buscam se adequar as normas e manuais de conduta.

As máquinas usadas na confecção têm um valor acessível e são de primeira ou de segunda mão.

Máquinas mais avançadas podem ter valores inviáveis para micro e pequenas empresas.

A indústria de tecidos identifica e/ou lança uma tendência para a próxima temporada e começa a

preparar a paleta de cores.

A paleta é apresentada ao confeccionista das grandes redes que elabora a coleção.

O varejista define o que será desenvolvido pelas confecções e facções.

As pequenas e médias confecções lutam para se adequar ao que é demandado, seja participando de

uma parcela da produção demandada pelos grandes varejistas, seja adequando sua produção à

tendência identificada.

A cadeia produtiva

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� Muito versátil e dinâmico, não há rotina, mas mudanças contínuas

� Tem sinergia com os outros setores da indústria (ex. setores

automobilístico, de móveis e outros)

� As empresas podem fidelizar uma clientela se apresentarem algo

inovador adequado àquele público

Vantagens do segmento

� Ambiente criativo inerente ao segmento

� Ambiente apaixonante para os profissionais

� Segmento está buscando agregar novas tecnologias à produção

Dificuldades do Segmento

� O nível do uso da tecnologia na Indústria de confecção ainda é

baixo, apesar dos esforços de melhorarias tecnológicas;

� A carga de impostos é alta

� Falta incentivo estatal

� Muito difícil estabelecer uma marca forte no segmento, em

um cenário de concorrência com uma infinidade de players

� Falta de políticas de longo prazo

O segmento na visão dos Formadores de Opinião

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Tipo de produto que fabrica

Tipo de produto que fabrica?

(Resposta Única e Espontânea)42%

17%

8%

5%

5%

5%

3%

3%

3%

2%

2%

1%

1%

Moda feminina em geral

Uniformes

Bebês/ crianças/ infanto juvenil

Moda esporte e lazer

Moda masculina em geral

Moda fest fashion/ modinha

Moda festa/noivas

Consertos em geral de roupas/Reformas em geral

Moda evangélica

Moda em geral/Figurinos em geral

Moda íntima/Lingerie

Moda streetwear (moda de rua)

Roupas e acessorios com filtro solar

Outros 2,7%

Fantasias/Capa para fantasias/fantasias em geral

Calça jeans

Bordados

Alta costura (roupas sob medida)

Blusas/camisas

Moda plus size

Base: 401 entrevistados

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� Há grande concentração dos proprietários em funções de produção e

gestão: no total, 89 % dos entrevistados atua na produção, sendo que,

destes, 82% trabalha diretamente em funções relacionadas diretamente

com a costura. Esse número decresce significativamente nas ME e EPP

(onde não alcança ¾ dos entrevistados),.

Segmento: Fragmentação e individualismo.

� Observa-se uma ausência de homogeneidade no segmento

e, sobretudo entre as empresas de menor porte, MEIs e MEs,

certa fragilidade e, mesmo por vezes, precariedade nas

instalações, administração, equipes e canais de venda.

82%

55%

39%

39%

21%

21%

17%

6%

Costura ou Montagem (costura de peças)

Corte (Corte do tecido segundo molde)

Modelagem (Moldes a partir do desenho)

Acabamento (Finalização da confecção)

Provas (1ª e 2ª. Provas)

Desenho (Esboço do modelo da roupa)

Piloto (Peça finalizada, base para outras)

Outras

Base: 401

Funções que exerce na empresa (Multiplicidade de funções)

(Resposta Única e Espontânea)

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Caracterizado por uma extrema fragmentação e ausência de comportamentos associativistas ou de compartilhamento, o segmento da

Indústria da Confecção carece de homogeneidade e, sobretudo entre as empresas de menor porte, MEIs e MEs – apresentam grande

fragilidade em instalações, administração, equipes e canais de venda.

Práticas de administração

� Por volta de 90% dos entrevistados atuam na administração do negócio,

embora pouco menos de um quarto deles tenha feito algum tipo de preparação

para ser empresário.

� No entanto, pouco menos de 1/3 dos entrevistados (31%) tem formação

técnica específica em confecção ou moda. Entre os 126 empresários que

declararam ter feito uma formação técnica, encontramos:

� SENAI (24%)

� Escola Técnica (24%)

Para administrar a sua empresa, fez algum curso, ou seja, teve alguma preparação formal para ser empresário?

Sim; 31%

Não; 69%

Sim; 93%

Não; 17%

Você atua na Administração do seu negócio?

Base: 401

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10%

7%

6%

4%

3%

2%

1%

1%

1%

38%

32%

Não ter comprometimento com o trabalho

Não cumprem ordens/ seguir um planejamento

Faltas

Mão de obra qualificada

Não cumprimento de horários

Ficam abaixo da média de produção

Fofocas

Rotatividade da mão de obra

Custos

Não tem /Nenhuma

Não sabe avaliar

Embora caracterizado pela escassez de mão de obra, o turnover é bastante alto no segmento. Segundo os profissionais mais antigos, há perda de

interesse das pessoas pela profissão, com os serviços manuais (que não artesanais) vem sofrendo uma depreciação no mercado de trabalho e

consequente falta de comprometimento com o trabalho. Este é visto não como uma profissão, mas como forma de subsistência. Aliás, dentre as

queixas sobre as equipes ressalta-se a falta de cuidado de alguns trabalhadores com a peça produzida.

Equipes com alta rotatividade e baixa qualificação

Qualidade no serviço/controle de qualidade

Falta de confiança

Falta mão de obra qualificada

Falta agilidade

Falta de postura no atendimento aos clientes

EPP – 18%

Base: 401 entrevistados

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A sua empresa oferece algum BENEFÍCIO aos seus trabalhadores?

Sua empresa dá SUBSÍDIO para que seus empregados façam cursos técnicos?

Você já passou por algum PROBLEMA TRABALHISTA na sua empresa?

Base: 401 entrevistados

Sim; 38%

Não; 62%

Sim;20%

Não; 80%

Sim; 41%

Não; 59%

ME – 55%

EPP – 58%

MEI – 81%

ME – 31%

EPP – 46%

MEI – 95%

MEI – 98%

Investimento em equipes

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2%7%7%

13%

25%

45%

Fornecedor é quem decidePreço já vemcalculado/Preço já é

combinado/negocia com osclientes

Conversa com osconcorrentes e combina um

preço comum

Compara/olha os preçosdos concorrentes

Pratica os valores há muitotempo e vai só atualizando

Calcula os custos e margempara chegar ao valor final

Gestão da Empresa

Como você forma o preço dos seus produtos?

(Resposta Única e Estimulada)

Base: 401 entrevistados

Outros Total

Pede a um consultor SEBRAE-SP 0,5%

Depende do modelo solicitado 0,2%

EPP = 73%

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Formação do Empresário: insights qualitativos

MEI

EPP e ME

A maioria possui formação muito básica,

alguns poucos cursos em instituições do setor

(gratuitos e cursos livres).

Aprenderam com base na experiência.

Resultado: mais erros e demora na

aprendizagem.

Já entre as EPP e ME verifica-se uma formação mais

sólida, a grande maioria com curso universitário.

É significativa a presença de empresários que além

de curso superior, também com MBA e Pós

Graduação.

“...Depois que eu estava em moda, eu fui fazer propaganda e marketing o que foi maravilhoso. Fiz dois MBA’s em empreendedorismo e imersão fora do Brasil...”

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Poucas empresas profissionalizaram a gestão. A grande maioria conta com um dono responsável por tudo (da produção à gestão e comercialização) que buscará o

auxílio de outros profissionais se a empresa crescer (geralmente para o financeiro), deixando-o livre para atuar na produção.

Gestão

O nível de profissionalização do segmento ainda é incipiente. Muitos não têm o

entendimento do negócio e nem de tópicos elementares de gestão, como, por

exemplo, a precificação ou, ainda, a análise de custos e cálculo da lucratividade.

Mais de 50% não faz fluxo de caixa, somente pouco mais de 20% faz gestão

integrada e a mesma porcentagem faz a gestão separada por tipo de produto

que vende

Você faz controles gerenciais na sua empresa, como planilha de fluxo de caixa, controle de atendimentos, controle de faturamento etc.?

Sim; 48%

Não; 52%

ME –66%

EPP –77%

MEI –62%

Como você faz o controle financeiro do seu estabelecimento?

(Resposta Única e Estimulada)

17%

15%

7%

1%

1%

2%

0%

Controles financeiros em planilhas Excel

Não controla de forma rigorosa

Usa sistema específico para controles financeiros

Pede para Contador

TagComércio (aplicativo de gestão)

Nenhum/não faz

Não sabeBase: 401 entrevistados

Você adota boas práticas de gestão em sua empresa, ou seja, adota práticas que ajudam a chegar ao objetivo que se quer alcançar em sua empresa?

Sim; 23%

Não; 77%

EPP –84%

MEI–84%

60% entre osclientes Sebrae

34% entre osclientes Sebrae

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EPP e ME: Poucas empresas se mostraram mais estruturadas e possuem algum tipo de controle mais eficiente.

A maior parte faz registros de forma caseira, em planilhas desenvolvidas por eles próprios em Excel.

MEI: A maior parte não vai além de registrar entrada e saída, que é feito de forma rudimentar em um prosaico

“caderninho”. Não percebem que se perderem este caderno, perde-se todo o controle do ano.

Principal razão: atendem clientes e fornecedores, administram a produção, controlam prazos, ou seja: é difícil dedicar tempo à esta atividade

Controles (em geral) - Relegados a 2º plano

Controle Financeiro

O comum é utilizar uma única conta bancária para a vida pessoal e a da oficina: perdem o controle financeiro.

Trata-se de padrão tão arraigado, que não conseguem ver saída para modificar este comportamento.

RESULTADO: NÃO SABEM PARA ONDE VAI O LUCRO...

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13%

45%

32%

8%3%

Alto Parcial Baixo Não tem nenhumconhecimento

Não sabe avaliar

TotalBase: 401 entrevistados

Gestão da Empresa - Normas

Existe algum tipo de norma técnica específica para o tipo de sua empresa?

Base: 401 entrevistados

Já passou por alguma fiscalização de algum órgão que fiscaliza as condições da empresa?

Base: 401 entrevistados

Como você classificaria seu conhecimento sobre as normas que seu estabelecimento precisa cumprir? (Resposta Única e Estimulada)

A sua empresa está adequada à norma de padronização para vestuário, da ABNT?

Base: 401 entrevistados

Sim Não

Total 15,0% 85,0%

Sim Não

Total 34,3% 65,7%

Sim Não

Total 49,0% 51,0%

ME – 24%

EPP – 32%

ME – 56%

EPP – 75%

ME – 63%

EPP – 72%

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Regulamentação e Normas

₋ Alto desconhecimento sobre normas ou regulamentações.

₋ A maioria acredita não ter obrigações ambientais. ₋ Algumas empresas (EPP e ME) correm atrás da certificação ABVTEX, em função de obrigações

que ainda não sabem quais são...

₋ Pontos fracos para a maioria: Área trabalhista / Descarte de material / Desconhecimento de normatização nos tamanhos.

₋ Pontos fracos específicos MEI: Emissão de Nota Fiscal / Documentação exigida quando optam por mudar de MEI para EPP e ME

₋ Ponto fraco específico EPP e ME: falta normatização na nomenclatura dos tipos de tecidos (oportunidade)

MEI ou EPP e ME

Declaram não ter ajuda de nenhuma instituição que aponte o que é necessário para se adequar às normas exigidas.

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Gestão – Controle Financeiro, Indicadores e Custos

O cenário obtido sobre a gestão financeira é preocupante: a maioria dos entrevistados não consegue integrar os controles.

Apesar de alguns demonstrarem um pouco mais de conhecimento sobre o tema, os padrões pouco ortodoxos utilizados tradicionalmente

parecem tornar difícil a adoção de sistemas de controle financeiros mais assertivos e modernos (não percebem valor agregado à tecnologia

nos negócios, sobretudo em tempos de crise).

� As ferramentas – conhecidas - criadas para otimizar o trabalho e a gestão estratégica de empresas foram colocadas na categoria

“custos” e não priorizadas.

���� Quase 75% dos entrevistados declarou não saber quanto representam os custos totais no faturamento!

Vale destacar que quase totalidade dos MEIs declarou não fazer nenhum acompanhamento ou medição, além de contar o número de peças

que vendeu ou deixou de vender. Tampouco imaginam como usar indicadores para melhorar a eficácia de seus processos. Mesmo os

empresários de EPPs e MEs, confundem-se sobre o conceito e afirmam utilizar referências “próprias” como indicadores, tais como:

• Fornecedores;

• Concorrência (vitrines, preços, movimento em shoppings etc...);

• Principais indicadores econômicos (como inflação, taxas de juros, câmbio etc...);

• Redes sociais, Instagram, site próprio (índice de acesso);

• Boca a boca (principalmente noivas, infantil e MEI).

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24%

13%

8%

4%

3%

3%

2%

2%

2%

33%

5%

Fazer controles: vendas, atendimento,fluxo de caixa, financeiro

Conseguir crédito para sua empresa

Gestão da empresa

Levar calote/inadimplência

Comprar os produtos para vender

Formar estoque/Comprar matéria-prima

Ter fornecedores com melhores preços

Comprar máquinas ou equipamento

Outros

Nenhuma

Não sabe avaliar

Base: 401 entrevistados

Gestão – Formação de Preço e Lucratividade

A maioria tem dificuldades para precificar (somente 45% declaram

basear-se nos custos para tanto, predominantemente EPPs). Como

decorrência, não conseguem negociar sem se sentir pressionados (caso

principalmente dos MEIs -“se não quer assim, tem quem quer”). Muitas

vezes, o preço é determinado por outra pessoa (o sócio ou o pai que não

dá carta branca aos filhos) o que torna a situação mais preocupante.

Pessoas mais velhas e com menor instrução não conseguem fazer a conta

bater entre o que se gastou para fazer a peça com o valor final ao

consumidor (caso específico dos MEIs que comercializam sua própria

produção).

Qual sua principal dificuldade relacionada às finanças na sua empresa? (Resposta Única e Estimulada) - No quadro, as respostas que obtiveram mais de 2%

Page 23: Indústria da Confecção Sebrae/UFs/SP...Identificar as características e tendências que impactam diretamente o segmento da Indústria de Confecção e também identificar os “usos

45%

25%

13%

7%

7%

2%

Calcula custos e margem para chegar ao valor final

Pratica os valores há muito tempo e vai só atualizando

Compara com, olha os preços dos concorrentes

Conversa com os concorrentes e combina um preço comum

Preço já vem calculado/ é combinado/negocia com as clientes

Fornecedor é quem decide

Gestão – Formação de Preço e Lucratividade

O(A) Senhor(a) sabe calcular a lucratividade?

Base: 401 entrevistados

A sua empresa teve lucro em 2015?

Sim Não

Total 54% 46%

Sim Não

Total 54% 46%

O Senhor sabe informar quanto representam os custos totais no seu faturamento?

Sim Não

Total 25% 75%

Base: 401 entrevistados

Como você forma o preço dos seus produtos? (Resposta Única e Estimulada)

A análise da lucratividade – na maioria das vezes, é feita de forma amadora, entre todos os portes de empresa

Nos MEIs e MEs é comum misturar gastos pessoais com os do empreendimento. Nesse caso, os empresários recorrem a

“indicadores” tais como: contas pessoais sendo pagas no prazo, pagamento dos funcionários em dia...

Pouco menos da metade dos entrevistados (46%) declarou não saber calcular a lucratividade e proporção semelhante não soube

dizer se sua empresa teve lucro em 2015.

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Investimentos

Independente da eventual especialidade das empresas do segmento, nos últimos 3 anos o cenário foi de baixíssimo investimento

acompanhado de redução de despesas para fechar a conta no final do mês.

• Situação mais característica das MEIs que atendem EPPs-MEs e algumas EPPs-MEs com menos de cinco anos (uniformes pincipalmente),

quase desesperadas em busca de crédito. A questão colocada é: como investir se os bancos privados não abrem as portas e os bancos

públicos - apesar de divulgarem na mídia a linha de crédito para o micro e pequeno empresário na realidade não disponibilizam este

crédito?

Onde investiriam...

Em tecnologia e inovação

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34%

24%

18%

12%

11%

11%

7%

6%

1%

Capital de giro

Comprar matéria prima

Comprar máquinas e equipamentos

Pagar salários de funcionários

Reforma da empresa (obras civis)

Problemas com Fluxo de caixa

Pagar fornecedores

Investir em marketing/comunicação

Compra de automóveis

Financiamento e Empréstimos

(Para os que tem financiamento) Por qual motivo sua empresa solicitou financiamento ou empréstimo? (Resposta Múltipla e Espontânea)

Base: 58 entrevistados

EPP – 73%

EPP – 18%

EPP – 18%

ME – 43%

ME – 34%

ME – 21%

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Razões de um eventual empréstimo

Destino de um eventual empréstimo (Resposta Múltipla e Espontânea)

Base: 106 entrevistados

49%

40%

21%

13%

7%

4%

15%

Comprar máquinas e equipamentos

Comprar matéria prima

Reformar a empresa (obras civis)

Capital de giro

Investir em marketing e comunicação

Resolver problemas de Fluxo de caixa

Outros

ME – 29%

Estoque

Pagar salários de funcionários

Pagar contabilidade

Criar um site/ loja online

Pagar dividas do cartório

Fazer novas contratações

Pagar o banco

Aumentar a produção

EPP –100%

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34%

33%

11%

7%

6%

5%

4%

1%

Doação

Reaproveitamento

Vai para o lixo

Reciclagem

Devolução para ocliente/fornecedor

Guarda na empresa

Venda

Coleta

Gestão da Empresa

Há sobra de materiais após a produção dos seus produtos?

(SE SIM) Qual é a destinação dessa sobra de materiais?

(Resposta Única e Espontânea)

Base: 264 entrevistados

Sim; 66%

Não; 34%

Base: 401 entrevistados

ME – 76%

EPP – 91%MEI – 41%

Page 28: Indústria da Confecção Sebrae/UFs/SP...Identificar as características e tendências que impactam diretamente o segmento da Indústria de Confecção e também identificar os “usos

12%

12%

11%

8%

7%

5%

4%

2%

1%

1%

1%

13%

Dificuldade de encontrar novos clientes

Diminuição das vendas

Dificuldade para manter atualizados os controles financeiros

Dificuldade em encontrar bons fornecedores

Excesso de concorrentes

Dificuldade de conter a inadimplência dos clientes

Não saber elaborar preços de venda dos produtos

Dificuldade de relacionamento com os empregados

Dificuldade financeira

Cumprimento das normas obrigatórias

Desinformação no tipo de trabalho (MEI)

Nenhuma dificuldade

Gestão da Empresa

Dentre as dificuldades enfrentadas para a conduções do negócio, as mais significativas foram:

(Resposta Múltipla e Estimulada)

Base: 401 entrevistados

Destas dificuldades que apontou, qual traz MAIS PROBLEMAS para seu estabelecimento? (Resposta Única e Estimulada)

EPP – 25%

Falta de mão de obra qualificada 41%

Diminuição das vendas 37%

Dificuldade de encontrar novos clientes 37%

Dificuldade para manter atualizados os controles financeiros 34%

Excesso de concorrentes 34%

Dificuldade em encontrar bons fornecedores 29%

Não saber elaborar preços de venda dos produtos 22%

Dificuldade de conter a inadimplência dos clientes 19%

Cumprimento das normas obrigatórias 15%

Dificuldade de relacionamento com os empregados 7%

Outras 3%

Nenhuma dificuldade 13%

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Estoque e Sobras

Fator crítico para o setor em períodos de crise econômica e instabilidade do câmbio, nos últimos anos, o alto volume de estoque do varejo

provocou grandes liquidações para desovar a produção. Hoje, pouco mais de 50% declara não possuir estoque. A depender da posição em

que a pequena confecção ou facção se encontra na cadeia produtiva, não há necessidade de estoque, pois a empresa recebe os produtos para

trabalhar numa fase específica da produção.

A formação ou não de um estoque nas micro e pequenas empresas depende das estimativas de vendas que o dono da confecção acredita que

terá sobre a produção de uma determinada peça, elaborada de acordo com alguma tendência identificada por ele. Ou seja, a necessidade e

definição sobre o estoque se concentra no dono da confecção.

Não há um controle rigoroso sobre as sobras. A grande maioria afirma que trabalha de forma racional para evitar o desperdício

(Para aqueles que têm) Como administra seu estoque? (Resposta Única e Espontânea)

34%

31%

18%

17%

1%

Registra manualmente em um caderno

Não faz controle com registros

É automatizado, controla tudo pelosistema

Faz manualmente em planilha excel

Tenho uma grade bem distribuída e acada momento eu conto

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A visão do cliente – quem são?

53%

35%

24%

10%

8%

3%

Consumidor final

Micro e Pequenos lojistas

Médio e Grandes lojistas

Sacoleiras

Revendedor/Representante

Vendas para empresa comoconsumidor

EPP – 30%

EPP – 32%

EPP – 62%

EPP – 63%

À questão “quem são seus clientes", a maioria dos respondentes apontou

o “consumidor final” e, em seguida, micro e pequenos lojistas. Tal

dispersão (são inúmeros os consumidores finais, afinal) pode provocar

uma falsa sensação de “saber o que seu cliente quer”, sobretudo entre

MEIs e MEs.

Quem são seus clientes? (Resposta Múltipla e Espontânea)

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Vendas e Concorrência no Setor

� Maioria vende por atacado para pequenos e grandes varejistas. Há empresas de maior porte que abrem lojas próprias e vendem

diretamente ao consumidor final.

� Grandes empresas buscam montar uma cadeia de fornecimento e ter um controle maior sobre seus fornecedores.

� Os prazos de pagamento de fornecedores está muito curto, pois as empresas do setor trabalham com um capital de giro em prazos

curtos.

Concorrência Interna:

No Brasil: mais de 80 mil empresas com um ou mais funcionários, 100 mil MEIs, mais de 13 mil indústrias têxteis. Há em torno de 10 grandes

concorrentes em produtos sintéticos e 20 grandes fazendas produtoras de algodão.

No âmbito estatal, os estados concorrem, via guerra fiscal, para atração de indústrias.

Concorrência externa:

Forte concorrência asiática: China é o principal expoente. Outros players importantes: Indonésia, Paquistão, Turquia, Vietnã, Camboja, Índia,

países com forte política de subsídios, além de certa frouxidão no controle das práticas industriais relacionadas ao meio ambiente, à legislação

trabalhista e à previdenciária. Praticam preços abaixo dos brasileiros, concorrendo principalmente com uma linha de produtos mais populares.

Há ainda a concorrência com países como Portugal, Espanha e Itália, que ainda têm produção relevante e estão

um passo à frente quanto a tecnologia e conhecimento.

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Divulgação e Comercialização

Quase 50% dos entrevistados declarou ter um e-mail da empresa. Pouco mais de um terço dos entrevistados utiliza as redes sociais para

divulgação e comunicação com clientes e prospects (comportamento mais comum entre EPPs).

40%

27%

20%

18%

14%

7%

6%

Redes sociais, como WhatsApp,Facebook

Loja própria

Indicação/boca a boca

Representante

Sacoleira

E-commerce/Mlivre/ Sites paralojistas

Pessoalmente/venda direta

Canais de comercialização utilizados

- WhatsApp (ou zapzap), visto como uma ferramenta de vendas

- Instagram: utilizado principalmente tanto por EPP e ME quanto MEI,

pois possibilita criar uma galeria de fotos relacionadas à marca e ao

produto. Além de facilitar visualizar como fica a peça vestida, em

tempo real (na cerimônia de casamento).

- e-commerce: trata-se de ferramenta com maior poder de atração

entre empresários com mais de 5 anos no mercado (e que, hoje,

ainda têm o representante como canal de venda forte).

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Formas de divulgação

Sua empresa tem...

(Resposta Múltipla e Estimulada)

42%

30%

27%

20%

12%

48%

E-mail da empresa

Página da empresa no Facebook (não considerar aconta pessoal)

Grupo de clientes no WhatsApp da empresa

Site da empresa

Instagram da empresa

Não tem

Base: 401 entrevistados

Total MEI ME EPP

Número médio de formas de contato 2,5 2,2 2,8 2,9

EPPs, seguidas pelas MEs, são as que mais utilizam as redes sociais

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64%

15%

14%

7%

1 canal

2 canais

3 canais

4 ou mais canais

Total

Quantos canais de comercialização, ou seja, de quantas formas o senhor vende?

Base: 401entrevistados

(Resposta Múltipla e Espontânea)

EPP – 33%

40%

27%

20%

18%

14%

12%

7%

6%

Redes sociais, como WhatsApp,Facebook

Loja própria

Indicação/boca a boca

Representante

Sacoleira

Nenhum/não vende/ só produz

E-commerce/Mlivre/ Sites para lojistas

Pessoalmente/venda direta

Quais dos canais de comercialização que vou citar o(a) Senhor(a) utiliza?

(Resposta Múltipla e Estimulada)

Base: 401 entrevistados

Nº. médio de canais utilizados

Total MEI ME EPP

1,6 1,4 1,8 2,5

EPP – 68%

EPP – 79%

EPP – 47%

EPP – 29%

ME – 30%

Formas de divulgação

Page 35: Indústria da Confecção Sebrae/UFs/SP...Identificar as características e tendências que impactam diretamente o segmento da Indústria de Confecção e também identificar os “usos

59%

21%

13%

10%

10%

5%

3%

3%

3%

3%

3%

2%

2%

1%

Redes sociais, como WhatsApp, Facebook

Panfletagem

Boca a boca

Distribuição de cartões

Links pagos no Google

Revistas

Catálogos

Radio

Via e-mail

Restaurantes (nome no cardápio)

Painéis eletrônicos

Outdoor

Eventos

Site da empresa

Faz alguma ação de divulgação da empresa? (SE SIM) Quais meios utilizam? (Resposta Múltipla e Espontânea)

Base: 108 entrevistados

59% das empresas do segmento, que fazem alguma forma de divulgação, está

presente em alguma mídia social. Os empresários entendem que essa é uma

forma barata de comunicação com seu público, mas ainda estão descobrindo

como lidar com essas mídias. A adesão a esse tipo de mídia acabou alterando a

dinâmica que se perpetuou por anos: os catálogos estão sendo trocados por

postagens, porém a dinâmica das redes ainda não está clara.

Formas de divulgação

Base: 401 entrevistados

Sim Não

Total 27,0% 73,0%

ME – 42%

EPP – 60%

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67%

14%4% 5%

11%

Plataforma própria Marketplaces PagSeguro E-mail Não sabe

Base: 401 entrevistados

67%63%

55%48%

26%

Loja Própria Representante Sacoleira Redes Sociais E-commerce

Base: 25 entrevistados

Somente para que faz venda por e-commerce. Para as operações via e-commerce utiliza:

(Resposta Única e Estimulada)

Participação de cada canal de vendas no seu faturamento? (em %)

(Resposta Múltipla e Estimulada)

Formas de divulgação

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Tendências - Fast Fashion para Formadores de Opinião

Obrigação para as confecções.

• As micro e pequenas empresas ainda não estariam preparadas para cumprir os prazos apertados, provocando uma “terceirização da

terceirização”.

• Pequena confecção = “repositor emergencial do varejo”

o perde o controle da sua capacidade produtiva

o não consegue estabelecer uma parceria com o varejista.

O fast fashion, seja para produção própria ou para atender um grande varejista, exige:

• Monitoramento constante das tendências da moda

• Melhor planejamento dos negócios

• Alta coordenação entre o varejo, indústria de confecção, produtores de fios e tecidos e outros atores relevantes da cadeia de

produção

• Velocidade na produção

• Fluxos de produção mais curtos

Fast fashion (moda rápida) padrão de produção e consumo no qual os produtos são fabricados e consumidos rapidamente. Este modelo de negócios dependeda eficiência em fornecimento e produção em termos de custo e tempo de comercialização dos produtos ao mercado, que são a essência para orientar eatender a demanda de consumo por novos estilos a baixo custo.

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Tendências - Fast fashion para os empresários

Base: 401 entrevistados

Se para os formadores de opinião, o fast fashion tornou-se uma obrigação para as confecções, as micro e pequenas empresas habituadas à

terceirização funcionam como um “repositor emergencial do varejo”, sem que seja estabelecida uma parceria real com o varejista. Somente

pouco mais de ¼ dos entrevistados declarou praticá-lo (embora mais de dois terços declararem acompanhar as tendências de forma geral).

Pratica o Fast Fashion

27%

Não pratica o Fast

Fashion 73%

Para atender um grande varejista, o fast fashion exigiria:

• Monitoramento constante das tendências da moda

• Melhor planejamento dos negócios

• Alta coordenação entre o varejo, indústria de confecção,

produtores de fios e tecidos e outros atores relevantes da cadeia

de produção

• Velocidade na produção

• Fluxos de produção mais curtos

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Fast Fashion – visão das MEI, EPP e ME

₋ MEI que comercializa própria produção: não faz a menor ideia do que seja e não consegue entender o quanto isso vai afetar a sua performance.Há dúvidas sobre o quanto o fast fashion tornar-se-á um concorrente direto. E sobre o tipo e força do impacto (positivo ou negativo no mercado dessas empresas).

₋ MEI que atende EPP e ME afirmam não trabalhar para ninguém que faz fast fashion. O que apreenderam do conceito é :

• Exigência de qualidade, beleza, acabamento em prazos ainda mais “insanos”;• Preço não compensa, ainda mais baixos do que são pagos pelo tradicional;• É modinha rápida que não funciona para eles.

EPP e ME₋ A maioria deles acredita que o fast fashion segue o padrão de produção e consumo no qual os produtos são fabricados, consumidos e descartados de

forma extremamente rápida, a “modinha” barata.

₋ Os poucos empresários que citam uma marca, apontaram a marca Zara, como a campeã de vendas no modelo.

₋ Alguns acreditam que o empresário com foco no fast fashion ganha dinheiro, mas nenhum deles tem o fast fashion no seu radar. Para eles é um conceito que não casa com seu perfil de trabalho.

₋ Poucos arriscam dizer que as pessoas começam a praticar um consumo mais sustentável e consciente, abolindoa prática do descartável.

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Canais de Vendas

Mobile marketing e Internet tornam-se a realidade no segmento:

- WhatsApp (ou zapzap): ferramenta de vendas para alguns tipos de confecção, principalmente

para MEI. Os filhos apresentam a ferramenta para os mais velhos

(OPORTUNIDADE: CURSO VOLTADO AO MOBILE MARKETING EM UMA LINGUAGEM ACESSÍVEL).

- Instagram: utilizado principalmente no segmento Noivas tanto por EPP e ME quanto MEI (entre

as mais jovens). Possibilita criar uma galeria de fotos relacionadas à marca e ao produto. Além de

facilitar visualizar como fica a peça em tempo real (na cerimônia de casamento).

- e-commerce: ferramenta com maior poder de atração entre empresários com mais de 5 anos no

mercado (e que, hoje, ainda têm o representante como canal de venda forte).

Entre aqueles com mais de cinco anos de atuação, de segmentos específicos como fitness, uniformes, camisaria e

moda praia, os canais mais utilizados são Representantes; Pronta entrega (loja física e alguns poucos e-commerce);

Professoras de academia (consignação) e “sacoleiras” do interior/outros estados que compram no atacado.

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Tendências

Existem tendências, novos formatos de negócio, que você pensa em trazer para a sua empresa?

(SE SIM) Quais seriam estas tendências e serviços que pensa em trazer?

(Resposta Múltipla e Espontânea)

Base: 401 entrevistados

28%

11%

5%

4%

4%

4%

Oferecer produtosexclusivos/diferenciados

Trabalhar com e-commerce

Entrar no fast fashion

Trabalhar de forma compartilhadacom outros empresários

Ter a própria marca

Ter máquinas diferenciadas

Base: 190 entrevistados

Sim Não

Total 47,5% 52,5%

ME – 58%

EPP – 59%

Multiplicidade:1,2

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Diferencial de cada empresa - A Qualidade!

Qualidade é a palavra chave quando se fala sobre um diferencial. Termo abstrato, aplica-se a diferentes áreas na visão dos entrevistados

- Acabamento é ponto chave. Por isso investem no controle, utilizam funcionários que fazem um trabalho “limpo”, criterioso. Se tiver que sacrificar prazo, jamais será na etapa de acabamento (QUEM APLICA: MODA NOIVAS, MODA PARA EXPORTAÇÃO, PRIVATE LABEL, UNIFORMES E CAMISARIAS

PRINCIPALMENTE)

- Reconhecimento do mercado: o nome consolidado, expresso pela satisfação do cliente é garantia de baixa taxa de devolução.(QUEM APLICA : MODA NOIVA, EXPORTAÇÃO E PRIVATE LABEL EPP E ME)

- Desenvolvimento de mão de obra: qualificando parte da mão de obra em cursos externos, mas, também, monitorando internamente aqueles dispostos a aprender(QUEM APLICA : CAMISARIA, MALHARIAS EPP E ME)

- Respeito ao número (tamanho) do cliente: Plus size veste bem(QUEM APLICA : MODA NOIVA, MODA PRAIA, PRIVATE LABEL E JEANS PARA EXPORTAÇÃO)

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A maioria não consegue entender como e onde o compartilhamento poderia ser inserido nesse segmento, seja pensando na rotina de sua

empresa, ou no segmento em geral. No estágio em que estão, é um outro mundo: é preciso quebrar paradigmas e mudar a cultura uma vez que

primeiro é preciso entender o conceito, para depois internalizar as vantagens.

Na opinião deles o setor é muito desunido, muitas vezes sem ética, com poucas parcerias, e com players que escondem o jogo. Então,

compartilhar como?

Uma das poucas ideias que surgiu nos grupos e obteve convergência da maioria é da compra conjunta de estoque: em grandes quantidades

conseguiriam negociar preço, o que seria uma forma de compartilhar. Porém, não fazem ideia de como operacionalizar isso (juntar os

interessados).

Tendências - Compartilhamento

A maioria não conhece o significado do conceito de “compartilhamento” na indústria, nem

consegue entender como e onde esse poderia ser inserido.

É preciso quebrar paradigmas e mudar cultura.

Uma das poucas ideias que surgiu e convergiu para maioria é a compra conjunta de estoque: em

grandes quantidades conseguiriam negociar preço, o que seria uma forma de compartilhar.

Porém, não fazem ideia de como operacionalizar isso.

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Tendências do Segmento Indústria da Confecção

Gestão Produção Moda

• Gestão Horizontalizada

• Implantação de selos de ética atestando

conformidade com sustentabilidade

• Utilização de softwares que facilitam a

gestão

• Contínuo aperfeiçoamento do dono da

confecção

• Lean Manufactoring (manufatura enxuta)

• Maior flexibilização

• Tomadas de decisões mais rápidas

• Gestor de talentos da equipe

• Fast Fashion

• Maior automatização dos processos

produtivos

• Economia colaborativa (compartilhamento

de máquinas, ferramentas e recursos

humanos)

• Utilização de materiais sustentáveis (ex.

Camiseta feita com produtos orgânicos)

• Compartilhamento de dados para alimentar

a produção (Ex. Consumidor alimentando o

banco de dados de sua empresa)

• Customização em massa das peças

produzidas

• Maior valorização da produção sustentável

• Valorização da produção artesanal

• Blogueiras se tornaram vozes ativas para

ditar tendências

• Moda se voltar mais para as características

do público brasileiro, menos ao que é

produzido fora

• Moda plus size

• Imprimir uma marca pessoal na forma como

se veste / Quase individualização da forma

de se vestir

• Rapidez nas mudanças da moda

• Moda se transformando em “Estilo”

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Principais Desafios do Segmento na visão dos empresários

Obter linha de crédito para investimento

Fazer capital de giro

MANTER A QUALIDADE em uma cenário de baixa qualificação do trabalhador, sem margem para

precificação

APRENDER A FAZER GESTÃO (financeira e comportamental)

Trabalhar com prazos cada vez

mais enxutos

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Na visão dos formadores de opinião

• Manter-se atualizado com técnicas baratas, que garantam

aumento na produtividade e competitividade, valendo-se

da tecnologia

• Elaborar um bom plano de negócios

• Auxiliar o desenvolvimento das micro e pequena empresas

� quando a economia reaquecer os varejistas vão

necessitar da produção dessas confecções

• Capacitação dos profissionais, tanto da produção quanto

na gestão

• Atuar em um segmento específico de mercado

Prazer no que faz

Persistência e resiliência

Tem que ter

Falta

Ter maturidade emocional, saber se relacionar, olhar para o outro

Saber o caminho das pedras para buscar crédito

Saber fazer gestão, ter controles, separar gastos...

Na visão dos empresários

O “Pulo do Gato”

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SWOT do Segmento Indústria da Confecção

Pontos Fortes• Tamanho, extensão e capilaridade do segmento• Relevância econômica (2º maior empregador da Indústria)• Rápida capacidade de adaptação incorporando com relativa

facilidade a tecnologia e inovação• Presença massiva no Brasil• Expertise da produção (domínio de todas as etapas)• Espírito empreendedor• Diversidade• Criatividade / Inovação

Oportunidades• Mercado Interno relevante• Possibilidade de expansão no mercado externo• Capacidade de crescimento• Absorção de Inovações tecnológicas que podem beneficiar o

segmento tanto na produção quanto em novos produtos

Pontos Fracos• Fragmentação do segmento (dificulta surgimento de players

significantes, crescimento e consolidação das empresas)• Qualificação insatisfatória do empreendedor no quesito

gestão• Qualificação insatisfatória da mão de obra • Falta de investimento em uma linha adequada e típica da

identidade brasileira • Falta de normatização (tamanhos, entre outros)

Ameaças• Falta de incentivos fiscais para empreender• Falta de políticas econômicas de longo prazo• Imprevisibilidade da economia brasileira• Imprevisibilidade do câmbio • Concorrência externa desleal (China e países asiáticos)• Concorrência interna desleal (mercado informal)• Legislação insatisfatória (trabalhista, tributária)

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Ficha Técnica

Pesquisa Setor/Segmento Indústria da Confecção

Objetivo: Identificar os “usos e costumes”, no que se refere a gestão dos negócios, suas relações trabalhistas; conhecer as tendências e novos modelos de negócios para este

segmento Indústria da confecção; apontar oportunidades para o desenvolvimento de novos produtos e serviços do SEBRAE-SP para o segmento

Metodologia/Técnica de Coleta de Dados: Entrevistas por telefone

Universo e amostra:

Fase qualitativa: 9 entrevistas em profundidade e 4 discussões em grupo.

Fase quantitativa: 401 entrevistas realizadas por telefone.

Local: Estado de São Paulo.

Período de coleta de dados:

Entrevistas pessoais - de 26 de agosto a 06 de setembro de 2016

Discussões em grupo - 4 e 5 de outubro/2016.

Entrevistas por telefone: de 3 de outubro de 2016 a 26 de outubro de2016.

Unidade Gestão Estratégica: Philippe Vedolim Duchateau

Coordenação: Marcelo Moreira

Equipe Técnica: Déborah Regina Picarelli Gonçalves, Carolina Fabris Ferreira, Márcia Shizue Kikuchi e Alexandre Sousa Nascimento

Fornecedor: Cristina Panella Planejamento e Pesquisa Ltda

SEBRAE-SP

R. Vergueiro, 1117 - Paraíso

CEP: 01504-001 - São Paulo - SP

Homepage: www.SEBRAE-SPsp.com.br

Informações sobre produtos /serviços do SEBRAE-SP: 0800 570 0800

Informações sobre este relatório: (11) 3177- 4654/4574/4906/4874