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IND Ú STRIA DE CLORO-SODA BALAN Ç O SOCIAL 2005

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INDÚSTRIA DE CLORO-SODA

BALANÇO SOCIAL

2005

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Equipe

Coordenação AbiclorComissão de Economia

Diretor da GVconsultProf. Francisco S. Mazzucca

Coordenação do ProjetoFernando Garcia

RedaçãoFernando GarciaSergio Goldbaum

PesquisaFernando GarciaSergio GoldbaumSérgio Camara BandeiraAndré C. Michelin

Projeto e Editoração Gráfi caAndré C. Michelin

CapaAs fotos do relatório ilustram fábricas, empregados, produtos e algumas das principais aplicações do cloro e da soda: tratamento de piscina, tubos de PVC, equipamentos médicos e bolsas para sangue, tratamento de água, placas para circuitos eletrônicos, remédios, higiene pessoal, colchões e tecidos, corantes e pigmentos, acessórios para roupas, CD´s, autopeças e isolamento de cabos elétricos.

ImpressãoAquarela

www.abiclor.com.brwww.gvconsult.com.br

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Índice

Apresentação Abiclor 4

Prefácio GVconsult 5

Cadeia produtiva 6

Custos de produção 8

Mercado 10

A geração de renda e emprego 12

Carga tributária 14

Qualidade do emprego e produtividade 16

Responsabilidade social e meio ambiente 18

Anexo metodológico 20

Anexo estatístico 24

Bibliografia 27

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Apresentação Abiclor A

contribuição do Setor de Álcalis, Cloro e Deriva-dos para o desenvolvimento econômico e social do Brasil supera em muito a geração de renda, empregos e impostos.

O cloro e a soda cáustica estão presentes em diversos setores básicos da economia, gerando centenas de produtos derivados. O policloreto de vinila, por exemplo, mais conhe-cido como PVC, produto largamente utilizado na construção civil, é um dos principais derivados do cloro. A soda cáusti-ca é especialmente utilizada na produção de alumínio, papel e celulose, sabões e detergentes, indústria têxtil e em muitas outras aplicações.

A indústria brasileira de cloro-soda é competitiva e acompanha os avanços técnicos mundiais, operando dentro dos mais altos padrões de segurança, saúde, qualidade e res-peito ao meio ambiente. As empresas do setor são signatárias do “Atuação Responsável®”, um programa da indústria quími-ca mundial – gerenciado no Brasil pela Abiquim, Associação Brasileira da Indústria Química – que promove o processo de melhoria contínua da indústria.

O objetivo principal da Abiclor – Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados, fundada em agosto de 1968 – ao editar este Balanço Social, é o de levar à socieda-de brasileira informações que possibilitem uma melhor com-preensão da dimensão, importância e contribuição do setor para o desenvolvimento do país. Nas páginas que se seguem, os leitores encontrarão dados consolidados do setor e infor-mações econômicas e sócio-ambientais que proporcionarão uma visão integrada da responsabilidade social e do compro-metimento das empresas associadas com o desenvolvimento sustentável.

Carlos Alberto TieghiPresidente

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Prefácio GVconsultO

objetivo deste relatório é avaliar a contribuição econômica e social das empresas de cloro-soda para a sociedade brasileira, destacando não ape-nas suas ações sociais e ambientais, mas também

sua importância na geração de riqueza. A GVconsult, a unida-de de consultoria da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, desenvolveu uma metodologia de pesquisa que possibilita tal análise. Essa metodologia traz algumas diferenças em relação ao que usualmente se apresenta nos relatórios sociais de em-presas e indústrias; por isso, cabem algumas palavras iniciais de esclarecimento.

Além de identifi car as ações comunitárias e de mensu-rar o volume de despesas sociais realizadas pelas empresas do setor, nossa metodologia avalia a contribuição dessas empre-sas de forma inovadora, em que se considera sua importância, absoluta e relativa, na geração de renda, empregos e impostos. Em termos específi cos, busca-se responder a um conjunto de questões amplas. Qual a participação da indústria de cloro-soda na indústria nacional? Quantos empregos são gerados por essa indústria, desde a extração de sal e a geração e distri-buição de energia elétrica – os dois principais insumos de sua cadeia produtiva – até as plantas do setor? Quanto de renda e quanto de salários são gerados com a produção dessas em-presas? Quanto o setor de cloro-soda arrecada em impostos e contribuições sociais? Qual a participação das despesas so-ciais no valor agregado pelo setor à economia brasileira?

Além de responder a essas questões, o relatório apre-senta ao público, de forma didática e direta, as principais ca-racterísticas da cadeia produtiva do setor, contribuindo para o entendimento do processo de desenvolvimento econômico brasileiro.

GVconsult

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Os produtos derivados direta e indiretamente do cloro e da soda estão em toda parte: dos defen-sivos agrícolas empregados na produção de ali-mentos ao alumínio dos utensílios utilizados na

preparação e conservação dos pratos que vão à mesa; da ela-boração de produtos de higiene à produção de remédios em laboratórios; dos tubos de PVC empregados na construção civil às tintas de revestimento das edifi cações; das espumas de colchões e travesseiros aos painéis de policarbonato em auto-móveis. Até mesmo o papel empregado no relatório que você está lendo e o tecido das roupas que você está usando passa-ram por processos que utilizam o cloro e a soda.

Salta aos olhos, entretanto, que tantos e tão diferentes produtos sejam derivados de tão poucos e tão simples insumos básicos: sal, água e energia elétrica. Tomando-se o ano de 2004 como referência, foram utilizadas 2,1 milhões de toneladas de sal (proveniente tanto de minas, como do mar) para a produ-ção de 1,3 milhão de toneladas de soda cáustica e 1,2 milhão de toneladas de cloro, empregando aproximadamente 870 traba-lhadores diretos nas linhas de produção. O setor é sabidamente intensivo em energia elétrica: para a mesma produção de 1,3 milhão de toneladas de soda cáustica, utilizou-se 4,0 mil GWh de energia elétrica, ou 3,1 MWh por tonelada de produto.

A cadeia produtiva do cloro e da soda inicia-se com a eletrólise da salmoura. Neste processo, a soda é co-produzida com o cloro numa proporção fi xa de 1 tonelada de cloro e 1,13 tonelada de soda cáustica. Ainda como parte da eletrólise é produzido o hidrogênio, que é utilizado no próprio proces-so de produção ou vendido. Atualmente, três processos de ele-trólise são empregados: (i) o que utiliza mercúrio (predomi-nante na Europa); (ii) o que emprega diafragma (de amianto, predominante nos EUA e no Brasil); e (iii) o de membrana (predominante na Ásia). No Brasil, o processo de produção é regulado pela Lei Federal No 9976/00 e os principais produ-tores são detentores das certifi cações ISO 14001 e ISO 9002. Segundo dados da Abiclor, da produção de cloro e soda em 2004, 23% empregou a tecnologia de mercúrio, 72%, a de dia-fragma e 5%, a de membrana.

Os produtos dessa indústria, além do cloro e da soda cáus-tica (hidróxido de sódio), são o carbonato de sódio (barrilha), o hidróxido de potássio (potassa cáustica), o ácido clorídrico e o hipoclorito de sódio. A soda cáustica é um insumo destina-do, em sua maior parte, aos setores de química e petroquímica,

Cadeia produtiva

Tantos e tão

diferentes produtos

são derivados de

tão poucos e tão

simples insumos

básicos: sal, água

e energia elétrica

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papel e celulose, metalurgia (especialmente do alumínio), side-rurgia, e sabões e detergentes. Por suas propriedades alcalinas, é muito utilizada na neutralização de poluentes ácidos.

O cloro é um elemento químico que se destaca por sua elevada importância para a saúde. Ele é fundamental no tra-tamento e manutenção da qualidade da água utilizada no dia-a-dia das mais variadas formas. O cloro, em sua forma mais comum, o hipoclorito, é um dos mais efi cazes e econômicos exterminadores de germes, sendo empregado em hospitais na desinfecção de equipamentos médicos.

O cloro produzido também é utilizado como insumo de diversos outros produtos. A maior parcela vai para a produ-ção de dicloroetano (EDC), o qual, por sua vez, é utilizado na produção de derivados vinílicos como o policloreto de vinila (PVC). Outra parcela é destinada à produção de óxido de pro-peno, que é utilizado na produção de espumas para a fabri-cação de colchões e estofados. O cloro também é consumido pela indústria na forma de ácido clorídrico, como insumo de produção para setores como metalurgia e siderurgia, química e petroquímica, papel e celulose, higiene e alimentos.

Em 2003, a oferta de produtos da indústria de cloro-soda somou R$ 2,284 bilhões, a preços de mercado, sendo 83,3% do total provenientes da produção nacional e os de-mais 17,7%, de bens importados. A oferta foi distribuída da seguinte forma: soda cáustica (R$ 1.010 milhões), cloro (R$ 780 milhões), barrilha (R$ 287 milhões), hipoclorito de sódio (R$ 109 milhões), ácido clorídrico (R$ 66 milhões) e potassa cáustica (R$ 32 milhões).

As principais empresas produtoras de cloro e soda no Brasil são a Braskem, a Dow Brasil, a Carbocloro e a Solvay Indupa: juntas, representam 90% da capacidade instalada no país. Também operam nesse mercado a Canexus, a Pan-Ame-ricana, a Aracruz, a Companhia Nacional de Álcalis e a Iga-rassu. A produção é desenvolvida em nove plantas industriais, localizadas em Pernambuco (Igarassu), Alagoas (Braskem), Bahia (Braskem e Dow Brasil), Espírito Santo (Canexus), Rio de Janeiro (Pan-Americana e Companhia Nacional de Álca-lis), São Paulo (Carbocloro e Solvay Indupa) e Rio Grande do Sul (Aracruz).

A cadeia produtiva do cloro e da sodaFonte: GVconsult

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A produção nacional de cloro e soda consumiu R$ 1,08 bilhão em matérias-primas e serviços no ano de 2003. O principal componente de custo direto é a energia elétrica, um insumo utilizado de forma

intensiva na produção. Em média, o consumo específi co de energia elétrica é de 3,02 KWh por tonelada de produto: para a produção de 1,2 milhão de toneladas de soda, foram utiliza-das, em 2003, 3,7 mil GWh de energia elétrica. Esse consumo correspondeu a uma despesa de R$ 285 milhões naquele ano.

O consumo específi co de sal, isto é, a quantidade de sal utilizada para a produção de uma tonelada de soda, oscila en-tre 1,7 e 1,8 ton. Em 2003, foram utilizadas 2,2 milhões de toneladas de sal provenientes de minas (70%) e do mar (30%) para a produção de 1,2 milhão de toneladas de soda, ou 1,8

Custos de produção

Sal, água e energia

elétrica representam

mais de 50% dos

custos de produção

A produção nacional de cloro e soda consumiu R$ 1,08 bilhão em matérias-primas e serviços no ano de 2003

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cas: serviços prestados pelas empresas, serviços fi nanceiros, máquinas e equipamentos, elementos químicos, carbonato de sódio (barrilha), construção civil, seguros, aluguel de imóveis, comunicações e óleos combustíveis.

Além dos custos com matérias-primas, a produção na-cional de cloro e soda consumiu outros R$ 105 milhões pa-gos em salários e contribuições sociais referente ao emprego direto de 873 funcionários nas plantas de produção. Assim, o custo total de produção dessas mercadorias atingiu R$ 1,182 bilhão em 2003, ou ainda, 63% do valor da produção nacional a preços de mercado.

Composição dos custos de produção da indústria de cloro-soda, 2003Fonte: GVconsult

A produção nacional de cloro e soda consumiu R$ 1,08 bilhão em matérias-primas e serviços no ano de 2003

tonelada de sal por tonelada de soda produzida. O valor do consumo de sal foi de R$ 178 milhões.

Além desses dois principais componentes de custos di-retos, que somados totalizaram quase a metade das despesas com matérias-primas, destaca-se também o valor do chama-do “consumo cativo” de cloro, isto é, o cloro que é produzido na indústria e que é utilizado por ela na produção de outros produtos. Em 2003, o consumo intermediário de cloro para a produção de produtos do cloro e da soda foi R$ 260 milhões.

Os demais 26,8% dos custos com matérias-primas e serviços distribuem-se entre as seguintes atividades econômi-

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Mercado

Diretamente,

16 setores de

atividade econômica

consomem cloro

ou soda. Mas,

indiretamente,

todos os setores

de atividade

consomem os

produtos da cadeia

O mercado brasileiro consumiu R$ 2,26 bilhões em produtos da indústria de cloro e soda em 2003, o que correspondeu a 99% da oferta total (incluindo importação). A pequena diferença,

de R$ 22,3 milhões (ou 1%), foi exportada. Com isso, a de-manda brasileira superou em 20% a oferta doméstica, a qual foi de R$ 1,88 bilhão naquele ano.

Por se tratar de um bem intermediário de produção, tanto o cloro quanto a soda são empregados integralmente por outros 16 setores de atividade econômica, além da pró-pria indústria do cloro-soda (uso cativo). Os setores que mais consomem os produtos dessa indústria são: o de elementos químicos, responsável por 21,6% do consumo total, o de re-fi no de petróleo (15,8%), o de produtos minerais não-metá-licos (12,4%), a própria indústria de cloro-soda (12,3%), a indústria de papel e gráfi ca (10,1%) e a metalurgia de não-ferrosos (7,1%). O Gráfi co ao lado e a primeira tabela do Ane-xo Estatístico ilustram a distribuição da demanda por setores no ano de 2003.

Considerando apenas o setor de elementos químicos, cuja produção é consumida por todos setores de atividade da economia brasileira, pode-se afi rmar que indiretamente todas as mercadorias e serviços produzidos no país têm alguma par-ticipação de produtos do cloro e da soda em sua produção. Para se ter uma idéia desse encadeamento, a análise da cadeia do refi no de petróleo é sufi ciente. Em 2003, o setor de refi no

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demandou R$ 357 milhões em produtos da indústria de cloro-soda. Por sua vez, 18,5% dos produtos do refi no de petróleo empregados na economia foram destinados ao setor comer-

cial. Logo, R$ 66 milhões dos R$ 357 milhões de cloro-soda adquiridos pelo setor de refi no de petróleo foram parar no se-tor comercial, que não demanda cloro e soda diretamente!

Destino dos produtos da indústria de cloro-soda, 2003Fonte: GVconsult

O mercado brasileiro consumiu R$ 2,26 bilhões em produtos da

indústria de cloro e soda em 2003

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A geração de renda e emprego

O valor adicionado

pela indústria de

cloro-soda e seus

fornecedores

totalizou R$ 1,373

bilhão em 2003

A contribuição de uma atividade econômica para a economia nacional é determinada pela quantida-de de bens ou serviços que ela acrescenta ao total produzido no país. A contribuição da indústria de

cloro-soda para a economia brasileira atingiu R$ 555 milhões em 2003. Em termos contábeis, esse valor corresponde à di-ferença entre o valor da produção nacional a preços básicos (isto é, a preços de mercado, excluídos os impostos sobre con-sumo e as margens de comercialização e transportes), que foi de R$ 1,632 bilhão, e o consumo intermediário de matérias-primas, estimado em R$ 1,078 bilhão. Sob a ótica da renda, a indústria de cloro-soda contribuiu com R$ 104,8 milhões em salários e encargos sociais e com cerca de R$ 395 milhões em excedente operacional – nos quais estão incluídos: os custos indiretos da produção e da comercialização das empresas do setor, os impostos diretos e indiretos arrecadados por elas, o investimento e a remuneração dos capitais.

Mas essa não é a única renda gerada na economia bra-sileira pelas atividades da indústria de cloro-soda. As empre-sas a montante na cadeia produtiva, que vendem produtos e serviços diretamente às empresas do setor de cloro-soda, também pagam salários, impostos e obtêm lucros. É o caso, por exemplo, das empresas do setor de distribuição de energia elétrica, que fornecem energia às plantas de cloro-soda insta-ladas no país. Da mesma forma, as empresas de distribuição de energia criam renda indireta, ao adquirir energia das em-presas geradoras de energia. E assim, sucessivamente, os for-necedores dos fornecedores geram renda por toda a economia brasileira.

Estima-se que, em 2003, para cada real de valor adicio-nado pela indústria de cloro-soda, tenham sido gerados ou-tros R$ 1,50 em toda a economia brasileira. Isso signifi ca que foram criados R$ 818 milhões a mais de renda no país, da indústria extrativa até os serviços, passando por diversas ati-vidades laterais da cadeia de cloro-soda. Desse valor, R$ 257 milhões são salários e contribuições das empresas fornecedo-ras de insumos para a rede, R$ 490 milhões formaram o ex-cedente operacional dessas empresas, e R$ 72 milhões foram arrecadados de impostos diretos sobre a produção.

Essa renda, somada à renda que a própria indústria ge-rou, atingiu R$ 1,373 bilhão em 2003, o que correspondeu a 1,0% do PIB industrial brasileiro. Os setores econômicos que mais se benefi ciaram das atividades da indústria de cloro-soda

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foram os serviços industriais de utilidade públi-ca (35,8%), as instituições financeiras (11,9%), o setor de serviços prestados às empresas (10,3%), a indústria extrativa mineral (8,1%) e o setor de máquinas e equipamentos (5,9%).

Seguindo mesmo raciocínio, além dos 873 empregos gerados nas plantas de produção, suas atividades sustentam mais 16 mil postos de trabalho nos demais setores da economia bra-sileira, totalizando 17 mil empregos no Brasil, aproximadamente. Esses postos de trabalho são gerados, em sua maioria, em quatro setores de atividade econômica: serviços prestados às em-presas, comércio, extrativa mineral e serviços industriais de utilidade pública, onde estão as empresas de distribuição de energia elétrica.

Assim, considerando tanto a indústria quanto seus fornecedores, em 2003, pode-se dizer que R$ 362 milhões foram gerados em salários e contribuições e R$ 885 milhões em excedente operacional. No mesmo ano, cerca de R$ 126 milhões foram arrecadados na forma de impostos diretos sobre a produção.

Contas Cadeia de cloro-soda

Economia BrasileiraFornecedores Cloro-Soda Total

Valor adicionado (1+2+3) 818.415 554.830 1.373.245 1.395.604.382

Remunerações (1) 256.905 104.833 361.738 554.148.834

Salários 187.520 77.937 265.457 399.881.787

Contribuições sociais 66.515 26.896 93.411 90.136.248

Previdência Social e FGTS 59.201 23.030 82.231 86.526.494

Previdência privada 7.313 3.865 11.178 3.609.754

Contribuições sociais imputadas 2.870 - 2.870 64.130.799

Excedente operacional bruto (2) 489.983 395.284 885.267 738.682.837

Rendimentos de autônomos 26.189 - 26.189 69.756.604

Excedente operacional das empresas 463.793 395.284 859.077 668.926.232

Outros Impostos sobre a produção (3) 71.528 54.713 126.241 106.389.884

Consumo Intermediário (4) 812.392 1.077.539 1.889.931 1.630.562.506

Valor da Produção (1+2+3+4) 1.630.483 1.632.368 3.262.851 3.026.166.888

Pessoal ocupado 16.104 873 16.977 67.334.200

Valor da produção da indústria de cloro-soda, R$ mil, 2003Fonte: GVconsult

Alan

Nielsen

Estima-se que, em 2003, para cada real de valor adicionado pela indústria de

cloro-soda, tenham sido gerados outros R$ 1,50 em toda a economia brasileira

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Carga tributária

Em 2003, o valor

dos impostos e

contribuições

da indústria de

cloro-soda e de

seus fornecedores

foi 2,6 vezes as

despesas federais

com habitação e

saneamento

Dos R$ 555 milhões de renda gerados pela indús-tria de cloro-soda em 2003, parte expressiva foi transferida ao governo na forma de impostos e contribuições sociais. Nesse ano, as empresas do

setor coletaram impostos e contribuições sociais no valor de aproximadamente R$ 222 milhões. Desse total, aproximada-mente 51% referiram-se a impostos sobre a produção e circu-lação de mercadorias – por exemplo, o ICMS e os outros im-postos específi cos sobre a produção somaram R$ 98 milhões. Os demais 49% foram constituídos de impostos sobre renda e propriedade, especialmente o imposto de renda (R$ 56,3 mi-lhões), e as contribuições patronais ao sistema previdenciário (INSS) e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (R$ 23 milhões).

Em termos relativos, a arrecadação dessa indústria representou pouco mais de 40% do valor adicionado pelas empresas do setor em 2003. Isso signifi ca dizer que a carga tributária da indústria de cloro-soda foi quase 6 pontos per-centuais maior que a carga tributária do país (de 34% do PIB) e 16 pontos percentuais superior à carga tributária de todas as empresas do setor privado nacional.

Esse não é o valor total da arrecadação da indústria de cloro-soda. Considerando-se todos os impostos diretos e in-diretos que estão presentes nos produtos da indústria de clo-ro-soda, independentemente de terem sido arrecadados pela empresa ou por algum de seus fornecedores, estima-se que,

Alan

Nielsen

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em 2003, tenham sido coletados R$ 471 milhões aos cofres municipais, estaduais e federal. Isto é, aos R$ 222 milhões ar-recadados pelas empresas do setor, somaram-se R$ 249 mi-lhões de impostos e contribuições de seus fornecedores – por exemplo, os impostos embutidos no preço da energia elétrica. Na tabela abaixo, vê-se a distribuição dessa carga tributária entre diferentes impostos e contribuições, em que se destaca-ram o ICMS, os outros tributos sobre a produção (onde estão incluídos a Cofins e o PIS/Pasep), o imposto de renda e as contribuições ao INSS e ao FGTS.

ImpostosCadeia de Cloro-Soda Economia

Brasileira (setor privado)Fornecedores Cloro-Soda Total

Impostos sobre a produção (1) 122.552 113.383 235.936 180.576.269

ICMS 39.311 43.602 82.913 52.731.074

IPI/ISS 5.312 3.723 9.035 13.453.695

Imposto de importação 1.817 2.454 4.271 4.535.688

Outros específicos 2.811 8.892 11.702 3.505.837

Outros impostos sobre a produção 73.301 54.713 128.014 106.349.974

Impostos sobre a renda e a propriedade (2) 126.230 108.854 235.085 170.066.452

IPTU 2.775 402 3.177 4.233.754

IPVA 2.750 2.948 5.698 5.276.512

IPMF / CPMF 5.517 4.578 10.095 10.563.011

Previdência oficial e FGTS 59.203 23.030 82.233 86.526.494

Imposto de renda 43.204 56.322 99.526 45.095.680

CSLL 12.604 21.575 34.179 15.661.353

Demais (ITR) 178 - 178 2.709.648

Carga tributária total (1+2) 248.783 222.238 471.020 350.642.721

Carga tributária (%) do VA 30,40% 40,06% 34,30% 25,10%

O valor total de impostos e contribuições sociais arre-cadados em 2003 com a venda de produtos da indústria de cloro-soda representou 28,9% do valor da produção do se-tor. Para se ter uma idéia do que os R$ 471 milhões represen-tam em termos relativos, pode-se mencionar que esse valor superou o total das despesas federais com cultura, desporto e lazer, que somaram R$ 412,3 milhões em 2003, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. Outra comparação: a carga tributária da indústria de cloro-soda foi de 2,6 vezes os gastos da União com habitação e saneamento naquele ano!

Carga tributária da indústria de cloro-soda, R$ mil, 2003Fonte: GVconsult

Em 2003, as empresas do setor coletaram impostos e contribuições sociais no

valor de aproximadamente R$ 222 milhões

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Qualidade do emprego e produtividade

Os trabalhadores

da indústria de

cloro-soda ganham

2,5 vezes o salário

de um empregado

com carteira de

trabalho no país

Os dados do Relatório Anual de Indicadores So-ciais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Em-prego permitem avaliar a qualidade do emprego na indústria de cloro-soda. Em 2003, os em-

pregados do setor, em sua grande maioria do sexo masculi-no, tinham em média 10,3 anos de educação formal. O nível educacional dos trabalhadores do setor era, portanto, maior que o da média dos trabalhadores com carteira assinada no país (de 9,8 anos de educação) e, também, superior ao dos empregados da indústria de transformação (de 8,7 anos de educação).

Outros indicadores apontam na mesma direção. Por exemplo, o indicador de permanência do trabalhador na mes-ma empresa. Na indústria de cloro-soda, os empregados per-maneciam em média 11 anos e 6 meses na mesma empresa, enquanto a média nacional era de apenas 5 anos e 10 meses. Na indústria de transformação, o tempo de permanência era ainda menor, de 4 anos e seis meses. A jornada semanal de trabalho, em média, era menor na indústria de cloro-soda: 41,4 horas na semana contra 43,5 horas na semana da indús-tria de transformação. A diferença de participação de empre-gados com mais de 50 anos de idade também era notória. Na indústria de transformação, a freqüência de trabalhadores com mais de 50 anos de idade não chegava a 25% da força-de-trabalho, enquanto que na média da economia nacional esse percentual era de 34%. No setor de cloro-soda, mais de 50% da mão-de-obra já ultrapassava 50 anos em 2003.

Indicadores Total da

economia Indústria de

transformação Indústria de cloro-soda

Participação das mulheres na força de trabalho (%) 40,0% 27,7% 8,8%

Tempo de permanência no emprego (anos) 5,8 4,5 11,5

Jornada semanal de trabalho (horas) 40,6 43,5 41,4

Escolaridade média da mão-de-obra (anos) 9,8 8,7 10,3

Participação da mão-de-obra infantil e juvenil (%) 1,0% 1,3% 0,2%

Participação da das pessoas com 50 anos ou mais (%) 33,6% 24,9% 50,2%

Salário médio (R$/mês) 925,09 930,84 2.341,72

Indicadores de qualidade do emprego, 2003Fonte RAIS-MTE; Elaboração: GVconsult

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Indicadores Total da

economia Indústria de

transformação Indústria de cloro-soda

Participação das mulheres na força de trabalho (%) 40,0% 27,7% 8,8%

Tempo de permanência no emprego (anos) 5,8 4,5 11,5

Jornada semanal de trabalho (horas) 40,6 43,5 41,4

Escolaridade média da mão-de-obra (anos) 9,8 8,7 10,3

Participação da mão-de-obra infantil e juvenil (%) 1,0% 1,3% 0,2%

Participação da das pessoas com 50 anos ou mais (%) 33,6% 24,9% 50,2%

Salário médio (R$/mês) 925,09 930,84 2.341,72

Setores de atividade econômica R$

Refino do petróleo 1.066.270,13

Extração de petróleo e gás 736.787,00

Indústria de cloro-soda 635.543,70

Aluguel de imóveis 553.568,67

Siderurgia 278.633,34

Elementos químicos 223.289,07

Serviços industriais de utilidade pública 196.427,19

Fabricação de óleos vegetais 172.907,37

Comunicações 163.583,74

Instituições financeiras 119.274,67

Indústria da borracha 107.016,76

Químicos diversos 97.800,74

Metalurgia não-ferrosos 94.459,69

Automóveis, caminhões e ônibus 90.310,60

Indústria de açúcar 88.644,79

Equipamentos eletrônicos 73.601,29

Farmacêutica e de perfumaria 68.650,68

Máquinas e tratores 66.697,66

Indústria do café 56.850,11

Papel e gráfica 49.791,51

Indústria de laticínios 43.619,33

Material elétrico 40.768,56

Outros veículos e peças 39.678,19

Administração pública 34.638,76

Minerais não-metálicos 33.803,16

Extrativa mineral 33.602,74

Abate de animais 29.383,31

Construção civil 26.767,57

Beneficiamento de produtos vegetais 25.584,61

Artigos de plástico 24.457,09

Indústria diversas 22.121,99

Indústria têxtil 21.699,45

Outros metalúrgicos 19.291,74

Outros produtos alimentares 18.940,27

Serviços prestados às empresas 18.679,66

Transportes 12.135,08

Madeira e mobiliário 10.898,21

Agropecuária 10.871,58

Fabricação de calçados 10.696,38

Comércio 9.516,75

Serviços prestados às famílias 6.437,32

Artigos do vestuário 3.983,93

Serviços privados não-mercantis 2.737,97

Economia Brasileira (média) 20.726,53

Valor adicionado por trabalhador, 2003Fonte: GVconsult

O resultado da maior escolaridade e experiência da mão-de-obra são maiores salários e maior produtividade. Na indústria de cloro-soda, os empregados receberam em média R$ 2.341,72 por mês em 2003. Esse valor é 2,5 vezes o salário médio das pessoas empregadas nos demais setores da econo-mia brasileira.

A produtividade da força-de-trabalho na indústria de cloro-soda é a terceira maior do país: apenas o setor de refino de petróleo e o de extração de petróleo e gás tinham, em 2003, produtividade maior que essa. Cada trabalhador da indústria de cloro-soda adicionou R$ 636 mil reais, o que equivale a aproximadamente R$ 53 mil por mês ou a R$ 320,00 por hora trabalhada. Esse valor é quase 31 vezes a produtividade média dos ocupados na economia brasileira.

No setor de cloro-soda, mais de 50% da mão-de-obra já

ultrapassava 50 anos de idade em 2003

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Responsabilidade social e meio ambiente

Do valor que a

indústria de cloro-

soda adiciona à

economia brasileira,

mais da metade

retorna diretamente

para a sociedade

A contribuição social das empresas da indústria de cloro-soda vai além da arrecadação de impostos. Incluem as despesas com salários e encargos tra-balhistas, no valor de R$ 105 milhões em 2003,

e também os benefícios concedidos aos funcionários, que somaram R$ 17 milhões. Adicionados os demais impostos e contribuições – R$ 199,2 milhões naquele ano – que são pa-gos com o excedente operacional bruto da empresa chega-se a um total de despesas sociais de R$ 321,3 milhões, montan-te que representou 57,3% do valor adicionado pelo setor em 2003. Ou seja, de tudo o que a indústria do cloro-soda adi-ciona de valor à economia brasileira, mais da metade retorna diretamente para a sociedade, seja na forma de impostos e contribuições, seja como pagamento de salários, encargos tra-balhistas e benefícios concedidos aos funcionários.

A contribuição social dessas empresas também pode ser avaliada pelo conjunto de ações sociais empreendidas ou apoiadas por elas. Em 2004, o conjunto das empresas do se-tor empreendiam ou apoiavam diversos programas sociais e comunitários ligados às áreas de educação, meio ambiente e saúde. O quadro a seguir traz os principais programas empre-endidos pelas empresas do setor.

Despesas sociais R$ mil

Remunerações 104.833

Salários 77.937

Encargos sociais 26.896

Benefícios com funcionários 17.244

Alimentação 1.905

Transporte 2.479

Previdência privada 3.687

Saúde 3.849

Segurança e medicina no trabalho 1.416

Desenvolvimento profi ssional 1.464

Outros (benefícios adicionais) 2.444

Impostos sobre renda e propriedade* 199.207

Total 321.285

(%) no Valor Adicionado 57,9%

Nota: (*) Excetuadas as contribuições à Previdência Social e ao FGTS

Despesas sociais da indústria de cloro-soda, 2003Fonte: GVconsult

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19

Empresa Programas

Braskem Lagoa Viva (AL)Operação Praia Limpa/Arte na Praia

(BA, AL, RS, SP)

Arte com Plástico nas Escolas (BA)

Prêmio Braskem de Cultura e Arte

(BA)

Prêmio Braskem de Teatro (BA)

Fundação Casa de Jorge Amado* (BA)

Dow BrasilMangue Limpo

(SP)

Cultivo de Ostras Nativas em

Cativeiro (BA)

Educação Ambiental em Matarandiba (BA)

Painel Comunitário de Atuação Responsável (BA, SP)

Programa Saúde Oral (BA)

CarbocloroFábrica Aberta

(SP)Projeto Cidade

do Amanhã (SP)

Gincana Ecológica

Carbocloro (SP)

Doação de Cloro e Hipoclorito de

Sódio (SP)

Projeto Cultural Carbocloro (SP)

Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Cubatão* (SP)

Solvay Indupa

Química e Natureza (SP)

Mãos à Obra (SP)Melhor Idade e o Meio Ambiente

(SP)

Portas Abertas (SP)

Doação de Hipoclorito de

Sódio (SP)

APAE de Rio Grande da Serra* (SP)

Projeto Água e Cidadania (NE)

Pan-Americana

Programas Assistenciais Junto a 26 Associações de Moradores* (RJ)

Fundação Pan-Americana para Fins Assistenciais** (RJ)

CanexusProjeto Anzol*

(ES)

ÁlcalisSecretaria de Ação Social e

Assistência à Criança de Arraial do Cabo* (RJ)

IgarassuFábrica Aberta

(PE)Doação de Cloro

(PE)

Palestras Educativas sobre

Saúde (PE)

AbiclorRevista Turma da

Mônica - Água Boa pra Beber

Cloro Evita a Cólera

Olimpíadas de Química

Semana de Comunicação

do Cloro

Programas sociais da indústria de cloro-soda

Notas: (*) em parceria com o poder público; (**) apoio exclusivo aos trabalhadores da empresa. Para maiores detalhes sobre os programas sociais, consulte os sites das empresas, disponíveis em www.abiclor.com.br

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20

A.1 A teoria de Leontief: o modelo aberto

A chamada tabela de insumo-produto das Contas Nacionais tem o as-

pecto típico descrito na figura abaixo. Nela, estão representadas as diversas

transações intersetoriais realizadas numa determinada economia durante

um certo período de tempo (um ano, digamos). São m setores produtivos,

ou atividades, que participam do fluxo de insumos e de produtos. As prin-

cipais variáveis sobre as quais são definidas as relações de insumo-produto

são:• X

ij : a quantidade de insumo, em valor monetário, produzido pelo

setor i e adquirido pelo setor j;• X

i : o valor monetário da produção total do setor i;

• Di : o valor monetário da demanda final pelo produto do setor i, que

corresponde à soma do consumo familiar deste insumo, Ci, com o

investimento privado, Ii, o dispêndio governamental, G

i, e as expor-

tações, Ei;

• Vj : o valor adicionado pelo setor j;

• Mj: as importações do setor j.

Na linha i estão, portanto, as vendas do setor i para cada um dos demais

setores da economia de forma que podemos escrever:

,

ou ainda:

Os dois componentes da demanda total, que se iguala ao valor da pro-

dução do setor, são a demanda final, realizada pelos consumidores, inves-

tidores e governo e a demanda intermediária, ou consumo intermediário.

Na demanda final está incluído o consumo das famílias, o que indica que o

modelo é aberto, visto que essa parte importante da demanda é determina-

da, por hipótese, de forma exógena.

A hipótese fundamental do modelo de insumo-produto assume que a

quantidade de insumo do setor i consumido pelo setor j, Xij, é proporcional

à produção total do próprio setor j, Xj, isto é, que

Xij = a

ij · X

j ,

em que aij é uma constante. Isso equivale a dizer que o consumo por parte

do setor j de insumos do setor i, Xij, é uma função linear de sua própria

produção, Xj. Para se produzir um total de X

j, o setor j necessita de a

ij · X

j

= Xij em insumos de i. Percebe-se que esta relação é uma característica da

tecnologia de produção do setor j: para dobrar a sua produção, e chegar a 2

· Xj, por exemplo, o setor j necessitará obter do setor i um total de a

ij · (2 · X

j)

= 2 · Xij em insumos.

A matriz A = (aij) que pode ser assim construída é conhecida por matriz

de tecnologia e os seus elementos ‘aij’ são chamados coeficientes técnicos de

insumos diretos. A hipótese feita se baseia no fato de ser lento o ritmo de

avanço tecnológico por parte das diversas indústrias de uma economia, o

que implica a validade da relação acima para períodos imediatamente an-

teriores e posteriores. Supõe-se também que os preços são fixos no período

em que se fez a análise, já que na prática as quantidades dadas da tabela de

insumo-produto estão em alguma unidade monetária, e não na unidade

física correspondente do produto, o que seria mais adequado para o cálculo

das relações tecnológicas.

A partir dessas relações, obtém-se um sistema linear de m equações e m

incógnitas:

, i = 1, 2, ...,m,

ou seja,

ai1X

1 + a

i2X

2 + ... + a

inX

n + D

i = X

i, i = 1, 2, 3, ...,m.

Na forma matricial, este sistema pode ser escrito como:

A·X + D = X , ou ainda, (I – A)·X = D.

Aqui, A é a matriz de tecnologia, quadrada m x m; X é o vetor coluna m

x 1 cujos elementos são os valores das produções dos diversos setores; D é o

vetor coluna m x 1 correspondente à demanda final e I é a matriz identidade

m x m.

O passo final para a construção do modelo de I-P pode ser garantido

ao se perceber que, em geral, o consumo intermediário de um setor não

ultrapassa o total de sua produção, isto é,

, j = 1, 2, 3, ..., m,

o que equivale a

, j = 1, 2, 3, ..., m.

Essas desigualdades garantem a existência da inversa da matriz (I – A).

Assim, o sistema acima pode ser resolvido para X:

X = (I – A)-1 ·D = L·D (1)

A matriz L = (I – A)-1 é chamada de matriz inversa de Leontief. O siste-

ma (1) mostra o quanto a economia deverá produzir de cada mercadoria

e serviço para atender a demanda total D. Assim a j-ésima coluna de L re-

presenta a produção necessária de todos os setores produtivos para atender

à demanda de uma única unidade de produto do setor j, como é possível

Anexo metodológico

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21

verificar ao se fazer o vetor D igual ao vetor-coluna composto apenas por

zeros a exceção de seu j-ésimo elemento, que deve ser 1.

A fim de se mensurar impactos econômicos utilizando-se a matriz de in-

sumo-produto, são construídos multiplicadores de emprego e de renda. Na

literatura especializada não há um consenso geral sobre o significado des-

ses multiplicadores e diversas definições distintas podem ser encontradas.

Neste texto, serão empregadas duas delas, uma função da outra, e o valor

associado àquela mais importante será denominado coeficiente de emprego

ou de renda, conforme o caso.

O coeficiente de emprego direto CEDj, j = 1, 2, ..., m é aquele obtido pela

divisão do número de trabalhadores de cada setor j de atividade, Nj, pelo

respectivo valor da produção, Xj. Compondo um vetor-linha (1 × m) com

estes quocientes, chega-se a:

CED = (N1/X

1 N

2/X

2 ...N

m/X

m) (2)

Isto é, para se produzir uma unidade de produto do setor j, serão ne-

cessários CEDj pessoas ocupadas no próprio setor j, seguindo a hipótese de

relações lineares de Leontief. Ou ainda: se houver uma demanda por uma

unidade de j, diretamente empenhados em sua produção, estarão CEDj pes-

soas no setor j.

Entretanto, há o efeito indireto de geração de emprego em toda a econo-

mia, visto que este setor deve consumir produtos provenientes dos demais.

Para calcular este efeito, lembremos que, dado um vetor-coluna D (m × 1)

representando a demanda pelos produtos das m atividades, a produção que

a satisfaz é dada por Z = L·D. Para produzir Z, serão necessários, portanto,

pessoas ocupadas, isto é, E = CED·Z = (CED·L)·D = CEDI·D.

O vetor-linha CEDI (1 × m), o qual é igual a CED·L, é conhecido como o

vetor de coeficientes de emprego direto e indireto, pois seu j-ésimo elemen-

to, o coeficiente CEDIj, representa o total de pessoas ocupadas necessárias

para que toda a economia atenda à demanda de um único bem do setor j.

CEDI = CED · L (3)

A outra noção de multiplicador de emprego, também utilizada na litera-

tura, relaciona o coeficiente de emprego direto com o indireto:

, j = 1, 2, ..., m. (4)

Essa relação nos diz que, se a produção de um valor determinado do

setor j empregar diretamente n trabalhadores do setor j, então o número

de empregos diretos e indiretos gerados na economia correspondente será

de KEj · n.

De maneira análoga, é possível também calcular os coeficientes de renda

direta a partir da linha “Valor Adicionado” da tabela de insumo-produto.

CRD = (V1/X

1 V

2/X

2 ...V

m/X

m) (5)

e, em seguida, os coeficientes de renda direta e indireta

CRDI = CRD·L (6)

que tem como j-ésimo elemento a renda total da economia advinda da pro-

dução requerida para atender à demanda de uma unidade do produto do

setor j. Assim, dada uma demanda genérica D, a renda total Y obtida em

sua produção pode ser calculada por Y = CRDI.D. E, da mesma forma, os

multiplicadores de renda são calculados por:

, j = 1, 2, ..., m (7)

Para efeito de simulações, os coeficientes definidos pelas expressões (2)

e (3) nos permitem inferir quanto ao número de empregos diretos e in-

diretos que seriam gerados pelo aumento do dispêndio agregado no se-

tor j, mantidas as relações tecnológicas. As equações (5) e (6), por sua vez,

fornecem elementos para se estimar o total de renda que seria gerado por

esse dispêndio adicional. Já as relações (4) e (7) apenas revelam o poder de

encadeamento dos m setores de atividade da economia: quanto maior essa

relação, maior a quantidade de empregados, ou de renda, que serão gerados

nos setores fornecedores de insumo para um emprego, ou unidade de ren-

da, que são gerados diretamente.

A.2 A Matriz Insumo-Produto do IBGE

A matriz de insumo-produto brasileiras gerada pelo IBGE para o ano de

2003 – e ampliada com a abertura do setor cloro-soda no presente projeto

– foi construída a partir das tabelas de produção e de consumo intermedi-

ário das atividades econômicas, utilizando-se uma metodologia que per-

mitiu agregar 86 diferentes produtos em 43 setores produtivos. Os dados

primários foram coletados e resumidos em basicamente duas tabelas:

1- A tabela de produção, correspondente a uma matriz V (43 x 86), em

que Vij representa a quantidade do bem j produzido pelo setor i no

ano considerado; e

2- A tabela de consumo intermediário, correspondente a uma matriz

Un (86 x 43), cujo elemento Unij representa a quantidade do bem i

consumido pelo setor j.

Nas matrizes brasileiras são adotadas as seguintes definições:• q

j = a produção total do bem j na economia no período de um ano,

para j = 1, 2,..., 86;• g

j = a produção total do setor j, para j = 1, 2,...,43 (nos itens acima,

foi utilizado Xj para denotar este mesmo valor);

• r = (1, 1, 1,...,1)t o vetor coluna (43 x 1), tal que todos os seus ele-mentos são iguais a 1;

• s = (1, 1, 1,...,1)t o vetor coluna (86 x 1), tal que também todos os seus elementos são iguais a 1;

• qd = a matriz diagonal (86 x 86), tal que qdjj = q

j, j =1, 2, ..., 86;

• gd = a matriz diagonal (43 x 43) tal que gdjj = g

j, j =1, 2, ..., 43.

Observa-se que:

, i = 1, 2, ..., 43, isto é,

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22

g = V·s (8)

De maneira análoga,

, j = 1, 2, ..., 86.

Esse sistema pode ser escrito na forma matricial como qt = rt V, ou ain-

da:

q = Vt ·r (9)

As operações feitas em (8) e em (9) mostram que multiplicar uma matriz

por um vetor do tipo r ou s composto apenas por valores unitários equivale

a formar um vetor cujo i-ésimo elemento é igual à soma de todos os ele-

mentos da linha i da matriz. Por esta razão, valem ainda os resultados

q = (qd) · s e g = (gd) · r (10)

São definidas ainda a matriz de participação de mercado D como Dij

= Vij / q

j, i = 1, 2,..., 43; j = 1, 2, ...,86; e a matriz de consumo nacional B

como, Bij = Un

ij / g

j, i = 1, 2,..., 86; j = 1, 2, ...,43, as quais podem ser escritas

concisamente como:

D = V·(qd)-1 e B = Un·(gd)-1 (11)

Segundo estas definições, como Vij é a quantidade do bem j produzido

pelo setor i, o número Dij fornece a fração do total do bem j proveniente do

setor i. E ainda, como Unij é a quantidade do bem i produzido nacional-

mente e consumido pelo setor j, Bij representa a participação do consumo

do produto i no dispêndio total gj do setor j.

Seja um vetor de demanda final por produto, En (86 x 1). Conforme o

modelo aberto:

q = Un·r + En

De (11), tem-se que: Un = B·gd e V = D·qd. E daí:

q = (B·gd)·r + En = B(gd·r) + En = B·g +En.

Multiplicando-se ambos os lados desta equação por D, e trocando sua

ordem, obtém-se D·B·g + D·En = D·q = D·(qd·s), a qual pode ser expressa

da seguinte forma:

(D·qd)·s = V·s = g (12)

A matriz A = D·B (43 x 43) é a matriz de tecnologia do modelo aberto

de insumo-produto. A matriz D de participação de mercado é a ferramenta

de agregação das informações relativas a produtos em setores de atividade,

tarefa necessária pelo fato de as matrizes V e Un não serem quadradas. Por

exemplo, o vetor Dn = D·En pode ser visto como o vetor demanda por

setor de atividade: o número Dij · En

j é uma estimativa para a quantidade

do produto j que foi produzida pelo setor i e que se destinou à demanda

final. Assim, a demanda total por produtos provenientes do setor i deve ser

dada por

.

Pode-se, finalmente, reescrever (12) conforme o modelo aberto de Le-

ontief, sendo aqui g o vetor de produção por setor:

g = (I – A)-1 · Dn (13)

O IBGE também traz a matriz consumo por produtos importados, Um

(86 x 43), a qual apresenta, para cada atividade, os valores dos produtos im-

portados consumidos. A matriz Bm que mostra a relação entre a produção

por atividade e o respectivo consumo intermediário de produtos importa-

dos é definida como

Bm = Um·(gd)-1 (14)

A partir desta matriz, calcula-se a matriz M de coeficientes de importa-

ção por produto:

M = Bm·L (15)

a qual, multiplicada pela demanda Dn, fornece a importação por produto

realizada pela economia:

Imp = M·Dn (16)

isto é, Impj = a quantidade do produto j, j = 1, 2, ..., 86, importado pelo país

durante o exercício.

Analogamente, há sete matrizes Tp de impostos que, para gerar coefi-

cientes de impostos, recebem o mesmo tratamento dado para Um, a matriz

de importados.

Para os anos de 1990 a 1996, as matrizes Un e V foram disponibilizadas

pelo IBGE já prontas para a aplicação da metodologia acima descrita. Para

os anos 1997 a 2003, no lugar do consumo intermediário nacional – matriz

Un – se encontra dada a matriz U com consumo intermediário total, que

corresponde à matriz Un adicionada a todas as matrizes de impostos, mais

a de importação, mais as de margem de comércio e de transporte. A fim

de estender a análise de insumo-produto para esses períodos, estimou-se

a matriz Un, reproduzindo a relação entre Un(96) e U(96). A expressão a

seguir nos dá a fórmula empregada para essa adaptação.

, t = 1997, ..., 2003.

A.3 Carga tributária

Para a realização deste estudo, foram utilizadas, além das tabelas de re-

cursos e usos de 2003 publicadas pelo IBGE, correspondentes à matrizes U

e V do item A.2,• a tabela de demanda total, correspondente a uma matriz W (86 x

48), composta pelas tabelas de consumo intermediário por ativida-de econômica – uma matriz U (86 x 43), cujo elemento U

ij repre-

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senta a quantidade do bem i consumido pelo setor j – e de demanda final, correspondente a uma matriz Df (86 x 5);

• os vetores de impostos sobre produto (ver tabela de produção), ICMS IPI / ISS, etc;

• a tabela de valor adicionado.

Impostos ligados à produção e à importação

Impostos sobre produtos

Até 1996, eram divulgadas pelo IBGE, as tabelas de impostos sobre pro-

duto (ICMS, IPI, ISS, Imposto de Importação e outros específicos), nas

quais eram apresentados os valores destes impostos pagos pelas atividades

econômicas ao consumir determinado produto. A partir de 1997, passaram

a ser publicados apenas os vetores contendo os totais de impostos que in-

cidiram sobre os diversos produtos, agora não mais abertos por setor. Em

virtude deste fato, os procedimentos seguintes foram empregados com o

intuito de estimar tais tabelas para o ano de 2003.

Empregaram-se as estruturas de arrecadação das tabelas de 1996 nas de

2003. Estipulou-se que cada segmento de atividade econômica e compo-

nente de demanda final, ao consumir dado produto, pagou uma mesma

alíquota sobre esse produto.

Assim, sejam o vetor-coluna I (86×1), contendo os totais dos impostos

pagos sobre produtos nacionais e importados; a matriz filtro K (86×48),

sendo o elemento Kij igual a um se a atividade j tiver pago o imposto sobre o

produto i nacional, e igual a zero, caso contrário (estrutura de arrecadação

em 1996); a matriz filtro L (86×48), análoga à matriz K, mas agora para

produtos importados, e ai e b

i as alíquotas cobradas respectivamente sobre

os produtos tipo i de origem nacional e de origem estrangeira, i = 1, 2,...,

86. Tem-se, então:

,

i = 1, 2, ..., 86.

Por inspeção, é possível descobrir quando ocorreu taxação sobre pro-

dutos nacionais e importados, ou apenas sobre nacionais ou apenas sobre

importados. Portanto, para cada produto i, i = 1, 2,..., 86, pode-se construir

relações entre Kij e L

ij, j = 1, 2,..., 43, de forma a obter uma terceira matriz

filtro M (86×48) tal que um dos casos abaixo ocorre:

, (17)

, (18)

, (19)

ou

ci = a

i ou c

i = b

i (20)

Seguem de (17), (18) e (19) estimativas si para as alíquotas dos impos-

tos

(21)

sendo si = a

i + b

i, s

i = a

i ou s

i = b

i, conforme o caso. Quando se tem (4),

toma-se para 2003 a mesma relação entre bi e a

i que se tinha em 1996, o

que permite encontrar ai e b

i também por (21). A partir daí, calcula-se as

matrizes de impostos sobre produtos por

i = 1, 2, ..., 86, j = 1, 2, ..., 43 (apenas para os 43 setores).

Outros impostos ligados à produção

A tabela de valor adicionado já apresenta abertos, por atividade econô-

mica, os seguintes impostos sobre a produção: (i) impostos sobre a folha

de pagamento – salário educação, sistema S; e (ii) outros impostos e taxas

sobre a produção – Cofins, PIS / Pasep e outros.

Impostos sobre Renda e Propriedade

O IRPJ e a CSLL foram estimados a partir dos totais de arrecadação

destes tributos publicados nas contas nacionais do IBGE e distribuídos de

acordo com a participação de cada atividade econômica no total da arreca-

dação, conforme a classificação CNAE-Fiscal.

Estimou-se o rateio do total de IPVA pelos 43 setores de atividade utili-

zando o consumo de gasolina pura, gasoálcool e óleos combustíveis, o qual

deve ser aproximadamente proporcional aos respectivos tamanhos das fro-

tas destes setores.

O rateio do total arrecadado de IPTU foi feito segundo a linha de “Alu-

guel de imóveis” da matriz de consumo intermediário.

A estimativa do valor da CPMF pago por cada atividade econômica foi

obtida distribuindo-se o total arrecadado segundo os totais de consumo

intermediário das atividades e dos setores da demanda final.

A arrecadação total do imposto territorial rural foi atribuída integral-

mente ao setor agropecuário e ao setor da fumicultura – equivalente a R$

2,71 bilhões em 2003.

As Contribuições Sociais Efetivas foram retiradas diretamente da tabela

de valor adicionado, a qual fornece as contribuições já desagregadas por

setor de atividade.

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A.4 Tabelas da Matriz Insumo-

Produto modificada

A seguir apresentamos as tabelas de oferta e demanda totais, de produ-

ção, de consumo intermediário e a Matriz Estruturada de Impostos para o

ano de 2003, a qual foi empregada para se calcular os impactos na cadeia, os

multiplicadores de emprego e renda de suas atividades e a carga tributária.

Anexo estatístico

Componentes

Produtos da indústria de cloro-soda

Total da indústria

Carbonato de sódio (barrilha)

Ácido clorídrico

Cloro

Hidróxido de potássio

(potassa cáustica)

Hidróxido de sódio

(soda cáustica)

Hipoclorito de sódio

Ofe

rta

Oferta total a preço de consumidor 287.063 66.114 779.682 31.965 1.010.059 108.972 2.283.855

Margem de comércio 3.993 920 10.845 445 14.050 1.516 31.768

Margem de transporte 3.179 732 8.635 354 11.187 1.207 25.294

Imposto de Importação 19.466 - - 136 16.506 - 36.108

IPI/ISS - - - - - - -

ICMS 11.424 8.093 17.498 3.672 99.374 13.470 153.530

Outros impostos - - - - - - -

Oferta a preços básicos 249.000 56.370 742.704 27.359 868.943 92.779 2.037.155

Produção da indústria de cloro-soda 54.337 55.708 741.861 25.089 662.619 92.755 1.632.368

Importação de bens 194.663 662 843 2.270 206.324 24 404.786

Dem

and

a Consumo intermediário 287.062 66.064 779.473 28.246 991.713 108.949 2.261.507

Exportação de bens 0 51 209 3.719 18.346 23 22.348

Demanda total a preços de consumidor 287.063 66.114 779.682 31.965 1.010.059 108.972 2.283.855

Oferta e demanda totais, 2003, em R$ milFonte: GVconsult

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Setores de atividadeCarbonato de sódio (barrilha)

Ácido clorídrico

Cloro

Hidróxido de potássio

(potassa cáustica)

Hidróxido de sódio (soda

cáustica)

Hipoclorito de sódio

Total da indústria

Agropecuária - - - - - - -

Extrativa mineral - - - - - - -

Extração de petróleo e gás - - - - - - -

Minerais não-metálicos 269.084 4 - 5.085 7.139 - 281.311

Siderurgia - 2.018 - - - - 2.018

Metalurgia não-ferrosos - 10.471 508 - 147.204 1.680 159.863

Outros metalúrgicos - - - - - - -

Máquinas e tratores - - - - - - -

Material elétrico - - - - - - -

Equipamentos eletrônicos - - - - - - -

Automóveis, caminhões e ônibus - - - - - - -

Outros veículos e peças - - - - - - -

Madeira e mobiliário - - - - - - -

Papel e gráfica - 813 18.403 - 201.583 7.941 228.739

Indústria da borracha - - - - - - -

Elementos químicos - - 380.546 - 108.028 - 488.573

Indústria de cloro-soda 17.978 - 260.179 - - - 278.157

Refino do petróleo - 29.534 77.857 - 230.564 19.196 357.150

Químicos diversos - - - 3.672 - - 3.672

Farmacêutica e de perfumaria - 324 - 2.541 76.033 8.539 87.438

Artigos de plástico - - - - - - -

Indústria têxtil - 243 - 14.971 36.113 5.793 57.121

Artigos do vestuário - - - - - - -

Fabricação de calçados - - - - - - -

Indústria do café - - - - - - -

Beneficiamento de produtos vegetais - - - - - - -

Abate de animais - - - - - - -

Indústria de laticínios - - - - - 3.998 3.998

Indústria de açúcar - - - - 5.042 - 5.042

Fabricação de óleos vegetais - - - - - - -

Outros produtos alimentares - 6.658 47 1.695 44.407 146 52.953

Indústria diversas - 12.925 21.127 - 112.110 - 146.162

Serviços industriais de utilidade pública - 900 19.904 - - - 20.804

Construção civil - - - - - - -

Comércio - - - - - - -

Transportes - - - - - - -

Comunicações - - - - - - -

Instituições financeiras - - - - - - -

Serviços prestados às famílias - - - - - 58.378 58.378

Serviços prestados às empresas - - - - - - -

Aluguel de imóveis - - - - - - -

Administração pública - 2.174 903 282 23.491 3.278 30.129

Serviços privados não-mercantis - - - - - - -

Demanda total 287.062 66.064 779.473 28.246 991.713 108.949 2.261.507

Consumo intermediário das atividades, 2003, em R$ milFonte: GVconsult

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Setores de atividadeEmprego (por R$ 10 milhões de demanda) Renda (por R$ mil de demanda)

Direto Indireto Multiplicador Direto Indireto Multiplicador

Agropecuária 489 661 1,35 532 878 1,65

Extrativa mineral 132 328 2,49 443 981 2,22

Extração de petróleo e gás 11 73 6,49 827 989 1,20

Minerais não-metálicos 113 283 2,49 384 893 2,33

Siderurgia 10 175 16,74 291 880 3,03

Metalurgia não-ferrosos 23 194 8,51 215 802 3,73

Outros metalúrgicos 141 314 2,23 272 882 3,25

Máquinas e tratores 85 244 2,85 569 977 1,72

Material elétrico 46 301 6,54 188 884 4,71

Equipamentos eletrônicos 51 254 4,98 375 859 2,29

Automóveis, caminhões e ônibus 20 281 14,20 179 836 4,68

Outros veículos e peças 51 266 5,22 202 813 4,02

Madeira e mobiliário 349 658 1,88 381 953 2,50

Papel e gráfica 72 355 4,94 358 1030 2,87

Indústria da borracha 29 213 7,29 312 865 2,77

Elementos químicos 20 245 12,24 446 935 2,09

Indústria de cloro-soda 5 104 19,45 340 841 2,48

Refino do petróleo 3 90 30,41 314 875 2,79

Químicos diversos 30 179 5,86 298 842 2,83

Farmacêutica e de perfumaria 46 370 8,02 317 1027 3,24

Artigos de plástico 128 279 2,19 313 896 2,87

Indústria têxtil 75 487 6,48 163 989 6,07

Artigos do vestuário 800 1266 1,58 319 919 2,88

Fabricação de calçados 352 657 1,87 376 983 2,61

Indústria do café 50 490 9,77 285 980 3,44

Beneficiamento de produtos vegetais 70 494 7,05 179 827 4,61

Abate de animais 44 586 13,27 130 924 7,13

Indústria de laticínios 35 492 14,14 152 877 5,78

Indústria de açúcar 39 355 9,19 342 954 2,79

Fabricação de óleos vegetais 9 447 48,39 160 853 5,34

Outros produtos alimentares 102 433 4,25 193 827 4,29

Indústria diversas 179 419 2,35 395 963 2,44

Serviços industriais de utilidade pública 25 91 3,65 492 878 1,79

Construção civil 196 310 1,58 523 856 1,64

Comércio 525 693 1,32 500 1013 2,03

Transportes 267 402 1,51 323 841 2,60

Comunicações 38 132 3,45 626 900 1,44

Instituições financeiras 59 150 2,54 707 944 1,34

Serviços prestados às famílias 767 906 1,18 494 822 1,66

Serviços prestados às empresas 353 445 1,26 659 924 1,40

Aluguel de imóveis 17 33 1,94 942 990 1,05

Administração pública 195 344 1,77 675 950 1,41

Serviços privados não-mercantis 3334 3358 1,01 913 977 1,07

Coeficientes de emprego e renda, 2003Fonte: GVconsult

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