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Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas Ano VI • nº 60 • junho • 2012 Indústria em compasso de espera Fotos: José Paulo Lacerda/CNI

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Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Ano VI • nº 60 • junho • 2012

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Sistema Indústria do Amazonas na web

www.fieam.org.br

20AM fatura 15 medalhas nos

Jogos Nacionais

10Alunos do SENAI/AM têm média mais alta em

simulado de mecatrônica

Índice

18Modama reúne todos os estilos de

dança de Manaus

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Presidente: ANTONIO CARLOS DA SILVA1º Vice-Presidente: ATHAYDES MARIANO FÉLIX2º Vice-Presidente: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVESVice-Presidentes: NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, NEILSON DA CRUZ CAVALCANTE, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, WILSON LUIZ BUZATO PÉRICO, CARLOS ALBERTO ROSAS MONTEIRO, EDUARDO JORGE DE OLIVEIRA LOPES, AMAURI CARLOS BLANCO, HYRLENE BATALHA FERREIRA1º Secretário: ENGELS LOMAS DE MEDEIROS2º Secretário: ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO1º Tesoureiro: JONAS MARTINS NEVES2º Tesoureiro: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVADiretores: SÓCRATES BOMFIM NETO, FRANK BENZECRY, AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR, CARLOS ALBERTO

MARQUES DE AZEVEDO, ROBERTO BENEDITO DE ALMEIDA, LUIZ CARVALHO CRUZ, CELSO ZILVES, MAURÍCIO QUINTINO DA SILVA, JOAQUIM AUZIER DE ALMEIDA, PAULO SHUITI TAKEUCHI, ANTONIO JULIÃO DE SOUSA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, DAVID CUNHA NÓVOA, GENOIR PIEROSAN, CRISTIANO IUKIO MORIKIO, CLEONICE DA ROCHA SANTOS, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA

Conselho Fiscal:Titulares: MOYSES BENARROS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, JOSÉ NASSERSuplentes: ALCY HAGGE CAVALCANTE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, DAVID NÓVOA GONZALES Delegados representantes junto ao Conselho da CNITitulares: ANTONIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIXSuplentes: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES e FRANCISCO RITTA BERNARDINO

Revista editada pelo Sistema FIEAM

COORDENADORIA GERAL DO CENTRO DE SERVIÇO COMPARTILHADOLuiz Alberto Monteiro Medeiros

DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO E MARKETINGPaulo Roberto Gomes Pereira

GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃOIdelzuita Araújo - MTb 049/AM

REDAÇÃOAdemar Medeiros - MTb 289/AMEvelyn Lima - MTb 151/AMMário Freire - MTb 092/AM

COLABORAÇÃOCássia GuterresMárcio Vieira MTb/AM 0189Vanessa Damasceno

DIAGRAMAÇÃOHerivaldo da Ma� a - MTb 111/AM

CAPA E PUBLICIDADES Andrea Ribeiro, Andressa Sobreira, Alessandra Cordeiro

FOTOGRAFIASComunicação

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.Av. Joaquim Nabuco, 1919 Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) 3233-5594 - acs@fi eam.org.br

Miguel Ângelo/CNI

Não crescemos o que costuma-mos crescer no primeiro semes-tre, mas também não tivemos

resultado negativo como temíamos sob os refl exos da crise mundial no nosso Polo Industrial. Pelo menos até o mês de maio, de acordo com os indicadores da Suframa, no que diz respeito a fatura-mento e exportação, os resultados foram positivos. É claro que é muito cedo para comemorar, até porque as difi culdades pontuais nas empresas dos setores de duas rodas e mecânico, além de afetar várias cadeias produtivas, ainda puxa-ram o nível do emprego para baixo.Entre janeiro e maio, a indústria faturou mais de R$ 27 bilhões, um crescimento de 1,97% em relação a 2011. Quando convertemos para o dólar, o valor fatu-rado vai a US$ 14,97 bilhões, o que fi ca 8,64% abaixo da fatura do ano passado. A diferença se deve à extraordinária variação cambial do período que esteve próxima a bater os 23%.Já em relação às exportações, os resul-tados foram muito mais satisfatórios. Vendemos, até maio, US$ 320,7 milhões, o que representou um crescimento de 2,25% em relação ao exportado no mes-

mo período de 2011, US$ 313,6 milhões.Em relação aos indicadores de empre-gabilidade, tivemos uma variação posi-tiva, de 3,3% nos cinco primeiros meses do ano, mas negativa na comparação entre o mês de maio deste ano e maio do ano passado. Mesmo que não chegue a 1% e esteja concentrada basicamente nas empresas do segmento de duas ro-das, um dos setores mais dinâmicos do nosso polo industrial, a queda não deixa de ser preocupante. Temos razões, no entanto, para crer na recuperação, já neste segundo semestre,

do polo de duas rodas e demais setores mais vulneráveis à crise, uma crise que é, efetivamente, de consumo frente à concorrência com o produto importado.O governo federal já demonstrou que está disposto a fazer a sua parte com um pacote de medidas. Já elevou o IPI das motos importadas para 35%, além de anunciar que vai gastar cerca de R$ 22 milhões na aquisição de motos para renovar a frota da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal. O governo tem se reunido ainda com a associação de empresas fabricantes para discutir alternativas que ajudem a manter a pro-dução e os empregos do setor. Em setembro, quando sentiremos de forma mais efetiva os resultados de tais medidas sobre os indicadores do PIM, já estaremos no melhor período do ano para a nossa economia. E, se as previ-sões mais realistas se concretizarem, es-taremos praticamente sãos e salvos.

Antonio Carlos da SilvaPresidente do Sistema FiEAM

O governo já demonstrou que está disposto a ajudar ao elevar a alíquota do IPI das motos importadas para 35%, além de anunciar que vai gastar cerca de R$22 milhões na aquisição de motos para a Polícia Rodoviária e Polícia Federal

Editorial

ExpedienteDiretoria

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Intercâmbio

Estudantes de várias procedências, no Brasil, se confraternizam na chegada a Toronto, Canadá

período do curso de ciências biológicas do Centro Universitário Nilton Lins, vê como maior desafi o o clima. “Acho que não vou ter problema em relação a comu-nicação e, sim, com o frio. Já estou com a mala pronta para o desafi o”, comentou Ismael, uma semana antes de embarcar.De acordo com a gestora do Programa do IEL/ Amazonas, Dilcilene Soares, o que difere esse intercâmbio dos demais, além da facilidade de pagamento, é a grade curricular intensa, que inclui aulas de in-glês pela manhã e aulas sobre o mercado de trabalho norte-americano no período da tarde.As inscrições para a próxima turma, que será em janeiro de 2013, poderão ser feitas até 30 de setembro de 2012. Mais Informações, inclusive sobre a for-ma de pagamento, pelo número: (092) 2125-8817/8134-0257; e-mail: [email protected] ou na Avenida Joa-quim Nabuco, 1919 (2º andar) do Prédio da FIEAM.

IEL/AM leva você ao CanadáO IEL Amazonas viabilizou a

viagem de cinco alunos para Toronto, Canadá, por meio do Programa de Capacitação em

Inglês e Mercado de Trabalho. A iniciati-va é uma parceria com a Skope.ca (h� p://www.skope.ca). A turma embarcou no dia 28 de junho.O programa tem a duração de quatro semanas e, além de ofere-cer a prática de uma língua es-trangeira, dispo-nibiliza vivência do mercado in-ternacional, por meio de pales-tras e ofi cinas.A estudante do 5º período de letras, da Escola Superior Batista do Amazonas (ESBAM), Dé-bora Farias, 21, tem o inglês fl uente, mas usou o intercâmbio para praticar. “Eu estou realizando um sonho de infância. Desde pequena tenho o desejo de conhe-cer outras culturas, pessoas e lugares.

Acredito que essa experiência vai enri-quecer muito meu currículo e me tornar uma profi ssional mais qualifi cada. Meu inglês é fl uente, mas falta a prática”, dis-se Farias.Já Ismael Bastos, 20, estudante do 3º

IEL Amazonas inaugura turma do Programa de Capacitação em Inglês e Mercado de Trabalho, por meio de parceria com a Skope.ca, do Canadá

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A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e o Centro da Indústria do Es-tado do Amazonas (CIEAM)

assinaram nota conjunta em repúdio aos ataques desferidos pelo presidente da Abiquim (Associação Brasileira da In-dústria Química), Fernando Figueiredo, contra a Zona Franca de Manaus.

Em artigo assinado no ‘O Estado de S. Paulo’, em 12 de junho, o presidente da Abiquim questiona a viabilidade e importância desse modelo de desenvol-vimento regional, e chega a colocar em

Indústria repudia ataquesda Abiquim à Zona Franca

dúvida a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o presidente em exercício da FIE-AM, Athaydes Mariano Félix, o Amazo-nas está sendo colocado em questão por ter se manifestado favorável à Proposta de Súmula Vinculante (PSV) 69, do STF, que tem por objetivo eliminar a guerra fi scal, esta sim, segundo ele, danosa para o País e os Estados.

“A Suprema Corte tem derrubado a concessão de incentivos sem amparo le-gal e quer estabelecer um rito jurídico su-mário para estes casos”, explica Athaydes Mariano Félix. Como manda a legislação, os incentivos do ICMS somente podem ser concedidos pelo Estado se aprovados pelo Confaz. Caso contrário, cria-se um cenário confuso para a atratividade das empresas.

Athaydes analisa que, ao se posicio-nar contra o STF e a ZFM, a Abiquim defende os interesses de poucos em de-trimento da maioria e ajuda a criar uma instabilidade jurídica prejudicial aos in-vestimentos.

O caso ocorre em meio à discussão e o começo da inadiável Reforma Tributária que o País deverá adotar, como solução para eliminar ou reduzir a possibilidade dos entes federados entrarem em atrito com a concessão de benefícios sem con-sulta aos demais.

“O STF, na verdade, tem contribuí-do bastante para o aperfeiçoamento das instituições democráticas, ao derrubar e impedir irregularidades perpetradas por governos estaduais que não respeitam a legislação vigente no país e atuam em total desacordo com as normas estabele-cidas no Confaz”, opina o presidente da FIEAM.

Já o presidente do CIEAM, Wilson Périco, afi rma que “o Amazonas cum-pre a legislação e as leis para fortalecer a base industrial instalada e dentro da

O Amazonas cumpre a legislação para fortalecer a base industrial instalada

e, dentro da legalidade e das normas vigentes, incrementa o desenvolvimento das atividades econômicas de reduzido impacto ambiental e social

WILSON PÉRICO

FIEAM/CIEAM

A Suprema Corte tem derrubado a concessão de incentivos sem amparo legal e

quer estabelecer um rito jurídico sumário para estes casos. O STF, na verdade, tem contribuído bastante para o aperfeiçoamento das instituições democráticas

ATHAYDES MARIANO FÉLIX

legalidade e das normas vigentes incre-menta o desenvolvimento das ativida-des econômicas de reduzido impacto ambiental e social, incentivando novos ramos de grande potencial econômico, seja na indústria dinâmica, que emprega tecnologia de ponta, seja na moderniza-ção e dinamização da indústria tradicio-nal de sustentabilidade ambiental”. Ele lembra que o Polo Industrial de Manaus é responsável pela manutenção da co-bertura fl orestal do Amazonas pratica-mente intacta.

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IEL/AM inscreve para Prêmio Finep Jovem Inovador

Estão abertas até 16 de agosto, as inscrições para o Prêmio Finep Jovem Inovador 2012. Podem participar estu-dantes de 14 a 18 anos de idade, devi-damente matriculados na rede pública ou privada de ensino. O concurso vai selecionar as melhores fotografias so-bre energia sustentável.

A iniciativa é da Financiadora de Estudos e Projetos, vinculada ao Mi-nistério de Ciência e Tecnologia, em parceria com instituições como o Ins-tituto Euvaldo Lodi (IEL Amazonas). De acordo com a superintendente em exercício do IEL/AM, Kátia Meirielle, a ideia é levar o conceito de inovação para as escolas e despertar o interesse dos jovens por tecnologia.

O aluno pode concorrer com até três fotografias. Os primeiros lugares de cada região receberão prêmio no valor de R$ 2,5 mil e o vencedor nacional receberá mais R$ 2,5 mil. O Prêmio Jo-vem Inovador é uma das novidades da 15ª edição do Prêmio Finep de Inova-ção 2012.

Samaúma II na Conferência Rio+20

O diretor regional do SENAI/AM, Al-demurpe Barros, apresentou na Conferên-cia Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro o projeto da unidade móvel fl uvial Samaú-ma II, em fase de conclusão, em Manaus. O barco-escola, que ainda não tem data para entrar em atividade, será referência em sus-tentabilidade. A apresentação aconteceu no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Na mesma programação paralela da Rio+20, o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, e o diretor do Inpa, Adalberto Val, apresentaram a proposta de parceria entre as duas instituições para fomentar o desenvolvimento produtivo sustentável na Amazônia.

BNDES esclarece pequenosMais de 200 micro, pequenos e mé-

dios empresários assistiram à palestra “O BNDES Mais Perto de Você”, no Auditório Gilberto Mendes de Azeve-do. A iniciativa foi do Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN Amazonas).

De acordo com o gerente do CIN/AM, Marcelo Lima, o objetivo foi di-

vulgar as formas de atuação da enti-dade para micro, pequenos e médios empresários, com o objetivo de facilitar o acesso ao crédito para esse segmento. “Falta conhecimento para nossos agen-tes fi nanceiros, por isso, a importância dessa disseminação. Com um evento desse o empresário sai daqui munido de informação e pronto para saber pe-dir o que precisa ao Banco”, disse Lima. Segundo ele, no CIN funciona um pos-to de informação do BNDES por meio do telefone (92) 3186-6510.

O SENAI Amazonas inau-gurou parceria com a em-presa Mercedes-Benz, com o lançamento, no fi nal de maio, dos cursos ‘Funda-mental de Serviços (Safun)’ e ‘Eletricidade Veicular (Seev)’, destinados a con-cessionários e frotistas. A partir de julho serão ofere-cidas 98 vagas, 56 no Safun e 42 no Seev, na Escola SENAI Waldemiro Lustoza, na Cachoeirinha.De acordo com o instrutor da área auto-mobilística do SENAI Amazonas e repre-sentante da Mercedes-Benz, Martiniano Moraes, essa parceria vai agregar e muito para a empresa que qualifi cará sua mão

de obra, fazendo com que os trabalhadores conheçam mais suas peças e aprendam a ma-nuseá-las.Os interessados devem aten-der a alguns pré-requisitos, como ensino fundamental completo, noções de metrolo-gia, mecânica e elétrica para as vagas do curso Fundamental de Serviços. Para participar do

curso de eletricista veicular (Seev), além do ensino fundamental, deve ter o diploma no curso Safun.Mais informações na Escola SENAI, na Avenida Carvalho Leal, 555, Cachoeirinha, telefones 3133-6400/6401. E-mail [email protected].

SENAI e Mercedes-Benz parceiros

Victor Burns dividiu os esclarecimentos com a colega Ariana Alves Furtado

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de obra, fazendo com que os trabalhadores conheçam mais suas peças e aprendam a ma-nuseá-las.Os interessados devem aten-der a alguns pré-requisitos, como ensino fundamental completo, noções de metrolo-gia, mecânica e elétrica para as vagas do curso Fundamental de Serviços. Para participar do

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SENAI em 3º no ‘Miniaulas’O SENAI Amazonas

fi cou em 3º lugar no 3º Concurso de Miniaulas, organizado pelo Depar-tamento Nacional da instituição. A miniaula “Iniciação à Programação de Centro de Usinagem (CNC), utilizando o Sis-tema de Coordenadas Absolutas”, do instrutor da Escola SENAI Walde-miro Lustoza, Silvio Ra-pozo, foi classifi cada entre 71 vídeos.

“A premiação foi fruto de um bom planejamento e, principalmente, de ter contado com pessoas que acreditaram no trabalho”, disse Rapozo, destacando a co-

laboração e o apoio do professor Tiago Bezerra, do aluno Wandrew-Ney Pereira, e do diretor do SENAI/AM, Aldemurpe Barros.

A iniciativa visa incen-tivar os docentes a siste-matizarem e divulgarem seu conhecimento técni-co e recursos didáticos, aprimorando ainda mais o ensino profi ssional atra-

vés da educação audiovisual.O primeiro e segundo lugares, respecti-

vamente, foi para o Rio Grande do Sul, com a aula “Teoria das cores – síntese aditiva”, e Alagoas, com o vídeo “Curvas ABC”.

Falabella (à dir.) com o deputado Ricardo Nicolau e o vice-governador José Melo

A Rede SESI Amazonas de Educação pro-moveu nos dias 21 e 22 de junho, no Ginásio Poliesportivo Domício Velloso, no Clube do Trabalhador do Amazonas, a 9ª edição do Festival Folclórico SESI Educação, com o tema “Cultura que nos abraça”. Alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental mostraram ao público a riqueza do folclore e da música de vários Estados brasileiros, com destaque para a região Nordeste.A Unidade Adalberto Ferreira do Valle (UE 2) abriu o festival apresentando várias coreografi as sob o tema geral “Forró”. Em seguida se apresentou a Quadrilha Anar-riê, formada por alunos da Unidade Émina Mustafa (UE 3). Na sequência, a dança Mis-tura Nordestina, da Unidade 2, mostrou ao público coreografi as inspiradas em temas da região, como a seca, o frevo, o cangaço, as crenças religiosas e o artesanato. A dan-ça fez uma homenagem ao “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga, o ‘Gonzagão’, que faria 100 anos de idade neste ano.

SESI festeja centenário de ‘Gonzagão’ em festival

O presidente da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), Pe-dro Falabella foi agraciado, no início de julho, com a Medalha Ruy Araújo concedida pela Assembleia Legislativa do Estado. Na cerimônia de entrega, o autor da propositura, deputado Marco Antônio Chico Preto (PSD), destacou os serviços prestados pelo homenageado e sua fundamental importância para a cultura, desenvolvimento e fomento do Estado.O presidente da ALE/AM, deputado Ri-cardo Nicolau (PSD), disse que a Meda-lha Ruy Araújo exige vários requisitos, e um deles, é a contribuição para o povo do Amazonas.

ALE/AM concede Medalha Ruy Araújoa Pedro Falabella

Estão abertas até 10 de agosto, as ins-crições para o Concurso Nacional so-bre Segurança e Saúde no Trabalho, promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pelo Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial (SENAI). O tema de 2012 é “Como a segurança e a saúde no trabalho con-tribuem na promoção da qualidade de vida do trabalhador da Indústria”. Podem participar trabalhadores da indústria brasileira e alunos das es-colas do SESI e SENAI. As inscrições podem ser realizadas no site www.sesi.org.br/pro-sst.

SESI e SENAI inscrevem para concurso de SST

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A programação contou ainda com a partici-pação de alunos do 6º ao 9º ano da Unidade 3 com o tema “Balada Forrozeira e Sertane-ja”, mostrando a fusão do forró e sertanejo (neoforró), que está contagiando o país.A gerente da Unidade 2, do SESI, Lize� e Coelho, destacou a evolução do festival, que vem sendo realizado há quase dez anos.

Festival Folclórico das Unidades de Educação foi dedicado ao rei do baião Luiz Gonzaga

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Gianfranco Pampolon, um dos palestrantes; à dir., a gerente do SESISAÚDE, Conceição Costa

Debate

O segmento da construção civil quer ver no Plano Diretor Urbano e Am-biental de Manaus (PDUAM) uma regra que atenda igualmente às

necessidades do poder público e da iniciativa privada no que diz respeito à verticalização das edifi cações no Centro da cidade. A reivin-dicação foi apresentada pelo conselheiro fi scal do Sindicato da Indústria da Construção Ci-vil do Amazonas, empresário José Nasser, ao presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Isaac Tayah, em reunião com repre-sentantes do segmento industrial na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ama-zonas (FIEAM), em 15 de junho.

Em maio deste ano, a Câmara retomou o processo de revisão do Plano Diretor, instru-mento básico para orientar a política de desen-volvimento e ordenamento da expansão ur-bana do município. O presidente Isaac Tayah vem se reunindo com representantes das orga-nizações mais infl uentes para discutir o projeto e levantar demandas para eventuais emendas. O Plano deve ser aprovado pela CMM até no-vembro deste ano e deve conter questões liga-das não só às edifi cações, mas também sanea-mento e drenagem, acessibilidade, transporte, resíduos sólidos, entre outros.

Para o empresário José Nasser, do jeito que está, o Plano Diretor só benefi cia o pró-prio Município. “Pela proposta atual, o poder executivo vai desapropriar casas abandonadas no centro da cidade e construir prédios sem li-mites, enquanto que o particular tem o limite de 25 pavimentos, podendo em alguns casos chegar a 35 andares, desde que se pague a uni-dade de transferência do potencial construtivo (UTTC). Não concordamos com isso. Quere-mos (construtores) ter a liberdade de constru-ção sem a taxa”, disse o empresário, que foi

Em reunião na sede da FIEAM, Sinduscon-AM apresenta importantes demandas do setor para serem incluídas no Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus, que está tramitando na Câmara Municipal de Manaus

presidente da FIEAM entre 1995 e 2007.Nasser levantou pontos ausentes no PDU-

AM, como a proibição da construção em áreas industriais na AM-010. “A implantação de In-dústrias é permitida na BR-174, mas não AM-010, onde se tem estrutura ótima, inclusive com o gasoduto”, lamentou Nasser.

O empresário falou ainda sobre a taxação de água de poços artesianos. “Temos a maior bacia fl uvial do mundo e estamos com esse problema. Não temos concessionária com o plano para investimento. Nunca chegamos a ver um cronograma físico de água e esgoto, não existe estação de tratamento de esgoto”, falou José Nasser.

A última solicitação foi referente à questão dos resíduos sólidos. A Indústria está proibida de descartar o que não precisa nas lixeiras da Prefeitura. “Antes pagávamos R$120,00 por caçamba e agora pagamos R$ 250,00. O custo operacional aumenta a cada dia”, reclamou o empresário.

Segundo o presidente do Sinduscon-AM, Eduardo Lopes, a primeira proposta sobre o Plano Diretor foi discutida com o segmento no início do ano em reuniões com técnicos do Im-plurb. “Temos registro desse trabalho conjun-to que contribuiu para a formatação do Plano Diretor, porém, devido à falta de audiências necessárias para validação do projeto, foi reini-ciado um novo documento que desconsiderou as nossas demandas, prejudicando todo o se-tor, incluindo indústria e comércio, bem como os cidadãos da capital”, declarou Lopes.

O Sinduscon-AM, segundo Lopes, traba-lhou com um escritório de arquitetura e um escritório jurídico para subsidiar as reivindica-ções apresentadas à Câmara, “com o objetivo de sensibilizar várias opiniões divergentes que prejudicam o crescimento de Manaus”.

Construção civil faz sugestões ao Plano Diretor

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Construção civil faz sugestões ao Plano Diretor O presidente da FIEAM, em exercício, Américo Esteves (direita), com os vereadores Massami Miki e Isaac Tayah

De acordo com o presidente da CMM, Isaac Tayah, o Plano Diretor está “capenga” por-que deixou de fora nove setores, dentre os quais, saneamento, resíduos sólidos, drena-gem, acesso para portadores de defi ciência física. Em relação à proibição de constru-ções industriais na AM-010, ele disse que o ideal é que se prolongue a área urbana, não se use apenas a rural. “Não tem mais ter-reno para ser doado, por isso, estão sendo comprados. Temos que legalizar essa situ-ação”, disse.O presidente alertou para o ônus da cons-trução de prédios de 35 andares. “Temos que nos preocupar com o trânsito, o comér-cio, entre outros fatores alterados com a alta

verticalização das construções”, comentou.O presidente da Câmara concordou que a situação da água é problemática. “A subs-tituição da empresa prestadora do serviço está em cima de um contrato imoral e ile-gal. Com essa taxação qualquer um que tiver um poço irá pagar pelo serviço. E com certeza os custos das indústrias serão altís-simos”, confi rmou.Em relação aos resíduos sólidos, Tayah disse que já entrou em contato com a Vara do Meio Ambiente para gerar uma solu-ção, visitar o local e possivelmente lacrar a empresa que estiver funcionando de forma irregular.O presidente da CMM disse que ninguém

se organiza numa cidade sem planejamen-to. “O Plano Diretor estava sendo tratado como brincadeira. “Vamos esquecer o que não fi zemos e começar a participar. Temos uma nova chance de fazer um Plano Dire-tor que atenda às necessidades de nossa cidade. A opinião dos empresários é extre-mamente importante para qualquer deci-são de gestão pública”, disse.Isaac Tayah tem até 3 de novembro para entregar o plano para aprovação e pediu que todas as entidades participantes da discussão, enviem até julho suas propostas de emendas com reinvidicações, juntamen-te com um técnico para a defesa de suas propo stas.

Tayah reconhece que Plano está ‘capenga’

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A dupla de estudantes Paulo Santiago, 19, e Elton Freitas, 22, alunos do SENAI Ama-zonas, disputou e obteve o

melhor aproveitamento no simulado multirregional da ocupação Mecatrônica realizado em Manaus, de 29 a 31 de maio, pelos coordenadores da Olimpíada do Conhecimento. Os amazonenses disputa-ram com duplas de alunos do SENAI de Pernambuco, de Minhas Gerais e Santa Catarina. As quatro duplas representam 40% da turma de competidores que esta-rá na olimpíada deste ano, em novembro, em São Paulo, nessa ocupação.

O resultado do simulado, depois de três dias de provas na Escola SENAI Antonio Simões, no Distrito Industrial, foi anunciado pelo avaliador líder e re-presentante da empresa Festo, Paulo Villiger. O aproveitamento da dupla do SENAI Amazonas fi cou em 93%.

Os alunos de Minas Gerais e de San-ta Catarina tiveram empate técnico, com 80% de aproveitamento nos módulos desenvolvidos. A dupla de Pernambuco fi cou em terceiro lugar, com 68% de ren-dimento.

Paulo e Elton estão em treinamento há mais de um ano com o instrutor Mar-cos Alexandre da Silva, que intensifi ca o tempo de estudo e aprofundamento nas práticas de programação, montagem, manipulação e atividades de robôs in-dustriais. A meta é conquistar o ouro na etapa nacional da Olimpíada do Conhe-cimento.

De acordo com o instrutor, a dupla amazonense se saiu muito bem e deve aproveitar o conhecimento adquirido com os demais competidores quanto às estratégias adotadas no desenvolvi-mento das tarefas. “Após esse simulado temos noção de como está o conhecimen-to e as habilidades de nossos alunos. A

AM se sai melhor no simulado de mecatrônica

Olimpíada do Conhecimento

Paulo Santiago e Elton Freitas obtiveram 93% de aproveitamento nos três dias de provas

experiência adquirida nesta ação será de grande importância daqui a cinco meses, pois eles passaram por um simulado bem próximo à realidade que esses competi-dores vão passar em São Paulo”, avaliou Silva.

Os desafi os de superar as duplas adversárias, o tempo e a pressão psico-lógica foram concluídos com excelência pelos jovens amazonenses. Segundo Elton, o próximo passo é aprimorar os pequenos detalhes que fi caram a desejar

em técnica, concentração e atenção que serão reparados ao longo dos próximos meses, durante cinco vezes por semana e oito horas diárias. “Vamos buscar a nossa melhoria contínua até novembro, priori-zando intenso aprendizado para trazer o primeiro ouro em mecatrônica ao SENAI Amazonas”, disse Elton Freitas.

O simulado é uma prévia de como será a competição nacional, com o mes-mo grau de difi culdades nas provas da Olimpíada do Conhecimento.

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As duplas de competidores em ação

O diretor do SENAI/AM, Aldemurpe Barros, destacou que o real objetivo desta mobilização multirregional foi alcançado no processo de promover o nivelamento integrado do Sistema SENAI no que diz respeito à disseminação da educação profi ssional e recursos tecnológicos.

“É desta forma que a instituição terá a capacidade para atender a seus clientes de Norte a Sul com a mesma efi ciência em educação profi ssionalizante e servi-ços técnicos e tecnológicos”, disse.

Barros acredita que todos os alunos, instrutores e gestores que estiveram envolvidos no simulado entenderam e aprenderam um pouco mais sobre meca-trônica, além de aprimorar as técnicas e estratégias de como realizar com rapidez

e precisão programação, montagem e identifi cação de falhas.

O representante da Festo, Paulo Villi-

ger, elogiou a ini-ciativa do SENAI Amazonas de dar oportunidade a outros Estados de interagir na pro-moção do simula-do. “A iniciativa é uma chance para que os alunos te-nham conheci-mento de como os seus adversários trabalham, poden-do aprimorar suas

técnicas a partir da triagem das infor-mações adquiridas durante as provas”, disse Villiger.

Nivelamento integrado do Sistema SENAI

Minas Gerais

Amazonas

Pernambuco

Santa Catarina

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A crise instalada hoje na in-dústria brasileira deixou sua marca nos resultados do Polo Industrial de Ma-

naus (PIM) no primeiro semestre de 2012, mas a grande expectativa da in-dústria amazonense, principalmente das empresas do polo eletroeletrônico e do polo de duas rodas é o impacto das medidas já anunciadas pelo gover-no no mercado consumidor a partir do mês de agosto deste ano.Na avaliação do presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco, a dificuldade de acesso ao crédito afeta os investi-mentos e o emprego. Ele ressalta que, especificamente no segmento de duas rodas, existe o desejo de comprar, mas a comercialização desse produto é feita por meio de financiamento e as insti-tuições enfrentam problemas para ter acesso ao crédito, com consequências diretas na produção.“Quando não se consegue vender tam-bém não se consegue novas demandas para novos produtos”, disse Périco. Se-gundo ele, as indústrias do PIM estão com um estoque alto de produtos, sen-do obrigadas a dar férias coletivas para estabelecer o equilíbrio de estoques. O presidente do CIEAM disse ainda que a comercialização de produtos impor-tados atinge principalmente o segmen-to de eletroeletrônicos, e que os produ-tos são colocados no mercado por um preço bem baixo, o que ajuda a reduzir o número de emprego, quebrando a ca-deia produtiva.Os indicadores da Suframa revelam que houve retração no nível de empre-go no PIM em maio deste ano (115.843 trabalhadores, entre efetivos, temporá-rios e terceirizados), em comparação a maio de 2011 (116.987). De acordo com analistas da autarquia, essa foi a pri-meira vez que o PIM apresentou queda no comparativo de um mesmo mês em anos consecutivos (os números de de-zembro de 2009 foram atípicos devido aos impactos da crise mundial). A mé-dia mensal de emprego entre janeiro e maio de 2012 (117.903), no entanto, apresentou variação positiva de 3,3%

Especial

Enquanto a produção de motos sofreu recuo de 9.40%, a de televisores com tela de LCD teve crescimento de 32,79% entre janeiro e maio de 2012, segundo a Suframa

comparada ao mesmo período de 2011 (114.133).

Faturamento

Por movimentar cadeias produtivas de vários setores, como o mecânico, meta-lúrgico e termoplástico, o polo de duas rodas, além de ter sido o mais afetado pela crise, influenciou no resultado geral do emprego e também no fatura-mento do PIM. De acordo com informações da Sufra-ma, o faturamento do PIM, de janeiro a maio deste ano, totalizou R$ 27,37 bi-lhões, contra R$ 26,83 bilhões no mes-mo período do ano passado, uma alta de 1,97%. Na conversão para o dólar, o valor somado é de US$ 14,97 bilhões em 2012 contra US$ 16,3 bilhões nos

primeiros cinco meses de 2011, uma queda de 8,64%, em razão da variação do dó-lar no período que foi de 22,98%. Já com relação às ex-portações, os US$ 320,7 milhões al-cançados até maio r e p r e s e n t a r a m alta de 2,25% em relação ao mesmo período de 2011.Wilson Périco dis-

se também que espera para este ano um crescimento igual ao de 2011, o que, em razão da crise, seria um bom resultado, segundo ele.

PIM busca saídas diante da crise

Quando não se consegue

vender, também não se consegue novas demandas para novos produtos. Com estoque alto, as indústrias são obrigadas a dar férias coletivas

WILSON PÉRICO

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Nos primeiros cinco meses do ano, a pro-dução do polo de duas rodas sofreu uma queda de 13%. Para amenizar a crise imi-nente, o governo federal elevou o IPI de motos importadas para 35% e anunciou que vai disponibilizar R$ 22 milhões para compra de motocicletas para a Polícia Rodoviária e Polícia Federal. Para o presidente do Sindicato das Indús-trias Metalúrgicas, Mecânicas e de Mate-rial Elétrico de Manaus (SIMMMEM), Athaydes Mariano Félix, as medidas ajudam porque difi cultam a importação de produtos acabados que não agregam valor no mercado interno, gerando em-prego em outros países. De acordo com Athaydes, é preciso aquecer o mercado interno, embora a difi culdade com o fi nanciamento seja um empecilho. Ele ressalta que o governo federal tem con-

cedido alguns incentivos, como redução de impostos, mas que a falta de crédito poderá ter um impacto muito grande na economia do Estado, caso a crise se pro-longue.Athaydes Félix, que é o 1º vice-presidente da FIEAM, disse que as empresas estão procurando dentro do possível evitar as demissões, e que horas não trabalhadas estão sendo pagas, além de férias coleti-vas, porque os estoques estão acima das necessidades.Segundo Félix, a expectativa de cresci-mento para o setor em 2012, é igualar o de 2011, em razão da concorrência desleal com os importados, da falta de créditos, além da crise fi nanceira mundial. “O go-verno, tanto o federal quanto o estadual compreendem a situação e as ações serão tomadas”, diz.

Governo toma medidas em favor do polo de duas rodas

Uma das medidas para combater a crise, como sugere o presidente do CIEAM, Wilson Périco, é tornar os insumos nacio-nais mais competitivos. Ao dar preferên-cia ao produto nacional em detrimento do importado, as indústrias ajudariam a gerar emprego e renda, criando um cír-culo virtuoso para a economia nacional. Outra medida, segundo Périco, seria elevar a alíquota do Imposto sobre Pro-

dutos Industrializados (IPI) para todos os produtos fabricados em território nacional com similares produzidos no PIM. “São medidas pontuais e urgentes que o Governo Federal deveria tomar para que as indústrias instaladas no PIM possam continuar gerando renda e em-prego, além do acesso ao crédito”, disse Wilson Périco.O empresário disse que com essas me-

didas, o governo ganha mais tempo para tornar a Indústria Nacional mais competitiva no cenário mundial, com investimentos em infraestrutura, como portos, aeroportos, comunicação, re-dução da carga tributária, além de dar maior atenção à área de educação, qua-lifi cando melhor o trabalhador e prepa-rando crianças e jovens para o mercado de trabalho.

Medidas pontuais para criar círculo virtuoso

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Pelo menos 30 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) aderi-ram à campanha “Solidariedade” da Federação das Indústrias do

Estado do Amazonas (FIEAM) de apoio às famílias atingidas pela cheia recorde do Estado. O presidente da FIEAM, Antonio Silva, acompanhado do presiden-te do Centro da Indústria, Wilson Périco, fez a entrega de 115 tonela-das de alimentos para a primeira-dama do Amazonas, Nejmi Aziz, em 6 de junho, no Clube do Traba-lhador, localizado no Aleixo, com a presença, também, de executivos que contribuíram com a iniciativa.

“Em pouco mais de 10 dias, a indústria amazonense superou a meta de arrecadar 100 toneladas para ajudar a população que sofre com a cheia dos rios no Estado. A FIEAM deu início a essa ação no dia 25 de maio e teve um bom retorno das fábricas do PIM. A campanha mostra que a indús-tria amazonense, além de produzir, criar emprego e renda no Estado, também tem compromisso com a nossa população e um grande senso de responsabilidade”, disse Silva.

O presidente da FIEAM destacou ainda

que o Governo do Estado pode contar com a FIEAM e demais entidades de classe da indústria amazonense no que for necessá-rio no amparo às famílias desabrigadas. De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, no fi nal de maio, havia 80.365 famílias atin-gidas pela cheia.

Nejmi Aziz, que é presidente do Fun-do de Promoção Social, disse que a ini-ciativa foi de grande importância para o Estado. “Vamos começar a distribuir os alimentos doados, separando-os em ces-tas básicas para atender às famílias que passam por essa calamidade decorrente da cheia de nossos rios. Cada um pode fazer a sua parte e as empresas do PIM já

estão fazendo”, disse.A Moto Honda contribuiu com 36 to-

neladas de alimentos, doadas tanto pela administração da empresa quanto por seus funcionários. Segundo o gerente de Ges-tão Ambiental e Responsabilidade Social, Renato Castrofo, a Moto Honda lançou o

desafi o aos seus colaboradores de arrecadarem alimentos e tudo que fosse recolhido a Honda iria doar a mesma quantidade. O resultado foi satisfatório, segundo ele.

“A responsabilidade socio-ambiental da Moto Honda é uma política praticada por todos os funcionários. Além de sermos a maior empresa do PIM também cumprimos rigorosamente com nossa responsabilidade social e essa campanha nos permitiu co-locar em prática mais uma vez a

nossa política”, disse Castrofo. No dia 5, o nível do rio Negro regis-

trou a marca de 29,92 metros. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, daí a alguns dias teria início o período da va-zante. Além da FIEAM, CIEAM, a Câ-mara de Comércio e Indústria Nipo-Bra-sileira do Amazonas também participou das doações.

Indústria solidária

Desabrigados

Antonio Silva com Nejmi Aziz, Wilson Périco, Carlos Azevedo, Josué Campos e Renato Castrofo

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Uma casa ecológica construída com tijolos de plástico produzidos à base de material reciclado foi uma das atrações da Construnorte, um dos

maiores eventos do setor de construção civil do Amazonas que aconteceu de 11 a 16 de junho, no Studio 5 – Centro de Convenções.

A Casa Ecológica foi desenvolvida pela em-presa HVS Projetos e Ferramentaria Ltda, um empreendimento apoiado pelo Sebrae por meio do projeto Sebrae 2014 - Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores da Construção Civil. “O que buscamos é inserir os tijolos ecológicos na cadeia produtiva da construção civil, pois é um material que pode ser aplicado não apenas na construção de casas, mas em qualquer es-trutura”, disse a sócia-proprietária da empresa, Vanilda Garcia.

No estande, a HVS construiu uma casa modelo, de dois andares, toda em estrutura de metal, telhas e tijolos de plástico polipropileno (plástico duro encontrado em cadeiras, mesas, maquina de lavar, tampas de refrigerantes). A casa modelo tem 54 metros quadrados, poden-do suportar mais de cinco pessoas na sua parte superior.

“Por enquanto o projeto está sendo comer-cializado somente como decoração de paredes,

janelas ou casas de playground, mas para um futuro próximo nosso objetivo é que a casa tam-bém possa ser adotada na construção civil como moradia ecológica”, diz Vanilda.

Ainda de acordo com ela, o custo inicial da casa é de R$ 35 mil, tendo como benefícios um menor volume de resíduos sólidos, montagem rápida, maior retenção de calor do lado de fora da casa e, claro, não agride o meio ambiente.

De acordo com a gestora do projeto Sebrae 2014 - Desenvolvimento da Cadeia de Fornece-dores da Construção Civil, Fabíola Almeida, a HVS vem se destacando no mercado por causa da inovação de seus produtos. Ela informa que o projeto tem por objetivo preparar as micro e pequenas empresas do setor para se tornarem grandes fornecedoras de produtos e serviços na construção civil. “Vivemos um bom momento na construção civil em Manaus, daí a importân-cia desse projeto, na medida em que prepara as empresas para fazerem parte desse grande momento econômico”, comenta. Atualmente, segundo a gestora, existem 75 empresas parti-cipantes do projeto.

Quem desejar conhecer o projeto ou fazer parte dele, deve dirigir-se à sede do Sebrae e conversar com um dos técnicos da Unidade de Atendimento Coletivo Indústria.

Construção civil

A Construnorte, feira do seg-mento da constrição civil, é considerada uma oportuni-dade de novos negócios e de divulgação de novidades no setor. A sustentabilidade foi o tema principal da edição deste ano junto com a política nacio-nal de resíduos sólidos.Participam do evento indús-trias da construção civil, de insumos e de produtos para a construção, representantes de fábricas de materiais para construção e acabamento, em-presários e compradores de lo-jas de materiais para constru-ção, empresas de decoração, de paisagismo, de arquitetura e de móveis modulados.O Sebrae montou um estande no evento para apresentar ao público visitante e aos empre-sários o projeto Sebrae 2014 - Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores da Constru-ção Civil.

Casa ecológica é destaque na Construnorte 2012

Sustentabilidade O projeto inicial prevê investimento de R$ 35mil para casa com até dois dormitórios e demais dependências

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A Nitrifl ex da Amazônia, fabrican-te de resinas para embalagem de alimentos, e a Fazenda São Pe-dro, uma das maiores granjas da

região, receberam, no início de junho, certifi -cação do SENAI/AM no Programa Alimen-tos Seguros (PAS). As duas empresas acaba-ram ajudando, mesmo involuntariamente, a fortalecer a marca do programa que propõe ações preventivas para evitar contaminação dos alimentos, do campo à mesa.

Dividido em seis áreas, cada uma com foco específi co, o PAS é desenvol-vido pelas organizações que compõem o Sistema S (SENAI e SESI responsáveis pelas empresas do segmento industrial). As áreas são: campo (produção primária, animal e vegetal); indústria (principal-mente as de alimentos); distribuição (de feiras livres a grandes supermercados); transporte (transportadoras de alimentos

e transporte pró-prio do comércio e indústria); mesa (lanchonetes, res-taurantes, cozinhas industriais, refeitó-rios, ambulantes); e ações específi cas (cadeia de ensino fundamental, téc-nico e superior). Em todas as fases, o programa ajuda a implementar o Sistema de Análise

de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e as Boas Práticas, um conjunto de procedimentos instituídos pela Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária (An-visa), do Ministério da Saúde.

De acordo com o coordenador de Re-

lações com o Mercado da Escola SENAI de Ações Móveis e Comunitárias, Sérgio Furtado, o PAS vem ganhando grande visibilidade no Amazonas, pois as em-presas estão se sensibilizando quanto à importância da cultura da qualidade no processo de manipulação e fabricação de insumos alimentícios. “Com as práticas bem entendidas e aplicadas corretamen-te, a empresa passa a obter mais segu-rança, credibilidade e valor agregado aos seus produtos, bem como a satisfação de seus clientes”, disse.

O coordenador de produção da Ni-trifl ex, Geovandro Nobre, explica que a fábrica possui uma tradição de quase três décadas na fabricação de resinas de plásticos para embalagens de alimentos, destacando que desde o fi nal da década de 90 a empresa prioriza a qualidade em gestão e processos.

Boas práticas, do campo à mesaCapacitação

A Fazenda São Pedro, do empresário Luis Mário Peixoto, primeira granja a participar do PAS, optou por ingressar no programa para oferecer aos seus clientes

maior segurança no setor de avicultura. Segundo Peixoto, o negócio com entreposto de ovos realizado na Fazenda atende a demanda local, lem-brando ele que ao aderir a

programas e serviços que in-centivam boas práticas torna a empresa mais competitiva no mercado.

A implantação do PAS depende de como está a

empresa, sendo sua carga horária estabelecida após o diagnostico da visita técnica. A maioria dos empreendi-mentos necessita de 50 a 100 horas de consultoria.

Segurança na granja

O diretor do SENAI Amazonas, Aldemurpe Barros entregou o certificado ao coordenador de produção da Nitriflex, Geovandro Nobre

O empresário Mário Peixoto (esquerda) recebe o certificado do PAS do coordenador de Relações com o Mercado da Escola SENAI, Sérgio Furtado

Com as práticas

bem entendidas e aplicadas corretamente, a empresa obtém mais segurança, credibilidade e valor agregado aos seus produtos

SÉRGIO FURTADO

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Curso

Exportar é fácil. Basta conhecer a legislação do comércio exterior, planejar e persistir. As dicas são do professor Gabriel Segalis, no Cur-

so Básico de Exportação, promovido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN/AM), da Federação das Indústrias do Es-tado do Amazonas (FIEAM). O curso, com oito horas de duração e voltado a empresá-rios de pequeno e médio porte, apresentou uma visão geral sobre cultura exportadora.

Mestre em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janei-ro, e coordenador e coautor do livro “Fun-damentos de Exportação e Importação no Brasil”, Segalis disse que os princípios apli-cados às vendas para o exterior são simila-res aos usados nas vendas nacionais, com algumas diferenças que as deixam mais complexas, com destaque para a distância

entre o fornecedor e o consumidor fi nal. Essa diferença geográfi ca amplia a probabi-lidade de ocorrerem erros que podem levar ao fracasso da operação e à consequente frustração da empresa exportadora.

“O empreendedor que realiza o proces-so de exportação em série precisa ser persis-tente ao iniciar essa transação com o cliente de outro país. Para isso, é necessário traçar estratégias para viabilizar a exportação, buscando taxas tributárias e de juros mais compatíveis para manter a competitivida-de de seu produto”, explicou o professor.

A venda de produtos brasileiros para o mercado estrangeiro é hoje considerada um dos meios para que o país mantenha o crescimento da economia. Por isso, a ini-ciativa de ampliar o portfólio de clientes de uma empresa deve ser tomada por todo executivo sem perda tempo, pois tal pro-

Exportar não é bichode sete cabeças

cesso requer tempo de execução e retorno fi nanceiro de médio e longo prazo.

Na avaliação de Segalis, a difi culdade do empreendedor brasileiro em expan-dir o atendimento para o público es-trangeiro está no de-safi o de transformar a exportação em processo corriqueiro dentro da empresa.

O palestrante alertou que para exportar é necessá-rio um bom plane-jamento e apren-dizagem sobre a legislação que rege esse tipo de comér-cio, e saber que toda operação possui vantagens e desvan-tagens.

“No Brasil, a exportação é pouco explo-rada, falta cultura e melhor conhecimento sobre como exportar. A exportação não é algo fora da realidade para as empresas brasileiras. O que falta é apenas a iniciativa de querer expandir os negócios para o mer-cado internacional”, avaliou, destacando que a exportação deve fazer parte da em-presa da mesma maneira que ocorrem com os processos administrativos, de fabricação e distribuição de seus produtos.

Segundo o gerente do CIN/AM, Marce-lo Lima, o objetivo desse tipo de capacita-ção é estimular a inserção de empresas de pequeno e médio porte no comércio inter-nacional e difundir a cultura exportadora no Estado.

Mesmo que seja entre

1% e 5% de suas vendas destinadas à exportação é fundamental que o empresário tenha consciência da importância da atividade para sua sustentabilidade no mercado

GABRIEL SEGALIS

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Haja fôlegopara tanta dança!

A Mostra de Dança de Manaus, Modama, reencontrou seu grande público, numa programação de três dias, em junho, que exigiu fôlego não só dos dançarinos, mas

também da plateia: foram mais de 150 grupos re-vezando-se em mais de 200 coreografi as. Um públi-co estimado em 3 mil pessoas acompanhou as três noites do evento no Ginásio Poliesportivo Domício Velloso, no Clube do Trabalhador do Amazonas, no São José.

Criada há 17 anos pela bailarina, professora e coreógrafa Ana Mendes, em parceria com o radialis-ta Dudu Monteiro de Paula, a mostra provou mais uma vez porque é reconhecida como a maior mani-festação na área da dança na região Norte ao reunir todos os gêneros e estilos, da dança de salão ao balé clássico, da dança étnica à dança de rua.

Na abertura, pelo menos 60 grupos apresenta-ram mais de 80 coreografi as de, no mínimo 5, no máximo 10 minutos. Desses, 34 eram grupos de dança moderna ou contemporânea, o que inclui jazz, dança de rua e hip-hop. Entre os 12 grupos de clássico ou neoclássico reunidos, os destaques fi ca-

ram com o Núcleo de Dança do SESI Amazonas e o Ballet Álvaro Gonçalves.

Muito aplaudido pelo público, o casal Juliana Gonçalves, 16, e David Oliveira, 18, triunfaram ao dançar um trecho do balé ‘D.Quixote’, a partir da versão consagrada pelo francês Marius Petipa. Alu-nos da Academia de Ballet Álvaro Gonçalves, os dois bailarinos tiveram, segundo eles, quatro dias para estudar os movimentos criados originalmente para o grande Ballet Bolshoi, de Moscou, no fi nal do século 19. Segundo David, “o pagamento maior do artista são os aplausos do público”.

O Núcleo de Dança SESI Amazonas participou com coreografi as assinadas pelas professoras Sa-brina Sales, Rafaela Oliveira e Sara Costa. Além do clássico, os alunos do SESI têm aulas de dança de salão e dança do ventre.

Promovida pelo SESI Amazonas, em parceria com o Sesc/AM e a Associação dos Profi ssionais da Dança do Amazonas (Aprodam), a 17ª Modama foi encerrada no domingo com apresentações dos gru-pos da terceira idade, dança de rua e danças étnicas, principalmente, a dança do ventre.

Ação Global

Em sua 17ª edição, a Modama reúne, em três dias, mais de 150 grupos em mais de 200 coreografi as

David Oliveira e Juliana Gonçalves dançaram um trecho do ‘D.Quixote’ e conquistaram o público

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Convidada para ministrar ofi cina de balé clássico durante a Modama, a bailari-na e professora paulista Eleusa Lourenzoni disse que o sucesso da mostra manauara é mais uma prova do crescimento do interes-se das pessoas em geral por todas as formas de dança. “Apesar do país não oferecer um retorno para quem pratica a dança profi s-sionalmente”, disse.

Eleusa, que há 20 anos mantém acade-mia de balé em São Paulo, além de editar a revista “Dança Brasil”, disse que a realida-de do Brasil, pelo menos no balé clássico, é formar solistas para exportação porque não tem nada a oferecer em termos de carreira.

A bailarina ministrou, no Clube do Tra-balhador, ofi cina de balé clássico para um grupo de 100 inscritos pela Modama.

A atriz e diretora carioca Cláudia Mele, também deu ofi cina sobre os princípios da técnica de improvisação “Viewpoints”.

Solistas para exportação

O casal André e Karina Bessa, de 40 e 39 anos, respectivamente, estava entre os primeiros a chegar no Ginásio Domício Velloso, no primeiro dia, só para pegar os melhores lugares para ver as apresen-tações da fi lha Rebeca, 14, integrante da Backstage Studio de Dança. Ele, procura-dor federal, ela advogada, os pais de Re-beca se juntaram a outros pais de alunos da academia na mais animada e ruidosa torcida nas três apresentações do grupo.

Segundo André, há três anos a fi lha frequenta as aulas na Backstage, onde aprende dança moderna, principalmente jazz e hip-hop. Para o pai, a volta da Mo-dama para o Clube do Trabalhador repre-

sentou um ganho em termos de conforto para o público e para os dançarinos. No ano passado, o evento aconteceu no giná-sio de esportes do conjunto Dom Pedro, de tamanho menor que o do SESI.

O professor de educação física Wa-shington Deneriaz, 38, fi cou de “castigo” as três noites da Modama para que a fi lha, Nicole, 7, não perdesse nenhum grupo, enquanto a mulher, Fabíola Santana, fun-cionária do SESI, trabalhava na mostra. A menina, aluna do Núcleo de Dança do SESI desde os 4 anos de idade, aguardava o momento de subir no palco, na segunda noite da mostra, na coreografi a “Além do Arco-Íris”.

Família é público cativo

Ana Mendes (centro), com Eleusa Lourenzoni e Ivan Grandi, editor da revista ‘Dança Brasil’

Uma das coreografias apresentadas pela Bacstage Studio de Dança na Modama 2012

Washington e Fabíola com a filha Nicole; à direita, André e Karina com Rebeca, no intervalo

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Altos desempenhos nos Jogos NacionaisO Amazonas conquistou 15 me-

dalhas nos Jogos Nacionais do SESI, disputados entre os dias 5 e 8 de junho, em Goiânia (GO),

com a participação de 1.023 trabalhadores-atletas de 247 empresas industriais de todo o país. A delegação amazonense, com 100 representantes de 19 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), foi a mais numerosa e obteve o melhor resultado, do Estado, na competição: quatro medalhas de ouro, cinco de prata e seis de bronze.

Destaque do Amazonas, Jocelma Viana, da Salcomp, conquistou duas medalhas de ouro, uma na prova de 100m, com o tempo

de 33seg44, e outra na prova de 200m, com o tempo de 28seg19. O tênis de mesa deu ao Amazonas a terceira medalha de ouro com a atleta Suzana Michiyo Kamimura, da Nokia do Brasil.

O futsal feminino, da Jabil, foi outra sensação ao conquistar a medalha de ouro, vencendo três partidas e empatando uma. Na fi nal, contra a equipe da Cambuci, da Paraíba, o time do Amazonas conseguiu empatar após estar perdendo por 2 a 0, levando a disputa para os pênaltis. Na co-brança das penalidades, as amazonenses marcaram três gols, enquanto que as parai-banas não marcaram.

Além das duas medalhas de ouro, o atletismo deu ao Amazonas duas de prata, com Valéria Nascimento, da Moto Honda, na prova de arremesso de peso, e com Ro-sane Batista (Salcomp), no salto em distân-cia. As outras três de prata vieram do tênis de mesa, com Levi Torres (LG), do futebol de campo, com a Universal Fitness, e do tê-nis de campo, com o atleta Wladimir Conde (Panasonic). O time da Universal fez ótima campanha, mas enfrentou na fi nal a forte equipe da Tupy, de Santa Catarina.

As seis medalhas de bronze vieram da natação, com Clarice Santos (Philips), na prova de 50m borboleta; do atletismo,

Esportes

Em obediência aos ‘Valores do Esporte’

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O coordenador de Esportes do SESI, Antonio Alberto Júnior, disse que foi a melhor participação do Amazonas em Jogos Nacionais desde a sua criação em 2000, lembrando que em 2011 foram 13 medalhas. Ele ressaltou o aumento de medalhas de ouro conquistadas com o Amazonas pulando de duas para quatro. De acordo com Júnior, os jogos são reali-zados obedecendo aos valores do espor-te, e que contribuem para a elevação da qualidade de vida do trabalhador.

Maior torneio entre trabalhadores re-alizado no país, os Jogos SESI vão além das disputas de provas e partidas. “O objetivo é usar o esporte para levar para dentro das empresas os valores do espor-te, que são trabalho em equipe, discipli-na, superação e determinação”, disse o gerente de Vida Saudável do SESI Nacio-nal, Antônio Muzzi.

O SESI realiza os Jogos Nacionais

O objetivo é usar o esporte para levar para dentro das empresas os valores do

esporte, que são trabalho em equipe, disciplina, superação e determinação

ANTÔNIO MUZZI

Antonio Alberto Júnior

desde 1947 com o objetivo de promo-ver a qualidade de vida do trabalhador e elevar a produtividade das empresas. Na edição de 2009, realizada em Manaus, participaram 700 trabalhadores; em Ben-to Gonçalves (RS), foram 1.020, e ano passado, na Bahia, participaram 1.087 trabalhadores.

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Altos desempenhos nos Jogos Nacionais

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com Deise Soares (Jabil), na prova de 200m, com Valcenildo Ramos (Jabil), na prova de 100m, e no revezamento 4x50m da Jabil; com o futebol máster da Moto Honda da Amazônia; e com o vôlei de quadra mas-culino da Showa do Brasil. Com a medalha conquistada em Goiânia, o revezamento da Jabil, formado por Mary Jane, Joila Braga, Deise Soares e Cleize Rodrigues conquis-tou pela quarta vez consecutiva a medalha de bronze em Jogos Nacionais.

O Amazonas ainda teve outras chan-ces de medalha. Na natação, nas provas de 50m borboleta masculino e feminino, com Eduardo Cauper, da Samsung, e Clarice

Santos, da Philips; no tênis de campo mas-culino, categoria Absoluto, com Alcivan da Silva, da Whirlpool; e no vôlei de quadra masculino da Yamaha, que conquistaram o 4º lugar.

Das 84 provas ou partidas disputadas em Goiânia, o Amazonas só não teve com-petidor em 38. Os Jogos Nacionais foram disputados em dez modalidades: futebol de campo, futsal, futebol sete máster, na-tação, atletismo, tênis de mesa, tênis de quadra, voleibol, vôlei de praia e xadrez. A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como sede dos Jogos Nacionais em 2013.

Veja galeria de fotos na pág.22.

OURO• Atletismo Feminino – 100m – Jocelma Viana (Salcomp) • Atletismo Feminino – 200m – Jocelma Viana (Salcomp)• Futsal Feminino (Jabil)• Tênis de Mesa Feminino – Suzana Michiyo (Nokia)

PRATA• Atletismo – Arremesso de Peso Feminino – Valéria Nascimento (Honda)• Atletismo – Salto em Distância Feminino – Rosane Batista (Salcomp)• Futebol de Campo (Universal Fitness) • Tênis de Campo Masculino – Wladimir Conde (Panasonic) • Tênis de Mesa Masculino – Levi Torres (LG Eletronics)

BRONZE• Atletismo Feminino – 200m – Deise Soares (Jabil)• Atletismo Masculino – 100m – Valcenildo Ramos (Jabil)• Atletismo Feminino – Revezamento 4x50m (Jabil)• Futebol Sete Máster (Moto Honda)• Natação Feminino - 50m Borboleta - Clarice Santos (Philips)

15Número total de medalhas conquistadas pelo Amazonas nos Jogos Nacionais, sendo quatro de ouro, cinco de prata e seis de bronze, o melhor resultado obtido pelo Estado na competição

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22Jocelma Viana, da Salcomp, trouxe duas medalhas de ouro conquistadas nos 100m e 200m

A equipe de futsal feminino da Salcomp teve vitória espetacular na final e mereceu a medalha de ouro Levi Torres (prata), Suzana Kamimura (ouro) no tênis de mesa

Wladimir Conde, da Panasonic, garantiu medalha de prata no tênis de campo

Valéria Nascimento, da Honda, foi medalha de prata no atletismo

O time de futebol de campo da Universal conquistou na raça a medalha de prata

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