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slide 1 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.
Inflação, atividade econômica e
crescimento da moeda nominal
C A P Í T U L O 9
© 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.slide 1
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Veremos
• As relações entre produto, desemprego e inflação
• Crescimento da moeda sobre o produto, o
desemprego e a inflação, tanto no curto prazo quanto
no médio prazo
• Examina o dilema entre desemprego e inflação e
como a credibilidade do BACEN pode afetar o ajuste
da economia a uma diminuição do crescimento da
moeda nominal
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9.1 Produto, desemprego e
inflação
Descrevemos a economia por meio de três relações:
1. Uma relação entre crescimento do produto e a mudança
no desemprego, chamada de lei de Okun.
2. Uma relação entre desemprego, inflação e inflação
esperada. (Curva de Phillips)
3. Uma relação de demanda agregada entre crescimento do
produto, crescimento da moeda e inflação.
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1) Lei de Okun
u u gt t yt 1
gyt = tx de crescimento do produto do ano t-1 ao ano t
A mudança na taxa de desemprego deve ser igual ao negativo da
taxa de crescimento do produto.
Se o crescimento do produto for, por exemplo, de 4%, então a taxa
de desemprego deverá cair em 4% naquele ano.
Atenção para notação
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FIGURA 9.1
Mudanças na taxa de
desemprego versus
crescimento do produto
nos Estados Unidos
desde 1970
u u gt t yt 1 0 4 3%). (
Por uma análise de regressão
econométrica chegamos em1) Lei de Okun
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u u gt t yt 1 0 4 3%). (
• Para manter uma taxa de desemprego constante (ut = ut – 1 ), o crescimento
anual (ESPERADO) do PIB deve ser de, no mínimo, 3%.
• Note que Se gyt = 3%, então ut = ut – 1
• Essa taxa de crescimento de Y (3%) para manter a taxa de u constante é
chamada de taxa de crescimento normal.
• Ela depende da força de trabalho e crescimento da produtividade de Labor
1) Lei de Okun
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u u gt t yt 1 0 4 3%). (
O crescimento do PIB 1% acima do normal (Ex:
4%) leva a uma redução da taxa de desemprego
de apenas 0,4%
O impacto no desemprego proporcionalmente é
bem menor!!!
Por quê?????
1) Lei de Okun
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Dois motivos:
1. Entesouramento de mão de obra: em tempos difíceis, as
empresas mantêm seus trabalhadores — os
trabalhadores de que necessitarão quando as coisas
melhorarem (ex: férias coletivas nas montadoras, custo
de desempregar e treinamento)
1) Lei de Okun
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Dois motivos:
2. Um aumento da taxa de emprego NÃO leva a uma
diminuição proporcional da taxa de desemprego.
Em tempos difíceis, quem está fora da PEA resolve entrar e
se elas não conseguem emprego entram nas estatísticas de
desemprego.
Ex: Geração Nem Nem ou idosos
1) Lei de Okun
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Geração Nem-
Nem segundo as
PNADs 2002 e
2012
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u u gt t yt 1 0 4 3%). (
Usando letras em vez de números:
u u g gt t yt y 1 ( )
Assim. pela Lei de Okun:
g g u uyt y t t 1
g g u uyt y t t 1
1) Lei de Okun
Maior que a taxa normal
Menor que a taxa normal
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A Lei de Okun de um país para outro
• O coeficiente β da lei de Okun fornece o efeito sobre a taxa de desemprego
dos desvios do crescimento do produto em relação ao normal.
1) Lei de Okun
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Fonte: http://www.sober.org.br/palestra/2/400.pdf#page=1&zoom=auto,-158,848
1) Lei de Okun
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Fonte: http://www.sober.org.br/palestra/2/400.pdf#page=1&zoom=auto,-158,848
Olhe que gy (taxa normal)
não tem t
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Fonte: http://www.sober.org.br/palestra/2/400.pdf#page=1&zoom=auto,-158,848
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t
et t nu ( ) u
• SE argumentamos que, atualmente, a inflação esperada
é bastante próxima à inflação do ano anterior, de modo
que podemos substituir et e por t-1,.
t t t nu 1 ( ) u
1t n t tu u
u ut n t t 1
( )e h u u
Bernanke
2) Curva de Philips
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• Analisamos a relação entre crescimento do produto,
crescimento da moeda e inflação.
• Veremos agora que ela decorre da relação de demanda
agregada. (Note o índices t)
Por simplicidade, ignore G e T
t
tt
P
MYY
3) Relação de Demanda Agregada
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YM
Pt
t
t
A demanda por bens, o PIB , é simplesmente proporcional ao estoque
real de moeda.
O mesmo mecanismo visto no modelo IS–LM:
1. Um aumento do estoque real de moeda leva a uma diminuição da taxa
de juros, consequentemente, aumento da demanda por bens e
aumento de Y
2. Para facilitar a exposição precisamos passar esse relação “ de níveis”
para “taxas”. Série de dados em Nível é a série observada.
(1)
(Considere uma relação linear e ɣ > 0)
3) Relação de Demanda Agregada
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• A taxa de crescimento do produto é igual a taxa de crescimento da
moeda nominal menos a taxa de crescimento do nível de preços
(inflação)
• Se o crescimento da moeda nominal FOR MAIOR do que a inflação, o
crescimento da moeda real será positivo, bem como o crescimento do
produto.
• Dada a inflação, uma política monetária expansionista (crescimento da
moeda nominal elevado) leva a um crescimento do produto elevado
g gyt mt t (2)YM
Pt
t
t
3) Relação de Demanda Agregada
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda (Reunindo a Três Relações)
• A lei de Okun relaciona a mudança na taxa do desemprego com o desvio do
crescimento do produto em relação ao normal:
• A curva de Phillips — relaciona a variação da inflação com o desvio da taxa
de desemprego em relação à taxa natural:
nttt uua 1
• A relação de demanda agregada relaciona o crescimento do produto com a
diferença entre o crescimento da moeda nominal e a inflação:
g gyt mt t
𝑢𝑡 − 𝑢𝑡−1 = − 𝛽(𝑔𝑦𝑡- 𝑔𝑦)
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda (as três relações)
FIGURA 9.2
Crescimento do produto,
desemprego, inflação e
crescimento da moeda
Nominal
• Okun= Y determina o
desemprego
• Philips: Desemprego
determina inflação
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda
Suponha que o Banco Central mantenha uma taxa
constante de crescimento da moeda nominal.
Vamos chamá-la de .
Nesse caso, quais serão os valores do
crescimento do produto, do desemprego e da
inflação no médio prazo?
gm
No médio prazo (Aplicação Prática da Política
Monetária)
Olhem a notação, barra em
cima de g
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda
No médio prazo (Aplicação Prática)
TRÊS RESULTADOS
A. O produto cresce à sua TAXA DE CRESCIMENTO NORMAL, 𝑔𝑡
B. Defina o CRESCIMENTO AJUSTADO DA MOEDA NOMINAL como
o crescimento da moeda nominal menos o crescimento normal do
produto, a equação π = 𝑔𝑚 − 𝑔𝑦 poderá ser expressa como a
inflação é igual ao crescimento ajustado da moeda nominal.
C. A taxa de desemprego deve ser igual à taxa natural de desemprego.
VAMOS AGORA VER UM POR UM DESSES RESULTADO
Resultado mais importante
MP: 𝑔𝑦 = 𝑔𝑦
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda (Resultado A)
A. No médio prazo, a taxa de desemprego deve ser constante; ELA
pode OSCILAR MAS não pode aumentar ou diminuir para sempre.
ASSIM, Pela lei de Okun
Fazendo 𝜇 𝑡 = 𝜇 𝑡−1 na lei de okun, (mais ou menos a uma tx constante)
isso implica que 𝑔𝑦𝑡 = 𝑔𝑡.
Portanto no MÉDIO PRAZO, o produto deve crescer à sua taxa de crescimento
normal, 𝑔𝑡 (Vimos no Brasil que foi estimada em torno de 2,24%)
𝑢𝑡 − 𝑢𝑡−1 = − 𝛽(𝑔𝑦𝑡- 𝑔𝑦)
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda (Resultado B)
B. Com o crescimento constante da moeda nominal E o crescimento do
produto igual a 𝒈𝒚 (normal), a relação de demanda agregada implica que a
inflação é constante e obedece a
𝑔𝑦 = 𝑔𝑚 − πt
ou melhor dizendo...
πt = 𝑔𝑚 − 𝑔𝑦
No médio prazo, a inflação é igual ao crescimento ajustado da
moeda nominal menos o crescimento normal do produto.
Se o produto está crescendo a 3%, o estoque real de moeda também
deverá crescer de 3% ao ano.
Se o estoque nominal de moeda cresce a uma taxa diferente de 3%
a.a., a diferença deve se refletir em inflação (ou deflação), é automático.
gm
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda (Resultado C)C. Se a inflação for constante, então a inflação deste ano será igual à do ano
passado: π 𝑡 = π 𝑡−1.
Fazendo π 𝑡 = π𝑡−1 na curva de Philips, isso implica 𝜇𝑡 = 𝜇𝑛.
No MÉDIO PRAZO, a taxa de desemprego deve ser igual à taxa natural
de desemprego.
Resumindo: no médio prazo, o crescimento do produto é igual à sua taxa de
crescimento normal (A). O desemprego é igual à taxa natural (C). E ambos são
independentes do crescimento da moeda nominal (RESULTADO B).
Portanto, o crescimento da moeda nominal afeta
apenas a inflação no médio prazo e não sobre o
desemprego no médio prazo.
nttt uua 1
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda
O curto prazo
1. Suponha que o Bacen efetue um aperto de
2,5% no crescimento da MOEDA REAL no ano 1
e um aumento em 2,5% no ano 2.
2. Queremos ver o que acontece com o PIB,
inflação e desemprego.
3. Assuma, economia começa o ano no equilíbrio
de Médio Prazo
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda O curto prazo (Exemplo)
1) O desemprego está igual à taxa natural (6%)
2) O crescimento do produto está igual à taxa de crescimento normal (3%).
3) O crescimento da moeda nominal é de 8%
4) A inflação (5%) é igual o crescimento da moeda nominal (8%) menos o
crescimento do produto (3%)
5) O crescimento da moeda real (3%) é igual ao crescimento da moeda
nominal (8%) menos inflação (5%)
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda
O curto prazo1. No ANO 1
Altere o crescimento da moeda REAL (aperto de 2,5%)Eu preciso diminuir a a oferta nominal de moeda para 4,5% (Por quê 4,5?
De 5) O crescimento da moeda real (0,5%) é igual ao crescimento da
moeda nominal (4,5%) menos inflação (5%)
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda
O curto prazo [1º Produto]
Ano 1, pela relação da demanda agregada , esse
aperto do crescimento da moeda real de 0,5% leva um crescimento do
produto de 0,5% (2,5 abaixo do normal) no ano 1. Note as relação de
igualdades
g gyt mt t
Tx de M e
πt
= 4,5 - 5,0
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda
O curto prazo [2º Desemprego]
A lei de Okun implica que crescimento do PIB de
2,5% abaixo do normal (PIB=0,5%) por um ano leva a um aumento da tx
de desemprego de 1 ponto percentual (2,5% x 0.4) = 0,01 no ano 1.
LEMBRE-SE APERTO MONETÁRIO, resultado é desemprego
𝑢𝑡 − 𝑢𝑡−1 = − 𝛽(𝑔𝑦𝑡- 𝑔𝑦)
β = 0,4
𝑢𝑡 = − 𝛽(𝑔𝑦𝑡- 𝑔𝑦) + 𝑢𝑡−1
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda
O curto prazo [3º Inflação]Com , pela curva de Philips , uma tx de
desemprego de 7%, que está 1% acima da tx natural (assume 6%) leva
a uma diminuição da inflação de 5% para 4% no ano 1.
LEMBRE-SE APERTO MONETÁRIO, resultado é menor inflação
α = 1 nttt uua 1
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moeda – aperto de 2,5
Assim, no final do ano 1 (Curto Prazo)
teremos um PIB menor, um desemprego
maior e uma inflação menor. De 3% para 0.5% ( que remédio amargo, não?)
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9.2 Os efeitos do crescimento
da moedaCom a expansão no ano 2 de 2,5%, novo ajuste
• O crescimento da moeda nominal é consistente com a trajetória de
crescimento da moeda real que supusemos na linha 1.
• O crescimento da moeda nominal é igual ao crescimento da
moeda real mais a inflação.
+
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Em Suma:
1. No curto prazo, o aperto monetário leva a uma
desaceleração do crescimento e a um aumento
temporário do desemprego (Vimos de 6 para 7% do
ano 1 para o Ano 2).
2. No médio prazo, o crescimento do produto volta ao
normal e a taxa de desemprego retorna à taxa
natural.
3. O crescimento da moeda e inflação são, ambos,
permanentemente mais baixos a essa altura.
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9.3 Desinflação – Diminuição da Inflação
Assuma novamente que: 1. A economia está em um equilíbrio de médio prazo
2. O desemprego está na taxa natural de desemprego; o crescimento
do produto é igual a taxa de crescimento normal do produto
3. A taxa de inflação é igual ao crescimento ajustado da moeda
nominal
Contudo, a taxa de crescimento da moeda nominal e,
consequentemente, a taxa de inflação estão elevadas, e
existe um consenso entre os formuladores de política que a
inflação deve ser reduzida.
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Números da Economia Americana
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9.3 Desinflação
Um primeiro passo
• Já sabemos que a inflação mais baixa necessita de um
crescimento da moeda mais baixo.
• Sabemos também que o crescimento da moeda mais
baixo implica um aumento do desemprego por algum
tempo.
• Para o Banco Central, a pergunta agora é: tendo decidido
agir, em que ritmo ele deveria prosseguir?
R: Basear-se na curva de Philips
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9.3 Desinflação
Um primeiro passo
t t t nu 1 ( ) u
Sabemos por essa relação a desinflação — a diminuição
da inflação — só poderá ser obtida à custa de um
desemprego mais alto.
( ) ( ) t t t n t nu u u 1 0 0 u
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9.3 Desinflação
Um primeiro passo
t t t nu 1 ( ) u
1. O MONTANTE TOTAL DE DESEMPREGO NECESSÁRIO para uma
dada diminuição da inflação não depende da velocidade com que a
desinflação é alcançada.
2. A desinflação pode ser obtida à custa de um desemprego elevado
durante poucos anos.
3. Ou, pode ser alcançada mais lentamente, com um aumento menor do
desemprego distribuído ao longo de muitos anos.
4. Em ambos os casos, o montante total do desemprego, somado ao
longos dos anos será o mesmo.
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9.3 Desinflação
Um primeiro passo
Defina ano-ponto de excesso de desemprego como a
diferença entre:
a taxa de desemprego efetiva e
a taxa natural de desemprego
Por exemplo, se a taxa natural de desemprego for
de 6%, uma taxa de desemprego de 8% ao longo de
4 anos corresponderá a 4 x (8-6) = 8 anos pontos de
excesso de desemprego.
BC quer reduzir em x pontos percentuais
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9.3 Desinflação
Um primeiro passo (Três maneiras)
O Bacen deseja reduzir a inflação de 14% para 4%, 10pp.
Vamos supor também que seja igual a 1 na curva de Phi
para simplificar os cálculos:
1. Para a redução da inflação em 1 ano. A equação CP nos
diz que é necessário um ano de desemprego com uma
taxa 10% acima da taxa natural.
t t t nu 1 ( ) u
4% - 14% = - 1( ut - 6%)
ut = 16% de desemprego
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9.3 Desinflação
Um primeiro passo (Três maneiras)
1. Para a redução da inflação em 2 anos. Serão necessários
2 anos de desemprego com uma taxa 5% acima da taxa
natural. x = 11% de desemprego efetivo
- Em cada 1 dos 2 anos, o lado direito da equação será
igual a -5%, e taxa de inflação cairá 5%, logo, 2 x 5% =
10% em dois anos de redução.
2. Seguindo o mesmo raciocínio, reduzir a inflação ao longo
de um período de 5 anos EXIGE 5 anos de desemprego
2% acima da taxa natural (5 × 2% = 10%); assim, reduzir a
inflação ao longo de um período de 10 anos requer 10
anos de desemprego com uma taxa 1% acima da taxa
natural.
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9.3 Desinflação• Você observou que o número de anos-pontos era o
mesmo, 10.
• 1 ano=10% acima da taxa nat; 2 anos = 5%; 10anos =
1% acima da taxa nat
.
O Bacen pode escolher a distribuição do excesso de desemprego
ao longo do tempo, mas não pode alterar o número total de anos-
ponto de excesso de desemprego
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9.3 Desinflação
• Outro modo de expressar a mesma conclusão é
através da razão de sacrifício (RS) como o
número de anos-ponto de excesso de
desemprego necessário para obter uma
diminuição da inflação de 1%, por exemplo.
• Se a RS é constante, a VELOCIDADE da
desinflaçao é irrelevante???
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9.3 Desinflação• Suponha que o Bacen tente obter a diminuição da
inflação em 1 ano como no primeiro caso.
Ex (primeiro caso): Se a tx natural é 6%, precisaria aumentar
a taxa de desemprego efetivo para 16% a.a. Segundo a lei
de Okun, se assumir β=0.4 e g = 3% (taxa de crescimento
normal do produto)
ygttt gguu 1
16% − 6% = −0,4(𝑔𝑦𝑡 − 3%)
𝑔𝑦𝑡 = −22%
Observe sempre que
há um
encadeamento das
três relações
Radical??
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9.3 Desinflação
Ex: Na economia americana, maior taxa de crescimento negativa
ocorreu durante a grande depressão, -15%.
É razoável dizer que os macroeconomistas não sabem com certeza o
que aconteceria se a política monetária tivesse por objetivo induzir
uma tx de g (crescimento) com essa magnitude.
O aumento da taxa de desemprego total levaria a taxas de
desemprego extremamente altas para alguns grupos, sobretudo entre
os mais jovens ou sem qualificação.
A queda abrupta do produto associado ao aumento do desemprego
levaria a um grande número de falências.
Seria mais razoável obter a desinflação ao longo de alguns anos
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9.3 Desinflação (Clássicos)
Expectativas e credibilidade: a crítica de Lucas
Na tentativa de preverem os efeitos de uma grande mudança
na política econômica poderia ser muito errado tomar como
dada as relações estimadas com base em dados
passados.
Se fosse possível convencer os fixadores de salários de que a
inflação seria de fato menor do que no passado, eles
diminuiriam suas expectativas de inflação.
Isso, por sua vez, reduziria a inflação efetiva sem qualquer
mudança na taxa de desemprego. (Seu ponto principal)
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9.3 Desinflação (Clássicos)Expectativas e credibilidade: a crítica de Lucas
O ingrediente essencial da desinflação bem-sucedida era a
credibilidade da política monetária — a convicção dos
fixadores de salários de que o Banco Central estava de fato
comprometido com a redução da inflação. (Sempre
respondemos pelos incentivos)
A credibilidade reduz os custos da desinflação em termos
de emprego.
O Banco Central deveria optar por uma desinflação rápida,
mas precisa ter credibilidade.
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9.3 Desinflação (Keynesianos)
Rigidez nominal e contratos
Uma visão oposta foi adotada por Stanley Fischer e John Taylor.
Ambos enfatizavam a presença de uma rigidez nominal, o que
significa que, nas economias modernas, muitos salários e preços são
fixados em termos nominais por algum tempo e normalmente não são
reajustados quando há uma mudança na política econômica.
Os salários fixados antes da alteração na política econômica
refletiriam as expectativas de inflação anteriores à mudança na
política.
Com efeito, a inflação já estaria embutida nos acordos salariais
existentes
slide 51 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.
9.3 Desinflação (Keynesianos)Rigidez nominal e contratos
Mesmo com credibilidade, uma diminuição rápida demais do
crescimento da moeda nominal levaria a um desemprego mais
elevado.
Uma característica importante dos contratos de trabalho,
argumentava ele, é de que não são todos assinados ao mesmo
tempo. Ao contrário, são justapostos ao longo do tempo.
Ele mostrou que essa justaposição das decisões salariais impunha
LIMITES SEVEROS sobre a rapidez que uma desinflação poderia
atingir sem desencadear um desemprego mais alto.
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9.3 Desinflação
Rigidez nominal e contratos
Desinflação sem desemprego
no modelo de Taylor
Se as decisões salariais
forem justapostas, a
desinflação deve ser
introduzida lentamente (> 7
trimestres)
para evitar um aumento do
desemprego.
Portanto, não pode ser
rápida como Lucas e
Sargent (clássicos) preveem.
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9.3 Desinflação
Rigidez nominal e contratos
Estudo com 65 episódios de desinflação de 19 países da
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE) nos últimos 30 anos.
Três conclusões principais:
1. As desinflações normalmente levam a um período de desemprego
mais elevado.
2. As desinflações mais rápidas estão associadas a razões de
sacrifício menores.
3. As razões de sacrifício são menores em países que têm contratos
salariais mais curtos.
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