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Influências na Lírica Camoniana

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Influência clássica renascentista na lírica camoniana

DantePetrarquismo

Influência tradicional renascentista na lírica camoniana

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Em Camões, a tradição do lirismo peninsular coexistiu com a estética clássica renascentista e o maneirismo que marcaram o seu tempo. Surge uma nova poesia cujos modelos formais e temáticos (“medida nova”) revelam a cultura humanística e clássica do autor, que soube encontrar em Platão, Petrarca ou Dante um mentor para o caminho que explorou com sabedoria, com entusiasmo e com a paixão do seu temperamento. No conjunto da obra lírica, sente-se a fecunda influência clássica: avultam entre os poetas mais presentes, Virgílio (sobretudo na maneira de ver a natureza); Ovídio (cujas Metamorfoses Camões recorda incessantemente) e Horácio (que entre outros temas, legou a Camões o da áurea mediocritas).

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Cantando o amor sublime ou a relação mais fútil, o poeta soube definir-se e definir a alma humana, oferecendo-nos a sua experiência de vida ou o mundo no seu desconcerto, com os seus problemas sociais e morais e a eterna questão do mal que aflige a Humanidade. Os seus temas na lírica são variados, indo da análise da sua vida interior à caracterização da realidade do seu tempo ou à busca do dimensionamento do homem universal.

Na poesia com influências clássica e renascentista, fruto das novas ideias trazidas de Itália, por Sá de Miranda e António Ferreira, verifica-se um alargamento das novas ideias trazidas e a colocação do ser humano no centro de todas preocupações.

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Temas e estrutura formal da medida nova

Desta fase, merece destaque o tratamento de certos temas: o Amor platónico, a saudade, o destino, a beleza suprema, a mudança, o desconcerto do mundo, o elogio dos heróis, os ensinamentos morais, sociais e filosóficos, a mulher vista à luz do petrarquismo e do dantismo, a sensualidade e a experiência de vida. O lirismo de Camões é o próprio Camões, grande, sublime, sabedor, estudioso, concentrado, que escreve e descreve o Amor com toda a sua subtileza.

A nível formal, o verso é o da medida nova, com o uso do decassílabo heróico ( de acentuação nas 6.ª e 10.ª sílabas) ou sáfico ( nas 4.ª, 8.ª e 10.ª), ou ainda, com o uso, menos frequente, do verso hexassílabo. As formas poéticas mais frequentes são o soneto, a canção, a sextina, a écloga, a elegia e a ode.

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Na lírica camoniana, a “medida nova”, a poesia que segue os modelos estéticos renascentistas, surge a par da poesia com sabor trovadoresco dos Cancioneiros (“medida velha”).

Na poesia de influência tradicional há o aproveitamento da temática da poesia trovadoresca e das formas palacianas. Assim, encontramos temas tradicionais e populares (o amor, a saudade, a beleza da mulher, o contacto com a natureza, a ida à fonte…), o ambiente cortesão e as suas futilidades, o humor. A nível formal, o verso é o da medida velha: com cinco sílabas métricas (redondilha menor) ou com sete (redondilha maior). As formas poéticas mais frequentes são as da poesia palaciana do século anterior: os vilancetes, as cantigas, as esparsas, e as trovas.

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Um dos poetas que mais influenciou Camões na sua poesia foi o poeta e humanista italiano Petrarca.O petrarquismo é uma atitude tomada pelo poeta perante a mulher amada: esta é vista como fonte de perfeição moral, despertando nele uma espécie de amor platónico. A mulher é idealizada, bela, imaculada, perfeita, e faz sofrer porque está longe, por isso, o poeta desabafa as suas mágoas à solidão da natureza, que se torna o reflexo dos estados de alma do poeta e sua confidente. A influência petrarquista faz com que o poeta busque o isolamento e a antecipação do sofrimento. Para demonstrar o seu estado de sofrimento, o poeta utiliza um certo verbalismo e erudição, nomeadamente: as frases exclamativas abundantes, as personificações, as antíteses, as apóstrofes, as subtilezas, as comparações, etc..

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A poesia Camoniana relacionada com a tristeza, desagrado, dor, infortúnio do poeta, saudade, amor não correspondido, entre outros, é de inspiração em Dante - poeta italiano do séc XIII e XIV.Se por um lado no dantismo a mulher deixa de ser a companheira humana, e se transforma no “ser angélico que sublima e apura a alma dos amantes”, por outro lado, na descrição do Inferno, o dramatismo dos suplícios e os queixumes dos amantes condenados permitiram que o termo “dantesco” seja sinónimo de horrível e que o dantismo signifique a concepção do amor relacionada com a visão extra terrena daqueles que sofrem nas profundezas do Inferno por terem amado.

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Trabalho realizado por: Ana Carolina Silva, nº2, 10ºB

Bruno Rodrigues, nº6, 10ºB