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  • ANPPOM Dcimo Quinto Congresso/2005 125

    INFLUNCIA DE JEROME BRUNER NA TEORIA DA APRENDIZAGEM

    MUSICAL DE EDWIN GORDON

    Ricardo Dourado Freire [email protected]

    Departamento de Msica da Universidade de Braslia Vernica Gomes Archanjo de Oliveira Silva

    [email protected]

    Resumo

    Neste artigo realizadas uma anlise terica dos Nveis e Subnveis de Competncias

    musicais estabelecidos por Edwin Gordon (1997) a partir dos fundamentos tericos para

    elaborao de teorias de aprendizagem propostos por Jerome Bruner (1965). A compreen-

    so das idias de Bruner serve para elucidar aspectos estruturais da Teoria da Aprendiza-

    gem Musical de Gordon e permite o esclarecimento de procedimentos e propostas de Gor-

    don dentro da perspectiva da psicologia cognitiva.

    Palavras-chave: Aprendizagem Musical, Jerome Bruner, Edwin Gordon.

    O pesquisador estadunidense Edwin Gordon desenvolveu nos ltimos 50 anos uma

    extensa obra nas reas de psicologia da msica e educao musical. Sua trajetria acad-

    mica passa pelo doutoramento na University of Iowa (1958), atuao como docente na

    University of Iowa, 1958-1973, na State University of New York at Buffalo (SUNY- Buf-

    falo), 1973-1979, at sua permanncia na Carl Seashore Chair for Research in Music Edu-

    cation da Temple University entre 1979 e sua aposentadoria em 1997. Durante sua trajet-

    ria acadmica publicou 94 livros, com tradues em portugus, italiano e lituano, alm de

    ter orientado aproximadamente 40 dissertaes de doutorado. Sua carreira como pesquisa-

    dor nas reas de psicologia da msica e educao musical influenciaram toda uma corrente

    de pesquisa na linha de msica. Nesta abordagem, os processos cognitivo-musicais so

    observados a partir de uma estrutura seqencial de desenvolvimento que aplica rea de

    msica a proposta terica de Jerome Bruner publicada em Toward a Theory of Instruction

    (1965)

    Nos primeiros anos de pesquisas na Univeristy of Iowa, Gordon inicia um profundo

    estudo sobre a aptido musical e os processos que influenciam o desenvolvimento musical

    do indivduo baseado nos trabalhos de Seashore e Drake. Ao longo dos prximos 40 anos,

    Gordon trabalhar na elaborao de uma srie de testes que estabelecem, por meio de

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    comparao de estatsticos de resultados, verificao dos nveis de aptido musical de uma

    pessoa. Foram criados vrios testes destinados a vrias faixas etrias, que abordam aspec-

    tos especficos do conhecimento musical, entre eles: Musical Aptitude Profile (MAP-

    1965, 1988, 1995), Iowa Tests of Music Literacy (1971, 1991), Primary Measures of Music

    Audiation (1979), Intermediate Measures of Music Audiation, (1982), Instrument Timbre

    Preference Test, (1984), Advance Measures of Music Audiation (1989) e Audie, (1989).

    No incio da dcada de 1970, Edwin Gordon amplia sua linha de pesquisa para incor-

    porar os processos de ensino e aprendizagem em msica. Aps pesquisar em profundidade

    as possibilidades de avaliar e medir a aptido musical sedimentada na pessoa, Gordon redi-

    reciona seus interesses para os processos que influenciam no desenvolvimento da aptido

    musical publicando Psychology of Music Teaching, (1971) e Learning Theory, Patterns,

    and Music (1975) no qual aparece, pela primeira vez, o termo audiao1. As idias

    apresentam uma forma definitiva na publicao de Learning Sequences in Music: Skill,

    Content, and Patterns. (1980) com novas edies publicadas em 1984, 1988, 1993 e 1997.

    A partir desta publicao, Gordon estabelece os fundamentos tericos definitivos de sua

    abordagem do processo aprendizagem musical.

    A Teoria da Aprendizagem Musical de Edwin Gordon foi fortemente influenciada pe-

    los principais tericos da psicologia da aprendizagem estadunidense. Gordon realiza pes-

    quisas que, a partir da fundamentao terica da corrente cognitivista de Ausubel, Bruner e

    Gang, possibilitassem a aplicao prtica dos conhecimentos provenientes da rea de psi-

    cologia.

    As publicaes de Jerome Bruner, em especial, so um marco no referencial terico

    das reas de pedagogia e psicologia, pois integra os conhecimentos das duas reas propon-

    do diretrizes para a elaborao de currculos e planejamento de cursos. E exatamente na

    dimenso do planejamento e currculo que se percebe uma influncia significativa de Je-

    rome Bruner na obra de Gordon.

    Toward a Theory of Instruction (1965) de Bruner pode ser considera um dos livros

    mais influentes na psicologia cognitiva estadunidense. Neste livro, o autor estabelece pa-

    rmetros gerais para a elaborao de teorias de aprendizagem que pudessem ser aplicadas

    em vrias reas do conhecimento.

    1 Audiao (original em ingls audiation), refere-se ao processo de ouvir e compreender msica internamente, em situa-es nas quais os sons no estejam fisicamente presentes.

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    Contrrio ao carter apenas descritivo das teorias de aprendizagem contemporneas,

    Bruner prope que uma teoria da aprendizagem deva ter um carter prescritivo e normati-

    vo. Prescritivo ao estabelecer regras concernentes melhor maneira de obter conhecimen-

    tos ou tcnicas, e normativo ao estabelecer os critrios e condies para atender a obteno

    de tais tcnicas e conhecimentos.

    Neste sentido, Bruner (1976) estabelece quatro caractersticas principais para uma teo-

    ria do ensino:

    Predisposio. Apontar as experincias mais efetivas para implantar em um indivduo

    a predisposio para a aprendizagem. Focalizar os fatores culturais, motivacionais e pesso-

    ais que influem no desejo de aprender e de tentar solucionar problemas. Explorao de

    alternativas (ativao, manuteno e direo). A condio bsica para ativar a explorao

    ter um nvel timo de incerteza. Curiosidade uma resposta incerteza e ambigidade.

    Estrutura. Especificar como deve ser estruturado um conjunto de conhecimentos.

    Todo conhecimento pode ser representado por um conjunto de aes apropriadas para ob-

    ter determinado resultado (representao ativa); por um conjunto de imagens resumidas

    (representao icnica); ou por um conjunto de proposies, lgicas ou simblicas, deriva-

    dos de um sistema simblico (representaes simblicas)

    Seqncia. Apresentar qual a sequncia mais eficiente para apresentar as matrias es-

    tudadas. Conduzir o estudante ao longo de uma sequncia de proposies e confirmaes,

    de um problema ou conjunto de conhecimentos, que aumentem a sua aptido para compre-

    ender, transformar e transferir o assunto em estudo.

    Reforo. A aprendizagem depende do conhecimento de resultados, no momento e no

    local em que ele pode ser utilizado para correo. A instruo aumenta a oportunidade e a

    aplicao do conhecimento corretivo, ou seja a correo dos erros em tempo e local apro-

    priados para que o estudante possa fixar a informao correta.

    Outro aspecto importante a nfase no processo de descoberta e a necessidade de par-

    ticipao ativa da pessoa na aprendizagem ao invs de um simples armazenamento de in-

    formaes. Saber um processo, no um produto. (Bruner, 1976: 75)

    Gordon se concentrou na aplicao prtica dos conceitos de Bruner na rea de msica.

    Dedicou-se a estabelecer uma estrutura de competncias musicais nas quais ficam eviden-

    tes os processos seqenciais da aprendizagem. A teoria de aprendizagem musical proposta

    de Gordon prope-se a elucidar como as pessoas aprendem msica e fornece, a partir de

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    Quadro 1 Nveis e Subnveis da Seqncia de Aprendizagem de Com-petncias

    DISCRIMINAO

    1- AUDITIVA/ ORAL

    2- ASSOCIAO VERBAL

    3- SNTESE PARCIAL

    4- ASSOCIAO SIMBLICA

    Leitura Escrita

    5- SNTESE COMPOSTA

    Leitura Escrita

    INFERNCIA

    6- GENERALIZAO

    Auditiva/ Oral Verbal Simblica

    Leitura Escrita

    sua anlise, novos subsdios de como ensinar msica. Tais orientaes perpassam pelo

    conceito central de audiao, ou seja, os processos cognitivos fundamentais para a compre-

    enso e reteno do conhecimento musical.

    Gordon afirma que existem duas maneiras de aprender: discriminando e inferindo. A

    aprendizagem por discriminao ocorre quando os alunos tm conscincia de estarem sen-

    do ensinados, a partir dos processos de imitao e comparao. A aprendizagem por infe-

    rncia ocorre quando no existe a imitao, mas os alunos descobrem individualmente

    solues prprias para as atividades musicais. Numa estrutura seqencial e progressiva,

    esses dois movimentos, a discriminao e a inferncia, se relacionam a partir de um deter-

    minado nvel. Gordon salienta que quanto maior for o nmero de acontecimentos e juzos

    habitualmente sendo discriminados pelos alunos, o nmero de inferncias concretizado

    por eles ser muito maior. Por outras palavras, embora possa ensinar aos alunos como e o

    que aprender no nvel da discriminao, o professor, no nvel da inferncia, s pode guiar

    os alunos quanto ao modo de aprender ao nvel da inferncia. (Gordon, 2000: 123).

    Com a finalidade de ilustrar a teoria de aprendizagem musical, Gordon apresenta um

    esquema onde divide a aprendizagem por discriminao e a aprendizagem por inferncia

    em nveis e subnveis seqenciais. (Quadro1)

    Quadro 1

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    Observando o Quadro de Nveis e Sub-nveis de aprendizagem de competncias de

    Gordon e os nveis estruturais de Bruner (representao ativa, icnica e simblica) poss-

    vel estabelecer uma relao direta entre as duas propostas de estruturas de aprendizagem.

    O conceito de representao ativa de Bruner pode ser observado no Nvel 1- Au-

    ral/Oral, no qual a aprendizagem por discriminao propicia a preparao fundamental

    para todos os demais nveis de aprendizagem ao estabelecer que escutar msica envolve

    um processo aural (ouvir) e executar msica envolve um processo oral (cantar), caracteri-

    zando um conjunto de aes apropriadas para obter determinado resultado.

    o desempenho no nvel auditivo/oral integra uma interao constante entre o auditivo e o oral, porque, quando os alunos ouvem padres tonais e rtmicos e, em seguida, cantam ou entoam o que acabaram de ouvir, aprendem a escutar esses pa-dres com mais preciso e podem execut-los tambm com mais preciso. O cont-nuo vaivm da aprendizagem, que envolve mover-se do auditivo para o oral e vice e versa, o modo como os alunos desenvolvem a sua competncia de audiao. (GORDON:126).

    O nvel de representao icnica de Bruner, pode ser caracterizado por um conjunto

    de imagens musicais resumidas, ou seja, os sons musicais so associados a elementos de

    estruturao auditiva por meio do solfejo. Gordon prope dois nveis que trabalham especi-

    ficamente as questes de associao entre sons musicais e sua representao auditiva nos

    nveis 2- ASSOCIAO VERBAL e 3- SNTESE PARCIAL.

    De acordo com as atividades de aprendizagem seqencial utilizada por Gordon, a as-

    sociao de slabas com o som, ocorre diferentemente da educao musical tradicional

    quando utilizam as slabas para trabalhar a relao das alturas. Gordon afirma que os sons

    so ensinados primeiro, sendo as slabas ensinadas apenas para identificar o que fora ouvi-

    do previamente. H portanto uma associao das slabas com os sons que os alunos j a-

    prenderam e, conseqentemente faro uso simultneo dos sons com as slabas num mo-

    mento posterior. Na sntese parcial, a diferenciao oral entre contextos musicais em tona-

    lidade maior/menor ou em mtrica dupla/tripla deve ser identificada a partir dos elementos

    do solfejo.

    As representaes simblicas de Bruner, por sua vez, so trabalhadas nos nveis 4-

    ASSOCIAO SIMBLICA e 5- SNTESE COMPOSTA, nos quais so desenvolvidas

    as habilidades de leitura e escrita musicais a partir de todo o trabalho de manipulao do

    material musical nos estgios anteriores.

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    Gordon explica que signos so os sons das alturas e das duraes que ouvimos e sm-

    bolos so as notas escritas que vemos representadas nos sons; os signos nunca devem ler-se

    e sim audi-los, caso contrrio, perde seu valor de signo e transformam-se erradamente em

    smbolos. Nenhum signo nem um smbolo podem ter uma funo dupla. Cada um tem de

    funcionar, ou como signo ou como smbolo, porque ou uma coisa ou representa alguma

    coisa. (GORDON:142).

    Nesse prximo nvel da aprendizagem por discriminao, a associao simblica um

    passo orientao no ensino aos alunos da escrita e leitura musical. A associao simbli-

    ca no texto abordada como uma continuidade do processo de aprendizagem por discrimi-

    nao em que a leitura e a escrita ocorrem por meio de uma hierarquia ao que familiar ou

    no-familiar, ou seja, padres tonais e rtmicos, tonalidades e mtricas familiares que pro-

    piciem a audiao e qualificao dos nveis auditivo/oral e de associao verbal. Afirma

    que a leitura e escrita musical auxiliam os alunos na melhor compreenso do que j sabem

    audiar e, esse resultado a associao desenvolvida no nvel de associao simblica. Pa-

    ra os alunos que j sabem audiar, a notao torna-se uma imagem do que j esto a audi-

    ar.(GORDON, 2000:154).

    No Nvel 5- SNTESE COMPOSTA, a representao simblica de Leitura e Escrita

    musicais so trabalhadas a partir da perspectiva da leitura visual Conforme ilustrado no

    quadro 1, a sntese composta o nvel mais elevado da aprendizagem por discriminao.

    Gordon explica que no nvel de sntese composta os alunos aprendem a audiar a tonalida-

    de ou a mtrica de um ou mais conjuntos de padres tonais ou rtmicos, numa seqncia

    familiar ou no-familiar. Nesse nvel, os alunos so capazes de ler e escrever uma srie de

    padres.

    Dessa forma, Gordon aplica, dentro de um contexto musical, os princpios estabeleci-

    dos por Bruner, sendo eles: a fundamentao terica, o programa seqencial e a aprendiza-

    gem por descoberta.

    Imagine uma sala de aula na qual a msica ensinada de acordo com princpios de

    uma teoria da aprendizagem musical. Uma vez que as aulas so desenvolvidas como parte

    de um programa seqencial, tudo o que os estudantes esto aprendendo construdo logi-

    camente a partir do que eles j aprenderam, e desta maneira os estudantes descobrem que o

    conhecimento apreendido faz sentido e eles podem aplicar este conhecimento imediata-

    mente na performance de todos os tipos de msica. (GORDON, 1997, xi)

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    A compreenso das idias de Bruner serve para elucidar aspectos estruturais da Teoria

    da Aprendizagem Musical de Gordon e permite tambm o esclarecimento de procedimen-

    tos e propostas de Gordon dentro da perspectiva da psicologia cognitiva.

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