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Festa Junina - Origem, Comidas típicas e curiosidades. O mês de Junho é caracterizado por danças, comidas típicas, bandeirinhas, além das peculiaridades de cada região. É a festa junina , que se inicia no dia 12 de Junho, véspera do Dia de Santo Antônio e encerra no dia 29, dia de São Pedro. O ponto mais elevado da festa ocorre entre os dias 23 e 24, o Dia de São João. Durante os festejos acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos caipiras. A tradição de comemorar o dia de São João veio de Portugal, onde as festas são conhecidas pelo nome de Santos Populares e correspondem a diversos feriados municipais: Santo Antônio, em Lisboa; São Pedro, no Seixal; São João, no Porto, em Braga e em Almada. O nome “junina” é devido à sua procedência de países europeus cristianizados. Os portugueses foram os responsáveis por trazê-la ao Brasil, e logo foi inserida aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras. A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Em Campina Grande, na Paraíba, a festa junina atrai milhares de pessoas. A canjica e a pamonha são comidas tradicionais da festa na região, devido à época ser propícia para a colheita do milho. O lugar onde ocorrem os festejos juninos é chamado de arraial, um espaço ao ar livre cercado ou não, e onde há barracas ou um galpão adaptado para a festa. As festas de São João são ainda comemoradas em alguns países europeus católicos, protestantes e ortodoxos. Em algumas festas européias de São João são realizadas a fogueira de São João e a celebração de casamentos reais ou encenados, semelhantes ao casamento fictício que é um costume no baile da quadrilha nordestina. Comidas Típicas da Festa Junina Conta a história que as comemorações juninas surgiram na época pré-gregoriana, em comemoração à fartura das colheitas, no solstício de verão, onde faziam-se uma grande festa pagã para agradecer a fertilidade da terra. Essa festa era realizada no dia vinte e quatro de junho. Aos poucos a festa foi sendo difundida por todo o Brasil, tendo chegado ao nosso país através da colonização dos portugueses. Nessa data o milho está em evidência em nossas plantações, sendo a base de todos os alimentos consumidos nas festas juninas. Dentre tantos pratos deliciosos podemos destacar a canjica, o curau, a pipoca, a pamonha, o bolo de milho, o caldo de milho, milho cozido, dentre outros. Porém, não são apenas esses alimentos que compõem a culinária da festa. Dependendo da região onde for realizada, a festa junina apresenta

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Festa Junina - Origem, Comidas típicas e curiosidades.

O mês de Junho é caracterizado por danças, comidas típicas, bandeirinhas, além das peculiaridades de cada região. É a festa junina, que se inicia no dia 12 de Junho, véspera do Dia de Santo Antônio e encerra no dia 29, dia de São Pedro. O ponto mais elevado da festa ocorre entre os dias 23 e 24, o Dia de São João. Durante os festejos acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos caipiras.

A tradição de comemorar o dia de São João veio de Portugal, onde as festas são conhecidas pelo nome de Santos Populares e correspondem a diversos feriados municipais: Santo Antônio, em Lisboa; São Pedro, no Seixal; São João, no Porto, em Braga e em Almada.

O nome “junina” é devido à sua procedência de países europeus cristianizados. Os portugueses foram os responsáveis por trazê-la ao Brasil, e logo foi inserida aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.

A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Em Campina Grande, na Paraíba, a festa junina atrai milhares de pessoas. A canjica e a pamonha são comidas tradicionais da festa na região, devido à época ser propícia para a colheita do milho. O lugar onde ocorrem os festejos juninos é chamado de arraial, um espaço ao ar livre cercado ou não, e onde há barracas ou um galpão adaptado para a festa.

As festas de São João são ainda comemoradas em alguns países europeus católicos, protestantes e ortodoxos. Em algumas festas européias de São João são realizadas a fogueira de São João e a celebração de casamentos reais ou encenados, semelhantes ao casamento fictício que é um costume no baile da quadrilha nordestina.

Comidas Típicas da Festa Junina

Conta a história que as comemorações juninas surgiram na época pré-gregoriana, em comemoração à fartura das colheitas, no solstício de verão, onde faziam-se uma grande festa pagã para agradecer a fertilidade da terra. Essa festa era realizada no dia vinte e quatro de junho.

Aos poucos a festa foi sendo difundida por todo o Brasil, tendo chegado ao nosso país através da colonização dos portugueses.

Nessa data o milho está em evidência em nossas plantações, sendo a base de todos os alimentos consumidos nas festas juninas.

Dentre tantos pratos deliciosos podemos destacar a canjica, o curau, a pipoca, a pamonha, o bolo de milho, o caldo de milho, milho cozido, dentre outros. Porém, não são apenas esses alimentos que compõem a culinária da festa.

Dependendo da região onde for realizada, a festa junina apresenta um caráter peculiar com a cultura da localidade.

Várias são as opções para se fazer uma boa festa junina. O mané-pelado é um bolo feito de mandioca crua, ralada; a paçoquinha é feita de amendoim torrado, bolacha de maisena e leite condensado; a maçã do amor é uma maçã mergulhada em calda de açúcar, com um cabo de palito de picolé; bolo de coco; cachorro-quente, o delicioso pãozinho com molho e salsicha; pé de moleque, feito com rapadura e amendoim torrado; pinhão cozido, uma castanha característica do sul e o famoso quentão, feito com gengibre, canela e pinga.

As festas juninas são conhecidas como características da igreja Católica Apostólica Romana, por manter culto de veneração a três santos: São João, Santo Antônio e São Pedro.

Dessa cultura religiosa surgiram as quermesse ou festas de barraquinhas, onde são vendidos esses deliciosos alimentos, além de artesanatos, a fim de arrecadar verbas para as benfeitorias da igreja.

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Essas festas também são conhecidas como festas de caridade e durante a realização das mesmas acontecem várias brincadeiras, também para se arrecadar fundos. São feitos pequenos leilões de alimentos, onde os lances chegam a valores bem maiores que os das prendas, mas somente para levar animação ao momento, além de fazer a doação para a igreja.

Mas o importante mesmo é se divertir e comer as delícias das festas juninas.

Veja as receitas:

Quentão de Vinho Quentão Tradicional Quentão sem Álcool (Infantil) Quentão de Morango Quentão com Paixão

 

Quentão Sofisticado Curau de faz-de-conta

Bolo de Milho Arroz Doce

Curiosidades da Festa Junina:

Por serem de origem europeia, as festas juninas apresentam vários elementos que não são da cultura brasileira, mas que com o passar dos anos tornaram-se fundamentais para a mesma.

Ao assistirmos uma dança de quadrilha podemos perceber quantas palavras desconhecidas são ditas pelos puxadores. Anarriê, ampassã, tour, dentre outras, que são de origem francesa, parecida com as festas da aristocracia que abria os bailes mais requintados da época.

Como eram festas realizadas pelas cortes, as mulheres usavam seus vestidos mais bonitos e rodados, motivo pelo qual se originou os vestidos das quadrilhas, feitos em tecidos de chita, bem coloridos.

As culturas Greco-romanas e dos celtas também deixaram suas marcas, pois praticavam cerimônias em volta de fogueiras, a fim de agradecer aos deuses pelas boas colheitas.

A festa popular mais conhecida no Brasil é o carnaval, porém as festas juninas não perdem seu lugar, estando entre as principais festas do país.

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O nordeste é a região que mais valoriza as festas juninas, onde acontecem vários concursos para se eleger a quadrilha mais alegre e bonita do Brasil. A cidade de Campina Grande, na Paraíba, é onde acontece o maior festejo do país. Com uma área de quarenta e dois mil metros quadrados, podemos encontrar o “Parque do Povo”, onde acontecem exposições artesanais, a queima da fogueira gigante, a cidade cenográfica com réplica da igreja, há um espaço para a apresentação das quadrilhas, a casa do milho, a corrida de jegue, há também uma área especial para a imprensa.

Dentre os enfeites das festas juninas, o mais comum são as bandeirolas. Esses apetrechos surgiram porque os três santos homenageados na festa tinham suas imagens pregadas em bandeiras coloridas e imersas em água, a famosa lavagem dos santos. Com isso, acredita-se que a água fica purificada, fazendo a purificação das pessoas que se molham com elas. Com o passar dos anos, essas bandeiras foram sendo substituídas pelas bandeirinhas menores, que trazem a mesma simbologia de purificar o ambiente da festa.

Além disso, temos Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro. Os mais religiosos contam que as moças pedem um noivo para o santo, mas este só arruma o pretendente quando é castigado pela moça, sendo posto de cabeça para baixo ou ficando com a cabeça mergulhada numa bacia com água.

O casamento caipira surgiu como chacota aos casamentos clássicos. A noiva aparece grávida e seu pai obriga o moço a assumir a responsabilidade, fazendo-o casar com uma espingarda apontada para a cabeça. Essa história é muito engraçada, pois o pai da noiva tem todo o apoio do delegado da cidade, que é seu amigo. Durante a cerimônia o noivo, que está bêbado, tenta fugir, mas sem sucesso. Após o enlace os noivos puxam a dança da quadrilha.

Folclore na Região Centro-Oeste:

Região Centro-Oeste ( Mato Grosso do Sul • Mato Grosso • Goiás • Distrito Federal ) 1 - Danças: tapiocas, congada, reisado folia de reis, cururu e tambor.

Congada

Bailado popular que acontece em algumas regiões do Sudeste brasileiro, como nos estados do Paraná e Minas Gerais, como também no Nordeste, na Paraíba. Esta manifestação cultural tem origem no catolicismo e nas sangrentas histórias de guerra do povo africano, como a do assassinato do rei de Angola, Gola Bândi. Na congada dramatizam uma procissão de escravos feiticeiros, capatazes, damas de companhia e guerreiros que levam a rainha e o rei negro até a igreja, onde serão coroados. Durante o cortejo, ao som de violas, atabaques e reco-recos, realizam danças com movimentos que simulam uma guerra.

Reisado (Folia de Reis)

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O Reisado foi introduzido no Brasil-Colônia pelos portugueses no século XIX. É um espetáculo popular das festas de Natal e Reis, cuja ribalta é a praça pública, a rua, mas as vezes pode ser apresentado em residências.

Folia de Reis, ou Reisado, constitui um dos mais originais folguedos folclóricos. É uma folia conhecida em Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e, desde alguns anos, na Guanabara. No interior, é uma dança do período natalino em comemoração ao nascimento do Menino Jesus e em homenagem aos Reis Magos: Gaspar, Melchior e Baltazar, que levaram ouro, incenso e mira, que representam as três dimensões de Cristo (realeza, divindade e humanidade).

Esta festa tem sua origem primária na Festa do Sol Invencível, comemorada pelos romanos e depois adotada pelos egípcios. A festa romana era comemorada em 25 de dezembro (calendário gregoriano) e a egípcia em 6 de janeiro. No século III, ficou estabelecido que dia 25 de dezembro se festejaria o nascimento de Cristo e 6 de janeiro, dia dos Reis.

A característica principal do reisado está no uso de muitos adereços, trajes com cores quentes e chapéus ricamente enfeitados com fitas coloridas e espelhinhos.

2 - Festas tradicionais: carvalhada, tourada, festas juninas.3 - Lendas: pé-de-garrafa, Lobisomem, Saci-Pererê, Ramãozinho.4 - Pratos: arroz de carreteiro, mandioca, peixes.

Fonte:MiniWeb Educação

Fonte:Por Jussara de Barros Graduada em PedagogiaEquipe Brasil Escola

Junho é o mês de São João, Santo Antonio e São Pedro. Por isso, as festas que acontecem em todo o mês de junho foi chamada de “Festa Joanina”, especialmente em homenagem a São João.

O nome joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.

A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na alimentação, quando foram introduzidos o aimpim (mandioca), milho, jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, o boi-bumbá, a quadrilha e o tambor-de-crioula. Mas não foi somente a influência brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram à quadrilha, passos e marcações inspirados na dança da nobreza européia.

Já os fogos de artíficio, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos chineses.

A dança-de-fitas, bastante comum no sul do Brasil, é originária de Portugal e da Espanha.

Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte.

 

Datas da festa

As celebrações têm início no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio e terminam no dia 29 do mesmo mês, dia de São Pedro. Mas o auge da festa ocorre entre os dias 23 e 24, dia de São João.

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Origem da Festa Junina

Segundo a história, a celebração da Festa Junina surgiu em conseqüência do solstício de verão na Europa, norte da África e Oriente Médio, período em que os povos celtas, bretões, sardenhos, bascos, persas, egípcios, sírios e sumérios realizavam rituais de fertilidade para favorecer o crescimento da vegetação e a fartura das colheitas. Apesar das celebrações serem consideradas pagãs, a Igreja Católica não poderia apagá-las da história dos povos, com isso, foram adaptadas às comemorações da festa de São João, que se originou no dia 24 de junho, dia do solstício.

A festa no Brasil

Os dias de São João, Santo Antônio e São Pedro, são no mês de junho, por isso, as comemorações que ocorrem durante todo o mês foram denominadas de “Festa Joanina”, especialmente em homenagem a São João. Segundo alguns historiadores, o nome joanina teve origem nos países europeus católicos no século IV. Quando veio para o Brasil foi modificado para junina. A tradição de comemorar a Festa de São João foi trazida pelos portugueses, logo incorporada aos costumes dos povos negros e indígenas.

Datas da festa

As celebrações têm início no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio e terminam no dia 29 do mesmo mês, dia de São Pedro. Mas o auge da festa ocorre entre os dias 23 e 24, dia de São João.

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Festa junina em São João Batista

Em nossa coidade a festa junina arrebentou com dois arraiás na sede, o Arraiá Beira Campo que inicio no dia 14 de junho e o Arraiá organizado pela Prefeitura Municipal que é de tradição. Com isso quem ganha é o povo joanino que terá muito mais opções de divertimento.

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Origem da Festa Junina

De origem européia, as Festas juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a Festa Junina do dia de "Midsummer" (24 de Junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a Festa Junina é o traço comum que une todas as festas de São João européias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às fogueiras de Natal.

Uma lenda católica cristianizando a Festa Junina pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.

O mastro de São João

O mastro de São João, conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três bandeirinhas simbolizando os santos. Tendo hoje em dia uma significação cristã bastante enraizada e sendo, entre os costumes de São João, um dos mais marcadamente católico, o levantamento do mastro tem sua origem, no entanto, no costume pagão de levantar o "mastro de maio", ou a árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.

Além de sua cristianização profunda em Portugal e no Brasil, é interessante notar que o levantamento do mastro de maio em Portugal é também erguido em junho e a celebrar as festas desse mês (o mesmo fenômeno também ocorrendo na Suécia, onde o mastro de maio, "majstången", de origem primaveril, passou a ser erguido durante as festas estivais de junho, "Midsommarafton"). O fato de suspender milhos e laranjas ao mastro de São João parece ser um vestígio de práticas pagãs similares em torno do mastro de maio. Em Lóriga a tradição do Cambeiro é celebrada em Janeiro. Hoje em dia, um rico simbolismo católico popular está ligado aos procedimentos envolvendo o levantamento do mastro e os seus enfeites.

A Quadrilha

A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina , surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.

A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos belos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).

Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda

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que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.

O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.

No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.

Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:

"Quadrilha Caipira" (São Paulo) "Saruê", corruptela do termo francês "soirée", (Brasil Central)

"Baile Sifilítico" (Bahia)

"Mana-Chica" (Rio de Janeiro)

"Quadrilha" (Sergipe)

"Quadrilha Matuta"

Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão (acordeom), pandeiro, zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.

Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.

Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste(indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João européias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa.

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FESTA JUNINA

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Você sabe a origem da festa junina?

As Festas Juninas são celebradas ao longo do mês de junho. Sua origem foram as festas pagãs, com fogueiras e queimas de fogos para afugentar os maus espíritos. Elas começaram nos campos e plantações originando os trajes típicos de caipiras e sinhazinhas, com casamento de roça, discurso do padrinho, as capelinhas decoradas etc.

Com o passar do tempo, as festividades foram tomando um cunho religioso.

Pela tradição, a festa junina consiste em celebrar os bons resultados da colheita e também, pedir que o próximo plantio traga bons frutos. São João é o santo protetor das colheitas e se faz comemorar com seus seguidores: Santo Antonio e São Pedro (assim, 24, 13, 29 de junho).

Esta festividade demonstra devoção e homenagem dos devotos. As festas juninas estão enraizadas de arte popular com suas influências próprias das regiões, cheias de pureza, ingenuidade, poesia e inspiração.

Fogueira Brincadeiras Música Danças

FOGUEIRA

A fogueira na festa junina representa chama de vida e boas novas. Elas são utilizadas para esquentar as comidas típicas, como canjica, curau e até mesmo o quentão, bebida própria para aquecer em dias de frio, temperada com gengibre. A fogueira, fica em envidência na festa e é rodeada por lanternas e bandeirinhas formando o típico ambiente de arraial.

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BRINCADEIRAS

Corrida de sapatos

Os sapatos dos participantes da atividade são misturados e colocados a uma certa distância da linha de partida. Após o sinal, os jogadores devem ir pulando com o pé esquerdo até o local onde estão os sapatos estão, calçar e voltar ao ponto de partida. Os participantes que calçarem os sapatos errados ou trocados serão desclassificados.

O jogo também pode ser realizado em equipes. A equipe que terminar de calçar os sapatos e voltar ao ponto de partida primeiro, vence o jogo.

Corrida do ovo

É estabelecido um ponto de partida e de chegada. Os participantes devem estar posicionados no ponto de partida. Eles receberão uma colher com um ovo. A colher é colocada na boca. Vence o participante que chegar ao final primeiro sem derrubar o ovo da colher.

MÚSICA

A musica é tocada ao longo da festividade sob o ritmo acentuado de forró. A banda é um item imprescindível, funciona como animadora. A banda esta composta de vários instrumentos como: tambores, bongós, pauzinhos, guisos, reco-reco, berimbau, cackeckê, triângulos, etc.

CAPELINHA DE MELÃO João de Barros e Adalberto Ribeiro

Capelinha de melãoé de São João.É de cravo, é de rosa, é de manjericão.São João está dormindo,não me ouve não.Acordai, acordai, acordai, João.Atirei rosas pelo caminho.A ventania veio e levou.Tu me fizeste com seus espinhos uma coroa de flor.

PEDRO, ANTÔNIO E JOÃOBenedito Lacerda e Oswaldo Santiago

Com a filha de JoãoAntônio ia se casar,mas Pedro fugiu com a noivana hora de ir pro altar.A fogueira está queimando,o balão está subindo,Antônio estava chorandoe Pedro estava fugindo.E no fim dessa história,ao apagar-se a fogueira,

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João consolava Antônio,que caiu na bebedeira.

BALÃOZINHOVenha cá, meu balãozinho.

Diga aonde você vai.Vou subindo, vou pra longe, vou pra casa dos meus pais.Ah, ah, ah, mas que bobagem.Nunca vi balão ter pai.Fique quieto neste canto, e daí você não sai.Toda mata pega fogo.Passarinhos vão morrer.Se cair em nossas matas, o que pode acontecer.Já estou arrependido.Quanto mal faz um balão.Ficarei bem quietinho, amarrado num cordão.

SONHO DE PAPELCarlos Braga e Alberto Ribeiro

O balão vai subindo, vem caindo a garoa.O céu é tão lindo e a noite é tão boa.São João, São João!Acende a fogueira no meu coração.Sonho de papel a girar na escuridãosoltei em seu louvor no sonho multicor.Oh! Meu São João.Meu balão azul foi subindo devagarO vento que soprou meu sonho carregou.Nem vai mais voltar.

PULA A FOGUEIRAJoão B. Filho

Pula a fogueira Iaiá, pula a fogueira Ioiô.Cuidado para não se queimar.Olha que a fogueira já queimou o meu amor.Nesta noite de festançatodos caem na dançaalegrando o coração.Foguetes, cantos e troca na cidade e na roçaem louvor a São João.Nesta noite de folguedotodos brincam sem medoa soltar seu pistolão.Morena flor do sertão, quero saber se tu ésdona do meu coração.

CAI, CAI, BALÃOCai, cai, balão.

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Cai, cai, balão.Aqui na minha mão.Não vou lá, não vou lá, não vou lá.Tenho medo de apanhar.

DANÇA

Existem diversas danças, mas a mais conhecida é a quadrilha.

A quadrilha é uma dança feita para agradecer a boa colheita e homenagear São João, Santo Antônio e São Pedro. Nela, um marcador comanda a dança. Os comandos devem ser seguidos e respeitados.

Esta dança típica chegou ao Brasil durante o período regencial e fez grande sucesso na corte do Rio de Janeiro, caindo depois no gosto popular. A sanfona, a vila, o violão e o triângulo são instrumentos muito utilizados para acompanhar a quadrilha.

A dança começa com os casais posicionados frente a frente. Os cavalheiros cumprimentam as damas e em seguida, as damas cumprimentam os cavalheiros. Eles trocam de lado, em seguida o cavalheiro busca a dama e começa o grande passeio pela roça. Esse passeio apresenta diversas interferências ditas pelo marcador, como "olha a chuva, "olha a cobra". Ao final, o casal despede-se.

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Comidas Típicas da Festa Junina

Conta a história que as comemorações juninas surgiram na época pré-gregoriana, em comemoração à fartura das colheitas, no solstício de verão, onde faziam-se uma grande festa pagã para agradecer a fertilidade da terra. Essa festa era realizada no dia vinte e quatro de junho.

Aos poucos a festa foi sendo difundida por todo o Brasil, tendo chegado ao nosso país através da colonização dos portugueses.

Nessa data o milho está em evidência em nossas plantações, sendo a base de todos os alimentos consumidos nas festas juninas.

Dentre tantos pratos deliciosos podemos destacar a canjica, o curau, a pipoca, a pamonha, o bolo de milho, o caldo de milho, milho cozido, dentre outros. Porém, não são apenas esses alimentos que compõem a culinária da festa.

Dependendo da região onde for realizada, a festa junina apresenta um caráter peculiar com a cultura da localidade.

Várias são as opções para se fazer uma boa festa junina. O mané-pelado é um bolo feito de mandioca crua, ralada; a paçoquinha é feita de amendoim torrado, bolacha de maisena e leite condensado; a maçã do amor é uma maçã mergulhada em calda de açúcar, com um cabo de palito de picolé; bolo de coco; cachorro-quente, o delicioso pãozinho com molho e salsicha; pé de moleque, feito com rapadura e amendoim torrado; pinhão cozido, uma castanha característica do sul e o famoso quentão, feito com gengibre, canela e pinga.

As festas juninas são conhecidas como características da igreja Católica Apostólica Romana, por manter culto de veneração a três santos: São João, Santo Antônio e São Pedro.

Dessa cultura religiosa surgiram as quermesse ou festas de barraquinhas, onde são vendidos esses deliciosos alimentos, além de artesanatos, a fim de arrecadar verbas para as benfeitorias da igreja.

Essas festas também são conhecidas como festas de caridade e durante a realização das mesmas acontecem várias brincadeiras, também para se arrecadar fundos. São feitos pequenos leilões de alimentos, onde os lances chegam a valores bem maiores que os das prendas, mas somente para levar animação ao momento, além de fazer a doação para a igreja.

Mas o importante mesmo é se divertir e comer as delícias das festas juninas.

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Festas juninas ou festas dos santos populares são celebrações que acontecem em vários países historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário

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juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como "festa de São João". Essas celebrações são particularmente importantes no Norte da Europa - Dinamarca, Estónia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Noruega e Suécia -, mas são encontrados também na Irlanda, partes da Grã-Bretanha (especialmente Cornualha), França, Itália, Malta, Portugal, Espanha, Ucrânia, outras partes da Europa, e em outros países como Canadá, Estados Unidos, Porto Rico, Brasil e Austrália.

Índice 1 Tradições e costumes

o 1.1 Origem da fogueira 1.2 O uso de balões

o 1.3 O mastro de São João 1.4 A Quadrilha

o 1.5 Outras danças e canções 1.6 Costumes populares

o 1.7 Simpatias, sortes e adivinhas para Santo Antônio

2 Festas juninas por país

o 2.1 Portugal 2.2 Brasil

3 Ver também

4 Referências

Tradições e costumes

Origem da fogueira

Grandes fogueiras são tradição do São João brasileiro e europeu

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Balão de São João em Portugal, cidade do Porto

De origem européia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (24 de junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João européias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às fogueiras de Natal.

Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.

O uso de balões

O uso de balões e fogos de artifício durante São João no Brasil está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Este costume foi trazido pelos portugueses para o Brasil, e ele se mantém em ambos lados do Atlântico, sendo que é na cidade do Porto, Portugal onde mais se evidência. Fogos de artifício manuseados por pessoas privadas e espetáculos pirotécnicos organizados por associações ou municipalidades tornaram-se uma parte essencial da festa no Nordeste, em outras partes do Brasil e em Portugal. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Em Portugal, pequenos papeis sao atados no balão com desejos e pedidos escritos neles.

Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei devido ao risco de incêndio. Os balões serviam para avisar que a festa iria começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança.

Durante todo o mês de junho é comum, principalmente entre as crianças, soltar bombas. Algumas delas são:

Traque Chilene Cordão capeção-de-negro Cartucho Treme-Terra Rojão Buscapé Cobrinha Espadas-de-fogo

O mastro de São João

O mastro de São João, conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três bandeirinhas simbolizando os santos. Tendo hoje em dia uma significação cristã bastante enraizada e sendo, entre os costumes de São João, um dos mais marcadamente católico, o levantamento do mastro tem sua origem, no entanto, no costume pagão de levantar o "mastro de maio", ou a árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.

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Além de sua cristianização profunda em Portugal e no Brasil, é interessante notar que o levantamento do mastro de maio em Portugal é também erguido em junho e a celebrar as festas desse mês (o mesmo fenômeno também ocorrendo na Suécia, onde o mastro de maio, "majstången", de origem primaveril, passou a ser erguido durante as festas estivais de junho, "Midsommarafton"). O fato de suspender milhos e laranjas ao mastro de São João parece ser um vestígio de práticas pagãs similares em torno do mastro de maio. Em Lóriga a tradição do Cambeiro é celebrada em Janeiro. Hoje em dia, um rico simbolismo católico popular está ligado aos procedimentos envolvendo o levantamento do mastro e os seus enfeites.

A Quadrilha

A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina , surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.

Quadrilha Junina da Festa do São Pedro de Belém (Paraíba)

A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos belos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).

Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.

O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.

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No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.

Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:

"Quadrilha Caipira" (São Paulo) "Saruê", corruptela do termo francês "soirée", (Brasil Central)

"Baile Sifilítico" (Bahia)

"Mana-Chica" (Rio de Janeiro)

"Quadrilha" (Sergipe)

"Quadrilha Matuta"

Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão (acordeom), pandeiro, zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.

Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.

Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste(indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João européias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa.

Outras danças e canções

No nordeste brasileiro, o forró assim como ritmos aparentados tais que o baião,o xote,o reizado,o samba-de-coco e as cantigas são danças e canções típicas das festas juninas.e algumas vezes musicas antigas de autores famosos.

Costumes populares

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Festa junina caipira.

As festas juninas brasileiras podem ser divididas em dois tipos distintos: as festas da Região Nordeste e as festas do Brasil caipira, ou seja, nos estados de São Paulo, Paraná (norte), Minas Gerais (sobretudo na parte sul) e Goiás.

No Nordeste brasileiro se comemora, com pequenas ou grandes festas que reúnem toda a comunidade e muitos turistas, com fartura de comida, quadrilhas, casamento matuto e muito forró. É comum os participantes das festas se vestirem de matuto, os homens com camisa quadriculada, calça remendada com panos coloridos, e chapéu de palha, e as mulheres com vestido colorido de xita e chapéu de palha.

No interior de São Paulo ainda se mantêm a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras.

Em Portugal há arraiais com foguetes, assam-se sardinhas e oferecem-se manjericos, as marchas populares desfilam pelas ruas e avenidas, dão-se com martelinhos de plastico e alho porro nas cabeças das pessoas principalmente nas crianças e quando os rapazes se querem meter com as raparigas solteiras.

Simpatias, sortes e adivinhas para Santo Antônio

O relacionamento entre os devotos e os santos juninos, principalmente Santo Antônio e São João, é quase familiar: cheio de intimidades, chega a ser, por vezes, irreverente, debochado e quase obsceno. Esse caráter fica bastante evidente quando se entra em contato com as simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses santos:

Confessei-me a Santo Antônio,

confessei que estava amando.

Ele deu-me por penitência

que fosse continuando.

Os objetos utilizados nas simpatias e adivinhações devem ser virgens, ou seja, estar sendo usados pela primeira vez, senão… nada de a simpatia funcionar! A seguir, algumas simpatias feitas para Santo Antônio:

Moças solteiras, desejosas de se casar, em várias regiões do Brasil, colocam um figurino do santo de cabeça para baixo atrás da porta ou dentro do poço ou enterram-no até o pescoço. Fazem o pedido e, enquanto não são atendidas, lá fica a imagem de cabeça para baixo. E elas pedem:

Meu Santo Antônio

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Para arrumar namorado ou marido, basta amarrar uma fita vermelha e outra branca no braço da imagem de Santo Antônio, fazendo a ele o pedido. Rezar um Pai-Nosso e uma Salve-Rainha. Pendurar a imagem de cabeça para baixo sob a cama. Ela só deve ser desvirada quando a pessoa alcançar o pedido.

No dia 13, é comum ir à igreja para receber o "pãozinho de Santo Antônio", que é dado gratuitamente pelos frades. Em troca, os fiéis costumam deixar ofertas. O pão, que é bento, deve ser deixado junto aos demais mantimentos para que estes não faltem jamais.

Em Lisboa, é tradicional a cerimónia de casamento múltiplo do dia de Santo António, em que chegam a casar-se 200-300 casais ao mesmo tempo.

Brasil

As festas Juninas, são na sua essência multicurais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugal: Santo Antônio, São João e São Pedro principalmente. A música e os instrumentos usados, cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco, etc, estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos para o Brasil pelos povoadores e emigrantes dos país irmão. As roupas 'caipiras' ou 'saloias' são uma clara referência ao povo campestre, que povoou principalmente o nordeste do Brasil e muitissimas semelhanças se podem encontrar no modo de vestir 'caipira' tanto no Brasil como em Portugal. Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início em Portugal com as novidades que na época dos descobrimentos os portugueses levavam da Asia, enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora por exemplo. Embora os balões tenham sido proíbidos em muitos lugares do Brasil, eles são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite.

No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São João), porque acontece no mês de junho. Além de Portugal, a tradição veio de outros países europeus cristianizados dos quais se oriundam as comunidades de imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX. Ainda antes, porém, a festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.

A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.

O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiás acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.

Locais

Estes arraiais são muito comuns em Portugal e não são exclusivos do São João, são parte da tradição popular em geral. Nessas festas podemos encontrar imensas semelhanças tanto no Brasil como em Portugal, mas não só. Na África e na Asia, Macau, India, Malásia, na Comunidade Cristang, os portugueses deixaram essa tradição Junina bem marcada.

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Atualmente, os festejos ocorridos em cidades pólos do Norte e Nordeste dão impulso à economia local. Citem-se, como exemplo, Caruaru em Pernambuco; Campina Grande na Paraíba; Amargosa na Bahia[1]; na Mossoró no Rio Grande do Norte; Maceió em Alagoas; Recife em Pernambuco; Aracaju em Sergipe; Juazeiro do Norte no Ceará; e Cametá no Pará. Além disso, também existem nas pequenas cidades, festas mais tradicionais como Cruz das Almas, Ibicuí, Jequié e Euclides da Cunha na Bahia. As duas primeiras cidades disputam o título de Maior São João do Mundo, embora Caruaru esteja consolidada no Guinness Book, categoria festa country (regional) ao ar livre. Além disso, Juazeiro do Norte no Ceará e Mossoró no Rio Grande do Norte disputam o terceiro lugar de maior são joão do mundo.

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