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info TRIMESTRAL | ABR.MAI.JUN. 2005 • Nº 4 • 2 Magazine de informação da Ordem dos Engenheiros REGIÃO NORTE Aristides Guedes Coelho homenageado no Dia Regional Aristides Guedes Coelho homenageado no Dia Regional

INFO nº04

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Abril - Junho 2005 Aristides Guedes Coelho homenageado no I Dia Regional

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Page 1: INFO nº04

infoTRIMESTRAL | ABR.MAI.JUN. 2005 • Nº 4 • €2 Magazine de informação

da Ordem dos EngenheirosREGIÃO NORTE

Aristides Guedes Coelho homenageado no Dia Regional

Aristides Guedes Coelho homenageado no Dia Regional

Page 2: INFO nº04

info

Um ano de mandato…

Completado em Abril último um ano de mandato da actual Direcçãoda Região Norte da Ordem dos Engenheiros, é tempo de, por um ladofazer uma retrospectiva daquilo que tem vindo a ser desenvolvido, epor outro lado elevar, ainda mais, tudo aquilo que são os desígniosefectivos desta Associação Profissional. “Arrumar a casa” foi o nosso lema neste primeiro ano de trabalho.Consolidámos as contas, optimizámos serviços, regrámos procedi-mentos, organizámos a gestão de membros, criámos debates aonível técnico-profissional e através desses debates temos vindo apropor soluções.A vida profissional de um engenheiro é regida por normas de condu-tas de índole técnica, ética e deontológica que determinam a respon-sabilidade de cada interveniente. Estes factores, quando correspondi-dos pela obtenção de resultados, desenvolvem a auto-estima de cadaengenheiro, reforçando o privilégio da responsabilidade de decisão. Éaqui que a engenharia e o engenheiro se tornam um elo social. Oengenheiro como profissional é, não raras vezes, um decisor, e por talfoi tornando a engenharia num factor de desenvolvimento das socie-dades ao longo dos tempos. A própria engenharia, com as novas tec-nologias e áreas do conhecimento, tem vindo a tornar-se cada vezmais eclética.Atento a tudo isto, o Conselho Directivo da Região Norte decidiu criarpela primeira vez o “Dia Regional Norte do Engenheiro” subordinadoa um tema específico e com o propósito de distinguir e homenagearengenheiros que pela antiguidade ou pelo exemplo profissional se tenham vindo a destacar ao longo da sua vida profissional. Para este IDia Regional Norte do Engenheiro, que se pretende anual, foi decididoescolher a cidade de Viana do Castelo para acolher o evento no dia 14de Maio de 2005. O tema específico deste ano, para o qual são convi-dados distintos oradores, prende-se com a interacção entre aEngenharia e a Inovação.Realça-se, neste Dia Regional, a homenagem a três engenheiros que,com percursos distintos, são entre outros o exemplo claro de umaactividade profissional altamente meritória. São eles o engenheiroAristides Guedes Coelho, distinto professor e também o engenheirodestacado neste número da INFO, o engenheiro Pedro GuedesOliveira e o engenheiro João Pedro de Oliveira Valença.Julgamos que o facto de aliarmos todas estas componentes da engenharia nos permitirá, doravante, atingir outro nível de apoio aos mem-bros, privilegiando sempre a componente profissional do engenheiro.Afinal, este é o desígnio principal da Ordem dos Engenheiros.

Fernando de Almeida SantosSecretário da OERN

índice4 6Artigo de Opinião

Casa da Música

Notícias 118Destaque

15

Engenharia no Mundo28

Agenda

30

Entrevista a AristidesGuedes Coelho

20Vida Associativa

29Lazer

Propriedade: Ordem dos Engenheiros – Região Norte.Director: Luís Ramos ([email protected].).Conselho Editorial: Gerardo Saraiva de Menezes, Luís Leite Ramos, FernandoAlmeida Santos, Maria Teresa Ponce Leão, António Machado e Moura, JoaquimFerreira Guedes, José Alberto Gonçalves, Aristides Guedes Coelho, HipólitoCampos de Sousa, José Ribeiro Pinto, Francisco Antunes Malcata, AntónioFontainhas Fernandes, João da Gama Amaral, Carlos Vaz Ribeiro, FernandoJunqueira Martins, Luís Martins Marinheiro, Eduardo Paiva Rodrigues, Paulo PintoRodrigues, António Rodrigues da Cruz, Maria da Conceição Baixinho.Redacção: Ana Ferreira (edição), Liliana Marques e redacção QuidNovi.Paginação: Paulo Raimundo.Grafismo, Pré-impressão e Impressão: QuidNovi. Praceta D. Nuno Álvares Pereira, 20 4º DQ – 4450-218 Matosinhos. Tel.229388155.www.quidnovi.pt. [email protected]ção trimestral: Abril/Maio/Junho – n.º 4/2005. Preço: 2,00 euros. Tiragem:12 500 exemplares. ICS: 113324. Depósito legal: 29 299/89.Contactos Ordem dos Engenheiros – Região NorteJorge Basílio, secretário-geral da Ordem dos Engenheiros – Região NorteSede: Rua Rodrigues Sampaio, 123 – 4000-425 Porto. Tel. 222054102/ 222087661. Fax.222002876. www.ordemdosengenheiros.ptDelegação de Braga: Largo de S. Paulo, 13 – 4700-042 Braga. Tel. 253269080. Fax. 253269114.Delegação de Bragança: Av. Sá Carneiro, 155/1º/Fracção AL. Edifício Celas – 5300-252 Bragança. Tel. 273333808.Delegação de Viana do Castelo: Av. Luís de Camões, 28/1º/sala 1 – 4900-473 Viana do Castelo. Tel. 258823522.Delegação de Vila Real: Av. 1º de Maio, 74/1º dir. – 5000-651 Vila Real. Tel. 259378473.

6 1511

editorial

Ficha Técnica

Page 3: INFO nº04
Page 4: INFO nº04

info Página 5OPINIÃO

Não é uma abordagem simples aquela que nosé solicitada.Também temos consciência que se assim nãofosse o interesse seria muito reduzido.

1 - A caracterização da situação actual é a partemais simples do problema propostojustamente porque se trata do domínio daconstatação:- o desemprego é enorme- há insuficiências de formação- há cursos a mais e saídas a menos- o mercado reclama o que não tem e os licenciadosprocuram o que não há;- falta coragem para criar limitações que impeçam aabundância do que não tem interesse- falta reflexão para apontar os caminhos para o sucesso.

2 - O mercado do trabalho é um mercado como outroqualquer: há uma lei da oferta e da procura a funcionar.Quando se procura o que é escasso está-se disposto apagar mais caro.Quando não há procura nada tem valor.

3 - Não há soluções-milagre e por isso a situação actualvai manter-se ainda durante algum tempo: os “pecados”cometidos são recorrentes.Nada foi feito ainda para a alterar.

4 - Temos por isso que pensar no futuro. Definir umaestratégia ganhadora.Uma das maiores incógnitas que angustia qualquerpessoa na decisão da área de formação, desde o aspiranteao primeiro emprego àqueles que desejam mudar decarreira, é saber quais as profissões de futuro e com maiorpotencial de recrutamento.Qualquer pessoa que possua formação e a educação maisadequadas estará sempre bem posicionada no mercado de

trabalho, apesar da crise económica.O Bureau of Labor Statistics, o órgão deestatística laboral dos EUA (uma entidadesimilar ao INE, mas especializada notrabalho), publicou recentemente um estudoque desvenda as profissões de crescimentomais rápido até 2010.Embora o mercado norte-americano sejadiferente do português é sempre umlaboratório de antecipação das tendênciasemergentes.

Assim, neste estudo, as 10 profissões qualificadas decrescimento mais rápido foram:1• Engenheiros de software e aplicações2• Especialistas de suporte informático3• Engenheiros de sistemas de software4• Administradores informáticos e de rede5• Analistas de sistemas de rede e de comunicação de dados6• Desktop publishers7• Administradores de bases de dados8• Assistentes de cuidados pessoais e de saúde9• Analistas de sistemas informáticos10• Assistentes médicos

Os segmentos de menor qualificação também não foramesquecidos neste estudo.Embora com menos prestígio social, estas profissões sãoigualmente dignas e valiosas para construir competênciasde trabalho em equipa, adquirir experiência profissional erealizar contactos no mercado de trabalho.Em tempo de crise e com um mercado de trabalho comum espaço de oportunidades muito estreito, estasactividades muitas vezes servem de trampolim paraoutros voos na carreira!Assim, nas seis primeiras profissões de qualificaçãomédia/baixa de crescimento rápido até 2010 estavam:1• Enfermeiros

2• Comerciais e profissionais de vendas3• Caixeiros4• Administrativos5• Seguranças6• Profissionais de restauração (cozinheiros, empregadosde mesa, trabalhadores de fast-food)

5 - Vejam bem que da lista não contam a maior parte doscursos para onde se encaminham os jovens que vãofrequentar as nossas universidades.

6 - A situação económica da maior parte dos paíseseuropeus é de apatia, quando não de recessão.As ameaças vêm de todos os lados da Ásia e da Europa deLeste.Mas não são ameaças baseadas em novos saberes. Ésobretudo a ameaça de nos substituírem a fazer bemaquilo que já fazíamos correntemente, em que estávamosrotinados.Ora, sair da crise e ultrapassar essas ameaças exige novascompetências, exige investimentos fortes e acelerados eminvestigação e desenvolvimento.Exige uma cultura de rigor.A cultura do “mais ou menos” tem de ser banida dosnossos hábitos.Exige também a criação de uma cultura deempreendorismo, uma cultura de risco – risco calculado– tão distantes dos nossos processos de decisão quandopensamos numa carreira.

7 - Quando se nos coloca a questão da perspectiva futura,no fundo estamos a perguntar:Mas será que no futuro haverá lugar para os licenciadosque vão sair das nossas universidades?

Por tudo quanto lhes referi não poderei deixar de dizer-lhes que o mercado está ávido de profissionais comformação muito sólida, em áreas bem determinadas,porque as empresas e as instituições têm a noção de quesem esse contributo não encontrarão resposta para osproblemas que as afligem.Daqui resulta claro que haverá lugar para muitos, mesmomuitos daqueles que possuírem aquela formação com asolidez exigida.

Mas não haverá lugar para todos.Dito de outra forma, não haverá lugar para aqueles quedecidirem obter licenciaturas em áreas onde a oferta já éexcedentária – em algumas áreas, aliás, já largamenteexcedentária.

8 - Não vale a pena insistir e querer modificar as regras domercado.

Quem não tiver aptidões para as áreas de forte procuraterá que reequacionar as suas perspectivas de carreiraprofissional.Tem de haver:• Competência emocional• Comportamentos que evidenciem a procura activa denovos conhecimentos• Comportamentos que evidenciem uma clara orientaçãopara alcançar os objectivos fixados• Capacidade de gerir situações de mudança• Saber progredir na ambiguidade• Ter capacidade de resiliência, isto é, ter capacidade derecuperar de descompensações emocionais resultantes deexperiências difíceis• Comportamentos virados para o Networking• Expressão e impacto pessoais• Autoconceito positivo• Auto-renovação, isto é, comportamentos que evidenciamactividades de automanutenção e desenvolvimentopessoal nos planos fisico, emocional, intelectual eespiritualInsistir na licenciatura talvez seja UM PESO para opróprio e para a sociedade.Quando afinal faltam técnicos para patamares intermédiosda estrutura organizativa das empresas.

9 - Temos de encaminhar-nos para a criação de PÓLOS deEXCELÊNCIA na nossa formação académica.Diz-se que os engenheiros de informática indianos são osmelhores do mundo.A pergunta talvez fosse: em que áreas úteis à sociedade nósdeveríamos e poderíamos ser os melhores do mundo?

Terminava dizendo:Estes pólos de excelência podem, para além do mais,proporcionar o efeito-demonstração de que as sociedadescarecem para aumentar a sua auto-estima e atingirpatamares de sucesso elevado.

Este artigo serviu como base da intervenção no Fórum Emprego 2005

Portugal - Norte da Galiza

O mercado de trabalho dos licenciados – situação actual e perspectivas futuras

Paulo Rodrigues, delegado distrital da Ordem dos Engenheiros de Braga

infoPágina 4 OPINIÃO

Page 5: INFO nº04

info Página 5OPINIÃO

Não é uma abordagem simples aquela que nosé solicitada.Também temos consciência que se assim nãofosse o interesse seria muito reduzido.

1 - A caracterização da situação actual é a partemais simples do problema propostojustamente porque se trata do domínio daconstatação:- o desemprego é enorme- há insuficiências de formação- há cursos a mais e saídas a menos- o mercado reclama o que não tem e os licenciadosprocuram o que não há;- falta coragem para criar limitações que impeçam aabundância do que não tem interesse- falta reflexão para apontar os caminhos para o sucesso.

2 - O mercado do trabalho é um mercado como outroqualquer: há uma lei da oferta e da procura a funcionar.Quando se procura o que é escasso está-se disposto apagar mais caro.Quando não há procura nada tem valor.

3 - Não há soluções-milagre e por isso a situação actualvai manter-se ainda durante algum tempo: os “pecados”cometidos são recorrentes.Nada foi feito ainda para a alterar.

4 - Temos por isso que pensar no futuro. Definir umaestratégia ganhadora.Uma das maiores incógnitas que angustia qualquerpessoa na decisão da área de formação, desde o aspiranteao primeiro emprego àqueles que desejam mudar decarreira, é saber quais as profissões de futuro e com maiorpotencial de recrutamento.Qualquer pessoa que possua formação e a educação maisadequadas estará sempre bem posicionada no mercado de

trabalho, apesar da crise económica.O Bureau of Labor Statistics, o órgão deestatística laboral dos EUA (uma entidadesimilar ao INE, mas especializada notrabalho), publicou recentemente um estudoque desvenda as profissões de crescimentomais rápido até 2010.Embora o mercado norte-americano sejadiferente do português é sempre umlaboratório de antecipação das tendênciasemergentes.

Assim, neste estudo, as 10 profissões qualificadas decrescimento mais rápido foram:1• Engenheiros de software e aplicações2• Especialistas de suporte informático3• Engenheiros de sistemas de software4• Administradores informáticos e de rede5• Analistas de sistemas de rede e de comunicação de dados6• Desktop publishers7• Administradores de bases de dados8• Assistentes de cuidados pessoais e de saúde9• Analistas de sistemas informáticos10• Assistentes médicos

Os segmentos de menor qualificação também não foramesquecidos neste estudo.Embora com menos prestígio social, estas profissões sãoigualmente dignas e valiosas para construir competênciasde trabalho em equipa, adquirir experiência profissional erealizar contactos no mercado de trabalho.Em tempo de crise e com um mercado de trabalho comum espaço de oportunidades muito estreito, estasactividades muitas vezes servem de trampolim paraoutros voos na carreira!Assim, nas seis primeiras profissões de qualificaçãomédia/baixa de crescimento rápido até 2010 estavam:1• Enfermeiros

2• Comerciais e profissionais de vendas3• Caixeiros4• Administrativos5• Seguranças6• Profissionais de restauração (cozinheiros, empregadosde mesa, trabalhadores de fast-food)

5 - Vejam bem que da lista não contam a maior parte doscursos para onde se encaminham os jovens que vãofrequentar as nossas universidades.

6 - A situação económica da maior parte dos paíseseuropeus é de apatia, quando não de recessão.As ameaças vêm de todos os lados da Ásia e da Europa deLeste.Mas não são ameaças baseadas em novos saberes. Ésobretudo a ameaça de nos substituírem a fazer bemaquilo que já fazíamos correntemente, em que estávamosrotinados.Ora, sair da crise e ultrapassar essas ameaças exige novascompetências, exige investimentos fortes e acelerados eminvestigação e desenvolvimento.Exige uma cultura de rigor.A cultura do “mais ou menos” tem de ser banida dosnossos hábitos.Exige também a criação de uma cultura deempreendorismo, uma cultura de risco – risco calculado– tão distantes dos nossos processos de decisão quandopensamos numa carreira.

7 - Quando se nos coloca a questão da perspectiva futura,no fundo estamos a perguntar:Mas será que no futuro haverá lugar para os licenciadosque vão sair das nossas universidades?

Por tudo quanto lhes referi não poderei deixar de dizer-lhes que o mercado está ávido de profissionais comformação muito sólida, em áreas bem determinadas,porque as empresas e as instituições têm a noção de quesem esse contributo não encontrarão resposta para osproblemas que as afligem.Daqui resulta claro que haverá lugar para muitos, mesmomuitos daqueles que possuírem aquela formação com asolidez exigida.

Mas não haverá lugar para todos.Dito de outra forma, não haverá lugar para aqueles quedecidirem obter licenciaturas em áreas onde a oferta já éexcedentária – em algumas áreas, aliás, já largamenteexcedentária.

8 - Não vale a pena insistir e querer modificar as regras domercado.

Quem não tiver aptidões para as áreas de forte procuraterá que reequacionar as suas perspectivas de carreiraprofissional.Tem de haver:• Competência emocional• Comportamentos que evidenciem a procura activa denovos conhecimentos• Comportamentos que evidenciem uma clara orientaçãopara alcançar os objectivos fixados• Capacidade de gerir situações de mudança• Saber progredir na ambiguidade• Ter capacidade de resiliência, isto é, ter capacidade derecuperar de descompensações emocionais resultantes deexperiências difíceis• Comportamentos virados para o Networking• Expressão e impacto pessoais• Autoconceito positivo• Auto-renovação, isto é, comportamentos que evidenciamactividades de automanutenção e desenvolvimentopessoal nos planos fisico, emocional, intelectual eespiritualInsistir na licenciatura talvez seja UM PESO para opróprio e para a sociedade.Quando afinal faltam técnicos para patamares intermédiosda estrutura organizativa das empresas.

9 - Temos de encaminhar-nos para a criação de PÓLOS deEXCELÊNCIA na nossa formação académica.Diz-se que os engenheiros de informática indianos são osmelhores do mundo.A pergunta talvez fosse: em que áreas úteis à sociedade nósdeveríamos e poderíamos ser os melhores do mundo?

Terminava dizendo:Estes pólos de excelência podem, para além do mais,proporcionar o efeito-demonstração de que as sociedadescarecem para aumentar a sua auto-estima e atingirpatamares de sucesso elevado.

Este artigo serviu como base da intervenção no Fórum Emprego 2005

Portugal - Norte da Galiza

O mercado de trabalho dos licenciados – situação actual e perspectivas futuras

Paulo Rodrigues, delegado distrital da Ordem dos Engenheiros de Braga

infoPágina 4 OPINIÃO

Page 6: INFO nº04

Página 7info NOTÍCIASinfoPágina 6 NOTÍCIAS

13 pisos. 54.127 m2 de área bruta construção. 17.271 m3 debetão branco armado. 29.342 m2 de parque deestacionamento. 100 milhões de euros de custo. Cincoanos de construção. Estes são alguns dos números da Casa da Música, umaobra de complexidade extrema, que trouxe à cidade doPorto uma nova dimensão quer na área da engenhariaquer na da arquitectura. Domínios que estiveram mais doque indissociáveis nesta obra. Inaugurada a 14 de Abril de 2005, a Casa da Músicapromoveu um festival cultural de abertura que decorreuaté 24 de Abril. A adesão foi tão grande que uma semana antes dainauguração 10 eventos já estavam esgotados e cerca de45 mil pessoas (visitantes e assistência a espectáculos)estiveram presentes nos primeiros 10 dias defuncionamento. A ideia do projecto da Casa da Música nasceu com aorganização do Porto Capital da Cultura 2001. Anunciadaa 1 de Setembro de 1998, pelo então ministro da Cultura,Manuel Maria Carrilho, a sua construção simbolizou uma‘bandeira’ deste evento. Previa-se que iria ser uma obrapara projectar a Capital da Cultura para além desse ano,

mas nunca se imaginou que a sua conclusão chegariaapenas quatro anos mais tarde.Escolhido o local da Rotunda da Boavista e o projecto doarquitecto holandês Rem Koolhaas, sucederam-se osproblemas. Atrasos sucessivos das obras, derrapagensfinanceiras, instabilidade na gestão do projecto devido àmudança política no Governo e na autarquia e mesmoagora inaugurada ainda se discute a definição de ummodelo de gestão. “Arrojado”, “inovador”, “espectacular” foram algunsadjectivos atribuídos a esta obra, criada a partir de umprojecto que o arquitecto tinha feito para uma moradiafamiliar, que se assemelha para uns a um diamante e paraoutros a uma caixa de sapatos ou a uma gigante esculturade betão. Não havendo um consenso sobre o que parece a Casa daMúsica, o jornal New York Times publicou um extensoartigo sobre a obra, no qual o crítico de arquitecturaNicolai Ouroussoff afirmou que “só pela originalidade, éuma das mais importantes salas de espectáculosconstruídas nos últimos cem anos”, comparando-a aoWalt Disney Concert Hall, em Los Angeles, e à sala daFilarmónica de Berlim.

Um desafio para a EngenhariaUm bico-de-obra é o que se pode dizer que foi para osengenheiros erguer a Casa da Música. Um edifício quedesafiou as leis da gravidade pelas suas linhas complexase exigiu que se aplicassem as mais avançadas e rigorosasferramentas de análise e de cálculo. O projecto da Casa da Música, ganho pelo consórcioOMA/ARUP da qual fazia parte a empresa nacionalAFAssociados, iniciou-se em 1999. Porém, face aosentraves técnicos que entretanto foram surgindo, só em2001 foi realizado o projecto de escoramento efaseamento. De facto, a geometria irregular, interna e externa, do projecto da Casa da Música levantou algumasdificuldades aos membros das equipas de projecto econstrução.Após vários estudos, concluiu-se que era possível erguer aestrutura de betão obedecendo a um plano de 88 etapas,em que só era iniciada uma nova depois de uma outraconcluída. Numa espécie de puzzle, o núcleo central foi oprimeiro a ‘montar-se’ e depois fez-se a junção das partesinclinadas, salientando que uma delas, na fachada doedifício, forma um ângulo de 45 graus.

Outra das dificuldades encontradas foi como trabalhar econservar o betão branco, material pouco usual emPortugal. A opção pelo betão branco, que é a estrutura e oacabamento final da obra, serviu como alternativa à ideiainicial do edifício translúcido com uma estrutura metálica,que veio a ser abandonada devido aos custos e à perda doefeito de transparência provocada pelos elementosestruturais. Inovação é como se pode qualificar o isolamento acústicodo ex-libris da Casa da Música, o Grande Auditório, o qualsurge como uma caixa isolada dentro de outra caixa,sendo que nesta separação, o pavimento, as paredes e otecto do auditório contactam com a estrutura do edifícioapenas por apoios resilientes. A janela deste auditóriotem vidro duplo e dobrado em ondas verticais paradispersar o som. Além disso, tem uma concha acústicasobre o palco que pode ser baixada se for necessáriocortar decibéis ou alterar o cenário. O trabalho a nível de controlo acústico foi tão grande quea Casa da Música foi considerada “uma das melhoressalas do mundo em termos de som” pelo engenheiroholandês de arquitectura acústica Renz van Luxemburg,responsável pelos testes sonoros.

FICHA TÉCNICAMATERIAISBetão Cinzento: 24.489 m3Betão Branco: 17.271 m3Cofragens: 134.489 m3Armaduras: 6.280.145 KgEstacas de ø1300: 1.860 mlEstacas de ø800: 700 ml

ÁREASImplantação: 11.857 m2Área bruta construída: 54.127 m2Área total útil: 41.686 m2Área bruta do edifício (sem parque de estacionamento): 25.738 m2Área útil do edifício (sem parque de estacionamento): 15.137 m2

GRANDE AUDITÓRIOÁrea total: 1175 m2 (Palco: 375 m2) (Coro: 175 m2)Dimensões: 54 m (comp.) x 22 m (larg.) x 17 m (alt.)Capacidade máxima: 1238 lugares (1069 na Plateia, 26 nos Balcões e 143 para o Coro)Capacidade mínima: 1095 lugaresCapacidade do Palco: 120 músicos

PEQUENO AUDITÓRIOÁrea: 326 m2Dimensões: 22,8 m (comp.) x 14 m (larg.) x 10 m (alt.)Capacidade: 300 lugaresPalco amovível

ESPAÇO CIBERMÚSICAÁrea: 151 m2

SERVIÇO EDUCATIVO2 Salas EducacionaisÁreas: Sala Educacional 1 – 81 m2; Sala Educacional 2: 63 m2

SALA VIPÁrea: 44 m2

CAMARINSÁreas: individuais – 109 m2; colectivos – 303 m2

SALAS DE ENSAIOÁreas: Piso -2 – 238, 65, 61 e 170 m2; Piso 1 –aproximadamente 40 m2 cada 8 salas no total

CASAS DE BANHOTotal: 15 conjuntos de casas de banho

PARQUE DE ESTACIONAMENTO3 Pisos subterrâneosÁrea: 29.342 m2Capacidade: 628 veículos

RESTAURAÇÃO (NO INTERIOR DO EDIFÍCIO)a) Restaurante - Área: 429 m2Capacidade: 250 pessoasb) Restaurante dos Músicos - Área: 247 m2c) Bar 1 - Área: 199 m2d) Bar 2 - Área: 186 m2e) Bar Panorâmico - Área: 90 m2 f) Café - Área: 79 m2

ÁREA COMERCIAL – LOJA DA MÚSICAÁrea: 169 m2

RESTAURAÇÃO (NO EXTERIOR DO EDIFÍCIO)a) Restaurante/Bar - Área: 190 m2b) Terraço/Esplanada exterior - Área: 279 m2

ÁREA COMERCIAL – TABACARIA/QUIOSQUEÁrea: 40 m2

Inauguração Casa da Música

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Página 7info NOTÍCIASinfoPágina 6 NOTÍCIAS

13 pisos. 54.127 m2 de área bruta construção. 17.271 m3 debetão branco armado. 29.342 m2 de parque deestacionamento. 100 milhões de euros de custo. Cincoanos de construção. Estes são alguns dos números da Casa da Música, umaobra de complexidade extrema, que trouxe à cidade doPorto uma nova dimensão quer na área da engenhariaquer na da arquitectura. Domínios que estiveram mais doque indissociáveis nesta obra. Inaugurada a 14 de Abril de 2005, a Casa da Músicapromoveu um festival cultural de abertura que decorreuaté 24 de Abril. A adesão foi tão grande que uma semana antes dainauguração 10 eventos já estavam esgotados e cerca de45 mil pessoas (visitantes e assistência a espectáculos)estiveram presentes nos primeiros 10 dias defuncionamento. A ideia do projecto da Casa da Música nasceu com aorganização do Porto Capital da Cultura 2001. Anunciadaa 1 de Setembro de 1998, pelo então ministro da Cultura,Manuel Maria Carrilho, a sua construção simbolizou uma‘bandeira’ deste evento. Previa-se que iria ser uma obrapara projectar a Capital da Cultura para além desse ano,

mas nunca se imaginou que a sua conclusão chegariaapenas quatro anos mais tarde.Escolhido o local da Rotunda da Boavista e o projecto doarquitecto holandês Rem Koolhaas, sucederam-se osproblemas. Atrasos sucessivos das obras, derrapagensfinanceiras, instabilidade na gestão do projecto devido àmudança política no Governo e na autarquia e mesmoagora inaugurada ainda se discute a definição de ummodelo de gestão. “Arrojado”, “inovador”, “espectacular” foram algunsadjectivos atribuídos a esta obra, criada a partir de umprojecto que o arquitecto tinha feito para uma moradiafamiliar, que se assemelha para uns a um diamante e paraoutros a uma caixa de sapatos ou a uma gigante esculturade betão. Não havendo um consenso sobre o que parece a Casa daMúsica, o jornal New York Times publicou um extensoartigo sobre a obra, no qual o crítico de arquitecturaNicolai Ouroussoff afirmou que “só pela originalidade, éuma das mais importantes salas de espectáculosconstruídas nos últimos cem anos”, comparando-a aoWalt Disney Concert Hall, em Los Angeles, e à sala daFilarmónica de Berlim.

Um desafio para a EngenhariaUm bico-de-obra é o que se pode dizer que foi para osengenheiros erguer a Casa da Música. Um edifício quedesafiou as leis da gravidade pelas suas linhas complexase exigiu que se aplicassem as mais avançadas e rigorosasferramentas de análise e de cálculo. O projecto da Casa da Música, ganho pelo consórcioOMA/ARUP da qual fazia parte a empresa nacionalAFAssociados, iniciou-se em 1999. Porém, face aosentraves técnicos que entretanto foram surgindo, só em2001 foi realizado o projecto de escoramento efaseamento. De facto, a geometria irregular, interna e externa, do projecto da Casa da Música levantou algumasdificuldades aos membros das equipas de projecto econstrução.Após vários estudos, concluiu-se que era possível erguer aestrutura de betão obedecendo a um plano de 88 etapas,em que só era iniciada uma nova depois de uma outraconcluída. Numa espécie de puzzle, o núcleo central foi oprimeiro a ‘montar-se’ e depois fez-se a junção das partesinclinadas, salientando que uma delas, na fachada doedifício, forma um ângulo de 45 graus.

Outra das dificuldades encontradas foi como trabalhar econservar o betão branco, material pouco usual emPortugal. A opção pelo betão branco, que é a estrutura e oacabamento final da obra, serviu como alternativa à ideiainicial do edifício translúcido com uma estrutura metálica,que veio a ser abandonada devido aos custos e à perda doefeito de transparência provocada pelos elementosestruturais. Inovação é como se pode qualificar o isolamento acústicodo ex-libris da Casa da Música, o Grande Auditório, o qualsurge como uma caixa isolada dentro de outra caixa,sendo que nesta separação, o pavimento, as paredes e otecto do auditório contactam com a estrutura do edifícioapenas por apoios resilientes. A janela deste auditóriotem vidro duplo e dobrado em ondas verticais paradispersar o som. Além disso, tem uma concha acústicasobre o palco que pode ser baixada se for necessáriocortar decibéis ou alterar o cenário. O trabalho a nível de controlo acústico foi tão grande quea Casa da Música foi considerada “uma das melhoressalas do mundo em termos de som” pelo engenheiroholandês de arquitectura acústica Renz van Luxemburg,responsável pelos testes sonoros.

FICHA TÉCNICAMATERIAISBetão Cinzento: 24.489 m3Betão Branco: 17.271 m3Cofragens: 134.489 m3Armaduras: 6.280.145 KgEstacas de ø1300: 1.860 mlEstacas de ø800: 700 ml

ÁREASImplantação: 11.857 m2Área bruta construída: 54.127 m2Área total útil: 41.686 m2Área bruta do edifício (sem parque de estacionamento): 25.738 m2Área útil do edifício (sem parque de estacionamento): 15.137 m2

GRANDE AUDITÓRIOÁrea total: 1175 m2 (Palco: 375 m2) (Coro: 175 m2)Dimensões: 54 m (comp.) x 22 m (larg.) x 17 m (alt.)Capacidade máxima: 1238 lugares (1069 na Plateia, 26 nos Balcões e 143 para o Coro)Capacidade mínima: 1095 lugaresCapacidade do Palco: 120 músicos

PEQUENO AUDITÓRIOÁrea: 326 m2Dimensões: 22,8 m (comp.) x 14 m (larg.) x 10 m (alt.)Capacidade: 300 lugaresPalco amovível

ESPAÇO CIBERMÚSICAÁrea: 151 m2

SERVIÇO EDUCATIVO2 Salas EducacionaisÁreas: Sala Educacional 1 – 81 m2; Sala Educacional 2: 63 m2

SALA VIPÁrea: 44 m2

CAMARINSÁreas: individuais – 109 m2; colectivos – 303 m2

SALAS DE ENSAIOÁreas: Piso -2 – 238, 65, 61 e 170 m2; Piso 1 –aproximadamente 40 m2 cada 8 salas no total

CASAS DE BANHOTotal: 15 conjuntos de casas de banho

PARQUE DE ESTACIONAMENTO3 Pisos subterrâneosÁrea: 29.342 m2Capacidade: 628 veículos

RESTAURAÇÃO (NO INTERIOR DO EDIFÍCIO)a) Restaurante - Área: 429 m2Capacidade: 250 pessoasb) Restaurante dos Músicos - Área: 247 m2c) Bar 1 - Área: 199 m2d) Bar 2 - Área: 186 m2e) Bar Panorâmico - Área: 90 m2 f) Café - Área: 79 m2

ÁREA COMERCIAL – LOJA DA MÚSICAÁrea: 169 m2

RESTAURAÇÃO (NO EXTERIOR DO EDIFÍCIO)a) Restaurante/Bar - Área: 190 m2b) Terraço/Esplanada exterior - Área: 279 m2

ÁREA COMERCIAL – TABACARIA/QUIOSQUEÁrea: 40 m2

Inauguração Casa da Música

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infoPágina 8 Página 9NOTÍCIAS info NOTÍCIAS

Lei das rendas geradesacordo na Ordemdos Engenheiros

Fernando Santo, bastonário da Ordemdos Engenheiros, aproveitou umalmoço com a Imprensa, realizado a31 de Março, para comemorar oprimeiro ano de mandato e paramostrar o seu parecer no que respeitaà elaboração da nova lei das rendasque o actual Governo se encontra aestudar.Quanto à proposta legislativa que oanterior Governo encabeçado porPedro Santana Lopes se preparavapara aprovar, não fosse a decisão doPresidente da República, JorgeSampaio, em dissolver a Assembleiada República, a Ordem dosEngenheiros defende que “não éaceitável que o acordo entre osenhorio e o arrendatário, paradefinição das obras a executar, possadispensar a emissão de certificado dehabitabilidade na transição doarrendamento para o novo regime”.Fernando Santo é muito proscrito noque toca à emissão do certificado dehabitabilidade e segundo o mesmonão deve ser atribuído a quadros dascâmaras municipais que não estejaminscritos na Ordem dos Engenheirosou na Ordem dos Arquitectos. “Para assegurar uma maiorindependência deviam ser as câmarasmunicipais ou o Instituto Nacional deHabitação a contratar os técnicos enão os senhorios, como estáprevisto”, defendeu Fernando Santo.A Ordem dos Engenheiros nãopoupou críticas a nada e até oassunto da nova Ficha Técnica deHabitação mereceu um comentário:“Elaborada à revelia das associações”. Fernando Santo também sublinhouque Portugal, a seguir a Espanha, é osegundo país da Europa com maiortaxa de investimento na aquisição decasa própria, enquanto que em paísesnórdicos se passa o contrário.

Bastonário no Porto

A apresentação do novo portal daOrdem dos Engenheiros (OE) foi omotivo que trouxe o bastonárioFernando Santo ao Porto para umalmoço com os jornalistas, realizadoa 14 de Abril na sede da Ordem dosEngenheiros – Região Norte.O Portal do Engenheiro, acessívelatravés do endereçowww.ordemengenheiros.pt, pretendeser uma ferramenta indispensávelpara o exercício da profissão, tendocomo objectivos ser um ponto deencontro dos engenheirosportugueses, um espaço de debate euma base de informaçõesinstitucionais e jurídicas. Além disso,é um espaço de divulgação de outrosconteúdos noticiosos e possui áreas destinadas aos colégios e àsregiões.

Medidas prioritáriasO bastonário desta instituiçãotambém aproveitou este encontropara enumerar uma série de medidas

prioritárias para a actuação doGoverno.A modernização e simplificação dosprocessos de licenciamento poractividades económicas é um dospontos que o novo Executivo deve terem consideração para o futuro dopaís. Para Fernando Santo aburocracia a que está sujeito olicenciamento de um edifício é umtormento, sendo até mais difícil obteruma licença de construção do quefazer um bom projecto. É necessária também a“reorganização dos serviços públicosresponsáveis pela regulação,promoção e obras públicas einvestigação”.Outros pontos a considerar passampor um plano para a construção debarragens, permitindo aproveitar osrecursos naturais de Portugal, reduzira dependência da energia externa,potenciar as reservas de água efomentar as regiões através doEcoturismo; pela aprovação da redede alta velocidade ferroviária com omaior desenvolvimento das

competências técnicas e capacidadesempresariais nacionais, tendo emconta igualmente o impulso turístico;e, por último, o desenvolvimentosustentável, garantindo a defesa doambiente em equilíbrio com aeconomia e a sociedade.

Propostas legislativas ao novo GovernoNeste encontro com a imprensa,Fernando Santo salientou aspropostas legislativas da OE ao novoExecutivo, tendo mesmo distribuídoaos jornalistas um documento comtais informações. Mais uma vez, destacou a revisão doDecreto 73/73, referindo aimportância da construção ser vistacomo um todo, identificando aresponsabilidade dos váriosintervenientes, medida que conduziráa uma melhor gestão dos prazos, doscustos e da qualidade. O bastonário fez também uma críticaà Ficha Técnica da Habitação, apóssete meses da sua entrada em vigor,verificando-se que “uma boa ideia foitransformada num documentomeramente administrativo, semqualquer impacto e cumprimento dosobjectivos pretendidos”.Três das principais medidaspropostas ao Governo passam pelaseparação entre as responsabilidadesdos técnicos e dos promotoresimobiliários, pela clarificação dosconceitos e terminologia da FichaTécnica da Habitação e pela reduçãodas informações técnicas, tornandoobrigatória a apresentação dosprojectos de execução. Durante o encontro foram aindareferidas as três linhas de força da OEface às reformas em curso aoProcesso de Bolonha: “Exige-se umaformação de ensino superioracumulada de cinco anos para uma

formação que confira a capacidade eresponsabilidade de intervenção atodos os níveis de actos deengenharia; a OE irá adoptar umaposição de abertura a formações deprimeiro ciclo e correspondente títuloprofissional, nos termos da legislaçãoque vier a ser aprovada e noreconhecimento de que o universodos actos de engenharia exigediferentes competências profissionais;na perspectiva de que as formaçõesde primeiro ciclo irão ter uma duraçãode três anos, a OE defende a adopçãodas designações ‘bacharelato’ e‘mestrado’ para os dois ciclos deformação pré-doutoramento, comosendo as que melhor asseguram anecessária transparência na relação‘designação-conteúdos-competências”.O bastonário referiu também acertificação energética de edifícios,sendo fundamental que o paíscumpra a nova directiva comunitáriaque passará a ser obrigatória a partirde 2006. Não ficou esquecida a proposta dedecreto-lei do Ministério do Trabalho,publicada a 13 de Abril, para definir aqualificação profissional doscoordenadores de Segurança e Saúdena actividade de Edifícios eEngenharia Civil. Para a OE, “apesarda coordenação, em matéria desegurança e saúde, ser exercidadurante a elaboração do projecto daobra, incluindo a negociação daempreitada e a execução da obra, oprojecto de decreto não exige que ostécnicos que podem exercer tal funçãosejam engenheiros, engenheirostécnicos ou arquitectos. Aindaacrescenta que embora este assuntoesteja intimamente relacionado com aelaboração de projectos e execução deobras, o Ministério das Obras Públicasnão participou neste projecto”.

Sobre esta questão a OE “entendeque matéria desta natureza não podeser tratada apenas na lógica doEmprego e da Formação obtida noscursos de Segurança, Higiene eSaúde, sendo indispensável aqualificação profissional dos técnicosdo sector, ou seja, engenheiros,arquitectos, engenheiros técnicos econstrutores civis”.

Portugal espera uma das piores secas

No mês de Abril, Portugal, sobretudono interior, já sofria com as restriçõesde água. No passado dia 15 de Abril aComissão para a Seca 2005 divulgouo seu primeiro relatório ondeconstam as análises e a mitigação daseca. A última seca mais graveremonta a 1981 e parece que esta,

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Lei das rendas geradesacordo na Ordemdos Engenheiros

Fernando Santo, bastonário da Ordemdos Engenheiros, aproveitou umalmoço com a Imprensa, realizado a31 de Março, para comemorar oprimeiro ano de mandato e paramostrar o seu parecer no que respeitaà elaboração da nova lei das rendasque o actual Governo se encontra aestudar.Quanto à proposta legislativa que oanterior Governo encabeçado porPedro Santana Lopes se preparavapara aprovar, não fosse a decisão doPresidente da República, JorgeSampaio, em dissolver a Assembleiada República, a Ordem dosEngenheiros defende que “não éaceitável que o acordo entre osenhorio e o arrendatário, paradefinição das obras a executar, possadispensar a emissão de certificado dehabitabilidade na transição doarrendamento para o novo regime”.Fernando Santo é muito proscrito noque toca à emissão do certificado dehabitabilidade e segundo o mesmonão deve ser atribuído a quadros dascâmaras municipais que não estejaminscritos na Ordem dos Engenheirosou na Ordem dos Arquitectos. “Para assegurar uma maiorindependência deviam ser as câmarasmunicipais ou o Instituto Nacional deHabitação a contratar os técnicos enão os senhorios, como estáprevisto”, defendeu Fernando Santo.A Ordem dos Engenheiros nãopoupou críticas a nada e até oassunto da nova Ficha Técnica deHabitação mereceu um comentário:“Elaborada à revelia das associações”. Fernando Santo também sublinhouque Portugal, a seguir a Espanha, é osegundo país da Europa com maiortaxa de investimento na aquisição decasa própria, enquanto que em paísesnórdicos se passa o contrário.

Bastonário no Porto

A apresentação do novo portal daOrdem dos Engenheiros (OE) foi omotivo que trouxe o bastonárioFernando Santo ao Porto para umalmoço com os jornalistas, realizadoa 14 de Abril na sede da Ordem dosEngenheiros – Região Norte.O Portal do Engenheiro, acessívelatravés do endereçowww.ordemengenheiros.pt, pretendeser uma ferramenta indispensávelpara o exercício da profissão, tendocomo objectivos ser um ponto deencontro dos engenheirosportugueses, um espaço de debate euma base de informaçõesinstitucionais e jurídicas. Além disso,é um espaço de divulgação de outrosconteúdos noticiosos e possui áreas destinadas aos colégios e àsregiões.

Medidas prioritáriasO bastonário desta instituiçãotambém aproveitou este encontropara enumerar uma série de medidas

prioritárias para a actuação doGoverno.A modernização e simplificação dosprocessos de licenciamento poractividades económicas é um dospontos que o novo Executivo deve terem consideração para o futuro dopaís. Para Fernando Santo aburocracia a que está sujeito olicenciamento de um edifício é umtormento, sendo até mais difícil obteruma licença de construção do quefazer um bom projecto. É necessária também a“reorganização dos serviços públicosresponsáveis pela regulação,promoção e obras públicas einvestigação”.Outros pontos a considerar passampor um plano para a construção debarragens, permitindo aproveitar osrecursos naturais de Portugal, reduzira dependência da energia externa,potenciar as reservas de água efomentar as regiões através doEcoturismo; pela aprovação da redede alta velocidade ferroviária com omaior desenvolvimento das

competências técnicas e capacidadesempresariais nacionais, tendo emconta igualmente o impulso turístico;e, por último, o desenvolvimentosustentável, garantindo a defesa doambiente em equilíbrio com aeconomia e a sociedade.

Propostas legislativas ao novo GovernoNeste encontro com a imprensa,Fernando Santo salientou aspropostas legislativas da OE ao novoExecutivo, tendo mesmo distribuídoaos jornalistas um documento comtais informações. Mais uma vez, destacou a revisão doDecreto 73/73, referindo aimportância da construção ser vistacomo um todo, identificando aresponsabilidade dos váriosintervenientes, medida que conduziráa uma melhor gestão dos prazos, doscustos e da qualidade. O bastonário fez também uma críticaà Ficha Técnica da Habitação, apóssete meses da sua entrada em vigor,verificando-se que “uma boa ideia foitransformada num documentomeramente administrativo, semqualquer impacto e cumprimento dosobjectivos pretendidos”.Três das principais medidaspropostas ao Governo passam pelaseparação entre as responsabilidadesdos técnicos e dos promotoresimobiliários, pela clarificação dosconceitos e terminologia da FichaTécnica da Habitação e pela reduçãodas informações técnicas, tornandoobrigatória a apresentação dosprojectos de execução. Durante o encontro foram aindareferidas as três linhas de força da OEface às reformas em curso aoProcesso de Bolonha: “Exige-se umaformação de ensino superioracumulada de cinco anos para uma

formação que confira a capacidade eresponsabilidade de intervenção atodos os níveis de actos deengenharia; a OE irá adoptar umaposição de abertura a formações deprimeiro ciclo e correspondente títuloprofissional, nos termos da legislaçãoque vier a ser aprovada e noreconhecimento de que o universodos actos de engenharia exigediferentes competências profissionais;na perspectiva de que as formaçõesde primeiro ciclo irão ter uma duraçãode três anos, a OE defende a adopçãodas designações ‘bacharelato’ e‘mestrado’ para os dois ciclos deformação pré-doutoramento, comosendo as que melhor asseguram anecessária transparência na relação‘designação-conteúdos-competências”.O bastonário referiu também acertificação energética de edifícios,sendo fundamental que o paíscumpra a nova directiva comunitáriaque passará a ser obrigatória a partirde 2006. Não ficou esquecida a proposta dedecreto-lei do Ministério do Trabalho,publicada a 13 de Abril, para definir aqualificação profissional doscoordenadores de Segurança e Saúdena actividade de Edifícios eEngenharia Civil. Para a OE, “apesarda coordenação, em matéria desegurança e saúde, ser exercidadurante a elaboração do projecto daobra, incluindo a negociação daempreitada e a execução da obra, oprojecto de decreto não exige que ostécnicos que podem exercer tal funçãosejam engenheiros, engenheirostécnicos ou arquitectos. Aindaacrescenta que embora este assuntoesteja intimamente relacionado com aelaboração de projectos e execução deobras, o Ministério das Obras Públicasnão participou neste projecto”.

Sobre esta questão a OE “entendeque matéria desta natureza não podeser tratada apenas na lógica doEmprego e da Formação obtida noscursos de Segurança, Higiene eSaúde, sendo indispensável aqualificação profissional dos técnicosdo sector, ou seja, engenheiros,arquitectos, engenheiros técnicos econstrutores civis”.

Portugal espera uma das piores secas

No mês de Abril, Portugal, sobretudono interior, já sofria com as restriçõesde água. No passado dia 15 de Abril aComissão para a Seca 2005 divulgouo seu primeiro relatório ondeconstam as análises e a mitigação daseca. A última seca mais graveremonta a 1981 e parece que esta,

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Aristides Guedes Coelho, engenheiro civil

info Página 11ENTREVISTA

sem sombra para dúvidas, vai sermuito pior.São cerca de 32 mil as pessoas comdificuldades no acesso à água, asmedidas alternativas resumem-separa já por auto-tanque ou porabertura de furos.Em breve vai ser realizada umacampanha para a sensibilização doconsumo de água moderado.Segundo a Comissão é necessáriosensibilizar a população, pois pareceque o fenómeno da seca temtendência para aumentar.Segundo as contas da Confederaçãodos Agricultores de Portugal a secaprolongada que se está a fazer sentirno país pode custar entre dois a trêspor cento do Produto Interno Bruto(PIB). Já o secretário-geral da CAP,Luís Mira, em declarações ao jornalPúblico, aponta prejuízos na ordemdos mil milhões de euros. Portugal até ao fim do ano continuamuito dependente das condiçõesclimatéricas, “se chover ainda sepoderá salvar algumas produções”,afirma Luís Mira, muito reticentequanto à chuva. O secretário-geral daCAP lembra que quando Portugalprevia um crescimento do PIB de umpor cento tem-se infelizmente decomeçar a contar com as perdas dedois a três por cento na agricultura.Várias associações citadas pelaagência Lusa, como a Associação deLavoura do Distrito de Aveiro ou aFederação dos Agricultores doDistrito de Leiria, não sócontabilizaram prejuízos e perdascomo ainda insistiram nos pedidos deapoios extraordinários.Outra temática que não pode seresquecida é a problemática dosincêndios que todos os anos sãonotícia na comunicação social,segundo os membros do Executivoque integram e coordenam a

Comissão para a Seca 2005, emdeclarações ao Jornal de Notícias,estão a ser estudadas medidascautelares para garantir a extinçãodos fogos florestais.

Edifícios concluídos em queda e encomendas na construção em ascensão

Segundo o Instituto Nacional deEstatística, o número de edifíciosconcluídos encontra-se em quedaacentuada: “No quarto trimestre de2004 acentuou-se o comportamentodecrescente do número total deedifícios concluídos e do número deedifícios concluídos em construçõesnovas para habitação familiar”. Emcontrapartida a mesma fonte refere queas encomendas na construção e obraspúblicas subiram, “no quarto trimestrede 2004 as novas encomendas naconstrução e obras públicas registaramuma variação homóloga de 2.9%. Faceao trimestre precedente, asencomendas diminuíram –2.6%. Avariação média anual foi de 12.8%”.

Alta velocidade 15 anos atrasada

Arménio Matias, presidente daAssociação Portuguesa para oDesenvolvimento do TransporteFerroviário (ADFER), recomenda aoactual primeiro-ministro português,José Sócrates, para assumir o projectopara a Alta Velocidade ferroviária.Segundo Arménio Matias, Portugal no

que toca à matéria da Alta Velocidadeencontra-se 15 anos atrasado emrelação à Espanha. “José Sócrates temde tomar como seu o projectoportuguês da Alta Velocidade, talcomo foi feito em Espanha por FelipeGonzalez, José María Aznar e,actualmente, por José Luis Zapatero”,afirmou Matias numa entrevista aoJornal Expresso no início de Março. Na sua opinião, Portugal deveerradicar a solução de António Mexia,presidente executivo da Galp Energiae ex-ministro das Obras Públicas.“Mexia apresentou como umasolução definitiva, com grandeeconomia de recursos, aquilo que nãopassa de uma má fase intermédia,com percursos condicionados porintercambiadores que obrigam oscomboios a circular a dez quilómetrospor hora e que apenas podem seroperados por comboios espanhóisTalgo. Nem os comboios franceses ouos alemães poderiam circular nesteitinerário. Se Portugal adoptasse aestratégia de Mexia não teria soluçõesde Alta Velocidade”. E continua: “Asua solução abastarda os objectivosfixados na Cimeira da Figueira da Foz.E ignora que o acesso a Lisboa custamais de 500 milhões de euros e que oatravessamento do Porto tambémexige um investimento elevado”.Matias encontra no modelo espanhola solução para o projecto de AltaVelocidade: “Espanha canalizou parao projecto de Alta Velocidade todos osfundos susceptíveis de serem obtidosda UE, desde o FEDER ao Fundo deCoesão. Com 80% de fundoscomunitários a financiarem a infra-estrutura da Alta Velocidade, issosignifica que a comparticipação doEstado espanhol é quase compensadopelo IVA cobrado sobre as verbaspagas pelo financiamentocomunitário”.

Uma vida ao serviço da FEUP

Aristides Guedes Coelho não gosta de ser homenageado, masde facto não escapou à que lhe foi prestada no I Dia Regionalrealizada no dia 14 de Maio em Viana do Castelo e organizadopela Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN).Engenheiro civil de longo percurso, Guedes Coelhodemonstrou estar surpreendido com esta distinção, masencarou-a como um serviço que teve de prestar aos ex-alunose colegas de profissão. Este foi o argumento que usou quandoconvenceu o professor Joaquim Sarmento a aceitar ahomenagem pelos 70 anos na Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto (FEUP).Trocando agora de posições com o colega universitário,passando ele a ser o distinguido, Guedes Coelho prestou entãode bom grado o serviço de receber da OE o reconhecimentopela sua carreira profissional.

Apesar de não estar habituado a ser distinguido, já o foi numaoutra ocasião: a 3 de Abril de 1998, na véspera de completar 70anos de idade, na sua última aula na FEUP. Foi uma sessãopública, embora tivesse dado mais aulas até ao fim do anolectivo em curso. “O presidente do Departamento deEngenharia Civil pediu-me que fosse ter com ele aodepartamento e o acompanhasse ao Salão Nobre. Estava cheiode gente, incluindo as galerias: os antigos e actuais alunos, odirector e colegas da escola, o reitor e elementos da equipareitoral, familiares e amigos. Proferi a lição de jubilação,

Aristides Guedes Coelho fez da Faculdade de Engenhariada Universidade do Porto uma ‘casa’, tendo-se entregadofielmente à docência apenas nessa instituição e de lá aindamantém a saudade por ter saído

infoPágina 10 NOTÍCIAS

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Aristides Guedes Coelho, engenheiro civil

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sem sombra para dúvidas, vai sermuito pior.São cerca de 32 mil as pessoas comdificuldades no acesso à água, asmedidas alternativas resumem-separa já por auto-tanque ou porabertura de furos.Em breve vai ser realizada umacampanha para a sensibilização doconsumo de água moderado.Segundo a Comissão é necessáriosensibilizar a população, pois pareceque o fenómeno da seca temtendência para aumentar.Segundo as contas da Confederaçãodos Agricultores de Portugal a secaprolongada que se está a fazer sentirno país pode custar entre dois a trêspor cento do Produto Interno Bruto(PIB). Já o secretário-geral da CAP,Luís Mira, em declarações ao jornalPúblico, aponta prejuízos na ordemdos mil milhões de euros. Portugal até ao fim do ano continuamuito dependente das condiçõesclimatéricas, “se chover ainda sepoderá salvar algumas produções”,afirma Luís Mira, muito reticentequanto à chuva. O secretário-geral daCAP lembra que quando Portugalprevia um crescimento do PIB de umpor cento tem-se infelizmente decomeçar a contar com as perdas dedois a três por cento na agricultura.Várias associações citadas pelaagência Lusa, como a Associação deLavoura do Distrito de Aveiro ou aFederação dos Agricultores doDistrito de Leiria, não sócontabilizaram prejuízos e perdascomo ainda insistiram nos pedidos deapoios extraordinários.Outra temática que não pode seresquecida é a problemática dosincêndios que todos os anos sãonotícia na comunicação social,segundo os membros do Executivoque integram e coordenam a

Comissão para a Seca 2005, emdeclarações ao Jornal de Notícias,estão a ser estudadas medidascautelares para garantir a extinçãodos fogos florestais.

Edifícios concluídos em queda e encomendas na construção em ascensão

Segundo o Instituto Nacional deEstatística, o número de edifíciosconcluídos encontra-se em quedaacentuada: “No quarto trimestre de2004 acentuou-se o comportamentodecrescente do número total deedifícios concluídos e do número deedifícios concluídos em construçõesnovas para habitação familiar”. Emcontrapartida a mesma fonte refere queas encomendas na construção e obraspúblicas subiram, “no quarto trimestrede 2004 as novas encomendas naconstrução e obras públicas registaramuma variação homóloga de 2.9%. Faceao trimestre precedente, asencomendas diminuíram –2.6%. Avariação média anual foi de 12.8%”.

Alta velocidade 15 anos atrasada

Arménio Matias, presidente daAssociação Portuguesa para oDesenvolvimento do TransporteFerroviário (ADFER), recomenda aoactual primeiro-ministro português,José Sócrates, para assumir o projectopara a Alta Velocidade ferroviária.Segundo Arménio Matias, Portugal no

que toca à matéria da Alta Velocidadeencontra-se 15 anos atrasado emrelação à Espanha. “José Sócrates temde tomar como seu o projectoportuguês da Alta Velocidade, talcomo foi feito em Espanha por FelipeGonzalez, José María Aznar e,actualmente, por José Luis Zapatero”,afirmou Matias numa entrevista aoJornal Expresso no início de Março. Na sua opinião, Portugal deveerradicar a solução de António Mexia,presidente executivo da Galp Energiae ex-ministro das Obras Públicas.“Mexia apresentou como umasolução definitiva, com grandeeconomia de recursos, aquilo que nãopassa de uma má fase intermédia,com percursos condicionados porintercambiadores que obrigam oscomboios a circular a dez quilómetrospor hora e que apenas podem seroperados por comboios espanhóisTalgo. Nem os comboios franceses ouos alemães poderiam circular nesteitinerário. Se Portugal adoptasse aestratégia de Mexia não teria soluçõesde Alta Velocidade”. E continua: “Asua solução abastarda os objectivosfixados na Cimeira da Figueira da Foz.E ignora que o acesso a Lisboa custamais de 500 milhões de euros e que oatravessamento do Porto tambémexige um investimento elevado”.Matias encontra no modelo espanhola solução para o projecto de AltaVelocidade: “Espanha canalizou parao projecto de Alta Velocidade todos osfundos susceptíveis de serem obtidosda UE, desde o FEDER ao Fundo deCoesão. Com 80% de fundoscomunitários a financiarem a infra-estrutura da Alta Velocidade, issosignifica que a comparticipação doEstado espanhol é quase compensadopelo IVA cobrado sobre as verbaspagas pelo financiamentocomunitário”.

Uma vida ao serviço da FEUP

Aristides Guedes Coelho não gosta de ser homenageado, masde facto não escapou à que lhe foi prestada no I Dia Regionalrealizada no dia 14 de Maio em Viana do Castelo e organizadopela Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN).Engenheiro civil de longo percurso, Guedes Coelhodemonstrou estar surpreendido com esta distinção, masencarou-a como um serviço que teve de prestar aos ex-alunose colegas de profissão. Este foi o argumento que usou quandoconvenceu o professor Joaquim Sarmento a aceitar ahomenagem pelos 70 anos na Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto (FEUP).Trocando agora de posições com o colega universitário,passando ele a ser o distinguido, Guedes Coelho prestou entãode bom grado o serviço de receber da OE o reconhecimentopela sua carreira profissional.

Apesar de não estar habituado a ser distinguido, já o foi numaoutra ocasião: a 3 de Abril de 1998, na véspera de completar 70anos de idade, na sua última aula na FEUP. Foi uma sessãopública, embora tivesse dado mais aulas até ao fim do anolectivo em curso. “O presidente do Departamento deEngenharia Civil pediu-me que fosse ter com ele aodepartamento e o acompanhasse ao Salão Nobre. Estava cheiode gente, incluindo as galerias: os antigos e actuais alunos, odirector e colegas da escola, o reitor e elementos da equipareitoral, familiares e amigos. Proferi a lição de jubilação,

Aristides Guedes Coelho fez da Faculdade de Engenhariada Universidade do Porto uma ‘casa’, tendo-se entregadofielmente à docência apenas nessa instituição e de lá aindamantém a saudade por ter saído

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O engenheiro Aristides Coelho presidiu à comissão queapresentou um relatório para a criação de um novoespaço de expansão da Universidade do Porto, quedesignou por Pólo 3 ou do Campo Alegre

info Página 13ENTREVISTA

progredir nos estudos. Tinha de os fazer cá na metrópole.Formei-me em 1953 e nesse tempo havia muita dificuldadeem arranjar emprego, até mais do que hoje, porqueactualmente criou-se também uma certa tradição de que asempresas integram engenheiros nos seus quadros. Porisso, muitos dos meus colegas foram para o Ultramar,sobretudo para Angola. No Porto ficámos quatro ou cinco.Era um curso de 80 alunos e a maioria foi para o Ultramare para Lisboa”. Guedes Coelho sempre foi um excelente aluno. O 17 parece tersido o seu número da sorte sempre que terminava um curso:no Liceu Nacional de Rodrigues de Freitas, nos preparatóriosde Engenharia Civil na Faculdade de Ciências da Universidadedo Porto e na licenciatura em Engenharia Civil. Era muito aplicado, “mas não marrão”, embora seconsidere um desorganizado nato. Guedes Coelho foi parar às ‘engenharias’ porque tinha maisfacilidade em Matemática e Física. A área das Letras nuncaesteve em questão, pois as dificuldades eram maioresdesde o tempo do liceu.“O que verdadeiramente pensava era tirar a licenciatura emMatemática. Na Matemática e na Física era aluno de 17 e 19valores, sem grande esforço. Mas nas outras disciplinas eraaluno de 13 a 16 valores no liceu. Naquele tempo matriculávamo-nos na Faculdade de Ciências efazíamos três anos, sendo que as disciplinas curriculares naslicenciaturas em Matemática e Física eram praticamente asmesmas. Mas depois pensei que talvez fosse melhor ter umaprofissão que me permitisse fazer mais do que dar umas aulasno liceu. Decidi-me então por Engenharia Civil. A minha opção foi trabalhar como engenheiro civil no campo

de Engenharia de Estruturas. Era a que tinha mais Matemática.Uma das influências foi o Professor Correia de Araújo, queachava que a estrutura era a parte nobre da Faculdade deEngenharia”. O engenheiro civil não tem dúvidas em afirmar que osprofessores Correia de Araújo e Joaquim Sarmento, da FEUP, eBeires, da Faculdade de Ciências, foram as figuras que mais omarcaram no seu trajecto académico.

“Professor de bica aberta”Guedes Coelho foi um docente que gostava de “falar de bicaaberta”. Nunca leu apontamentos nas aulas e, assim, às vezespodia dar um erro ou outro, mas dizia que tinha sidointencional para testar se os alunos estavam atentos. Tambémnunca usou projecções, preferindo o giz.A primeira ilação a tirar do seu vasto currículo é que a FEUP foia sua ‘casa’. Entregou-se fielmente à docência apenas nessa instituição e delá ainda mantém a saudade por ter saído. “Eu vivi numa escolamuito especial. Havia um espírito, que agora se está aretomar”.Na sua opinião, até o próprio ensino está muito diferente. “Ofuturo da Engenharia Civil passa obrigatoriamente pelos

computadores, pela programação. Eu penso que com orecurso sistemático aos programas de cálculo computacional,perdeu-se a sensibilidade ao funcionamento da estrutura.Antigamente, faziam-se os cálculos das estruturas reticularesrecorrendo a um método de cálculo por aproximaçõessucessivas até atingir o equilíbrio, designado por método deCross. Este método conferia a quem o aplicava uma certasensibilidade ao comportamento estrutural. Reformulei-o, mostrando que correspondia ao métodomatricial dos deslocamentos, resolvendo os sistemas deequações de equilíbrio pelo método de relaxação. Fiz assim acorrespondência entre os dois processos, facilitando a suacompreensão pelos alunos que, tendo estudado o primeiro,rapidamente se integravam no segundo”.

Texto de Ana Ferreira • Fotos de Alfredo Pinto

infoPágina 12 ENTREVISTA

preparada e anunciada, e no fim alguns colegas proferirampalavras de circunstância e deram-me algumas prendassimbólicas. Quando o antigo professor Joaquim Sarmentotomou a palavra tive de interrompê-lo a certa altura,abraçando-o. A emoção tinha crescido tanto, que era umaameaça para ambos. E terminou a cerimónia pública”,descreveu o engenheiro.Actualmente, Guedes Coelho está retirado dessas funções,mas mantém um papel activo na OERN como presidente daComissão de Disciplina da Região Norte, cargo quedesempenha desde 2004, e é vogal do Conselho Jurisdicional.A sua vida é ainda preenchida pela família numerosa, queespera ansiosamente a chegada do oitavo neto, pelas idas àpiscina, onde diariamente pratica natação, convive com osamigos e enriquece o seu ‘anedotário’, agora que raramentevai à FEUP.

De Angola para PortugalA vila de Cangamba, circunscrição dos Luchazes, em Angola,viu Aristides Guedes Coelho nascer a 4 de Abril de 1928.Quando regressou a Portugal fez a quarta classe em Trás-os-

Montes e o exame de admissão no liceu de Vila Real. Depois,fixou-se no Porto, onde estudou no Liceu Nacional deRodrigues de Freitas durante sete anos.À terra natal nunca mais voltou, porque nunca teve vontade,mas a Angola já o fez por motivos profissionais. De especialexistem dois factores que o levam a recordar esse país: oprimeiro está relacionado com uma visita técnica que realizouem 1967 com os finalistas do curso de Engenharia Civil e osegundo refere-se à sua participação no projecto da Sede doBanco Português do Atlântico, em Luanda, “um edifício muitoalto, no tempo o mais alto em território português, que aindahoje surge na paisagem junto à marginal”.Quando questionado se a sua vida teria sido muitodiferente se tivesse ficado ou regressado a terras angolanas,responde: “Com certeza que a vida iria ser muito diferente.Nessa altura era muito difícil. Não tinha possibilidade para

O vasto currículo profissional e académico de GuedesCoelho conferiu-lhe a honra em ser homenageado no IDia Regional do Engenheiro, realizado a 14 de Maio, emViana do Castelo

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O engenheiro Aristides Coelho presidiu à comissão queapresentou um relatório para a criação de um novoespaço de expansão da Universidade do Porto, quedesignou por Pólo 3 ou do Campo Alegre

info Página 13ENTREVISTA

progredir nos estudos. Tinha de os fazer cá na metrópole.Formei-me em 1953 e nesse tempo havia muita dificuldadeem arranjar emprego, até mais do que hoje, porqueactualmente criou-se também uma certa tradição de que asempresas integram engenheiros nos seus quadros. Porisso, muitos dos meus colegas foram para o Ultramar,sobretudo para Angola. No Porto ficámos quatro ou cinco.Era um curso de 80 alunos e a maioria foi para o Ultramare para Lisboa”. Guedes Coelho sempre foi um excelente aluno. O 17 parece tersido o seu número da sorte sempre que terminava um curso:no Liceu Nacional de Rodrigues de Freitas, nos preparatóriosde Engenharia Civil na Faculdade de Ciências da Universidadedo Porto e na licenciatura em Engenharia Civil. Era muito aplicado, “mas não marrão”, embora seconsidere um desorganizado nato. Guedes Coelho foi parar às ‘engenharias’ porque tinha maisfacilidade em Matemática e Física. A área das Letras nuncaesteve em questão, pois as dificuldades eram maioresdesde o tempo do liceu.“O que verdadeiramente pensava era tirar a licenciatura emMatemática. Na Matemática e na Física era aluno de 17 e 19valores, sem grande esforço. Mas nas outras disciplinas eraaluno de 13 a 16 valores no liceu. Naquele tempo matriculávamo-nos na Faculdade de Ciências efazíamos três anos, sendo que as disciplinas curriculares naslicenciaturas em Matemática e Física eram praticamente asmesmas. Mas depois pensei que talvez fosse melhor ter umaprofissão que me permitisse fazer mais do que dar umas aulasno liceu. Decidi-me então por Engenharia Civil. A minha opção foi trabalhar como engenheiro civil no campo

de Engenharia de Estruturas. Era a que tinha mais Matemática.Uma das influências foi o Professor Correia de Araújo, queachava que a estrutura era a parte nobre da Faculdade deEngenharia”. O engenheiro civil não tem dúvidas em afirmar que osprofessores Correia de Araújo e Joaquim Sarmento, da FEUP, eBeires, da Faculdade de Ciências, foram as figuras que mais omarcaram no seu trajecto académico.

“Professor de bica aberta”Guedes Coelho foi um docente que gostava de “falar de bicaaberta”. Nunca leu apontamentos nas aulas e, assim, às vezespodia dar um erro ou outro, mas dizia que tinha sidointencional para testar se os alunos estavam atentos. Tambémnunca usou projecções, preferindo o giz.A primeira ilação a tirar do seu vasto currículo é que a FEUP foia sua ‘casa’. Entregou-se fielmente à docência apenas nessa instituição e delá ainda mantém a saudade por ter saído. “Eu vivi numa escolamuito especial. Havia um espírito, que agora se está aretomar”.Na sua opinião, até o próprio ensino está muito diferente. “Ofuturo da Engenharia Civil passa obrigatoriamente pelos

computadores, pela programação. Eu penso que com orecurso sistemático aos programas de cálculo computacional,perdeu-se a sensibilidade ao funcionamento da estrutura.Antigamente, faziam-se os cálculos das estruturas reticularesrecorrendo a um método de cálculo por aproximaçõessucessivas até atingir o equilíbrio, designado por método deCross. Este método conferia a quem o aplicava uma certasensibilidade ao comportamento estrutural. Reformulei-o, mostrando que correspondia ao métodomatricial dos deslocamentos, resolvendo os sistemas deequações de equilíbrio pelo método de relaxação. Fiz assim acorrespondência entre os dois processos, facilitando a suacompreensão pelos alunos que, tendo estudado o primeiro,rapidamente se integravam no segundo”.

Texto de Ana Ferreira • Fotos de Alfredo Pinto

infoPágina 12 ENTREVISTA

preparada e anunciada, e no fim alguns colegas proferirampalavras de circunstância e deram-me algumas prendassimbólicas. Quando o antigo professor Joaquim Sarmentotomou a palavra tive de interrompê-lo a certa altura,abraçando-o. A emoção tinha crescido tanto, que era umaameaça para ambos. E terminou a cerimónia pública”,descreveu o engenheiro.Actualmente, Guedes Coelho está retirado dessas funções,mas mantém um papel activo na OERN como presidente daComissão de Disciplina da Região Norte, cargo quedesempenha desde 2004, e é vogal do Conselho Jurisdicional.A sua vida é ainda preenchida pela família numerosa, queespera ansiosamente a chegada do oitavo neto, pelas idas àpiscina, onde diariamente pratica natação, convive com osamigos e enriquece o seu ‘anedotário’, agora que raramentevai à FEUP.

De Angola para PortugalA vila de Cangamba, circunscrição dos Luchazes, em Angola,viu Aristides Guedes Coelho nascer a 4 de Abril de 1928.Quando regressou a Portugal fez a quarta classe em Trás-os-

Montes e o exame de admissão no liceu de Vila Real. Depois,fixou-se no Porto, onde estudou no Liceu Nacional deRodrigues de Freitas durante sete anos.À terra natal nunca mais voltou, porque nunca teve vontade,mas a Angola já o fez por motivos profissionais. De especialexistem dois factores que o levam a recordar esse país: oprimeiro está relacionado com uma visita técnica que realizouem 1967 com os finalistas do curso de Engenharia Civil e osegundo refere-se à sua participação no projecto da Sede doBanco Português do Atlântico, em Luanda, “um edifício muitoalto, no tempo o mais alto em território português, que aindahoje surge na paisagem junto à marginal”.Quando questionado se a sua vida teria sido muitodiferente se tivesse ficado ou regressado a terras angolanas,responde: “Com certeza que a vida iria ser muito diferente.Nessa altura era muito difícil. Não tinha possibilidade para

O vasto currículo profissional e académico de GuedesCoelho conferiu-lhe a honra em ser homenageado no IDia Regional do Engenheiro, realizado a 14 de Maio, emViana do Castelo

Page 14: INFO nº04

infoPágina 14 ENTREVISTA

A carreira académica de Guedes Coelho respeitou a progressãoda época. Tornou-se segundo assistente em 1955 e, seisanos depois, passou a assistente extraordinário. No mesmoano que terminou o Doutoramento em Engenharia Civil, em1963, tornou-se primeiro assistente e, em 1970, professorextraordinário. Em 1982 tornou-se professor catedrático. Em 1977 e 1978 esteve na Reitoria da Universidade do Portocomo professor adjunto do reitor interino Silva Pinto daFaculdade de Medicina e professor decano dessa mesmauniversidade. O reitor encarregou Guedes Coelho de resolveras deficiências e carências nos edifícios das escolas, o qualsugeriu que se dirigisse a estas um inquérito para se procederao planeamento das obras a realizar.O reitor expôs a questão ao ministro Cardia, tendo optadopor nomear uma comissão que analisasse a situação dasinstalações da universidade, se planeasse odesenvolvimento de novas escolas e a actualização dasexistentes. Assim, por despacho conjunto dos secretáriosde Estado de Ensino Superior e das Obras Públicas,publicado em Diário da República, foi criado o GrupoCoordenador das instalações da Universidade do Porto eGuedes Coelho foi designado presidente. Como vogaisforam nomeados o director das Construções Escolares noPorto e um arquitecto do Ministério da Educação.“Entretanto apareceu na reitoria o arquitecto Fernando Lanhasinformando-nos que iria ser vendido e demolido o palacetePrimo Madeira, na Rua do Campo Alegre, em GuerraJunqueiro, para que naquele terreno se fizesse umaurbanização. O reitor pediu-me para acompanhar o processo e cheguei àconclusão que aquilo tinha excelentes condições derecuperação para se instalar os gabinetes do reitor e dovice-reitor, construindo-se no terreno do jardim anexo umpavilhão para os serviços administrativos. Propus que adirecção escolar adquirisse o complexo”. O que de factoveio a acontecer, apesar de não ter sido do agrado de todasas partes envolvidas.Realizada essa aquisição, Guedes Coelho comunicou ofacto ao então presidente da Câmara Municipal do Porto,Aureliano Capelo Veloso, tendo este marcado uma reuniãocom o engenheiro civil, o vice-presidente e o director deserviços da câmara. Nesse encontro foi acordado que,tendo a câmara muitos terrenos na zona, em resultado dasexpropriações feitas para a construção dos acessos à Ponteda Arrábida, estes ficariam cativos à disposição da reitoriaem termos a acordar futuramente para a expansão daUniversidade do Porto.Assim, a comissão incluiu no relatório, apresentado numcurto prazo, um novo espaço de expansão da Universidadedo Porto, que designou por Pólo 3 ou do Campo Alegre. Mais tarde, em 1998, o então reitor da Universidade do Porto,Alberto Amaral, convidou Guedes Coelho para a equipa reitoralcomo pró-reitor para as construções dessa instituição, a fim dedar execução ao preconizado no relatório.

Assim, foram criadas as escolas do Pólo 3 (Faculdades deCiências, Arquitectura e Letras), outras construções(Planetário e o Teatro do Campo Alegre, este em parceriacom a Câmara Municipal do Porto) e as novas Faculdadesdo Pólo 2 (Engenharia, Medicina, Motricidade Humana eMedicina Dentária).Após ter orientado a organização do projecto da Faculdadede Psicologia e convidado o arquitecto Fernando Távora, deacordo com o reitor, para elaborar o projecto, GuedesCoelho considerou concluída a sua missão. Desta experiência profissional, o engenheiro civil quer“deixar uma referência de saudade e homenagem ao reitorinterino, Professor e Doutor Silva Pinto que me ‘impôs’como presidente da comissão, quando a tutela quis forçarque a competência fosse atribuída ao arquitectorepresentante da direcção-geral do Ensino Superior. Era umhomem inteligente, sereno e determinado, a quem aUniversidade do Porto muito deve, apesar do reitorado tersido muito curto e num período difícil de transição”.

Um olhar sobre as obrasSe tivesse de eleger uma obra sua, Guedes Coelho escolheria“pela originalidade do tratamento, no modo de resolver oproblema, o edifício do Banco Comercial de Angola (do BancoPortuguês do Atlântico). Também com interesse comoprojecto de estruturas saliento a Ponte de Amarante, a qual foiprojectada efectivamente por mim, embora não tivesse sidocontratualizado comigo. O que me deu também gozo foi arecuperação do Convento de São Bento da Vitória, sobretudopela originalidade dos processos”.Analisando as obras dos seus colegas, aponta a Pista daMadeira do seu antigo aluno Segadães Tavares.E, por falar em obras, na ordem do dia está a inauguraçãoda Casa da Música, sobre a qual o engenheiro civilparticipou a pedido da direcção na escolha do empreiteiro,a quem foi cometida a execução da obra. Nesse mesmogrupo de trabalho participou o professor Valadares Tavaresdo Instituto Superior Técnico. Mas a sua participação na Casa da Música não se ficou poraqui, como afirmou o engenheiro: “Depois tive uma certaintervenção quando surgiram diferentes interpretações.Entendeu o dono da obra que competia ao construtorestudar o seu processo de execução. Ora, em obrasespeciais de delicada execução, o projectista tem o dever deconceber o processo e o faseamento da construção, tendoem conta as condições particulares da obra, que só eleconhece. Ao empreiteiro resta executar a obra do modoindicado ou, então, justificar outro que, para ele, seja maisconveniente, atendendo aos meios que dispõe,designadamente aos equipamentos. Foi isto que disse numpequeno relatório que enviei a pedido do empreiteiro. Aminha opinião vingou, tendo acabado, segundo consta, poros projectistas apresentarem o projecto de execução daobra”.

info Página 15DESTAQUE

No âmbito do I Dia Regional Norte do Engenheiro,realizou-se uma conferência sobre “O Sistema de Inovaçãono Norte de Portugal”, que contou com a participação dosengenheiros Carlos Bernardo e José Manuel Mendonça

I Dia Regional Norte do Engenheiro

“As 100 Obras de Engenharia Civil no Século XX - Portugal”Pela primeira vez a Ordem dos Engenheiros - Região Norte(OERN) promoveu a iniciativa de juntar os engenheirosnortenhos num convívio que se pretende anual. O I Dia Regional Norte do Engenheiro realizou-se a 14 deMaio no Forte de Santiago da Barra e contou com presençade cerca de 400 pessoas.Contudo, o programa deste dia festivo iniciou-se na véspera.No dia 13, às 17 horas, no Forte de Santiago da Barra realizou-se a inauguração da exposição “As 100 Obras de EngenhariaCivil no Século XX - Portugal”. Esta exposição, que já percorreu Portugal continental e ilhas,está pela primeira vez em Viana do Castelo. Do local onde foiinaugurada será transferida na terceira semana de Maio paraPonte de Lima e depois para Ponte da Barca. O empreendimento turístico de Vilamoura, a urbanização dazona oriental de Lisboa, o Coliseu do Porto e as levadas dailha da Madeira são algumas das fotografias expostas, quetambém podem ser encontradas no livro que deu título a estaexposição, uma edição da Ordem dos Engenheiros, editadapela primeira vez em 2000 e tendo uma segunda edição de2001.Coube ao presidente do Conselho Directivo da OERN,

Gerardo Saraiva de Menezes, proferir algumas palavras naabertura da exposição e dando assim início ao programa do IDia Regional Norte do Engenheiro. “O I Dia Regional Norte do Engenheiro pretende ser umacelebração do engenheiro”, afirmou o presidente do ConselhoDirectivo da OERN. “Escolhemos Viana do Castelo porquequeremos mostrar que o Norte é mais do que o Porto eporque Viana do Castelo fica entre o Porto e os vizinhos daGaliza”, aliados que a OERN considera fundamentais parajuntos se afirmarem no universo europeu. “Queremos chamar a atenção para o esforço dos engenheirosno desenvolvimento da sociedade e do bem-estar daspessoas”, reforçou Gerardo Saraiva no objectivo de se criar o IDia Regional Norte do Engenheiro. Depois dos discursos iniciais, o engenheiro Rui Junqueira deuuma breve referência técnico-histórica sobre a Barragem deAlto Lindoso, uma das fotografias patentes na exposição.Uma obra que custou 120 milhões de contos e que ganhou,

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A carreira académica de Guedes Coelho respeitou a progressãoda época. Tornou-se segundo assistente em 1955 e, seisanos depois, passou a assistente extraordinário. No mesmoano que terminou o Doutoramento em Engenharia Civil, em1963, tornou-se primeiro assistente e, em 1970, professorextraordinário. Em 1982 tornou-se professor catedrático. Em 1977 e 1978 esteve na Reitoria da Universidade do Portocomo professor adjunto do reitor interino Silva Pinto daFaculdade de Medicina e professor decano dessa mesmauniversidade. O reitor encarregou Guedes Coelho de resolveras deficiências e carências nos edifícios das escolas, o qualsugeriu que se dirigisse a estas um inquérito para se procederao planeamento das obras a realizar.O reitor expôs a questão ao ministro Cardia, tendo optadopor nomear uma comissão que analisasse a situação dasinstalações da universidade, se planeasse odesenvolvimento de novas escolas e a actualização dasexistentes. Assim, por despacho conjunto dos secretáriosde Estado de Ensino Superior e das Obras Públicas,publicado em Diário da República, foi criado o GrupoCoordenador das instalações da Universidade do Porto eGuedes Coelho foi designado presidente. Como vogaisforam nomeados o director das Construções Escolares noPorto e um arquitecto do Ministério da Educação.“Entretanto apareceu na reitoria o arquitecto Fernando Lanhasinformando-nos que iria ser vendido e demolido o palacetePrimo Madeira, na Rua do Campo Alegre, em GuerraJunqueiro, para que naquele terreno se fizesse umaurbanização. O reitor pediu-me para acompanhar o processo e cheguei àconclusão que aquilo tinha excelentes condições derecuperação para se instalar os gabinetes do reitor e dovice-reitor, construindo-se no terreno do jardim anexo umpavilhão para os serviços administrativos. Propus que adirecção escolar adquirisse o complexo”. O que de factoveio a acontecer, apesar de não ter sido do agrado de todasas partes envolvidas.Realizada essa aquisição, Guedes Coelho comunicou ofacto ao então presidente da Câmara Municipal do Porto,Aureliano Capelo Veloso, tendo este marcado uma reuniãocom o engenheiro civil, o vice-presidente e o director deserviços da câmara. Nesse encontro foi acordado que,tendo a câmara muitos terrenos na zona, em resultado dasexpropriações feitas para a construção dos acessos à Ponteda Arrábida, estes ficariam cativos à disposição da reitoriaem termos a acordar futuramente para a expansão daUniversidade do Porto.Assim, a comissão incluiu no relatório, apresentado numcurto prazo, um novo espaço de expansão da Universidadedo Porto, que designou por Pólo 3 ou do Campo Alegre. Mais tarde, em 1998, o então reitor da Universidade do Porto,Alberto Amaral, convidou Guedes Coelho para a equipa reitoralcomo pró-reitor para as construções dessa instituição, a fim dedar execução ao preconizado no relatório.

Assim, foram criadas as escolas do Pólo 3 (Faculdades deCiências, Arquitectura e Letras), outras construções(Planetário e o Teatro do Campo Alegre, este em parceriacom a Câmara Municipal do Porto) e as novas Faculdadesdo Pólo 2 (Engenharia, Medicina, Motricidade Humana eMedicina Dentária).Após ter orientado a organização do projecto da Faculdadede Psicologia e convidado o arquitecto Fernando Távora, deacordo com o reitor, para elaborar o projecto, GuedesCoelho considerou concluída a sua missão. Desta experiência profissional, o engenheiro civil quer“deixar uma referência de saudade e homenagem ao reitorinterino, Professor e Doutor Silva Pinto que me ‘impôs’como presidente da comissão, quando a tutela quis forçarque a competência fosse atribuída ao arquitectorepresentante da direcção-geral do Ensino Superior. Era umhomem inteligente, sereno e determinado, a quem aUniversidade do Porto muito deve, apesar do reitorado tersido muito curto e num período difícil de transição”.

Um olhar sobre as obrasSe tivesse de eleger uma obra sua, Guedes Coelho escolheria“pela originalidade do tratamento, no modo de resolver oproblema, o edifício do Banco Comercial de Angola (do BancoPortuguês do Atlântico). Também com interesse comoprojecto de estruturas saliento a Ponte de Amarante, a qual foiprojectada efectivamente por mim, embora não tivesse sidocontratualizado comigo. O que me deu também gozo foi arecuperação do Convento de São Bento da Vitória, sobretudopela originalidade dos processos”.Analisando as obras dos seus colegas, aponta a Pista daMadeira do seu antigo aluno Segadães Tavares.E, por falar em obras, na ordem do dia está a inauguraçãoda Casa da Música, sobre a qual o engenheiro civilparticipou a pedido da direcção na escolha do empreiteiro,a quem foi cometida a execução da obra. Nesse mesmogrupo de trabalho participou o professor Valadares Tavaresdo Instituto Superior Técnico. Mas a sua participação na Casa da Música não se ficou poraqui, como afirmou o engenheiro: “Depois tive uma certaintervenção quando surgiram diferentes interpretações.Entendeu o dono da obra que competia ao construtorestudar o seu processo de execução. Ora, em obrasespeciais de delicada execução, o projectista tem o dever deconceber o processo e o faseamento da construção, tendoem conta as condições particulares da obra, que só eleconhece. Ao empreiteiro resta executar a obra do modoindicado ou, então, justificar outro que, para ele, seja maisconveniente, atendendo aos meios que dispõe,designadamente aos equipamentos. Foi isto que disse numpequeno relatório que enviei a pedido do empreiteiro. Aminha opinião vingou, tendo acabado, segundo consta, poros projectistas apresentarem o projecto de execução daobra”.

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No âmbito do I Dia Regional Norte do Engenheiro,realizou-se uma conferência sobre “O Sistema de Inovaçãono Norte de Portugal”, que contou com a participação dosengenheiros Carlos Bernardo e José Manuel Mendonça

I Dia Regional Norte do Engenheiro

“As 100 Obras de Engenharia Civil no Século XX - Portugal”Pela primeira vez a Ordem dos Engenheiros - Região Norte(OERN) promoveu a iniciativa de juntar os engenheirosnortenhos num convívio que se pretende anual. O I Dia Regional Norte do Engenheiro realizou-se a 14 deMaio no Forte de Santiago da Barra e contou com presençade cerca de 400 pessoas.Contudo, o programa deste dia festivo iniciou-se na véspera.No dia 13, às 17 horas, no Forte de Santiago da Barra realizou-se a inauguração da exposição “As 100 Obras de EngenhariaCivil no Século XX - Portugal”. Esta exposição, que já percorreu Portugal continental e ilhas,está pela primeira vez em Viana do Castelo. Do local onde foiinaugurada será transferida na terceira semana de Maio paraPonte de Lima e depois para Ponte da Barca. O empreendimento turístico de Vilamoura, a urbanização dazona oriental de Lisboa, o Coliseu do Porto e as levadas dailha da Madeira são algumas das fotografias expostas, quetambém podem ser encontradas no livro que deu título a estaexposição, uma edição da Ordem dos Engenheiros, editadapela primeira vez em 2000 e tendo uma segunda edição de2001.Coube ao presidente do Conselho Directivo da OERN,

Gerardo Saraiva de Menezes, proferir algumas palavras naabertura da exposição e dando assim início ao programa do IDia Regional Norte do Engenheiro. “O I Dia Regional Norte do Engenheiro pretende ser umacelebração do engenheiro”, afirmou o presidente do ConselhoDirectivo da OERN. “Escolhemos Viana do Castelo porquequeremos mostrar que o Norte é mais do que o Porto eporque Viana do Castelo fica entre o Porto e os vizinhos daGaliza”, aliados que a OERN considera fundamentais parajuntos se afirmarem no universo europeu. “Queremos chamar a atenção para o esforço dos engenheirosno desenvolvimento da sociedade e do bem-estar daspessoas”, reforçou Gerardo Saraiva no objectivo de se criar o IDia Regional Norte do Engenheiro. Depois dos discursos iniciais, o engenheiro Rui Junqueira deuuma breve referência técnico-histórica sobre a Barragem deAlto Lindoso, uma das fotografias patentes na exposição.Uma obra que custou 120 milhões de contos e que ganhou,

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Gerardo Saraiva de Menezes, presidente do ConselhoDirectivo da Ordem dos Engenheiros - Região Norte,proferiu algumas palavras de agradecimento esatisfação pela realização deste primeiro encontro

info Página 17DESTAQUE

implementação” e que pode ser radical e incremental. Comoinovação tecnológica radical dá como exemplo o telefone deBell e o post-it da 3M. E para chamar a atenção que no nossopaís também se fazem progressos, aponta as bases deequipamento para o fabrico do calçado um bom exemplo deinovação no negócio.As facetas e os riscos por que passa a inovação foramtambém focados. Porém, o engenheiro fez questão deressalvar requisitos não técnicos da inovação e que estãoligados à ética, liderança e ao factor perante o sucesso e ofalhanço.Os desafios colocados à relação entre inovação, tecnologia ecompetitividade são vários, sendo um dos quais “a entradanos mercados mundiais de um novo bloco económico acrescer anualmente, a China”. O engenheiro alerta tambémpara o facto de entre 1990 e 2000 a produção nos EstadosUnidos ter crescido com menos pessoas a trabalhar.Portugal tem de enfrentar esses desafios e um dos quaispassa pela obrigação das empresas não se restringirem àprodução. Têm de desenvolver as suas capacidades e inovar. Para finalizar a apresentação do tema, o engenheiro reportou-se ao Norte do país, considerando que os factores demudança passam pelo desenvolvimento na tecnologia e na

organização, investimento no Sistema Nacional de Inovação,cooperação internacional, educação e formação,enquadramento estimulante em que “a inovação tem de serprioridade política ‘de facto’, e pela competitividade dainovação e desenvolvimento europeu. Luís Braga da Cruz comentou as duas intervenções e deu-seinício ao debate sobre a situação portuguesa actual nesteâmbito entre os intervenientes e a plateia, o qual contou coma participação do bastonário da OE, Fernando Santo.A sessão prolongou-se até à meia-noite, tendo sido encerradapor Braga da Cruz.

“O Sistema de Inovação na Galiza”O programa do I Dia Regional Norte do Engenheiro arrancouàs 10 horas, cabendo a Luís Braga da Cruz, presidente daAssembleia da OERN, abrir a cerimónia. Seguiu-se umaalocução de boas-vindas por parte do delegado distrital deViana do Castelo da OE, António Cruz, e a intervenção do

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O primeiro interveniente, Carlos Bernardo, engenheiro eprofessor da Universidade do Minho e vice-presidente daComissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional doNorte (CCDRN), teceu amplos elogios ao orador seguinte, oengenheiro José Manuel Mendonça, um dos primeirosresponsáveis da Adl (Agência de Inovação).Carlos Bernardo começou por definir inovação, tendo paraisso citado Jorge Alves: “A inovação é uma atitude, um estadode espírito”. Comentou o modelo interactivo ou em rede doprocesso de inovação da década de 1990, onde era o mercadoque conduzia a cadeia central de inovação. Para ele “ainovação é só uma parte do ciclo da vida de um produto, emque é necessário investir, só na fase de mercado se geramlucros que sustentam mais inovação”. Contudo, defende quena década de 1990 em Portugal, embora estas ideias jáfossem conhecidas, construiu-se um sistema de investimentoe desenvolvimento desarticulado no essencial da cadeiacentral de inovação. “Como não havia e não há ainda umverdadeiro sistema nacional de inovação, não há também umsistema regional de inovação, neste caso no Norte. Por outrolado, não há também uma ‘autoridade’ regional”, afirmouCarlos Bernardo.Na sua opinião, um dos segredos para se obter um sistemade inovação nacional é a persistência. Considera também quena década de 1990 Portugal esteve quase a alcançar essesistema, mas não conseguiu.José Manuel Mendonça, engenheiro e professor da FEUP-INESC, começou por colocar a questão se realmente existe umsistema de inovação no Norte de Portugal e para demonstraro sentido desta dúvida parafraseou um amigo britânico: “It’svery difficult to find a black cat in a dark room”.Mas um facto certo é a relação íntima entre o saber, atecnologia, a inovação e a competitividade.Os pontos abordados na sua exposição foram diversos,destacando-se a relação entre o investimento e odesempenho, a qual é complexa e não linear, pois dependedas condições de enquadramento e das políticas. Nestarelação deve-se ter também em conta que existe sempre umatraso temporal entre o aumento do investimento e oaumento verificado do desempenho. Reflectindo sobre oinvestimento na União Europeia, o engenheiro alertou para aexistência de três grupos distintos, pertencendo Portugal aomais fraco, a par da Espanha, Itália e Grécia, e o mesmo sepode dizer em termos de desempenho, sendo este divididoem apenas dois grupos, um primeiro com estes quatro paísese o segundo liderado pela Suécia, Finlândia e Dinamarca. Quanto ao investimento feito em Portugal relatou que se fazem três velocidades, sendo a mais capaz a de Lisboa e Vale doTejo, zona que também tem melhor desempenho não só emPIB per capita mas como em outros indicadores. A contraposição da visão antiga de inovação para acontemporânea foi referida por José Manuel Mendonça, paraquem “a inovação pressupõe três is: inspiração, integração e

em 1994, o Prémio de Alcântara. Um Verde de Honra e a actuação do Grupo Etnográfico deAreosa finalizaram este primeiro evento do programa.

“O Sistema de Inovação no Norte de Portugal”Ainda no dia 13 de Maio no Forte de Santiago da Barra, às 22horas, no âmbito do I Dia Regional Norte do Engenheiro,realizou-se uma conferência técnica sobre “O Sistema deInovação no Norte de Portugal”.Coube a Luís Braga da Cruz, presidente da Assembleia daOERN, iniciar e apresentar os oradores do evento.

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Gerardo Saraiva de Menezes, presidente do ConselhoDirectivo da Ordem dos Engenheiros - Região Norte,proferiu algumas palavras de agradecimento esatisfação pela realização deste primeiro encontro

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implementação” e que pode ser radical e incremental. Comoinovação tecnológica radical dá como exemplo o telefone deBell e o post-it da 3M. E para chamar a atenção que no nossopaís também se fazem progressos, aponta as bases deequipamento para o fabrico do calçado um bom exemplo deinovação no negócio.As facetas e os riscos por que passa a inovação foramtambém focados. Porém, o engenheiro fez questão deressalvar requisitos não técnicos da inovação e que estãoligados à ética, liderança e ao factor perante o sucesso e ofalhanço.Os desafios colocados à relação entre inovação, tecnologia ecompetitividade são vários, sendo um dos quais “a entradanos mercados mundiais de um novo bloco económico acrescer anualmente, a China”. O engenheiro alerta tambémpara o facto de entre 1990 e 2000 a produção nos EstadosUnidos ter crescido com menos pessoas a trabalhar.Portugal tem de enfrentar esses desafios e um dos quaispassa pela obrigação das empresas não se restringirem àprodução. Têm de desenvolver as suas capacidades e inovar. Para finalizar a apresentação do tema, o engenheiro reportou-se ao Norte do país, considerando que os factores demudança passam pelo desenvolvimento na tecnologia e na

organização, investimento no Sistema Nacional de Inovação,cooperação internacional, educação e formação,enquadramento estimulante em que “a inovação tem de serprioridade política ‘de facto’, e pela competitividade dainovação e desenvolvimento europeu. Luís Braga da Cruz comentou as duas intervenções e deu-seinício ao debate sobre a situação portuguesa actual nesteâmbito entre os intervenientes e a plateia, o qual contou coma participação do bastonário da OE, Fernando Santo.A sessão prolongou-se até à meia-noite, tendo sido encerradapor Braga da Cruz.

“O Sistema de Inovação na Galiza”O programa do I Dia Regional Norte do Engenheiro arrancouàs 10 horas, cabendo a Luís Braga da Cruz, presidente daAssembleia da OERN, abrir a cerimónia. Seguiu-se umaalocução de boas-vindas por parte do delegado distrital deViana do Castelo da OE, António Cruz, e a intervenção do

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O primeiro interveniente, Carlos Bernardo, engenheiro eprofessor da Universidade do Minho e vice-presidente daComissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional doNorte (CCDRN), teceu amplos elogios ao orador seguinte, oengenheiro José Manuel Mendonça, um dos primeirosresponsáveis da Adl (Agência de Inovação).Carlos Bernardo começou por definir inovação, tendo paraisso citado Jorge Alves: “A inovação é uma atitude, um estadode espírito”. Comentou o modelo interactivo ou em rede doprocesso de inovação da década de 1990, onde era o mercadoque conduzia a cadeia central de inovação. Para ele “ainovação é só uma parte do ciclo da vida de um produto, emque é necessário investir, só na fase de mercado se geramlucros que sustentam mais inovação”. Contudo, defende quena década de 1990 em Portugal, embora estas ideias jáfossem conhecidas, construiu-se um sistema de investimentoe desenvolvimento desarticulado no essencial da cadeiacentral de inovação. “Como não havia e não há ainda umverdadeiro sistema nacional de inovação, não há também umsistema regional de inovação, neste caso no Norte. Por outrolado, não há também uma ‘autoridade’ regional”, afirmouCarlos Bernardo.Na sua opinião, um dos segredos para se obter um sistemade inovação nacional é a persistência. Considera também quena década de 1990 Portugal esteve quase a alcançar essesistema, mas não conseguiu.José Manuel Mendonça, engenheiro e professor da FEUP-INESC, começou por colocar a questão se realmente existe umsistema de inovação no Norte de Portugal e para demonstraro sentido desta dúvida parafraseou um amigo britânico: “It’svery difficult to find a black cat in a dark room”.Mas um facto certo é a relação íntima entre o saber, atecnologia, a inovação e a competitividade.Os pontos abordados na sua exposição foram diversos,destacando-se a relação entre o investimento e odesempenho, a qual é complexa e não linear, pois dependedas condições de enquadramento e das políticas. Nestarelação deve-se ter também em conta que existe sempre umatraso temporal entre o aumento do investimento e oaumento verificado do desempenho. Reflectindo sobre oinvestimento na União Europeia, o engenheiro alertou para aexistência de três grupos distintos, pertencendo Portugal aomais fraco, a par da Espanha, Itália e Grécia, e o mesmo sepode dizer em termos de desempenho, sendo este divididoem apenas dois grupos, um primeiro com estes quatro paísese o segundo liderado pela Suécia, Finlândia e Dinamarca. Quanto ao investimento feito em Portugal relatou que se fazem três velocidades, sendo a mais capaz a de Lisboa e Vale doTejo, zona que também tem melhor desempenho não só emPIB per capita mas como em outros indicadores. A contraposição da visão antiga de inovação para acontemporânea foi referida por José Manuel Mendonça, paraquem “a inovação pressupõe três is: inspiração, integração e

em 1994, o Prémio de Alcântara. Um Verde de Honra e a actuação do Grupo Etnográfico deAreosa finalizaram este primeiro evento do programa.

“O Sistema de Inovação no Norte de Portugal”Ainda no dia 13 de Maio no Forte de Santiago da Barra, às 22horas, no âmbito do I Dia Regional Norte do Engenheiro,realizou-se uma conferência técnica sobre “O Sistema deInovação no Norte de Portugal”.Coube a Luís Braga da Cruz, presidente da Assembleia daOERN, iniciar e apresentar os oradores do evento.

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Cerca de 400 pessoas assistiram às cerimónias doencontro. Gerardo Saraiva de Menezes afirmou queestava “longe de imaginar uma adesão tão forte ao I Dia Regional Norte”

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presidente da Câmara de Viana do Castelo, Defensor Moura, oqual agradeceu a realização deste evento na sua cidade que é“uma princesa bonita, mas tem de ser mais do que isso”. Antes de se iniciar a palestra “O Sistema de Inovação naGaliza e o Impacto Fronteiriço”, Braga da Cruz salientou ointeresse da conferência técnica do dia anterior, salientandoque “o sistema de inovação para o Norte do país e paraPortugal representa uma atitude, uma ferramenta para odesenvolvimento”, sendo necessário que os engenheirosmobilizem os conhecimentos disponíveis. Fez ainda referênciaà importância e potencial do relacionamento entre Portugal eEspanha, “a fronteira mais antiga da União Europeia”. “ONorte de Portugal não pode desperdiçar a oportunidade decooperação com a Galiza e seguir o seu exemplo dado quesoube combater a sua perificidade através de uma forteaposta na tecnologia e na qualificação dos seus quadros”,referiu o presidente da Assembleia Regional Norte da OE.

A palavra foi dada depois a Pedro Merino Gómez, engenheiroindustrial, professor catedrático da Universidade de Vigo eactual director-geral da Investigação e Desenvolvimento daJunta de Galicia. O engenheiro explicou o que se está a fazerna Galiza quanto à inovação e a relação com o Norte dePortugal. Também recorrendo a dados estatísticos da Eurostatapresentou alguns dados curiosos como o total do gastointerno em investimento e desenvolvimento em percentagemdo PIB de 2002: Portugal com 0,80 por cento, Espanha com1,03 por cento contra os 3,05 por cento do Japão e os 2,66 porcento dos Estados Unidos. “A Galiza encontra-se entre as seis primeiras regiões

Página 19info DESTAQUE

inovadoras de Espanha, pelo gasto realizado em inovação”,mas em termos de investimento em inovação edesenvolvimento e esforço investigador é a sétima. Para além de Pedro Merino Gómez ter referido a importânciado segundo Plano Galego de Investimento, Desenvolvimentoe Inovação a decorrer entre 2002 e 2005 (o primeiro ocorreude 1999 a 2001), salientou o Projecto Regina financiado peloFEDER, sendo um dos objectivos identificar e explorar opotencial inovador do Espaço Atlântico. Quanto à colaboração entre a Galiza e o Norte de Portugalconsidera muito importantes estes eventos e as parcerias quemantém com a Universidade do Minho, a Universidade doPorto e a comunidade empresarial.Mais uma vez coube a Braga da Cruz concluir o tema,salientando um ponto concreto: “O sector automóvel é umadas expectativas para os próximos 10 anos na PenínsulaIbérica, temos de aproveitar a dinâmica galega”.

Cerimónia de homenagens Para além da palestra, esta iniciativa ficou marcada pelarealização de uma homenagem a engenheiros da RegiãoNorte.Mas ainda antes do início das distinções, o presidente doConselho Directivo da OERN, Gerardo Saraiva de Menezes,proferiu algumas palavras. Fez questão de referir que estava“longe de imaginar uma adesão tão forte ao I Dia RegionalNorte”, o qual também “fortaleceu os laços de proximidadeentre os engenheiros do Norte de Portugal e da Galiza eserviu ainda para abordar a questão da interacção entre osdois países no que respeita à relação entre engenharia einovação”. João Pedro de Oliveira Valença, Pedro Guedes de Oliveira eAristides Guedes Coelho foram os três importantesengenheiros da Região Norte a ser distinguidos pela OERN. Após a apresentação de um breve perfil dos homenageados, osengenheiros subiram ao púlpito para proferir palavras deagradecimento. “Nunca pensei atingir esta magnitude”,confessou Oliveira Valença, o qual ainda focou a sua actuaçãona Junta Autónoma das Estradas (JAE). Por sua vez, PedroGuedes de Oliveira quis evidenciar no seu discurso que quantoà breve descrição feita pelo engenheiro José Silva Matos do seuperfil: “Os amigos esquecem os defeitos e a fotografia saibeneficiada”. Quanto a Guedes Coelho admite ter ficado muitosurpreendido com esta homenagem, e que aceitou-a noespírito de serviço. Referiu ainda o seu papel activo no Institutode Construção, uma iniciativa da Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto (FEUP).Outro dos pontos altos do evento foi a recepção aos novoselementos e a distinção dos membros com mais de 25 e 50anos de inscrição na OERN com os alfinetes de bronze, prata eouro respectivamente. Entre os membros que receberam o alfinete de prataencontravam-se os engenheiros Braga da Cruz e Raimundo

Delgado, ambos presentes na mesa de honra. Uma dasmaiores ovações desta cerimónia foi dirigida ao professorJoaquim Sarmento, o qual recebeu o alfinete de ouro. O bastonário da OE encerrou a cerimónia, reforçando um doslemas por que rege o seu mandato: a coesão dos engenheiroscomo classe profissional, “antes da região a que pertencemos,somos engenheiros”. “A engenharia está a ser desvalorizada e os engenheiros nãotêm o valor que tinham há 30 ou 40 anos atrás”, por isso umadas maiores preocupações da OE é “definir posições numasociedade diferente e por isso o bastonário tem de ser hoje opresidente de uma associação e tem de promover a engenhariacomo um produto”.Fernando Santo focou ainda a urgência em “acabar-se com ofacilitismo” no ensino superior, pois é a partir daqui que se devevalorizar a engenharia. O I Dia Regional Norte do Engenheiro terminou com umalmoço na Quinta Dom Sapo, em Cardielos, em Viana doCastelo, onde estiveram presentes cerca de quatro centenas depessoas.

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Cerca de 400 pessoas assistiram às cerimónias doencontro. Gerardo Saraiva de Menezes afirmou queestava “longe de imaginar uma adesão tão forte ao I Dia Regional Norte”

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presidente da Câmara de Viana do Castelo, Defensor Moura, oqual agradeceu a realização deste evento na sua cidade que é“uma princesa bonita, mas tem de ser mais do que isso”. Antes de se iniciar a palestra “O Sistema de Inovação naGaliza e o Impacto Fronteiriço”, Braga da Cruz salientou ointeresse da conferência técnica do dia anterior, salientandoque “o sistema de inovação para o Norte do país e paraPortugal representa uma atitude, uma ferramenta para odesenvolvimento”, sendo necessário que os engenheirosmobilizem os conhecimentos disponíveis. Fez ainda referênciaà importância e potencial do relacionamento entre Portugal eEspanha, “a fronteira mais antiga da União Europeia”. “ONorte de Portugal não pode desperdiçar a oportunidade decooperação com a Galiza e seguir o seu exemplo dado quesoube combater a sua perificidade através de uma forteaposta na tecnologia e na qualificação dos seus quadros”,referiu o presidente da Assembleia Regional Norte da OE.

A palavra foi dada depois a Pedro Merino Gómez, engenheiroindustrial, professor catedrático da Universidade de Vigo eactual director-geral da Investigação e Desenvolvimento daJunta de Galicia. O engenheiro explicou o que se está a fazerna Galiza quanto à inovação e a relação com o Norte dePortugal. Também recorrendo a dados estatísticos da Eurostatapresentou alguns dados curiosos como o total do gastointerno em investimento e desenvolvimento em percentagemdo PIB de 2002: Portugal com 0,80 por cento, Espanha com1,03 por cento contra os 3,05 por cento do Japão e os 2,66 porcento dos Estados Unidos. “A Galiza encontra-se entre as seis primeiras regiões

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inovadoras de Espanha, pelo gasto realizado em inovação”,mas em termos de investimento em inovação edesenvolvimento e esforço investigador é a sétima. Para além de Pedro Merino Gómez ter referido a importânciado segundo Plano Galego de Investimento, Desenvolvimentoe Inovação a decorrer entre 2002 e 2005 (o primeiro ocorreude 1999 a 2001), salientou o Projecto Regina financiado peloFEDER, sendo um dos objectivos identificar e explorar opotencial inovador do Espaço Atlântico. Quanto à colaboração entre a Galiza e o Norte de Portugalconsidera muito importantes estes eventos e as parcerias quemantém com a Universidade do Minho, a Universidade doPorto e a comunidade empresarial.Mais uma vez coube a Braga da Cruz concluir o tema,salientando um ponto concreto: “O sector automóvel é umadas expectativas para os próximos 10 anos na PenínsulaIbérica, temos de aproveitar a dinâmica galega”.

Cerimónia de homenagens Para além da palestra, esta iniciativa ficou marcada pelarealização de uma homenagem a engenheiros da RegiãoNorte.Mas ainda antes do início das distinções, o presidente doConselho Directivo da OERN, Gerardo Saraiva de Menezes,proferiu algumas palavras. Fez questão de referir que estava“longe de imaginar uma adesão tão forte ao I Dia RegionalNorte”, o qual também “fortaleceu os laços de proximidadeentre os engenheiros do Norte de Portugal e da Galiza eserviu ainda para abordar a questão da interacção entre osdois países no que respeita à relação entre engenharia einovação”. João Pedro de Oliveira Valença, Pedro Guedes de Oliveira eAristides Guedes Coelho foram os três importantesengenheiros da Região Norte a ser distinguidos pela OERN. Após a apresentação de um breve perfil dos homenageados, osengenheiros subiram ao púlpito para proferir palavras deagradecimento. “Nunca pensei atingir esta magnitude”,confessou Oliveira Valença, o qual ainda focou a sua actuaçãona Junta Autónoma das Estradas (JAE). Por sua vez, PedroGuedes de Oliveira quis evidenciar no seu discurso que quantoà breve descrição feita pelo engenheiro José Silva Matos do seuperfil: “Os amigos esquecem os defeitos e a fotografia saibeneficiada”. Quanto a Guedes Coelho admite ter ficado muitosurpreendido com esta homenagem, e que aceitou-a noespírito de serviço. Referiu ainda o seu papel activo no Institutode Construção, uma iniciativa da Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto (FEUP).Outro dos pontos altos do evento foi a recepção aos novoselementos e a distinção dos membros com mais de 25 e 50anos de inscrição na OERN com os alfinetes de bronze, prata eouro respectivamente. Entre os membros que receberam o alfinete de prataencontravam-se os engenheiros Braga da Cruz e Raimundo

Delgado, ambos presentes na mesa de honra. Uma dasmaiores ovações desta cerimónia foi dirigida ao professorJoaquim Sarmento, o qual recebeu o alfinete de ouro. O bastonário da OE encerrou a cerimónia, reforçando um doslemas por que rege o seu mandato: a coesão dos engenheiroscomo classe profissional, “antes da região a que pertencemos,somos engenheiros”. “A engenharia está a ser desvalorizada e os engenheiros nãotêm o valor que tinham há 30 ou 40 anos atrás”, por isso umadas maiores preocupações da OE é “definir posições numasociedade diferente e por isso o bastonário tem de ser hoje opresidente de uma associação e tem de promover a engenhariacomo um produto”.Fernando Santo focou ainda a urgência em “acabar-se com ofacilitismo” no ensino superior, pois é a partir daqui que se devevalorizar a engenharia. O I Dia Regional Norte do Engenheiro terminou com umalmoço na Quinta Dom Sapo, em Cardielos, em Viana doCastelo, onde estiveram presentes cerca de quatro centenas depessoas.

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O EngenheiroElectrotécnico e o exercício da profissão

O Conselho Regional do Norte doColégio de Engenharia Electrotécnicaorganizou um debate subordinado aotema "O Engenheiro Electrotécnico e oExercício da Profissão" que se realizouno dia 7 de Abril de 2005, às 18h, noAuditório da Sede da Região Norte daOrdem dos Engenheiros.A abertura do debate foi efectuada pelaengenheira Zita A. Vale (vogal do Colégioe professora coordenadora do InstitutoSuperior de Engenharia do Porto) e peloengenheiro Laxmiprasad Varajidás (vogaldo Colégio e consultor Sénior da ALL2ITInfocomunicações, S.A.). A moderação do debate esteve a cargodo engenheiro J. Neves dos Santos(Professor universitário da Faculdade deEngenharia da Universidade do Porto), oqual começou por fazer uma breveintrodução ao tema, salientando a

importância da Engenharia Electrotécnicano início do século XXI e a respectivaconjuntura de transição e de incerteza.Seguiu-se a intervenção da engenheiraM.ª José Ribeiro (Instituto ElectrotécnicoPortuguês), a qual se centrou nasactividades do IEP como entidaderegional inspectora de instalaçõeseléctricas.Seguidamente, o engenheiro M. PedrosaBarros (ANACOM – Autoridade Nacionalde Comunicações) focalizou a suaapresentação no regime ITED (Infra-estruturas de Telecomunicações emEdifícios), nomeadamente no respectivomanual e procedimentos associados.A estas duas intervenções seguiu-se umanimado período de debate, em queforam colocadas questões aos oradores eexpressos diversos pontos de vista decolegas da assistência. Neste debate, éde realçar a questão do grau dequalificação exigível pararesponsabilidade pelo projecto ITED e aidentificação da qualificação escolar edefinição dos limiares da qualificação

mínima para ser admitido para assinar eassumir-se como projectista ITED.Após este período de debate, teve lugar aintervenção do engenheiro L. Vilela Pinto(Direcção Regional do Norte doMinistério da Economia), o qual fez oenquadramento estratégico do exercícioda profissão e lançou diversos desafios àassistência e à própria Ordem dosEngenheiros.Seguiu-se a intervenção do engenheiroVilas Boas (PT Comunicações – PortugalTelecom), na qual foram apresentadas asquestões mais prementes dos projectosde telecomunicações e diversas questõesespecíficas relativas ao grau de materiaisutilizados na implementação do projectoITED. De realçar para a definição clara eobjectiva dos parâmetros dos diferentestipos de materiais utilizados.Finalmente, o engenheiro José ManuelFreitas (Câmara Municipal deMatosinhos) apresentou a perspectiva deum técnico que trabalha na área doProjecto de Instalações Eléctricas.Encerradas as intervenções dos oradoresconvidados, iniciou-se o período dedebate final. Neste debate foramlevantadas questões adicionais eapontados diversos desafios que seapresentam ao EngenheiroElectrotécnico no exercício da profissão.Apesar do tema em debate não se ter deforma alguma esgotado, entendeu-seque a sessão já ia longa, tendo a mesmasido encerrada um pouco depois das21h.Em conclusão, ficou a certeza daimportância do tema e da vontade derealizar novos debates deste tipo numfuturo próximo.A introdução ao tema do engenheiro J.Neves dos Santos passa então a sertranscrita:“A Engenharia Electrotécnica Portuguesano Início do Séc. XXI: Entre a Transição ea IncertezaO caminho percorrido pela Engenharia

infoPágina 20 VIDA ASSOCIATIVA

Sistemas deInformação Geográfica

O Colégio de Engenharia Geográficalevou a cabo duas sessões abertas aopúblico na sede da Ordem dosEngenheiros – Região Norte sobre osSistemas de Informação Geográfica. No dia 16 de Março realizou-se a palestra"Os Sistemas de Informação Geográficana gestão dos sistemas multimodais detransporte", e teve como orador oengenheiro Rui Sequeira, da empresaSIG2000, uma empresa de consultoria eprestação de serviços nomeadamente noâmbito de Sistemas de InformaçãoGeográfica Municipais. Porém, a carteira de clientes daempresa expande-se a outras áreas,como a Direcção-Regional deAgricultura de Entre-Douro e Minho, aqual vai passar a gerir o patrimóniovitivinícola da região demarcada dosvinhos verdes com recurso aos Sistemas de Informação Geográfica(SIG) da SIG2000.

É ainda de destacar que esta empresatecnológica, e mais quatro portuguesase uma multinacional, apresentaram emAbril um consórcio informal, oNeuronal Network 2005, que tem comoobjectivo aproveitar as sinergias parapotenciar o negócio na área dastecnologias da informação.A palestra "Os Sistemas de InformaçãoGeográfica e GPS na gestão desituações críticas”, realizada a 20 dessemês, contou com a participação deHugo Dias da empresa PH-Informática.Apostando no mercado daadministração pública local,contabilizando actualmente com 80autarquias clientes, a empresadesenvolve Soluções SIG específicas deBack Office (GISMAT). GeoDouro e GeoInem são dois exemplosde sistemas desenvolvidos pela PH-Informática. O primeiro, instalado noInstituto Portuário de TransportesMarítimos - Delegação do Douro, nasceuda necessidade de reforçar a fiscalizaçãodas actividades fluviais no Douro e daactividade de extracção de inertes.

Devido ao sucesso deste sistema aempresa está a criar o GeoTejo. Para oInstituto Nacional de Emergência Médica(INEM) de forma a prestar um auxíliorápido e eficaz foi criado o GeoInem,estando em desenvolvimento outrocomponente mas de localização atravésde telemóveis.

Assembleia RegionalOrdinária da RegiãoNorte

No passado dia 17 de Março, a Ordemdos Engenheiros Região Norte (OERN)realizou uma Assembleia RegionalOrdinária, na sede da OERN no Porto. A sessão teve início às 21h30, tendo aduração de uma hora e meia, e contoucom 23 membros presentes. Foram aprovados, por unanimidade, osdois pontos que constavam da Ordemde Trabalhos: apreciar e votar oRelatório e Contas do Conselho Directivoe o parecer do Conselho Fiscal relativosao exercício de 2004 (alínea b, ponto 2,do art.º 30 do Estatuto); e apreciar edeliberar sobre o Plano de Actividadespara o ano de 2005 e o orçamento anualproposto pelo Conselho Directivo para2005 (alínea c, ponto 2, do art.º 30º doEstatuto).

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O EngenheiroElectrotécnico e o exercício da profissão

O Conselho Regional do Norte doColégio de Engenharia Electrotécnicaorganizou um debate subordinado aotema "O Engenheiro Electrotécnico e oExercício da Profissão" que se realizouno dia 7 de Abril de 2005, às 18h, noAuditório da Sede da Região Norte daOrdem dos Engenheiros.A abertura do debate foi efectuada pelaengenheira Zita A. Vale (vogal do Colégioe professora coordenadora do InstitutoSuperior de Engenharia do Porto) e peloengenheiro Laxmiprasad Varajidás (vogaldo Colégio e consultor Sénior da ALL2ITInfocomunicações, S.A.). A moderação do debate esteve a cargodo engenheiro J. Neves dos Santos(Professor universitário da Faculdade deEngenharia da Universidade do Porto), oqual começou por fazer uma breveintrodução ao tema, salientando a

importância da Engenharia Electrotécnicano início do século XXI e a respectivaconjuntura de transição e de incerteza.Seguiu-se a intervenção da engenheiraM.ª José Ribeiro (Instituto ElectrotécnicoPortuguês), a qual se centrou nasactividades do IEP como entidaderegional inspectora de instalaçõeseléctricas.Seguidamente, o engenheiro M. PedrosaBarros (ANACOM – Autoridade Nacionalde Comunicações) focalizou a suaapresentação no regime ITED (Infra-estruturas de Telecomunicações emEdifícios), nomeadamente no respectivomanual e procedimentos associados.A estas duas intervenções seguiu-se umanimado período de debate, em queforam colocadas questões aos oradores eexpressos diversos pontos de vista decolegas da assistência. Neste debate, éde realçar a questão do grau dequalificação exigível pararesponsabilidade pelo projecto ITED e aidentificação da qualificação escolar edefinição dos limiares da qualificação

mínima para ser admitido para assinar eassumir-se como projectista ITED.Após este período de debate, teve lugar aintervenção do engenheiro L. Vilela Pinto(Direcção Regional do Norte doMinistério da Economia), o qual fez oenquadramento estratégico do exercícioda profissão e lançou diversos desafios àassistência e à própria Ordem dosEngenheiros.Seguiu-se a intervenção do engenheiroVilas Boas (PT Comunicações – PortugalTelecom), na qual foram apresentadas asquestões mais prementes dos projectosde telecomunicações e diversas questõesespecíficas relativas ao grau de materiaisutilizados na implementação do projectoITED. De realçar para a definição clara eobjectiva dos parâmetros dos diferentestipos de materiais utilizados.Finalmente, o engenheiro José ManuelFreitas (Câmara Municipal deMatosinhos) apresentou a perspectiva deum técnico que trabalha na área doProjecto de Instalações Eléctricas.Encerradas as intervenções dos oradoresconvidados, iniciou-se o período dedebate final. Neste debate foramlevantadas questões adicionais eapontados diversos desafios que seapresentam ao EngenheiroElectrotécnico no exercício da profissão.Apesar do tema em debate não se ter deforma alguma esgotado, entendeu-seque a sessão já ia longa, tendo a mesmasido encerrada um pouco depois das21h.Em conclusão, ficou a certeza daimportância do tema e da vontade derealizar novos debates deste tipo numfuturo próximo.A introdução ao tema do engenheiro J.Neves dos Santos passa então a sertranscrita:“A Engenharia Electrotécnica Portuguesano Início do Séc. XXI: Entre a Transição ea IncertezaO caminho percorrido pela Engenharia

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Sistemas deInformação Geográfica

O Colégio de Engenharia Geográficalevou a cabo duas sessões abertas aopúblico na sede da Ordem dosEngenheiros – Região Norte sobre osSistemas de Informação Geográfica. No dia 16 de Março realizou-se a palestra"Os Sistemas de Informação Geográficana gestão dos sistemas multimodais detransporte", e teve como orador oengenheiro Rui Sequeira, da empresaSIG2000, uma empresa de consultoria eprestação de serviços nomeadamente noâmbito de Sistemas de InformaçãoGeográfica Municipais. Porém, a carteira de clientes daempresa expande-se a outras áreas,como a Direcção-Regional deAgricultura de Entre-Douro e Minho, aqual vai passar a gerir o patrimóniovitivinícola da região demarcada dosvinhos verdes com recurso aos Sistemas de Informação Geográfica(SIG) da SIG2000.

É ainda de destacar que esta empresatecnológica, e mais quatro portuguesase uma multinacional, apresentaram emAbril um consórcio informal, oNeuronal Network 2005, que tem comoobjectivo aproveitar as sinergias parapotenciar o negócio na área dastecnologias da informação.A palestra "Os Sistemas de InformaçãoGeográfica e GPS na gestão desituações críticas”, realizada a 20 dessemês, contou com a participação deHugo Dias da empresa PH-Informática.Apostando no mercado daadministração pública local,contabilizando actualmente com 80autarquias clientes, a empresadesenvolve Soluções SIG específicas deBack Office (GISMAT). GeoDouro e GeoInem são dois exemplosde sistemas desenvolvidos pela PH-Informática. O primeiro, instalado noInstituto Portuário de TransportesMarítimos - Delegação do Douro, nasceuda necessidade de reforçar a fiscalizaçãodas actividades fluviais no Douro e daactividade de extracção de inertes.

Devido ao sucesso deste sistema aempresa está a criar o GeoTejo. Para oInstituto Nacional de Emergência Médica(INEM) de forma a prestar um auxíliorápido e eficaz foi criado o GeoInem,estando em desenvolvimento outrocomponente mas de localização atravésde telemóveis.

Assembleia RegionalOrdinária da RegiãoNorte

No passado dia 17 de Março, a Ordemdos Engenheiros Região Norte (OERN)realizou uma Assembleia RegionalOrdinária, na sede da OERN no Porto. A sessão teve início às 21h30, tendo aduração de uma hora e meia, e contoucom 23 membros presentes. Foram aprovados, por unanimidade, osdois pontos que constavam da Ordemde Trabalhos: apreciar e votar oRelatório e Contas do Conselho Directivoe o parecer do Conselho Fiscal relativosao exercício de 2004 (alínea b, ponto 2,do art.º 30 do Estatuto); e apreciar edeliberar sobre o Plano de Actividadespara o ano de 2005 e o orçamento anualproposto pelo Conselho Directivo para2005 (alínea c, ponto 2, do art.º 30º doEstatuto).

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Delegação de Braga – Balanço de um Ano de Actividades

Agora que está passado o primeiro anoda actual direcção da Ordem dosEngenheiros – Delegação de Braga,importa fazer o balanço de actividadesrealizadas naquele que consideramos sero melhor veículo para comunicação atodos os membros da Região Norte, aINFO.Como delegado distrital gostaria tambémde aproveitar a ocasião para deixar umamensagem de agradecimento e defelicitação à actual direcção da RegiãoNorte. Nunca a Delegação de Braga tevetanto apoio e viveu de perto todos osproblemas e actividades da região, comoneste primeiro ano de direcção. Parabéns ao excelente trabalho que estáser desenvolvido pelo Eng. GerardoSaraiva e toda a sua equipa.Por último um registo especial dealguns encontros que foramacontecendo ao longo deste primeiroano de mandato com o Sr. Bastonário,Eng. Fernando Santo, o suficiente paraenaltecer e elogiar a sua postura emquerer colaborar e aproximar-se àsdelegações distritais. Pela primeira vezsenti, ao fim de muitos e muitos anosde trabalho dentro da Ordem dosEngenheiros, o verdadeiro sentido evontade de colaboração com Braga,em diferentes actividades,evidenciando a necessidade deprojectar ainda mais a ENGENHARIAportuguesa e dar mais visibilidade daOrdem na nossa comunidade civil eaos nossos colegas Engenheiros doDistrito de Braga.Parabéns e obrigado Sr. Bastonário.

Balanço de Trabalhos/Actividades de maior relevo, realizadas de Abril de 2004 a Abril de 2005:

Abril de 2004• Jantar de posse da Direcção daRegião Norte com a presença detodas as delegações distritais• Reuniões de Direcção – Atribuiçãode pelouros pelos Delegados-Adjuntos.• Organização e participação dodelegado distrital, Eng. PauloRodrigues, nos cursos de Ética eDeontologia com a presença doPresidente do CDRN, Eng. GerardoSaraiva.

Maio de 2004• Apresentação do programa deactividades para o triénio 2004-2007• Apresentação à Região Norte de umprojecto de formação financiada noâmbito do POEFDS e organizado pelaDelegação de Braga, num total de450.000 euros financiados a fundoperdido. Os cursos que foramseleccionados abrangem áreas comoas de Direito, Gestão eAdministração, DesenvolvimentoPessoal, Segurança e Higiene noTrabalho, Formação de Professores eFormadores, Informática, Línguas,Contabilidade e Fiscalidade e porúltimo a área de Enquadramento naOrganização/Empresa.• Reuniões de Direcção.• Convite ao Cenatex para serresponsável da componentepedagógica dos cursos a seremorganizados no âmbito do POEFDS.

Junho de 2004• Elaboração de um programa degestão da tesouraria da Delegação deBraga.• Elaboração de um documentointerno da Delegação Distrital deBraga sobre as regras de utilização doEdifício-Sede.• Reuniões de Direcção.• Reuniões com o Cenatex.

• Organização de um curso de AVAC(Ventilação Industrial).• Organização de uma acção conjuntada Delegação de Braga com a RegiãoNorte de esclarecimento sobre aregulamentação que afecta aprofissão dos engenheiros, a exemplodo que se vai fazer sobre a revisão doDL 73/73–Novo regulamento dealvarás.

Julho de 2004• Reuniões com o Cenatex.• Reuniões de Direcção.• Apresentação da versão final doprocesso de candidatura à FormaçãoFinanciada no âmbito do POEFDS eaceite pelo Presidente do CDRN.• Apresentação de um documento àRegião Norte com a codificação detodo o inventário existente na sede daDelegação de Braga.

Agosto de 2004Suspensão de todas as actividades da Ordem.

Setembro de 2004• Entrega de todo o processo deFormação Financiada no gabinete dogestor do programa POEFDS, noPorto.• Reuniões de Direcção.

Outubro de 2004• Reuniões de Direcção.• Participação da Delegação de Bragana reunião do CDRN realizada naRégua.• Realização de uma Tertúlia,subordinada ao tema “MarketingImobiliário – Como vender em tempode crise”, proferida pelo Eng. Varanda.

Novembro de 2004• Realização conjunta da Delegaçãode Braga da Ordem dos Engenheiros,Região Norte e a Associação

infoPágina 22 VIDA ASSOCIATIVA

Electrotécnica nacional, desde finais doséculo passado, tem sido marcado poruma conjuntura de transição e deincerteza que, a meu ver, se manterá nostempos mais próximos.No breve texto que se segue, tentarei,ainda que de forma resumida, elencar osvários aspectos que contribuem paraaquele cenário.Primeiro Aspecto: A realização,passada e presente, de obras degrande vulto, como os estádios doEuro 2004 ou a Casa da Música, ouainda o Metro do Porto, todos elascom elevada incorporação detecnologia de ponta e de saberes daárea electrotécnica, foram um desafioque exigiu da EngenhariaElectrotécnica nacional, um saltoqualitativo que deve ser realçado.Mas, o futuro, com obras como oprometido novo Aeroporto de Lisboa,ou as grandes Centrais de EnergiaSolar (Alentejo e Fátima, entreoutras), promete novos e aliciantesdesafios para a nossa engenharia.Segundo aspecto: A liberalizaçãorecente do sector eléctrico nacional ea prevista abertura do MIBEL(Mercado Ibérico de Electricidade)para Julho de 2005, emborarelativamente a esta última realidadese preveja que, por força da ausênciade mecanismos regulatórios elegislação adequada, quer emEspanha quer em Portugal, não sejapossível, mais uma vez, cumprir ocalendário negociado entre os doispaíses.Terceiro aspecto: A necessidade decumprir o estipulado pelo Protocolo deKioto, até 2010, vai exigir, nos anosmais próximos, uma grande aposta nasenergias renováveis, nomeadamente naeólica. No entanto devido à naturezaintermitente desta fonte energética, sãonecessários, também, investimentosnoutras formas de energia;

nomeadamente, é previsível um reforçodos investimentos em centrais a gás.Por outro lado, a (im)previsívelsituação climática futura, com váriosanos de seca, temperados, de tempos atempos, por anos muito húmidos,exige opções estratégicas, inadiáveis,para conciliar as necessidades deconsumos nacionais de água (7 km3em 2004) com a produção de energiaeléctrica. Exemplo disto é a continuadaindecisão sobre o investimento noBaixo Sabor.Quarto Aspecto: A Declaração deBolonha, e o sistema de graus doensino superior (3+2 ou 4+1), exigiram,e estão a exigir, a revisão de planos deestudos dos cursos de EngenhariaElectrotécnica, com a consequentealteração, a curto/médio prazo, dascompetências dos licenciados.Quinto Aspecto: A torrente de legislaçãorecentemente saída, ou que se prevêvenha a sair brevemente, mas sem sesaber quando, cria um cenário que é,simultaneamente, de transição e deincerteza, com o qual os engenheiroselectrotécnicos têm de se confrontar noexercício quotidiano da sua actividade.Alguns exemplos: Regulamentação doMIBEL, esperada! ITED, em vigor desdeJaneiro de 2005; Novas Regras Técnicas,à espera de aprovação, mas já fazendojurisprudência.Não me alongo mais. De todos osaspectos referidos, apenas o último,será hoje aqui abordado, pelos ilustresespecialistas desta mesa, aos quaisagradeço, em nome da Ordem dosEngenheiros, o terem aceite o convitepara participar neste debate.Quanto aos outros aspectos, fica odesafio para que o Colégio deEspecialidade de Electrotecnia daOrdem dos Engenheiros, possa, numfuturo próximo, tomar idênticainiciativa a esta que, em boa hora,empreendeu”.

O engenheiro civil na construção

A Ordem dos Engenheiros – RegiãoNorte (OERN) promoveu umaconferência, no dia 13 de Abril, naUniversidade do Minho, pólo deGuimarães, destinada aos estudantes eaos docentes com interesse no sector daconstrução e do imobiliário. Contando com a presença do bastonárioda Ordem dos Engenheiros, FernandoSanto, do presidente do IMOPPI, Poncede Leão, do delegado distrital de Bragada OE, Paulo Rodrigues, e doisrepresentantes do Departamento deEngenharia Civil, Paulo Lourenço eManuela Almeida, foram focados osseguintes temas: a evolução do mercadopara o engenheiro civil, as suasoportunidades e constrangimentos, opanorama actual das empresas dosector e a questão dos alvarás face àprofissão. O encontro ainda fomentou odebate de outras ideias com umaentusiasta plateia.A visita do bastonário à Universidade doMinho integra o ciclo de conferências deEngenharia pelas Escolas de Engenhariado país que iniciou a 3 de Março naUniversidade da Beira Interior, naCovilhã.

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Delegação de Braga – Balanço de um Ano de Actividades

Agora que está passado o primeiro anoda actual direcção da Ordem dosEngenheiros – Delegação de Braga,importa fazer o balanço de actividadesrealizadas naquele que consideramos sero melhor veículo para comunicação atodos os membros da Região Norte, aINFO.Como delegado distrital gostaria tambémde aproveitar a ocasião para deixar umamensagem de agradecimento e defelicitação à actual direcção da RegiãoNorte. Nunca a Delegação de Braga tevetanto apoio e viveu de perto todos osproblemas e actividades da região, comoneste primeiro ano de direcção. Parabéns ao excelente trabalho que estáser desenvolvido pelo Eng. GerardoSaraiva e toda a sua equipa.Por último um registo especial dealguns encontros que foramacontecendo ao longo deste primeiroano de mandato com o Sr. Bastonário,Eng. Fernando Santo, o suficiente paraenaltecer e elogiar a sua postura emquerer colaborar e aproximar-se àsdelegações distritais. Pela primeira vezsenti, ao fim de muitos e muitos anosde trabalho dentro da Ordem dosEngenheiros, o verdadeiro sentido evontade de colaboração com Braga,em diferentes actividades,evidenciando a necessidade deprojectar ainda mais a ENGENHARIAportuguesa e dar mais visibilidade daOrdem na nossa comunidade civil eaos nossos colegas Engenheiros doDistrito de Braga.Parabéns e obrigado Sr. Bastonário.

Balanço de Trabalhos/Actividades de maior relevo, realizadas de Abril de 2004 a Abril de 2005:

Abril de 2004• Jantar de posse da Direcção daRegião Norte com a presença detodas as delegações distritais• Reuniões de Direcção – Atribuiçãode pelouros pelos Delegados-Adjuntos.• Organização e participação dodelegado distrital, Eng. PauloRodrigues, nos cursos de Ética eDeontologia com a presença doPresidente do CDRN, Eng. GerardoSaraiva.

Maio de 2004• Apresentação do programa deactividades para o triénio 2004-2007• Apresentação à Região Norte de umprojecto de formação financiada noâmbito do POEFDS e organizado pelaDelegação de Braga, num total de450.000 euros financiados a fundoperdido. Os cursos que foramseleccionados abrangem áreas comoas de Direito, Gestão eAdministração, DesenvolvimentoPessoal, Segurança e Higiene noTrabalho, Formação de Professores eFormadores, Informática, Línguas,Contabilidade e Fiscalidade e porúltimo a área de Enquadramento naOrganização/Empresa.• Reuniões de Direcção.• Convite ao Cenatex para serresponsável da componentepedagógica dos cursos a seremorganizados no âmbito do POEFDS.

Junho de 2004• Elaboração de um programa degestão da tesouraria da Delegação deBraga.• Elaboração de um documentointerno da Delegação Distrital deBraga sobre as regras de utilização doEdifício-Sede.• Reuniões de Direcção.• Reuniões com o Cenatex.

• Organização de um curso de AVAC(Ventilação Industrial).• Organização de uma acção conjuntada Delegação de Braga com a RegiãoNorte de esclarecimento sobre aregulamentação que afecta aprofissão dos engenheiros, a exemplodo que se vai fazer sobre a revisão doDL 73/73–Novo regulamento dealvarás.

Julho de 2004• Reuniões com o Cenatex.• Reuniões de Direcção.• Apresentação da versão final doprocesso de candidatura à FormaçãoFinanciada no âmbito do POEFDS eaceite pelo Presidente do CDRN.• Apresentação de um documento àRegião Norte com a codificação detodo o inventário existente na sede daDelegação de Braga.

Agosto de 2004Suspensão de todas as actividades da Ordem.

Setembro de 2004• Entrega de todo o processo deFormação Financiada no gabinete dogestor do programa POEFDS, noPorto.• Reuniões de Direcção.

Outubro de 2004• Reuniões de Direcção.• Participação da Delegação de Bragana reunião do CDRN realizada naRégua.• Realização de uma Tertúlia,subordinada ao tema “MarketingImobiliário – Como vender em tempode crise”, proferida pelo Eng. Varanda.

Novembro de 2004• Realização conjunta da Delegaçãode Braga da Ordem dos Engenheiros,Região Norte e a Associação

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Electrotécnica nacional, desde finais doséculo passado, tem sido marcado poruma conjuntura de transição e deincerteza que, a meu ver, se manterá nostempos mais próximos.No breve texto que se segue, tentarei,ainda que de forma resumida, elencar osvários aspectos que contribuem paraaquele cenário.Primeiro Aspecto: A realização,passada e presente, de obras degrande vulto, como os estádios doEuro 2004 ou a Casa da Música, ouainda o Metro do Porto, todos elascom elevada incorporação detecnologia de ponta e de saberes daárea electrotécnica, foram um desafioque exigiu da EngenhariaElectrotécnica nacional, um saltoqualitativo que deve ser realçado.Mas, o futuro, com obras como oprometido novo Aeroporto de Lisboa,ou as grandes Centrais de EnergiaSolar (Alentejo e Fátima, entreoutras), promete novos e aliciantesdesafios para a nossa engenharia.Segundo aspecto: A liberalizaçãorecente do sector eléctrico nacional ea prevista abertura do MIBEL(Mercado Ibérico de Electricidade)para Julho de 2005, emborarelativamente a esta última realidadese preveja que, por força da ausênciade mecanismos regulatórios elegislação adequada, quer emEspanha quer em Portugal, não sejapossível, mais uma vez, cumprir ocalendário negociado entre os doispaíses.Terceiro aspecto: A necessidade decumprir o estipulado pelo Protocolo deKioto, até 2010, vai exigir, nos anosmais próximos, uma grande aposta nasenergias renováveis, nomeadamente naeólica. No entanto devido à naturezaintermitente desta fonte energética, sãonecessários, também, investimentosnoutras formas de energia;

nomeadamente, é previsível um reforçodos investimentos em centrais a gás.Por outro lado, a (im)previsívelsituação climática futura, com váriosanos de seca, temperados, de tempos atempos, por anos muito húmidos,exige opções estratégicas, inadiáveis,para conciliar as necessidades deconsumos nacionais de água (7 km3em 2004) com a produção de energiaeléctrica. Exemplo disto é a continuadaindecisão sobre o investimento noBaixo Sabor.Quarto Aspecto: A Declaração deBolonha, e o sistema de graus doensino superior (3+2 ou 4+1), exigiram,e estão a exigir, a revisão de planos deestudos dos cursos de EngenhariaElectrotécnica, com a consequentealteração, a curto/médio prazo, dascompetências dos licenciados.Quinto Aspecto: A torrente de legislaçãorecentemente saída, ou que se prevêvenha a sair brevemente, mas sem sesaber quando, cria um cenário que é,simultaneamente, de transição e deincerteza, com o qual os engenheiroselectrotécnicos têm de se confrontar noexercício quotidiano da sua actividade.Alguns exemplos: Regulamentação doMIBEL, esperada! ITED, em vigor desdeJaneiro de 2005; Novas Regras Técnicas,à espera de aprovação, mas já fazendojurisprudência.Não me alongo mais. De todos osaspectos referidos, apenas o último,será hoje aqui abordado, pelos ilustresespecialistas desta mesa, aos quaisagradeço, em nome da Ordem dosEngenheiros, o terem aceite o convitepara participar neste debate.Quanto aos outros aspectos, fica odesafio para que o Colégio deEspecialidade de Electrotecnia daOrdem dos Engenheiros, possa, numfuturo próximo, tomar idênticainiciativa a esta que, em boa hora,empreendeu”.

O engenheiro civil na construção

A Ordem dos Engenheiros – RegiãoNorte (OERN) promoveu umaconferência, no dia 13 de Abril, naUniversidade do Minho, pólo deGuimarães, destinada aos estudantes eaos docentes com interesse no sector daconstrução e do imobiliário. Contando com a presença do bastonárioda Ordem dos Engenheiros, FernandoSanto, do presidente do IMOPPI, Poncede Leão, do delegado distrital de Bragada OE, Paulo Rodrigues, e doisrepresentantes do Departamento deEngenharia Civil, Paulo Lourenço eManuela Almeida, foram focados osseguintes temas: a evolução do mercadopara o engenheiro civil, as suasoportunidades e constrangimentos, opanorama actual das empresas dosector e a questão dos alvarás face àprofissão. O encontro ainda fomentou odebate de outras ideias com umaentusiasta plateia.A visita do bastonário à Universidade doMinho integra o ciclo de conferências deEngenharia pelas Escolas de Engenhariado país que iniciou a 3 de Março naUniversidade da Beira Interior, naCovilhã.

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Conferência/Debate“Oportunidades,Constrangimentos e Responsabilidadesdos Futuros e JovensEngenheiros”

A Ordem dos Engenheiros - RegiãoNorte (OERN), com o apoio da Direcçãoda FEUP, promoveu a 11 de Maio, naFEUP, uma conferência/debate sobre osconstrangimentos e responsabilidadesassociadas ao início de carreira naEngenharia. Mais um evento que integrao ciclo de conferências pelas escolas deEngenharia do país que o bastonário daOE, Fernando Santo, está a levar a cabo. O presidente do Conselho Directo daOERN, Gerardo Saraiva de Menezes,iniciou o encontro com a apresentaçãoda OE, sua organização, funções eobjectivos. “Uma das maiores traves-

mestras é a defesa do interesse público ea articulação entre esta e a defesa doengenheiro. Esta é a nossa diferença parao sindicato”, esclareceu Gerardo Saraiva.A apresentação do IMOPPI coube aoseu presidente, Ponce de Leão, o qualforneceu alguns números relativos aoactual panorama do sector emPortugal, como, por exemplo, os 350mediadores e as 8000 empresas degestão de condomínio. “Segundo osdados do INE existem 62 milempresas do sector registadas, noIMOPPI há cerca de 45 mil”, relatou opresidente.O decreto-lei de 2004 foi também umdos pontos focados por Ponce de Leão,até porque trouxe ao sector deconstrução uma nova realidade:“ naclasse 9 em 2000 existiam 103 títulos deregisto e em 2005 diminuíram para 87”,segundo dados fornecidos na sessãopelo IMOPPI.A questão dos alvarás esteve na ordemdo discurso de Ponce de Leão.

O bastonário da OE demonstrou noinício da sua intervenção entusiasmo empoder participar neste encontro realizadona primeira escola de Engenharia dopaís. A evolução do mercado de trabalho naEngenharia foi o tema da suaapresentação, começando por apontarque se em 1954 existiam 15 cursos, nocorrente ano há 310 licenciaturas.Para demonstrar o peso do sector daconstrução em Portugal, FernandoSanto revelou alguns dados referentesa 2004: “O investimento naconstrução representou 23.800milhões de euros, empregou 10,7 porcento da população activa, cerca de41,6 por cento dos concursoslançados foram da responsabilidadedas autarquias e foram adjudicadosmais de 3200 concursos”.Na segunda parte da conferência osintervenientes estiveram à disposiçãopara responder às questões colocadaspela audiência.

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Industrial do Minho, de uma Tertúliasubordinada ao tema “O Diploma12/2004 – Alvarás – ImplicaçõesProfissionais para os Engenheiros”. O orador convidado foi o Eng.Hipólito Ponce Leão.• Reuniões de Direcção.• Visita ao “Puerto Marítimo deFerrol”. A visita foi guiada pelosnossos colegas espanhóis daespecialidade de Puertos, Camiños eCanales. A iniciativa foi da RegiãoNorte mas Braga teve a maiorparticipação com, praticamente, atotalidade dos presentes.

Dezembro de 2004• Aprovação da nossa candidatura àFormação Financiada no âmbito doprograma POEFDS.• Reuniões de Direcção.• Participação do delegado distrital deBraga, Eng. Paulo Rodrigues, nojantar de Natal oferecido pela RegiãoNorte em Braga aos nossos colegasespanhóis da especialidade dePuertos, Camiños e Canales.

Janeiro de 2005• Participação da Delegação de Braganuma palestra do Lions de Braga. O orador foi o Dr. António Marques,Presidente da Associação Industrialdo Minho.• Reuniões de Direcção.• Convite do Presidente do CDRN,Eng. Gerardo Saraiva, ao delegadodistrital de Braga, Eng. PauloRodrigues, para fazer parte da equipade acompanhamento e “fiscalização”da formação financiada do POEFDS edirigida pelo Prof. Machado e Moura.Da equipa também fazem parte oEng. Paulo Vargas e o Eng. JorgeBasílio.

Fevereiro de 2005• Participação do delegado distrital de

Braga, Eng. Paulo Rodrigues, e do Sr.Bastonário, Eng. Fernando Santo, noDoutoramento Honoris Causa do Dr.Joaquim Chissano.• Participação do delegado distrital deBraga, Eng. Paulo Rodrigues, e do Sr.Bastonário, Eng. Fernando Santo, noDia da Universidade do Minho.• Reuniões de Direcção.• Substituição da assessora.Administrativa da Delegação de Braga,Dra. Maria José, pela Dra. Alexandra.

Março de 2005• Participação da Ordem doEngenheiros na pessoa do delegado,Eng. Paulo Rodrigues, e juntamentecom os delegados das Ordens dosMédicos e Advogados, no “ForumEmprego 2005 – 3as Jornadas deEmprego Norte de Portugal – Galiza” • Reuniões de Direcção.• Participação do delegado-adjunto,Eng. Ricardo Reis, na Procissão doEnterro do Senhor, a convite doCabido Metropolitano e PrimacialBracarense.• Participação do Delegado Distritalde Braga, Eng. Paulo Rodrigues, naAssembleia Regional Ordinária,Presidida pelo Eng. Braga da Cruz.

Abril de 2005 • Organização conjunta da Delegaçãode Braga e da Região Norte de umaconferência na Universidade do Minho,com a participação do Presidente doIMOPPI, Eng. Hipólito Ponce Leão, edo Sr. Bastonário, Eng. FernandoSanto. Esta iniciativa teve grandesucesso junto dos finalistas do cursode Engenharia Civil e contou comcerca de 100 participantes. Do lado daUniversidade do Minho estevepresente a Eng. Manuela Oliveira e daDelegação de Braga o delegado emoderador da Sessão o Eng. PauloRodrigues.

• Início do curso de “Liderança paraQuadros”, no âmbito da formaçãofinanciada do POEFDS, organizado nanossa sede Distrital de Braga, queencerrou com o maior sucesso paratodos os membros participantes eformador Eng. Jorge Malheiro.• Reuniões de Direcção.

Actividades a desenvolverbrevemente:Inserido no programa de actividadespara o ano de 2005, a Delegação deBraga da Ordem dos Engenheiros vaiorganizar brevemente os seguinteseventos:

Maio de 2005• Organização de uma jornadadesportiva no dia 26 de Maio. Esta iniciativa tem o apoio daempresa de organização de eventosDINAMISMO TOTAL e consta de um programa que de manhã tem umjogo de Futsal na Universidade doMinho entre, os veteranos do FutebolClube do Porto (Aloísio, Domingos,Rui Bastos entre outros) e a Ordemdos Engenheiros Delegação de Braga, seguido de um almoço e deuma prova de karting indoor comtodos aqueles que se quiseremassociar.Todo este programa está disponívelno site da Região Norte.• Organização conjunta, do ColégioRegional de Engenharia do Ambientee da Delegação Distrital de Braga, deuma palestra sobre resíduos sólidos,no dia 25 de Maio.Entre outros oradores teremos onosso sempre amigo de Braga o Eng.António Brito, presidente do ColégioNacional de Engenharia do Ambiente.Mais informação consultar o site daRegião Norte.Paulo Rodrigues, delegado distrital de Braga

da Ordem dos Engenheiros

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Conferência/Debate“Oportunidades,Constrangimentos e Responsabilidadesdos Futuros e JovensEngenheiros”

A Ordem dos Engenheiros - RegiãoNorte (OERN), com o apoio da Direcçãoda FEUP, promoveu a 11 de Maio, naFEUP, uma conferência/debate sobre osconstrangimentos e responsabilidadesassociadas ao início de carreira naEngenharia. Mais um evento que integrao ciclo de conferências pelas escolas deEngenharia do país que o bastonário daOE, Fernando Santo, está a levar a cabo. O presidente do Conselho Directo daOERN, Gerardo Saraiva de Menezes,iniciou o encontro com a apresentaçãoda OE, sua organização, funções eobjectivos. “Uma das maiores traves-

mestras é a defesa do interesse público ea articulação entre esta e a defesa doengenheiro. Esta é a nossa diferença parao sindicato”, esclareceu Gerardo Saraiva.A apresentação do IMOPPI coube aoseu presidente, Ponce de Leão, o qualforneceu alguns números relativos aoactual panorama do sector emPortugal, como, por exemplo, os 350mediadores e as 8000 empresas degestão de condomínio. “Segundo osdados do INE existem 62 milempresas do sector registadas, noIMOPPI há cerca de 45 mil”, relatou opresidente.O decreto-lei de 2004 foi também umdos pontos focados por Ponce de Leão,até porque trouxe ao sector deconstrução uma nova realidade:“ naclasse 9 em 2000 existiam 103 títulos deregisto e em 2005 diminuíram para 87”,segundo dados fornecidos na sessãopelo IMOPPI.A questão dos alvarás esteve na ordemdo discurso de Ponce de Leão.

O bastonário da OE demonstrou noinício da sua intervenção entusiasmo empoder participar neste encontro realizadona primeira escola de Engenharia dopaís. A evolução do mercado de trabalho naEngenharia foi o tema da suaapresentação, começando por apontarque se em 1954 existiam 15 cursos, nocorrente ano há 310 licenciaturas.Para demonstrar o peso do sector daconstrução em Portugal, FernandoSanto revelou alguns dados referentesa 2004: “O investimento naconstrução representou 23.800milhões de euros, empregou 10,7 porcento da população activa, cerca de41,6 por cento dos concursoslançados foram da responsabilidadedas autarquias e foram adjudicadosmais de 3200 concursos”.Na segunda parte da conferência osintervenientes estiveram à disposiçãopara responder às questões colocadaspela audiência.

infoPágina 24 VIDA ASSOCIATIVA

Industrial do Minho, de uma Tertúliasubordinada ao tema “O Diploma12/2004 – Alvarás – ImplicaçõesProfissionais para os Engenheiros”. O orador convidado foi o Eng.Hipólito Ponce Leão.• Reuniões de Direcção.• Visita ao “Puerto Marítimo deFerrol”. A visita foi guiada pelosnossos colegas espanhóis daespecialidade de Puertos, Camiños eCanales. A iniciativa foi da RegiãoNorte mas Braga teve a maiorparticipação com, praticamente, atotalidade dos presentes.

Dezembro de 2004• Aprovação da nossa candidatura àFormação Financiada no âmbito doprograma POEFDS.• Reuniões de Direcção.• Participação do delegado distrital deBraga, Eng. Paulo Rodrigues, nojantar de Natal oferecido pela RegiãoNorte em Braga aos nossos colegasespanhóis da especialidade dePuertos, Camiños e Canales.

Janeiro de 2005• Participação da Delegação de Braganuma palestra do Lions de Braga. O orador foi o Dr. António Marques,Presidente da Associação Industrialdo Minho.• Reuniões de Direcção.• Convite do Presidente do CDRN,Eng. Gerardo Saraiva, ao delegadodistrital de Braga, Eng. PauloRodrigues, para fazer parte da equipade acompanhamento e “fiscalização”da formação financiada do POEFDS edirigida pelo Prof. Machado e Moura.Da equipa também fazem parte oEng. Paulo Vargas e o Eng. JorgeBasílio.

Fevereiro de 2005• Participação do delegado distrital de

Braga, Eng. Paulo Rodrigues, e do Sr.Bastonário, Eng. Fernando Santo, noDoutoramento Honoris Causa do Dr.Joaquim Chissano.• Participação do delegado distrital deBraga, Eng. Paulo Rodrigues, e do Sr.Bastonário, Eng. Fernando Santo, noDia da Universidade do Minho.• Reuniões de Direcção.• Substituição da assessora.Administrativa da Delegação de Braga,Dra. Maria José, pela Dra. Alexandra.

Março de 2005• Participação da Ordem doEngenheiros na pessoa do delegado,Eng. Paulo Rodrigues, e juntamentecom os delegados das Ordens dosMédicos e Advogados, no “ForumEmprego 2005 – 3as Jornadas deEmprego Norte de Portugal – Galiza” • Reuniões de Direcção.• Participação do delegado-adjunto,Eng. Ricardo Reis, na Procissão doEnterro do Senhor, a convite doCabido Metropolitano e PrimacialBracarense.• Participação do Delegado Distritalde Braga, Eng. Paulo Rodrigues, naAssembleia Regional Ordinária,Presidida pelo Eng. Braga da Cruz.

Abril de 2005 • Organização conjunta da Delegaçãode Braga e da Região Norte de umaconferência na Universidade do Minho,com a participação do Presidente doIMOPPI, Eng. Hipólito Ponce Leão, edo Sr. Bastonário, Eng. FernandoSanto. Esta iniciativa teve grandesucesso junto dos finalistas do cursode Engenharia Civil e contou comcerca de 100 participantes. Do lado daUniversidade do Minho estevepresente a Eng. Manuela Oliveira e daDelegação de Braga o delegado emoderador da Sessão o Eng. PauloRodrigues.

• Início do curso de “Liderança paraQuadros”, no âmbito da formaçãofinanciada do POEFDS, organizado nanossa sede Distrital de Braga, queencerrou com o maior sucesso paratodos os membros participantes eformador Eng. Jorge Malheiro.• Reuniões de Direcção.

Actividades a desenvolverbrevemente:Inserido no programa de actividadespara o ano de 2005, a Delegação deBraga da Ordem dos Engenheiros vaiorganizar brevemente os seguinteseventos:

Maio de 2005• Organização de uma jornadadesportiva no dia 26 de Maio. Esta iniciativa tem o apoio daempresa de organização de eventosDINAMISMO TOTAL e consta de um programa que de manhã tem umjogo de Futsal na Universidade doMinho entre, os veteranos do FutebolClube do Porto (Aloísio, Domingos,Rui Bastos entre outros) e a Ordemdos Engenheiros Delegação de Braga, seguido de um almoço e deuma prova de karting indoor comtodos aqueles que se quiseremassociar.Todo este programa está disponívelno site da Região Norte.• Organização conjunta, do ColégioRegional de Engenharia do Ambientee da Delegação Distrital de Braga, deuma palestra sobre resíduos sólidos,no dia 25 de Maio.Entre outros oradores teremos onosso sempre amigo de Braga o Eng.António Brito, presidente do ColégioNacional de Engenharia do Ambiente.Mais informação consultar o site daRegião Norte.Paulo Rodrigues, delegado distrital de Braga

da Ordem dos Engenheiros

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causas respectivas. Nos custos dosacidentes de trabalho, em 2000 e na UEdos quinze, verificou-se que houve cercade 4,7 milhões que motivaram mais detrês dias de falta e que 5237 destesforam fatais. Em termos de diasperdidos houve 153 milhões devido aacidentes e 350 milhões relacionadoscom problemas de saúde. Foram aindadiscutidas as causas dos acidentes emPortugal e o stress como factor de risco.Verificou-se uma diminuição dosacidentes mortais na construção entre2001 e 2004 de 156 para 95. Em relaçãoao stress verifica-se que há necessidadede encarar este factor como causadorde muitos acidentes e que a acção demédicos de trabalho e doutrosespecialistas será muito útil na reduçãoda sinistralidade. Os médicos dotrabalho têm um papel insubstituível nosistema de prevenção da empresahavendo que investir no núcleo defunções inerente à actividade emequipas multidisciplinares deprevenção.

A quarta sessão foi destinada aosequipamentos de trabalho e à SHST. Foianalisada a questão das regras demercado das máquinas e foi sugerida aelaboração de definições claras para aaplicação da directiva comunitária, doreforço das disposições de fiscalização ede conformidade e a implementação deprocedimentos de garantia de qualidadecompleta. A segunda apresentação tevea ver com a avaliação de riscos emetodologias de controlo deequipamentos e, entre váriasrecomendações, destaca-se que é deimportância elevada o empregadorexecutar a verificação e inspecçãoperiódica dos equipamentos por técnicocompetente para esse fim.

A quinta sessão foi preenchida com adescrição de boas práticas na prevenção

de riscos profissionais. Foramapresentados casos das empresasREFER, EDP, AutoEuropa e SURB.Embora estas organizações sejam deáreas de actividade diferentes osexemplos apresentam facetas comuns.Estes aspectos referem-se sobretudo àimportância do planeamento daprevenção, ao investimento nosequipamentos e na formação, naintegração da prevenção e da qualidade,na sensibilização dos trabalhadores, nasauditorias de segurança, na existênciade normas de segurança e na melhoriacontínua da política de segurança.

Realizou-se no início da última tarde docolóquio uma sessão técnica do Dr.Manuel Roxo sobre Gestão eCoordenação da Segurança e quais osdesafios para o futuro. O aspectoprincipal relaciona-se com oenriquecimento do modelo teórico deorganização do trabalho em estaleirosendo necessário definir a organizaçãodo trabalho teórica. Para isso o esforçode transparência organizacional e aformalização de trocas eenriquecimento do saber organizacionalservem para combater as culturas decompetição interna, para aumentar aretenção do saber e para introduzir asabordagens globais e verdadeiramentepluridisciplinares.

A última componente do colóquio foi

composta por uma mesa-redondacomposta pelo Eng. Fernando deAlmeida Santos, Prof. Luís Alves Dias,Prof. Hipólito de Sousa e Eng. JoséEduardo Marçal. A moderação foi feitapelo Eng. Hipólito Ponce de Leão eabordou a questão da formação equalificação dos coordenadores deSegurança na Construção. Foramapresentadas e discutidas váriascaracterísticas sendo de destacar que ascomponentes de formação deverãocontemplar as matérias adstritas àlegislação e regulamentação naconstrução civil e obras públicas, àacção do coordenador em projecto e docoordenador em obra, aos diferentesinstrumentos e à prevenção de riscosprofissionais. Quanto às habilitaçõesacadémicas de ingresso devem poderincorporar diferentes formações de basede acordo com as actividades adesempenhar. A experiência adequadano sector deve ser relevante e sercontabilizada na qualificação para oexercício desta actividade. É de realçar anecessidade de conhecimentos técnicosindispensáveis para poder assumir asresponsabilidades inerentes de modocompetente e responsável.

O encerramento foi feito com apresença do Eng. Ponce de Leão, emrepresentação da Secretaria de Estadodas Obras Públicas, da Dra. ManuelaCalado, do Ponto Focal da AgênciaEuropeia da SST, do Eng. GerardoSaraiva, da Ordem dos Engenheiros, edo Prof. Alfredo Soeiro, da FEUP. Foirealçado o êxito aparente do colóquiocomo resultado do nível elevado dasapresentações, das intervenções e donúmero elevado de assistentes. Foiainda expresso o desejo de repetir ocolóquio no ano seguinte e o interesseelevado que este tipo de eventos tempara a economia e o paradesenvolvimento da sociedade.

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Conclusões do 5º ColóquioInternacional sobre Segurança e Higiene do Trabalho24 e 25 de Fevereiro de 2005, Porto

A 5ª edição do Colóquio Internacionalsobre Segurança e Higiene do Trabalhofoi organizada em cooperaçãoconsignada em protocolo assinado pelaOrdem dos Engenheiros – RegiãoNorte, APSET – Associação Portuguesade Segurança e Higiene o Trabalho e aFEUP – Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto. Na sessão deabertura estiveram presentes osresponsáveis destas instituições,respectivamente, Eng. Gerardo Saraiva,Dr. Luís Cabral e Prof. Carlos Costa. Ocolóquio registou cerca de meio milharde inscritos e decorreu no auditórioprincipal da FEUP. A conferência deabertura pertenceu ao Eng. LopezValcarcel responsável do programaSafework da OIT, Organização Mundialdo Trabalho que abordou os novosdesafios e oportunidades da segurançano trabalho num mundo globalizado.Depois de abordar os factores quedeterminam a globalização daeconomia, em particular quanto àinovação tecnológica e à liberalizaçãodo comércio, falou da harmonizaçãodos sistemas normativos de Segurançae Saúde no Trabalho (SST). Estaharmonização referiu-se à área dotrabalho ou social e à área de segurançado produto e apresentou as convençõesinternacionais mais recentes da OIT.Apresentou também as directrizes daOIT sobre sistemas de gestão de SSTque oferecem orientações para aimplantação ao nível nacional e ao nível

da empresa ou organização. Da novaordem económica e social emerge umconjunto de desafios que os sistemasnormativos de SST devem tercapacidade para enfrentar, para além deter que ser assegurado um enfoquemais relevante aos vínculos existentesentre a SST e a competitividade.A seguir realizou-se um painel, comvárias intervenções, dedicado àformação de profissionais deSegurança, Higiene e Saúde no Trabalho(SHST), enquanto pilar fundamental daprevenção de riscos. Realça-se que aformação dos técnicos de SHST deveestar intimamente ligada à realidadedas empresas. Contudo não deveperder-se de vista que estes técnicosdevem saber definir estratégicas dedesenvolvimento das empresas a curto,médio e longo prazos, devem conhecera envolvente Europeia, devem estudaras tendências futuras apontadas pororganizações como a OIT e a AESST e alegislação comunitária (actual e empreparação). Torna-se fundamental quena formação de base destes técnicos odomínio das condicionantes docontexto de trabalho que constituemfactores de risco de acidentes e dedoenças relacionadas com o trabalho.Deve ser reiterado aos técnicos deSHST que os problemas de saúde comorigem em desequilíbriosorganizacionais e deficientes condiçõesde trabalho fazem parte da área dascompetências exclusivas. No domíniodos referenciais para a SHST naconstrução, há que atender às inúmerasespecificidades do processo construtivopara a definição dos perfis profissionaise de formação. Ao coordenador desegurança na construção estãoatribuídas competências vastas. Estasabrangem a construção, como aelaboração de projectos, direcção eacompanhamento de obras, técnicas eprocessos construtivos, e a SHST, como

a gestão de sistema de protecção desaúde e a aplicação dos princípios etécnicas de prevenção de riscosprofissionais. O sistema de qualificaçãodos coordenadores de segurançaprevisto na legislação em discussãoassenta em dois graus de competência.Estes graus relacionam-se com acomplexidade dos trabalhos a executare com o valor das obras.

A segunda sessão foi dedicada ao temado impacto da legislação nas empresas e nos técnicos de SHST. Analisaram-seas obrigações relacionados com a SHST e com o Código de Trabalho.Uma delas tem a ver com os representantes dos trabalhadores para aSHST sendo estes trabalhadores eleitos que exercem funções derepresentação individuais e que têmdireitos de participação, de consulta, deformação e de informação. Têm aindadireito de relacionamento comempregadores, com trabalhadores ecom terceiros. Abordaram-se ainda as especificidadesdo enquadramento legislativo na gestãoda segurança na construção e nasresponsabilidades e na deontologia dosprofissionais de SHST. Existe legislaçãoque não é destinada directamente aostécnicos de SHST mas que faz parte doestatuto e do regime de deontologiaprofissional. Outra legislação, por outrolado, dirige-se ao enquadramentoorganizacional e profissional. Acomplementaridade entre estascategorias de legislação tenta asseguraro exercício da actividade de acordo comos princípios éticos e deontológicosesperados.

A terceira sessão abordou o tema daanálise dos acidentes de trabalho e dasdoenças profissionais. A primeirapalestra dedicou-se ao tema dosacidentes na União Europeia e as

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causas respectivas. Nos custos dosacidentes de trabalho, em 2000 e na UEdos quinze, verificou-se que houve cercade 4,7 milhões que motivaram mais detrês dias de falta e que 5237 destesforam fatais. Em termos de diasperdidos houve 153 milhões devido aacidentes e 350 milhões relacionadoscom problemas de saúde. Foram aindadiscutidas as causas dos acidentes emPortugal e o stress como factor de risco.Verificou-se uma diminuição dosacidentes mortais na construção entre2001 e 2004 de 156 para 95. Em relaçãoao stress verifica-se que há necessidadede encarar este factor como causadorde muitos acidentes e que a acção demédicos de trabalho e doutrosespecialistas será muito útil na reduçãoda sinistralidade. Os médicos dotrabalho têm um papel insubstituível nosistema de prevenção da empresahavendo que investir no núcleo defunções inerente à actividade emequipas multidisciplinares deprevenção.

A quarta sessão foi destinada aosequipamentos de trabalho e à SHST. Foianalisada a questão das regras demercado das máquinas e foi sugerida aelaboração de definições claras para aaplicação da directiva comunitária, doreforço das disposições de fiscalização ede conformidade e a implementação deprocedimentos de garantia de qualidadecompleta. A segunda apresentação tevea ver com a avaliação de riscos emetodologias de controlo deequipamentos e, entre váriasrecomendações, destaca-se que é deimportância elevada o empregadorexecutar a verificação e inspecçãoperiódica dos equipamentos por técnicocompetente para esse fim.

A quinta sessão foi preenchida com adescrição de boas práticas na prevenção

de riscos profissionais. Foramapresentados casos das empresasREFER, EDP, AutoEuropa e SURB.Embora estas organizações sejam deáreas de actividade diferentes osexemplos apresentam facetas comuns.Estes aspectos referem-se sobretudo àimportância do planeamento daprevenção, ao investimento nosequipamentos e na formação, naintegração da prevenção e da qualidade,na sensibilização dos trabalhadores, nasauditorias de segurança, na existênciade normas de segurança e na melhoriacontínua da política de segurança.

Realizou-se no início da última tarde docolóquio uma sessão técnica do Dr.Manuel Roxo sobre Gestão eCoordenação da Segurança e quais osdesafios para o futuro. O aspectoprincipal relaciona-se com oenriquecimento do modelo teórico deorganização do trabalho em estaleirosendo necessário definir a organizaçãodo trabalho teórica. Para isso o esforçode transparência organizacional e aformalização de trocas eenriquecimento do saber organizacionalservem para combater as culturas decompetição interna, para aumentar aretenção do saber e para introduzir asabordagens globais e verdadeiramentepluridisciplinares.

A última componente do colóquio foi

composta por uma mesa-redondacomposta pelo Eng. Fernando deAlmeida Santos, Prof. Luís Alves Dias,Prof. Hipólito de Sousa e Eng. JoséEduardo Marçal. A moderação foi feitapelo Eng. Hipólito Ponce de Leão eabordou a questão da formação equalificação dos coordenadores deSegurança na Construção. Foramapresentadas e discutidas váriascaracterísticas sendo de destacar que ascomponentes de formação deverãocontemplar as matérias adstritas àlegislação e regulamentação naconstrução civil e obras públicas, àacção do coordenador em projecto e docoordenador em obra, aos diferentesinstrumentos e à prevenção de riscosprofissionais. Quanto às habilitaçõesacadémicas de ingresso devem poderincorporar diferentes formações de basede acordo com as actividades adesempenhar. A experiência adequadano sector deve ser relevante e sercontabilizada na qualificação para oexercício desta actividade. É de realçar anecessidade de conhecimentos técnicosindispensáveis para poder assumir asresponsabilidades inerentes de modocompetente e responsável.

O encerramento foi feito com apresença do Eng. Ponce de Leão, emrepresentação da Secretaria de Estadodas Obras Públicas, da Dra. ManuelaCalado, do Ponto Focal da AgênciaEuropeia da SST, do Eng. GerardoSaraiva, da Ordem dos Engenheiros, edo Prof. Alfredo Soeiro, da FEUP. Foirealçado o êxito aparente do colóquiocomo resultado do nível elevado dasapresentações, das intervenções e donúmero elevado de assistentes. Foiainda expresso o desejo de repetir ocolóquio no ano seguinte e o interesseelevado que este tipo de eventos tempara a economia e o paradesenvolvimento da sociedade.

infoPágina 26 VIDA ASSOCIATIVA

Conclusões do 5º ColóquioInternacional sobre Segurança e Higiene do Trabalho24 e 25 de Fevereiro de 2005, Porto

A 5ª edição do Colóquio Internacionalsobre Segurança e Higiene do Trabalhofoi organizada em cooperaçãoconsignada em protocolo assinado pelaOrdem dos Engenheiros – RegiãoNorte, APSET – Associação Portuguesade Segurança e Higiene o Trabalho e aFEUP – Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto. Na sessão deabertura estiveram presentes osresponsáveis destas instituições,respectivamente, Eng. Gerardo Saraiva,Dr. Luís Cabral e Prof. Carlos Costa. Ocolóquio registou cerca de meio milharde inscritos e decorreu no auditórioprincipal da FEUP. A conferência deabertura pertenceu ao Eng. LopezValcarcel responsável do programaSafework da OIT, Organização Mundialdo Trabalho que abordou os novosdesafios e oportunidades da segurançano trabalho num mundo globalizado.Depois de abordar os factores quedeterminam a globalização daeconomia, em particular quanto àinovação tecnológica e à liberalizaçãodo comércio, falou da harmonizaçãodos sistemas normativos de Segurançae Saúde no Trabalho (SST). Estaharmonização referiu-se à área dotrabalho ou social e à área de segurançado produto e apresentou as convençõesinternacionais mais recentes da OIT.Apresentou também as directrizes daOIT sobre sistemas de gestão de SSTque oferecem orientações para aimplantação ao nível nacional e ao nível

da empresa ou organização. Da novaordem económica e social emerge umconjunto de desafios que os sistemasnormativos de SST devem tercapacidade para enfrentar, para além deter que ser assegurado um enfoquemais relevante aos vínculos existentesentre a SST e a competitividade.A seguir realizou-se um painel, comvárias intervenções, dedicado àformação de profissionais deSegurança, Higiene e Saúde no Trabalho(SHST), enquanto pilar fundamental daprevenção de riscos. Realça-se que aformação dos técnicos de SHST deveestar intimamente ligada à realidadedas empresas. Contudo não deveperder-se de vista que estes técnicosdevem saber definir estratégicas dedesenvolvimento das empresas a curto,médio e longo prazos, devem conhecera envolvente Europeia, devem estudaras tendências futuras apontadas pororganizações como a OIT e a AESST e alegislação comunitária (actual e empreparação). Torna-se fundamental quena formação de base destes técnicos odomínio das condicionantes docontexto de trabalho que constituemfactores de risco de acidentes e dedoenças relacionadas com o trabalho.Deve ser reiterado aos técnicos deSHST que os problemas de saúde comorigem em desequilíbriosorganizacionais e deficientes condiçõesde trabalho fazem parte da área dascompetências exclusivas. No domíniodos referenciais para a SHST naconstrução, há que atender às inúmerasespecificidades do processo construtivopara a definição dos perfis profissionaise de formação. Ao coordenador desegurança na construção estãoatribuídas competências vastas. Estasabrangem a construção, como aelaboração de projectos, direcção eacompanhamento de obras, técnicas eprocessos construtivos, e a SHST, como

a gestão de sistema de protecção desaúde e a aplicação dos princípios etécnicas de prevenção de riscosprofissionais. O sistema de qualificaçãodos coordenadores de segurançaprevisto na legislação em discussãoassenta em dois graus de competência.Estes graus relacionam-se com acomplexidade dos trabalhos a executare com o valor das obras.

A segunda sessão foi dedicada ao temado impacto da legislação nas empresas e nos técnicos de SHST. Analisaram-seas obrigações relacionados com a SHST e com o Código de Trabalho.Uma delas tem a ver com os representantes dos trabalhadores para aSHST sendo estes trabalhadores eleitos que exercem funções derepresentação individuais e que têmdireitos de participação, de consulta, deformação e de informação. Têm aindadireito de relacionamento comempregadores, com trabalhadores ecom terceiros. Abordaram-se ainda as especificidadesdo enquadramento legislativo na gestãoda segurança na construção e nasresponsabilidades e na deontologia dosprofissionais de SHST. Existe legislaçãoque não é destinada directamente aostécnicos de SHST mas que faz parte doestatuto e do regime de deontologiaprofissional. Outra legislação, por outrolado, dirige-se ao enquadramentoorganizacional e profissional. Acomplementaridade entre estascategorias de legislação tenta asseguraro exercício da actividade de acordo comos princípios éticos e deontológicosesperados.

A terceira sessão abordou o tema daanálise dos acidentes de trabalho e dasdoenças profissionais. A primeirapalestra dedicou-se ao tema dosacidentes na União Europeia e as

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Montes de Emoções

A Região de Turismo do NordesteTransmontano engloba no seu territórioos 12 concelhos que constituem odistrito de Bragança (Alfândega da Fé,Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixode Espada à Cinta, Macedo deCavaleiros, Miranda do Douro,Mirandela, Mogadouro, Torre deMoncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais) etrês Áreas Protegidas (Parque Natural deMontesinho, Parque Natural do DouroInternacional e Paisagem Protegida daAlbufeira do Azibo). Paisagens de beleza ímpar, camposrecortados de cores múltiplas, povoacolhedor, excelente gastronomia,património e tradições alicerçadas nahistória e cultura portuguesas não sãomais do que motivos incontornáveis parauma visita aprofundada à região.É certo que, em anos passados, oisolamento e o êxodo rural contribuírampara que o esquecimento do interiorprevalecesse constituindo, comoconsequência, a falta de investimento emvárias áreas, nomeadamente no turismo,limitando, em muito, o desenvolvimentodeste território. No entanto, tem sidonotória uma evolução positiva, já quemuitos dos programas operacionais noâmbito dos quadros de apoiocomunitário têm sido implementadosnesta região. Empreendimentoshoteleiros, de turismo no espaço rural;surgimento de um maior número deempresas de animação turística, arecuperação de património com valorhistórico e cultural e ainda arequalificação de aldeias, bem como deespaços urbanos, entre outros, atribuemao Nordeste Transmontano umaimagem mais actualizada. No conceito actual de turismo oNordeste detém um leque de valênciasque devem ser conhecidas: desdeactividades ligadas ao pedestrianismo, à

equitação, observação de aves (águiareal, o grifo, a cegonha negra, entreoutras espécies), aos desportos náuticos,radicais, entre outros, esta região com assuas inúmeras barragens e espaços derara beleza presenteia largamente quema visita.Os circuitos pelas sedes de concelho sãoigualmente uma excelente alternativa,pois a região tem testemunhos históricosque vão desde o neolítico às invasõesfrancesas. Reinam castros e castelos quedesde cedo defenderam o seu berço;monumentos fúnebres (antas) e pinturasrupestres aclamam a sua influência naformação do nordestino.O Douro ainda encontra aqui parte dasua região demarcada e patrimóniomundial, integrando a denominada TerraQuente. Terra esta que para além dequente é florida! No 2º e 3º mês do anoas amendoeiras exibem as cândidasflores sem modéstia. Imperdível! A saudosa linha do Tua, embora não nasua totalidade, descreve um fantásticopercurso de escarpas e penedos numaviagem de comboio a lembrar oromantismo de outros séculos. Obviamente que todo este leque de

locais a visitar e actividades a realizar sãosalteadas com a excelente gastronomiaregional! Os fumeiros, a posta àmirandesa, o bacalhau, o cabrito, osqueijos e a doçaria (produtos certificadosde qualidade e de origem protegida),para além do vinho, estão sempre na boamesa nordestina. A simpatia e ahospitalidade deste povo não têmcomparação quando estende os braçosao visitante e o convida para sua casa, jáque aqui a arte de receber é inata. A caça e a pesca estão, igualmente,representados na gastronomia.Atractivos turísticos que movem muitosentusiastas em busca de convívio eaventura. Estas actividades devem serpraticadas nas devidas épocas e nasrespectivas áreas. O javali, a lebre, ocoelho, a perdiz; bem como a truta, obarbo, a boga, escalo e carpa são asespécies de eleição. As festas e romarias alegram a regiãodurante todo o ano. Os gruposetnográficos marcam presença com osseus cantares, danças e rituais cheiosde cor e movimento. O artesanatorelata em símbolos o modus vivendiagrícola e tradicional desta região bemportuguesa.

Agostinho Peixoto, especialista em Turismo

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info Página 29LAZER

2005: Ano Internacionalda Física

No 3º Congresso Mundial dasSociedades de Física, realizado emBerlim a 15 e 16 de Dezembro de 2000,aprovou-se a proposta da SociedadeEuropeia de Física (SEF) no sentido defomentar iniciativas para que 2005 –altura do centenário do Annus Mirabilisda produção científica de Albert Einstein– fosse o Ano Mundial da Física.Dois anos mais tarde, a UniãoInternacional da Física Pura e Aplicada(IUPAP) expressou esse desejo. Mais umpasso foi dado em 2003. Sob propostade Portugal, do Brasil e da França, aConferência Geral da Organização dasNações Unidas para a Educação, Ciênciae Cultura (UNESCO) resolveu acolher aresolução da IUPAP e convidar odirector-geral a solicitar à AssembleiaGeral da ONU que declarasse o AnoInternacional da Física em 2005. E assim foi concretizada essa vontadepela Assembleia Geral da ONU, a 10 deJunho de 2004. Para levar a cabo taliniciativa, este organismo convidou aUNESCO, sociedades de Física e gruposdo mundo inteiro a organizar actividadesnessa área. O objectivo é que o mundose una num esforço comum: desenvolvero interesse pela Física, reforçar o papeldos físicos na sociedade e aliar a Física aoutras áreas. Finalmente, nos dias 13 e 15 de Janeiro,na UNESCO, lançou-se oficialmente2005 Ano Internacional da Física.No nosso país, a cerimónia delançamento ocorreu a 14 de Março, naEscola Secundária Maria Amália Vaz deCarvalho, em Lisboa, contando com apresença do Presidente da República,Jorge Sampaio, e com o Presidente daComissão Internacional do AnoInternacional da Física, Martial Ducloy.A Sociedade Portuguesa de Física (SPF)

deu assim início às comemorações,tendo consciência que o nosso país sairáa ganhar com esta iniciativa,especialmente a ciência, a engenharia e atecnologia. É de referir que Portugal possui umcorpo de cientistas importantes, contudonão há motivação para que estudem etrabalhem no nosso país. Os EstadosUnidos e a Ásia, sobretudo o Japão, sãoum chamariz aos investigadores.Para combater essa tendência, e tendoem conta que a União Europeia quertornar-se até 2010 na economia maiscompetitiva do mundo com base noconhecimento, estabeleceu-se a meta deinvestir três por cento do produto internobruto, em média, até 2010.

Mas afinal quem foi o homem que motivou o Ano Mundial da Física? Em poucas palavras, Albert Einstein foi ohomem que mudou a Física e o mundo.E a sua imagem faz parte do imagináriode todos quando se pensa no conceitode génio. Nascido a 14 de Março de 1879, em Ulm(Alemanha) – mais tarde adquiriu asnacionalidades suíça (1901) e norte-americana (1940) –, Einstein em criança

demorou muito tempo a aprender a falar,tendo os seus pais temido que tivessealgum atraso mental. Mas não, talvez jánessa altura as perguntas ocupavam-lheo pensamento. Já a estudar na Suíça, o jovemcontinuava a não demonstrar sinais degrande inteligência. Terminado o cursona Escola Politécnica Federal aos 18anos, não conseguiu arranjar empregocomo professor de Física e Matemática,e foi trabalhar como assistente técnicono Departamento Suíço de Registo dePatentes. Este não era o emprego dos seussonhos, mas foi este que lhe permitiu tertempo para se dedicar à preparação dodoutoramento e desenvolver alguns dosseus trabalhos mais notáveis. Em 1905, Einstein escreveu artigos queforneceram a base de três camposfundamentais em Física: a teoriarelatividade restrita, a teoria quântica e ateoria do movimento browniano. Só em1916 viria a apresentar a teoria geral darelatividade. Entretanto, o reconhecimento dos seusachados levou-o a ser requisitado paraleccionar em várias universidades eparticipar em conferências. Regressou ao seu país natal em 1914.Sendo judeu e com a chegada de Hitlerao poder, foi obrigado a fugir do país em1933, ano em que se fixou nos EstadosUnidos e onde assumiu funções dedocente de Física Teórica naUniversidade de Princeton. Reformou-seem 1945, vindo a falecer 10 anos maistarde, a 18 de Abril, em Princeton.O seu trabalho valeu-lhe vários prémios,incluindo o Prémio Nobel da Física em1921 pelos “serviços em prol da FísicaTeórica, em especial pela sua descobertada lei do efeito fotoeléctrico”. A persistência, o empenho, a curiosidadee a sua genialidade na teoria da Físicatornaram-no solitário, embora tivessesido casado por duas vezes.

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Montes de Emoções

A Região de Turismo do NordesteTransmontano engloba no seu territórioos 12 concelhos que constituem odistrito de Bragança (Alfândega da Fé,Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixode Espada à Cinta, Macedo deCavaleiros, Miranda do Douro,Mirandela, Mogadouro, Torre deMoncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais) etrês Áreas Protegidas (Parque Natural deMontesinho, Parque Natural do DouroInternacional e Paisagem Protegida daAlbufeira do Azibo). Paisagens de beleza ímpar, camposrecortados de cores múltiplas, povoacolhedor, excelente gastronomia,património e tradições alicerçadas nahistória e cultura portuguesas não sãomais do que motivos incontornáveis parauma visita aprofundada à região.É certo que, em anos passados, oisolamento e o êxodo rural contribuírampara que o esquecimento do interiorprevalecesse constituindo, comoconsequência, a falta de investimento emvárias áreas, nomeadamente no turismo,limitando, em muito, o desenvolvimentodeste território. No entanto, tem sidonotória uma evolução positiva, já quemuitos dos programas operacionais noâmbito dos quadros de apoiocomunitário têm sido implementadosnesta região. Empreendimentoshoteleiros, de turismo no espaço rural;surgimento de um maior número deempresas de animação turística, arecuperação de património com valorhistórico e cultural e ainda arequalificação de aldeias, bem como deespaços urbanos, entre outros, atribuemao Nordeste Transmontano umaimagem mais actualizada. No conceito actual de turismo oNordeste detém um leque de valênciasque devem ser conhecidas: desdeactividades ligadas ao pedestrianismo, à

equitação, observação de aves (águiareal, o grifo, a cegonha negra, entreoutras espécies), aos desportos náuticos,radicais, entre outros, esta região com assuas inúmeras barragens e espaços derara beleza presenteia largamente quema visita.Os circuitos pelas sedes de concelho sãoigualmente uma excelente alternativa,pois a região tem testemunhos históricosque vão desde o neolítico às invasõesfrancesas. Reinam castros e castelos quedesde cedo defenderam o seu berço;monumentos fúnebres (antas) e pinturasrupestres aclamam a sua influência naformação do nordestino.O Douro ainda encontra aqui parte dasua região demarcada e patrimóniomundial, integrando a denominada TerraQuente. Terra esta que para além dequente é florida! No 2º e 3º mês do anoas amendoeiras exibem as cândidasflores sem modéstia. Imperdível! A saudosa linha do Tua, embora não nasua totalidade, descreve um fantásticopercurso de escarpas e penedos numaviagem de comboio a lembrar oromantismo de outros séculos. Obviamente que todo este leque de

locais a visitar e actividades a realizar sãosalteadas com a excelente gastronomiaregional! Os fumeiros, a posta àmirandesa, o bacalhau, o cabrito, osqueijos e a doçaria (produtos certificadosde qualidade e de origem protegida),para além do vinho, estão sempre na boamesa nordestina. A simpatia e ahospitalidade deste povo não têmcomparação quando estende os braçosao visitante e o convida para sua casa, jáque aqui a arte de receber é inata. A caça e a pesca estão, igualmente,representados na gastronomia.Atractivos turísticos que movem muitosentusiastas em busca de convívio eaventura. Estas actividades devem serpraticadas nas devidas épocas e nasrespectivas áreas. O javali, a lebre, ocoelho, a perdiz; bem como a truta, obarbo, a boga, escalo e carpa são asespécies de eleição. As festas e romarias alegram a regiãodurante todo o ano. Os gruposetnográficos marcam presença com osseus cantares, danças e rituais cheiosde cor e movimento. O artesanatorelata em símbolos o modus vivendiagrícola e tradicional desta região bemportuguesa.

Agostinho Peixoto, especialista em Turismo

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2005: Ano Internacionalda Física

No 3º Congresso Mundial dasSociedades de Física, realizado emBerlim a 15 e 16 de Dezembro de 2000,aprovou-se a proposta da SociedadeEuropeia de Física (SEF) no sentido defomentar iniciativas para que 2005 –altura do centenário do Annus Mirabilisda produção científica de Albert Einstein– fosse o Ano Mundial da Física.Dois anos mais tarde, a UniãoInternacional da Física Pura e Aplicada(IUPAP) expressou esse desejo. Mais umpasso foi dado em 2003. Sob propostade Portugal, do Brasil e da França, aConferência Geral da Organização dasNações Unidas para a Educação, Ciênciae Cultura (UNESCO) resolveu acolher aresolução da IUPAP e convidar odirector-geral a solicitar à AssembleiaGeral da ONU que declarasse o AnoInternacional da Física em 2005. E assim foi concretizada essa vontadepela Assembleia Geral da ONU, a 10 deJunho de 2004. Para levar a cabo taliniciativa, este organismo convidou aUNESCO, sociedades de Física e gruposdo mundo inteiro a organizar actividadesnessa área. O objectivo é que o mundose una num esforço comum: desenvolvero interesse pela Física, reforçar o papeldos físicos na sociedade e aliar a Física aoutras áreas. Finalmente, nos dias 13 e 15 de Janeiro,na UNESCO, lançou-se oficialmente2005 Ano Internacional da Física.No nosso país, a cerimónia delançamento ocorreu a 14 de Março, naEscola Secundária Maria Amália Vaz deCarvalho, em Lisboa, contando com apresença do Presidente da República,Jorge Sampaio, e com o Presidente daComissão Internacional do AnoInternacional da Física, Martial Ducloy.A Sociedade Portuguesa de Física (SPF)

deu assim início às comemorações,tendo consciência que o nosso país sairáa ganhar com esta iniciativa,especialmente a ciência, a engenharia e atecnologia. É de referir que Portugal possui umcorpo de cientistas importantes, contudonão há motivação para que estudem etrabalhem no nosso país. Os EstadosUnidos e a Ásia, sobretudo o Japão, sãoum chamariz aos investigadores.Para combater essa tendência, e tendoem conta que a União Europeia quertornar-se até 2010 na economia maiscompetitiva do mundo com base noconhecimento, estabeleceu-se a meta deinvestir três por cento do produto internobruto, em média, até 2010.

Mas afinal quem foi o homem que motivou o Ano Mundial da Física? Em poucas palavras, Albert Einstein foi ohomem que mudou a Física e o mundo.E a sua imagem faz parte do imagináriode todos quando se pensa no conceitode génio. Nascido a 14 de Março de 1879, em Ulm(Alemanha) – mais tarde adquiriu asnacionalidades suíça (1901) e norte-americana (1940) –, Einstein em criança

demorou muito tempo a aprender a falar,tendo os seus pais temido que tivessealgum atraso mental. Mas não, talvez jánessa altura as perguntas ocupavam-lheo pensamento. Já a estudar na Suíça, o jovemcontinuava a não demonstrar sinais degrande inteligência. Terminado o cursona Escola Politécnica Federal aos 18anos, não conseguiu arranjar empregocomo professor de Física e Matemática,e foi trabalhar como assistente técnicono Departamento Suíço de Registo dePatentes. Este não era o emprego dos seussonhos, mas foi este que lhe permitiu tertempo para se dedicar à preparação dodoutoramento e desenvolver alguns dosseus trabalhos mais notáveis. Em 1905, Einstein escreveu artigos queforneceram a base de três camposfundamentais em Física: a teoriarelatividade restrita, a teoria quântica e ateoria do movimento browniano. Só em1916 viria a apresentar a teoria geral darelatividade. Entretanto, o reconhecimento dos seusachados levou-o a ser requisitado paraleccionar em várias universidades eparticipar em conferências. Regressou ao seu país natal em 1914.Sendo judeu e com a chegada de Hitlerao poder, foi obrigado a fugir do país em1933, ano em que se fixou nos EstadosUnidos e onde assumiu funções dedocente de Física Teórica naUniversidade de Princeton. Reformou-seem 1945, vindo a falecer 10 anos maistarde, a 18 de Abril, em Princeton.O seu trabalho valeu-lhe vários prémios,incluindo o Prémio Nobel da Física em1921 pelos “serviços em prol da FísicaTeórica, em especial pela sua descobertada lei do efeito fotoeléctrico”. A persistência, o empenho, a curiosidadee a sua genialidade na teoria da Físicatornaram-no solitário, embora tivessesido casado por duas vezes.

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info Página 31AGENDA

ORGANIZAÇÃO: CDRNDEBATE SOBRE A GESTÃO DA BACIAHIDROGRÁFICA DO DOURO

SETEMBROLOCAL: Sede da OERNORGANIZAÇÃO: CDRNA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO. A ÉTICA E DEONTOLOGIA NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO

24 SETEMBROLOCAL: Gerês – Terras de BouroORGANIZAÇÃO: CDRNENCONTRO 2005 DE MEMBROS ELEITOS DA REGIÃO NORTE DOS ENGENHEIROS

CONGRESSOS E SEMINÁRIOS

19 E 20 MAIOLOCAL: PORTOORGANIZAÇÃO: AEESB – Universidade CatólicaIII JORNADAS DE BIOTECNOLOGIAParticipação da Eng.ª Teresa Ponce de Leão em representação do CDRN

13 A 17 JUNHOLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUP e Department of Information Systemand Computation of the Polytechnic University of Valencia.17TH CONFERENCE ON ADVANCEDINFORMATION SYSTEMS ENGINEERING(CAISE'05)Realiza-se entre 13 a 17 de Junho de 2005, na FEUP, a 17thConference on Advanced Information Systems Engineering(CAiSE'05). A conferência pretende ser um fórum de discussão,apresentação e troca de resultados e experiências na área dainvestigação de "Information Systems Engineering", que iráreunir entre 300 a 400 investigadores oriundos de todo omundo. O evento é organizado pela FEUP em parceira com oDepartment of Information System and Computation of thePolytechnic University of Valencia.Mais informações: http://gnomo.fe.up.pt/~caise/index.php

21 A 23 JUNHO LOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUP e Sociedad Española para la Defensadel Patrimonio Geológico y MineroSIMPÓSIO SOBRE MINERAÇÃO E METALURGIAA Sociedad Española para la Defensa del Patrimonio Geológico

y Minero, em parceira com uma equipa de trabalho queenvolve elementos da FEUP, realiza o Simpósio sobreMineração e Metalurgia, de 21 a 23 de Junho de 2005. Esteevento visa dinamizar e congregar esforços no sentido dapromoção da investigação e preservação dos patrimóniosmineiro e metalúrgico antigos no Sudoeste europeu.A 3ª edição deste simpósio será realizada na cidade do Porto,nas instalações da FEUP.O objectivo da iniciativa, marcada por uma colaboraçãoentre instituições Ibéricas, é permitir um desenvolvimentofuturo de dinâmicas conducentes a uma melhoridentificação e preservação das raízes mineiras emetalúrgicas que marcaram o passado da actividadehumana na Península Ibérica.Mais informações:http://www.ippar.pt/conferencias/simposio2005

25 A 28 JULHOLOCAL: UTADORGANIZAÇÃO: Colégio de Electrotecnia da OERNEFITA/WCCA 2005 JOINT CONFERENCE5TH CONFERENCE OF THE EUROPEANFEDERATION FOR INFORMATIONTECHNOLOGY IN AGRICULTURE, FOOD ANDENVIRONMENT 3RD WORLD CONGRESS ON COMPUTERS INAGRICULTURE AND NATURAL RESOURCES.A conferência conjunta EFITA/WCCA 2005 constituirá umfórum privilegiado onde investigadores e profissionais poderãotrocar informação sobre os desenvolvimentos e aplicações dastecnologias da informação na agricultura. Os principais objectivos que se esperam alcançar com arealização deste evento são a promoção do uso das novastecnologias, a divulgação do estado da arte no uso deferramentas de software, o estabelecimento de contactos e decolaboração entre as instituições de investigação, de insino eos produtores, iniciar projectos de educação e treino eapresentar planos inovadores com vista a criar novasempresas.Os trabalhos da conferência serão organizados em sessõesplenárias, tutorais, workshops e posters cobrindo diversostemas: Agricultura de Precisão, Automação e Controlo,Desenvolvimento Rural, e-AgBusiness, Gestão de Recursos,Modelação Ambiental e Científica, Produção Animal, RedesSensoriais, Segurança Alimentar, Sistemas de Apoio àDecisão, Sistemas de Informação Geográfica,Sustentabilidade, entre outros. A organização deste evento está a cargo da Universidade deTrás-os-Montes e Alto Douro, da Federação Europeia para asTecnologias da Informação na Agricultura (EFITA), daAssociação Portuguesa para o Desenvolvimento dasTecnologias da Informação na Agricultura (APDTICA) e contacom o apoio da Ordem dos Engenheiros.

infoPágina 30 AGENDA

ENCONTROS

ABRIL, MAIO E JUNHOLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: Departamento de Física da FEUPANO INTERNACIONAL DA FÍSICA CICLO DE PALESTRASNo âmbito do Ano Internacional da Física, no Departamentode Física da FEUP continua a decorrer um conjunto depalestras e uma série de visitas ao laboratório de Física daFEUP dirigidas a alunos do ensino secundário.Programa- 13 de Abril 15h Sala B001 - Palestra “A Física 100 anos Depois de Einstein” 17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física - 20 de Abril 15h Sala B001 - Palestra “A Fusão Nuclear: uma Energia para oFuturo” 17h, Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física - 18 de Maio 15h Sala B001 - Palestra “Nanotecnologias: o Amanhã é jáHoje” 17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física - 22 de Junho de 2005 15h, Sala B001 - Palestra “A Biofísica da Actividade Cerebral”17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física Nos dias 11 de Maio e 8 de Junho as escolas secundáriasinteressadas poderão ainda participar em sessões laboratoriaissubordinadas ao tema: “Ondas no laboratório”. Entre as 14h30 e as 17h30 os alunos visitantes vão poderassistir a demonstrações de experiências sobre: - Interferência e difracção de ondas, comportamentoondulatório da luz; funcionamento de um laser; - Fundamentos do movimento ondulatório: pêndulosacoplados, ondas estacionárias numa corda, instrumentosmusicais; - Efeito Doppler, medição da velocidade de um carrinho,princípio de funcionamento do radar.Mais informações:https://www.fe.up.pt/si/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=4114

21 MAIO LOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUPDIA DA GRADUAÇÃOA FEUP tem já agendada para 21 de Maio de 2005 a cerimóniafestiva do Dia da Graduação. Neste dia entregamos as cartas de Doutoramento, deMestrado e de Licenciatura aos doutores, mestres elicenciados, que obtiveram o seu grau no ano civil anterior. É também nesta ocasião que homenageamos os que porjubilação ou aposentação se retiraram do serviço activodurante o ano de 2004.

Todos os anos uma figura de relevo da universidade, dainvestigação, do mundo empresarial ou da sociedadeportuguesa em geral, é convidada a participar neste evento.

26 A 29 MAIOLOCAL: Ponta Delgada ORGANIZAÇÃO: Colégio de Engenharia Geológica e de MinasXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIAGEOLÓGICA E DE MINASO Colégio Nacional de Engenharia Geológica e de Minas, como apoio do Conselho Directivo Nacional e da Secção Regionaldos Açores da Ordem dos Engenheiros, vai realizar entre 26 e29 de Maio de 2005 o seu XV Encontro Nacional, na cidade dePonta Delgada – São Miguel (Açores), pretendendoproporcionar aos seus membros a oportunidade de reflectir sobre assuntos de interesseprofissional, numa atmosfera propícia ao convívio.Mais informações e inscrições, contactar o site nacional da Ordem.

JUNHOLOCAL: Sede da OERNORGANIZAÇÃO: CDRNMESA-REDONDA SOBRE O PROCESSO DE BOLONHA

JUNHOLOCAL: Ponte de LimaORGANIZAÇÃO: DD Viana do CasteloQUE CAPACIDADE DE ENGENHARIA NA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS. O IMPACTO FLORESTAL, AGRÍCOLA E DE CIDADANIA

6 JUNHOLOCAL: MirandelaORGANIZAÇÃO: DD BragançaDEBATE SOBRE COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA E A NOVA LEGISLAÇÃO SOBRE ALVARÁS NA CONSTRUÇÃO CIVILCom a participação do presidente do IMOPPI, Eng. Ponce de Leão, e do vogal do CRC Civil, Eng. Matos de Almeida

25 JULHOLOCAL: PortoORGANIZAÇÃO: CDRNREUNIÃO DE TRABALHO SOBRE COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO Vários especialistas convidados

SETEMBROLOCAL: Peso da Régua

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info Página 31AGENDA

ORGANIZAÇÃO: CDRNDEBATE SOBRE A GESTÃO DA BACIAHIDROGRÁFICA DO DOURO

SETEMBROLOCAL: Sede da OERNORGANIZAÇÃO: CDRNA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO. A ÉTICA E DEONTOLOGIA NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO

24 SETEMBROLOCAL: Gerês – Terras de BouroORGANIZAÇÃO: CDRNENCONTRO 2005 DE MEMBROS ELEITOS DA REGIÃO NORTE DOS ENGENHEIROS

CONGRESSOS E SEMINÁRIOS

19 E 20 MAIOLOCAL: PORTOORGANIZAÇÃO: AEESB – Universidade CatólicaIII JORNADAS DE BIOTECNOLOGIAParticipação da Eng.ª Teresa Ponce de Leão em representação do CDRN

13 A 17 JUNHOLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUP e Department of Information Systemand Computation of the Polytechnic University of Valencia.17TH CONFERENCE ON ADVANCEDINFORMATION SYSTEMS ENGINEERING(CAISE'05)Realiza-se entre 13 a 17 de Junho de 2005, na FEUP, a 17thConference on Advanced Information Systems Engineering(CAiSE'05). A conferência pretende ser um fórum de discussão,apresentação e troca de resultados e experiências na área dainvestigação de "Information Systems Engineering", que iráreunir entre 300 a 400 investigadores oriundos de todo omundo. O evento é organizado pela FEUP em parceira com oDepartment of Information System and Computation of thePolytechnic University of Valencia.Mais informações: http://gnomo.fe.up.pt/~caise/index.php

21 A 23 JUNHO LOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUP e Sociedad Española para la Defensadel Patrimonio Geológico y MineroSIMPÓSIO SOBRE MINERAÇÃO E METALURGIAA Sociedad Española para la Defensa del Patrimonio Geológico

y Minero, em parceira com uma equipa de trabalho queenvolve elementos da FEUP, realiza o Simpósio sobreMineração e Metalurgia, de 21 a 23 de Junho de 2005. Esteevento visa dinamizar e congregar esforços no sentido dapromoção da investigação e preservação dos patrimóniosmineiro e metalúrgico antigos no Sudoeste europeu.A 3ª edição deste simpósio será realizada na cidade do Porto,nas instalações da FEUP.O objectivo da iniciativa, marcada por uma colaboraçãoentre instituições Ibéricas, é permitir um desenvolvimentofuturo de dinâmicas conducentes a uma melhoridentificação e preservação das raízes mineiras emetalúrgicas que marcaram o passado da actividadehumana na Península Ibérica.Mais informações:http://www.ippar.pt/conferencias/simposio2005

25 A 28 JULHOLOCAL: UTADORGANIZAÇÃO: Colégio de Electrotecnia da OERNEFITA/WCCA 2005 JOINT CONFERENCE5TH CONFERENCE OF THE EUROPEANFEDERATION FOR INFORMATIONTECHNOLOGY IN AGRICULTURE, FOOD ANDENVIRONMENT 3RD WORLD CONGRESS ON COMPUTERS INAGRICULTURE AND NATURAL RESOURCES.A conferência conjunta EFITA/WCCA 2005 constituirá umfórum privilegiado onde investigadores e profissionais poderãotrocar informação sobre os desenvolvimentos e aplicações dastecnologias da informação na agricultura. Os principais objectivos que se esperam alcançar com arealização deste evento são a promoção do uso das novastecnologias, a divulgação do estado da arte no uso deferramentas de software, o estabelecimento de contactos e decolaboração entre as instituições de investigação, de insino eos produtores, iniciar projectos de educação e treino eapresentar planos inovadores com vista a criar novasempresas.Os trabalhos da conferência serão organizados em sessõesplenárias, tutorais, workshops e posters cobrindo diversostemas: Agricultura de Precisão, Automação e Controlo,Desenvolvimento Rural, e-AgBusiness, Gestão de Recursos,Modelação Ambiental e Científica, Produção Animal, RedesSensoriais, Segurança Alimentar, Sistemas de Apoio àDecisão, Sistemas de Informação Geográfica,Sustentabilidade, entre outros. A organização deste evento está a cargo da Universidade deTrás-os-Montes e Alto Douro, da Federação Europeia para asTecnologias da Informação na Agricultura (EFITA), daAssociação Portuguesa para o Desenvolvimento dasTecnologias da Informação na Agricultura (APDTICA) e contacom o apoio da Ordem dos Engenheiros.

infoPágina 30 AGENDA

ENCONTROS

ABRIL, MAIO E JUNHOLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: Departamento de Física da FEUPANO INTERNACIONAL DA FÍSICA CICLO DE PALESTRASNo âmbito do Ano Internacional da Física, no Departamentode Física da FEUP continua a decorrer um conjunto depalestras e uma série de visitas ao laboratório de Física daFEUP dirigidas a alunos do ensino secundário.Programa- 13 de Abril 15h Sala B001 - Palestra “A Física 100 anos Depois de Einstein” 17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física - 20 de Abril 15h Sala B001 - Palestra “A Fusão Nuclear: uma Energia para oFuturo” 17h, Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física - 18 de Maio 15h Sala B001 - Palestra “Nanotecnologias: o Amanhã é jáHoje” 17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física - 22 de Junho de 2005 15h, Sala B001 - Palestra “A Biofísica da Actividade Cerebral”17h Sala B233 - Visita ao Laboratório de Física Nos dias 11 de Maio e 8 de Junho as escolas secundáriasinteressadas poderão ainda participar em sessões laboratoriaissubordinadas ao tema: “Ondas no laboratório”. Entre as 14h30 e as 17h30 os alunos visitantes vão poderassistir a demonstrações de experiências sobre: - Interferência e difracção de ondas, comportamentoondulatório da luz; funcionamento de um laser; - Fundamentos do movimento ondulatório: pêndulosacoplados, ondas estacionárias numa corda, instrumentosmusicais; - Efeito Doppler, medição da velocidade de um carrinho,princípio de funcionamento do radar.Mais informações:https://www.fe.up.pt/si/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=4114

21 MAIO LOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUPDIA DA GRADUAÇÃOA FEUP tem já agendada para 21 de Maio de 2005 a cerimóniafestiva do Dia da Graduação. Neste dia entregamos as cartas de Doutoramento, deMestrado e de Licenciatura aos doutores, mestres elicenciados, que obtiveram o seu grau no ano civil anterior. É também nesta ocasião que homenageamos os que porjubilação ou aposentação se retiraram do serviço activodurante o ano de 2004.

Todos os anos uma figura de relevo da universidade, dainvestigação, do mundo empresarial ou da sociedadeportuguesa em geral, é convidada a participar neste evento.

26 A 29 MAIOLOCAL: Ponta Delgada ORGANIZAÇÃO: Colégio de Engenharia Geológica e de MinasXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIAGEOLÓGICA E DE MINASO Colégio Nacional de Engenharia Geológica e de Minas, como apoio do Conselho Directivo Nacional e da Secção Regionaldos Açores da Ordem dos Engenheiros, vai realizar entre 26 e29 de Maio de 2005 o seu XV Encontro Nacional, na cidade dePonta Delgada – São Miguel (Açores), pretendendoproporcionar aos seus membros a oportunidade de reflectir sobre assuntos de interesseprofissional, numa atmosfera propícia ao convívio.Mais informações e inscrições, contactar o site nacional da Ordem.

JUNHOLOCAL: Sede da OERNORGANIZAÇÃO: CDRNMESA-REDONDA SOBRE O PROCESSO DE BOLONHA

JUNHOLOCAL: Ponte de LimaORGANIZAÇÃO: DD Viana do CasteloQUE CAPACIDADE DE ENGENHARIA NA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS. O IMPACTO FLORESTAL, AGRÍCOLA E DE CIDADANIA

6 JUNHOLOCAL: MirandelaORGANIZAÇÃO: DD BragançaDEBATE SOBRE COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA E A NOVA LEGISLAÇÃO SOBRE ALVARÁS NA CONSTRUÇÃO CIVILCom a participação do presidente do IMOPPI, Eng. Ponce de Leão, e do vogal do CRC Civil, Eng. Matos de Almeida

25 JULHOLOCAL: PortoORGANIZAÇÃO: CDRNREUNIÃO DE TRABALHO SOBRE COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO Vários especialistas convidados

SETEMBROLOCAL: Peso da Régua

Page 32: INFO nº04

infoPágina 32 AGENDA

A submissão de trabalhos terminou no dia 11 de Janeiro de2005, tendo sido recebidos 263 trabalhos de autoresprovenientes de 51 países. É de referir que pela primeira vez nahistória da realização deste congresso serão atribuídos doisprémios de investigação, Júnior e Sénior, e será efectuada umaselecção dos melhores trabalhos para publicação em revistascientíficas de reconhecido mérito internacional.Mais informações:http://www.agriculturadigital.org/efitaandwcca2005 [email protected]

Historial do CongressoA EFITA - Federação Europeia para as Tecnologias daInformação na Agricultura tem organizado com umaperiodicidade bianual os congressos:1th Conference of the European Federation for InformationTechnology in Agriculture, Food and Environment, Copenhaga,Dinamarca, 19972th Conference of the European Federation for InformationTechnology in Agriculture, Food and Environment, Bona,Alemanha, 19993th Conference of the European Federation for InformationTechnology in Agriculture, Food and Environment, Montpellier,França, 20014th Conference of the European Federation for InformationTechnology in Agriculture, Food and Environment, Montpellier,Debrecen, Hungria, 2003A ASAE – American Society of Agricultural Engineers temvindo a organizar com uma periodicidade bianual oscongressos: 1th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 19862th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 19883th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 19904th INTERNATIONAL CONFERENCE, University of Florida,USA, 19925th INTERNATIONAL CONFERENCE, Joseph MI, USA, 19946th INTERNATIONAL CONFERENCE, Cancun, México, 19967th INTERNATIONAL CONFERENCE, Orlando, USA, 1998WCCA- World Congress of Computers in Agriculture andNatural Resources, Brasil, Março, 2002WCCA- World Congress of Computers in Agriculture andNatural Resources, Tailândia, Agosto, 2004No seguimento de um protocolo assinado em 2003 naHungria pelas Instituições EFITA e ASAE, estes dois eventosirão ser realizados pela primeira vez em simultâneo e emPortugal, sendo a sua designação abreviada EFITA/WCCA 2005Joint Conference.Participantes:Tendo em conta a experiência de congressos anteriores, e queo número de trabalhos submetido é de 263 de 51 países,espera-se um número de participantes entre 300 a 350, sendocerca de 60 alunos de doutoramento. Estes são na sua maioriaoriundos de países europeus e dos Estados Unidos da

América, contando-se ainda com participantes da AméricaLatina, Ásia e África, por esta ordem de importância.Divulgação:O congresso EFITA/WCCA 2005 tem vindo a ser divulgadodesde Agosto de 2004 por todo o mundo de variados modos:em revistas científicas da área, imprensa, cartazes e brochuras,convocatórias e anúncios enviados por correio normal eelectrónico, website, etc. É de referir que as convocatóriasforam distribuídas em formato electrónico a cerca de 15000investigadores e profissionais da área graças à colaboração deinstituições parceiras que acederam a ajudar a organização nadivulgação deste congresso, bem como na realização dealgumas sessões técnicas, como sejam a ISHS, ASAE, CIGR,FAO, Comissão Europeia, entre outras.Programa Técnico do Congresso:O programa do congresso será constituído por uma sessão deabertura e de encerramento, cinco sessões técnicas a decorrerem paralelo durante quatro dias, cinco sessões tutorais,workshops, sessões de posters, reuniões dos membros doscomités e das organizações presentes, visitas técnicas eexposições que começarão a ser definidas após o dia 28 deFevereiro de 2005, data limite para a conclusão do processo derevisão dos trabalhos submetidos e das propostas derealização de sessões técnicas. O programa será publicado nowebsite do congresso (uma 1ª versão provisória em Abril de2005 e uma versão definitiva em Junho de 2005).

27 A 29 JULHO LOCAL: Campus de Ponta Delgada da Universidade dos AçoresORGANIZAÇÃO: APAET 6º CONGRESSO NACIONAL DE MECÂNICAEXPERIMENTALA APAET – Associação Portuguesa de Análise Experimental deTensões, com os apoios da FEUP e do INEGI, vai organizar oseu 6º Congresso Nacional de Mecânica Experimental. O objectivo principal deste congresso é a realização de umfórum para a discussão e divulgação das descobertas maisrecentes nas áreas da análise experimental de tensões e damecânica experimental, quer nas aplicações a problemas deEngenharia, quer na investigação que decorre nos diversosramos da ciência. O evento decorrerá no Campus de Ponta Delgada daUniversidade dos Açores, Ilha de São Miguel, durante os dias 27 a 29 de Julho de 2005.Mais informações: http://paginas.fe.up.pt/apaet6/

info Página 33AGENDA

12 A 14 OUTUBROLOCAL: Auditório da FEUPORGANIZAÇÃO: FEUP e DGEMN2º SEMINÁRIO INTERVENÇÃO NO PATRIMÓNIO: PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃONa sequência do sucesso alcançado no primeiro semináriopromovido pela FEUP em parceria com a Direcção Geral dosEdifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), as duasentidades estão a organizar o 2º Seminário sobre “AIntervenção no Património: Práticas de Conservação eReabilitação”.É intenção dos organizadores que este evento seja potenciadorde um debate alargado sobre o património construído, dereflexão sobre o seu estado actual e de como intervir de formasustentada numa perspectiva de futuro.As áreas em debate repartem-se por cinco sessões dedicadas atemas de grande actualidade no domínio do patrimónioedificado: Perspectivas para a Conservação e Reabilitação doPatrimónio e sua Inventariação; Casos Práticos de Intervençãoem Património Edificado; Técnicas de Diagnóstico e Inspecção;Reforço Estrutural; Das Técnicas Tradicionais às NovasTecnologias. O evento irá decorrer nos dias 12, 13 e 14 de Outubro de 2005 no Auditório da FEUP.Mais informações: Tel. FEUP, DECivil: 225081944, email: [email protected] ehttp://ncrep.fe.up.pt/seminario.htm

23 A 26 OUTUBRO LOCAL: Centro de Congressos da Madeira, FunchalORGANIZAÇÃO: Associação Portuguesa para Estudos deSaneamento Básico e Secretaria Regional do Ambiente eRecursos NaturaisGESTÃO DE RESÍDUOS – SUSTENTABILIDADEO Grupo de Resíduos da Associação Portuguesa para Estudosde Saneamento Básico (APESB) tem em curso a organizaçãodas 5ªs Jornadas Técnicas Internacionais de Resíduos, a realizarnos dias 23 a 26 de Outubro de 2005 no Funchal. Trata-se deum evento com extrema valia técnica e um marco de excelênciade intercâmbio de informação no sector da gestão dosresíduos. As jornadas incluirão um workshop sobre "Gestão deAterros Sanitários", sessões temáticas sobre "Política Europeiade Resíduos", "Casos Práticos de Gestão de Resíduos","Recolha Selectiva de Resíduos", "Gestão de Resíduos emRegiões Insulares", "Qualidade, Ambiente e Segurança" e"Resíduos e Saúde Pública", e visitas técnicas. Mais informações: Tel. APESB, Dra. Carla Galier: 218443849;email: http://[email protected] ou www.apesb.pt

27 E 28 OUTUBROLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUPIV JORNADAS TÉCNICAS PAVIMENTOSRODOVIÁRIOS – AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

14 DEZEMBROLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUP9ªS JORNADAS DE CONSTRUÇÕES CIVIS

WORKSHOP

31 MAIOLOCAL: Auditório do Arquivo Histórico do Porto – Casa do InfanteORGANIZAÇÃO: Colégio Regional de Engenharia Geológica ede Minas da OERN, Câmara Municipal do Porto e Associação Portuguesa de GeólogosCARTA GEOTÉCNICA DO PORTOO Colégio Regional de Engenharia Geológica e de Minas, emconjunto com a Câmara Municipal do Porto e a AssociaçãoPortuguesa de Geólogos, vai levar a efeito, a 31 de Maio, umworkshop sobre a Carta Geotécnica do Porto.O tema terá interesse, para além dos colegas do Colégio de Engenharia Geológica e de Minas, para os dos Colégios deCivil (principalmente da especialidade de Geotecnia), de Geográfica e do Ambiente.Mais informações sobre o programa e inscrições: Tel. OERN: 222054102, email:[email protected] ou http://norte.ordemdosengenheiros.pt

FORMAÇÃO

18 E 25 DE JUNHOLOCAL: Sede da OERNORGANIZAÇÃO: CDRN21º CURSO DE ÉTICA E DEONTOLOGIAPROFISSIONALA OERN tem vindo a promover Cursos de Formação em Éticae Deontologia Profissional com o objectivo de transmitirconhecimentos e divulgar casos de reconhecida importânciapara o exercício da profissão de Engenheiro, designadamenteno tocante aos valores e princípios a ela inerentes.Estes Cursos constituem, desde Janeiro de 2002, umacomponente obrigatória dos Estágios de admissão à Ordemdos Engenheiros. Deste modo, qualquer membro estagiárioque se tenha inscrito depois de 1 de Janeiro só será admitidocomo membro efectivo após a frequência, comaproveitamento, daqueles cursos.

Page 33: INFO nº04

infoPágina 32 AGENDA

A submissão de trabalhos terminou no dia 11 de Janeiro de2005, tendo sido recebidos 263 trabalhos de autoresprovenientes de 51 países. É de referir que pela primeira vez nahistória da realização deste congresso serão atribuídos doisprémios de investigação, Júnior e Sénior, e será efectuada umaselecção dos melhores trabalhos para publicação em revistascientíficas de reconhecido mérito internacional.Mais informações:http://www.agriculturadigital.org/efitaandwcca2005 [email protected]

Historial do CongressoA EFITA - Federação Europeia para as Tecnologias daInformação na Agricultura tem organizado com umaperiodicidade bianual os congressos:1th Conference of the European Federation for InformationTechnology in Agriculture, Food and Environment, Copenhaga,Dinamarca, 19972th Conference of the European Federation for InformationTechnology in Agriculture, Food and Environment, Bona,Alemanha, 19993th Conference of the European Federation for InformationTechnology in Agriculture, Food and Environment, Montpellier,França, 20014th Conference of the European Federation for InformationTechnology in Agriculture, Food and Environment, Montpellier,Debrecen, Hungria, 2003A ASAE – American Society of Agricultural Engineers temvindo a organizar com uma periodicidade bianual oscongressos: 1th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 19862th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 19883th INTERNATIONAL CONFERENCE, USA, 19904th INTERNATIONAL CONFERENCE, University of Florida,USA, 19925th INTERNATIONAL CONFERENCE, Joseph MI, USA, 19946th INTERNATIONAL CONFERENCE, Cancun, México, 19967th INTERNATIONAL CONFERENCE, Orlando, USA, 1998WCCA- World Congress of Computers in Agriculture andNatural Resources, Brasil, Março, 2002WCCA- World Congress of Computers in Agriculture andNatural Resources, Tailândia, Agosto, 2004No seguimento de um protocolo assinado em 2003 naHungria pelas Instituições EFITA e ASAE, estes dois eventosirão ser realizados pela primeira vez em simultâneo e emPortugal, sendo a sua designação abreviada EFITA/WCCA 2005Joint Conference.Participantes:Tendo em conta a experiência de congressos anteriores, e queo número de trabalhos submetido é de 263 de 51 países,espera-se um número de participantes entre 300 a 350, sendocerca de 60 alunos de doutoramento. Estes são na sua maioriaoriundos de países europeus e dos Estados Unidos da

América, contando-se ainda com participantes da AméricaLatina, Ásia e África, por esta ordem de importância.Divulgação:O congresso EFITA/WCCA 2005 tem vindo a ser divulgadodesde Agosto de 2004 por todo o mundo de variados modos:em revistas científicas da área, imprensa, cartazes e brochuras,convocatórias e anúncios enviados por correio normal eelectrónico, website, etc. É de referir que as convocatóriasforam distribuídas em formato electrónico a cerca de 15000investigadores e profissionais da área graças à colaboração deinstituições parceiras que acederam a ajudar a organização nadivulgação deste congresso, bem como na realização dealgumas sessões técnicas, como sejam a ISHS, ASAE, CIGR,FAO, Comissão Europeia, entre outras.Programa Técnico do Congresso:O programa do congresso será constituído por uma sessão deabertura e de encerramento, cinco sessões técnicas a decorrerem paralelo durante quatro dias, cinco sessões tutorais,workshops, sessões de posters, reuniões dos membros doscomités e das organizações presentes, visitas técnicas eexposições que começarão a ser definidas após o dia 28 deFevereiro de 2005, data limite para a conclusão do processo derevisão dos trabalhos submetidos e das propostas derealização de sessões técnicas. O programa será publicado nowebsite do congresso (uma 1ª versão provisória em Abril de2005 e uma versão definitiva em Junho de 2005).

27 A 29 JULHO LOCAL: Campus de Ponta Delgada da Universidade dos AçoresORGANIZAÇÃO: APAET 6º CONGRESSO NACIONAL DE MECÂNICAEXPERIMENTALA APAET – Associação Portuguesa de Análise Experimental deTensões, com os apoios da FEUP e do INEGI, vai organizar oseu 6º Congresso Nacional de Mecânica Experimental. O objectivo principal deste congresso é a realização de umfórum para a discussão e divulgação das descobertas maisrecentes nas áreas da análise experimental de tensões e damecânica experimental, quer nas aplicações a problemas deEngenharia, quer na investigação que decorre nos diversosramos da ciência. O evento decorrerá no Campus de Ponta Delgada daUniversidade dos Açores, Ilha de São Miguel, durante os dias 27 a 29 de Julho de 2005.Mais informações: http://paginas.fe.up.pt/apaet6/

info Página 33AGENDA

12 A 14 OUTUBROLOCAL: Auditório da FEUPORGANIZAÇÃO: FEUP e DGEMN2º SEMINÁRIO INTERVENÇÃO NO PATRIMÓNIO: PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃONa sequência do sucesso alcançado no primeiro semináriopromovido pela FEUP em parceria com a Direcção Geral dosEdifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), as duasentidades estão a organizar o 2º Seminário sobre “AIntervenção no Património: Práticas de Conservação eReabilitação”.É intenção dos organizadores que este evento seja potenciadorde um debate alargado sobre o património construído, dereflexão sobre o seu estado actual e de como intervir de formasustentada numa perspectiva de futuro.As áreas em debate repartem-se por cinco sessões dedicadas atemas de grande actualidade no domínio do patrimónioedificado: Perspectivas para a Conservação e Reabilitação doPatrimónio e sua Inventariação; Casos Práticos de Intervençãoem Património Edificado; Técnicas de Diagnóstico e Inspecção;Reforço Estrutural; Das Técnicas Tradicionais às NovasTecnologias. O evento irá decorrer nos dias 12, 13 e 14 de Outubro de 2005 no Auditório da FEUP.Mais informações: Tel. FEUP, DECivil: 225081944, email: [email protected] ehttp://ncrep.fe.up.pt/seminario.htm

23 A 26 OUTUBRO LOCAL: Centro de Congressos da Madeira, FunchalORGANIZAÇÃO: Associação Portuguesa para Estudos deSaneamento Básico e Secretaria Regional do Ambiente eRecursos NaturaisGESTÃO DE RESÍDUOS – SUSTENTABILIDADEO Grupo de Resíduos da Associação Portuguesa para Estudosde Saneamento Básico (APESB) tem em curso a organizaçãodas 5ªs Jornadas Técnicas Internacionais de Resíduos, a realizarnos dias 23 a 26 de Outubro de 2005 no Funchal. Trata-se deum evento com extrema valia técnica e um marco de excelênciade intercâmbio de informação no sector da gestão dosresíduos. As jornadas incluirão um workshop sobre "Gestão deAterros Sanitários", sessões temáticas sobre "Política Europeiade Resíduos", "Casos Práticos de Gestão de Resíduos","Recolha Selectiva de Resíduos", "Gestão de Resíduos emRegiões Insulares", "Qualidade, Ambiente e Segurança" e"Resíduos e Saúde Pública", e visitas técnicas. Mais informações: Tel. APESB, Dra. Carla Galier: 218443849;email: http://[email protected] ou www.apesb.pt

27 E 28 OUTUBROLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUPIV JORNADAS TÉCNICAS PAVIMENTOSRODOVIÁRIOS – AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

14 DEZEMBROLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUP9ªS JORNADAS DE CONSTRUÇÕES CIVIS

WORKSHOP

31 MAIOLOCAL: Auditório do Arquivo Histórico do Porto – Casa do InfanteORGANIZAÇÃO: Colégio Regional de Engenharia Geológica ede Minas da OERN, Câmara Municipal do Porto e Associação Portuguesa de GeólogosCARTA GEOTÉCNICA DO PORTOO Colégio Regional de Engenharia Geológica e de Minas, emconjunto com a Câmara Municipal do Porto e a AssociaçãoPortuguesa de Geólogos, vai levar a efeito, a 31 de Maio, umworkshop sobre a Carta Geotécnica do Porto.O tema terá interesse, para além dos colegas do Colégio de Engenharia Geológica e de Minas, para os dos Colégios deCivil (principalmente da especialidade de Geotecnia), de Geográfica e do Ambiente.Mais informações sobre o programa e inscrições: Tel. OERN: 222054102, email:[email protected] ou http://norte.ordemdosengenheiros.pt

FORMAÇÃO

18 E 25 DE JUNHOLOCAL: Sede da OERNORGANIZAÇÃO: CDRN21º CURSO DE ÉTICA E DEONTOLOGIAPROFISSIONALA OERN tem vindo a promover Cursos de Formação em Éticae Deontologia Profissional com o objectivo de transmitirconhecimentos e divulgar casos de reconhecida importânciapara o exercício da profissão de Engenheiro, designadamenteno tocante aos valores e princípios a ela inerentes.Estes Cursos constituem, desde Janeiro de 2002, umacomponente obrigatória dos Estágios de admissão à Ordemdos Engenheiros. Deste modo, qualquer membro estagiárioque se tenha inscrito depois de 1 de Janeiro só será admitidocomo membro efectivo após a frequência, comaproveitamento, daqueles cursos.

Page 34: INFO nº04

A duração destes cursos é de 10 horas, a funcionar das 10h30às 13h e das 14h30 às 17h.O número de participantes por curso é limitado, sendo asinscrições consideradas por ordem de recepção na Ordem dosEngenheiros – Região Norte.Para efectuar a inscrição deverá enviar a ficha de inscrição e proceder ao pagamento de 25,00 euros (inclui:documentação)Mais informações: http://www.norte.ordemdosengenheiros.pt

VISITAS TÉCNICAS

18 JUNHOLOCAL: Subterrâneos do PortoORGANIZAÇÃO: Colégio Regional de Engenharia Geológica e de MinasVISITA AOS MANANCIAIS DE ÁGUASUBTERRÂNEOS DO PORTOO Colégio Regional de Engenharia Geológica e de Minas,com o apoio dos SMAS Porto, vai levar a efeito, no sábadodia 18 de Junho, uma visita aos subterrâneos do Porto.Muito antes de se fazer a captação no rio Sousa, quandoainda não havia abastecimento domiciliário, a população doPorto abastecia-se de água nas fontes e chafarizes.As fontes e chafarizes eram abastecidos por vários mananciais,dos quais os mais abundantes eram os de Paranhos,Salgueiros, Campo Grande, Camões, Póvoa de Cima, Cavaca,Fontainhas, Virtudes, Aguardente e Malmeajudas.A visita aos subterrâneos do Porto percorre o antigomanancial de Paranhos (também conhecido como omanancial da Arca de Água ou Arca das Três Fontes, porserem três as nascentes de onde a água brotava), que foisem dúvida, o mais importante, devido à excelentequalidade e pureza da água e ao "seu copioso caudal".O encanamento do manancial de Paranhos dos nossos diasnada tem haver com o inicial, mas não deixa de ser umimportante e interessante testemunho histórico da nossacidade, que é dado a conhecer através da sua visita.Contamos Consigo.Mais informações sobre o programa e inscrições: Tel. OERN: 222054102, email:[email protected] ou http://norte.ordemdosengenheiros.pt

CULTURA E LAZER

26 MAIOLOCAL: Universidade do MinhoORGANIZAÇÃO: DD BragaTAÇA OE-FC PORTONo próximo dia 26 de Maio, às 10h, nas instalações daUniversidade do Minho, vai decorrer a 1ª Taça OE/DT,disputada através de um jogo de futsal entre a equipa da

Ordem dos Engenheiros Norte e a equipa de veteranos do FCPorto, onde alinharão muitos dos craques que ainda há bempouco tempo nos maravilhavam com as suas qualidadesfutebolísticas. Será uma oportunidade ímpar para os membrosda Ordem dos Engenheiros poderem conviver de perto comalguns dos seus ídolos e verificarem que estes mantêm as suasqualidades intactas.O plano desportivo deste dia inclui para além do jogo futsalentre as equipas do FC Porto e da Ordem dos EngenheirosNorte, uma prova de karting indoor, a decorrer nas instalaçõesdo Sport-Center em Braga.Para além do plano desportivo, está também agendado paraeste dia um almoço volante a ter lugar nas magníficasinstalações do Sport-Center. O dia terminará com a entrega dos prémios que decorre emsimultâneo com a oferta de um branco de honra.Este dia, inserido no programa desportivo da Ordem dosEngenheiros, é organizado pela DT - Dinamismo Total e contacom o patrocínio da Stock-Car.As inscrições podem ser feitas na Delegação Distrital de Braga, email: [email protected], tel.: 253269080, fax: 253269114. Ou para Dr.ª Alexandra Gaio:962728642, Eng.º Paulo Rodrigues: 969516504 e Eng. Jorge Basílio: 917827407

SETEMBROLOCAL: BragaORGANIZAÇÃO: DD BragaENGENHO E OBRA – ENGENHARIA EM PORTUGAL NO SÉCULO XX

ERRATAPor lapso no último número da INFO foi indicado queLuís Sousa Lobo é o representante de Portugal no GrupoBolonha, no artigo “Processo de Bolonha: Engenharia –Contra o devaneio académico da proposta do MCIES”,página 9, o que não corresponde à verdade, sendo orepresentante actual Sebastião José Cabral Feyo deAzevedo. Pelo facto, pedimos desculpa aos dois visados. Chama-se a atenção para o facto do mesmo artigo ter sidotambém publicado no Jornal de Negócios no cadernosemanal Engenheiros.

AGENDAPágina 34 info AGENDA Página 35info