16

Informação IERGS | Negócios 2013.2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Informação IERGS | Negócios 2013.2
Page 2: Informação IERGS | Negócios 2013.2

2

Page 3: Informação IERGS | Negócios 2013.2

3

Oportunidades surgem a todo instante e sempre é hora de apro-veitá-las para o crescimento profissional e, claro, pessoal. Pensando nisso, a InformAção traz nesta edição algumas dicas para quem deseja se destacar no mercado de trabalho. Quer ser

promovido na empresa? Nós auxiliamos. Quer buscar novos caminhos? Nós os mapeamos para você. Quer conquistar o primeiro negócio e talvez o seu primeiro milhão? Nós ajudamos com isso. Lembre-se sempre: é dentro de cada um de nós que está o potencial para crescer e realizar-se na vida particular, tanto quanto na profissional. Com o mercado aquecido e a valorização do profissional em pauta, todos os setores vem mudando seus paradigmas sobre o que esperar de seus colabora-dores. Entre tantas qualificações, o comprometimento pode ser o principal deles. Por isso, é hora de comprometer-se com seus desejos de crescimento e ir em busca de conquistá-los. Há inúmeras possibilidades esperando por pessoas em-penhadas em fazer a diferença e em promover a mudança que desejam em suas vidas. E você está preparado? Então leia as próximas páginas e inspire-se. Nós queremos ter ainda mais motivos para comemorar com você quando os próximos anos chegarem. Boa leitura!

Cresce a procura por profissionais de Coaching nas empre-sas. Esse profissional,

essencial para o desenvolvimento e crescimento das corporações, identifica as necessidades pontuais e oferece so-luções criativas e inovadoras na gestão de recursos humanos. Seu objetivo prin-cipal é dar suporte às pessoas de forma que elas possam superar seus obstácu-los, crescer e progredir, aprendendo a

Editorial

Destaque

EXPEDIENTE

Revista: InformAçãoPublicidade e Edição: IERGSInstituto Educacional do Rio Grande do SulDiretor Geral: Saul HoegenDiretora de Pós-Graduação: Silvana HoegenJornalista: Jonas Amar (MTB/RS 14.065)e Daniela Machado (MTB/RS 14.726)Revisor: Press RevisãoDiagramação: Thiago PiresContato: [email protected]

lidar com as dificuldades que venham a surgir durante esse caminho. “É um pro-cesso focado em liberar o potencial e maximizar o desempenho dos indivídu-os na vida pessoal e profissional”, afir-ma o especialista em coaching Ricardo Melo. O Coach, que, em inglês, significa treinador, colabora na contratação das pessoas certas para os cargos adequa-dos, propiciando também capacitações necessárias ao desenvolvimento de cada um. É um treinamento que pro-duz mudanças positivas e duradouras e auxilia na administração do tempo. “Conduzido confidencial e individual-mente, o coaching é uma oportunidade de visualização clara dos pontos indivi-duais, de aumento da autoconfiança, de quebrar barreiras de limitação para que as pessoas possam conhecer e atingir seu potencial máximo”, defende Melo. Para o bom andamento do traba-lho, também é necessária a confiança do coachee (contratante), entendendo que esse profissional está ali para aju-dar e precisa saber de todas as neces-sidades da corporação, para que possa, assim, elaborar estratégias eficazes, a fim de otimizar o potencial da empresa em questão. O coaching é, na verdade, um grande processo de desenvolvimento direcionado à aquisição e ao aperfei-çoamento ou à descoberta das com-

Profissão: Coaching Empresas que utilizaram o Coaching Profissional por motivos comerciais obtive-ram um retorno médio de

cerca de sete vezes o valor do investimento.

MILIONÁRIO ANTES DOS 30 – 04 // MARKETING DIGITAL NO VAREJO – 05 PREVIDÊNCIA PRIVADA – 07 // GESTOR DE RH – 08

// INVESTINDO NA SUA PROMOÇÃO – 10 // FRANQUIAS – 12 // POLÍTICA QUALIFICADA – 13 // NA ROTA DO LIXO ELETRÔNICO – 14

colocar a foto

Ricardo MeloFundador da Evoluti Cursos Profissionalizantes

petências, o que contribui fortemente para a evolução do indivíduo, gerando impactos positivos nele próprio e nas pessoas ao seu redor. E o mercado tem entendido o valor desse profissional. O franco crescimento no Brasil é conse-quência da relevância percebida pelas empresas para a melhoria das relações pessoais e profissionais, aumentando seu rendimento e os resultados no am-biente organizacional e suas relações em resoluções de conflitos. “Estão per-cebendo que esse treinamento é uma ferramenta poderosa e já muito difun-dida e utilizada em todo o mundo”, fi-naliza Ricardo Melo. A evolução é tão notável que empresas que utilizaram o Coaching Profissional por motivos co-merciais obtiveram um retorno médio de cerca de sete vezes o valor do inves-timento, segundo o Relatório Final do Estudo de Cliente Global de Coaching da International Coach Federation.

ÍNDICE

Page 4: Informação IERGS | Negócios 2013.2

4

Como foi o seu início profissional? Iniciei minha carreira como vendedor. Sempre tive afinidade com a área comercial e gostava de me rela-cionar com as pessoas. Usei isso a meu favor, vendi vários tipos de produtos e serviços até descobrir o mercado de cursos profissionalizantes e idiomas. Inicialmente, eu não tinha a ambição de ter minha própria empresa, muito pelo contrário. Minha satisfação era colaborar proativamente para o crescimento das empresas em que eu trabalhava, até perceber que meus pro-jetos e minha visão de negócios esta-vam sendo boicotados por empresários e gerentes conservadores e acomoda-dos. Resolvi, então, que eu podia e de-via ir além e decidi empreender.

E sua ascensão até a posição que ocu-pa hoje? Comecei com um capital inicial de R$ 3 mil, móveis emprestados e 8 computadores velhos, alugados em um

Alexandre LoudradeFundador da Evoluti Cursos Profissionalizantes

MILIONÁRIO ANTES DOS 30

sobrado também alugado, que dividia entre residência e a empresa. Pouco tempo depois, convidei um amigo de longa data, Vinicius Almeida, hoje com 35 anos, para formar sociedade na então escola, que ainda não havia em-placado. Antes de iniciar a sociedade, percebemos que apesar de jovens, jun-tos somávamos mais de 10 anos de ex-periência atuando com gestão, coorde-nação, comercialização e, em especial, captação de alunos em escolas de cur-sos de informática e profissionalizantes de diversas cidades do estado de São Paulo e Rio de Janeiro. Essa experiência mútua seria fundamental para o suces-so da parceria. Encontramos algumas dificul-dades iniciais, como posicionar uma nova marca e prospectar clientes em um mercado com vários concorrentes já estabelecidos e consolidados no seg-mento. Apesar disso, a expertise e a experiência acumulada, somada aos di-ferenciais de produtos e marketing que agregamos ao negócio, falaram mais alto que as dificuldades, o que nos fez sobressair. Após um ano de muito tra-balho, a primeira unidade de Taubaté (São Paulo) já era rentável. Vendo que o negócio poderia ser sucesso em outras cidades, abrimos novas escolas no ano de 2009, nas cidades de Tremembé-SP e no distrito de Moreira César, no muni-cípio de Pindamonhangaba-SP. Em 2010, mais duas escolas foram abertas, nas cidades de Caça-pava-SP e Jacareí. Em 2011, mais três escolas foram abertas, nas cidades de São José dos Campos-SP, Guaratingue-tá-SP e Cruzeiro-SP, sendo que esta últi-ma chegou à marca de 300 alunos ma-triculados em apenas 30 dias. Assim, minha rede se tornou a maior rede de escolas de cursos profissionalizantes do Vale do Paraíba (eixo São Paulo – Rio de Janeiro), com 3 mil alunos ativos. Em 2012, iniciamos a expan-são nacional da rede, através do siste-ma de franquias. Hoje, a EVOLUTE CUR-SOS PROFISSIONALIZANTES possui 13

Muitos sonham com a conquista do primeiro milhão. Apesar de não ser fáci, jovens empreendedores têm provado que, com criatividade e força de vontade, é possível chegar lá. Confira a história de sucesso de um milionário antes dos 30 anos:

Entrevista

4

escolas próprias e 47 franqueadas.

Como foi conquistar seu primeiro mi-lhão? Foi como sentir que, com mui-to sacrifício, consegui subir a metade dos degraus da escada que precisava e desejava subir. Ao olhar para baixo, foi um misto de satisfação, somado a um imenso sentimento de responsabili-dade e desejo de continuar subindo, ao olhar para cima.

Quais são seus objetivos profissionais a curto, médio e longo prazo? A curto prazo, quero fazer a mi-nha rede de 60 escolas chegar a 100 unidades; a médio prazo, chegar a 250 unidades; a longo prazo, chegar a 500 unidades e viabilizar a expansão inter-nacional do grupo.

Alcançar a posição que ocupa hoje não é tarefa fácil. Ao que credita essa conquista? Atribuo à perseverança e à manutenção de relacionamento com pessoas certas. Nas dificuldades preci-samos dos dois para vencer: da perse-verança para não desistir e dos amigos e companheiros para lhe motivar e aju-dar a continuar.

Se você precisasse usar uma palavra para descrever como se sente atual-mente, qual seria? Porque? Motivado. Me sinto motivado por tudo que já conquistei e, por isso, muito inspirado e fortalecido a buscar e conquistar muito mais.

Qual seu conselho para jovens que também estão em busca do primeiro milhão? Eu sugiro que empreendam, que acreditem em seu potencial sem titubear um segundo sequer. E que se unam a pessoas que possam agregar valores importantes para ajudá-los nessa empreitada, seja em conheci-mento, seja em motivação, seja em experiência.

Page 5: Informação IERGS | Negócios 2013.2

5

MARKETING DIGITAL NO VAREJONovas ferramentas auxiliam o crescimento das vendas

E m todos os ramos, a tecnologia vem auxiliando no desenvolvi-mento e crescimento das orga-nizações. Projetos de marketing

digital vêm crescendo e gerando grande retorno às marcas. Com isso, aumenta a importância das mídias digitais en-quanto ferramentas de comunicação e recebem, em alguns casos, investimen-tos superiores aos da mídia tradicional. A segmentação é um dos atra-tivos para quem deseja se aventurar no mundo do marketing digital. Com custos mais baixos e a possibilidade de atingir o público certo com maior velo-cidade, as mídias digitais conseguem tornar o processo de compra mais ágil. O e-commerce, um mercado com um pouco mais de 10 anos de vida, cres-ceu 21% em 2012 no Brasil, enquanto o varejo tradicional cresceu cerca de 8%. Por conta desses números, empre-sas que até então estavam de fora do

“Primeiro queremos conhe-cer e dominar melhor essas

ferramentas, para depois interagir com esse público

e disponibilizar outros atrativos”.

Marketing

Sérgio BandeiraDir. de Operações da Tumelero

Visa especializar os participantes com ações de Marketing (Estratégicas, Económicas e Operacio-nais) adaptadas aos meios digitais, de forma a obter, nestes canais, a mesma eficiência e eficácia

do marketing tradicional e em simultâneo potenciar os efeitos do marketing tradicional. Apresentar técnicas a respeito das Redes Sociais Web, seus papéis, suas principais ferramentas e caracterís-

ticas, de forma a promover uma nova forma de relacionamento, de geração e desenvolvimento dos negócios. Promover acoes de comunicacao que as empresas podem utilizar por meio da internet

e outros meios digitais para divulgar e comercializar seus produtos, conquistar novos clientes e melhorar a sua rede de relacionamentos.

MENSALIDADE

18X DE R$ 318,00www.iergs.com.br

3061.7040

mercado virtual já começam a se mo-vimentar. Conforme Sérgio Bandeira, diretor de operações da Tumelero, a marca possui perfis no Facebook e no Twitter, com caráter apenas informati-vo. No entanto, o diretor já planeja um melhor acompanhamento e monitora-mento das redes sociais. “Nossos pro-dutos ainda possuem certa resistência na compra através da Internet, pois a realidade do mercado de materiais de construção é diferente, até porque a lo-gística destes produtos requer cuidados maiores”, afirma. Ele também demons-tra que a empresa já possui interesses em interagir mais com seu público, mas não sem antes conhecer bem o merca-do ao qual está ingressando. “Primeiro queremos conhecer e dominar melhor essas ferramentas, para depois inte-ragir com esse público e disponibilizar outros atrativos”, conclui Bandeira. Um dos dados mais impor-tantes das pesquisas realizadas com consumidores on-line é o valor médio gasto pelos internautas: R$ 350, média maior do que o investido em lojas físi-cas. Outra ferramenta on-line utilizada é o e-mail marketing, sendo a opção de 80% das empresas que investem na comunicação digital. Em seguida, apa-recem as redes sociais (67%) e os links

patrocinados (53%). Antes de investir no marketing digital, é preciso fazer algumas pergun-tas, para que se possa escolher a ferra-menta mais adequada ao seu negócio. Afinal, quem é o seu consumidor? Qual é o perfil dele? Em quais sites navega? Quais suas redes sociais preferidas? Qual a imagem da sua marca na Ine-trnet? Saber responder esses questio-namentos pode levar suas estratégias de marketing digital ao sucesso e, tam-bém, sua empresa.

Pós-graduaçãoMBA MARKETING DIGITAL

Page 6: Informação IERGS | Negócios 2013.2

6

DICAS DE SUCESSOConfira os conselhos de pessoas bem-sucedidas e os coloque em prática

“Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção” (Steve Jobs – fundador da Apple).

“A maneira como você coleta, gerencia e utiliza as informações determina se você vai vencer ou perder” (Bill Gates – fundador da Microsoft).

“Arriscar não é partir para um voo cego. É ter coragem para enfrentar obstáculos que certamente surgirão. Com previsibilidade e planejamento, o risco se torna oportunidade” (Eike Batista – empresário brasileiro).

“A educação é claramente o fator que irá conduzir melhorias na economia a longo prazo. No futuro, software e tecnologia irão permitir que as pessoas aprendam muito com seus colegas” (Mark Zuckerberg – CEO do Facebook).

“Empreendedor precisa gostar de gente, entender o que as pessoas querem, ter visão de longo prazo, equilibrar razão e emoção” (Alexandre Costa – fundador da Cacau Show).

“Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência” (Henry Ford – fundador da Ford).

Notas

SINDESC/RS

DEMHAB

CRA -RS

Page 7: Informação IERGS | Negócios 2013.2

7

PREVIDÊNCIA PRIVADA

oBrasil ainda caminha len-tamente quando o assun-to é previdência privada. Geralmente, apenas os

mais velhos se preocupam em garantir a segurança dos jovens. Pais, avós e padrinhos são quem tomam a iniciativa de começar a poupar desde cedo para uma vida mais segura no futuro. Apesar disso, já se percebe grande aumento no segmento de planos de previdência nos últimos dez anos. Começar a economizar desde cedo é uma boa opção para quem de-

seja fazer aportes menores de valores e ter um fundo financeiro suficiente mais tarde. A matemática é simples: uma pessoa que começa um plano aos 15 anos de idade, contribuindo com R$ 100, terá um fundo acumulado de mais de R$ 250.000 aos 60 anos. Isso se considerarmos um rendimento line-ar de 6% ao ano, o que pode aumentar com o passar do tempo. Seja para custear faculdades, dar suporte ao início profissional ou fi-nanciar o primeiro imóvel, essa busca por planos de previdência aponta para um povo brasileiro mais consciente quanto ao padrão de vida que se dese-ja ofertar aos filhos. Segundo Lourdes Daudt, gerente de produtos do GBOEX, a cultura de previdência ainda não se instalou de fato. “As pessoas ainda enxergam a previdência como uma al-ternativa de investimento, muito mais do que uma opção de prevenção para o futuro”, afirma ela. O carro-chefe da empresa são os planos de risco, onde se inclui o pecúlio, que protege a família na falta do titular. No geral, já são mais de 200 mil associados nesta categoria de serviço. Os números que a previdência privada apresenta também são signifi-cativos. Conforme a FENAPREVI (Fede-ração Nacional de Previdência Privada e Vida), entre janeiro e outubro de 2012 foram arrecadados R$ 54 bilhões nos planos de diversas categorias. A GBO-

“As pessoas ainda enxergam a previdência como uma

alternativa de investimento, muito mais do que uma opção de prevenção para o futuro”.

Finanças

Lourdes DaudtGerente de Produtos do GBOEX

- Preparar profissionais para atuarem de forma integrada com conhecimentos e habilidades que

os qualifiquem a ter uma visão da Gestão de Finanças Corporativas, especializando-os a pensar

e agir estrategicamente frente aos desafios desta área profissional.

- Especializar profissionais para atuar como gestor financeiro no mercado corporativo de empre-

sas e instituições financeiras, em busca de maximizar os resultados do acionista.

- Enfoque empresarial, com concepção prática, devido à experiência profissional dos professo-

res, reforço na visão de análise em todas as atividades, focando cada uma delas como proces-

sos que precisam ser gerenciados pelos alunos.

Pós-GraduaçãoMBA FINANÇAS CORPORATIVAS

MENSALIDADE

18X DE R$ 318,00www.iergs.com.br

3061.7040

EX, que nasceu em Porto Alegre, se en-contra na 4ª posição dentre as empre-sas brasileiras que oferecem esse tipo de serviço. A categoria de profissionais au-tônomos é uma das que mais necessita se preocupar com essa segurança. Em função de não possuírem carteira assi-nada e, consequentemente, não contri-buírem com INSS (Ministério da Previ-dência Social), torna-se fundamental que já comecem a planejar sua aposen-tadoria e sustentar um bom padrão de vida no futuro. Contudo, é importante ressaltar que esse fundo não deve ser movimentado a qualquer momento. “Os planos de previdência complementar são bastante flexíveis e permitem o res-gate do fundo a critério do titular, mas acaba fugindo à ideia de manter o fun-do para quando ele parar de trabalhar”, alerta Daudt. Preocupar-se com o futuro e garantir uma boa renda para aposenta-doria devem estar entre as prioridades de todos os profissionais. Com um pou-co de economia, é possível assegurar sua qualidade de vida a longo prazo.

Page 8: Informação IERGS | Negócios 2013.2

8

GESTOR DE RH: NOVAS FUNÇÕES EM TEMPOS MODERNOS

Gestão de Pessoas

“Mais do que selecionar talentos no mercado de

trabalho, faz-se necessário cuidar dos que atuam na

organização”.

Mudanças na gestão de Recursos Humanos exigem visão estratégica e habili-dade do profissional para conciliar interesses entre trabalhadores e empresa

Hoje, as organizações possuem uma visão muito mais abran-gente do papel das

pessoas que compõem o seu grupo de trabalho, principalmente porque o sucesso das companhias está ligado à organização e ao desempenho dos seus colaboradores. Conciliar os ob-jetivos empresariais e mantê-los em harmonia com os interesses individuais dos profissionais é parte de uma série de novas funções que passaram a ser reproduzidas pelo setor de Recursos Humanos das instituições. Os gestores de RH dos tempos modernos articulam e executam as ta-refas de competência das empresas ao mesmo tempo em que estimulam valores sociais, crenças, atitudes inter-pessoais e as aspirações dos seus fun-cionários. Enquanto controlam procedi-mentos de rotina, eles também buscam soluções para uma variedade de pro-blemas que envolvem os membros de toda a organização, porém, diferen-ciam-se por exercícios de criatividade e inovação. É seguindo esse know-how que Vivian Stumpf Correa promove o gerenciamento de pessoal na rede DI-MED Distribuidora de Medicamentos. Segundo a gerente, o objetivo do setor é estar alinhado ao plano estratégico da empresa, dando suporte ao seu pla-no de expansão. “No quesito gestão de pessoas, precisamos apoiá-la para que garanta as ferramentas que lhe possibi-litem alcançar seus objetivos estratégi-cos”, defende. Todos os profissionais envolvi-dos com o RH da rede atuam em be-nefício de mais de cinco mil colabora-dores, que atendem nos três estados da região Sul do Brasil. E para isso, ino-vação é essencial. Vivian destaca a im-plantação de um novo modelo de con-sultoria interna, que busca aproximar o RH das áreas de negócio, acolhendo as demandas específicas de cada um dos

três ramos existentes (varejo, atacado e indústria). Outro destaque é a criação de um Indicador de Gestão de Pessoas. Essa ferramenta permite aos gestores acompanhar constantemente o índice QL, Turnover (rotatividade), custos de pessoal, cotas legais, entre outras in-formações que possibilitam uma rápida adequação de caminhos e estratégias.Lauro Junior, supervisor de Recursos Humanos da DIMED, reconhece que a profissão passa por mudanças, en-quanto o setor continua na condição de ser eficaz em todos os níveis da em-presa. “Além de aprimorar a eficiência operacional, a função dos Recursos Humanos agregou um papel maior de alinhamento com o negócio. É preciso ter autoconhecimento, formação sólida e visão de negócio para ser um bom gestor”, diz o supervisor. Ser criativo, inovador, comu-nicativo e até persuasivo são carac-terísticas cada vez mais iminentes a um gestor de Recursos Humanos. Na atualidade, as empresas buscam um profissional alinhado com a cultura or-ganizacional, mas que também apre-sente pensamento estratégico, capaz de gerar um comportamento positivo nas pessoas que têm diferentes habili-dades, aptidões e talentos. Segundo a psicóloga e profes-sora convidada do IERGS, Andréa Abs De Agosto, o foco da gestão de pesso-as nas empresas tem que ser o próprio negócio. “Para que dê resultado, preci-samos de profissionais competentes e comprometidos nos cargos operacio-

nais e estratégicos da empresa”, garan-te. Ela lembra que o gestor de Recursos Humanos precisa estar apto, mas tam-bém gostar do convívio com outras pes-soas. “Tem sim que gostar de gente e ter alta competência em relacionamen-to interpessoal, ao mesmo tempo em que precisa de conhecimento técnico para adequar as demandas da empre-sa com as necessidades das pessoas”, completa Andréa.

A QUALIDADE QUE CLIENTES E EMPRESAS DESEJAM

A Gestão de Recursos Huma-nos sempre foi importante para o cum-primento das normas e deveres das em-presas e dos trabalhadores, mas vem evoluindo para uma cultura direcionada e inovadora. Através de recursos e exer-cícios, os gestores provocam alterações nas relações de poder, nas práticas de organização do trabalho e no desempe-nho pessoal dos funcionários. Orian Kubaski é presidente da Associação Brasileira de Recursos Hu-manos – RS (ABRH-RS) e, segundo ele, é desafiador até mesmo para os profis-sionais do setor entender as mudanças que suas figuras enfrentam no mercado atual. “O segredo está em descobrir as próprias estratégias para cada organi-zação, cada modelo de negócio e seus mercados. O fundamental é ter a cons-ciência desse propósito e buscar, in-cansavelmente, este objetivo”, defende Kubaski. Um dos maiores desafios atu-ais da gestão de Recursos Humanos é harmonizar os interesses do capital e do trabalho. Ainda assim, o diferencial para superar essa barreira pode ser a capacitação dos coordenadores de pes-soal. Dados divulgados pela ABRH-RS mostram, por exemplo, que o tempo médio de contratação de profissionais qualificados no Brasil é de 48 dias, um dos menores entre as 40 economias

Page 9: Informação IERGS | Negócios 2013.2

9

Gestão de Pessoas

Orian Kubaski - Presidente da ABRH-RS

O curso de MBA Gestão de Pessoas tem como objetivoproporcionar aos participantes, um ambiente rico em

teoria e prática, instrumentalizando os pós-graduandoscom as mais novas técnicas de seleção, gestão e

desenvolvimento de pessoas.

MENSALIDADE

18X DE R$ 318,00www.iergs.com.br

3061.7040

Pós-graduaçãoMBA GESTÃO DE PESSOAS

pesquisadas pela Grant Thornton Inter-national. A média global é 70 dias. Kubaski defende que o atual modelo de gestão deve ser de comple-mentaridade e de propósitos comuns, visando o bem-estar da sociedade em geral. “É preciso ter visão sistêmica e inteligência emocional para adaptar-se aos processos de mudanças”, lembra o presidente. “Mais do que selecionar talentos no mercado de trabalho, faz-se necessário cuidar dos que atuam na or-ganização, para que estes sintam pra-zer em trabalhar e alcancem melhores resultados”, conclui. A motivação é um dos pontos-chave para os colaboradores perce-berem a sua importância dentro dos processos organizacionais das institui-ções, mas cabe aos gestores de Recur-sos Humanos promoverem os estímu-

los que vão alinhar esses esforços aos propósitos administrativos. A partir dos novos paradigmas sobre as funções do RH, o engajamento exercido por seus profissionais tem a capacidade de im-pulsionar as empresas brasileiras para uma realidade econômica mais qualifi-cada, moderna e, acima de tudo, mais humana.

SEM RH NÃO HÁ EMPRESA

Gestão de pessoas – o setor contrata pessoas e fornece os subsídios neces-sários para que todos possam trabalhar com eficácia e eficiência, além de de-senvolver suas habilidades e potencia-lidades, orientar, coordenar seus esfor-ços individuais ou grupais.Gestão Estratégica – assegura que as

atividades tradicionais de RH forneçam suporte às metas da organização por meio de um processo de planejamento.

Força de trabalho – o setor dimensiona a força de trabalho, recrutamento e se-leção, gerenciamento dos registros, es-tabelecimento de planos de sucessão e a saída de empregados.

Desenvolvimento de pessoal – utiliza treinamento, desenvolvimento, gestão de programas de avaliação de desem-penho para assegurar que os indivíduos tenham conhecimento e habilidade dis-poníveis quando for necessário.

Remuneração total – desenvolve, im-plementa e promove a manutenção de todas as formas de compensação e dos sistemas de benefícios.

Relações trabalhistas – visa práticas para construção de relações trabalhis-tas positivas, tanto em ambientes sin-dicalizados como não sindicalizados. Incluem procedimentos e políticas de local de trabalho, negociações sindi-cais.

Planejamento – é imprescindível ao setor atuar na organização e na integra-ção dos setores da empresa para que obtenham melhor proveito.

Agentes do crescimento - observa o desempenho e a evolução da organi-zação, promove mudanças, transfor-mações e contribui para o aumento da produtividade.

Page 10: Informação IERGS | Negócios 2013.2

10

INVESTINDO NA

Características pessoais

Responsabilidade e comprometimento com o trabalho são características fundamentais na hora de oferecer um cargo mais alto a um colaborador. Proatividade também. Toda empresa precisa de um

profissional que se antecipe às demandas e que atue antes de os problemas acontecerem. “O importan-te é sempre manter um bom relacionamento com os colegas, agindo de forma que o clima da empresa seja positivo”, afirma Felipe Laufer, gerente da Hays Accountancy & Finance. Atualmente, a queixa mais comum dos empresários é que há muitos colaboradores trabalhando adequadamente por um período

curto de três meses, o de experiência. “Depois, parece que a motivação acaba e se acomodam e, então, decepcionam”, diz Viviane Mourão, especialista em RH da Meta&Vida

Desenvolvimento em Recursos Humanos.

Antes de pensar em ser promovido ou receber um aumento, você precisa se perguntar: como está o meu rendimento e a qualidade do meu trabalho? Essa reflexão levará você ao crescimento dentro da organização, desde que realize suas atividades corretamente e, claro, ofereça um diferencial. Faça uma autoavaliação do seu desempenho antes de buscar subir de nível e lembre-se que, em geral, os profissionais já promovidos chamaram a atenção e se destacaram dentro da empresa. Veja as dicas dos especialistas para ser você o próximo promovido:

O conceito de ambição pode até carregar um caráter negativo, mas perseguir seus desejos com integridade é a chave para o sucesso. Se você planeja alcançar uma posição melhor no mercado de trabalho, confira as dicas a seguir.

Cumprir com as atividades que lhe foram designadas e fazê-las com disciplina e organização são maneiras de ganhar

o reconhecimento do chefe. “Estar próximo ao seu gestor ou líder, trazendo ideias e soluções é uma forma segura de mostrar seu potencial”, observa Viviane Mourão. Isso não

quer dizer que você não deva valorizar também o trabalho em equipe. Demonstre sua capacidade periodicamente e eviden-cie o desejo de melhorar cada vez mais. É preciso ficar claro o

que a empresa e seu líder esperam de você e vice-versa.

Posicionamento perante os supervisores

Trabalhar em equipe exige flexibilidade e tolerância, já que são pessoas com diferentes experiências, opiniões, visões e hábitos. “Ter foco em um bom desem-

penho de trabalho, ajudar os colegas e ter a humildade de pedir ajuda serão importantes na integração de todos a um objetivo comum, que é o sucesso da

empresa e o bem-estar geral no dia a dia”, indica Viviane Mourão. Já para Felipe Laufer, o bom gestor é aquele que divide informações com o time, sabe delegar tarefas e não centraliza tudo. Também é necessário saber cobrar dos colabora-

dores que atinjam o resultado esperado com o próprio trabalho. “É assim que as pessoas se desenvolvem, por isso é importante saber dividir informações com os

colegas desde cedo”, esclarece ele.

Trabalho em equipe

Especial

Page 11: Informação IERGS | Negócios 2013.2

11

INVESTINDO NA SUA PROMOÇÃOÉ praticamente folclore o fato de apenas funcionários mais antigos progredirem antes no emprego. Comunicar-se com cole-gas e chefia também é muito importante para se fazer notado. Aja com bom senso e não se importe tanto com as opiniões dos outros. Defender seus próprios ideais é vital para o sucesso, mas tome cuidado para não expor sua vida pessoal demais. Se alguma questão anda interferindo no seu trabalho, seja claro e breve. Preze pela descrição na mesa do trabalho e não encha a área com pertences extremamente pessoais ou com itens que podem reduzir a sua credibilidade profissional. Limite-se aos porta-retratos. Passe segurança e cumprimente as pessoas com um aperto de mãos firme. E lembre-se que errar é humano e muita gente não gosta de quem fica se desculpando por tudo. Se cometer uma gafe, peça desculpas apenas uma vez e continue a conversa.

Para conseguir se destacar, fique atento ao que a empresa espera de você. Em função dis-so, é interessante conversar com o gestor para estabelecer um plano de desenvolvimento e traçar metas e objetivos. “Se o profissional vem cumprindo as metas traçados, fica mais fácil mostrar ao seu superior que está merecendo uma promoção”, indica Felipe Laufer. O plano também ajuda o

próprio colaborador a fazer uma autoavaliação e perceber se é merecedor ou não de um cargo mais alto. Supere os objetivos e entregue-se mais do que o esperado. Para conquistar uma promoção, é fundamental ter boa exposição e relacionamento com outras áreas da companhia. E, acima de

tudo, goste do que faz. É imprescindível. “Hoje, as empresas querem pessoas que tragam soluções e vistam a camisa, para que seus produtos ou serviços continuem sendo inovadores e atrativos”,

defende Viviane Mourão.

Garantindo o destaque

Capacitação especial

Capacitações na área de atuação são bastante relevantes, principalmen-te para profissionais que ocupam cargos em que é preciso se envolver

nas estratégias da empresa. Investir em si mesmo com cursos de espe-cialização mantém o profissinal atualizado com o mercado, enquanto a educação continuada o torna cada vez mais essencial dentro da corpo-

ração. Busque qualidade e excelência em tudo que você realiza.

Qualificação profissional

Se mesmo depois de todos os esforços e demonstração da sua ca-pacidade a empresa não reconhecer seu trabalho, é hora do diálogo. Busque realmente entender os motivos que o fazem continuar na posição atual. Deve-se, então, conversar com os líderes para saber onde melhorar, os possíveis er-ros de percurso e também questionar sobre um plano de carreira, para saber quais suas possibilidades. “Dessa forma, você terá consciência das regras da empresa e suas chances de uma nova colocação ou aumento salarial, anali-sando, assim, seus próximos passos”, recomenda Viviane Mourão. Às vezes, simplesmente não há orçamento ou espaço para promoção profissional. “Se for o caso, o colaborador não verá perspectivas no médio ou longo prazo e

perceberá que ficará estagnado”, analisa Laufer, que acredita que essa pode ser a hora de buscar uma nova oportunidade em outra empresa.

Especial

Page 12: Informação IERGS | Negócios 2013.2

12

Negócios

FRANQUIAS: COMO FUNCIONA ESSA PARCERIA

O desejo de empreender é, normalmente, permeado de dúvidas e receios. Em função disso, muitos bus-

cam nas franquias uma opção mais segura para ter o seu próprio negócio. Nesse modelo, os métodos de trabalho e procedimentos já foram desenvolvi-dos com base na história de sucesso da marca em questão. Através de uma empresa de-tentora de marca conceituada, o em-presário tem acesso a um know-how adquirido durante os anos de operação da rede. Une-se, então, a capacidade mercadológica, tecnológica e gerencial do franqueador ao espírito empreende-dor e a iniciativa de trabalho do fran-queado. “É como um casamento entre empreendedores, em que o franqueado deve se identificar com os métodos e as regras de trabalho desenvolvidas pelo franqueador, assim como o franque-ador deve entender que o franqueado possui características ideais para gerir o negócio”, afirma Jeferson C. Almeida, advogado e fundador do Grupo JC. Al-meida, empresa de consultoria em fran-quias. Para fazer uma concessão, a franqueadora determina, de forma

“É como um casamento entre empreendedores, em que o

franqueado deve se identificar com os métodos e as regras de

trabalho”.

aleatória e subjetiva, quais serão as características ideais dos franqueados. Estas podem ter um viés acadêmico, social, econômico, profissional, entre outros. A empresa Body Store nasceu há 15 anos em Porto Alegre e hoje pos-sui 84 filiais em 19 estados. O processo seletivo da sua franquia analisa o poder de negociação, o relacionamento e a liderança dos candidatos. Segundo Pe-dro Vega, analista de expansão, essas qualidades são necessárias para poder gerir o negócio proposto pela organiza-ção. “É fundamental que ele tenha ex-periência comercial e melhor ainda se tiver experiência no varejo, pois é uma dinâmica mais corrida, que exige pique e fôlego”, relata. Vega também informa que o processo assertivo e exigente aprova cerca de 4% dos interessados entre o cadastramento e a aprovação. Quando aprovados, os franqueados ainda pas-

sam por treinamento de rotina de ven-das, gerenciamento de estoque e finan-ceiro. São aproximadamente 75 dias de preparação para a inauguração do novo espaço. Para os franqueadores, uma das principais vantagens deste sistema é ampliar suas operações com rapidez e baixo investimento. Para os investi-dores, é a oportunidade segura de ser dono do seu próprio negócio sem correr grandes riscos. Contudo, pesquisar a serieda-de da marca e do projeto é primordial, bem como conversar com outros fran-queados em atividade, entendendo cla-ramente o modelo de negócio. É preci-so também estar assessorado por um advogado especialista em franchising para garantir segurança no investimen-to. “Tais dicas são fundamentais para quem deseja abrir uma franquia para que tudo saia conforme a expectativa do franqueado”, alerta Almeida. As franquias apontam para uma forma mais eficaz de abrir o pró-prio negócio e com retorno no investi-mento. Com o apoio de um franqueador competente e reconhecido no mercado, o caminho para uma independência financeira e de sucesso profissional já pode estar trilhado.

Page 13: Informação IERGS | Negócios 2013.2

13

Gestão

FRANQUIAS: COMO FUNCIONA ESSA PARCERIA POLÍTICA QUALIFICADAGestão pública com especialistas na área faz a diferença

“O servidor precisa co-nhecer novos conceitos e modelos modernos de

gestão”.

Independente de uma or-ganização ser privada ou pública, a capacitação dos profissionais é necessária.

Órgãos governamentais têm buscado, cada vez mais, colaboradores especia-lizados em gestão. E, se existe aumento da oferta, existe também crescimento da demanda. O setor público está mais re-ceptivo e interessado na questão. É o que afirma Luiz Ildebrando Pierry, se-cretário executivo do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP). Segundo ele, esse interesse decorre do aumento da exigência do contribuinte e do cidadão, cada vez mais consciente e crítico. O público está preocupado com a necessidade de melhorias na qualida-de dos serviços a sua disposição e com foco em resultados. “A experiência tem demonstrado que, de um modo geral, o servidor precisa conhecer novos concei-tos e os modernos modelos de gestão, gerenciamento de projetos, sistemas de avaliação e desenvolvimento de compe-tências”, alega Pierry.

Para se chegar a um patamar melhor, é fundamental a qualificação das pessoas, primando pelas atitudes adequadas ao alinhamento das estra-tégias a serem executadas. E o Brasil parece estar em um momento oportuno para quem deseja investir na carreira pública. Enquanto o setor privado bus-ca qualificação para gerar produtos e serviços melhores e aumentar sua capacidade competitiva, o setor públi-co também precisa assumir respon-sabilidades em garantir boas políticas e aportar resultados compatíveis aos interesses da sociedade. “A mudança acontecerá a partir do envolvimento e participação de todos”, ressalta o se-cretário, lembrando ainda que apesar dos “apadrinhamentos” políticos, as li-deranças estão cada vez mais atentas e em busca de servidores qualificados para o alcance de um bom desempe-nho. O baixo número de servidores que possuem especialização em ges-tão pública tende a sofrer alterações. A expectativa é que essa quantidade au-mente nos próximos anos. Para quem deseja seguir nesse mercado crescen-te, é necessário estudar a missão e objetivos da organização e focar suas atividades na obtenção dos melhores resultados nesta direção. “É preciso adquirir a capacidade de olhar global-mente e agir localmente, ver o todo e realizar a sua parte”, garante Pierry.

Para o especialista, a mudan-ça virá e, no caso do setor público, até por força da descontinuidade adminis-trativa. E quem quiser contribuir com esse processo estará assumindo um compromisso por um estado melhor. “A principal missão do servidor é servir. Mas nunca sem qualidade”, conclui.

POLÍTICA, GESTÃO E SAÚDE

Atento ao assunto dentro da sua esfera de atuação, o Ministério da Saúde instituiu o Programa de Qualifica-ção e Estruturação da Gestão do Traba-lho e da Educação no SUS – ProgeSUS. O projeto é uma cooperação técnica e financeira com estados e municípios voltado para o fortalecimento das estru-turas de gestão do trabalho e da educa-ção no Sistema Único de Saúde. Com uma busca efetiva pela qualificação dos seus gestores, o Pro-geSUS tem como objetivo desenvolver ações conjuntas entre os entes federa-dos para o fortalecimento e moderniza-ção das estruturas de gestão do traba-lho e da educação no SUS. O programa abrange todos os aspectos gerenciais mais precisos como aqueles voltados para a informação e informática do se-tor, por exemplo.

Especializar gestores e profissionais para intervirem na realidade social, política e eco-nômica e assim contribuir para a melhoria da gestão das atividades desempenhadas

no setor público. Oferecendo ao pós-graduando uma visão ampla e integrada da Gestão Pública, com reflexões sobre as novas tendências e paradigmas administrativos.

MENSALIDADE

18X DE R$ 318,00www.iergs.com.br

3061.7040

Pós-graduaçãoGESTÃO PÚBLICA E PLANEJAMENTO

Page 14: Informação IERGS | Negócios 2013.2

14

Ambiental

NA ROTA DO LIXO ELETRÔNICO

Depois de 20 anos em tramitação, a Lei nº 12.305/10 instituiu a Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS). Ela contém instrumentos importantes para permi-tir o avanço necessário do País no en-frentamento aos principais problemas ambientais, sociais e econômicos, de-correntes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Aos poucos, começa-se a colocar em prática a responsabi-lização de comerciantes e fabricantes de produtos eletrônicos, que precisam pensar e planejar o destino final a ser dado para o chamado lixo eletrônico. Rodolfo Rospide, jornalista do Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre (DMLU), lembra que o recolhimento de lixo eletrônico deveria seguir as mesmas lógicas das lâmpadas fluorescentes. “É dever de todo distribuidor recolher os produtos comercializados por ele, embora nem sempre isso aconteça”, diz. Ao poder público, pelo contrário, cabe cuidar do destino final dos resíduos eletrônicos das pessoas físicas. A Prefeitura de Porto Alegre tem hoje cinco postos de descarte à disposição da população: o DMLU seção Conceição, DMLU seção Norte, DMLU seção Glória, a Procempa e mais um posto nas dependências da loja Leroy Merlin. Para atender as empresas que desejam cumprir seu papel social e dar destinação correta ao lixo eletrônico, a Prefeitura conta com o convênio da Tra-

de Recycle Comércio e Gestão de Resí-duos. “A Trade Recycle vem nos pres-tando serviços há quase cinco anos e, neste meio tempo, foi possível eviden-ciar nosso foco voltado à preservação ao meio ambiente”, conta Fabiano Var-gas, responsável ambiental do Grupo CarHouse, de Porto Alegre. Professor de Gestão Ambiental da pós-graduação do IERGS (Institu-to Educacional do Rio Grande do Sul), Marcus Hübner considera que algumas empresas passaram a usar o viés eco-lógico como uma ferramenta de marke-ting, principalmente pela busca das diretrizes de qualificação ISO 14000. Segundo o professor, mesmo com a aplicação de normas ambientais inter-nas, as empresas esbarram nos siste-mas públicos, geralmente limitados. “O que falta é uma rede de logística eficiente para o recebimento, por exem-plo, dos materiais eletrônicos dessas empresas, mas que também contemple um processo público de transporte e com investimentos para o reaproveita-mento do material”, destaca Hübner. Outro agravante para o des-carte do lixo eletrônico é a cultura da rápida substituição dos aparelhos. Os preços viáveis e as facilidades de aqui-sição acabam contribuindo para que as tecnologias sejam facilmente ultrapas-sadas. “O mercado paralelo de tecno-logias também proporciona seus riscos ao meio ambiente e diminui as oportu-nidades de reaproveitamento. Trata-se de uma iniciativa de poucos, mas um

problema de muitos”, alerta o professor Hübner. Com investimentos da multi-nacional Oi, em parceria com o Grupo Ambipar, a empresa Descarte Certo inaugurou uma unidade de manufatura reversa na cidade de Novo Hamburgo. Esta é a segunda planta fabril desen-volvida pelas duas companhias no País, sendo que a Oi deverá financiar a cons-trução e ampliação de seis fábricas de reciclagem no total. A Descarte Certo é responsável pelo recolhimento de ele-trodomésticos e eletroeletrônicos de todos os portes, diz Lucio di Domeni-co, representante da indústria. “Esses bens de consumo são fabricados com substâncias que lhes conferem qua-lidade, desempenho, funcionalidade, durabilidade e outras características relevantes. As substâncias, no entanto, quando em contato com o ar, com as fontes de água, alimentos ou mesmo nossa pele, podem causar sérios danos à saúde”, alerta di Domenico. A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos contém a responsa-bilidade compartilhada sobre o manejo dos resíduos urbanos. Ela cria metas importantes para a eliminação dos li-xões, por exemplo, e planeja atingir o índice de 20% de reciclagem até 2015. É um primeiro passo para colocar o Bra-sil em patamar de igualdade com os principais países desenvolvidos. Mas o segundo passo certamente é a colabo-ração de todos.

MENSALIDADE

18X DE R$ 318,00www.iergs.com.br

3061.7040

Pós-graduaçãoMBA GESTÃO AMBIENTAL

Proporcionará o aperfeiçoamento profissional, visando o desenvolvimento de estratégias vol-tadas a estabelecer bases sólidas para uma Gestão Ambiental com visão do futuro e compro-

metida com a melhoria da competitividade e rentabilidade organizacional, sem perder de vista a responsabilidade ética e social. Este curso oferece oportunidade para a geração de novos

modelos de desenvolvimento ambiental da sociedade e de suas organizações. Visa fornecer o conhecimento atual, básico e transdisciplinar necessário à formação do profissional com inte-

resse no planejamento e na gestão do meio ambiente como forma de alcançar o desenvolvimen-to ecologicamente sustentável, desenvolvendo competências, habilidades, consciência crítica e

instrumentos necessários à solução dos problemas ambientais.

Page 15: Informação IERGS | Negócios 2013.2

15

Page 16: Informação IERGS | Negócios 2013.2

16