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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 1 POTAFOS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA POTASSA E DO FOSFATO Rua Alfredo Guedes, 1949 - Edifício Rácz Center, sala 701 - Fone e fax: (19) 3433-3254 - Website: www.potafos.org - E-mail: [email protected] Endereço Postal: Caixa Postal 400 - CEP 13400-970 - Piracicaba-SP, Brasil INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS N 0 110 JUNHO/2005 Veja também neste número: Composição mineral de folhas de citros afetadas por doenças .............................................. 3 Influência do Zn e do K no tamanho da laranja .... 7 Canaviais tomam terreno do gado e da laranja ... 11 2 o Simpósio SASCEM ............................................. 12 Quanto vale a informação? .................................. 16 Encarte: Tópicos sobre a cultura da cana-de-açúcar A produção anual brasileira de laranjas é de aproxi- madamente 15 milhões de toneladas, a qual repre- senta 30% da produção mundial. Cerca de 80% des- se total é destinado às indústrias de suco concentrado e congelado localizadas em São Paulo. Ainda, estima-se que 2 a 3 milhões de toneladas ano -1 são destinadas ao mercado de fruta fresca, interno e externo, cuja quantidade inclui laranjas, tangerinas e limas ácidas. Esses nichos de comercialização demandam estratégias para au- mento da qualidade da fruta e características pós-colheita, que são otimizadas com o manejo da fertilidade do solo. Ainda, o estabele- cimento das boas práticas de manejo leva em conta a redução dos custos de produção e dos possíveis impactos adversos no ambien- te oriundos do emprego inadequado de insumos. A produção de frutos cítricos é largamente influenciada pe- lo suprimento de nitrogênio (N), pelo fato desse nutriente regular a taxa fotossintética e a síntese de carboidratos, o peso específico das folhas, a produção de biomassa total e a alocação de carbono em diferentes órgãos na planta. O suprimento adequado de N no pomar resulta em plantas com vegetação verde intensa e boa pro- dução de frutos. Contudo, o excesso desse nutriente promove ve- getação exuberante, com folhas graúdas, típicas de vigor excessivo da planta. A falta ou o excesso de N interferem no tamanho e na qualidade dos frutos. Por exemplo, altas doses de N tendem a au- mentar o número de frutos na planta, em detrimento do seu tama- nho, o que pode ser uma desvantagem para a comercialização de frutos in natura. Assim, o ajuste das recomendações de adubação com base na análise de folhas é importante. O potássio (K) é o nutriente responsável pela manutenção do turgor e extensibilidade das células, o que afeta o tamanho de frutos. Estudos têm demonstrado que o fornecimento de K aumen- ta o tamanho dos frutos e a espessura da casca, que são caracterís- ticas favoráveis ao mercado de fruta fresca. Contudo, frutos maio- res e com casca mais grossa podem apresentar menor rendimento de suco e menores teores de sólidos solúveis, que são indesejáveis para a produção de suco concentrado. Resultados recentes de experimentos desenvolvidos no campo com as variedades Pêra e Valência demonstraram que a mas- sa de frutos diminuiu com o aumento das doses de adubo nitro- genado para essas variedades (Tabela 1). Essa característica foi também inversamente correlacionada com a produção total da ár- vore, pois o aumento da dose de N aplicada aumentou o pegamento de frutos e conseqüentemente o número de frutos produzidos por 1 Pesquisador do Centro APTA Citros “Sylvio Moreira” (IAC), Cordeirópolis-SP, fone/fax: (19) 3546-1399, e-mail: [email protected] 2 Pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), Campinas-SP. NITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM A NITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM A NITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM A NITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM A NITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM A PRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJAS PRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJAS PRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJAS PRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJAS PRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJAS – novas recomendações de adubação são propostas – – novas recomendações de adubação são propostas – – novas recomendações de adubação são propostas – – novas recomendações de adubação são propostas – – novas recomendações de adubação são propostas – Dirceu de Mattos Jr. 1 José Antônio Quaggio 2 Heitor Cantarella 2 Promover o uso apropriado de P e K nos sistemas de produção agrícola através da geração e divulgação de informações científicas que sejam agronomicamente corretas, economicamente lucrativas, ecologicamente responsáveis e socialmente desejáveis. MISSÃO MISSÃO MISSÃO MISSÃO MISSÃO

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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 1

POTAFOS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA POTASSA E DO FOSFATORua Alfredo Guedes, 1949 - Edifício Rácz Center, sala 701 - Fone e fax: (19) 3433-3254 - Website: www.potafos.org - E-mail: [email protected]

Endereço Postal: Caixa Postal 400 - CEP 13400-970 - Piracicaba-SP, Brasil

INFORMAÇÕESAGRONÔMICAS

N0 110 JUNHO/2005

Veja também neste número:

Composição mineral de folhas de citrosafetadas por doenças .............................................. 3

Influência do Zn e do K no tamanho da laranja .... 7

Canaviais tomam terreno do gado e da laranja ... 11

2o Simpósio SASCEM............................................. 12

Quanto vale a informação? .................................. 16

Encarte: Tópicos sobre a cultura dacana-de-açúcar

A produção anual brasileira de laranjas é de aproxi-madamente 15 milhões de toneladas, a qual repre-senta 30% da produção mundial. Cerca de 80% des-

se total é destinado às indústrias de suco concentrado e congeladolocalizadas em São Paulo. Ainda, estima-se que 2 a 3 milhões detoneladas ano-1 são destinadas ao mercado de fruta fresca, internoe externo, cuja quantidade inclui laranjas, tangerinas e limas ácidas.Esses nichos de comercialização demandam estratégias para au-mento da qualidade da fruta e características pós-colheita, que sãootimizadas com o manejo da fertilidade do solo. Ainda, o estabele-cimento das boas práticas de manejo leva em conta a redução doscustos de produção e dos possíveis impactos adversos no ambien-te oriundos do emprego inadequado de insumos.

A produção de frutos cítricos é largamente influenciada pe-lo suprimento de nitrogênio (N), pelo fato desse nutriente regular ataxa fotossintética e a síntese de carboidratos, o peso específicodas folhas, a produção de biomassa total e a alocação de carbonoem diferentes órgãos na planta. O suprimento adequado de N nopomar resulta em plantas com vegetação verde intensa e boa pro-dução de frutos. Contudo, o excesso desse nutriente promove ve-getação exuberante, com folhas graúdas, típicas de vigor excessivoda planta. A falta ou o excesso de N interferem no tamanho e naqualidade dos frutos. Por exemplo, altas doses de N tendem a au-mentar o número de frutos na planta, em detrimento do seu tama-nho, o que pode ser uma desvantagem para a comercialização defrutos in natura. Assim, o ajuste das recomendações de adubaçãocom base na análise de folhas é importante.

O potássio (K) é o nutriente responsável pela manutençãodo turgor e extensibilidade das células, o que afeta o tamanho de

frutos. Estudos têm demonstrado que o fornecimento de K aumen-ta o tamanho dos frutos e a espessura da casca, que são caracterís-ticas favoráveis ao mercado de fruta fresca. Contudo, frutos maio-res e com casca mais grossa podem apresentar menor rendimentode suco e menores teores de sólidos solúveis, que são indesejáveispara a produção de suco concentrado.

Resultados recentes de experimentos desenvolvidos nocampo com as variedades Pêra e Valência demonstraram que a mas-sa de frutos diminuiu com o aumento das doses de adubo nitro-genado para essas variedades (Tabela 1). Essa característica foitambém inversamente correlacionada com a produção total da ár-vore, pois o aumento da dose de N aplicada aumentou o pegamentode frutos e conseqüentemente o número de frutos produzidos por

1 Pesquisador do Centro APTA Citros “Sylvio Moreira” (IAC), Cordeirópolis-SP, fone/fax: (19) 3546-1399, e-mail: [email protected] Pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), Campinas-SP.

NITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM ANITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM ANITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM ANITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM ANITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM A

PRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJASPRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJASPRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJASPRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJASPRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJAS

– novas recomendações de adubação são propostas –– novas recomendações de adubação são propostas –– novas recomendações de adubação são propostas –– novas recomendações de adubação são propostas –– novas recomendações de adubação são propostas –

Dirceu de Mattos Jr. 1

José Antônio Quaggio 2

Heitor Cantarella 2

Promover o uso apropriado de P e K nossistemas de produção agrícola através da

geração e divulgação de informações científicas que sejamagronomicamente corretas, economicamente lucrativas,ecologicamente responsáveis e socialmente desejáveis.

MISSÃOMISSÃOMISSÃOMISSÃOMISSÃO

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2 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005

unidade de volume da copa. O efeito da aplicação de K na produçãode laranjas dependeu da disponibilidade desse nutriente no solo.Uma resposta linear foi observada para doses de K em uma áreaexperimental (K trocável = 1,2 mmol

c dm-3, na camada de 0-20 cm de

profundidade do solo), onde a produção aumentou 18% com oaumento das doses do nutriente de 25 para 223 kg ha-1 (Tabela 1).Em outra área, onde a disponibilidade de K é alta na camada super-ficial do solo (K trocável = 2,9 mmol

c dm-3), a produção média de

frutos não variou significativamente com a aplicação do fertilizanteem quatro safras (dados não apresentados).

Outros resultados disponíveis na literatura têm demonstra-do efeito da aplicação de K no aumento do tamanho da fruta e daespessura da casca, o que pode explicar o prejuízo no rendimentode suco e sólidos solúveis totais (SST). A produção de SST porárea depende da produção de frutos e das variações no tamanho dafruta e características internas de qualidade.

A produção de frutos pode ainda ser afetada negativamentepelo suprimento excessivo de K. Outro estudo desenvolvido em po-mar comercial de Murcott sobre Cravo demonstrou que a produçãode frutos (média de 6 safras) foi reduzida em cerca de 53% com aaplicação de doses anuais de K = 25 kg ha-1 e 225 kg ha-1. As árvoresque receberam as maiores doses de K apresentavam perda de fo-lhas e redução dos teores foliares de cálcio e magnésio (Figura 1).

Figura 1. Efeito da adubação potássica sobre os teores foliares de Ca eMg em plantas da variedade Murcott sobre limão Cravo (médiade 6 safras).

Fonte: MATTOS Jr. et al. (2004).

CITROSCITROSCITROSCITROSCITROS

O excesso de K trocável é freqüente em solos adubadostradicionalmente com fórmulas NPK sem considerar os resultadosda análise de solo.

Assim, o manejo adequado da fertilidade do solo na citri-cultura pode ser ajustado conforme o destino da fruta. De maneirageral, frutas para o mercado in natura são maiores e com casca maisgrossa, o que é normalmente obtido com doses mais baixas de N emais altas de K quando comparadas àquelas produzidas para aindústria. Esses estudos sugeriram a necessidade de readequaçãodas recomendações para adubação dos citros, conforme propostasna Tabela 2.

Referências

QUAGGIO, J. A.; MATTOS Jr., D.; CANTARELLA, H. Manejo dafertilidade do solo na citricultura. In: MATTOS Jr., D. et al. (Ed.). Citros.Campinas: Instituto Agronômico, 2005. (No prelo).

QUAGGIO, J. A.; MATTOS Jr., D.; CANTARELLA, H. Fruit yield andquality of sweet oranges affected by nitrogen, phosphorus and potassiumfertilization in tropical soils. (Submetido à publicação).

MATTOS Jr., D.; QUAGGIO, J. A.; CANTARELLA, H.; CARVALHO, S.Superfícies de resposta do tangor ‘Murcott’ à fertilização com N, P e K.Revista Brasileira de Fruticultura, v. 26, n. 1, p. 164-167, 2004.

Tabela 1. Efeitos da adubação N e K sobre a produção e a qualidade delaranjas doces.

Dose Produção Massa fruto SST1 Suco Caixa/t2 SST/Área

(kg ha-1) (t ha-1) (g) (°Brix) (%) # (kg ha-1)

Nitrogênio (N)30 43,0 230 10,8 51,4 285 2.411240 47,8 219 11,0 52,0 275 2.724

Potássio (K)25 33,0 159 11,5 56,2 254 2.344

223 38,8 176 11,0 55,7 264 2.4661 SST = sólidos solúveis totais.2 Número de caixas (40,8 kg de frutos) necessárias para a produção de sucoconcentrado (66°Brix).Fonte: QUAGGIO et al. (submetido à publicação).

Classe/Produção

Produtividade

Tabela 2. Recomendações de adubação para laranjas, em função das análises de solo e folhas, classes de produção e o destino da fruta. As doses foramcalculadas para máxima produção econômica.

N foliar (g kg-1) P resina (mg dm-3) K trocável (mmolc dm-3)

< 23 23-27 > 27 < 5 6-12 13-30 > 30 < 0,8 0,8-1,5 1,6-3,0 > 3,0

(t ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - N - P2O

5 - K

2O (kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Indústria< 15 100 70 60 60 40 20 0 60 40 20 016-20 120 80 70 80 60 40 0 80 60 40 021-30 140 120 90 100 80 60 0 120 100 60 031-40 200 160 130 120 100 80 0 140 120 80 4041-50 220 200 160 140 120 100 0 180 140 100 50> 50 240 220 180 160 140 120 0 200 160 120 60

Fruta in natura< 15 80 60 40 60 40 20 0 100 80 60 016-20 100 80 60 80 60 40 0 140 120 100 4021-30 120 100 80 120 100 60 0 160 140 120 8031-40 160 140 100 140 120 80 0 200 180 160 100> 40 180 160 120 160 140 100 0 220 200 180 120

Fonte: QUAGGIO et al. (2005).

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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 3

CITROSCITROSCITROSCITROSCITROS

COMPOSIÇÃO MINERAL DE FOLHAS DE CITROS AFETADAS PORCOMPOSIÇÃO MINERAL DE FOLHAS DE CITROS AFETADAS PORCOMPOSIÇÃO MINERAL DE FOLHAS DE CITROS AFETADAS PORCOMPOSIÇÃO MINERAL DE FOLHAS DE CITROS AFETADAS PORCOMPOSIÇÃO MINERAL DE FOLHAS DE CITROS AFETADAS POR

DECLÍNIO, AMARELINHO (CVC), MORTE SÚBITA E HUANGLONGBING (HLB)DECLÍNIO, AMARELINHO (CVC), MORTE SÚBITA E HUANGLONGBING (HLB)DECLÍNIO, AMARELINHO (CVC), MORTE SÚBITA E HUANGLONGBING (HLB)DECLÍNIO, AMARELINHO (CVC), MORTE SÚBITA E HUANGLONGBING (HLB)DECLÍNIO, AMARELINHO (CVC), MORTE SÚBITA E HUANGLONGBING (HLB)

Eurípedes Malavolta 1

Cleusa Pereira Cabral 1

Heloísa Sabino Prates 2

Simone Cristina de Oliveira 1

José Lavres Junior 1

Marcelo Malavolta 1

Milton Ferreira Moraes 1

1 Centro de Energia Nuclear na Agricultura, CENA-USP, Piracicaba-SP, e-mail: [email protected] Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo-SP.

1. INTRODUÇÃO

A composição mineral das fo-lhas em geral, inclusive a dasplantas cítricas, é influenciada

por diversos fatores, segundo a equação:

Y = f (S, Pl, Pc, Pm...)

em que:

Y = teor ou concentração do elemento;S = solo, adubo, corretivo;Pl = planta (variedade, porta-enxerto);Pc = práticas culturais;

Pm = pragas e doenças.

O assunto é discutido por Malavolta etal. (1997) e Malavolta (1998). Pragas e doen-ças podem influenciar a composição mineraldas folhas devido ao seu efeito na absorçãoou no transporte de nutrientes a longa distân-cia. Caso há, por outro lado, em que uma de-sordem nutricional, que se reflete na composi-ção mineral da folha, pode condicionar a plan-ta ao patógeno, como parece ser o caso do ama-relinho (MALAVOLTA e PRATES, 1994; WUTS-CHER et al., 1994; MALAVOLTA et al., 1999).

Plantas com amarelinho (CVC), declí-nio, HLB (ex-greening) e morte súbita têm pelomenos dois denominadores comuns: menorcrescimento e produção e sintomas foliares,geralmente clorose não uniforme que lembradesordens nutricionais. No caso das três pri-meiras doenças, alterações na composiçãomineral das folhas têm sido registradas em vá-rios trabalhos, enquanto no caso da morte sú-bita foram encontrados dados em apenas umacontribuição. A literatura disponível é resu-mida a seguir, obedecendo a ordem alfabéticada doença ou anomalia e a cronologia dos tra-balhos.

• DECLÍNIO

Num estudo com 12 anos de compara-ção, Wutscher (s.d.) verificou que as plantascom declínio apresentavam folhas com teores mais altos de Ca emais baixos de S, Mn e Zn. Wutscher e Hardesty (1979) acharam,entretanto, que as variações mais consistentes nas folhas das plan-tas com a doença (anomalia) eram teores mais baixos de K, maiores

de N, Na, Cl e Zn. Teores menores de K nasfolhas das plantas afetadas, bem como de N eP, foram encontrados por Coelho et al. (1984),o contrário ocorrendo com Ca, Mn, Cu e B. Osníveis foliares de Mg, Si, Zn e Cu eram altosnas folhas das plantas sadias, enquanto osde Zn e Si eram especialmente baixos naque-las afetadas pelo declínio, o mesmo aconte-cendo com Ca (WUTSCHER, 1986). Girotto eSouza (1991) encontraram teores mais bai-xos de B nas folhas das plantas com declínio.Malavolta et al. (1993) utilizaram o sistemaIntegrado de Diagnóstico e Recomendações(DRIS) para avaliar o estado nutricional deplantas sadias e afetadas pelo declínio. Asplantas sadias apresentavam níveis mais bai-xos de P e K e maiores de Ca nas folhas. Osvalores do Índice de Balanço Nutricional fo-ram cerca de três vezes maiores nas plantascom declínio, ou seja, evidenciam uma desor-dem nutricional maior.

• Amarelinho

Em um levantamento de plantas comsintomas, Malavolta et al. (1990) verificaramque a única alteração consistente na compo-sição da folha era o teor mais baixo de K, o quefoi confirmado em estudos posteriores (MA-LAVOLTA et al., 1994; MALAVOLTA e PRA-TES, 1994). Wutscher et al. (1994) encontra-ram teores mais baixos de P e K. Salvo (2001),por sua vez, encontrou redução nos teores deN, P e Ca nas folhas. Usando a técnica dadiagnose por subtração com plantas inocula-das com Xylella fastidiosa e plantas não ino-culadas e cultivadas em solução nutritiva,Malavolta et al. (1999) verificaram que: plan-tas no tratamento “completo” mostraram re-missão dos sintomas visuais do amarelinho ederam resultado negativo no teste dat blot; omesmo aconteceu com as plantas recebendobaixos níveis de P, K, Ca e S; a deficiência deMg pouco afetou, o mesmo acontecendo com

a de N; a permanência maior de Xylella ou teste positivo ocorreunas plantas com omissão de Fe, Mo e Zn. Os três micronutrientesnão têm sido apontados como deficientes nas folhas das plantascom amarelinho.

Planta de citros afetada por declínio

Planta de citros afetada poramarelinho

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4 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005

Tabela 1. Teores de macronutrientes na matéria seca das folhas.

N P K Ca Mg S- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (%) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Amarelinho

Valência/Cravo Sem 2,12 ab 0,17 defg 0,86 bcd 4,36 a 0,47 a 0,28 aInicial 2,37 ab 0,12 gh 0,84 cd 4,07 a 0,46 a 0,28 a

Avançado 2,38 ab 0,11 h 0,73 c 4,18 a 0,48 a 0,28 a

Declínio

Pêra/Cravo Inicial 2,50 a 0,14 fgh 1,53 abc 2,95 b 0,35 b 0,24 abcAvançado 2,31 ab 0,18 def 1,72 a 1,96 cde 0,23 cde 0,22 abc

HLB

Westin/Cravo Sem 2,08 abc 0,14 fgh 1,80 a 2,25 bcd 0,19 dc 0,20 bcdInicial 1,80 abc 0,14 fgh 1,45 abcd 2,23 bcd 0,18 de 0,18 cd

Avançado 1,79 abc 0,17 defg 1,59 ab 1,85 cde 0,20 cde 0,18 cd

Valência/Cravo Sem 2,43 ab 0,24 bc 1,82 a 1,88 cde 0,30 bc 0,26 abInicial 2,42 ab 0,29 b 1,84 a 1,50 de 0,28 bcd 0,21 abcd

Avançado 2,06 abc 0,38 a 1,60 ab 1,19 e 0,25 bcde 0,17 cd

Taiti Inicial 1,95 ab 0,21 cd 1,69 a 2,57 bc 0,29 bc 0,19 bcdAvançado 1,40 c 0,20 cd 1,74 a 1,42 de 0,17 e 0,16 d

Morte súbita

Valência/Cravo Avançado 1,76 bc 0,15 efgh 0,71d 2,59 bc 0,44 a 0,21 abcd

C.V.% 9,6 7,2 14,7 10,1 9,0 10,0

* Nota: Valores médios seguidos de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 1% de probabilidade.

CITROSCITROSCITROSCITROSCITROS

Cultivar Sintoma

Planta de citros afetada por HLB(ex-greening)

Pomar de citros com incidênciade morte súbita

• Morte súbita

A nova doença é descrita por Mulleret al. (2002). Bertolotti (2004), utilizando va-riedade Pêra Rio, verificou que os teores deP, K, S e B diminuíam com o avanço da doen-ça e o de Zn aumentava. Na variedade Natal,somente o teor de K diminuiu com a progres-são da enfermidade.

• HLB

Kimani (1984) verificou que o teor doselementos minerais nas folhas de plantas sa-dias era, em geral, mais alto que nas folhascloróticas de plantas com HLB. Teores de N eK eram mais baixos nas últimas. A tendênciapara os teores de Cu, Mn, Fe e Zn era de redu-ção nas folhas com a clorose malhada. NaÍndia, Mukherjee (1949 citado por KIMANI,1984) verificou que as folhas das plantas afe-tadas possuíam menos Zn, Mn e Cu e mais K.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O material coletado para análise foi oseguinte:

• Declínio – Pêra/Cravo, 10 anos deidade; em cada ramo (3) foram separadas fo-lhas com sintomas iniciais e avançados;

• Amarelinho – Valência/Cleópatra,13 anos de idade; três repetições (3 ramos);em cada ramo foram separadas folhas semsintomas aparentes; folhas com sintomas ini-ciais e folhas com sintomas avançados;

• Morte súbita – Valência/Cravo; trêsrepetições; folhas com sintomas avançados.

• HLB – Valência/Cravo, 6 anos; mes-mo tipo de separação das folhas e mesmonúmero de repetições; Westin/Cravo, 2,5 anosTaiti.

Na análise de macro e micronutrientese de metais pesados tóxicos foram usados osmétodos descritos por Malavolta et al. (1997).Para análise estatística foi usado o programaSAS (1996).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tabela 1 mostra os teores de ma-cronutrientes nas folhas das plantas afeta-das pelas várias doenças ou anomalias. Con-siderando-se somente as diferenças signifi-cativas, têm-se em todo o conjunto:

• Diminuição no teor de Ca na lima Taitiafetada pelo HLB;

• Menor teor de P associado com oHLB na mesma;

• Menor teor de Ca em Pêra/Cravo comdeclínio;

• Diminuição no teor de Mg em Pêra/Cravo e em Taiti relacionado com o HLB.

A variação no nível de micronutrientesestá na Tabela 2, a qual mostra:

• Diminuição no teor de Co associadocom o declínio em Pêra/Cravo;

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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 5

• Aumento na concentração de Cu em Pêra/Cravo comdeclínio e na Taiti com HLB; nos dois casos, entretanto, parece terhavido contaminação nas folhas provocada por pulverização;

• Diminuição no teor de Fe na Taiti com HLB.

Variações nos teores de metais pesados tóxicos encontram-se na Tabela 3, a qual mostra:

• Diminuição no teor de Ba na Pêra/Cravo com declínio;

• Menor teor de Cd associado com o amarelinho na Valência/Cravo e na Taiti com HLB e aumento na Westin com a mesmadoença;

• Aumento no teor de Al na Valência/Cravo com HLB.

Considerando não apenas as diferenças significativas, maslevando em conta as tendências gerais, têm-se a Tabela 4, a qualmostra, em todo o conjunto de dados, os seguintes efeitos dasdoenças:

CITROSCITROSCITROSCITROSCITROS

Tabela 3. Teores de metais pesados tóxicos nas folhas de citros.

Ba Cd Cr Pb V Al

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (mg kg-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Amarelinho Valência/Cravo Sem 258 a 0,103 a 0,044 ab 0,61 abc 0,133 def 339 c

Inicial 306 a 0,070 e 0,037 ab 0,58 abc 0,131 def 330 cAvançado 276 a 0,070 e 0,042 ab 0,51 bc 0,079 ef 335 c

Declínio

Pêra/Cravo Inicial 176 b 0,070 e 0,041 ab 0,44 bc 0,079 ef 224 deAvançado 84 cdef 0,070 e 0,030 b 0,35 bc 0,073 ef 171 ef

HLB

Westin/Cravo Sem 132 bc 0,001 f 0,039 ab 0,29 c 0,613 a 126 fInicial 130 cd 0,082 cd 0,041 ab 0,40 bc 0,376 b 152 ef

Avançado 111 bcd 0,088 bc 0,038 ab 0,46 bc 0,288 bc 158 ef

Valência/Cravo Sem 36 ef 0,075 de 0,048 a 0,52 abc 0,282 bc 275 cdInicial 27 f 0,089 bc 0,042 ab 0,38 bc 0,241 cd 184 ef

Avançado 25 f 0,098 ab 0,048 ab 0,84 a 0,197 cde 652 a

Taiti Inicial 104 bcde 0,085 cd 0,039 ab 0,52 abc 0,150 def 172 efAvançado 54 def 0,076 de 0,043 ab 0,64 ab 0,139 def 195 def

Morte súbita

Valência/Cravo Avançado 73 cdef 0,070 e 0,045 ab 0,60 abc 0,061 f 499 b

C.V.% 16,4 4,3 7,9 18,1 17,1 9,2

* Nota: Valores médios seguidos de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 1% de probabilidade.

Tabela 2. Teores de micronutrientes na matéria seca das folhas.

B Co Cu Fe Mn Mo Ni Zn

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (mg kg-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Amarelinho Valência/Cravo Sem 81 a 0,36 a 11 de 389 bcd 114 a 0,62 ab 1,60 a 48 abc

Inicial 83 a 0,33 a 11 de 315 bcde 132 a 0,44 ab 1,31 a 58 abAvançado 81 a 0,37 a 10 de 377 bcd 116 a 0,39 ab 2,04 a 62 a

Declínio

Pêra/Cravo Inicial 60 b 0,21 bc 20 d 226 def 59 b 0,43 ab 0,41 a 29 bcdAvançado 58 b 0,12 de 97 c 137 f 28 b 0,80 a 0,52 a 22 cd

HLB

Westin/Cravo Sem 37 de 0,19 cde 7,5 e 150 f 39 b 0,24 ab 0,62 a 32 abcdInicial 37 de 0,18 cde 6,3 e 168 ef 36 b 0,30 ab 0,59 a 29 bcd

Avançado 39 cd 0,19 cde 8,8 e 203 ef 44 b 0,10 b 0,59 a 30 bcd

Valência/Cravo Sem 57 bc 0,18 cde 6,6 e 403 bc 37 b 0,11 b 1,66 a 12 dInicial 51 b 0,11 e 6,2 e 255 cdef 49 b 0,11 b 0,49 a 12 d

Avançado 54 bcd 0,29 ab 5,4 e 717 a 37 b 0,30 ab 0,55 a 9 d

Taiti Inicial 61 b 0,13 cde 119 b 177 ef 36 b 0,54 ab 0,36 a 22 cdAvançado 58 b 0,11 e 233 a 137 f 18 b 0,54 ab 0,33 a 16 d

Morte súbita

Valência/Cravo Avançado 21 e 0,21 bcd 7,4 e 460 b 32 b 0,60 ab 0,62 a 18 cd

C.V.% 8,9 12,9 8,2 15,7 25 46 158 31

* Nota: Valores médios seguidos de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 1% de probabilidade.

Cultivar Sintoma

Cultivar Sintoma

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6 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005

• Diminuição nos teores de N, K, Ca, Mg, Zn, Ba, V;

• Aumento na concentração de P, Cu, Fe, Mo, Cr e Al.

Quando se comparam essas informações com as da literatu-ra vê-se que há concordâncias e discordâncias, o que indica a ne-cessidade de maiores estudos para obter conclusões mais segurasque, eventualmente, sirvam para diagnóstico, pelo menos, das ano-malias ou doenças.

5. RESUMO

Foram analisadas folhas de plantas cítricas afetadas peloamarelinho, declínio, HLB e morte súbita, determinando-se macro emicronutrientes e alguns metais pesados tóxicos.

Verificou-se, o que concorda com a literatura, muita variaçãoem função das variedades e doenças ou anomalia, o que limita oemprego das análises para diagnóstico e indica a necessidade demaiores estudos.

Entretanto, considerando-se o conjunto dos dados, pode-se admitir as seguintes tendências gerais refletindo o efeito dasdiversas doenças ou anomalias: (1) diminuição nos teores de N, K,Ca, Mg, Zn, Ba e V; (2) aumento na concentração de P, Cu, Fe, Mo,Cr e Al.

6. ABSTRACT

Leaves of citrus plants affected by amarelinho (little yellow),blight, Huanglongbing and sudden death were analysed for macro,micronutrients and a few toxic heavy metals.

It was very verified, in agreement with the literature, thatthere is a large variation due both to variety and disease or abnor-mality, which prevents the use of leaf analysis as a diagnostictool and indicates the need for further studies. Nevertheless consi-dering the pool of data it is possible to visualize a few trends, na-mely, as results of the diseases or abnormality: (1) reduction in thelevels of N, K, Ca, Mg, Zn, Ba and V; (2) raise in the concentrationof P, Cu, Fe, Mo, Cr and Al.

7. REFERÊNCIAS

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MALAVOLTA, E., PRATES, H. S.; VITTI, G. C. Changes in the mineralcomposition of citrus leaves affected by the abnormality variegated chlorosisor little yellow. In: INTERNATIONAL CITRUS CONGRESS, 7., 1992,Acireale. Proceedings... Acireale: International Society of Citriculture, 1994.v. 3. p. 828-829.

MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do estadonutricional das plantas – princípios e aplicações. 2. ed. Piracicaba:POTAFOS, 1997. 301 p.

MALAVOLTA, E., MALAVOLTA, M. L.; CABRAL, C. P.; PRATES, H. S.;VITTI, G. C. Nova anomalia dos citros – estudos preliminares. Laranja , v. 1,n. 11, p. 15-38, 1990.

MALAVOLTA, E.; CABRAL, C. P.; PRATES, H. S.; NOGUEIRA, N. L.;ROSSI, M. L.; MOREIRA, A.; OLIVEIRA, J. A.; HEINRICHS, R. Comporta-mento de plantas afetadas pelo amarelinho em solução nutritivacompleta e com deficiência de macro e micronutrientes. Piracicaba:CENA-USP, 1999. 16 p.

MULLER, G. W.; DE NEGRI, J. D.; A.-VILDOSO, C. I.; MATTOS JR., D.;POMPEU JR., J.; TEOFILO SOBRINHO, T.; CARVALHO, S.A.; GIROTTO,L. F.; MACHADO, M. A. Morte súbita dos citros: uma nova doença nacitricultura brasileira. Laranja , v. 23, n. 2, p. 371-386, 2002.

SALVO, J. G. Uso do DRIS na avaliação do estado nutricional de plan-tas cítricas afetadas pela Clorose Variegada dos Citros. Piracicaba,2001. 108 p. Mestrado (Dissertação)–Escola Superior de Agricultura “Luiz deQueiroz”, USP.

SAS INSTITUTE. SAS/STAT. User’s guide, version 6.11. 4. ed. Cary:Statistical Analysis System Institute, v. 2, 1996. 842 p.

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WUTSCHER, H. K.; HARDESTY, C. Concentrations of 14 elements in tissueof blight – affected and healthy “Valencia” orange trees. J. Amer. Soc.Hort. Sci., v. 104, n. 1, p. 9-11, 1979.

WUTSCHER, H. K.; PAVAN, M. A.; PERKINS, R. E. A survey of mineralelements in the leaves and roots of citrus variegated chlorosis (or amarelinho)affected orange trees and 45 acid extactable elementes in the soils of orchardsin Northern São Paulo and Southern Minas Gerais. Arq. Biol. Tecnol., v. 37,n. 1, p. 147-156, 1994.

Tabela 4. Tendências na variação de teores dos elementos com oavanço da anomalia.

Elemento Amarelinho Declínio HLB Morte súbita

N ↑ ↓ ↓ ↓P ↓ ↑ ↑ ↔K ↓ ↑ ↓ ↓Ca ↔ ↓ ↓ ↔Mg ↔ ↓ ↓ ↔S ↔ ↔ ↓ ↔B ↔ ↔ ↔ ↓Co ↔ ↓ ↔ ↔Cu ↔ ↑ ↑ ↔Fe ↔ ↓ ↑ ↑Mn ↔ ↓ ↔ ↔Mo ↓ ↑ ↔ ↑Ni ↑ ↑ ↓ ↔Zn ↑ ↔ ↓ ↓Ba ↑ ↓ ↓ ↓Cd ↓ ↔ ↔ ↔Cr ↔ ↓ ↑ ↔Pb ↓ ↓ ↑ ↑V ↓ ↔ ↓ ↓Al ↔ ↓ ↑ ↑

CITROSCITROSCITROSCITROSCITROS

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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 7

DIVULGANDO A PESQUISA

Notas do editor: Os trabalhos que possuem endereço eletrônico em azul podem ser consultados na íntegraGrifos nos textos, para facilitar a leitura dinâmica, não existem na versão original

1. NITROGEN FERTILIZATION ON UPTAKE OF SOILINORGANIC PHOSPHORUS FRACTIONS IN THEWHEAT ROOT ZONE

ZHANG, F.; KANG, S.; ZHANG, J.; ZHANG, R.; LI, F. SoilScience Society of America Journal, v. 68, n. 6, p. 1890-1895,2004.

Plant nutrient uptake form the soil is dependent on fertilizersapplied, soil chemicals, and other factors. The purpose of thisstudy is to quantify the effects of applied N fertilizers on P uptakeby winter wheat (Triticum aestivum L.) and on the change of soilpH in the root zone related to reductions of inorganic P fractionsin the rhizosphere soil. An experiment was conducted usingdifferent forms of N fertilizers (i.e., NH

4+-N and NO

3--N) with three

N concentrations (0, 100, and 300 mg kg-1) applied in a calcareoussoil.

Biomass and total N uptake of the plant increased with the Nconcentrations and NH

4+-N fertilizer resulted in a greater biomass

than NO3--N nutrition. Total P uptake in the plant was also higher

with NH4+-N fertilizer than with the NO

3--N nutrition. Compared

with the zero N treatment, the soil pH around the roots decreasedby 0.30 and 0.65 units, respectively, with N treatments of 100 and300 mg kg-1 of NH

4+-N fertilizer. The amount of soil inorganic P

fractions in the root zone decreased with increasing NH4+-N applied.

The NO3--N treatments reduced rhizosphere acidification and had a

less impact on the soil inorganic P fractions. The results suggestthat enhancing rhizosphere acidification attributable toapplications of NH

4+-N fertilizer can increase P availability in

calcareous soils for plant uptake.

2. FONTES E MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE NITROGÊNIOEM FEIJOEIRO IRRIGADO SUBMETIDO A TRÊS NÍVEIS DEACIDEZ DO SOLO

BARBOSA FILHO, M. P.; FAGERIA, N. K.; SILVA, O. F. da. Ciênciae Agrotecnologia, v. 28, n. 4, p. 785-792, 2004.

Em sistemas conservacionistas de preparo do solo, em quenão se efetua o revolvimento da camada superficial, os fertilizantesnitrogenados e corretivos têm sido aplicados na superfície do solo;porém, pouco se conhece a respeito do efeito dessa prática sobre aprodutividade do feijoeiro irrigado. Com esse objetivo, foi avaliado,por três anos consecutivos, o efeito da aplicação de 80 kg ha-1 de Nem cobertura, fonte uréia ou sulfato de amônio, incorporados oudistribuídos na superfície do solo, em três níveis de acidez do solodesenvolvidos pela aplicação de 0, 3, 5 e 7 Mg ha-1 (= t ha-1) decalcário, comparados com a testemunha sem aplicação de N decobertura. O N foi parcelado em duas aplicações, metade aos 15 diasapós a emergência (dae) das plantas e metade aos 30 dae. Odelineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizadoscom parcelas subdivididas, sendo as doses de calcário dispostasnas parcelas e os tratamentos de N nas subparcelas, em triplicatas.A avaliação dos tratamentos foi baseada em critérios econômicos,

3. INFLUENCIA DE ZINC Y POTASIO EN EL TAMAÑODEL FRUTO DE NARANJA VALENCIA

RODRÍGUEZ, V. A.; MAZZA, S. M.; MARTÍNEZ, G. C.; FER-RERO, A. R. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 27, n. 1,p. 132-135, 2005. (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-29452005000100035&lng=pt&nrm= iso&tlng=es)

En plantaciones comerciales de naranjos, en Corrientes,Argentina, se observaron síntomas de deficiencia de zinc y frutospequeños. Durante cuatro años (1995 a 1998), sobre plantas denaranja Valencia (C. sinensis, Osb.) injertadas sobre limón rugoso(C. jambhiri, Lush.), implantadas en 1974 en un suelo arenoso, seprobaron seis tratamientos que variaron entre 1 y 3 kg planta-1

año-1 de KCl (aplicados en abril y diciembre) con y sin zineb 80(Ethilenbis-ditiocarbamato de Zn), 0,35% año-1, 20 L planta-1 (13,3 gplanta-1 de Zn aplicado en diciembre). El diseño experimental uti-lizado fue de bloques completos al azar con cuatro repeticiones,parcela experimental una planta y sus borduras. Se tomaron muestrasfoliares todos los años en otoño y verano, determinándose lasconcentraciones foliares de Zn y K por espectrometría de absorciónatómica. Las frutas cosechadas fueron clasificadas en pequeñas,medianas y grandes. Se realizó el análisis de Varianza, Test de Tukeyy correlaciones de Pearson entre producción y concentracionesfoliares.

Altos niveles de fertilizaciones de K y Zn incrementaron laproducción de frutas medianas y grandes (kg y porcentaje). Lasconcentraciones foliares de K y Zn fueron positivamente corre-lacionadas con producción de frutas grandes y medias y nega-tivamente correlacionadas con frutas pequeñas.

produtividade de grãos, absorção de N pelas plantas e pH do solo.O aumento médio de rendimento de grãos devido à aplicação de Nem cobertura foi de 13%, não havendo, na média das três safras,diferença entre uréia e sulfato de amônio, bem como entre osmétodos de aplicação: superficial e incorporado ao solo. Houveresposta positiva e linear ao calcário e não ocorreu interaçãosignificativa entre N e calcário, em relação à produtividade de grãose acumulação de N na planta. As aplicações sucessivas de Ndiminuíram os valores de pH em 0,2 unidades na camada de 0-10cm. A aplicação de N fonte uréia na superfície do solo, seguida deirrigação, é a opção mais econômica de adubação nitrogenada emcobertura para a cultura do feijoeiro irrigado.

Conclusões:

• A calagem realizada na superfície do solo não influencia naeficiência da adubação nitrogenada em cobertura com uréia ou sulfatode amônio, aplicada na superfície ou incorporada.

• A uréia e o sulfato de amônio aplicados na superfície dosolo, por sua semelhante eficiência em termos de rendimento, tornama uréia (menor custo) a melhor opção de ganho econômico. Alémdisso, resolve uma das dificuldades da adubação nitrogenada emcobertura, que é a incorporação do adubo ao solo abaixo da camadade resíduos deixados pelas culturas anteriores.

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8 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005

4. IMOBILIZAÇÃO DE NITROGÊNIO DA URÉIA E DOSULFATO DE AMÔNIO APLICADO EM PRÉ-SEMEADURAOU COBERTURA NA CULTURA DE MILHO, NO SISTEMAPLANTIO DIRETO

LARA CABEZAS, W. A. R.; ARRUDA, M. R. de; CANTA-RELLA, H.; PAULETTI, V. P.; TRIVELIN, P. C. O.; BENDAS-SOLLI, J. A. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 29, n. 2,p. 215-226, 2005. (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832005000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt)

Sulfato de amônio (SA) e uréia (U) marcados com 15N foramaplicados na cultura do milho, em sucessão à aveia preta (Avenastrigosa Schieb.), no sistema plantio direto, 43 dias antes e 31 diasdepois da semeadura, na dose de 80 kg ha-1 de N, incorporados a5-7 cm de profundidade, em sulcos espaçados de 0,8 m, nas entre-linhas do milho. O objetivo foi quantificar o N dos fertilizantes imo-bilizado no solo (15N-orgânico), no sulco de adubação, e o N-recu-perado na planta nos estádios de 5-6 folhas, 11-12 folhas, flores-cimento e maturação fisiológica. O delineamento experimental foiinteiramente casualizado com parcelas subdivididas e três repetições.As parcelas foram constituídas das fontes U e SA, e as subparcelas,das épocas de aplicação de N. O experimento foi realizado em Latos-solo Vermelho ácrico típico fase cerrado subcadocifólio, na FazendaFloresta do Lobo-Pinusplan, em Uberlândia (MG). Na aplicação empré-semeadura, a máxima imobilização foi observada aos 19 dias daaplicação do SA (13,3 kg ha-1 ou 16,6 % do N-aplicado) e aos 40 diasda aplicação da U (13,7 kg ha-1 ou 17,1 % do N-aplicado).

A maior quantidade de N fertilizante assimilado pela plantaocorreu entre os estádios de 5-6 folhas e 11-12 folhas (44,1% e23,4% do N-SA e N-U, respectivamente). Na aplicação em cober-tura, a imobilização do N-SA foi inferior a 3,5% do N-aplicado,enquanto a imobilização do N-U foi de 9,9 kg ha-1 e 7,9 kg ha-1,respectivamente, nos estádios de 11-12 folhas e florescimento(Figura 1). Até o estádio de maturação fisiológica da cultura, 61,8%do N-SA e 42,0% do N-U foram recuperados pelo milho. Em média,nos estádios de 11-12 folhas e de florescimento, para cada kg deN-SA imobilizado as plantas de milho recuperaram 8,0 e 16,7 kg ha-1

de N fertilizante em pré-semeadura e cobertura, respectivamente.Nos tratamentos com U, a média foi de 3,1 kg ha-1, independente-mente da época de aplicação. As produtividades de grãos obtidascom SA e U, independentemente da época de aplicação, foram de7.824 kg ha-1 e 6.977 kg ha-1, respectivamente (Figura 2). Na adubaçãoem pré-semeadura do milho, o SA apresentou maior rapidez naciclagem do N imobilizado-mineralizado (turnover), em relação aU, e, conseqüentemente, causou maior assimilação do N pelacultura . Em cobertura, no sulco de adubação, somente houveimobilização do N-U, retardando a sua assimilação pela planta.

Conclusões:

• Na adubação em pré-semeadura do milho, no sulco deadubação, parte do N aplicado como U e SA foi imobilizada,apresentando o SA maior rapidez na ciclagem do N imobilizado-mineralizado (turnover) e conseqüente maior assimilação pelomilho.

• Na adubação em cobertura no milho, no sulco de adubação,somente ocorreu imobilização do N da U, retardando a sua assi-milação pela planta, em relação ao N-SA.

• Para cada kg de N fertilizante imobilizado no sulco deadubação, independentemente da época de aplicação das fontes,maior quantidade de N do SA foi recuperada pela planta entre osestádios de 11-12 folhas e florescimento.

Figura 2. Produtividade do milho influenciada pela aplicação de 80 kg ha-1

de N como sulfato de amônio ou uréia em pré-semeadura e co-bertura, em sistema plantio direto. As médias das fontes segui-das de letras maiúsculas desiguais diferem significativamente peloteste de Tukey a 0,05%. As médias das épocas, para cada fonte,seguidas de letras minúsculas iguais não diferem significativa-mente pelo teste de Tukey a 0,05%.

Figura 1. Acúmulo de N total, N na planta proveniente do fertilizante(Nppf) e N do fertilizante imobilizado (Nispf), para sulfato deamônio (a) e uréia (b), aplicados em cobertura do milho, nosistema plantio direto.

• Maior produtividade de grãos de milho foi obtida pelautilização do SA, independentemente da época de aplicação.

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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 9

5. CRESCIMENTO E MORFOANATOMIA FOLIAR DEEUCALIPTO SOB EFEITO DE DERIVA DO GLYPHOSATE

SANTOS, L. D. T.; FERREIRA, F. A.; MEIRA, R. M. S. A.;BARROS, N. F.; FERREIRA, L. R.; MACHADO, A. F. L. Plantadaninha, v. 23, n. 1, p. 133-142, 2005. (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-83582005000100016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt)

Os efeitos da deriva do glyphosate durante aplicação sãoprejudiciais à cultura do eucalipto. Neste trabalho, avaliou-se oefeito da deriva simulada do glyphosate no crescimento e na morfo-anatomia foliar do eucalipto. Utilizou-se delineamento em blocoscasualizados com quatro repetições, sendo a parcela experimentalconstituída de uma planta cultivada em vaso com 10 litros de solo.Os tratamentos foram 0; 43,2; 86,4; 172,8; e 345,6 g e.a. ha-1 deglyphosate, aplicados aos 40 dias após o plantio das mudas compulverizador de precisão, de modo a não atingir o terço superior dasplantas. Foram descritas as alterações morfológicas na parte aéreae avaliada a porcentagem de intoxicação em relação à testemunha.Aos 7 e 15 dias após aplicação (DAA), folhas coletadas no terceironó do primeiro ramo basal das plantas foram fixadas em FAA

50 e

estocadas em etanol 70%. Cortes transversais da região medianaforam corados com azul de astra e fucsina básica e montados emlâminas permanentes. No laminário preparado foram mensuradas asespessuras do limbo, do parênquima paliçádico (PPA) e lacunoso(PLA), da epiderme das faces adaxial (EAD) e abaxial (EAB), bemcomo a proporção percentual da área de cada tecido, utilizando-seo software Image-Pro Plus.

A partir de 5 DAA observou-se murcha, clorose e enro-lamento das folhas nos ápices das plantas pulverizadas com 172,8 e345,6 g ha1 de glyphosate. As plantas submetidas a 345,6 g e.a. ha1

de glyphosate alcançaram 58,75% de toxidez aos 30 DAA, apre-sentando brotações anormais, o que não foi verificado nas con-centrações menores. Aos 7 e 15 DAA, com 172,8 e 345,6 g e.a. ha1

de glyphosate observaram-se áreas necrosadas e hiperplasia dascélulas do parênquima clorofiliano e da epiderme. Em resposta àinjúria, verificou-se a proliferação celular, formando tecido decicatrização homogêneo, além de acúmulo de compostos fenólicosnas áreas afetadas. Aos 7 DAA verificou-se aumento na espessurado limbo e do PPA submetidos a 345,6 g e.a. ha1 de glyphosate,enquanto o PLA e a EAD demonstraram acréscimo na espessurasomente aos 15 DAA sob a mesma dosagem. As doses de 172,8 e345,6 g e.a. ha-1 de glyphosate promoveram aumento na espessurado limbo e do PPA aos 15 DAA. O aumento na espessura do limboé resultante da expansão das células do parênquima paliçádico,podendo estar relacionado à resposta das plantas à perda de áreafoliar específica, bem como à síntese de compostos secundários,como celulases, provocados pela ação do glyphosate.

7. PRODUTIVIDADE DA SOJA EM RESPOSTA À APLICAÇÃODE MOLIBDÊNIO E INOCULAÇÃO COM Bradyrhizobiumjaponicum

GRIS, E. P.; CASTRO, A. M C. e; OLIVEIRA, F. F. de. RevistaBrasileira de Ciência do Solo, v. 29, n. 1, p. 151-155, 2005.(www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832005000100017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt)

A soja em simbiose com Bradyrhizobium japonicum é capazde ter a sua exigência de N satisfeita com a fixação biológica de N

2

(FBN). Entretanto, a FBN é afetada pela deficiência Mo, visto queeste nutriente faz parte da enzima nitrogenase responsável pelo pro-cesso. Foi realizado um experimento, em condição de campo, emLatossolo Vermelho eutroférrico, no município de Palotina, PR, com oobjetivo de avaliar o tratamento de sementes com Mo, inoculação deB. japonicum e adubação foliar de Mo na produtividade da soja. Ostratamentos foram quatro doses de Mo (0, 40, 80 e 160 g ha-1) aplica-das em adubação foliar e tratamento com aplicação nas sementes de40 g ha-1 de Mo, combinados com e sem inoculação com B. japonicum.

Não foram observados efeitos estatísticos significativos dotratamento de sementes com Mo, inoculação de B. japonicum eadubação foliar de Mo na produtividade da soja. Não foram obtidasdiferenças significativas entre os tratamentos, obtendo-se ten-dência para ganho de produtividade apenas com aplicação foliar de80 g ha-1 de Mo (Tabela 1) e tratamento de sementes com 40 g ha-1.

Tabela 1. Resultados médios de produtividade da soja, para diferentestratamentos.

Tratamento Produtividade (kg ha-1)

Testemunha 2.219 a*

Inoculante Nitral turfa 1.692 a

Mo foliar – 40 g ha-1 sem inoculação 2.085 a

Mo foliar – 40 g ha-1 com inoculação 1.952 a

Mo foliar – 80 g ha-1 sem inoculação 2.415 a

Mo foliar – 80 g ha-1 com inoculação 2.179 aMo foliar – 160 g ha-1 sem inoculação 1.966 aMo foliar – 160 g ha-1 com inoculação 1.945 aMo semente – 40 g ha-1 com inoculação 2.177 aMo semente – 40 g ha-1 sem inoculação 2.413 a

Média 2.104

C.V. (%) 17,25

F 0,63

* Médias seguidas por mesma letra não diferem a 5% no Teste Tukey.

6. INDUCED MANGANESE DEFICIENCY IN GM SOYBEANS

HUBER, D. M.; LEUCK, J. D.; SMITH, W. C.; CHRISTMAS, E. P.In: NORTH CENTRAL EXTENSION-INDUSTRY SOIL FERTI-LITY CONFERENCE, 34., Des Moines, 2004. Proceedings...Brookings: Potash & Phosphate Institute, v. 20, 2004. p. 80-87.

There is a wide range of differences in manganese efficiencyin soybean and corn cultivars. Glyphosate-resistant genotypes testedwere less manganese efficient than normal genotypes, and themore manganese efficient glyphosate-resistant cultivars shouldbe selected for low manganese soils or environmental conditionswhere manganese may be less readily available. Glyphosate-

resistant cultivars were less efficient in manganese uptake andthe application of glyphosate immobilized manganese in tissues.There was selective immobilization for manganese by glyphosate.Manganese sources were more compatible with the WeatherMaxR

formulation of glyphosate than the UltraMaxR formulation. Compa-tibility of manganese with glyphosate depended on the manganesesource and glyphosate formulation. Any of the common manganesesources were taken up without antagonism if applied 8 days orlonger after the glyphosate. Genetics, micronutrient and method ofapplication produced significant differences in micronutrientconcentration in tissues. Like most changes in agricultural practi-ces, implementation of glyphosate-resistant technology changesseveral non-target factors because of interrelationships in thesystem. This technology may provide a means of correcting severalmicronutrient needs if antagonism can be avoided; with the micro-nutrient(s) off-setting some of the non-target effects of glyphosate.

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10 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005

9. COMPORTAMENTO DO GLIFOSATO NUM LATOSSOLOVERMELHO SOB PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL

PRATA, F.; LAVORENTI, A.; REGITANO, J. B.; VEREECKEN,H.; TORNISIELO, V. L.; PELISSARI, A. Revista Brasileira deCiência do Solo, v. 29, n. 1, p. 61-69, 2005. (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832005000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=en)

Este trabalho teve por objetivo estudar o comportamentodo herbicida glifosato num Latossolo Vermelho argiloso, da regiãode Ponta Grossa (PR), realizado há 23 anos sob plantio direto econvencional. Para tal, foram instalados quatro experimentos, nosquais foram analisadas a mineralização e a formação de resíduo-ligado, a cinética de sorção e dessorção, a sorção/dessorção e afitodisponibilidade no solo do glifosato para Panicum maximumvar. mombaça. O ensaio de mineralização foi realizado em delinea-mento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial (2 x 2), com cincorepetições, sendo os fatores os dois sistemas de cultivo e a posiçãode marcação radioativa do 14C-glifosato (14C-fosfonometil e 14C2-glicina). Foi avaliado o desprendimento de 14CO

2, semanalmente,

até 63 dias. A cinética de sorção do glifosato foi efetuada seguindoo método batch, para os dois sistemas de cultivo, utilizando a relaçãosolo:solução de 1:5 e concentração de glifosato de 0,84 mg L-1. Asdeterminações de radioatividade na solução de equilíbrio foramfeitas nos períodos de 0, 10, 30, 60, 120, 240 e 360 minutos após aaplicação do herbicida. Os tempos utilizados na cinética dedessorção foram de 0, 1, 4, 12, 24, 36, 48, 72 e 96 h. O procedimentoutilizado no ensaio de sorção/dessorção foi semelhante ao do estudo

de cinética. No entanto, foram utilizadas cinco concentrações doherbicida: 0,42; 0,84; 1,68; 3,36 e 6,72 mg L-1, para a construção dasisotermas. Ao final deste ensaio, foram realizadas quatro tentativasde dessorção somente na concentração de 0,84 mg L-1. Por fim, oensaio de fitodisponibilidade foi realizado em delineamento intei-ramente casualizado, arranjado em fatorial 2 (sistemas de cultivo)x 5 (concentrações de glifosato aplicados ao solo: 0, 4,2; 8,4; 42,0 e210,0 µg g-1 de solo), sendo feitas avaliações dos sintomas visuaisde fitotoxidez no capim mombaça em diferentes períodos de tempo.Para ambos os sistemas de cultivo, o glifosato apresentou elevadoscoeficientes de sorção, o que impediu sua dessorção e dificultousua mineralização na solução do solo, visto que a molécula perma-neceu como resíduo-ligado. A cinética de sorção do glifosato éinstantânea, sendo mínima a concentração sorvida na fase lenta. Oglifosato, na forma de resíduo-ligado no solo, não constitui proble-mas para o Panicum maximum, seja sob plantio direto, sejaconvencional. A mineralização do glifosato é mais rápida no plantiodireto e o principal metabólito do glifosato é o ácido amino-metilfosfônico.

Conclusões:

• O sistema plantio direto contribuiu para a aceleração damineralização do glifosato.

• O principal metabólito resultante da degradação do glifo-sato foi o ácido aminometilfosfônico.

• Para ambos os sistemas, convencional e plantio direto, oglifosato apresentou alto coeficiente de sorção, o qual dificultasua mineralização. As moléculas permaneceram no solo comoresíduo-ligado.

• As cinéticas de sorção do glifosato foram praticamenteinstantâneas.

• Para ambos os sistemas agrícolas, os sintomas de fito-toxidez de glifosato em P. maximum somente apareceram em con-centrações de glifosato no solo iguais ou superiores a 42 µg g-1.

Figura 1. Sintomas de fitotoxidez de glifosato em Panicum maximumaos 20 dias após a germinação (a e b: 24 ou 84 dias após aaplicação de glifosato no solo, respectivamente).

8. PRODUTIVIDADE DE SOJA EM SEMEADURA DIRETAINFLUENCIADA POR PROFUNDIDADE DO SULCADORDE ADUBO E DOSES DE RESÍDUO EM SISTEMAIRRIGADO E NÃO IRRIGADO

HERZOG, R. L. da S.; LEVIEN, R.; TREIN, C. R. EngenhariaAgrícola, v. 24, n. 3, p. 771-780, 2004. (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69162004000300031&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt)

O experimento foi conduzido na EEA-UFRGS, em ArgissoloVermelho distrófico típico, com o objetivo de quantificar o volumede solo mobilizado e a produção total de biomassa de soja em umaárea de campo nativo, anteriormente cultivada com aveia-preta. Apósa colheita, o resíduo de aveia foi distribuído nas parcelas, nas do-ses de 0; 2; 3; 4; 5 e 6 Mg ha-1 (= t ha-1), que constituíram os trata-mentos principais, os quais, por sua vez, foram subdivididos emfunção de profundidades (0,06 m e 0,12 m) de atuação dos sul-cadores de adubo, tipo facão, da semeadora-adubadora. O delinea-mento foi o de blocos casualizados, com três repetições. Os trata-mentos foram conduzidos em áreas distintas, com e sem irrigação.O volume de solo mobilizado pelos sulcadores de adubo foi 53%maior a 0,12 m do que a 0,06 m, não havendo diferença em funçãoda dose de resíduo de aveia.

A produtividade de grãos, massa seca da parte aérea e deraízes, na profundidade de 0 a 0,15 m, não foi influenciada pelaprofundidade do sulcador e pela quantidade de resíduo de aveia-preta. Na média dos tratamentos, a irrigação suplementar aumen-tou em 11% a produtividade de grãos e a biomassa total da soja.Mesmo sem irrigação, a produtividade da soja foi superior à médiado Rio Grande do Sul, confirmando seu potencial para implanta-ção sobre o campo nativo, sem nenhum tipo de preparo de soloprévio.

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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 11

LARANJA: PREÇO E VOLUME FAZEM SUCO

RENDER US$ 1,4 BILHÕES

Pelo terceiro ano-safra (julhoa junho) consecutivo, as exportaçõesde suco de laranja concentrado e con-gelado foram recordes.

Segundo a Associação Brasi-leira dos Exportadores de Cítricos(Abecitrus), que baseia seus cálcu-los nas informações divulgadas pelaSecretaria de Comércio Exterior(Secex) do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exte-rior, o Brasil exportou, entre julho de2004 e junho de 2005, 1,411 milhão detoneladas de suco de laranja conge-lado concentrado, 4,5% mais que o embarcado no ano anterior.

PAINEL AGRONÔMICO

AÇÚCAR TRAZ INVESTIMENTOS

EUROPEUS PARA O BRASIL

Desde junho, a União Européia (UE) alterou seu regime doaçúcar, depois da derrota que sofreu na Organização Mundial deComércio (OMC), em painel aberto, entre outros países, pelo Brasil.Após 40 anos de subsídios, período no qual o bloco chegou a sero segundo maior exportador mundial de açúcar, atrás apenas doBrasil, a mudança de regime levará a um corte de preços e a umaredução das exportações a partir de 2006. Por conta disso, algunsgrupos europeus estão buscando uma nova posição no mercado eo Brasil desponta como peça central nesta estratégia. É o caso dagigante agroindustrial Tereos. Cinco anos depois do primeiroinvestimento, de US$ 150 milhões, o grupo francês é hoje um dosprincipais produtores de açúcar no Brasil.

O novo regime do açúcar europeu significa que, a partir de2007, a Europa vai praticamente parar de exportar. Vai haver umadiminuição de 30% a 40% da produção européia — disse PhilippeDuval, presidente da Tereos. A Tereos opera no Brasil com duasempresas: FBA, na qual detém 47,5% do capital, e Guarani (100%do controle). Suas seis usinas vão processar 12 milhões de toneladasde cana-de-açúcar em 2005, um salto em relação aos 4 milhões detoneladas em 2000 (O Globo, 12/07/2005).

A repetição de recordes, segundo o presidente da Abecitrus,Ademerval Garcia, deve-se a uma coincidência de fatores que be-neficiaram a indústria nacional. Na safra 2003/2004, as exportações

brasileiras foram favorecidas pela en-trada da China no mercado interna-cional de suco de laranja. A demandachinesa contribuiu para elevar as ven-das externas brasileiras em 5,4% emrelação ao ano anterior, quando foramexportadas 1,35 milhão de toneladas.

Situação semelhante foi pro-duzida pelo verão intenso ocorridona Europa em 2002, diz Ademerval.Isso estimulou o consumo maior desuco e contribuiu para a exportaçãode 1,284 milhão de toneladas duran-te a safra 2002/2003, 5,1% mais que

no ano anterior (Gazeta Mercantil on line, 02/08/2005).

CANAVIAIS TOMAM TERRENO DO GADO

E DA LARANJA EM SÃO PAULO

Segundo o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), da safrade 1999/2000 à de 2004/2005, a área de cana cresceu 18,5% ou450,7 mil hectares. Araçatuba e Catanduva lideram esse avanço.Outro estudo feito em período diferente referenda a tendência. Osatélite Landsat navega pela órbita da Terra e de lá enxerga essereordenamento territorial. O estudo cobriu 86 municípios da regiãode Ribeirão Preto, o pólo da economia sucroalcooleira (www.revistaagrobrasil.com.br, 29/06/2005).

AUMENTA O USO DE MICRONUTRIENTES

A disseminação do sistema de plantio direto, aliado àspráticas de manejo integrado, deu novo horizonte para a tecnologiaagrícola. O resultado foi o crescimento da produtividade em quasetodas as cultura anuais e perenes. A evolução do uso de micro-nutrientes vem ultrapassando os 1.300%, desde 1992 até os diasatuais. O uso no solo chega a 500 mil toneladas, com faturamentode US$ 175 milhões, enquanto o uso foliar alcança 200 mil toneladase fatura US$ 200 milhões (Agroanalysis, v. 24, n. 9, 2004).

CRITÉRIOS SOCIAIS E AMBIENTAIS DA SOJA

O Brasil é o 2o maior produtor mundial de soja em volume eo 1o em produtividade.

A ONG World Wild Fund (WWF) trabalha para imporcritérios sócio-ambientais para os países europeus comprarem asoja brasileira. As exigências passam pelo cultivo sustentável, pelapreservação do cerrado, por condições dignas aos trabalhadores,pelo uso de sementes não-transgênicas e pelo controle de pragassem o uso de determinados pesticidas. As estimativas são de que oconsumo de soja aumente em 40% até 2020. A pressão sobre áreasde florestas e cerrados continuará intensa. As restrições podemnão ter sustentação à luz das normas da Organização Mundial doComércio, mas serão colocadas em prática gradualmente (Agroana-lysis, v. 24, n. 4, 2004).

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12 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005

CURSOS, SIMPÓSIOS E OUTROS EVENTOS

EEEEEVENVENVENVENVENTOS DA POTAFOS EM 2005TOS DA POTAFOS EM 2005TOS DA POTAFOS EM 2005TOS DA POTAFOS EM 2005TOS DA POTAFOS EM 2005 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

05/10/05 (4ª feira)08:00-09:30 Inscrição e entrega de materiais09:30-10:00 Abertura10:00-18:30 Painel 1: O sistema plantio direto

10:00-10:45 A história do desenvolvimento do sistema plantiodireto no Brasil – Herbert Arnold Bartz, FazendaRhenania, Rolândia-PR, fone: (43) 9972-3240

10:45-11:00 Discussão11:00-11:45 Microrganismos bio-indicadores da saúde do solo

– Galdino Andrade, UEL, Londrina-PR,fone: (43) 3371-4791, e-mail: [email protected]

11:45-12:00 Discussão12:00-14:00 Almoço14:00-14:45 Dinâmica da matéria orgânica no sistema plantio

direto – João Carlos de Moraes Sá, UEPG, PontaGrossa-PR, fone: (42) 3220-3090 / (42) 9978-0410,e-mail: [email protected]

14:45-15:00 Discussão15:00-15:45 Plantas de cobertura para o sistema plantio direto

– Edmilson José Ambrosano, Instituto Agronômico,E.E. Piracicaba, fone: (19) 3421-5196 / 9735-5140,e-mail: [email protected]

15:45-16:00 Discussão16:00-16:30 Intervalo para café16:30-17:00 Gramíneas de cobertura – Luiz Albino Bonamigo,

SuperMassa/Sementes Adriana, Campo Grande-MS,fone: (67) 35-6699, e-mail: [email protected]

17:00-17:30 Leguminosas de cobertura – José Aparecido DonizetiCarlos, Sementes Piraí, fone: (19) 3424-2922, e-mail:[email protected]

17:30-18:30 Debate com todos os palestrantes do dia

22222OOOOO SIMPÓSIO SOBRE SISTEMA AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL SIMPÓSIO SOBRE SISTEMA AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL SIMPÓSIO SOBRE SISTEMA AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL SIMPÓSIO SOBRE SISTEMA AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL SIMPÓSIO SOBRE SISTEMA AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL

COM COLHEITA ECONÔMICA MÁXIMA (SASCEM)COM COLHEITA ECONÔMICA MÁXIMA (SASCEM)COM COLHEITA ECONÔMICA MÁXIMA (SASCEM)COM COLHEITA ECONÔMICA MÁXIMA (SASCEM)COM COLHEITA ECONÔMICA MÁXIMA (SASCEM)

06/10/05 (5ª feira)08:00-18:00 Painel 2: Herbicidas e outros compostos no solo e

na planta

08:00-08:45 Dinâmica dos herbicidas no solo – Pedro J. Chris-toffoleti, ESALQ-USP, Departamento de ProduçãoVegetal, Piracicaba-SP, (19) 3429-4190 ramal 209,e-mail:[email protected],website: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4787846Y8

08:45-09:00 Discussão09:00-09:45 Processos de mitigação de herbicidas em sistemas

de manejo de solo – Jussara Borges Regitano,CENA-USP, Piracicaba-SP, fone: (19) 3429-4763,e-mail: [email protected]

09:45-10:00 Discussão10:00-10:30 Intervalo para café

10:30-11:00 Fosfito e outras substâncias – efeitos na mitigaçãoda intoxicação da planta com glifosato – ChryzMelinski Serciloto, doutorando, ESALQ-USP, Depar-tamento de Ciências Biológicas, Piracicaba-SP, fone:(19) 3429-4268,e-mail: [email protected]

11:00-11:15 Discussão11:15-12:00 Auxinas: ação fisiológica nas plantas – Paulo

Roberto de Camargo e Castro, ESALQ-USP,Departamento de Ciências Biológicas, Piracicaba-SP,fone: (19) 3429-4268 ramal 214, e-mail: [email protected], website: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4727004Y9

12:00-12:30 Discussão12:30-14:00 Almoço

Data: 05 a 07/OUTUBRO/ 2005

Local: Anfiteatro do Centro CANAGRO “José Coral” – CoplacanaAv. Comendador Luciano Guidotti, 1937Bairro Água Branca (próximo ao cemitério Parque daRessurreição) - Piracicaba-SPTelefone: (19) 3401-2258; Fax: (19) 3401-2219E-mail: [email protected]

Taxa de inscrição: R$ 200,00 (até 25 de Setembro)R$ 250,00 (após 25 de Setembro)R$ 50,00 (estudantes - 50 vagas)

Informação e inscrição: POTAFOSE-mail: [email protected]: www.potafos.com.br

PROGRAMA

Objetivos do Simpósio:

1. Resgatar a história do plantio direto no Brasil.

2. Discutir a produção, o manejo e a dinâmica da matéria orgânica,junto com os bio-indicadores da saúde do solo.

3. Entender o modo de ação dos herbicidas utilizados na agricul-tura e como mitigar efeitos colaterais indesejáveis no solo e naplanta.

4. Entender os mecanismos de defesa da planta contra doenças,principalmente o das fitoalexinas.

5. Discutir as experiências de manejo de plantas de cobertura emculturas anuais (hortaliças, grãos e algodão) e perenes (café,citros e eucalipto).

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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 13

OUTROS EVENTOSOUTROS EVENTOSOUTROS EVENTOSOUTROS EVENTOSOUTROS EVENTOS ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

7. VI ENCONTRO BRASILEIRO DE SUBSTÂNCIAS HÚMICAS(VI EBSH)

Local: Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro-RJData: 16 a 18/NOVEMBRO/2005Informações: Secretaria do EBSH 2005

Fax: (21) 2274-5291E-mail: [email protected]: www.cnps.embrapa.br/ebsh6

6. FEISUCRO 2005 - FEIRA INTERNACIONAL DO SETORSUCROALCOOLEIRO

Local: Anhembi, São Paulo-SPData: 07 a 10/NOVEMBRO/2005Informações: Alcantara Machado - Brasil@gro (promotor)

Telefone: (16) 629-9058/ 617-4006Website: www.feisucro.com.br

2. IV CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOSEGURANÇAIV SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO DE PRODUTOSTRANSGÊNICOS

Local: Hotel São Rafael, Porto Alegre-RSData: 26 a 29/SETEMBRO/2005Informações: E-mail: [email protected]

Website: www.anbio.org.br

8. IFA REGIONAL CONFERENCE FOR ASIA AND THEPACIFIC

Local: Bali, IndonésiaData: 06 a 08/DEZEMBRO/2005Informações: Idem item 3

1. II CONFERÊNCIA MUNDIAL DO CAFÉ

Local: Pestana Bahia Hotel, Salvador-BAData: 23 a 25/SETEMBRO/2005Informações: Secretaria Executiva - RD Eventos

E-mail: [email protected]: www.worldcoffeeconference.com

4. III SILICON IN AGRICULTURE CONFERENCE

Local: Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MGData: 22 a 26/OUTUBRO/2005Informações: Prof. Gaspar H. Korndörfer

E-mail: [email protected]: www.siliconinagriculture.iciag.ufu.br/Index2.htm

5. VIII CONGRESSO NACIONAL DE PESQUISA DE FEIJÃO

Local: Goiânia-GOData: 18 a 20/OUTUBRO/2005Informações: Embrapa Arroz e Feijão

E-mail: [email protected]: www.conafe2005.com.br

14:00-18:30 Painel 3: Mecanismos de defesa das plantas contradoenças

14:00-15:30 Mecanismos de resistência às doenças de plantas– Anne J. Anderson, Utah State University, Logan-UT, EUA, fone: 1-(435) 797-3407, e-mail: [email protected]

15:30-16:00 Discussão16:00-16:30 Intervalo para café16:30-17:15 Fitoalexinas e a resistência natural das plantas

às doenças – Wagner Luiz Polito, IQSC-USP, SãoCarlos-SP, fone (16) 3373-9973, e-mail: [email protected]

17:15-17:30 Discussão17:30-18:30 Debate com todos os palestrantes do dia

07/10/05 (6ª feira)08:00-12:30 Painel 4: Manejo do mato no sistema de produção08:00-09:00 Manejo do mato no sistema plantio direto – Jamil

Constantin, Universidade Estadual de Maringá,Maringá-PR, fone: (44) 3261-4316, e-mail: [email protected], website: http://www.pga.uem.br/pessoais/prof_jconstantin.html

3. IFA-IFDC PHOSPHATE FERTILIZER PRODUCTIONTECHNOLOGY WORKSHOP

Local: Brussels, BélgicaData: 26 a 30/SETEMBRO/2005Informações: International Fertilizer Industry Association (IFA)

E-mail: [email protected]: www.fertilizer.org

09:00-09:30 Discussão09:30-10:00 Intervalo para café

EXPERIÊNCIA DO PRODUTOR/CONSULTOR

10:00-10:20 Grãos e algodão – Charles Louis Peeters, estudante,ESALQ-USP, fone: (19) 9608-7114, e-mail: [email protected]

10:20-10:40 Citros – Márcio Antonio Storto, consultor, Leme-SP, fones: (19) 3561-9044 / (19) 9784-4993, e-mail:[email protected]

10:40-11:00 Cafeeiro – Carlos Roberto Piccin, consultor, Patro-cínio-MG, fones: (34) 3831-5665 / (34) 9984-3553,e-mail: [email protected]

11:00-11:20 Reflorestamento – Ronaldo Luiz Vaz de ArrudaSilveira, pesquisador, RR Agroflorestal S/C Ltda.,Piracicaba-SP, fones: (19) 3422-1913 / (19) 9797-9219,e-mail: [email protected]

11:20-11:40 Hortaliças – Luiz Geraldo de Carvalho Santos,Ensistec, fones: (11) 4784-6744/ 4712-1347/ 9686-6422, e-mail: [email protected]

11:40-12:30 Debate com todos os palestrantes do dia12:30-12:40 Encerramento

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14 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005

PUBLICAÇÕES RECENTES

1. POTÁSSIO NA AGRICULTURA BRASILEIRA

Editores: Yamada, T. & Roberts, T. L.; 2005.Conteúdo: World reserves and production of potash; reservas

de minerais potássicos e produção de fertilizantespotássicos no Brasil; Brasil – produção de potássiopara cima; mineralogia e formas de potássio em so-los brasileiros; análise e interpretação do potássiono solo; considerações sobre o uso do solo e a regio-nalização do balanço de potássio na agricultura bra-sileira; manejo conservacionista da adubação potás-sica; potássio – absorção, transporte e redistribui-ção na planta; interação do potássio com outros íons;protection of plants from detrimental effects of envi-ronmental stress factors; potassium effects on yieldquality; efeitos do potássio nos processos da rizos-fera e na resistência das plantas às doenças; méto-dos diagnósticos da nutrição potássica, com ênfaseno DRIS; o potássio na cultura do algodoeiro; o po-tássio na cultura do arroz irrigado; el potasio enbanano; o potássio na cultura do cafeeiro; o potás-sio na cultura da cana-de-açúcar; o potássio na cul-tura dos citros; o potássio na cultura do eucalipto; opotássio na cultura do feijão; o potássio na culturado milho; potasio en palma aceitera; o potássio nacultura da soja; o potássio na cultura do trigo; po-tassium interaction with ammonium; produção debananeiras cv. Pacovan, sob irrigação, em Cambis-solo adubado com doses de nitrogênio e potássio;avaliação da adubação nitrogenada e potássica emcana-de-açúcar baseada em modelos; produtivida-de, avaliação econômica, teores foliares de nitrogê-nio e potássio e atributos industriais de castanha emcajueiro anão precoce adubado com doses crescen-tes de nitrogênio e potássio em cultivos sob sequeiro;efeitos de doses de nitrogênio e potássio, aplicadasvia água de irrigação, sobre a produção e a qualida-de dos frutos de coqueiro anão na região litorâneado Ceará.

Número de páginas: 841Preço: R$ 120,00Pedidos: POTAFOS

Telefone/fax: (19) 3433-3254Website: www.potafos.org

2. AGRICULTURA DE PRECISÃO PARA O MANEJO DA FERTI-LIDADE DO SOLO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO

Editores: Machado, P. L. O. de A.; Bernardi, A. C. de C.; Silva, C. A.;2004.

Conteúdo: Agricultura de precisão e meio ambiente; geoestatísticaaplicada à agricultura de precisão; solos, clima e ve-getação da região de Campos Gerais; mapeamento daprodutividade; estudo de caso em agricultura de pre-cisão: manejo de lavoura de soja na região de CamposGerais-PR; variabilidade de atributos de fertilidade eespacialização da recomendação de adubação ecalagem para a soja; avaliação espacializada do esta-do nutricional da soja; aplicação de fertilizantes a ta-xas variáveis; espacialização do estoque de carbonodo solo em lavoura de soja; uso de inteligência artifi-cial em agricultura de precisão: Redes Bayesianas eRedes Neurais; agricultura de precisão: visão de umainstituição de pesquisa aplicada.

Número de páginas: 209Preço: gratuitoPedidos: Embrapa Solos

Fone: (21) 2274-4999E-mail: [email protected]

3. INTERAÇÃO ENTRE AS DOENÇAS E O ESTADO NUTRI-CIONAL DO CAFEEIRO(EPAMIG. Boletim Técnico, 73)

Autores: Pozza, A.A.A.; Guimarães, P.T.G.; Carvalho, V.L. de;Pozza, E.A.; Carvalho, J.G. de; Romaniello, M.M.; 2004.

Conteúdo: Interação estado nutricional x doença do cafeeiro;mecanismos de controle de doenças relacionados coma nutrição; como comprovar o efeito da nutrição dasplantas sobre as suas doenças; estratégias para re-duzir a severidade de doenças e melhorar a nutriçãoda planta; funções e efeitos dos nutrientes nas do-enças das plantas; como as doenças afetam o estadonutricional das plantas.

Número de páginas: 84Preço: R$ 5,00Pedidos: EPAMIG

E-mail: [email protected]: www.epamig.br

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Visitem nosso website:Visitem nosso website:Visitem nosso website:Visitem nosso website:Visitem nosso website: www.potafos.orgwww.potafos.orgwww.potafos.orgwww.potafos.orgwww.potafos.orgTemos informações sobre o consumo de fertilizantes no Brasil, pesquisas e

publicações recentes, DRIS para várias culturas, links importantes, e muito mais...

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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 15

PUBLICAÇÕES DA POTAFOS

BOLETINS TÉCNICOS

"Nutrição e adubação do feijoeiro"; C.A. Rosolem (91 páginas)"Nutrição e adubação do arroz"; M.P. Barbosa Filho (120 páginas, 14 fotos)"Potássio: necessidade e uso na agricultura moderna" (45 páginas, 34 fotos)

LIVROS"A estatística moderna na pesquisa agropecuária"; F. Pimentel Gomes (162 páginas)“Desordens nutricionais no cerrado”; E. Malavolta; H.J. Kliemann (136 páginas)"Ecofisiologia na produção agrícola"; P.R.C. Castro e outros (ed.) (249 páginas)"Nutrição mineral, calagem, gessagem e adubação dos citros"; E. Malavolta (153 páginas, 16 fotos)"Nutrição e adubação da cana-de-açúcar"; D.L. Anderson & J.E. Bowen (40 páginas, 43 fotos)"Fertilizantes fluidos"; G.C. Vitti & A.E. Boaretto (ed.) (343 páginas, 12 fotos)"Cultura do cafeeiro"; A.B. Rena e outros (ed.) (447 páginas, 49 fotos) (LIQUIDAÇÃO DE ESTOQUE)"Avaliação do estado nutricional das plantas - 2ª edição"; Malavolta e outros (319 páginas)"Manual internacional de fertilidade do solo - 2ª edição, revisada e ampliada" (177 páginas)“Cultura do algodoeiro”; E. Cia; E.C. Freire; W.J. dos Santos (ed.) (286 páginas, 44 fotos)"A cultura da soja nos cerrados"; Neylson Arantes & Plínio Souza (eds.) (535 páginas, 35 fotos)"Nutrição e adubação de hortaliças"; Manoel E. Ferreira e outros (ed.) (487 páginas)"Micronutrientes na agricultura"; M.E. Ferreira & M.C.P Cruz (ed.) (734 páginas, 21 fotos)"Cultura do feijoeiro comum no Brasil"; R.S. Araujo e outros (coord.) (786 páginas, 52 fotos)“Fósforo na agricultura brasileira”; Yamada, T. & Abdalla, S.R.S. e (ed.) (726 p.)“Potássio na agricultura brasileira”; Yamada, T. & Roberts, T. L. (ed.) (841 p.)

CD-ROM“Monitoramento Nutricional para a Recomendação da Adubação de Culturas” (Anais/DRIS e Pass)Anais do Simpósio sobre Fisiologia, Nutrição, Adubação e Manejo para Produção Sustentável de Citros (Anais/DRIS para citros)Anais do I Simpósio sobre Soja/Milho no Plantio Direto (4 CD’s: vídeos, palestras e slides)Anais do II Simpósio sobre Soja/Milho no Plantio Direto (4 CD’s: vídeos, palestras e slides)Anais do III Simpósio sobre Soja/Milho no Plantio Direto (4 CD’s: vídeos, palestras e slides)Anais do IV Simpósio sobre Soja/Milho no Plantio Direto (3 CD’s: vídeos, palestras e slides)Anais do Workshop “Relação entre Nutrição de Plantas e Incidência de Doenças” (4 CD’s: vídeos, palestras eslides)

JORNAL INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS (edição trimestral: Março, Junho, Setembro e Dezembro)

Assinatura anual (ou quatro números)

ARQUIVOS DO AGRÔNOMO

Nº 1 - A pedologia simplificada (2ª edição - revisada e modificada) (16 páginas e 27 fotos)Nº 2 - Seja o doutor do seu milho - 2 a edição, revisada e modificada (16 páginas e 27 fotos)Nº 3 - Seja o doutor do seu cafezal (12 páginas, 48 fotos)Nº 4 - Seja o doutor de seus citros (16 páginas, 48 fotos)Nº 6 - Seja o doutor da sua cana-de-açúcar (16 páginas, 48 fotos)Nº 8 - Seja o doutor do seu algodoeiro (24 páginas, 77 fotos)Nº 9 - Seja o doutor do seu arroz (20 páginas, 41 fotos)Nº 11 - Como a planta de soja se desenvolve (21 páginas, 38 fotos)Nº 12 - Seja o doutor do seu eucalipto (32 páginas, 71 fotos)No 15 - Como a planta de milho se desenvolve (20 páginas, 52 fotos)

R$/exemplar

10,0010,0010,00

20,0020,0020,0020,0020,0020,0030,0040,0040,0040,0040,0040,0040,0040,00

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50,0050,0050,0050,0050,00

40,00

10,00

cada

número

DESCONTOS

Para compras no valor de:

R$ 100,00 a R$ 200,00 = 10%

R$ 200,00 a R$ 300,00 = 15%

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mais que R$ 400,00 = 25%

POSTAGEM:

ATENDEMOS SOMENTE VIA SEDEX A COBRAR

Pedidos: POTAFOS - Caixa Postal 400 - CEP 13400-970 - Piracicaba-SP ou via internet: www.potafos.org

Formas de pagamento:

• cheque nominal à POTAFOS anexado à sua carta com a relação das publicações desejadas.

• depósito bancário: Bradesco S.A. - Agência 2209-8 - Conta 022442-1. Favor enviar comprovante via fax: (19) 3433-3254

Dados necessários para a emissão da nota fiscal: nome, CPF (ou razão social, com CGC e Inscrição Estadual), instituição,endereço, bairro/distrito, CEP, município, UF, fone/fax, e-mail.

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16 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005

Ponto de Vista

Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato

Rua Alfredo Guedes, 1949 - Edifício Rácz Center - sala 701 - Fone/Fax: (19) 3433-3254Endereço Postal: Caixa Postal 400 - CEP 13400-970 - Piracicaba (SP) - Brasil

T. YAMADA - Diretor, Engo Agro, Doutor em AgronomiaE-mail: [email protected] Website: www.potafos.org

• Agrium Inc.• Mosaic• Intrepid Mining,

LLC/Moab Potash• PotashCorp

• Arab Potash Company• Belaruskali• Dead Sea Works• ICL Group• International Potash Company

• K+S Kali GmbH• Tessenderlo Chemie

NV/SA• Silvinit• Uralkali

• Simplot• Yara International

Afiliados do PPI/PPIC Afiliados do IPI

ImpressoEspecial

1.74.18.0217-0 - DR/SPI

POTAFOS

CORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS2216/84 - DR/SPI

Tsuioshi Yamada

H á anos intriga-me a soja. Nunca entendi seu com-portamento tão errático. Ou seja, produtividademedíocre com tudo bem feito, e vice-versa. Pesqui-

sa recente de Jamil Constantin, professor da Universidade Esta-dual de Maringá-PR, trouxe-me pistas para decifrar o enigma. Mos-trou ele que, no sistema plantio direto, é preciso esperar duas atrês semanas entre a dessecação do mato e a semeadura da soja.Que na sua pesquisa chegou a produzir 11 sacas ha-1 de soja e até18 sacas ha-1 de milho a mais que no tradicional “aplique e plante”.Cuidado, em geral, não observado pelos agricultores e nem pelospesquisadores, pois, até então, pouco ou nada se sabia da impor-tância deste intervalo de tempo.

É imenso o valor potencial desta informação, que é tambémde fácil adoção. Assim, apenas na cultura da soja, supondo aumen-to médio de 5 sacas ha-1, caso ela seja adotada em 10 milhões dehectares (dos mais de 22 milhões de hectares plantados), teríamos50 milhões de sacas ou US$ 500 milhões, a mais, nos bolsos dossojicultores.

E qual seria o tamanho dos prejuízos que a dessecaçãodo mato com herbicida sistêmico causaria nas culturas perenes?Pesquisas feitas na década de 80 e repetidas recentemente porT. Yamada e Paulo Roberto de Camargo e Castro, na ESALQ, e porVolker Römheld, na Universidade de Hohenheim, têm comprovadoa passagem do herbicida da planta-alvo (mato) para a planta-não

QUANTO VALE A INFORMAÇÃO?QUANTO VALE A INFORMAÇÃO?QUANTO VALE A INFORMAÇÃO?QUANTO VALE A INFORMAÇÃO?QUANTO VALE A INFORMAÇÃO?

alvo (cultura econômica) através do contato de raízes. Esta conta-minação tem o potencial de causar efeitos indesejáveis na culturaeconômica, tais como falta de crescimento de raízes e brotos novos,perda de controle da permeabilidade de membranas e redução naprodução de fitoalexinas. Fenômenos, estes, com reflexos negati-vos na produção e na resistência das plantas às pragas e doenças.É preciso, pois, dar um passo adiante do de Jamil Constantin. Épreciso também saber o que está ocorrendo com as culturas perenes.

Para discutir este e outros temas relacionados com a sanida-de vegetal, a POTAFOS promoverá de 5 a 7 de Outubro, p.f., noanfiteatro da COPLACANA, em Piracicaba-SP, o II SimpósioSASCEM – Sistema Agrícola Sustentável com Colheita EconômicaMáxima, cujo programa está na página 12 deste jornal. O Simpósioconstará de 4 painéis: Painel 1. O sistema plantio direto; Painel 2.Herbicidas e outros compostos no solo e na planta; Painel 3. Meca-nismos de defesa das plantas contra doenças, e Painel 4. Manejodo mato no sistema de produção. Do exterior virá Dra. Anne An-derson, Utah State University, que falará sobre mecanismos deresistência às doenças de plantas, com ênfase nas fitoalexinas.

Creio que será envento importante para entender por quetemos tantas pragas e doenças na agricultura atual, que quase com-prometem a sustentabilidade de algumas culturas como algodão,soja e citros. Sua presença será fundamental para o sucesso doevento. Conto com você.