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Para aumentar a participação dos veículos em nível nacional, a gerente de marketing Sioni Gonçalves acredita que as rádios do Rio Grande do Sul devam contribuir de forma mais efetiva no levantamento AGERT promove debate com candidatos ao Senado e ao Governo Página 03 DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS Impresso Especial AGERT CORREIOS Nº3908/06 DR/RS Para uso dos Correios Setembro de 2010 - Edição nº 577 TX 30: R$ 24,98, com variação de 5,67% sobre os últimos doze meses Página 06 Página 07 Página 08 Projeto Inter-Meios pode ser um aliado das emissoras na divisão dos investimentos com publicidade Convergência é tema principal de encontro realizado em Santa Catarina Para a presidente da ACAERT, Marise Westphal Hartke, o rádio e a televisão não correm risco de perder espaço para a internet e outras tecnologias Páginas 04 e 05 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é obrigatório Engenheiro João Alfredo Bettoni alerta para elaboração do laudo ABERT escolhe novo presidente e Conselho Superior

Informativo AGERT 577

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Informativo AGERT

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Page 1: Informativo AGERT 577

Para aumentar a participação dos veículos em nível nacional, a gerente de marketing Sioni Gonçalves acredita que as rádios do Rio Grande do Sul devam contribuir de forma mais efetiva no levantamento

AGERT promove debate com candidatos ao Senado e ao Governo

Página 03

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS

ImpressoEspecial

AGERTCORREIOS

Nº3908/06DR/RS

Para uso dos Correios

Setembro de 2010 - Edição nº 577TX 30: R$ 24,98, com variação de 5,67% sobre os últimos doze meses

Página 06 Página 07

Página 08

Projeto Inter-Meios pode ser um aliado

das emissoras na divisão dos

investimentos com publicidade

Convergência é tema principal

de encontro realizado em

Santa CatarinaPara a presidente da ACAERT, Marise Westphal Hartke,o rádio e a televisão não correm risco de perder espaço

para a internet e outras tecnologias

Páginas 04 e 05

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é obrigatório

Engenheiro João Alfredo Bettoni alerta para elaboração do laudo

ABERT escolhe novo presidente e Conselho Superior

Page 2: Informativo AGERT 577

Já estamos em setembro e este mês será muito especial para a AGERT e todas as emisso-ras associadas. Pela primeira vez na nossa histó-ria promoveremos um debate com os candidatos ao Senado. E para mostrar a força que a associa-ção tem entre os partidos políticos do Rio Grande do Sul, 10 dos 11 postulantes ao cargo confirma-ram presença no encontro. Na semana seguinte, já no dia 24, será a vez de recebermos os preten-dentes ao Palácio Piratini. Mais uma vez teremos casa cheia e a certeza de que, assim como em outras eleições, promoveremos debates de alto nível e à altura de todo o povo gaúcho.

Além de eleições, temos ainda no Agert Infor-ma uma matéria sobre a importância das emisso-ras participarem do Projeto Inter-Meios. Se a sua rádio ainda não integra essa rede de informações

Setembro de 20102

AGERT - Entidade fundada em 13 de dezembro de 1962

Rádio Sarandi AM Sarandi 4/9/1953Rádio Tupanci AM Pelotas 7/9/1958Rádio Assisense AM São Francisco de Assis 7/9/1977Rádio Líder FM Santana do Livramento 7/9/1991Rádio Aurora AM Guaporé 7/9/2007Rádio Querência AM Santo Augusto 11/9/1988Rádio Sulina AM Dom Pedrito 13/9/1949Rádio Sepé Tiarajú AM Santo Ângelo 14/9/1977Rádio Mãe de Deus Flores de Cunha 16/9/1989Rádio Maristela AM Torres 19/9/1957Rádio Charrua AM Uruguaiana 20/9/1936Rádio Pampa AM Porto Alegre 20/9/1960Rádio Difusora Celeiro AM Três Passos 20/9/1951Rádio Meridional FM Camaquã 20/9/1988Rádio Cultura de Arvorezinha AM Arvorezinha 20/9/1979Rádio Liberal FM Guaporé 21/9/2007Rádio Princesa AM Candelária 21/9/2007Rádio Spaço 100,9 FM Farroupilha 23/9/2007Rádio Itapema FM Porto Alegre 25/9/1983Rádio Cachoeira AM Cachoeira do Sul 27/9/1946Rádio Studio 2 FM Tapera 29/9/1986Rádio Atlântida FM Santa Cruz do Sul 29/9/1988Rádio Meridional FM Camaquã 29/9/1989Rádio Panambi AM Panambi 30/9/1961Rádio 106,7 FM Montenegro 30/9/1989

EDITORIAL

nacionais é uma oportunidade de começar a fazer isso agora, pois os benefícios são bem maiores que o tempo que você irá dispensar para encaminhar os dados necessários.

E para quem ainda tem dúvidas se a internet ajuda ou atrapalha o crescimento - e fatu-ramento - do rádio, um evento em Santa Catarina, promovido pela ACAERT, reuniu pro-fissionais de todo o país para discutirem sobre a convergência. As opiniões dos especia-listas podem ser conferidas nas páginas centrais do nosso jornal.

Outro assunto que faz parte desta edição é a eleição do novo presidente da ABERT. Saiba mais quem é o escolhido, assim como a nova formação do conselho superior da associação para o período de 2010 até 2014, e o que Daniel Slaviero deixou como contri-buição no tempo de duração de seu mandato.

Um outro tema de interesse é o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) que deve ser providenciado pelos radiodifusores para evitar problemas com a Delegacia Regional do Trabalho. Se a sua emissora, independente do número de funcio-nários, ainda não possui o laudo técnico é hora de providenciar. Confira como nesta edi-ção do Agert Informa.

Uma boa leitura a todos e até o mês que vem.

Alexandre Gadret - Presidente da AGERT

Lucas Uebel

RÁDIOS ANIVERSARIANTES

AGERT pronta para os debates

PresidenteAlexandre Alvarez Gadret -

Vice-PresidentesAndré Luis Jungblut -

Carlos Piccoli -Cláudio Brito -

Cláudio Toigo Filho -Cláudio Zappe -

Geraldo Corrêa -Jerônimo Fragomeni -

Kamal Badra -Leonardo Meneghetti -

Luciano Hintz Mallmann -Luis Cruz -

Myrna Proença -Osébio Borghetti -

Paulo Tonet Camargo -Pedro Edir Farias -

Pedro Ricardo Germano -Renato Albuquerque -

Roberto Cervo Melão -Wanderley Ruivo -

DiretoresAlexandre Kannenberg -

Antônio Donádio -Arizoli de Bem -

Ary dos Santos -Cláudio Albert Zappe -

Cristiano Casali -Eloy Scheibe -

Ildomar Joanol -João Vianei -

José Luiz Bonamigo -Marcos Dytz Piccoli -

Maria Luiza Proença -Miguel Puretz Neto -

Ricardo Brunetto -Vanderlei Roberto Uhry -

Verdi Ubiratan de Moura -

Conselho ConsultivoPresidente: Gildo MilmanMembros do Conselho:

Afonso Antunes da Motta, Antônio Abelin, Flávio Alcaraz Gomes, Fernando Ernesto Corrêa,

Otavio Gadret, Pedro Raimundo Dias, Paulo Sérgio Pinto, Ricardo Ferro Gentilini, René Onzi, Roberto Cervo - Melão,

Valdir Andrés, Valdir Heck

AssessoresAssessoria Jurídica: Gildo Milman

Assessoria Contábil: Ronaldo Silva de Oliveira

Assessoria Fiscal: Paulo Ledur

[email protected]

[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]

[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@terra.com.br

[email protected]

[email protected]

[email protected]

Coordenação Jornalística:Wanderley Ruivo dos Santos Mtb 8363

Realização: Eliana Camejo Comunicação Empresarial Redação: Valeria Pereira

Diagramação: Geanine BackesComercialização: Cláudia Cassol e Diego Alves

Impressão: 1000 exemplaresO Agert Informa é uma publicação mensal da

Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e TelevisãoRua Riachuelo, 1098 CJ. 204 - Centro

CEP: 90010-272 - Porto Alegre/RS Telefone: (51) 3228.3959 - www.agert.org.br

Contato: [email protected]

Page 3: Informativo AGERT 577

Setembro de 2010 3

CódigoO jornal Meio & Mensagem coordena o Projeto

Inter-Meios e divulga os relatórios. Todos têm aces-so às informações, que estão disponíveis no site www.projetointermeios.com.br, através de análises e comparativos.

Além disso, o projeto mantém uma comissão, for-mada por um grupo de representantes dos diversos meios de comunicação, que discute regularmente seu andamento, abrangência, representatividade e também analisa os números tabulados confrontando com a realidade do mercado.

Ainda há, além dos mais de trezentos e cinquen-ta veículos de comunicação que fazem parte do Inter-Meios, um número grande que não aderiu à ini-ciativa. Quanto mais abrangentes forem os números deste projeto mais ele será representativo no merca-do brasileiro de mídia.

Para participar, basta cadastrar a empresa no site do projeto. O responsável receberá um código de acesso da PricewaterhouseCoopers que a identi-ficará. A partir daí, é só enviar os números através do próprio site, até o dia 15 de cada mês, com as infor-mações sobre o mês anterior, lembrando que não há nenhum custo para as empresas participantes e que os dados são confidenciais.

Sioni acredita que uma mobilização gaúcha pode incentivar participação nacional

Participação no Projeto Inter-Meios representa benefícios para as emissoras

Através do envio do relatório de faturamento, as rádios podem aumentar a divisão das verbas publicitárias para os veículos

Quer melhorar o faturamento da sua emissora recebendo mais verbas publicitárias? Então comece, já neste mês, a enviar ao Projeto Inter-Meios o relató-rio dos ganhos mensais da sua rádio. Dessa forma, você estará contribuindo para uma divisão maior dos recursos oriundos do governo, agências de publici-dade e anunciantes.

O Inter-Meios é uma iniciativa conjunta do jornal Meio & Mensagem e dos principais meios de comuni-cação do país com o objetivo de levantar, em números reais, o volume de investimento publicitário em mídia no Brasil. Começou a operar em 1990 e hoje conta com a adesão de mais de trezentos e cinquenta veícu-los e grupos de comunicação, que representam apro-ximadamente 90% do investimento em mídia. Esse número, no entanto, está muito aquém do que o seg-mento rádio pode representar. De acordo com Sioni Gonçalves, gerente de marketing das rádios do Grupo RBS, o Inter-Meios atua como um balizador na hora de dividir o faturamento de todos os anunciantes. "Através desse relatório anual tomamos conhecimen-to, por exemplo, que o rádio participa com apenas 4% do budget publicitário brasileiro. E esse número não representa a realidade já que os radiodifusores não participam ativamente do projeto", declara.

Segundo Sioni, se os donos das emissoras re-passassem os dados necessários, todos sairiam ganhando, uma vez que os anunciantes perceberiam o quanto o meio rádio pode ser vantajoso. "Temos cerca de quatro mil rádios em todo o país e apenas 15% a 20% delas revelam o seu faturamento. E isso é muito pouco perto da força que o veículo tem. Se 50% dessas emissoras participassem, poderíamos saltar desses 4% para 8%, o que poderia dobrar o investi-mento recebido pelas rádios", avalia.

A gerente de marketing, que há 18 anos atua no mercado, acredita que o principal motivo pelo qual as rádios não informam seu faturamento é o receio des-ses valores se tornarem públicos. "Às vezes, temos duas ou três emissoras na mesma cidade e o radiodi-fusor teme que a rádio concorrente fique sabendo da sua receita. No entanto, esse medo é infundado, uma vez que as informações repassadas ao Inter-Meios são totalmente sigilosas", afirma.

O projeto garante sigilo absoluto sobre as infor-mações repassadas pelas empresas, pois apenas sob um código de acesso exclusivo - e não sob seu nome - as emissoras fornecem mensalmente os dados solicitados à PricewaterhouseCoopers, empre-sa de consultoria/auditoria reconhecida por sua con-fiabilidade, que somente os torna públicos depois de tabulados. Também não é possível deduzir esse fatu-ramento da tabulação geral. É por isso que o projeto fala em regiões, ao tratar dos investimentos em mídia e só fala de mercados específicos quando esses investimentos estão excepcionalmente diluídos, como no caso de São Paulo, maior cidade do país.

O Inter-Meios coleta dados nas regiões Norte, Nor-deste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste em TV aberta e fechada, rádio, jornal, revista, cinema, guias e listas, mídia exterior (outdoor, painel, mobiliário urbano, digi-tal out of home e móvel) e Internet. Os números capta-

dos são essenciais para as empresas de comunica-ção aferirem seu desempenho e para coordenarem seus esforços de vendas, fornecendo uma noção mais precisa da distribuição da verba publicitária pelas regiões do país.

"Precisamos mostrar o crescimento do rádio, que se profissionalizou ao longo dos últimos anos. Ao se sentir desafiado pela internet, por exemplo, foi buscar novas alternativas para se manter atraente. E alcan-çou o objetivo. Isso precisa ser demonstrado pelas emissoras. Se todas tiverem consciência que preci-sam divulgar esses ganhos, o rádio só terá o que comemorar, já que aumentará a participação no bolo publicitário e ganhará maior representatividade no mercado anunciante", acredita Sioni.

Para a profissional, não participar do projeto é uma forma de boicotar o trabalho que a emissora desenvol-ve na sua comunidade. "Não há porque escondermos o faturamento se todos só temos a ganhar com isso. Precisamos começar pelo Rio Grande do Sul essa conscientização. Temos de dar o exemplo para que o restante do Brasil perceba o quanto essa atitude é benéfica para todos. Se conseguirmos isso, certamen-te, seremos ainda mais valorizados", acredita.

Os números do Projeto Inter-Meios são referên-cia sobre o negócio da mídia no Brasil e respaldam tudo que se diz de importante sobre esse tema no país e no exterior.

O projeto não trabalha com números especulati-vos e sim com valores que as empresas passam com absoluta exclusividade, baseando-se no fatu-ramento real bruto dos veículos, incluindo a comis-são das agências e excluindo o desconto dado nas negociações.

Os dados são confiáveis porque não sofrem dis-torções, já que o objetivo do projeto é informar o mer-cado e não fazer qualquer tipo de ranqueamento. A informação não é sobre o faturamento individual das empresas, mas sobre o mercado como um todo, distribuído pelas diversas regiões brasileiras e pelos diferentes meios de comunicação.

Números

Qualquer empresa pode participar? O Projeto Inter-Meios divulga o investimento pu-blicitário em mídia no Brasil, sendo assim, apenas os veículos de comunicação podem participar enviando seus faturamentos.Qual a data limite para informar o faturamento?Os veículos de comunicação participantes do Pro-jeto Inter-Meios devem reportar seus faturamen-tos até todo dia 15 de cada mês com os valores referentes ao bruto negociado exibido veiculado no mês anterior.Preciso me cadastrar para ter acesso aos rela-tórios?O cadastro é válido apenas para os meios de comu-nicação que têm a intenção de participar do projeto enviando seu resultado mensal. Para ter acesso aos números, basta clicar em "relatórios de investimen-

Dúvidas recorrentes:to" e selecionar o mês e ano que deseja pesquisar.Como participar? Clique no item cadastre-se que se encontra no menu principal, preencha todas as informações solicitadas e aguarde o contato da coordenação do Projeto. É muito importante não haver erros de digitação no e-mail e telefone.Como faço para visualizar o resultado total do investimento publicitário em um ano específico? Basta clicar em relatórios de investimento, selecio-nar o mês de dezembro e o ano (ex: dezembro 2008). Escolha o relatório Resumo do faturamento bruto, por meio e observe a coluna dos valores acu-mulados. Todos os relatórios possuem um compa-rativo com o ano anterior.Informações: (11) 3769-1504 [email protected]

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Setembro de 20104

A internet é aliada ou inimiga das emissoras de rádio?

Convergência foi tema principal de encontro realizado em Santa Catarina no mês passado

O 14° Congresso Catarinense de Rádio e

Televisão, promovido pela Associação Catarinen-

se de Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT),

movimentou Joinville entre os dias 11 e 13 de agos-

to. Profissionais da comunicação de várias partes

do país prestigiaram o evento e falaram sobre con-

vergência, principal tópico debatido no encontro.

Confira algumas opiniões.

A jornalista Paloma Pietrobelli, do Departa-mento de Internet da Rede Globo, tem a convic-ção que a internet não vai tirar a audiência das rádios, mas para isso as emissoras precisam criar uma nova estratégia e entrar de vez na era da convergência. "Não acredito que essa mídia tende ao fim ou fique muito restrita ao meio. Acho que o rádio vai continuar aí como ele está ou talvez mude um pouco de perfil. A internet você precisa ter o computador, precisa ainda dizer o que quer fazer. O rádio não. Você liga e ele está lá. Acho que a questão do deslocamen-to do rádio é imbatível e esse é o foco de qual-quer empresa de radiodifusão: saber que a sua principal mídia é o momento de deslocamento das pessoas", afirma.

No entanto, o jornalista Pyr Marcondes, edi-tor do Grupo Meio & Mensagem, tem opinião dis-tinta. Para ele, dentro de no máximo três anos, a internet vai ser maior do que o rádio, por causa da ascensão das redes sociais, como Orkut, Twitter, My Space e blogs, que vão gerar impac-to profundo na marca dos anunciantes e das emissoras de rádio e TV. "As emissoras de rádio que não tiverem um contato através do mundo digital com a sua audiência, tenderão a perder mais do que aquelas que tiverem. Se você é um radiodifusor precisa ter um contato digital com o seu público. Isso sim que vai garantir que a audiência permaneça junto de você, dentro da tua rádio, mas também dentro dos canais digi-tais", acredita.

Para Hermano Henning, apresentador do

SBT, houve uma mudança do perfil do rádio ao

longo dos tempos, pois começou como um veí-

culo de entretenimento e que só resiste ao

tempo por ter investido, também no jornalismo.

O jornalista Celso Zucatelli, da TV Record, foi categórico ao afirmar que a convergência da mídia exige inovação e adaptação dos veículos de comu-nicação, para que eles não sejam engolidos pelos concorrentes. "O profissional precisa estar aberto. Não pode ter preconceito. Isso é básico. E o pre-conceito vale no seu dia-a-dia, na sua vida, mas também profissionalmente. Você tem que estar aberto às novas mídias, você tem que estar aberto aos novos veículos e saber fazer um pouquinho de cada coisa", disse.

Para Zucatelli, a convergência não vai acabar

O empresário de comunicação e marketing Luis Marins apresentou as potencialidades e a diversidade do mercado brasileiro e avaliou como será o futuro do Brasil garantindo que a interatividade dos meios manterá o rádio sem-pre vivo e mais próximo dos cidadãos. "A intera-tividade dos meios permite ouvir a rádio da sua cidade de qualquer lugar do mundo. E isso exige criatividade e mente aberta para podermos usar os recursos da interatividade, sem achar que eles concorrem entre si. Só assim, poderemos multiplicar os nossos negócios", avalia

Marins, que também é antropólogo, desta-cou que o rádio é um veículo bastante presente entre os brasileiros, que se caracteriza por seu um povo que ouve e fala muito mais do que lê "Por isso, a proximidade do rádio com a comuni-dade precisa ser explorada, porque ela desem-penha uma função social muito grande".

Para o empresário, ainda há a necessidade de o setor estar mais atento aos avanços tecno-lógicos, valorizando os profissionais. "A maneira de você gerenciar com sucesso é ter pessoas excelentes a sua volta. A equipe de uma rádio não deve ser formada a partir do critério um bom timbre de voz. O que se precisa, é ter pessoas que pensem e criem. Caso contrário, será difícil vencer os desafios que vêm pela frente", analisa.

com o rádio. Pelo contrário, vai trazer mais audiên-cia às emissoras. "Essa convergência só faz a gente ganhar mais mercado. Só nos faz chegar a ouvintes que antes não poderíamos alcançar e, especial-mente, conseguimos crescer como novos ouvintes. A gente não pode esquecer que hoje a garotada tem como veículo principal de acesso à informação a internet. No rádio, o que eles ouvem? Música. Então vamos tentar juntar. Vamos trazer essa galera pra gente. Vamos usar a internet pra fazer esse cara descobrir que existe o rádio. E ele vai descobrir. A gente só precisa mostrar pra ele", acredita.

Convergência abre mercado para as rádios

Rádio e jornalismo

Divergência com relação à internet

O poder na mão do ouvinte

Interatividade e criatividade

Depois da fase do rádio feito em auditório, seguido pelo avanço de ter um aparelho em casa, agora chegou a vez do ouvinte como comunica-dor. Pelo menos é o que pensa o jornalista, radia-lista e professor Marcus Aurélio de Carvalho.

Para Carvalho, que atua como gestor no Sis-tema Globo de Rádio, o rádio vive a sua terceira grande revolução e a mudança está na relação entre ouvintes e os profissionais do rádio. E, para sobreviver, com sucesso, nesta nova era, em que o ouvinte também é o comunicador, acompanhar as transformações históricas e cria-tividade são fundamentais. "Ganha o jogo quem entende para onde a história está indo. É o gran-de momento de tirar o deslumbramento que havia em torno do comunicador, nos temos que ser incisivos no ar, mas não podemos mais ser arrogantes, e entender que o poder agora está na mão do ouvinte. Tem muita gente saudosista, mas eu diria que o que passou foi muito bom, mas eu prefiro acreditar no que ainda pode ser melhor", avalia.

Segundo o radialista, o meio que mais combi-na com a interatividade é o rádio porque foi o pri-meiro a experientar a interatividade. "Então, não tem meio de comunicação melhor para essa nova era do que o rádio. Porém, muitos radiodifu-sores não estão entendendo que se a gente não se adaptar, vamos perder esse trem da história e outras mídias vão pegar esse trem", ressalta.

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Setembro de 2010 5

Veículos não perderão importância

Para a presidente da Associação Catarinen-

se de Rádio e Televisão (ACAERT), Marise West-

phal Hartke, a televisão e o rádio não perderão

importância na vida dos brasileiros. "A conver-

gência, na verdade, não deve ser encarada

como ameaça. Pelo contrário, devemos enten-

dê-la como oportunidade de novos serviços e

negócios", afirmou em entrevista à ABERT.

Este é um tema que merece ser debatido

com profundidade. A Radiodifusão poderia plei-

tear, por exemplo, a atuação na área de telefo-

nia. Acho que a discussão deve ser feita no sen-

tido de proteger os interesses da população. A

princípio, a produção de conteúdo não me pare-

ce uma característica natural das telefônicas. Ao

contrário da Radiodifusão, que vem contribuin-

do principalmente na valorização e preservação

da cultura nacional.

A TV e o Rádio não perderão importância na

vida do brasileiro. A convergência, na verdade,

não deve ser encarada como ameaça. Pelo con-

trário, devemos entender como oportunidade de

novos serviços e negócios. Temos a grande

oportunidade de oxigenar e repensar nossos ser-

viços à sociedade.

Este problema se agravou com o alastra-

mento das emissoras comunitárias ilegais, que

são tão ou mais nocivas. Apesar das ameaças,

a Radiodifusão tem enfrentado com coragem a

ilegalidade, denunciando o problema. Acredito

que a profissionalização dos radiodifusores, o

trabalho coletivo do segmento e a valorização

de nossas emissoras são ferramentas vitais

para o fortalecimento do setor.

Diante da convergência tecnológica, as

operadoras telefônicas estão questionando a

distribuição do espectro radiofônico, interes-

sadas em aumentar seus rendimentos com a

transmissão de programas próprios. O gover-

no tem permitido o avanço dessas empresas.

Na sua avaliação, o que deve ser feito para

regular - ou impedir - a entrada das teles na

criação e transmissão de conteúdos?

Na sua avaliação, qual o impacto que a

convergência tecnológica terá para o setor

de radiodifusão?

Como a senhora avalia a situação da ra-

diodifusão brasileira diante do crescimento

das rádios piratas?

Áurea Estúdio

O jornalista e gerente do Departamento

Comercial da Rede Itatiaia, de Belo Horizonte,

Bruno Bianchini, acredita que a era da conver-

gência não abre espaço para profissionais "enfer-

rujados", pois a nova geração cresce com o domí-

nio da internet e de aparelhos eletrônicos. Bian-

chini indica o caminho para as emissoras mais

antigas permanecerem no mercado. "A primeira

coisa é se atualizar, tirar o gesso da emissora e

falar agora a gente não é mais uma emissora

engessada. Somos uma emissora aberta a negó-

cios e a desenvolver novas ferramentas. Trazer

para rádio uma mentalidade moderna de merca-

do. Para isso, o radiodifusor precisa abrir a cabe-

ça", disse.

Atualização e novas ferramentas de tecnologia

Segundo o jornalista, o rádio é o melhor ins-

trumento para fazer negócios, já que é um veículo

mais barato. Bianchini destaca ainda o imediatis-

mo do rádio, que pode levar a notícia em tempo

real aos ouvintes pelo telefone, ou seja, não pre-

cisa de grandes estruturas. "O rádio nos dá a

liberdade de falar com o público. E para trazer

esse público nós precisamos nos comunicar com

ele. Hoje temos a facilidade de executar um pro-

jeto envolvendo várias ferramentas juntas e ter

com ela o poder da mídia, o poder de fazer tudo e

contar para o público", destaca.

Momento de não deixar esfriar. Pegar tudo

de bom que teve no projeto e mostrar os

resultados do pós-venda para o cliente tão

logo termine a ação.

Previsão de movimentação financeira do

setor de promoção de eventos no Brasil:

em 2010: R$ 20 bilhões. Em 2003, o

mesmo segmento alcançou cerca de R$

9,9 bilhões.

100% das grandes marcas do país já apos-

taram ou apostam em ações promocionais

ou eventos nas campanhas publicitárias.

Novo público para ações promocionais:

87% dos internautas do país acessam re-

des sociais como Facebook, Orkut e Twit-

ter com frequência.

Criação

Valor do projeto (ideias e texto final);

Prática da criatividade;

Ideia custa caro e geralmente vem de

outras ideias.

Engenharia financeira

Para que o rádio consiga transformar um

briefing em um bom projeto este tem de

estar mais próximo possível da realidade.

Planilhar e orçar muito bem cada etapa no

planejamento para não haver surpresas no

final.

Apresentação

Domínio do que é seu.

Execução

Impecável - com alta capacidade de impro-

viso, para o caso de haver necessidade de

alteração ao longo da execução, e acom-

panhamento com o cliente.

Pós-venda

Bom briefing é primordial

Números:

Durante a palestra, Bianchini apresentou algu-

mas etapas para fazer um bom projeto e conquis-

tar clientes. Confira:

O rádio nos dá a liberdade de

falar com o público. E para trazer

esse público nós precisamos

nos comunicar com ele.

Áurea Estúdio

Page 6: Informativo AGERT 577

Setembro de 20106

Fique atento:

Candidatos ao Senado abrem os debates promovidos pela AGERT

Pela primeira vez, associação receberá os postulantes ao cargo federal, no dia 17 de setembro

Uma reunião na sede da AGERT definiu as normas para o debate que a associação realizará com os can-didatos ao Senado. Ao longo de sua história, esta é pri-meira vez que a entidade promove um encontro des-tes. Com a participação dos representantes dos parti-dos, do vice-presidente jurídico da AGERT, Cláudio Bri-to, e do vice-presidente administrativo, Wanderley Ruivo dos Santos, o encontro estabeleceu a ordem a ser seguida no dia 17 de setembro, das 9h30min às 11h30min.

Ficou estabelecido que o primeiro bloco começará com um mediador e com o presidente da AGERT, Ale-xandre Gadret, que terão, juntos, três minutos para a abertura. Logo após, ocorrerá a apresentação de cada candidato, com manifestação livre durante um minuto. Conforme o sorteio realizado, Professor Lucas será o primeiro a se manifestar, seguido por Germano Rigotto, José Luis Schneider, Marcos Greff Monteiro, Abgail Pereira, Ana Amélia Lemos, Paulo Paim, Bernardete Menezes, Vera Guasso e Roberto Gross.

O debate terá, em seu segundo bloco, perguntas e respostas entre os postulantes ao cargo. Serão trinta segundos para a pergunta, um minuto para a resposta, trinta segundos para réplica e trinta segundos para a tréplica. O terceiro bloco seguirá a mesma estrutura do anterior.

O quarto bloco contará com a participação de repre-

sentantes da radiodifusão do interior do Estado, indica-dos pela diretoria. Para tanto, os radiodifusores devem enviar perguntas sobre agricultura, desenvolvimento, educação, gestão pública, habitação, impostos, saúde, segurança, energia e comunicação para o email [email protected] até o dia 16 de setembro. As pergun-tas serão utilizadas segundo ordem a ser sorteada, no dia do debate, meia hora antes de sua realização.

Debates serão realizados na sede da AGERT - Riachuelo, 1098/203

Participação e informações:

Comercialização:

Senado Federal: 17 de setembro, das9h30min às 11h30min.

Governo do Estado: 24 de setembro, das9h30min às 11h30min.

Entrar em contato através do e-mail secretaria@ agert.org.br ou pelo telefone (51) 3212-2200.

Será de acordo com os interesses da cada emisso-ra. Haverá quatro breaks de três minutos que pode-rão ser comercializados localmente e também cha-mar para os eventos. Os valores serão estipulados de acordo com a política da rádio e a receita será

Desde o dia 1º de julho é vedado às emissoras de rádio e televisão em sua programação normal e em noticiário:

Transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jor-nalística, imagens de realização de pesquisa ou de qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevista-do ou em que haja manipulação de dados. Veicular propaganda política ou difundir opinião favo-rável ou contrária a candidato, partido político, coli-gação, a seus órgãos ou representantes.Dar tratamento privilegiado a candidato, partido polí-tico ou coligação. Veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a can-didato ou partido político, mesmo que dissimulada-mente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos. Divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome do candidato ou com a variação nominal por ele adotada.A partir do resultado da convenção, é vedado, ain-da, às emissoras transmitir programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em conven-ção. Sem prejuízo das demais sanções previstas, a ino-bservância destas regras sujeita a emissora ao pagamento de multa no valor de R$ 21.282,00 a R$ 106.410,00, duplicada em caso de reincidência.

As regras para sua realização devem ser estabele-cidas por acordo entre as emissoras e os partidos políticos ou coligações, dando-se ciência à Justiça Eleitoral.Para os debates que se realizarem no primeiro

Debates

PrimeiroTurno

SegundoTurno

TV Rádios Dias de Inserção

13h às 13h50min20h30min

às 21h20min

A partir das 13hA partir das 20h30min

A partir das 7hA partir das

12h

7h às 7h50min12h às

12h50min

Segunda a Sábado

Segunda a Domingo

turno das eleições, serão consideradas aprovadas as regras que obtiverem a concordância de pelo menos 2/3 dos candidatos aptos (aqueles cujos registros já tenham sido requeridos na Justiça Eleitoral) no caso de eleição majoritária, e de pelo menos 2/3 dos parti-dos ou coligações com candidatos aptos, no caso da eleição proporcional. O plenário do TSE firmou posição no sentido de que é imprescindível a filiação a partido com representação na Câmara dos Deputados.Nas eleições majoritárias os debates podem ocorrer com todos os candidatos ou em grupos de, no mínimo, 3 candidatos. Nas eleições proporcionais os debates deverão ser organizados de modo que assegurem a presença de número equivalente de todos os partidos políticos e coligações a um mesmo cargo eletivo, podendo des-dobrar-se em mais de 1 dia.Os debates deverão ser parte da programação previa-mente estabelecida e divulgada pela emissora, fazen-do-se mediante sorteio a escolha do dia e da ordem de fala de cada candidato, salvo se celebrado acordo em outro sentido entre os partidos políticos e as coliga-ções. É permitida a realização do debate sem a presença de candidato, desde que a emissora comprove tê-lo con-vidado com antecedência mínima de 72 horas da reali-zação do debate. É vedada a participação de um mesmo candidato em mais de um debate da mesma emissora. O descumprimento das determinações sujeita a empresa infratora à suspensão, por 24 horas, da sua programação e à transmissão a cada 15 minutos da informação de que se encontra fora do ar por haver desobedecido à lei eleitoral; em cada reiteração de con-duta, o período de suspensão será duplicado.

Propaganda Eleitoral Gratuita no Rádio e na Televisão

Propaganda em Rede

Propaganda mediante Inserções

Deve ser transmitida pelas emissoras de rádio, inclusive as rádios comunitárias, as emissoras de televisão que operam em VHF e UHF e canais de televisão por assinatura sob a responsabilidade do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas e da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou das Câmaras Municipais reservarão, no período de 17 de agosto a 30 de setembro de 2010, horário destinado à divulgação, em rede, da propaganda eleitoral obrigatória. Na televisão a propaganda deverá utilizar a Lingua-gem Brasileira de Sinais (Libras) ou o recurso de legenda, que deverão constar obrigatoriamente do material entregue às emissoras.

Geradoras: estabelecidas em reunião com TSE e TRE.Horário de transmissão:

Tempo Total: 30 minutos diários (distribuição).Inserção: de 15" a 60".Distribuição: ao longo da programação - entre 8h e 12h, 12h e 18h, 18h e 21h e 21h e 24h (conforme mapa de mídia).Evitar veiculação de inserções idênticas no mesmo inter-valo ou, em não sendo possível, evitar inserções idênticas em sequência.

As questões deverão ser feitas em trinta segundos e cada candidato terá dois minutos para resposta, não havendo réplica nem tréplica. A parte final do encontro será dedicada às declarações finais de cada candidato.

No dia 24 de setembro, será a vez dos pretendentes ao Palácio Piratini participarem de um debate na sede da AGERT, seguindo as normas estabelecidas em reu-nião realizada no mês de agosto.

Como as emissoras associadas podem participar da rede de transmissão:

para a mesma.

Através da Rede Gaúcha Sat, Guaíba Sat, Internet e Linha telefônica.

http://streaming.pampa.com.br:8000/RadioPampa

emissoras interessadas na linha LTR devem solici-tar a disponibilização do áudio citando o número do circuito: 197040

Agricultura, desenvolvimento, educação, gestão pública, habitação, impostos, saúde, segurança, energia e comunicação

Transmissões:

Link da internet:

Linha telefônica da OI:

Assuntos para as perguntas:

Page 7: Informativo AGERT 577

Setembro de 2010 7

Chapa Conselho Superior da ABERT 2010-2014

Conselheiros de Televisão

Conselheiros de Rádio

Emanuel Carneiro é o novo presidente da ABERTLiberdade de expressão e de imprensa, preservação do modelo

federativo de radiodifusão e acompanhamento das discussões sobre o marco regulatório do setor estão entre as metas do jornalista

O presidente da Rede Itatiaia, Emanuel Soares Car-neiro, foi eleito para a presidência da Associação Brasi-leira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) para os próximos dois anos. O empresário sucede ao dire-tor-geral do SBT em Brasília, Daniel Slaviero, que diri-giu a entidade por dois mandatos.

Carneiro foi eleito por unanimidade pelo Conselho Superior da associação (veja quadro ao lado). Admi-nistrador de empresas e jornalista há 49 anos, em Minas Gerais, ele ocupava a vice-presidência, que será exercida pelo empresário Vicente Jorge, da TV Asa Branca e da Rádio Globo FM, em Caruaru. Funda-da em 1962, a entidade representa 2.430 emissoras de rádio e 320 de televisão.

Entre as metas de Emanuel Carneiro para o biênio 2010-2012 está a defesa da liberdade de expressão e de imprensa, a preservação do modelo federativo de radiodifusão e o acompanhamento das discussões sobre o marco regulatório do setor.

O novo presidente afirma que as empresas de rádio e TV cumprem papel importante para o desenvolvimen-to econômico e social e o fortalecimento da democracia brasileira. "O modelo de radiodifusão implantado no país é formado por milhares de emissoras, que retratam a incrível diversidade cultural, artística, de costu-

mes, levam informação a milhões de pessoas e, com isso, contribuem pa-ra os incontáveis avanços alcançados pela socieda-de brasileira", afirma.

S e g u n d o e l e , a ABERT seguirá lideran-do o "necessário proces-so de aperfeiçoamento e modernização do setor de radiodifusão, acompanhando as intensas transfor-mações tecnológicas que impactam as empresas de comunicação.

À frente da ABERT por dois mandatos, o ex-presidente Daniel Slaviero se destacou, entre outras coisas, por atuar na renovação em 2008 e 2010 do con-vênio com ECAD, em condições vantajosas às emis-soras, em trabalhar pela implantação de horário flexí-vel da Voz do Brasil junto à comissão de Ciência e Tec-nologia do Senado, pela a atuação no Congresso Na-cional pela obrigatoriedade do diploma de jornalista e a criação de um grupo técnico, junto com a sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão, para o desen-volvimento do Sistema Brasileiro de TV Digital.

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Divulgação Abert

Emanuel Soares Carneiro

Page 8: Informativo AGERT 577

Setembro de 20108

Acesse o site da AGERT e confira as principais notícias da radiodifusão gaú-cha, assim como as últimas informações sobre as eleições 2010. Na página ainda é possível entrar em contato com a direto-ria da associação, além de sugerir pautas para o Agert Informa.

www.agert.org.br

Concessões de rádios aumentam em ano eleitoral

Segundo pesquisa da Folha de São Paulo, 183 emissoras foram aprovadas em 2010

O número de renovações ou novas concessões para o funcionamento de emissoras de rádio quase triplicou este ano em relação 2009. Os dados, que constam em um levantamento realizado pela Folha de S. Paulo, mostram que 183 rádios foram aprovadas, sendo 74 após o dia 26 de junho, com a campanha eleito-ral em andamento.

Durante todo o ano de 2009, foram 68 autorizações. Das emissoras aprovadas, 76 possuem ligação com políticos. Outras 28 estão ligadas a entidades religiosas.

Conforme o portal Comunique-se, en-tre os políticos beneficiados estão Antônio Bulhões (PRB-SP), Wilson Braga (PMDB-PB), Moacir Micheletto (PMDB-PR) e Pe-dro Fernandes Ribeiro (PTB-MA), todos deputados federais da base aliada. Fer-nando Sarney, filho do presidente do Sena-do, José Sarney (PMDB-AP), e o senador Lobão Filho (PMDB-MA), filho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-AP), também estão na lista.

O Ministério das Comunicações ex-plica que o crescimento no número de aprovações de novas concessões e reno-vações se deve à criação de um grupo de trabalho, no final de 2008.

Condições de trabalho oferecidas pelas empresas devem ser avaliadas anualmente

Engenheiro de Segurança do Trabalho deve ser contratado para elaboração de laudo preventivo

Você sabe o que é PPRA? Se a resposta for afirmativa, certamente, sua emissora está cumprindo as normas esti-puladas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O Progra-ma de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é obrigató-rio e deve ser implementado pelo empregador, independen-te do número de empregados ou do grau de risco que a empresa ou instituição oferece.

"Todas as empresas estão enquadradas entre o grau de risco 1 a 4. A partir daí, considerando o número de funcioná-rios que ela dispõe, avaliamos as condições existentes no local", afirma o engenheiro de Segurança do Trabalho, João Alfredo Bettoni.

Segundo Bettoni, é realizado um trabalho de campo onde são medidos índices como ruído, temperatura, umida-de relativa do ar e luminosidade, entre outros itens. Após a coleta desses dados, é gerado um relatório, que é entregue para a empresa. "O laudo deve estar à disposição para fisca-lização por um período de 20 anos. Caso a DRT faça uma vis-toria, é obrigatória a apresentação do mesmo", revela.

Considerado um instrumento de avaliação, o PPRA com o Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) deve ser elaborado por um engenheiro de seguran-ça, mas necessita ser implementado pela empresa. "Está a cargo de cada empregador fornecer as condições adequa-das de trabalho para seus funcionários e uma prova de que está fazendo isso é implementando o PPRA", diz Bettoni.

Quem não segue o estipulado pode ser multado pela fis-calização. As emissoras de rádio, assim como os mais diver-sos segmentos das telecomunicações, são classificadas como grau de risco 2, onde são avaliados pontos como radia-ção não-ionizante e isolamento acústico, por exemplo.

Para a elaboração de um PPRA, o empregador investe, em média, de R$ 300 a 500, para quem tem até 10 funcioná-rios, sendo que o documento precisa ser renovado pelo menos uma vez ao ano para manter a garantia. Cabe ao enge-nheiro contratado emitir um laudo e dar orientações às empre-sas de como podem melhorar a vida de seus colaboradores.

Um avaliação que fazemos e que costuma interferir mui-to no desempenho é com relação à ergonomia no ambiente de trabalho. Verificamos itens como a qualidade das cadeiras, a altura das mesas e a posição dos funcionários nas estações de trabalho, como por exemplo, computadores para, assim, evitar que os empregados venham a ter problemas futuros de saúde. O investimento na qualidade de vida dos funcionários traz benefícios, tais como, proteção legal em causas trabalhis-tas inadequadas e aumento de produtividade. É importante sa-lientar que a estrutura de trabalho é que precisa se adequar ao trabalhador e não o contrário", conclui Bettoni.

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O que é Segurança do Trabalho?

Lei:

É um conjunto de normas e procedimentos cujo objetivo é preservar a integridade física e mental dos trabalhadores.

CLT - arts. 154 a 201 - Lei nº 6514/1977. A Portaria nº 3214/1978 aprova as Normas Regulamentadoras - NR relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. A NR-9 (PPRA) - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, estabelece a obrigatoriedade da elaboração e imple-mentação, por parte de todos os empregadores e insti-tuições que admitam trabalhadores como empregados, visando a preservação da saúde e integridade dos traba-lhadores através do controle dos riscos ambientais exis-tentes, ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.Para efeito desta NR consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, como por exemplo, ruído, vibrações, ra-

diações ionizantes, não ionizantes. Agentes químicos como poeiras, vapores, e os agentes biológicos, como bactérias, fungos, vírus, além de riscos ergonômicos e ris-cos de acidentes, existentes nos ambientes de trabalho.

Todo empregador é obrigado a elaborar e implementar o PPRA independente do número de empregados ou do grau de risco.

• Proteção legal em causas trabalhistas inadequadas;Proteção contra multas;Diminuição de faltas ao trabalho;Diminuição de doenças ocupacionais;Aumento de produtividade.

Quem está obrigado a fazer o PPRA?

O investimento na qualidade de vida dos funcionários traz benefícios humanos e fi-nanceiros:

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Bettoni esclarece que normas servem para melhorar as condições de trabalho nas empresas